Carlos Drummond de Andrade. Sentimento do Mundo. Por Carlos Daniel S. Vieira

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1 Carlos Drummond de Andrade Sentimento do Mundo Por Carlos Daniel S. Vieira

2 DRUMMOND - Vida 1902 (Itabira, MG) 1987 (Rio de Janeiro, RJ) Saudades de Minas e estupefação diante da grande metrópole Expulso do colégio por insubordinação mental Fundou A Revista, para divulgar o modernismo no Brasil Estréia literária: coletânea Alguma Poesia (1930) Obra: poesia, livros infantis, contos e crônicas

3 DRUMMOND - Características Ironia Poesia Versos livres (Modernismo) Objetiva e concreta (juntamente a Mário de Andrade) O poeta gauche Quando nasci, um anjo torto desses que vivem na sombra disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida. desajustado, incapaz, estranho, tímido, quieto

4 E agora, José? (trecho) E agora, José? A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e agora, José? e agora, Você? Você que é sem nome, que zomba dos outros, Você que faz versos, que ama, protesta? e agora, José? (...) Sozinho no escuro qual bicho-do-mato, sem teogonia, sem parede nua para se encostar, sem cavalo preto que fuja do galope, você marcha, José! José, para onde?

5 DRUMMOND - Características Metapoemas Ironia e crítica + Paixão Lirismo meditativo Linguagem adaptada à temática de cada poema

6 Infância Meu pai montava a cavalo, ia para o campo. Minha mãe ficava sentada cosendo. Meu irmão pequeno dormia. Eu sozinho menino entre mangueiras lia a história de Robinson Crusoé, comprida história que não acaba mais. No meio-dia branco de luz uma voz que aprendeu a ninar nos longes da senzala e nunca se esqueceu chamava para o café. Café preto que nem a preta velha café gostoso café bom. Minha mãe ficava sentada cosendo olhando para mim: - Psiu... Não acorde o menino. Para o berço onde pousou um mosquito. E dava um suspiro... que fundo! Lá longe meu pai campeava no mato sem fim da fazenda. E eu não sabia que a minha história era mais bonita que a de Robinson Crusoé. Poesia e prosa. Rio de Janeiro, Nova Aguilar, 1988.

7 Um boi vê os homens Tão delicados (mais que um arbusto) e correm e correm de um para outro lado, sempre esquecidos de alguma coisa. Certamente, falta-lhes não sei que atributo essencial, posto se apresentem nobres e graves, por vezes. Ah, espantosamente graves, até sinistros. Coitados, dir-se-ia não escutam nem o canto do ar nem os segredos do feno (...) têm, talvez, certa graça melancólica (um minuto) e com isto se fazem perdoar a agitação incômoda e o translúcido vazio interior que os torna tão pobres e carecidos de emitir sons absurdos e agônicos: desejo, amor, ciúme (que sabemos nós), sons que se despedaçam e tombam no campo como pedras aflitas e queimam a erva e a água, e difícil, depois disto, é ruminarmos nossa verdade.

8 Temas recorrentes Questionamento sobre o fazer poético Sentido da vocação literária Função social da poesia Dificuldade de compreender os sentimentos A importância da família Itabira, a cidade natal Dois tipos de trabalho

9 Sentimento do Mundo (1940) - Contexto Fase madura do poeta Poesia engajada: preocupações do poeta com o Mundo Ameaça do Nazismo ( ) Segunda Guerra Mundial ( ) Ditadura varguista; Estado Novo ( )

10 Mãos dadas Não serei o poeta de um mundo caduco. Também não cantarei o mundo futuro. Estou preso à vida e olho meus companheiros. Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças. Entre eles, considero a enorme realidade. O presente é tão grande, não nos afastemos. Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas. Não serei o cantor de uma mulher, de uma história, não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela, não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida, não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins. O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes, a vida presente.

11 Sentimento do Mundo (1940) - Características Tempo verbal predominante: presente do indicativo Visão de mundo pessimista X esperança de revolução e utopia Tom seco e corporativista (funcionário público) Postura ambígua diante da situação global: Na frente de combate Impotente tenho apenas duas mãos / e o sentimento do mundo Transita entre o individualismo e o coletivismo

12 Características do livro (segundo Mário de Andrade) Dor paroxística paroxístico : repentino e intenso Sentimento de dor inaceitável Ex.: Menino chorando na noite Caos lírico Caos na forma da poesia retrata o caos em que se encontra o mundo ao seu redor Desespero paroxístico Desespero inaceitável Ex.: Poema da Necessidade Ritmo Predominância da redondilha ( que é o movimento natural da língua ), embora constantemente o quebre

13 Características do livro (segundo Mário de Andrade) Poética Poesia individualista Momentos de maior humanidade impressionante e irónica solicitude humana Causa e efeito Tudo possui uma razão; tudo gera uma consequência Probidade artística Probidade: integridade de caráter, honradez Grito de sofrimento humano dos maislancinantes, arrancado de uma alma mais reta que o ser.

14 1. Sentimento do Mundo 2. Confidência do Itabirano 3. O operário no mar 4. Congresso Internacional do Medo 5. Inocentes do Leblon 6. Os ombros suportam o mundo 7. Bolero de Ravel 8. Menino chorando na noite 9. Mundo grande

15 Sentimento do Mundo Tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo, mas estou cheio de escravos, minhas lembranças escorrem e o corpo transige na confluência do amor. Quando me levantar, o céu estará morto e saqueado, eu mesmo estarei morto, morto meu desejo, morto o pântano sem acordes. Os camaradas não disseram que havia uma guerra e era necessário trazer fogo e alimento. Sinto-me disperso, anterior a fronteiras, humildemente vos peço que me perdoeis. Quando os corpos passarem, eu ficarei sozinho desfiando a recordação do sineiro, da viúva e do microcopista que habitavam a barraca e não foram encontrados ao amanhecer esse amanhecer mais noite que a noite.

16 Mas então O que é o tal sentimento do mundo? Consciência da realidade do mundo (aspectos sociais, políticos e econômicos) Sente-se obrigado a fazer algo, embora seja incapaz (sentimento de impotência) Ora esperança, ora desesperança Levará, mais tarde, a uma mobilização social

17 Por isso, pedirá mãos dadas mais tarde Tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo, mas estou cheio de escravos, minhas lembranças escorrem e o corpo transige na confluência do amor. Quando me levantar, o céu estará morto e saqueado, eu mesmo estarei morto, morto meu desejo, morto o pântano sem acordes. Referência ao Comunismo Pessoas que dependem dele sentimento de obrigação Quando os corpos passarem, eu ficarei sozinho desfiando a recordação do sineiro, da viúva e do microcopista que habitavam a barraca e não foram encontrados ao amanhecer Desaparecidos / mortos na guerra Os camaradas não disseram que havia uma guerra e era necessário trazer fogo e alimento. Sinto-me disperso, anterior a fronteiras, humildemente vos peço que me perdoeis. esse amanhecer mais noite que a noite. Está despreparado Sentimento de impotência Embora seja dia, há o sentimento noturno, funéreo

18 Confidência do Itabirano Alguns anos vivi em Itabira. Principalmente nasci em Itabira. Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro. Noventa por cento de ferro nas calçadas. Oitenta por cento de ferro nas almas. E esse alheamento do que na vida é porosidade e comunicação. A vontade de amar, que me paralisa o trabalho, vem de Itabira, de suas noites brancas, sem mulheres e sem horizontes. E o hábito de sofrer, que tanto me diverte, é doce herança itabirana. De Itabira trouxe prendas diversas que ora te ofereço: esta pedra de ferro, futuro aço do Brasil, este São Benedito do velho santeiro Alfredo Duval; este couro de anta, estendido no sofá da sala de visitas; este orgulho, esta cabeça baixa... Tive ouro, tive gado, tive fazendas. Hoje sou funcionário público. Itabira é apenas uma fotografia na parede. Mas como dói!

19 Confidência do Itabirano Alguns anos vivi em Itabira. Principalmente nasci em Itabira. Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro. Noventa por cento de ferro nas calçadas. Oitenta por cento de ferro nas almas. E esse alheamento do que na vida é porosidade e comunicação. Tom corporativo, frio ( tom de ferro ) A vontade de amar, que me paralisa o trabalho, vem de Itabira, de suas noites brancas, sem mulheres e sem horizontes. E o hábito de sofrer, que tanto me diverte, é doce herança itabirana. Gauche De Itabira trouxe prendas diversas que ora te ofereço: esta pedra de ferro, futuro aço do Brasil, este São Benedito do velho santeiro Alfredo Duval; este couro de anta, estendido no sofá da sala de visitas; este orgulho, esta cabeça baixa... Tive ouro, tive gado, tive fazendas. Hoje sou funcionário público. Itabira é apenas uma fotografia na parede. Mas como dói! Elementos de Itabira: metais; religiosidade do povo; hábitos interioranos

20 O operário no mar Na rua passa um operário. Como vai firme! Não tem blusa. No conto, no drama, no discurso político, a dor do operário está na blusa azul, de pano grosso, nas mãos grossas, nos pés enormes, nos desconfortos enormes. Esse é um homem comum, apenas mais escuro que os outros, e com uma significação estranha no corpo, que carrega desígnios e segredos. Para onde vai ele, pisando assim tão firme? Não sei. A fábrica ficou lá atrás. Adiante é só o campo, com algumas árvores, o grande anúncio de gasolina americana e os fios, os fios, os fios. O operário não lhe sobra tempo de perceber que eles levam e trazem mensagens, que contam da Rússia, do Araguaia, dos Estados Unidos. Não ouve, na Câmara dos Deputados, o líder oposicionista vociferando. Caminha no campo e apenas repara que ali corre água, que mais adiante faz calor. Para onde vai o operário? Teria vergonha de chamá-lo meu irmão. Ele sabe que não é, nunca foi meu irmão, que não nos entenderemos nunca. E me despreza... Ou talvez seja eu próprio que me despreze a seus olhos. Tenho vergonha e vontade de encará-lo: uma fascinação quase me obriga a pular a janela, a cair em frente dele, sustar-lhe a marcha, pelo menos implorar lhe que suste a marcha. Agora está caminhando no mar. Eu pensava que isso fosse privilégio de alguns santos e de navios. Mas não há nenhuma santidade no operário, e não vejo rodas nem hélices no seu corpo, aparentemente banal. Sinto que o mar se acovardou e deixou-o passar. Onde estão nossos exércitos que não impediram o milagre? Mas agora vejo que o operário está cansado e que se molhou, não muito, mas se molhou, e peixes escorrem de suas mãos. Vejo-o que se volta e me dirige um sorriso úmido. A palidez e confusão do seu rosto são a própria tarde que se decompõe. Daqui a um minuto será noite e estaremos irremediavelmente separados pelas circunstâncias atmosféricas, eu em terra firme, ele no meio do mar. Único e precário agente de ligação entre nós, seu sorriso cada vez mais frio atravessa as grandes massas líquidas, choca-se contra as formações salinas, as fortalezas da costa, as medusas, atravessa tudo e vem beijar-me o rosto, trazer-me uma esperança de compreensão. Sim, quem sabe se um dia o compreenderei?

21 O operário no mar Na rua passa um operário. Como vai firme! Não tem blusa. No conto, no drama, no discurso político, a dor do operário está na blusa azul, de pano grosso, nas mãos grossas, nos pés enormes, nos desconfortos enormes. Esse é um homem comum, apenas mais escuro que os outros, e com uma significação estranha no corpo, que carrega desígnios e segredos. Para onde vai ele, pisando assim tão firme? Não sei. A fábrica ficou lá atrás. Adiante é só o campo, com algumas árvores, o grande anúncio de gasolina americana e os fios, os fios, os fios. O operário não lhe sobra tempo de perceber que eles levam e trazem mensagens, que contam da Rússia, do Araguaia, dos Estados Unidos. Não ouve, na Câmara dos Deputados, o líder oposicionista vociferando. Caminha no campo e apenas repara que ali corre água, que mais adiante faz calor. Para onde vai o operário? Teria vergonha de chamá-lo meu irmão. Ele sabe que não é, nunca foi meu irmão, que não nos entenderemos nunca. E me despreza... Ou talvez seja eu próprio que me despreze a seus olhos. Tenho vergonha e vontade de encará-lo: uma fascinação quase me obriga a pular a janela, a cair em frente dele, sustar-lhe a marcha, pelo menos implorar lhe que suste a marcha. Agora está caminhando no mar. Eu pensava que isso fosse privilégio de alguns santos e de navios. Mas não há nenhuma santidade no operário, e não vejo rodas nem hélices no seu corpo, aparentemente banal. Sinto que o mar se acovardou e deixou-o passar. Onde estão nossos exércitos que não impediram o milagre? Mas agora vejo que o operário está cansado e que se molhou, não muito, mas se molhou, e peixes escorrem de suas mãos. Vejo-o que se volta e me dirige um sorriso úmido. A palidez e confusão do seu rosto são a própria tarde que se decompõe. Daqui a um minuto será noite e estaremos irremediavelmente separados pelas circunstâncias atmosféricas, eu em terra firme, ele no meio do mar. Único e precário agente de ligação entre nós, seu sorriso cada vez mais frio atravessa as grandes massas líquidas, choca-se contra as formações salinas, as fortalezas da costa, as medusas, atravessa tudo e vem beijar-me o rosto, trazer-me uma esperança de compreensão. Sim, quem sabe se um dia o compreenderei?

22 O operário no mar Poema em prosa expressão modernista Prosa mais adequada para um elemento tão cotidiano quanto o operário Operário: o homem alienado Afunda Não entende como ele consegue Certa inveja Quer compreendê-lo

23 Congresso Internacional do Medo Provisoriamente não cantaremos o amor, que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos. Cantaremos o medo, que estereliza os abraços, não cantaremos o ódio, porque este não existe, existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro, o medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos, o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas, cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas, cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte. Depois morreremos de medo e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas.

24 Congresso Internacional do Medo Provisoriamente não cantaremos o amor, que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos. Cantaremos o medo, que estereliza os abraços, não cantaremos o ódio, porque este não existe, existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro, Caráter global, universalizante do poema bunkers antiatômicos O povo não sente ódio; apenas medo Elementos do cenário global contemporâneo o medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos, o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas, cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas, cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte. Depois morreremos de medo e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas. Tom fatídico, objetivo e antimetafísico

25 Inocentes do Leblon Os inocentes do Leblon não viram o navio entrar. Trouxe bailarinas? trouxe imigrantes? trouxe um grama de rádio? Os inocentes, definitivamente inocentes, tudo ignoram, mas a areia é quente, e há um óleo suave que eles passam nas costas, e esquecem. Crítica à burguesia alienada

26 Inocentes do Leblon Os inocentes do Leblon não viram o navio entrar. Trouxe bailarinas? trouxe imigrantes? trouxe um grama de rádio? Irônico Bailarinas entretenimento para a burguesia Imigrantes afluxo para o Brasil Grama de rádio ameaça nuclear Os inocentes, definitivamente inocentes, tudo ignoram, mas a areia é quente, e há um óleo suave que eles passam nas costas, e esquecem. Crítica irônica à alienação Crítica à burguesia alienada

27 Os ombros suportam o mundo Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus. Tempo de absoluta depuração. Tempo em que não se diz mais: meu amor. Porque o amor resultou inútil. E os olhos não choram. E as mãos tecem apenas o rude trabalho. E o coração está seco. Em vão mulheres batem à porta, não abrirás. Ficaste sozinho, a luz apagou-se, mas na sombra teus olhos resplandecem enormes. És todo certeza, já não sabes sofrer. E nada esperas de teus amigos. Pouco importa venha a velhice, que é a velhice? Teu ombros suportam o mundo e ele não pesa mais que a mão de uma criança. As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios provam apenas que a vida prossegue e nem todos se libertaram ainda. Alguns, achando bárbaro o espetáculo, prefeririam (os delicados) morrer. Chegou um tempo em que não adianta morrer. Chegou um tempo em que a vida é uma ordem. A vida apenas, sem mistificação.

28 Os ombros suportam o mundo Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus. Tempo de absoluta depuração. Tempo em que não se diz mais: meu amor. Porque o amor resultou inútil. E os olhos não choram. E as mãos tecem apenas o rude trabalho. E o coração está seco. Em vão mulheres batem à porta, não abrirás. Ficaste sozinho, a luz apagou-se, mas na sombra teus olhos resplandecem enormes. És todo certeza, já não sabes sofrer. E nada esperas de teus amigos. Tempo estéril * Excesso de termos indicando uma ausência de ação ou uma ação inútil Pouco importa venha a velhice, que é a velhice? Teu ombros suportam o mundo e ele não pesa mais que a mão de uma criança. As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios provam apenas que a vida prossegue e nem todos se libertaram ainda. Alguns, achando bárbaro o espetáculo, prefeririam (os delicados) morrer. Chegou um tempo em que não adianta morrer. Chegou um tempo em que a vida é uma ordem. A vida apenas, sem mistificação. Ser humano: excessivamente racionalizado Objetivismo extremo

29 Bolero de Ravel A alma ativa e obcecada enrola-se infinitamente numa espiral de desejo e melancolia Infinita, infinitamente... As mãos não tocam jamais o aéreo objeto esquiva ondulação evanescente Os olhos, magnetizados, escutam e no círculo ardente nossa vida para sempre está presa está presa... Os tambores abafam a morte do Imperador.

30 Bolero de Ravel A alma ativa e obcecada enrola-se infinitamente numa espiral de desejo e melancolia Infinita, infinitamente... As mãos não tocam jamais o aéreo objeto esquiva ondulação evanescente Os olhos, magnetizados, escutam e no círculo ardente nossa vida para sempre está presa está presa... Os tambores abafam a morte do Imperador. indefinidamente Indefinida, indefinidamente

31 Bolero de Ravel - interpretação Criação instintiva Maestro Maurice Ravel ( ) Expressão de todos os elementos de uma orquestra Canção repetitiva a cada repetição, intensifica sua força Traços da canção no poema: infinita, infinitamente, espiral de desejo e círculo ardente. Desejo da alma X obstáculo

32 Menino chorando na noite Na noite lenta e morna, morta noite sem ruído, um menino chora. O choro atrás da parede, a luz atrás da vidraça perdem-se na sombra dos passos abafados, das vozes extenuadas, e, no entanto, se ouve até o rumor da gota de remédio caindo na colher. Um menino chora na noite, atrás da parede, atrás da rua, longe um menino chora, em outra cidade talvez, talvez em outro mundo. Ausência de artigo definido: UNIVERSALIDADE E vejo a mão que levanta a colher, enquanto a outra sustenta a cabeça e vejo o fio oleoso que escorre pelo queixo do menino, escorre pela rua, escorre pela cidade, um fio apenas. E não há mais ninguém no mundo A não esse menino chorando.

33 O menino chorando na noite Mário de Andrade aponta uma dor paroxística: O que levou C. Drummond de Andrade ao impressionante estado lírico de seu livro é uma raivosa consciência da sua própria desumanidade. (...) No fundo, de si mesmo ele chasqueia com, ia dizer, com nojo. E com isso o livro se desenvolve numa dramática atmosfera insalubre, porque ao não-conformismo da vida o poeta ajunta um não-conformismo do seu próprio conformismo. (...) ele consegue implantar em nós o sentimento de uma dor inaceitável. Como nessa obraprima que é o Menino chorando na noite.

34 O menino chorando na noite Mário de Andrade aponta uma dor paroxística: O que levou C. Drummond de Andrade ao impressionante estado lírico de seu livro é uma raivosa consciência da sua própria desumanidade. (...) No fundo, de si mesmo ele chasqueia com, ia dizer, com nojo. E com isso o livro se desenvolve numa dramática atmosfera insalubre, porque ao não-conformismo da vida o poeta ajunta um não-conformismo do seu próprio conformismo. (...) ele consegue implantar em nós o sentimento de uma dor inaceitável. Como nessa obraprima que é o Menino chorando na noite.

35 Mundo Grande Não, meu coração não é maior que o mundo. É muito menor. Nele não cabem nem as minhas dores. Por isso gosto tanto de me contar. Por isso me dispo, por isso me grito, por isso freqüento os jornais, me exponho cruamente nas livrarias: preciso de todos. Sim, meu coração é muito pequeno. Só agora vejo que nele não cabem os homens. Os homens estão cá fora, estão na rua. A rua é enorme. Maior, muito maior do que eu esperava. Mas também a rua não cabe todos os homens. A rua é menor que o mundo. O mundo é grande. Tu sabes como é grande o mundo. Conheces os navios que levam petróleo e livros, carne e algodão. Viste as diferentes cores dos homens, as diferentes dores dos homens, sabes como é difícil sofrer tudo isso, amontoar tudo isso num só peito de homem sem que ele estale. Fecha os olhos e esquece. Escuta a água nos vidros, tão calma, não anuncia nada. Entretanto escorre nas mãos, tão calma! Vai inundando tudo Renascerão as cidades submersas? Os homens submersos voltarão?

36 Meu coração não sabe. Estúpido, ridículo e frágil é meu coração. Só agora descubro como é triste ignorar certas coisas. (Na solidão de indivíduo desaprendi a linguagem com que homens se comunicam.) Outrora escutei os anjos, as sonatas, os poemas, as confissões patéticas. Nunca escutei voz de gente. Em verdade sou muito pobre. Outrora viajei países imaginários, fáceis de habitar, ilhas sem problemas, não obstante exaustivas e convocando ao suicídio. Meus amigos foram às ilhas. Ilhas perdem o homem. Entretanto alguns se salvaram e trouxeram a notícia de que o mundo, o grande mundo está crescendo todos os dias, entre o fogo e o amor. Então, meu coração também pode crescer. Entre o amor e o fogo, entre a vida e o fogo, meu coração cresce dez metros e explode. Ó vida futura! Nós te criaremos.

37 Mundo Grande Não, meu coração não é maior que o mundo. É muito menor. Nele não cabem nem as minhas dores. Por isso gosto tanto de me contar. Por isso me dispo, por isso me grito, por isso freqüento os jornais, me exponho cruamente nas livrarias: preciso de todos. Intratextualidade / Intratextualidade ( Mundo mundo vasto mundo, / Mais vasto é meu coração ) Já maduro, o eu lírico reavalia sua primeira opinião Sim, meu coração é muito pequeno. Só agora vejo que nele não cabem os homens. Os homens estão cá fora, estão na rua. A rua é enorme. Maior, muito maior do que eu esperava. Mas também a rua não cabe todos os homens. A rua é menor que o mundo. O mundo é grande. Tu sabes como é grande o mundo. Conheces os navios que levam petróleo e livros, carne e algodão. Viste as diferentes cores dos homens, as diferentes dores dos homens, sabes como é difícil sofrer tudo isso, amontoar tudo isso num só peito de homem sem que ele estale. Mundo visão pluralista Sentimento de incapacidade, impotência Fecha os olhos e esquece. Escuta a água nos vidros, tão calma, não anuncia nada. Entretanto escorre nas mãos, tão calma! Vai inundando tudo Renascerão as cidades submersas? Os homens submersos voltarão?

38 Meu coração não sabe. Estúpido, ridículo e frágil é meu coração. Só agora descubro como é triste ignorar certas coisas. (Na solidão de indivíduo desaprendi a linguagem com que homens se comunicam.) Impotência do eu lírico O Operário; Os inocentes do Leblon Outrora escutei os anjos, as sonatas, os poemas, as confissões patéticas. Nunca escutei voz de gente. Em verdade sou muito pobre. Outrora viajei países imaginários, fáceis de habitar, ilhas sem problemas, não obstante exaustivas e convocando ao suicídio. Meus amigos foram às ilhas. Ilhas perdem o homem. Entretanto alguns se salvaram e trouxeram a notícia de que o mundo, o grande mundo está crescendo todos os dias, entre o fogo e o amor. a) Exílio da ditadura b) Poesia que foge à realidade Então, meu coração também pode crescer. Entre o amor e o fogo, entre a vida e o fogo, meu coração cresce dez metros e explode. Ó vida futura! Nós te criaremos. Visão final da obra: Esperança e convite à ação conjunta

39 FIM

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