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1 DOI: /4cih.pphuem.341 PROTAGONISMO DE MÃES ESCRAVIZADAS NA HORA DA PARTILHA: FRAGMENTAÇÃO FAMILIAR E MANUTENÇÃO DE VÍNCULOS PARENTAIS NA ZONA DA MATA DA PARAÍBA OITOCENTISTA Solange Pereira da Rocha Professora DH/UFPB A produção do conhecimento histórico sobre a escravidão no Brasil passou por intensa renovação nas últimas décadas i, no que se refere à área da família de escravizados, essas mudanças advêm, principalmente, de estudos desenvolvidos por pesquisadores estadunidenses, tendo como precursores Eugene D. Genovese (1988) e Herbert G. Gutman (1976), que se colocaram contra uma imagem consagrada pela historiografia, segundo a qual os escravizados eram seres inertes, com famílias desestruturadas, ambos buscaram, de forma diferenciada, mostrar que mulheres e homens escravizados eram sujeitos/agentes de suas histórias e que seus familiares foram importantes nas suas relações sociais. No Brasil, as pesquisas pioneiras de Slenes (1988, 1990) contribuíram para formação de um campo de estudo que hoje dispõe de uma vasta produção, apoiada em extensa pesquisa documental, na qual os/as historiadores/as passaram a reavaliar o parentesco de mulheres e homens escravizados, mostrando que, apesar dos limites sociais e a violência imposta pelo sistema escravista, eles construíram uma lógica de sobrevivência e resistência. Inserida nessa historiografia recente, em pesquisa sobre a vida familiar dos escravizados em três freguesias da Zona da Mata da Paraíba (Nossa Senhora das Neves, Nossa Senhora do Livramento e Santa Rita) ii, identifiquei as estratégias adotadas pelos escravizados da Várzea do Paraíba para livrarem seus filhos do cativeiro em momentos de partilha de heranças, período caracterizado por imprimir inúmeras mudanças em suas vidas e redefinições nas convivências de familiares e de companheiros de escravidão, bem como também o descumprimento da Lei de 1869 que legislava sobre as relações familiares de escravizados. A análise nos permitiu uma aproximação, sobretudo, das mulheres, visto que elas estiveram mais presentes na vida de seus filhos. Geralmente, elas constavam nos documentos paroquiais e outros produzidos no período, tais como testamentos, inventários, fontes genealógicas e eclesiásticas. Uma das histórias refere-se a uma escravizada do Engenho Gargaú, chamada Simplícia. Ela teve cinco filhos, sendo que quatro nasceram antes da morte de seu

2 2354 proprietário, Joaquim Gomes da Silveira: Serafina (sem data do nascimento); Juliana (nascida, aproximadamente, em 1861); Maximiano (1867); Sebastiana (1870); e, seis anos depois, em 1876, nasceu Matias (ingênuo), batizado na capela de Sant Ana, no Engenho Gargaú, por um casal de livre iii, em cujo assento estava indicado o major João José d'almeida e esposa, Ana Gomes da Silveira, como proprietários. Antes de apresentar dados acerca dos dissabores da vida de Simplícia, vejamos as características do local onde a mesma residia, junto com outros companheiros do cativeiro. O Engenho do Gargaú eram um dos principais da Zona da Mata da Paraíba no século XIX e estava na família Gomes da Silveira, provavelmente, desde a década de 1840, quando se tem o assento batismal de escravizados realizados na capela do referido engenho, a de Sant Ana, mais especificamente em 28 de julho de Portanto, deve ter sido por essa época, entre os anos iniciais da década de 1840, que Gomes da Silveira adquiriu o Engenho Gargaú, que permaneceu sob posse da família até Mais recentemente, na segunda metade do século XX, o engenho foi transformado em propriedade de grandes usineiros do estado, os Ribeiro Coutinho. O possuidor do Engenho Gargaú, Joaquim Gomes da Silveira, era dono de mais dois engenhos: o do Meio e o Inhobim. Mas, parece que seu apreço pelo Gargaú era significativo. Apesar de ter morado no Engenho do Meio, entre 1823 e 1833, provavelmente tenha se mudado na década de 1860 para aquele engenho. Pelo menos, no ano de 1866, redigiu o seu testamento no Gargaú. Por essa época, era viúvo de sua primeira esposa (Antonia Francisca da Conceição), com a qual teve dezessete filhos, embora, no seu testamento tenha citado o nome de oito, certamente os que conseguiram sobreviver às inúmeras doenças que, geralmente, atingiam as crianças recém-nascidas (RAMOS, 2005, p. 10). Nesse engenho, quando da escrita do testamento, Gomes da Silveira morava com a mãe de outros quatro filhos, chamada Apolônia Maria da Conceição, conforme consta em seu testamento. iv A respeito da posse de cativos, obtida com o cotejamento de várias evidências históricas, foi possível identificar que, entre os anos de 1829 e 1870, Joaquim Gomes da Silveira teve cerca de 119 mulheres, crianças e homens escravizados. Eles constam nos registros de casamento, nos anos de 1829, 1830 e 1850, nos quais foram encontrados sete casamentos; nos de batismo (1832 a 1870), foram quinze crianças, sendo dez de filiações natural e cinco legítima, mais 12 pais e mães de tais bebês. No inventário (1870) foram avaliados cinqüenta e seis escravos (38 homens e 17 mulheres), e mais dez (8 mulheres e 2 homens) tinham sido dados como dotes às filhas mais velhas. Em 1866, fez doação, em testamento, de 20 escravos (12 homens e 08 mulheres) aos seus filhos e aos seus parentes.

3 2355 Na época da feitura do inventário (1870) e, portanto, logo após seu falecimento, ele tinha sob sua posse 56 escravos para trabalharem em seus engenhos, dos quais a população masculina compunha-se de 38 indivíduos (52,7%) do contingente escravo, sendo em sua maioria de adultos, eram 29 homens na faixa etária (15 a 40 anos), a idade considerada como a mais produtiva. Os meninos eram apenas 4 (faixa de 0 a 14 anos) e 5 estavam no grupo dos mais idosos (acima de 40 anos). Em relação às mulheres (47,3%), o maior número delas era da faixa etária adulta (8), no grupo das mais jovens estavam 6 meninas e no das mais idosas apenas 4 delas. Vale salientar, que nessa população escravizada predominava os crioulos, pois no Inventário apenas dois homens foram identificados como da Costa d África. Assim, tinha-se uma população em idade produtiva e reprodutiva (67,2%), sendo que os mais jovens e o mais velhos foram encontrados na mesma quantidade, ou seja, 16,4% para cada um dos segmentos etários. Com relação aos indivíduos mais jovens, vale destacar que muitos foram doados, em testamento, para os filhos de Joaquim Gomes da Silveira ou serviram como dote nos casamentos das filhas do referido proprietário. Muitos destes não apareceram na avaliação, mas somente na partilha, talvez tenha sido uma reclamação de algum herdeiro, pois em 1869 v, houve uma tentativa de contestação do testamento de Gomes da Silveira. vi No tocante, as relações parentais mais antigas desses indivíduos cativos, concernem aos registros de seus escravizados, aparecem nos assentos de matrimônio, sendo um em 1829 (Pedro, crioulo, foi casado com Ana, crioula) vii e um outro em 1830, (Tomás, angola se casou com Maria, angola) viii. Depois desses, somente mais cinco enlaces se realizaram duas décadas depois, em cerimônia coletiva, com a presença de três casais de nubentes angola e os outros de origem não identificada. Como se pode observar na primeira metade do Oitocentos a presença africana foi mais comum nesse engenho da Zona da Mata da Paraíba. Ainda com relação aos laços de parentesco, nas décadas de 1830 e 1870, foram quinze celebrações de batismo, sendo que quatro casais com matrimônio legitimado na Igreja batizaram cinco bebês na Matriz de Livramento, a respeito dos onze restantes há no assento de batismo apenas o nome da mãe e a informação da criança ter filiação natural. Os casais legítimos eram os seguintes: Pedro e Ana, pais de Crescência e Luiz ix ; Jerônimo e Firmina, pais de Círiaco; Cipriano e Rosa, pais de Jacinto; e Marcelino e Maria, pais de Umbelina. x. Como exemplo de mãe natural temos Maria Quitéria, cujo filho era João. Nem todas as crianças foram batizadas na Capela de Sant Ana. Será que isso nos indica um mínimo de autonomia de mães e pais escravizados, ou seja, eles definiam o local para batizar seus bebês?

4 2356 Desse modo, os vínculos parentais dos cativos de propriedade dos Gomes da Silveira se compuseram, predominante, de famílias monoparentais, com um expressivo número de crianças nascidas no cativeiro, visto que, entre os anos de 1832 e 1876, nasceram 23 bebês 18 naturais e 5 legítimos. Retomando a história de Simplícia, na hora da partilha, em 1870, ela e três dos quatro filhos: Maximiano (4 anos) e Sebastiana (4 meses) e Serafina foram herdados por Joaquina Gomes da Silveira, enquanto que sua filha Juliana (8 anos) foi entregue a Jesuíno Gomes da Silveira. Nesse último caso descumpria-se a Lei de 1869, visto que havia proibição de separar pais e mães de seus filhos até a idade de 15 anos de idade. Passados dois anos da divisão da herança de Joaquim Gomes da Silveira há uma única informação a respeito de contestação da partilha, conforme consta na folha 277 da prestação de conta dos bens do inventário referido: a lei manda que o marido escravo acompanhe sua mulher e filhos, as filhas a mãe quando menores de quatorze anos, entretanto que nas partilhas impugnadas não foram atendidas em muitas ou quase todas as casas essa disposição de lei que aliás não é tão velha que pode caducar e nem tão nova que possa ser desconhecida (Grifos meus). Será que houve alguma mudança na partilha que envolveu a família de Simplícia, após a impugnação da partilha? Infelizmente, por falta de evidências, só podemos destacar que os Gomes da Silveira não respeitaram a Lei de 1869 e foram interpelados judicialmente. Não sabemos se houve alteração nessa separação de mãe e filha de 8 anos de idade. Informações mais consistentes sobre a vivência da família de escravizados em momento de partilha de riqueza, na Zona da Mata da Paraíba, foram obtidas sobre outra mãeescravizada. Trata-se da trajetória de Baldoína, mãe de nove crianças, nascidas entre 1850 e 1873, a saber: Paula (nascida por volta da década de 1850), Bernarda (1858), Josefa (1861), Marcos (nascido por volta de 1863), Pio (nascido por volta de 1864), Celestina (1868) e Luzia (1870), Lúcio (1871) e Atanázio (1873) xi, a maior parte pertencente a Joaquim Gomes da Silveira, dono do Engenho Gargaú, uma importante propriedade rural da freguesia de Livramento, localizada na Zona da Mata da Paraíba. Baldoína, na ocasião da divisão de riqueza (1870), conseguiu comprar a carta de alforria de dois de seus filhos, Marcos e Pio, nascidos no início da década de Além desses dois meninos, a sua filha Paula recebeu carta de alforria em testamento de Joaquim Gomes da Silveira, redigido no ano de Talvez essa tenha sido a maneira do referido proprietário agradecer Baldoína pelas várias crianças nascidas do seu ventre escravo, pois comum eram libertar pessoas adultas como ele mesmo fez ao recompensar três adultos (Mariano, africano; Felicidade, crioula e Antonio Tobias, pardo) pelos bons serviços [...]

5 2357 prestados a família Gomes da Silveira, conforme Testamento de Joaquim Gomes da Silveira (1866, ATJPB). Baldoína também fazia parte de um grupo de famílias monoparentais de propriedade dos Gomes da Silveira e fez parte de um pequeno grupo, mais duas pessoas adultas (Felipe e Inácia), que conseguiram obter a liberdade na ocasião da partilha. Em comum, compraram a alforria por preços acima do que constava na avaliação. O menino Pio estava avaliado no Inventário em 200$000 réis, mas sua alforria foi obtida após o pagamento de 330$000. Marcos constava por 300$000 réis, mas se exigiu a quantia de 400$000 réis pela sua liberdade; enquanto Felipe, constava o valor de 1:200$000 réis, mas foi libertado pela quantia de 1:295$000 réis. Por último, temos Inácia, 60 anos, avaliada em 100$000 réis, indicada no testamento de Joaquim Gomes da Silveira para ser herdada por Apolônia Maria da Conceição (segunda mulher de Joaquim Gomes da Silveira) xii, todavia, ela conseguiu comprar sua alforria, em juízo, por quantia bem superior a que fora avaliada: 255$000 réis. xiii Nessa transação dos escravos, os Gomes da Silveira tiveram um ganho de 480$000 réis. Além dessa supervalorização das pessoas escravizadas, por ocasião da partilha os filhos e as filhas de Baldoína tinham menos de 15 anos e, quando se realizou o inventário (1869) e partilha (1870), estava em vigor a Lei de 1869 que proibia a separação de casal e de pai e/ou mãe de seus filhos até 15 anos de idade, portanto, eles deveriam ter ficado em companhia da mãe, mas não foi o que ocorreu. A escravizada Baldoína e duas de suas filhas (Celestina e Luzia) foram herdadas por Ana Gomes da Silveira, enquanto seus outros filhos foram divididos entre mais dois filhos de Joaquim Gomes da Silveira. Pio e Marcos estavam previstos para terem como proprietário Taciano Gomes da Silveira, e a menina Josefa, a Ismênia Gomes da Silveira. Contudo, como destaquei anteriormente, a mãe-escravizada conseguiu livrar três filhos da escravidão (Pio, Marcos e Paula), mesmo assim, judicialmente ela foi separada de três filhas. Isso nos mostra que, se, de um lado, ela teve algum êxito ao libertar seus filhos no interior do sistema, por outro, nem sempre as pessoas escravizadas conseguiram reverter práticas do sistema escravista, mesmo que, legalmente, já existisse a proibição de separação de famílias escravas. Além da separação de filhos as duas escravizadas, Simplícia e Baldoína, têm em comum o fato de terem gerado a maior parte dos bebês nascidos nas propriedades da família Gomes da Silveira, entre os anos de 1832 e Dos que sobreviveram estavam vinte e três crianças, elas deram à luz a doze bebês, oito na condição escrava e três ingênuos, ou seja, contribuíram significativamente para a formação de mão-de-obra escravizada numa época que um indivíduo cativo custava um valor avultado, entre os anos de 1850 e De modo que

6 2358 podemos perceber a importância das mulheres escravizadas na constituição de famílias monoparentais na Zona da Mata da Paraíba, no período de intenso tráfico interprovincial, cujo mercado tendia a preferir o homem escravizado. Aos que ficavam, entre os quais as mulheres, como deve ter ocorrido com Simplícia, tiveram de conviver com a separação de seus filhos e filhas e o desalento de não serem donas nem dos seus destino e nem de seus filhos/as. Outras, a exemplo de Baldoína, não alteraram suas vidas, porém conseguiram conquistar a liberdade de seus filhos e filhas, revelando os rituais de resistência cotidiana nas relações escravistas no Oitocentos que possibilitaram a manutenção de vínculos familiares. Enfim, são histórias de tensões, de derrotas e de algumas vitórias, numa sociedade que pessoas eram possuídas por outras, mas que mulheres não deixaram de criar estratégias para enfrentar as injustiças e desmandos senhoriais, evidenciando a complexidade das vivências dos escravizados no Brasil. i Para mais detalhes sobre as pesquisas envolvendo a temática da escravidão brasileira, vale consultar o texto de Schwartz (2001), no qual o autor realizou um balanço historiográfico da produção acadêmica de brasileiros e de estrangeiros, desenvolvida antes de 1988 e após o ano que marcou o centenário da Abolição da escravidão no Brasil. A respeito da família de escravizados ver Motta (1988). ii Para mais detalhes consultar Rocha (2009). iii Livro de Batismo de Livramento, , fl. 29, Arquivo Eclesiástico da Paraíba, doravante AEPB. Os padrinhos de Matias foram Pedro Ferreira dos Santos e Francisca Maria da Conceição. iv Conforme Testamento de Joaquim Gomes da Silveira, 1866, disponível no Arquivo Tribunal da Justiça da Paraíba, doravante ATJPB. v Na legislação brasileira, havia a Lei de 1869 que proibia a separação de cônjuges e seus filhos até a idade de 15 anos. A Lei Rio Branco, de 1871 confirmou a inseparabilidade de cônjuges e filhos, porém diminui a idade das crianças de 15 para 12 anos, conforme Conrad (1978). vi Conforme o Autoamento de uma portaria para o fim de proceder ao estado de demência do coronel Joaquim Gomes da Silveira, 1869, Arquivo do Tribunal da Justiça da Paraíba, doravante ATJPB. vii Livro de Casamento de Livramento, , fl. 62, AEPB. viii Livro de Casamento de Livramento, , fl. 67, AEPB. ix O casal Pedro e Ana, na ocasião do batismo de Crescência, em 28 de agosto de 1845, já estava casado há mais de quinze anos, pois o matrimônio deles havia sido celebrado em 16 de novembro de 1829, na capela de São Gabriel, localizada no engenho do Meio. O registro de batismo da criança está no LB Livramento, , fl. 33. O de Luiz em 05 de abril de 1847, no Livro de Batismo de Livramento, , fl. 63, ambos no AEPB. x Não obtive o registro do casamento de três casais, mas os batismos das crianças, como o de Ciríaco e Jacinto, estão anotados no Livro de Batismo de Livramento, , fls. 35 e 49, respectivamente, já o de Umbelina está no Livro de Batismo de Livramento, , fl. 22, AEPB. xi Conforme Livro de Batismo de Livramento, , fls. 109 e 163, no AEPB. A idade das crianças encontrava-se no Inventário. Para saber a data do batismo. xii Conforme Testamento de Joaquim Gomes da Silveira, 1866, ATJPB. xiii Conforme Inventário de Joaquim Gomes da Silveira, 1870, ATJPB. REFERÊNCIAS Fontes Livro de Batismo de Livramento, , AEPB Livro de Batismo de Livramento, , AEPB

7 2359 Livro de Batismo de Livramento, , AEPB Livro de Casamento de Livramento, , AEPB Testamento de Joaquim Gomes da Silveira, 1866, ATJPB. Inventário de Joaquim Gomes da Silveira, 1870, ATJPB. Bibliografia CONRAD, Robert. Os últimos anos da escravidão no Brasil. Tradução Fernando de Castro Ferro. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, GENOVESE, Eugene. A Terra Prometida: o mundo que os escravos criaram. Rio de Janeiro: Paz e Terra, GUTMAN, Herbert G. The black family in slavery and freedom, New York: Random House, 1976 MOTTA, José Flávio. Família Escrava: uma incursão pela historiografia. História: Questões e Debates, Curitiba, v.9, n. 16, jun.1988, p RAMOS, Adauto. Engenho Gargaú: roteiro para sua história. João Pessoa, ROCHA, Solange P. da. Gente negra na Paraíba oitocentista: população, família e parentesco espiritual. São Paulo: Ed. Unesp, SCHWARTZ, Stuart. Escravos, Roceiros e Rebeldes. Tradução Jussara Simões. Bauru: EDUSC, 2001 SLENES, Robert. Lares negros, olhares brancos: histórias da família escrava no século XIX. Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 8, n. 16, p , mar./ago., Na senzala, uma flor. Esperanças e recordações na formação da família escrava. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.

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