SENTENÇA. Vistos etc.

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1 SENTENÇA Vistos etc. I Relatório Ministério Público do Trabalho ajuizou ação civil pública na data de 1 de setembro de 2008, em face de Caixa Econômica Federal CEF, qualificada nos autos. Pelos argumentos expendidos na petição inicial, formulou os pedidos elencados à fls , inclusive em sede de antecipação dos efeitos da tutela. Deu à causa o valor de R$ ,00 (quinhentos mil reais). Apresentou documentos. A apreciação do pedido de antecipação da tutela foi postergada para momento posterior à oitiva do réu por meio da contestação (fl. 490). A demandada ofereceu defesa (fls ), na qual erigiu prefaciais de incompetência material, de inépcia da petição inicial, de impossibilidade jurídica do pedido e de ilegitimidade ativa. Ainda em sede preliminar, a ré alegou a inaceitável cumulação dos pedidos de indenização por danos morais coletivos e de multa por descumprimento de obrigação de não fazer. No mérito, a demandada impugnou as alegações aduzidas na petição inicial e propugnou pela improcedência das postulações. Exibiu documentos. Sobreveio manifestação do autor (fls ). Nos termos da decisão das fls , foi concedida, em parte, a antecipação de tutela propugnada. Foram ouvidas 9 (nove) testemunhas, mediante expedição de cartas precatórias (fls , , 846, , e ). Sem outras provas, a instrução processual foi encerrada. Razões finais, remissivas pelo autor e por meio de memoriais pela demandada (fls ). Veio aos autos pedido de habilitação, na condição de assistente da parte autora, formulado por Márcia Silva da Silva, empregada da demandada (fls ). Em razão do pedido de habilitação referido, o julgamento foi convertido em diligência, a fim de dar-se ciência às partes da citada postulação (fl ). Também Kathia Maria Dornelles Koiky, igualmente empregada da demandada, formulou pedido de ingresso no feito como assistente do autor (fl e ss). O Ministério Público do Trabalho manifestou-se, propugnando pela reconsideração do indeferimento de antecipação de tutela no que se refere à imposição de multa diária e alegando resistência da demandada em cumprir o 1

2 determinado em sede de tutela antecipada. Posicionou-se, ademais, contrariamente aos pedidos de habilitação de empregadas da ré na condição de assistentes. Também a demandada apresentou manifestação, sustentado a inocorrência de descumprimento do determinado em sede de antecipação de tutela. A demandada trouxe aos autos cópia da decisão proferida nos autos da ação trabalhista ajuizada pela pretensa assistente Márcia Silva da Silva, na qual indeferida a antecipação de tutela em relação ao pleito de vedação à demandada de promover alterações funcionais, sobretudo no que se refere à remuneração auferida (fls ). Sobreveio manifestação do Ministério Público do Trabalho, reiterando a afirmação de descumprimento do comando proferido em sede de antecipação de tutela (fls ). Vieram os autos conclusos. É o relatório. DECIDO. II Fundamentação Preliminarmente 1) Incompetência Material A demandada sustentou, em sua defesa, que esta Justiça Especializada não detém competência para processar e julgar demanda atinente à indenização por dano moral coletivo. O teor do art. 114 da Constituição Federal não deixa qualquer dúvida acerca da competência desta Justiça Especializada para processar e julgar a indenização por dano moral coletivo pleiteada neste feito. Independentemente da amplitude de destinatários da tutela em questão, resta patente que o dano alegado decorre de conduta dita adotada no âmbito de relação de emprego mantida pela demandada. A despeito da dimensão difusa que veio a assumir o dano decorrente das condutas ditas perpetradas pela demandada, a sua origem reside nas relações de emprego essenciais ao seu funcionamento. Ademais, a lesão alegadamente perpetrada ofende, em tese, a coletividade em relação à legítima expectativa de que os empregados possam exercer de forma livre o direito constitucional de ação. Afasto a prefacial. 2) Inépcia da Petição Inicial 2

3 Diversamente do alegado pela ré em sua defesa, a petição inicial é apta ao fim colimado, inclusive no que se refere ao pleito de indenização por dano moral coletivo. A par da alegada violação de direitos assegurados legal e constitucionalmente, voltados à tutela do empregado no cenário da relação de emprego, a exordial indevidamente reputada inepta discorre sobre os danos vivenciados pela coletividade em razão das mesmas práticas que afirma adotadas pela demandada. Mediante arrazoado suficiente, a petição inicial aponta no que consiste o dano coletivo cuja reparação é vindicada. À toda evidência, a procedência do aduzido pela parte autora em relação à postulação em questão é matéria a ser dirimida à luz do conjunto probatório coligido aos autos. Eventual não acolhimento das alegações autorais impõe o julgamento de improcedência da correspondente postulação, e não a declaração de inépcia da exordial. Por não se confirmar a alegada ausência de fundamentação que ampare o pedido de indenização por dano moral coletivo, não há falar em rejeição da petição inicial in limine. Ainda, a inviabilidade de cumulação dos pedidos de indenização por danos morais coletivos e de imposição de multa por eventual descumprimento de obrigação de não fazer alegada na defesa, ainda que assim não enquadrada pela ré, configuraria, em tese, inépcia da petição inicial, o que não se configura, contudo. Por mais de um elemento, resta patente a possibilidade de cumulação das pretensões aludidas, as quais, inclusive, tutelam diferenças de direitos. Enquanto a indenização por danos morais coletivos funda-se em alegada lesão a toda a coletividade, a multa propugnada tem por escopo garantir a efetividade do provimento jurisdicional pertinente às obrigações de não fazer postuladas pelo autor. Em vista de tudo quanto analisado, rejeito a prefacial. 3) Impossibilidade Jurídica do Pedido. De modo geral, a impossibilidade alegada somente se configura quando o objeto da demanda for inadmissível perante o ordenamento jurídico, por expressa vedação. No caso, a alegação de impossibilidade jurídica é fundada no argumento de que os direitos discutidos na presente lide não se caracterizam como difusos ou coletivos, conforme previsão do art. 1 da Lei n /85, valendo-se a ré do que dispõe o art. 81 do Código de Defesa do Consumidor -CDC em relação à especificação do conteúdo de tais direitos. Também aqui o fundamento invocado à prefacial tangencia o mérito da pretensão dada a conhecer. Isso porque, para amparar a alegação de que o direito em discussão não se refira a grupo de empregados seus, a demandada invocou o teor de depoimentos colhidos pelo autor e transcritos na exordial. 3

4 Quanto às obrigações de não fazer arroladas na exordial, tenho por inequivocamente configurado o exercício da tutela de direito coletivo em sentido estrito, caracterizado pela transindividualidade, indivisibilidade, titularização por grupo de pessoas, ligadas com a parte demandada por uma relação jurídica base, pré-existente em relação à alegada lesão, conforme contornos delineados pelo inciso II do art. 81 do CDC. Independentemente do que vier a ser dirimido em relação à extensão numérica de empregados atingidos pela prática repudiada pelo autor, não resta dúvida de que nada é pedido em proveito de empregado específico, tampouco em atenção a condições peculiares de cada um. Perfeitamente cabível o aviamento das pretensões expostas na exordial pela via processual adotada, não se configurando, portanto, a impossibilidade jurídica alegada. 4) Ilegitimidade Ativa Segundo a demandada, o Ministério Público do Trabalho não detém legitimidade para a propositura da presente demanda, já que os interesses individuais homogêneos somente podem ser tutelados pela via da ação coletiva quando se tratar de direito do consumidor. Apontando o reduzido número de ditos lesados, afirmou que não se configura relevância para a sociedade ou grande dispersão de lesados. Especificamente em relação ao pedido de indenização por danos morais coletivos, também assevera a demandada a configuração de ilegitimidade ativa, ao argumento de que não se trata de tutela de direitos decorrentes da relação de trabalho. Diversamente das alegações da demandada, a legitimidade do Ministério Público do Trabalho para o ajuizamento da presente demanda decorre de previsão legal e, ademais, de comando constitucional. A teor do art. 129, III, da Constituição Federal, são funções institucionais do Ministério Público promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos. No âmbito infraconstitucional, há a atribuição de legitimidade ao Ministério Público para a propositura de ação de responsabilidade por danos morais e patrimoniais causados, inclusive, a qualquer outro interesse difuso ou coletivo, nos termos dos artigos 1, IV e 5, I, da Lei n /85 (Lei da Ação Civil Pública). Ainda, a Lei Complementar n. 75/93, dispõe que compete ao Ministério Público do Trabalho promover a ação civil pública no âmbito da Justiça do Trabalho, para defesa de interesses coletivos, quando desrespeitados os direitos sociais constitucionalmente garantidos (art. 83, III). Diversamente do alegado em defesa, e assim como definido no item precedente desta decisão, a questão relativa ao exercício do direito de ação 4

5 pelos empregados da demandada ocupantes de cargos gerenciais não configura interesse individual homogêneo, mas direito coletivo em sentido estrito, cuja legitimidade é atribuída ao Ministério Público do Trabalho, nos termos das disposições constitucional e legais antes transcritas. Em relação aos danos morais coletivos, cuja indenização é vindicada, tenho por configurada defesa de direito difuso, consistente em ofensa moral à coletividade, titularizado por pessoas indetermináveis, ligadas por circunstâncias de fato, na esteira do que define o art. 81, I, do CDC. Resta patente a legitimidade ativa para a propositura da demanda em apreço, considerados ambos os direitos cuja tutela é vindicada. Mérito 5) Habilitação de Assistentes Do exame dos pedidos de ingresso de empregadas da demandada como assistentes da parte autora neste feito, destaco, primeiramente, que o art. 19 da Lei n /85, dispõe que se aplica à ação civil pública por ela regrada o Código de Processo Civil, naquilo em que não contrarie suas disposições. CPC dispõe que: Ao dispor sobre o instituto processual da assistência, o Art. 50. Pendendo uma causa entre duas ou mais pessoas, o terceiro, que tiver interesse jurídico em que a sentença seja favorável a uma delas, poderá intervir no processo para assisti-la. Parágrafo único. A assistência tem lugar em qualquer dos tipos de procedimento e em todos os graus da jurisdição; mas o assistente recebe o processo no estado em que se encontra. No caso, não resta dúvida de que as pretensas assistentes, em vista da alegada destituição do exercício de função comissionada, como retaliação pelo ajuizamento de ações judiciais contra a ré, ostentam legítimo interesse jurídico em que o desfecho da presente demanda seja favorável ao autor, nos termos da Súmula n. 82 do C. TST. Ademais, a previsão contida no dispositivo legal acima transcrito não contraria as disposições da Lei n /85, sequer os seus princípios regentes. Ainda, verifico que o ingresso das postulantes a assistentes ao lado do autor do feito não importará tumulto processual, óbice apontado pela doutrina a tanto. Por aplicação do que dispõe art. 54 do CPC, há considerar as intervenientes como assistentes litisconsorciais da parte autora, já que a sentença influirá na relação jurídica entre ela e demandada. 5

6 Sendo assim, com amparo nos dispositivos legais citados, admito Márcia Silva da Silva e Kathia Maria Dornelles Koiky no feito, na condição de assistentes litisconsorciais do Ministério Público do Trabalho. Observe-se a necessidade de ciência das assistentes ora admitidas dos atos processuais doravante praticados. 6) Ajuizamento de Ações Judiciais. Coação e Represália O Ministério Público do Trabalho relatou que, em , recebeu notícia de que dois superintendentes regionais da demandada (das Regiões da Serra Gaúcha e do Vale dos Sinos) estariam ameaçando gerentes de perda da função gratificada e, ou, de não serem promovidos caso ajuizassem ações contra a ré e, ou, não desistissem das ações já propostas, conforme relato do presidente e do vice-presidente da Associação dos Gerentes da Caixa Econômica Federal, do que decorreu a instauração de inquérito civil. O autor seguiu relatando as medidas tomadas durante a instrução do procedimento administrativo aludido, transcrevendo depoimentos colhidos, inclusive dos dois superintendentes regionais antes referidos. Afirmou que propôs a celebração de termo de ajustamento de conduta, o que foi recusado pela demandada. Relatados os fatos, o autor passou a sustentar a violação pela ré do direito fundamental de ação, do princípio-garantia constitucional da inafastabilidade do controle judicial ou da proteção judiciária e, ainda, dos princípios da isonomia e da não discriminação. Em desfecho do exposto, o Ministério Público do Trabalho postulou a condenação da demandada, inclusive em sede liminar, em síntese, a: a) não adotar e não permitir que seja adotado qualquer ato de represália ou discriminatório relativamente a detentores de função de confiança, de chefia e/ou de gerência em razão do ajuizamento de ação judicial, seja em nome próprio ou como substituído processual; b) não permitir que os que desempenham função de confiança, de chefia e/ou de gerência sejam ameaçados, coagidos, pressionados, constrangidos ou que recebam propostas ou sejam induzidos a não ajuizarem ações ou a desistirem de ações ajuizadas em face da ré, como parte ou substituídos; e, c) não permitir que a nomeação, a manutenção e/ou o exercício de função de confiança, de chefia e/ou de gerência sejam condicionados à inexistência de ação judicial em face da demandada, como parte ou substituído processual. Para a hipótese de descumprimento parcial ou integral das obrigações elencadas, propugna o autor pela incidência de multa, no valor de R$ ,00 por trabalhador, em proveito do Fundo de Defesa dos Direitos Difusos, ou outro que venha, eventualmente, a lhe substituir. A demandada, em sua defesa, propugnou pela improcedência da demanda. Alegou, de início, que se encontra em discussão no feito o exercício do direito de livre expressão do pensamento, defendendo que a empresa e seus altos dirigentes podem externar preocupação e contrariedade em relação ao ajuizamento de demandas judiciais pelos seus gerentes. Nessa linha, aduziu que não pode ser vedado o diálogo entre superintendentes e subordinados, o que constituiria mordaça ao empregador e ato de censura inescusável. Analisando alguns dos 6

7 elementos de prova trazidos ao feito, destacou que durante todo este período, dois ou três gerentes perderam a função, cada um por seus motivos (...) e que ninguém foi punido. Asseverou, ainda, que a pretensão do autor traduz ingerência na esfera privada da Administração Pública, que sequer possui obrigação legal de manter algum empregado em função de confiança. Invocou as regras contidas nos artigos 5, II, e 37, II, ambos da Constituição Federal, nos seus normativos internos e no artigo 468, único, da CLT. Invocou, ainda, o ius variandi de que é detentor, argumentando que a perda da confiança extraordinária depositada no empregado é motivo suficiente para a sua destituição de função de confiança, conforme entendimento sedimentado na Súmula n. 372 do C. TST. Passo ao exame da matéria controvertida. Ao confrontar as alegações das partes na petição inicial e defesa, verifico, em primeiro lugar, que não se estabeleceu controvérsia acerca da existência de abordagem pelos dois superintendentes regionais nominados na exordial perante os gerentes da demandada do tema ajuizamento de ações judiciais por estes em face da empregadora comum. A contenda central reside na configuração, ou não, de ameaça, pressão, constrangimento ou, ainda, proposta ou induzimento, capaz de afetar o livre exercício de ação por tais empregados. Cabe definir, nesse cenário, se, como alegou ré, os superintendentes apontados pelo MPT na petição apenas manifestaram a sua opinião sobre o ajuizamento de ações contra a ré por gerentes a eles subordinados ou se, na linha do sustentado na exordial, houve indevida afronta ou ameaça ao direito constitucional de ação. Antes de adentrar no exame da controvérsia delimitada, é de se ter presente que, assim como os demais direitos fundamentais, o direito de expressão, invocado pela demandada não é ilimitado. Mais precisamente, não serve tal direito, a despeito do seu acentuado prestígio no Estado Democrático de Direito, de escudo a que se externem opiniões sem qualquer compromisso com a sua repercussão. A própria Constituição Federal de 1988, no catálogo contido em seu art. 5, fez coexistirem as disposições de que é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato e é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem (incisos IV e V). Conforme construiu a doutrina acerca do tema, na hipótese de colisão entre direito fundamentais, há ponderar os interesses envolvidos no caso concreto, em juízo comparativo, com vista a harmonizá-los. A fim de se aferir o potencial lesivo dos contatos admitidos como mantidos entre os superintendentes regionais com os gerentes da demandada, transcrevo trechos das declarações prestadas pelos referidos superintendentes perante o MPT: (...) que efetivamente o declarante fez contato com os gerentes, sempre comunicando a incompatibilidade da gestão e da ação judicial contra a empresa, bem como sobre a responsabilidade dos gerentes gerais na representação da CEF na unidade (...) em momento algum foi feita pressão, apenas foi ressaltada a incompatibilidade de mover ação contra a Caixa e ao mesmo tempo ser preposto 7

8 desta em ações trabalhistas; que se o gerente-geral entra com ação contra a CEF, é papel do Superintendente conversar com ele; que, entretanto, em nenhum momento fez ameaças, só ressaltou a incompatibilidade de exercer o cargo de gerente-geral, cargo de confiança do superintendente, e de ajuizar ação contra a CEF; que Angela conversou com o declarante e disse, como teria grande futuro dentro da CEF, desistiu da ação, assim como Marilei; (...) que o depoente também poderia ter, em tese, interesse em ajuizar reclamatória contra a CEF, mas não o faz pelo princípio da moralidade, porque se o direito de ajuizar reclamatória é legal, não considera moral o exercício concomitante com função de confiança (...) a posição do Conselho Diretor é que o ajuizamento de ação de preposto é incompatível com a sua função que exige confiança; (...) que o entendimento do Superintendente Nacional é que a ação pode ser ajuizada, desde que o trabalhador não exerça função de confiança (...) que acredita que quem quiser continuar com a ação terá que entregar a função (...) (Plínio Graef fls destaquei) (...) não ameaçou gerentes para que não ajuizassem ou para que desistissem de ações ajuizadas; (...) que se ligou para alguns gerentes foi para falar sobre as ações, sobre as decisões de questionarem a CEF; que como superintendente tem o papel de prezar pelo bom andamento e paz interior e de espírito (...) que a apreensão está instalada; que o superintendente não precisa tocar no assunto para tanto; que os gerentes gerais estão constrangidos por si próprios; que chegou a falar com Renato, gerente geral da agência de Encantado, e com Plínio Balbinot, gerente geral da agência de Caxias do Sul, Paulo César Pierdonat, gerente geral da agência de Serafina Correa, e com Evandro Antônio Ferronato, gerente geral da agência de São Pelegrino, e Sirlene Maino, gerente geral da agência de Imigrante, que Plínio e Renato, ao que lembra, desistiram da ação; (...) que quando conversou com Renato este lhe disse que estava preocupado com a ação; (...) que apenas perguntou para Renato se ele havia pensado bem sobre a ação; que para os demais fez a mesma pergunta; que não pode ligar para cada um, que não tem tempo; (...) que alguns gerente, sem o declarante pedir, quando desistiram das ações ficaram em paz consigo mesmos; que não ameaçou de tirar as funções de confiança; que o ajuizamento das ações causou e causa um constrangimento entre os que entraram com as ações e os que não entraram; que o movimento constrange quem quer sair; que o declarante como superintendente precisa falar sobre a importância dos gerentes gerais a quem passa procuração; (...) que alguns desempenhos caíram após o ajuizamento das ações; que o clima está tenso, que as pessoas estão preocupadas; (...) dentre os habilitados escolheu o atual gerente geral de Vacaria, Sr. Frederico Fonseca Rech; que nessa escolha não usou como condição de desistência de sua ação mas conversou sobre o assunto com ele e isso foi levado em conta entre outros critérios; (...) que os gerentes gerais de sua regional não lhe comunicaram sobre o ajuizamento das ações e o dia de suas audiências; que considera isso uma falha grave (Ruben Valter Grams fls destaquei) Ao exame de não mais que as declarações acima transcritas, tenho que mais do que expressar opinião pessoal acerca da incompatibilidade entre a ocupação de função de confiança no quadro de pessoal da demandada e o ajuizamento de ações contra esta, os superiores hierárquicos apontados 8

9 pelo MPT envidaram esforços no sentido de intimidar os seus subordinados, com vista a induzi-los a não ajuizarem aludidas demandas ou desistirem das já em curso. Vale destacar que as declarações acima transcritas conduzem à conclusão de que a conduta adotada pelos superintendentes da demandada envolvidos nos fatos em comprovação não decorreram de deliberações pessoais, representando, ao contrário, atuação orientada pela cúpula administrativa da demandada. As declarações prestadas por Plínio Graef são textuais nesse sentido e as de Ruben Valter Grams não firmam outro entendimento. Desde a peça defensiva, ademais, verifico que a demandada não alegou que as atitudes dos superintentes contrariassem suas orientações ou expectativas. Prosseguindo o exame do farto conjunto probatório contido nos autos, verifico francamente corroborado o que já tenho por denunciado pelas declarações dos prepostos, antes mencionados. Ainda que alguma testemunha ouvida revele ocupar função de gerência e ser autora de demanda contra até, sem sofrerem pressão ou penalidade, são inúmeras as afirmações da atuação empenhada e contundente dos superintendentes da ré no intuito de impedir o prosseguimento de tal situação, mediante ameaças diretas. Transcrevo, a seguir, passagens de depoimentos testemunhais, colhidos mediante a expedição de cartas precatórias, que assentam a conclusão até aqui encaminhada: (...) atualmente o depoente é gerente geral da agência Capuchinhos; que atualmente o depoente move ação em face da reclamada, (...) que o depoente não foi procurado por nenhum funcionário da reclamada, solicitando que desistisse da ação; que em uma reunião de gerentes gerais, foi realizada pressão sobre os gerentes gerais, efetuada pelo superintendente Ruben Valter Grams; que Ruben disse nessa reunião que pela política da CEF os detentores de cargo de gestão não poderiam impetrar ações contra a empresa; que Ruben fez ameaça de que quem mantivesse ação contra a reclamada perderia o cargo de gestão (...) tem conhecimento de dois gerentes, Neivaldo Della Giustina e Sérgio Quadros,os quais perderam a função em razão de manterem ação em face da reclamada; que tem conhecimento de que os gerentes Plínio Balbinot, Vladimir Betiol e Cirleine Maino desistiram das ações em razão das pressões sofridas e por receio de perderem os cargos (...) o motivo alegado pela reclamada para a retirada da função de Neivaldo e Sérgio foi baixo desempenho, entretanto, na concepção do depoente, a perda da função se deu em razão do ajuizamento das ações, porque coincidiu com a época em que foram distribuídas, sendo que naquele período a relação entre a reclamada e os funcionários detentores de cargo de confiança estava extremamente conturbada; que o depoente somente sabe do nome dos gerentes acima referidos que desistiram das ações, mas tem conhecimento de que vários outros desistiram das ações, mas não tem condições de precisar os nomes deles (...) o superintendente este havia retornado de uma reunião na matriz com o vice-presidente da rede e repassou a posição de que a diretoria da CEF não aceitaria qualquer ação de gestor contra a empresa, sendo que caso fosse ajuizada alguma ação, seriam tomadas as providências necessárias (...) (Carlos Jairo Limberger fls destaquei). 9

10 (...) o depoente não sofreu nenhum tipo de pressão pessoal ou ameaça por ter ingressado com a ação; que houve reunião ocorrida em 24/09/2007, realizada com todos os gerentes gerais, na qual o superintendente geral, Ruben Valter Gran, disse que não seria de bom tom que os gerentes gerais ingressassem com ação contra a CEF e que quem assim procedesse perderia a função; (...) que ocorreu outra reunião no dia 19/12/2007, na qual também foi dito de forma contundente que quem ingressasse com ação perderia função (...) o depoente tem conhecimento de que o gerente Neivaldo e Sérgio, este gerente de Nova Petrópolis, chegaram a perder o cargo de gerente em razão do ajuizamento da ação; que a CEF alegou outro motivo, mas, de fato, o que ensejou a perda da função foi o ajuizamento da ação; (...) tem conhecimento de que o gerente César, gerente de relacionamento da agência Capuchinhos, também desistiu da ação; que atualmente César é gerente geral da agência Imigrantes (...) aqui na região da serra somente tem conhecimento dos 2 colegas já referidos que perderam o cargo em razão do ajuizamento da ação, mas sabe que no estado e também no restante do país outros gerentes perderam a função em decorrência do ajuizamento das ações (...) (Luiz Guilherme Farias Brum fls destaquei). (...) o Sr. Rubens falou, aos gerentes presentes, que aqueles funcionários que possuíam Portaria ou procuração da Caixa Econômica Federal não poderiam ter litigio contra a Caixa Econômica Federal e que eles deveriam optar entre litigar contra a Caixa Econômica Federal ou manter a procuração; que o depoente possuía ação na Justiça Trabalhista contra a Caixa Econômica Federal e manteve a ação, e não sofreu nenhuma represália em razão disso; que o gerentegeral, em Veranópolis, Neivaldo, que teria ação contra a Caixa Econômica Federal e também não desistiu da mesma perdeu a função (...) o depoente conversando com o superintendente Rubens foi pressionado a desistir da Ação Trabalhista, tendo este argumentado que não poderia manter a sua função de gerente e a reclamatória ao mesmo tempo; que posteriormente houve outra reunião onde novamente este assunto entrou em pauta, onde o superintendente Rubens, que havia retornado de uma reunião de Brasília, falou que havia sido ponto de pauta o fato de gerentes possuírem ações contra a Caixa Econômica Federal, reafirmando que isto não poderia ocorrer com os funcionários com cargo de gestão; que na mesma época de Neivaldo, Sergio de Quadros perdeu a função de gerente-geral e o comentário que surgiu entre os funcionários é que teria sido em razão de possuir reclamatória contra a Caixa Econômica Federal; surgiu também comentários que colegas que haviam desistido da Reclamatória Trabalhista foram logo após promovidos (...) seguramente mais de dez gerente desistiram das reclamatórias ajuizadas, entre eles Plínio Balbinot, Evandro Ferronato, Vladimir, Vitor; que não reunião acima mencionada com o superintendente Rubens, o depoente foi pressionado, mas não coagido; que, o fato de os gerentes terem desistido das reclamatórias trabalhistas para integração do CTVA na remuneração, não foi, em razão da FUNCEF ter incluído em seu programa a possibilidade de complementação da aposentadoria, mediante a contribuições sobre a dita parcela, porque esta contribuição, não atingiria o pedido formulado na Reclamatória Trabalhistas, por ser pretérito ao Novo Plano da FUNCEF (...) (Celso José Mielke Lunkes fls verso destaquei). 10

11 (...) em uma reunião gerencial foi falado para os gerentes gerais das agências que, em face do cargo que estes exerciam, deveriam cuidar pela perenidade da empresa e as ações por alguns deles ajuizadas seriam incompatíveis com tal ideologia; que quem falou isso aos gerentes foi o superintendente regional da época, Sr. Rubem Valter Grams; que não houve uma ameaça direta pela perda do cargo, mas deu a entender, deixou no ar ; que este assunto também foi abordado em outras reuniões; que na opinião do depoente os Srs. Neivaldo Carvalho Dela Giustina e Sergio de Quadros, então gerentes de Veranópolis e Nova Petrópolis, respectivamente, perderam os cargos de gerente, em face da demanda que ajuizaram contra a ré, pois é incomum um empregado perder o cargo; (...) que o depoente tem conhecimento de que estão sendo promovidas pessoas que não tenham ação, em detrimento daquelas que possuem tal demanda (...) não ouviu nem viu algum preposto da ré ameaçar quanto a possibilidade de promoção somente se desistisse ou não ajuizasse a ação, mas tem conhecimento de benefícios para pessoas que assim procederam; que conhece o Sr. Vitor Hugo Streich, que quando retirou a ação estava em Bento Gonçalves, tendo sido promovido para gerente geral em Gramado e em menos de doze ou dezoito meses foi promovido para gerente geral da superintendência; que referida pessoa em uma lista de 18/19 pessoas interessadas ocupava a 13ª posição e com a desistência, estranha na opinião do depoente, passou a 12º, posição em que poderia passar a concorrer a cargos/funções mais elevadas, como aquela pretendida, e acabou sendo o escolhido (...) o depoente só possui uma demanda contra a reclamada, mas está pensando seriamente em ajuizar outra, em face do assédio moral sofrido (...) que com o ajuizamento desta ação não foi destituído mas estou de castigo em uma cidade há mais de quatro anos ; que normalmente após dois anos em uma mesma cidade o gerente quer ser transferido para voltar a ganhar o benefício do auxílio moradia; (...) o Sr. Neivaldo, então presidente da associação dos gerentes da CEF, o Sr. Milton Schnack, vice-presidente da mesma associação e o Sr. Sergio de Quadros, perderam os seus cargos (...) em relação ao Sr. Neivaldo e Sr. Sergio, a alegação da reclamada para destituição dos mesmos de seus respectivos cargos foi no sentido de que as agências deles não estavam com um bom desempenho considerando a classificação nesta superintendência; (...) ; que o depoente nunca viu, em outro momento, alguém perder cargo pela agência não estar com um bom desempenho (...) além do Sr. Vitor o depoente tem conhecimento que o Sr. Fernando Feter e o Sr. Carlos Augusto, ou algo parecido, não suportaram a pressão e desistiram da ação (...) (José Angelo Belle fls verso destaquei). (...) em reuniões gerenciais houve citação de exemplos de gerentes que haviam desistido da ação e tiveram promoção; que quem fez tal assertiva foi o superintendente regional da época, Sr. Rubem; que houve ameaça velada de perda do cargo caso não houvesse a desistência da ação (...) depoente tem conhecimento de gerentes que perderam seus cargos em face das demandas ajuizadas, Srs. Neivaldo, Sergio e Milton, este último pertencente a outra superintendência regional; que o depoente tem conhecimento de que vários gerentes desistiram da ação por não suportarem a pressão de perderem o cargo; que entre as pessoas retro referidas, o depoente pode citar a Sra. Ema Rosa, 11

12 Renato Zanela, e outros tantos que assumiram função por ter desistido; que tem conhecimento que o Sr. Vitor Hugo Streich, Frederico, da ag. Vacaria, foram promovidos porque desistiram da ação, sendo que este último, inclusive, foi citado como exemplo em uma reunião gerencial (...) por enquanto o depoente não perdeu a função, mas havia pedido transferência para cinco outros lugares e acabou sendo transferido para uma cidade para a qual não havia pedido (...) o Sr. Neivaldo estava na gerência da ag. de Veranópolis quando perdeu a função; que quando o Sr. Neivaldo perdeu a função a ag. de Veranópolis estava abaixo da média, mas hoje também existe uma porção de agências abaixo da média (...) o depoente tem conhecimento de outras punições aos gerentes que não desistiram da ação, tal como, não adianta se candidatar a processo seletivo para promoções, pois todos os que mantém reclamatória não foram promovidos (...) uma pessoa do colegiado da superintendência chegou a falar diretamente com o depoente, em uma reunião da superintendência, para desistir da ação e quando o depoente lhe falou que não iria desistir, tal pessoa reclinou-se em sua cadeira e a entrevista com o depoente, que estava concorrendo para uma promoção, terminou (...) (Marcos Mazzutti de Castro fls. 860-verso-861 destaquei). (...) na reunião, o superintendente deixou claro aos presentes que não admitia que gerentes da reclamada tivessem ações na Justiça do Trabalho contra a empresa; que o superintendente Rubem igualmente mencionou que faria o possível ou o que estivesse ao seu alcance para substituir os gerentes que mantivessem as ações num período de 02 anos; que acrescenta que no dia da reunião, os funcionários sentiram-se ameaçados em face das declarações do superintendente; que na segunda reunião, Rubem anunciou que estava promovendo um funcionário a gerente-geral, com a condição de que desistisse da ação movida contra a reclamada, o que, de fato, ocorreu; que tem conhecimento por informações de colegas que o superintendente ligou para funcionários pedindo que desistissem das ações (...)tem conhecimento de gerentes que perderam a função depois das reuniões com o superintendente, não tendo como afirmar que esses afastamentos decorreram de cumprimento das ameaças do superintendente regional (...) (Cátia Luci Breda fls verso destaquei). (...) que o depoente ajuizou e deu seguimento à ação em que discutia diferenças da parcela CTVA; que foi afastado da função gerencial por determinação do superintendente regional Rubem Valter Grams; que foi comunicado do afastamento no dia em que estava entrando em férias; que inicialmente o superintendente disse que o afastamento decorria dos resultados da agência; que diante dessa informação, questionou novamente o superintendente sobre o afastamento, dizendo que os resultados eram bons, tendo ele respondido que o afastamento decorreu de uma decisão em conjunto do colegiado da superintendência, composto pelo superintendente e por mais quatro gerentes de mercado (...) participou de reuniões gerenciais nas quais o superintendente regional deixou clara a sua posição de que entendia ser incompatível o exercício de função de gerente com o ajuizamento de ações trabalhistas contra a reclamada; que o depoente foi chamado na superintendência para reunião, na qual o superintendente Rubem solicitou ao depoente que intercedesse junto aos demais gerentes para que desistissem das ações, considerando que o depoente era presidente da associação dos gerentes da reclamada do estado do Rio Grande do Sul; que o depoente mencionou ao superintendente que não intercedeu junto aos 12

13 gerentes para que ajuizassem ações, por isso também não iria interceder para que desistissem; que então o superintendente disse que o depoente tinha duas opções, ou desistir da ação ou perder a função gerencial (...) na região de Caxias do Sul, além do depoente, Sérgio de Quadros perdeu a função de gerente, no mesmo dia (...) (Neivaldo Florisberto Della Giustina Carvalho fls. 872-verso- 873 destaquei). (...) recebeu uma ligação telefônica do sr. Plínio Groeff, superintendente da reclamada, que informava considerar que era incompatível com o cargo desempenhado pelo depoente, a manutenção de demanda contra esta, solicitando que o depoente desistisse da referida ação; que cerca de 15 dias depois o depoente encontrou novamente com o superintendente na localidade de Nova Santa Rita, em uma visita que faziam ao município, quando então conversaram por cerca de uma hora, sendo que o depoente ao perguntar ao superintendente se achava justo o seu pleito apresentado na demanda antes referida, este lhe respondeu afirmativamente, mas acrescentando que deveria ser apresentado apenas após a aposentadoria do depoente; que o superintendente ainda referiu que o depoente deveria verificar dentre os seus subordinados se havia outros autores de ação idêntica; que o depoente se sentiu constrangido e pressionado em virtude desta situação; que o superintendente chegou a pedir diversas vezes ao depoente que entregasse a função, mas não ameaçou de retirá-la; que tem conhecimento de colegas que desistiram da ação em virtude da pressão (...) (Delamar Teixeira Albino fls destaquei). Os numerosos depoimentos citados não deixam qualquer dúvida de que, diversamente do alegado em defesa, as abordagens procedidas pelos superintendentes da demandada não consistiram em mero exercício do direito de expressão, ou de livre manifestação do pensamento. Ao contrário, o que exsuge de forma segura e coerente dos trechos transcritos dos depoimentos colhidos é a ocorrência de efetiva ameaça e, mesmo, implementação de punição pelo ajuizamento de ações em face da ré, em flagrante afronta ao direito constitucional de ação. Também, resta cristalina a prática de conduta discriminatória pela demandada, consistente em promover empregados mediante a condição - ou como recompensa - de desistência de ações judiciais, também em violação ao direito constitucional aludido. Destaco que não altera o até aqui constatado, os trechos de depoimentos invocados em defesa, nos quais empregados da demandada relatam desconforto e arrependimento com o ajuizamento de ações judiciais contra a empregadora (fls ). Longe de amparar a tese da ré, tais relatos evidenciam o estado de ânimo de ditos empregados, em relação aos quais os efeitos da exposição à coação exercida pela empregadora já se instalara em suas consciências, de forma subreptícia. Na mesma linha demonstra a incidência abusiva da demandada, por seus prepostos, sobre os empregados que optaram por buscar no Poder Judiciário a defesa de direitos que se entendiam titulares a menção de um dos superintendentes apontados na exordial a que alguns gerente, sem o declarante pedir, quando desistiram das ações ficaram em paz consigo mesmos, como acima transcrito. Por outro lado, não verifico comprovação, e sequer indício razoável, de que as desistências formalizadas por gerentes de ações judiciais 13

14 decorreram de pouco valor econômico, em face da adesão ao Novo Plano de Previdência da FUNCEF, que passou a permitir a integração do indigitado CTVA no salário-de-contribuição (fl. 530). Algumas das testemunhas ouvidas foram questionadas a esse respeito sem que respaldassem a aludida alegação da ré. Como antevisto na decisão exarada em sede de antecipação dos efeitos da tutela (fls ), as condutas adotadas por prepostos da demandada, com o respaldo desta, violaram o direito de ação, garantido constitucionalmente mesmo em face da lei ao estatuir-se que a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito (art. 5º, XXXV, da Constituição Federal). Como já referido na citada decisão, a consagração do direito público subjetivo e autônomo de ação tem o escopo instrumental de alcance de pretensão de direito material por quem se ache seu titular. Maior relevância ostenta a tentativa de óbice ao direto de ação quando dirigida contra empregados, cujos direitos gozam de destacada relevância no sistema jurídico-constitucional. Não é por outra razão que constitui fundamento da República Federativa do Brasil o valor social do trabalho, ao lado da livre iniciativa (art. 1, IV, da Constituição Federal), assim foi erigido a princípio fundante da ordem econômica a valorização do trabalho humano (art. 170 da Constituição Federal). Em cognição exauriente, pois, resta conferir definitividade aos provimentos antecipados para o fim de determinar à demandada que: a) não adote e não permita que seja adotado qualquer ato de represália ou discriminatório relativamente a detentores de função de confiança, de chefia e/ou de gerência em razão do ajuizamento de ação judicial, seja em nome próprio ou como substituído processual; b) não permitia que os exercentes de função de confiança, de chefia e/ou de gerência sejam ameaçados, coagidos, pressionados, constrangidos ou que recebam propostas ou sejam induzidos a não ajuizarem ações ou a desistirem de ações ajuizadas em face da ré, como parte ou substituídos; e, c) não permita que a nomeação, a manutenção e/ou o exercício de função de confiança, de chefia e/ou de gerência sejam condicionados à inexistência de ação judicial em face da demandada, como parte ou substituído processual. A fim de dar-se ao provimento jurisdicional efetividade, ante a relevância dos direitos tutelados e da clara demonstração de sua violação, para a hipótese de descumprimento parcial ou integral das obrigações ora impostas, determino a incidência de multa, no valor de R$ ,00 (vinte mil reais) por trabalhador, por entender mais adequado que o valor pretendido, reversível ao FAT Fundo de Amparo ao Trabalhador (arts. 11, V, da Lei n /90) e atualizável pelos índices de correção aplicáveis aos créditos trabalhistas. Esclareço que a definição de que a multa imposta reverta em favor do FAT (e não do Fundo de Defesa dos Direitos Difusos, como pretendido na exordial) justifica-se na especificidade do direito posto em causa: exercício do direito de ação por empregado em face de seu empregador. Para que não se cunhe de omisso o presente julgado, esclareço que o desfecho dado à lide levou em consideração, ainda que não mencionados explicitamente, todos os dispositivos legais e constitucionais invocados pelas partes. Sobre o tema, registro que o prequestionamento é construção peculiar aos 14

15 recursos de natureza extraordinária (Extraordinário, Especial, de Revista), de modo que, para a interposição de recurso ordinário, não há necessidade de tal expediente. 7) Dano Moral Coletivo Na linha do referido na petição inicial, configura-se violação de direito difuso, assim considerado o direito transindividual, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato, como definido no art. 81, I, do Código de Defesa do Consumidor (Lei n /90). O desrespeito ao direito constitucional de ação revelado pelas condutas adotadas pela demandada, por seus prepostos, extrapola o âmbito individual de cada um dos empregados coagidos, destituídos das respectivas funções ou preteridos em promoções funcionais a outros concedidas. Não resta dúvida, ainda cuidando do enquadramento das condutas lesivas verificadas à previsão legal aludida, que se revela indivisível o valor ofendido, o qual é tido por um dos pilares do Estado democrático de Direito, conquista de toda a sociedade. Também, o vínculo existente a ligar os titulares do direito aludido decorre de circunstância de fato, consistente na atuação da demandada em afronta a preceito fundamental, não decorrendo de relação jurídica pré-existente. A conjunção desses elementos evidencia a configuração de dano moral coletivo, entendido na atualidade como passível de reparação pecuniária. Maior relevância assume a violação perpetrada ao direito de ação em hipóteses como a dos autos, em que demandada a tutela jurisdicional de direito trabalhista, de marcado cunho público e de acentuada relevância ao equilíbrio dos valores coexistentes na ordem jurídico-constitucional, como já referido. Enfrentando os argumentos defensivos expendidos pela demandada, esclareço que situações como a tratada nestes autos independem da prova de efetivo prejuízo para justificar a reparação. Trata-se de dano in re ipsa. De acordo com posicionamento reiterado na doutrina, o dano moral, deste não diferenciado o de cunho coletivo, só depende da prova de sua existência, mais propriamente o fato que o originou, e não da prova do prejuízo em si. Ainda, não se revela plausível a alegação defensiva de inexistência de dolo ou malícia, sendo as condutas reputadas violadoras do direito constitucional de ação praticadas de forma intencional por empregados componentes de alto escalão da demandada, por certo cientes do conteúdo e extensão da lesividade de suas ações. Na sequência, cumpre fixar o montante indenizatório. O contexto delineado não autoriza a fixação da importância pretendida pelo autor, porquanto, a despeito da notória capacidade econômica privilegiada da ré, deve-se ter em mente a ponderação entre os bens jurídicos passíveis de reparação por ofensa de natureza moral. Por outro lado, a quantia imposta há de atender o binômio reprovação da conduta e desagravo do ofendido, à luz do princípio da razoabilidade. O caráter pedagógico da indenização tem em vista a 15

16 posição da demandada, de empregadora de considerável número de empregados, e da relevância do direito a ser preservado de futuros desrespeitos. Pelo examinado, condeno à ré ao pagamento de indenização por dano moral coletivo, no valor de R$ ,00 (trezentos mil reais), a ser recolhido ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos. 8) Descumprimento da Tutela Antecipada. Multa Diária As empregadas da demandada admitidas como assistentes da parte autora no feito afirmam o descumprimento da decisão proferida em sede de antecipação de tutela. Primeiramente, constato que a assistente Márcia Silva da Silva não logrou comprovar que a destituição da função de confiança procedida pela demandada foi implementada após a ciência pela ré de ajuizamento de ação judicial pela referida empregada. Ainda que o documento da fl demonstre que a demandante cientificou a ré do ingresso de ação judicial em , os documentos das fls não podem ser admitidos como seguras demonstrações de que a citada empregada ocupou a função de confiança até Em tais documentos, não há menção específica da função desempenhada pela demandante, de sorte a infirmar a presunção de veracidade emergente do documento da fl , pelo qual, na data de , a demandada procedeu à destituição da demandante da função de confiança até então exercida. Sendo assim, ainda que razão não assista à demandada ao alegar que, apenas em restou ciente do ajuizamento de ação por Márcia Silva da Silva, já que tal fato foi notificado pela referida empregada em , esta não demonstrou que permaneceu no exercício da função após a data da formal destituição ( fl ). No mais, em relação à assistente Kathia Maria Dornelles Koiky, verifico que de sua manifestação nos autos (fls e ss) sequer é possível extrair, com certeza, a que demanda se refere ao alegar a ocorrência de retaliação pela demandada. Destaco que a imposição de multa por descumprimento de obrigações de não fazer, como no caso, depende da demonstração cabal da violação do dever de abstenção imposto, o que não tenho por seguramente configurado. Na mesma esteira, não há nos autos elemento seguro de prova quanto à data de emissão da correspondência eletrônica dita enviada pela demandada a empregados, transcrita às fls , pelo que não se afigura seguro concluir que tal medida foi implementada em desrespeito à decisão antecipatória proferida neste feito. Não se verificando de forma segura o descumprimento do comando proferido em sede de antecipação de tutela, não há falar em reconsideração de tal comando no que se refere à imposição de multa. Resta destacar, por derradeiro, a viabilidade de reapreciação da matéria ora em apreço a qualquer momento, mediante exibição pelo autor ou assistentes de outros elementos probatórios. 16

17 9) Da Extensão Territorial da Tutela Jurisdicional Em primeiro lugar, diversamente do alegado pela demandada em sua defesa, os direitos discutidos neste feito classificam-se como direitos coletivos em sentido estrito e direitos difusos, como já assentado. As pretensões referentes a obrigações de não fazer (ou de abstenções) visam tutelar interesse do grupo de empregados da demandada, ao passo que o pleito de indenização por dano moral coletivo tem o escopo de defender direito da coletividade, que abarca sujeitos indetermináveis. Cuida-se, pois, de tutela de direitos transindividuais. O art. 16 da Lei n. 7347/85 (Lei de Ação Civil Pública), ao dispor que a sentença civil, salvo se o pedido for improcedente por insuficiência de provas, fará coisa julgada erga omnes, nos limites da competência territorial do órgão prolator, tem redação questionável -e questionada-, já que confunde limites subjetivos da sentença e competência do Juízo. A competência é uma parcela da função jurisdicional do Estado, instituída com o fito de estabelecer a divisão da prestação dessa função estatal, não para impor limites aos efeitos subjetivos da sentença a um território determinado. O art. 93 da Lei n /90 (CDC) define que: Ressalvada a competência da Justiça Federal, é competente para a causa a justiça local: I - no foro do lugar onde ocorreu ou deva ocorrer o dano, quando de âmbito local; II - no foro da Capital do Estado ou no do Distrito Federal, para os danos de âmbito nacional ou regional, aplicando-se as regras do Código de Processo Civil aos casos de competência concorrente. (destaquei). Consolida-se na jurisprudência, ademais, o entendimento preconizado na Orientação Jurisprudencial n. 130 da SDI-II do C. TST: AÇÃO CIVIL PÚBLICA. COMPETÊNCIA TERRITORIAL. EXTENSÃO DO DANO CAUSADO OU A SER REPARADO. APLICAÇÃO ANALÓGICA DO ART. 93 DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. Para a fixação da competência territorial em sede de ação civil pública, cumpre tomar em conta a extensão do dano causado ou a ser reparado, pautando-se pela incidência analógica do art. 93 do Código de Defesa do Consumidor. Assim, se a extensão do dano a ser reparado limitar-se ao âmbito regional, a competência é de uma das Varas do Trabalho da Capital do Estado; se for de âmbito supra-regional ou nacional, o foro é o do Distrito Federal. No caso, a conduta lesiva perpetrada pela demandada, como constatado acima, excedeu o âmbito de uma cidade, caracterizando-se como dano de âmbito regional, pelo que, adequadamente, a presente demanda foi ajuizada na capital do Estado. A despeito das críticas dirigidas ao dispositivo da Lei de Ação Civil Pública antes citado, adoto o posicionamento em sedimentação no C. TST, 17

18 definindo que os efeitos da tutela conferida neste feito estendem-se ao âmbito de competência do E. TRT desta Região. III Dispositivo Pelos fundamentos expostos, preliminarmente, rejeito as alegações de incompetência material, inépcia da petição inicial, ilegitimidade ativa e impossibilidade jurídica do pedido. No mérito, julgo PROCEDENTES os pedidos veiculados pelo MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO em face de CAIXA ECONÔMICA FEDERAL CEF, para o fim de: I. Tornando definitiva a tutela antecipada, determinar que a demandada, INDEPENDENTEMENTE DO TRÂNSITO EM JULGADO DESTA DECISÃO: a) não adote e não permita que seja adotado qualquer ato de represália ou discriminatório relativamente a detentores de função de confiança, de chefia e/ou de gerência em razão do ajuizamento de ação judicial, seja em nome próprio ou como substituído processual; b) não permita que os exercentes de função de confiança, de chefia e/ou de gerência sejam ameaçados, coagidos, pressionados, constrangidos ou que recebam propostas ou sejam induzidos a não ajuizarem ações ou a desistirem de ações ajuizadas em face da ré, como parte ou substituídos; c) não permita que a nomeação, a manutenção e/ou o exercício de função de confiança, de chefia e/ou de gerência sejam condicionados à inexistência de ação judicial em face da demandada, como parte ou substituído processual. II. Pague, APÓS O TRÂNSITO EM JULGADO DESTA DECISÃO: a) indenização por dano moral coletivo, no valor de R$ ,00 (trezentos mil reais), a ser recolhido ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos. Para a hipótese de descumprimento parcial ou integral das obrigações de não fazer ora impostas, determino a incidência de multa, no valor de R$ ,00 (vinte mil reais) por trabalhador, reversível ao FAT Fundo de Amparo ao Trabalhador (art. 11, V, da Lei n /90) e atualizável pelos índices de correção aplicáveis aos créditos trabalhistas. Custas, pela demandada, no valor de R$ 6.000,00 (seis mil reais), calculadas sobre o valor de R$ ,00 (trezentos mil reis), valor arbitrado à condenação. Intimem-se as partes. Observe-se a necessidade de ciência das assistentes admitidas dos atos processuais doravante praticados. Cumpram-se, independentemente do trânsito em julgado desta decisão, os comandos que contém obrigação de não fazer e, após o seu trânsito em julgado, a condenação referente à indenização por dano moral coletivo. Nada mais. 18

19 JULIETA PINHEIRO NETA Juíza do Trabalho JOSÉ AMÉRICO ILHA DE QUADROS 19

Ponto 1. Ponto 2. Ponto 3

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