UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO Centro de Ciências Humanas e Naturais. Roteiro Prático de Histologia

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO Centro de Ciências Humanas e Naturais Roteiro Prático de Histologia Prof. Dra. Leonora Pires Costa Prof. MsC. Raquel Juliana Vionette do Amaral Monitor: Roger Rodrigues Guimarães

2 SUMÁRIO Introdução (da observação de uma lâmina) 3 Introdução (Regras Gerais) 5 Tecido epitelial 9 Glândulas 13 Tecido Conjuntivo Propriamente Dito 16 Tecido Cartilaginoso e Adiposo 18 Tecido Ósseo 20 Tecido Muscular 23 Tecido Nervoso 26 2

3 INTRODUÇÃO Da observação de uma preparação histológica Obviamente, a Histologia utiliza-se do microscópio para o estudo das células, tecidos e órgãos. No entanto, uma cuidadosa observação macroscópica da preparação fornece importantes informações preliminares. Em todas as aulas você deverá examinar cada lâmina a olho nu inicialmente prestando atenção quanto à forma, quantidade de cortes e a cor dos mesmos. Isto permitirá presumir se obsevamos uma formação maciça, oca ou tubular, se esta foi cortada transversal ou longitudinalmente e até supor o tipo de coloração empregada. Como você verá depois, uma cor rósea-azulada pode indicar uma provável associação comum de corantes, a hematoxilina-eosina (H.E); ou uma cor azul pode indicar a utilização de um tricrômico, que é uma associação de mais de dois corantes ou até uma impregnação metálica que aparecerá com cor preta, utilizada para o estudo de alguns componentes citológicos, ou mais comumente, no estudo do tecido nervoso. A maior parte das fotomicrografias deste guia prático dos atlas de histologia é de tecidos e órgãos corados com hematoxilina-eosina a qual é, sem dúvida, a coloração mais utilizada na Histologia. A coloração dos tecidos torna-se indispensável para o seu estudo na microscopia de luz uma vez que as células e as estruturas que as compõem são incolores e translúcidas. 3

4 Geralmente o processo pelo qual os corantes se ligam aos tecidos ocorre devido à presença de radicais aniônicos ou catiônicos na molécula do corante, os quais reagem através de interações eletrostáticas aos radicais de carga oposta presentes nos componentes tissulares. Assim, os corantes básicos interagem com os componentes tissulares ácidos, que são os radicais fosfato dos ácidos nucléicos (DNA e RNA); os radicais fosfato e carboxila dos proteoglicanos e as carboxilas presentes nos polissacarídeos ácidos (ácido hialurônico) e proteínas ácidas. Quaisquer dos componentes dos tecidos ou órgãos que reajam com um corante básico são chamados basófilos que significa ter afinidade por bases (demonstra basofilia). Embora a hematoxilina não seja exatamente um corante básico, mas por possuir propriedades semelhantes à desses corantes, o termo basofilia é também usado na sua coloração. Deste modo, a coloração de cortes de tecidos por esta substância evidenciará com uma cor azul as estruturas celulares como o núcleo devido aos radicais fosfatos do DNA, o ergastoplasma devido a estes mesmos radicais presentes no RNA, as proteínas ácidas do citoplasma e algumas substâncias extracelulares como os proteoglicanos que contêm na sua estrutura glicosaminoglicanos ácidos e/ou sulfatados. Os corantes ácidos, por sua vez, reagem com os radicais catiônicos tissulares encontrados principalmente nas proteínas ricas em aminoácidos básicos. A coloração pela eosina,um corante ácido, evidenciará com uma cor rósea as estruturas celulares: a maioria dos filamentos protéicos do citoesqueleto, fibras colágenas, determinados tipos de grânulos dos leucócitos e as proteínas mitocondriais. 4

5 As estruturas que reagem com um corante ácido são chamadas acidófilas que significa ter afinidade por ácidos (demonstra acidofilia). Quando utilizado o corante ácido eosina nos cortes de tecidos, as substâncias coradas são muitas vezes referidas também como eosinófilas em alternância com o termo acidófilo. Regras Gerais para a utilização dos equipamentos e material histológico 1- Comparecer com JALECO em todas as aulas práticas. 2- No primeiro dia de aula prática o aluno assinará um termo de compromisso se responsabilizando pelo uso de seu laminário histológico próprio. 3- Cada aluno será responsável pelo laminário histológico próprio (caixa contendo 25 lâminas). Antes de assinar o termo o aluno deverá verificar se todas as lâminas estão presentes e em perfeito estado. Na falta ou imperfeição das lâminas, o aluno deverá comunicar imediatamente o professor ou o monitor. 4- No caso de uma lâmina ser quebrada ou extraviada durante as aulas, o aluno responsável pela lâmina pagará a taxa de R$ 15, NUNCA mude um microscópio de bancada sem o consentimento do professor. 6- Antes de ligar o microscópio verifique se ele está ligado na energia, se a objetiva de menor aumento está posicionada e se a intensidade da luz está no nível mais baixo. Caso estes pré-requisitos não estejam cumpridos o aluno deverá providenciá-los. 7- Antes de colocar a lâmina no microscópio, o aluno deverá fazer um exame a olho nu na lâmina. Uma cuidadosa observação macroscópica da preparação fornece importantes informações preliminares. 8- Ligue o microscópio e coloque a lâmina na platina, sempre com a lamínula e etiqueta voltadas para cima, prendendo-a 5

6 convenientemente. Gire o parafuso macrométrico até encontrar o foco. Ajuste-o utilizando o parafuso micrométrico. Certifique-se de estar observando a estrutura em foco com os dois olhos simultaneamente. Se não estiver, acerte o foco girando a ocular desejada. 9- Utilizando os parafusos do charriot, examine a lâmina e selecione a área que deverá ser observada com maior aumento. A área selecionada deverá se encontrar no centro do campo e em foco, antes de se passar ao aumento seguinte. Posicione a objetiva e, deste momento em diante, ajuste o foco utilizando-se apenas do parafuso micrométrico. 10- Para passar ao aumento seguinte, deve-se proceder exatamente como no item anterior. 11- IMPORTANTE: não tente focalizar o material nas objetivas de maior aumento com o parafuso macrométrico, pois com grande chance, você quebrará a lâmina. 12- Em caso de dúvida sobre a área a ser observada, chamar o professor ou o monitor pra confirmação do diagnóstico. 13- Ao terminar sua prática, abaixe a intensidade da luz, posicione a objetiva de menor aumento e desligue o microscópio. Verifique se a lâmina foi retirada e guardada na sua respectiva caixa. Finalmente, desligue o microscópio na tomada e tampe-o. 14- Caso haja um acidente com o equipamento ou com a lâmina de estudo, comunique o problema imediatamente ao professor ou monitor. Todo o material será verificado após cada aula. Contribua para manutenção do equipamento do material de estudo. 15- Certifique-se de usar somente o seu material, para isso, grave o número de sua caixa. 16- Tenha cuidado absoluto ao manusear as lâminas. Este é um material didático valioso e difícil de obter. Evite a perda de lâminas. 6

7 Figura 1. Etapas da Técnica Histológica. 7

8 Figura 2. Como diferentes estruturas tridimensionais são observadas após serem cortadas em secções delgadas. A: Diferentes secções de uma esfera oca e de um tubo oco. B: Um corte ao longo de um único tubo enovelado pode ser visto como cortes de vários tubos. C: Cortes através de uma esfera sólida e através de um cilindro sólido podem ser semelhantes. 8

9 Tecido Epitelial Lâmina de bexiga Tecido Epitelial Simples Pavimentoso: parede de vaso sanguíneo (endotélio) Examinar lâmina no aumento médio e procurar por vasos sanguíneos (procurar por hemácias, que são facilmente identificáveis pela coloração rosa vivo). Após identificar o vaso, observar no maior aumento a parede do vaso. Tecido Epitelial Estratificado de transição: bexiga Células características de bexiga vazia, cuja camada mais superficial do epitélio é formada por células globosas, (diferente dos outros epitélios, onde as células ou são do tipo pavimentosas ou prismáticas ou cúbicas). Lâmina de Rim Tecido Epitelial Simples Cúbico: tubos coletores do rim; outros exemplos: revestimento da porção secretora de glândulas sudoríparas e mucosas e serosas da traquéia. Procurar cortes transversais dos túbulos coletores e observar as células cúbicas com núcleos esféricos do tecido epitelial cúbico simples. Obs.: as glândulas citadas à cima serão estudadas na próxima aula. 9

10 Lâmina de Intestino Delgado Tecido Epitelial Simples Prismático (colunar ou cilíndrico): revestimento de intestino delgado. Observar borda estriada (microvilos + glicocálix) e linfócitos do tecido conjuntivo que penetram no epitélio. Observar também a lâmina própria (tecido conjuntivo adjacente ao tecido epitelial) entre as vilosidades. Obs.: Algumas lâminas de intestino possuem um nódulo linfático por estarem infectadas. Obs2: Todo tecido epitelial está apoiado em uma lâmina própria, e separado desta pela membrana basal. Lâmina de Pele Fina Tecido Epitelial Estratificado Pavimentoso Queratinizado: pele Observar em menor aumento: -Camada fina (estrato córneo e epiderme) -Camada espessa (derme, tecido conjuntivo) -Glândulas sebáceas associadas a folículos pilosos Observar em maior aumento: -Morfologia das células dos estratos córneo, espinhoso e germinativo. 10

11 -Espessura da camada córnea (em comparação àquela encontrada na lâmina de pele grossa) -Glândulas sudoríparas e sebáceas (estas serão melhor observadas na próxima aula). Lâmina de Pele Grossa Tecido Epitelial Estratificado Pavimentoso Queratinizado: pele Observar em menor aumento: -Epiderme com estrato córneo bem desenvolvido -Ausência de folículos pilosos e glândulas sebáceas Observar em maior aumento: -Camadas da epiderme 1. Estrato córneo: células escamosas repletas de queratina; 2. Estrato granuloso: células achatadas com grânulos de queratoialina; 3. Estrato espinhoso: células de forma poliédrica 4. Estrato germinativo: na interface com a derme. 11

12 Lâmina de Traquéia e esôfago Tecido Epitelial Estratificado Pavimentoso Não-Queratinizado: revestimento de esôfago (também presente na língua) Observar camadas celulares, morfologia das células e ausência de extrato córneo no revestimento do esôfago. Tecido Epitelial Pseudo-estratificado ciliado: Traquéia Camadas de células com núcleos em diferentes alturas; nem todas as células alcançam a superfície, mas todas se apóiam na lâmina basal Observar, além do epitélio pseudo-estratificado: cílios e células caliciformes. Obs.: observar que a morfologia das células muda a medida que atingem a camada mais superficial. As células mais próximas do tecido conjuntivo são geralmente cúbicas ou prismáticas. À medida que se afastam do tecido conjuntivo, sua forma fica irregular até que, na superfície, elas se tornam achatadas (pavimentosas). Lembrar que tecidos epiteliais estratificados são classificados quanto à forma pela sua camada mais superficial de células. 12

13 Questionário 1)O que a borda estriada representa? Explique sua função e sua estrutura. 2)Como estariam as células do epitélio da bexiga se a mesma estivesse distendida? 3)Como os epitélios são classificados? Dê um exemplo de cada tipo e onde é encontrado. Glândulas Lâmina de Traquéia e Esôfago Célula Caliciforme Observar: formato das células. Glândula unicelular exócrina intercalada no meio do epitélio pseudo-estratificado. Células que contém uma região apical alargada responsável por produzir muco que recobre e protege a luz da traquéia. Obs.: células caliciforme também estão presentes no intestino, podendo ser localizada no meio do epitélio simples colunar. Glândulas serosas mucosas da traquéia Observar: tipo de epitélio da glândula (epitélio simples cúbico) Assim como a célula caliciforme, essa glândula produz uma secreção (muco) que é responsável por manter o tubo viscoso e contínuo. Essa secreção é lançada na superfície do epitélio através de ductos. 13

14 Lâmina de língua Glândulas de Von Ebner Situadas entre o tecido conjuntivo e o tecido muscular essas glândulas de epitélio cúbico simples, produzem uma secreção serosa. Lâmina de pele fina Glândula sebácea Glândula acinosa ramificada, que produz um sebo oleoso que é liberado na luz do folículo piloso. Portanto essa glândula sempre estará associada a um folículo piloso. Ela é classificada como uma glândula holócrina, ou seja, a célula é lisada pra a liberação da secreção. Glândula sudorípara Observar/identificar: parte secretora e parte do ducto. É uma glândula simples tubular enovelada cujo ducto se abre na superfície da pele. Essa glândula possui uma porção secretora (epitélio simples cúbico, mais claro em comparação com a parte de ducto) e uma porção onde se abrem os ductos (epitélio estratificado cúbico, células mais escuras). 14

15 Lâmina de Pâncreas O pâncreas é uma glândula mista que produz enzimas digestivas e hormônios. As enzimas são produzidas pela parte exócrina do pâncreas (glândula acinar). A parte endócrina, também conhecida como ilhota de Langerhans, é responsável pela produção de hormônios e é circundada pelos acinos. Lâmina de Tireóide Glândula endócrina cuja função é produzir hormônios. Esse órgão está subdividido em folículos. Os folículos compreendem as células foliculares (que variam em sua forma de acordo com a fase de produção de hormônio) e a substância que os preenche (colóide) que é o hormônio secretado por essa glândula. O epitélio dessa glândula é classificado como cúbico simples. Questionário 1)Explique a classificação das glândulas quanto a sua forma e tipo de excreção, exemplificando cada tipo. 15

16 Tecido Conjuntivo Propriamente Dito Lâmina de Pele Fina Nesta lâmina você poderá distinguir na derme superficial, logo abaixo do epitélio de revestimento, o Tecido Conjuntivo Frouxo. Nesta região podese observar o predomíno celular em relação às fibras do tecido conjuntivo, ou seja, fibroblastos mais abundantes e fibras menos espessas. Na derme profunda, ao contrário, encontram-se poucos núcleos de fibroblastos e clara predominância de fibras colágenas espessas, orientadas em várias direções ( Tecido Conjuntivo Denso Não-Modelado). Observe a morfologia típica dos fibroblastos. Lâmina de Língua Nesta lâmina pode-se observar o Tecido Conjuntivo Frouxo, entre o epitélio estratificado pavimentoso e o tecido muscular. 16

17 Lâmina de Intestino Delgado Nesta lâmina pode-se observar o Tecido Conjuntivo logo abaixo do tecido epitelial dos vilos. Da mesma forma que na lâmina de pele fina, observase o predomínio celular nas camadas mais superficiais. Lâmina de Tendão Nesta lâmina pode-se observar um exemplo típico de Tecido Conjuntivo Denso Modelado. Identifique os fibrócitos, que se dispõe de forma regular, formando fileiras entre os espessos feixes paralelos de fibras colágenas. Lâmina de Mesentério O objetivo principal da observação desta lâmina é a observação das fibras elásticas e sua comparação com as fibras colágenas. As fibras elásticas nesta preparação são retilíneas, delgadas e ramificadas. Entre as mesmas, pode-se também observar os núcleos ovais de fibroblastos fracamente corados em relação aos mastócitos, células globosas e grandes, com citoplasma granular. 17

18 Questionário 1)Quais os tipos de fibras existentes? 2)Diferencie todos os tipos de fibras colágenas e diga onde são encontradas. 3)Quais os tipos celulares encontrados no tecido conjuntivo propriamente dito? Dê a função de cada célula no tecido. Tecidos Adiposo e Cartilaginoso Tecido Adiposo Unilocular Lâmina de Pele Espessa Nesta lâmina, logo abaixo da derme, você poderá distinguir na hipoderme grupos de adipócitos subdivididos por septos de tecido conjuntivo, que abriga também elementos vasculares. Os adipócitos parecem vazios, devido ao processo de preparo histológico pelos solventes orgânicos que dissolvem a gordura. O citoplasma das células aparece como um aro periférico e o núcleo está pressionado pela grande e única gota lipídica. Próximos aos adipócitos você também poderá encontrar cortes de glândulas sudoríparas. Lâmina de Tendão Nesta lâmina pode-se observar células adiposas envolvidas por septos de tecido conjuntivo e vasos sanguíneos. 18

19 Tecido Cartilaginoso Lâmina de Traquéia Nesta lâmina pode-se observar o tipo de cartilagem mais comumente encontrada no corpo humano, a cartilagem hialina. Observe, ainda no menor aumento, a camada de tecido conjuntivo que reveste o anel cartilaginoso, denominada pericôndrio. No maior aumento, observe e identifique os diferentes tipos celulares nesta região: fibroblastos no pericôndrio, condroblastos na área de transição do pericôndrio e cartilagem, e finalmente os condrócitos imersos na matriz extracelular. Estas células formam grupos celulares denominados grupos isogênicos. Nesta lâmina também podem ser observados grupos de adipócitos na periferia da traquéia. Questionário 1)Diferencie o tecido adiposo unilocular do multilocular. 2)Onde cada tipo de tecido adiposo é encontrado? 3)Quais os tipos de cartilagem existentes no nosso corpo? 4)Onde cada tipo de cartilagem é encontrada? 19

20 Tecido Ósseo Lâmina Epífise de Osso longo Identificar/observar: Diáfise/Epífise Centro de Ossificação secundário Placa epifisária Trabéculas (ou espículas) ósseas contendo osteócitos (acidófilas/rosa na preparação) e tecido cartilaginoso acelular calcificado (porção central mais basófila/lilás na preparação). Osteoblastos (OB): células colunares situadas na periferia das trabéculas ósseas Medula óssea: composta por tecido mielóide constituído por inúmeras células hematopoéticas e tecido adiposo em algumas áreas. Periósteo: camada mais profunda mais celular células osteoprogênicas; camada mais superficial mais fibrosa fibroblastos e fibras colágenas. Em médio aumento reconheça as zonas de ossificação: zona de repouso; zona seriada; zona hipertrófica; zona calcificada e a zona de ossificação com espículas ósseas já formadas. Em maior aumento, observe no interior das espículas ósseas acidófilas, regiões basófilas de cartilagens remanescentes, osteócitos no interior das espículas, osteoblastos apostos às espículas e osteoclastos. Na periferia do corte pode ser identificado o colar ósseo recoberto pelo periósteo, com sua porção fibrosa e a osteogênica. Entre as trabéculas ósseas observam-se as cavidades medulares, preenchidas por tecido mesenquimal (hematopoético) e vasos sanguíneos. 20

21 Ossificação Endocondral (osso longo): Esse tipo de ossificação dá-se sobre um molde cartilaginoso. Pode-se identificar cinco regiões que representam o processo de ossificação na região da metáfise óssea. Zona de Cartilagem em Repouso: região de cartilagem hialina típica, sem alteração morfológica. Zona de Cartilagem Seriada: região de multiplicação dos condrócitos. Posicionados em fileiras formam grupos isógenos coronários. Zona de Cartilagem Hipertrófica: condrócitos aumentados pelo depósito de glicogênio e lipídeos, com diminuição de matriz. Zona de Calcificação: mineralização da matriz e posterior morte dos condrócitos, lacunas vazias. Zona de Ossificação: Invasão do tecido mielóide e vasos sangüíneos nos espaços onde se situavam condrócitos. Os osteoblastos originados de células indiferenciadas produzem matriz óssea sobre matriz cartilaginosa residual. Técnica HE. 21

22 Lâmina Diáfise de osso longo compacto desgastado A mineralização da matriz óssea exige, para o estudo histológico, métodos especiais na preparação de uma amostra de osso. A preparação por desgaste a qual consiste na utilização de um fragmento de osso seco, desgastado progressivamente até atingir uma espessura que permita a sua observação por meio de luz transmitida, é a mais simples e apropriada para o estudo dos componentes mineralizados. A preservação e montagem na lâmina do fragmento desgastado utiliza bálsamo seco, que dá a matriz calcificada uma cor acastanhada. Todas as estruturas em preto, são espaços com ar aprisionado que representam os locais onde estavam estruturas celulares que foram destruídas durante o processo de desgaste. Observe as lacunas as quais representam o espaço na matriz ocupado "in vivo", pelos osteócitos, das quais partem pequenas linhas negras e bem finas denominadas canalículos, ocupados "in vivo" por prolongamentos citoplasmáticos dos osteócitos. Observe que as lacunas e as lamelas dispõem-se concentricamente ao redor do canal de Havers formando os sistemas de Havers ou ósteon. Nos canais de Havers ocorrem vasos, nervos e endósteo não preservados neste processo. Observe também um sistema intermediário resultante da remodelação óssea. Note que os canais de Havers não têm todos o mesmo diâmetro e que as lacunas delimitam as lamelas. Observar os quatro sistemas: 1. Circunferencial externo: lamelas ósseas paralelas localizadas abaixo do periósteo 2. Circunferencial interno: lamelas ósseas paralelas ao conduto medular, próximas ao endósteo. 3. Sistema de Havers (Ósteon); 4. Sistema intermediário: representam resquícios dos sistemas Havers formados durante o crescimento ósseo. No sistema de Havers, observar: 1. Canal de Havers: situados internamente ao sistema de Havers ou ósteon. São revestidos por endósteo e abrigam vasos e nervos. 2. Lamelas concêntricas 22

23 3. Lacunas de osteócitos (principalmente localizadas entre as lamelas) Procurar por canais de Volkman, canais transversais que comunicam os canais de Havers entre si. Endósteo: camada fina de tecido conjuntivo que reveste internamente o osso. Periósteo: camada de tecido conjuntivo que reveste externamente o osso. Questionário 1)O que diferencia o sistema circunferencial interno do externo? 2)Diferencie e descreva os tipos de ossificação. Tecido Muscular Lâmina de Língua Tecido Muscular Estriado Esquelético Identificar/observar: Cortes transversais de fibras com aspecto mais uniforme se comparada com o Músculo Estriado Cardíaco Nos cortes transversais: os núcleos periféricos das fibras musculares O perimísio: tecido conjuntivo que envolve os fascículos de fibras musculares estriações, que representam o sarcômero, unidade de contração do músculo: observar no maior aumento, regulando/alterando o foco com o micrométrico Há também nas adjacências do tecido muscular: Abundância de tecido adiposo entre o tecido muscular Abundância de vasos e capilares sanguíneos e também nervos 23

24 Lâmina de coração Tecido Muscular Estriado Cardíaco Identificar/observar: Cortes transversais de fibras com aspecto menos uniforme se comparada com o Músculo Estriado Esquelético Nos cortes transversais: os núcleos centrais das fibras musculares, em oposição ao Tecido Muscular Estriado Esquelético. estriações transversais, incluindo a presença dos discos intercalares em oposição ao Tecido Muscular Estriado Esquelético Abundância de vasos e capilares sanguíneos Áreas claras em volta dos núcleos das fibras: ocupadas pelas mitocôndrias Lâmina de feixe vásculo-nervoso Tecido Muscular Liso Observar a camada de músculo liso abaixo do endotélio do vaso. Note a ausência de estriações característica do tecido e células uninucleadas. 24

25 Lâmina de intestino delgado - Tecido Muscular Liso Identificar/observar: A muscular externa, composta de túnicas: 1) Circular interna 2) Longitudinal externa Na túnica longitudinal externa é mais fácil a observação do formato fusiforme das fibras musculares lisas. Além disso, observar que os núcleos são longos, afilados e localizados no centro da célula. Poucas são as regiões de cortes transversais. É recomendável que seja feita a inspeção em médio aumento para a localização dos cortes transversais e observação em maior aumento. Nas seções transversais, pode-se esperar achar algumas células contendo núcleos, de vários diâmetros, e algumas seções de vários diâmetros anucleadas. Observar o contraste com o tecido conjuntivo. O citoplasma do músculo cora-se mais fortemente e homogeneamente em relação à palidez e aparência rugosa da textura do tecido conjuntivo. Questionário 1)Diferencie todos os tipos de tecido muscular, incluindo o tipo de contração de cada músculo. 2)O que as estriações representam? 3)Descreva a contração muscular. 25

26 Tecido Nervoso Lâmina de Cérebro/Cerebelo Cerebelo: Substância branca interna Substância cinzenta externa: Camada Molecular Camada das Células de Purkinje Camada Granulosa (menores neurônios) Pia Mater: Muito vascularizada e superfície externa revestida de células achatadas originadas do mesênquima Cérebro: Camada central de substância branca (muito reduzida na maioria das lâminas) e camada externa de substância cinzenta (extensa) Abundância de capilares sanguíneos Neurônios e células da glia Observar também: Plexo coróide: dobras vascularizadas da pia-mater. O epitélio é formado por celúlas ependimárias (células epiteliais que revestem os ventrículos do cérebro) responsáveis pela síntese de líquido cefalorraquidiano. Estas células são cúbicas altas e acidófilas. 26

27 Lâmina de Medula Observar: Canal central revestido de células ependimárias Transição conspícua de substância branca e cinzenta Substância cinzenta: Neurônios (núcleo grande e redondo com cromatina bem corada e nucléolo grande e central, bem evidenciado, com corpúsculos de Nissel aparentes); Pequenos núcleos pertencentes às células da glia Numerosos vasos sanguíneos Substância branca: Axônios Bainha de mielina (representado por região branca correspondente à bainha de mielina) Observar também: Raízes anteriores e posteriores: gânglios com corpos celulares de neurônios e axônios em corte transversal. Lâmina de feixe nervoso Observar: Conjuntos de feixes de fibras nervosas (axônios com suas células de Schwann associadas) e tecido de sustentação. Observe as 27

28 formações circulares que representam feixes de fibras nervosas os quais são envolvidos externamente por tecido conjuntivo denso denominado epineuro. A camada de tecido conjuntivo situada logo abaixo do epineuro e que envolve cada feixe pertence ao perineuro. Observe em maior aumento o interior de um dos feixes nervosos e note centralmente o axônio corado e ao seu redor a mielina fracamente corada. Envolvendo o espaço correspondente à mielina note os halos bem eosinófilos, os quais representam pelo seu lado externo o endoneuro e pelo interno o citoplasma da célula de Schwann. Lâmina de Traquéia e Esôfago Observar: Nervos periféricos situados entre a cartilagem hialina e a camada muscular, caracterizados por um feixe de axônios mielinizados. Questionário 1)Qual o tipo de epitélio do plexo coróide? 2)O que representa o corpúsculo de Nissel? 3)Que tipo de estrutura faz com que a substância branca receba esse nome? 4)E a substância cinzenta? 5)Descreva o impulso nervoso. 28

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