UNIVERSIDADE JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS. Imagens do Huambo

Transcrição

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2 UNIVERSIDADE JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS Imagens do Huambo

3 COLÉGIO REITORAL DA UNIVERSIDADE JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS Reitor Professor Doutor Cristóvão Simões Vice-Reitor para os Assuntos Académicos MSc. Mário José da Costa Rodrigues Vice-Reitor para os Assuntos Científicos Professor Doutor António Bartolomeu Alicerces Chivinda Eduardo Pró-Reitor para Cooperação MSc. Armindo Gideão Kunjiquisse Jelembi Secretário-Geral MSc. Domingos João Fernandes

4 APRESENTAÇÃO A Universidade José Eduardo dos Santos (UJES) pretende, com a presente obra, contribuir para o ressurgir e o desenvolvimento da cidade do Huambo, da província e do país em geral. As imagens, apresentadas e descritas ao leitor, ilustram não só as belezas naturais desta região, mas também o grande esforço que o Governo de Angola e a sociedade civil têm dispendido em prol da reconstrução do país, das pessoas e da sociedade. Esta região do planalto central possui potencialidades que, bem aproveitadas e canalizadas, podem contribuir grandemente para o desejado bem-estar e progresso destas populações. Também é nossa intenção dar a conhecer, ao país e ao mundo, algumas das potencialidades turísticas e não só da região e, naturalmente, atrair para a província do Huambo pessoas mais qualificadas e know-how. A criação e a implantação da Universidade José Eduardo dos Santos na V Região Académica tem como propósito final contribuir para o bem-estar e para o desenvolvimento multifacético, cultural, material e humano da região. Esperamos que o presente trabalho seja do agrado dos senhores leitores e que atinja os objectivos propostos. O Reitor

5 Do Reino do Huambo à Província do Huambo

6 IMAGENS DO DO HUAMBO Reza a nossa História que o nome Huambo tem a sua origem num caçador identificado por Huambo-Calunga, oriundo da região do Kwanza Sul, que se instalou em Muangunja, povoado municipal da Caála (ex vila Robert Willians) e fundou o reino do Huambo. Após a conquista do Reino pelas tropas coloniais portuguesas, no séc. XVI, este passou a designar-se Distrito do Huambo No dia 21 de Setembro de 1912, na região do planalto central de Angola, era fundada a cidade de Nova Lisboa, hoje designada cidade do Huambo, pelo então Governador-Geral da Província Ultramarina de Angola, José Mendes Ribeiro Norton de Matos. A província do Huambo está situada no centro de Angola, em zona de planalto e apresenta um clima tropical de altitude. Ocupa uma superfície de ,15 km 2, o que representa 2,6% da extensão nacional. Possui uma população estimada em pouco mais de 2 milhões de habitantes, com uma densidade de 58 habitantes/km 2. Na capital, cidade do Huambo, vivem cerca de habitantes. Durante o conflito armado que assolou o país, a cidade do Huambo foi das mais intensamente e violentamente destruídas pela guerra. Em muito poucas outras partes do país a violência armada atingiu os índices de intensidade e de crueldade que se viveram no Huambo. Logo após a assinatura dos Acordos de Paz de 4 a Abril de 2002, a província do Huambo viveu uma intensa fase de reconstrução das estruturas físicas. Em toda a província foram primeiramente desminadas vastas áreas do território e, na cidade do Huambo, de 2002 a 2008 foram reconstruídos a maior parte dos edifícios públicos, escolas, igrejas e os principais marcos da cidade, bem como a rede viária da província. A partir de 2009, as obras de reconstrução de edifícios públicos continuaram, com grande preponderância para as escolas de todos os níveis e infraestruturas públicas. O sector privado e empresarial, embora ainda incipiente, cresce gradualmente. Em 2012 o comboio do CFB chegou ao Huambo e Bié. Placa que assinala o local onde se encontra o túmulo de Huambo-Calunga, na aldeia de Muangunja, na estrada Caala Ekunha (ex Vila Flor)

7 A passagem que leva ao túmulo de Huambo-Calunga. O túmulo de Huambo-Calunga é o maior, circular e coberto de pedras. As outras três sepulturas pertencem a seus descendentes

8 Largo Agostinho Neto e os Edifícios do Governo Provincial do Huambo

9 Na cidade do Huambo, o Largo Agostinho Neto e o Jardim da Cultura constituem o ex-libris da cidade. O obelisco mantido no local, a estátua sui generis de Agostinho Neto e os edifícios do Governo Provincial do Huambo (uns reabilitados, outros construídos de raiz) à volta do largo, são uma boa mostra da beleza do local e um testemunho do esforço da reconstrução nacional. O Largo Dr António Agostinho Neto à volta do qual se erguem os edifícios principais do Governo Provincial do Huambo. Ao centro, o obelisco, na vertical. Em grande plano, o edifício das Telecomunicações

10 O obelisco e a estátua de Agostinho Neto, no largo Dr António Agostinho Neto. Edifício sede do Governo Provincial do Huambo que aloja o Governador e os três Vice-governadores. Foi restaurado após a guerra e re-inaugurado em 4/2/

11 O edifício das Direcções provinciais que aloja os Directores Provinciais do Governo do Huambo. O moderno edifício onde funciona o Gabinete de Estudos e Planeamento (G.E.P.) do Governo do Huambo, construído de raíz e inaugurado em 4/4/

12 Palácio do Governo do Huambo. Intensamente bombardeado e destruído durante a guerra, foi reabilitado e mantém os traços arquitectónicos originais. Fachada frontal do edifício da futura Biblioteca Provincial. Está a ser erguido de raíz e prevê-se a sua inauguração para 4 de Fevereiro de

13 Edifício das Telecomunicações. Edifício da Delegação Provincial de Finanças do Huambo

14 Aspecto do edifício sede do Governo Provincial do Huambo, à noite. Visão nocturna do Palácio do Governo

15 A Universidade José Eduardo dos Santos (UJES)

16 O Decreto nº 5/09 do Conselho de Ministros, publicado em DR nº 64, I série, de 7 de Abril de 2009, cria as regiões académicas que delimitam o âmbito territorial de actuação e expansão das Instituições de Ensino Superior. Foram assim criadas, delimitadas e regulamentadas as 7 regiões académicas que englobam as 18 províncias do País. A Região Académica V, compreende as províncias do Huambo, Bié e Moxico. Nesta Região Académica foi instituída a Universidade José Eduardo dos Santos (UJES) e a sua sede está localizada na cidade do Huambo. A UJES é assim, a herdeira legal de todo o património Humano e Material do ex-centro Universitário do Huambo da UAN. Na cidade do Huambo localizam-se a Reitoria da UJES e seis (6) das suas oito (8) Unidades orgânicas, dispersas por vários edifícios da cidade. A futura Cidadela universitária José Eduardo dos Santos será erguida na comuna da Calima, bairro de Cambiote, onde já existem alguns edifícios herdados que constituem o embrião da cidade universitária. Para o efeito, estão reservados hectares de terreno em Cambiote para a construcção da cidade universitária. Futuras instalações da Universidade José Eduardo dos Santos (UJES) em Cambiote, comuna da Calima. Herdadas do Ministério de Reinserção Social, estas instalações representam o embrião da futura Cidade Universitária

17 Vista posterior lateral das futuras instalações da UJES em Cambiote. Em grande plano, o edifício dos dormitórios

18 A bacia hidrográfica do Huambo

19 As províncias do Huambo e do Bié possuem as bacias hidrográficas mais importantes do país. Na província do Huambo nascem alguns dos mais importantes rios de Angola. Estes são fontes de aproveitamento hidroeléctrico. Trata-se do rio Keve (Cuvo ou Queve), o rio Cunene e o rio Cubango que nascem nesta região, no município de Chicala Choloanga, a cerca de 40 Kms da cidade do Huambo. A bacia hidrográfica do rio Keve está separada da bacia do rio Cunene pela cadeia de montanhas Montes Luvili. O rio Cunene forma primeiramente a pequena albufeira do Cuando e, no seu trajecto em direcção ao Sul, junta-se aos rios Cunhongamua e Etembo, formando assim a grande albufeira da barragem do Gove (Ngovi, Ngove) a cerca de 100 Kms da cidade do Huambo, perto da fronteira com a província da Huíla.. Há muitos outros pequenos rios de carácter permanente que nascem nesta província. Trata-se dos rios Culimahala e Lufefena que delimitam, a Leste e a Sul, o núcleo urbano da cidade do Huambo. Existe ainda o rio Hama que dá o seu nome à vila do Alto Hama; o rio Luvili, afluente do Keve, e muitos outros. O rio Keve na aldeia de Lomanda, não longe da sua nascente em Chicala-Choloanga (ex Vila Nova). A partir deste ponto, o rio segue um trajecto mais ou menos paralelo à estrada Huambo Luanda, em direcção ao Alto Hama e Luvili; depois de Vila Franca, entra na província do Kwanza Sul

20 O rio Keve no Alto Hama. O rio Keve no Alto Hama, em tempo de cheias (Novembro Dezembro) forma inúmeros lagos ao longo do seu trajecto

21 O leito de cheias do rio Keve, no Alto Hama. O rio Keve a caminho de Luvili

22 O rio Keve a caminho de Luvili. O rio Keve perto de Luvili

23 O rio Keve em Luvili. Rio Keve com extenso leito de cheias ao longo do seu trajecto, em tempo de chuvas

24 O rio Luvili, após a aldeia de Luvili, no sentido Huambo Luanda, é um afluente do rio Keve. Ao fundo, floresta de eucaliptos e os Montes Luvili mais à direita. Cadeia dos Montes Luvili, vistos do Alto Hama. O cume mais saliente é o Pico Luvili. Os Montes Luvili separam a bacia hidrográfica do rio Keve da bacia hidrográfica do rio Cunene

25 Pormenor dos Montes Luvili no Alto Hama. Os Montes Luvili cobertos de vegetação, em tempo de chuvas

26 O Pico Luvili ergue-se de modo sobranceiro à estrada nacional Huambo Luanda. Pormenor do Pico Luvili. A altura máxima do Pico é de 1.920m

27 Floresta de eucaliptos em Luvili. Ao fundo veem-se os Montes Luvili com o Pico na extremidade esquerda. Os Montes Luvili separam o Alto Hama da aldeia e do rio Luvili. De um lado dos Montes Luvili, a bacia hidrográfica do rio Keve e do outro lado, a bacia do rio Cunene. Albufeira do Gove (Ngovi; Ngove) e a barragem do Gove. A albufeira do Gove é um grande lago natural que resulta da confluência de 3 rios: o rio Kunhongâmwa a sudeste, o rio Cunene no centro e o rio Etembo a leste. Situa-se a cerca de 100 Km a sul da cidade do Huambo

28 A barragem do Gove com o ponto de captação da água. O ponto de captação da água, em grande plano

29 Depois de receber as contribuições do Kunhongâmwa e do rio Etembo na albufeira, o rio Cunene continua o seu trajecto em direcção sul, entra na província da Huíla, continua em direcção à fronteira entre Angola e a Namíbia antes de se lançar no Oceano Atlântico. Pormenor do rio Cunene, logo após a barragem do Gove

30 O rio Cunene, a casa das máquinas que contém as 3 turbinas e a subestação eléctrica do Gove, na altura, em construção. A barragem do Gove foi construída pela administração portuguesa com o objectivo de controlar o leito e o caudal do rio Cunene e regularizar o abastecimento de água ao Cunene e à Namíbia. A produção de energia eléctrica foi uma decisão do Governo Angolano para fornecer energia às províncias do Huambo e Bié. Paisagem do Gove; entrada para o aeródromo do Gove. Ao fundo, a albufeira

31 Paisagens do Huambo

32 Durante o período chuvoso que se estende de Setembro/Outubro a Maio, toda a província é dominada pela côr verde dos prados, florestas e pequenas plantas que abundam nesta zona do país. Nesta época do ano, as montanhas e colinas são revestidas de capim e plantas verdes de várias tonalidades, dando à paisagem uma beleza natural poucas vezes vista pelo viajante. Os rios, numerosos e de caudal pleno nesta época do ano, fornecem um espectáculo de sons e figuras variadas. Nas cidades, vilas e aldeias, os jardins adquirem as suas formas mais belas. Ainda nesta época, as praças, pracinhas e mercados, ao longo das estradas, ficam cheios de verduras e hortícolas do campo. O verde dominante das paisagens transmite aos viajantes sentimentos de paz e de tranquilidade poucas vezes vividos nas grandes cidades. Na província do Huambo respira-se a plenos pulmões, um ar e ambiente fresco e saudável, livre dos contaminantes e poluentes das grandes cidades. Paisagem do Huambo: a rua Amílcar Cabral ergue-se hoje no local da antiga estrada das Cacilhas

33 Paisagem da Caala. A pedra Ndumbue, à entrada da vila. Vista frontal do Santuário de Nossa Senhora do Monte, na Caala, local de culto, retiro e de peregrinação

34 Floresta de Eucaliptos, Luvili, Huambo. Floresta de Eucaliptos, Luvili, Huambo

35 Floresta de eucaliptos no Luvili. Ao fundo, os Montes Luvili e o Pico Luvili. Floresta de eucaliptos

36 Floresta de eucaliptos na Caala, em direcção à Ekunha (ex Vila Flor). Ao fundo, a cordilheira do Morro do Moco. Floresta de eucaliptos e a cordilheira do Morro do Moco, ao fundo

37 Paisagem da Ekunha. Parte da cordilheira do Morro do Moco Cordilheira do Morro do Moco 72 73

38 Cordilheira do Morro do Moco entre vales e colinas da Caala e Ekunha 74 75

39 Paisagem da Ekunha; floresta de eucaliptos. Cordilheira do Morro do Moco Complexo Nganda-La-Kawe, Caala. As pedras Nganda e Kawe assinalam uma área que foi palco de sangrentas batalhas pela posse do território

40 A pedra Nganda. A pedra Nganda

41 Pormenor da pedra Kawe A pedra Kawe 80 81

42 BIBLIOGRAFIA 1 Mendelsohn J & Weber B. Huambo: Atlas e perfil do Huambo, suas terras e suas gentes. Luanda: DW, (2013). 2 Universidade José Eduardo dos Santos (UJES). Relatório Anual Outubro Universidade José Eduardo dos Santos (UJES). Relatório Anual Setembro http//pt.cyclopedia.org/wiki/montes_luvili acessado em 22/11/ http//pt.wikipedia.org/wiki/cunene acessado em 22/11/2013 Paisagem do Alto Hama: o rio Keve. 82

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