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1 ÍNDICE Glossário 2 Mapa de Luanda 3 1. Introdução 1 2. Expulsões Forçadas desde Janeiro de Município de Viana Cidadania Município de Kilamba Kiaxi Bairros de Cambamba I e II, Banga Wé e 28 de Agosto Expulsões Forçadas resultantes de disputas de terras com a Igreja Católico Lei Internacional e Nacional que proíbe as expulsões forçadas Lei Internacional Lei Nacional A Constituição de Angola O código civil As Leis de Terra A Lei de Terra A Lei do Ordenamento do Território e Urbanismo Os Regulamentos Conclusão Recomendações da Amnistia Internacional Apêndice. 28 Índice AI: AFR 12/001/2007 Amnistia Internacional, Janeiro de 2007

2 2 Angola: Vidas em ruínas: expulsões forçadas continuam Glossário CADHP Carta Africana dos Direitos Humanos e dos Povos CDESC Comité dos Direitos Económicos, Sociais e Culturais FAA Forças Armadas de Angola PIDCC Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos PIDESC Pacto Internacional sobre os Direitos Económicos, Sociais e Culturais PIR Polícia de Intervenção Rápida

3 Angola: Vidas em ruínas: expulsões forçadas continuam 3 Mapa de Luanda

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5 Angola Vidas em ruínas: expulsões forçadas continuam Entre Setembro de 2004 e Julho de 2006, centenas de famílias em vários bairros de Luanda foram expulsas pela força e viram as suas casas repetidamente demolidas. Não tendo qualquer outro lugar para ir, construíram abrigos temporários e continuaram a viver as suas vidas nas ruínas. Destruição de casas e as consequências imediatas, nos bairros de Cambamba I e II em Luanda, Angola, em Novembro de Particular 1. Introdução Em Abril de 2002, a antiga colónia portuguesa de Angola emergiu de uma longa guerra civil de 27 anos. A paz trouxe também um maior potencial de negócios e investimento estrangeiro directo no país e uma consequente pressão sobre as terras urbanas. Desde o fim da guerra, o governo de Angola tem dirigido cada vez mais as suas energias para a reconstrução urbana. Em 2003, o governo estabeleceu um novo Ministério do Urbanismo e Ambiente. Seguiu-se a este um Gabinete de Reconstrução Nacional que foi estabelecido em 2005 para supervisionar a reconstrução no pós-guerra. Em 2006 foi anunciado que o governo estava a planear o "maior projecto urbano jamais encetado em África" 1. Este projecto urbano tem o objectivo de construir uma megacidade chamada a Nova Cidade de Luanda para alojar quatro milhões de pessoas. O governo implementou também outros projectos de construção com o auxílio do governo chinês, incluindo a construção de estradas e outra infraestrutura. É dentro deste contexto de uma maior necessidade de terras urbanas que as expulsões forçadas têm ocorrido em Luanda. Entre 2001 e 2006, milhares de famílias foram expulsas pela força de vários bairros na capital angolana de Luanda. Estas expulsões forçadas 2 foram em geral efectuadas sem notificação ou consulta prévia, sem o devido processo legal e recorrendo ao uso de força excessiva. As expulsões 1 New Luanda's Gleaming Towers, Africa Confidential vol. 47, Número 14, 7 de Julho de De acordo com o Comité dos Direitos Económicos, Sociais e Culturais (CDESC) da ONU, o órgão estabelecido para monitorizar a implementação do PIDESC, o termo "expulsões forçadas" refere-se à "a remoção permanente ou temporária de indivíduos, famílias e/ou comunidades das casas e/ou terras que ocupam, contra a vontade dos mesmos e sem que lhes seja oferecido recurso ou o acesso a formas apropriadas de protecção legal ou outra protecção". Contudo, a proibição de expulsões forçadas não se aplica a expulsões pela força levadas a cabo de acordo com a lei e em conformidade com as disposições dos Tratados Internacionais de Direitos Humanos. Índice AI: AFR 12/001/2007 Amnistia Internacional, Janeiro de 2007

6 2 Angola: Vidas em ruínas: expulsões forçadas continuam forçadas deixaram dezenas de milhares de pessoas sem abrigo. Na maioria dos casos, agentes armados da Polícia Nacional ou das Forças Armadas de Angola, FAA, que levaram a cabo as expulsões, atiraram indiscriminadamente contra os que estavam a ser expulsos, agrediram-nos e prenderam os que tentaram resistir às expulsões. Casas foram demolidas e propriedade destruída ou roubada pelos que estavam a efectuar as expulsões forçadas. Em quase todos os incidentes de expulsões forçadas, a polícia prendeu defensores dos direitos humanos, especialmente membros da organização local pelo direito à habitação, SOS-Habitat. As expulsões forçadas tiveram como alvo as famílias mais pobres que têm menos acesso aos meios de garantir a sua ocupação e para as quais o estado fez muito pouco para oferecer habitação condigna acessível. Centenas dos expulsos pela força continuam sem abrigo e não receberam compensação. Alguns foram deslocados para outras áreas, que quase invariavelmente ficavam longe de escolas e locais de trabalho e que frequentemente não tinham serviços como saneamento e outros serviços básicos. Para além disso, não receberam garantia de ocupação da terra, o que os torna vulneráveis a outras expulsões forçadas. As expulsões tiveram o efeito de forçar as pessoas a uma pobreza ainda mais profunda. Neste contexto, a Amnistia Internacional corrobora as palavras dos "Princípios Básicos e Directrizes sobre as Expulsões e o Deslocamento com Origem no Desenvolvimento" elaborados pelo Relator Especial das Nações Unidas, Miloon Kothari, que inclui o reconhecimento de que "as expulsões forçadas intensificam a desigualdade, o conflito social, a segregação e a "guetoização" e invariavelmente afectam os mais pobres, os sectores mais social e economicamente vulneráveis e marginalizados da sociedade". 3 Em Novembro de 2003, a Amnistia Internacional publicou um relatório intitulado, Angola: Expulsões Forçadas em Massa em Luanda apelo para uma política de habitação baseada nos direitos humanos. 4 O relatório documentou as expulsões forçadas que ocorreram entre 2001 e Junho de 2003 nos musseques (bairros de lata) de Luanda, especificamente nos bairros da Boavista, Soba Kapassa e Benfica. No relatório, a Amnistia Internacional demonstrou como as expulsões forçadas violaram o direito a habitação condigna e outros direitos humanos consagrados em instrumentos de direitos humanos internacionais e regionais dos quais Angola é um Estado Parte. Estes incluem o Pacto Internacional sobre os Direitos Económicos, Sociais e Culturais (PIDESC), o Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos (PIDCP) e a Carta Africana dos Direitos Humanos e dos Povos (Carta Africana) 5. O relatório mostrou também como as expulsões forçadas violam a legislação nacional de Angola. O relatório examinou as obrigações do governo angolano ao abrigo da lei nacional e internacional dos direitos humanos e anexou extensos extractos dos instrumentos de direitos humanos relacionados com o direito a uma habitação condigna e a não ser expulso pela força. A Amnistia Internacional apelou ao governo de Angola para que cessasse todas as expulsões forçadas e instaurasse uma moratória a todas as expulsões em massa, enquanto se aguarda o desenvolvimento de uma política de habitação abrangente baseada nos direitos humanos e de um quadro jurídico que 3 Doc. ONU E/CN. 4/2006/41, pág Índice AI: AFR 12/007/ Angola tornou-se um estado parte do PIDESC e do PIDCP a 10 de Janeiro de 1992 e da Carta Africana a 9 de Outubro de 1990.

7 Angola: Vidas em ruínas: expulsões forçadas continuam 3 proporcione reparação eficaz aos expulsos; e para que proporcionasse assistência às vítimas de expulsões forçadas que permanecessem desalojadas. A organização apelou também às autoridades para que estabelecessem uma comissão de inquérito para analisar o papel da polícia e de outras forças na assistência às expulsões. A comissão de inquérito deveria também examinar as alegações de emprego de força excessiva durante as expulsões, submetendo depois à acção da justiça os suspeitos de violações dos direitos humanos. Entre Junho e Setembro de 2001, mais de famílias que tinham alegadamente morado perto de um penhasco perigoso foram expulsas pela força e de forma violenta do bairro da Boavista em Luanda. Estas famílias foram deslocadas para Zango e Terra Nova no município de Viana, onde moraram em tendas por vários anos. Metade destas famílias foram realojadas em Desde então a Amnistia Internacional foi informada de que todas as famílias expulsas desta área foram entretanto realojadas em casas permanentes. Contudo, em 2004, algumas famílias continuavam ainda a viver em tendas. Aparentemente algumas das casas construídas para estas famílias tinham sido antes dadas a outros por funcionários do governo. No dia 11 de Julho de 2006, a Agência Noticiosa de Angola 6 informou que o Governo Provincial de Luanda tinha transferido 167 famílias da Boavista para o bairro de Zango em Viana, onde foram supostamente alojadas em casas de três quartos com casa de banho e jardim. O mesmo artigo indicava também que outras 100 famílias da Boavista deveriam ser transportadas para os bairros de Zango e Sapu a 15 de Julho de Aparentemente, o local de onde estas famílias foram expulsas tinha sido vedado para impedir a construção de novas casas 7. Em Soba Kapassa, município de Kilamba Kiaxi, a iniciativa dos residentes de transformar o bairro num complexo habitacional cuidadosamente planeado foi destruída pelo governo. Entre Outubro de 2001 e Fevereiro de 2003 as autoridades demoliram um total de casas e expulsaram pela força residentes de Soba Kapassa. 8 No dia 22 de Novembro de 2002, quando algumas casas já tinham sido demolidas, o Governador Provincial de Luanda na altura anunciou publicamente que as casas seriam demolidas para darem lugar à construção do Hospital Provincial de Luanda, que seria construído com verbas atribuídas pelo governo chinês 9. O novo hospital foi inaugurado a 3 de Fevereiro de 2006, no município de Kilamba Kiaxi. Após a demolição das suas casas, os antigos residentes foram morar com familiares ou em habitação alugada noutro local. Não há registos que indiquem que o governo tenha tentado realojar estas vítimas ou que lhes tenha pago qualquer compensação. Tanto quanto a Amnistia Internacional sabe, não houve progresso relativo a reclamações oficiais apresentadas por dois dos antigos residentes sobre as agressões que acompanharam estas expulsões; também não houve quaisquer desenvolvimentos relativos à investigação pela Polícia de Investigação Criminal de casos de fiscais suspeitos de levar a cabo agressões e roubo de propriedade. 6 O Governo de Luanda Transfere mais de 100 Famílias, Agência Noticiosa de Angola, terça-feira 11 de Julho de O Governo de Luanda Transfere mais de 100 Famílias, Agência Noticiosa de Angola, terça-feira 11 de Julho de Angola: Expulsões forçadas em massa em Luanda apelo para uma política de habitação baseada nos direitos humanos, Índice AI: AFR 12/007/2003, pág. 9 9 Op. cit.

8 4 Angola: Vidas em ruínas: expulsões forçadas continuam A maioria dos residentes das mais de 470 casas demolidas na Comuna de Benfica entre Julho de 2001 e Abril de 2003 receberam casas novas em Panguila, no Município de Cacuaco. Contudo, o governo não proporcionou casa para 16 famílias. As autoridades não iniciaram investigações destes casos de expulsões forçadas e do uso de força excessiva por polícias e fiscais. Além disso, não houve desenvolvimentos relativos às acções legais instituídas pelos residentes expulsos contra as autoridades provinciais para tentar obter compensação. Estas acções estavam a ser preparadas por advogados trabalhando com as vítimas de expulsões forçadas em Soba Kapassa na altura da redacção do relatório de O relatório actual examina que medidas foram tomadas pelas autoridades para implementar as recomendações feitas pela Amnistia Internacional em Entre 2004 e 2006, verificaram-se diversos desenvolvimentos notáveis, indicados abaixo: Em 2004, o governo de Angola decretou uma série de leis de terras 10. Estas leis de terras foram promulgadas após consulta com a sociedade civil angolana. No entanto, como será demonstrado mais adiante neste relatório, estas leis não resolvem totalmente o problema das expulsões forçadas e da garantia de ocupação. Houve alguns casos de expulsões que aparentemente não violaram os direitos humanos dos residentes expulsos. Por exemplo, em 2004, os residentes de Ingombotas e Sambizanga foram expulsos de terras pertencentes aos Caminhos de Ferro de Luanda CFL, mas apenas após consulta e aviso prévio adequado e com oferta de compensação. Em 2006, o governo angolano reconheceu publicamente o direito dos expulsos pela força a receber compensação 11. Em Junho de 2006, o governo anunciou que estava a rever a sua estratégia para a habitação para responder às necessidades habitacionais da sua população urbana 12. Apesar destes passos positivos, entre 2005 e 2006, registou-se uma intensificação das expulsões forçadas em massa em Luanda. Isto induziu o Relator Especial das Nações Unidas sobre o direito a uma habitação condigna como uma componente do direito a um nível de vida adequado a emitir um comunicado à imprensa a 30 de Março de 2006, expressando preocupação séria sobre a persistente prática de expulsões forçadas em Angola e apelando ao governo para "cumprir as suas obrigações 10 Lei de Terras de Angola, Lei 9/04 de 9 de Novembro de 2004; e Lei de Ordenamento do Território e do Urbanismo, Lei 3/04 de 25 de Junho de Num artigo no Jornal de Angola de 3 de Maio de 2006, o Primeiro Ministro alegadamente afirmou que o governo tinha realizado um censo de todas as pessoas em terrenos reservados para projectos de habitação nos bairros de Cambamba I e Cambamba II e que as tinha informado sobre as expulsões iminentes com a intenção de as realojar e/ou de as compensar. Contudo, segundo o Primeiro Ministro, na altura das expulsões um grupo de cerca de 30 indivíduos que não tinham estado no terreno anteriormente, tinham-no ocupado a fim de pedir compensação que não lhes era devida. 12 Agência Noticiosa de Angola, 28 de Junho de 2006

9 Angola: Vidas em ruínas: expulsões forçadas continuam 5 relativas aos direitos humanos e agir prontamente para rectificar esta violação manifesta dos direitos humanos". 13 A Amnistia Internacional está preocupada pelo facto de uma visita a Angola do Relator Especial das Nações Unidas sobre habitação condigna, planeada para Fevereiro de 2006, ter sido adiada pelo governo angolano. Num comunicado à imprensa publicado a 30 de Março de 2006, o Relator Especial expressou preocupação por o governo de Angola não ter ainda reprogramado a sua visita 14. Em resposta, o representante da Missão Permanente de Angola em Genebra alegadamente disse que o Relator Especial tinha publicado a sua declaração numa altura em que as autoridades angolanas estavam a preparar a sua visita. Ele acrescentou que a declaração do Relator Especial das Nações Unidas se baseava em relatos não verificados e em fontes não oficiais, uma situação que poderia ser interpretada apenas como uma "demonstração de má fé e pressão intolerável sobre o Governo de Angola". 15 A Amnistia Internacional urge o governo de Angola a assegurar a reprogramação urgente da visita do Relator Especial. Este relatório baseia-se em informações obtidas através de comunicação com contactos sedeados em Angola e em investigação de fundo suplementar. A Amnistia Internacional tentou ir a Angola para entrevistar as partes relevantes. Contudo, apesar de vários pedidos ao governo angolano no sentido de enviar uma carta de convite, que é necessária para obter um visto, a Amnistia Internacional continua a aguardar a chegada desse convite. 2. Expulsões Forçadas desde Janeiro de 2004 Desde a publicação do relatório Angola: Expulsões Forçadas em Massa em Luanda Apelo para uma Política de Habitação Baseada nos Direitos Humanos (Índice AI: AFR 12/007/2003) em Novembro de 2003, a Amnistia Internacional recebeu inúmeros relatos de expulsões forçadas continuadas em Luanda, principalmente em diversos bairros nos municípios de Samba, Kilamba Kiaxi e Viana. Embora a Amnistia Internacional tenha também recebido relatos sobre expulsões forçadas em outras províncias, incluindo Benguela e Moxico, a organização não conseguiu obter informações detalhadas sobre esses incidentes para os incluir neste relatório. Foi também trazida à atenção da organização a expulsão de camponeses das suas terras. Contudo esses incidentes não são abordados aqui porque o âmbito do presente relatório é o das expulsões forçadas em áreas urbanas. Além disso, algumas expulsões forçadas foram levadas a cabo em Camama Onga, no município de Samba, em Julho de 2003 e em Aldeia Nova, no município de Kilamba Kiaxi, entre 15 de Agosto de 2002 e Setembro de 2003, que não foram incluídas no relatório publicado pela organização em Novembro de Contudo, este relatório concentra-se em expulsões forçadas de estabelecimentos humanos informais urbanos que ocorreram desde Janeiro de As expulsões forçadas em massa descritas neste relatório, como as efectuadas em anos anteriores, parecem ter sido levadas a cabo sem as protecções procedimentais e o devido processo 13 Ver endocument 14 IRIN 30 de Março de Agência Noticiosa de Angola, 1 de Abril de 2006

10 6 Angola: Vidas em ruínas: expulsões forçadas continuam exigidos pela lei e as normas internacionais. Estes requisitos estão estabelecidos no CDESC, assim como nas directrizes desenvolvidas pelo Relator Especial das Nações Unidas sobre o direito a uma habitação condigna. 16 Nenhum destes requisitos parece ter sido plenamente satisfeito. Além disso, as expulsões forçadas foram frequentemente efectuadas de maneira violenta e sem uma ordem de despejo por funcionários do departamento fiscal do Governo Municipal ou Provincial auxiliados por agentes da Polícia Nacional, que frequentemente utilizaram armas de fogo contra os residentes. Em alguns casos, guardas de empresas de segurança privadas participaram nas expulsões forçadas. Eles demoliram casas e foram aparentemente utilizados para controlar a multidão. Em diversos casos, residentes e membros da SOS-Habitat foram presos e maltratados. As expulsões forçadas ocorreram mais de uma vez em algumas áreas, quando alguns residentes expulsos das suas casas pela força voltaram às ruínas das mesmas e tentaram reconstruí-las, apenas para serem expulsos novamente. Não foi fornecida habitação alternativa aos residentes expulsos pela força, que, em muitos casos, não tinham meios próprios para a obter. Embora num caso, em seguida a expulsões forçadas em Cambamba I, o juiz tenha remetido o caso à polícia de investigação criminal para investigação, não há registo de qualquer investigação destes incidentes de expulsões forçadas e das alegações de uso de força excessiva e armas de fogo pela polícia e da detenção de residentes e defensores dos direitos humanos. A maioria das expulsões estavam relacionadas com projectos de desenvolvimento urbano. Contudo, os indivíduos afectados não receberam informação plena, acesso aos planos territoriais ou a oportunidade de consulta em qualquer altura, como é exigido pela Lei de Ordenamento do Território e do Urbanismo 17. Funcionários do governo, incluindo o Governador Provincial de Luanda, frequentemente justificavam as expulsões forçadas alegando que as casas tinham sido construídas de forma anráquica e ilegalmente em terrenos do governo reservados para projectos de desenvolvimento, incluindo habitações, ou que os terrenos pertenciam a particulares. No decorrer de uma conferência de imprensa a 23 de Janeiro de 2006, o Governador Provincial de Luanda alegadamente anunciou que as demolições de casas construídas de uma forma anráquica continuariam e que o seu gabinete continuaria a penalizar os cidadãos que insistissem em operar fora da lei. Ele acrescentou que os títulos provisórios de concessão de terrenos dos que ainda não tivessem construído no terreno dentro do período estabelecido pela lei seriam revogados e que a concessão do terreno passaria a indivíduos com a capacidade financeira de levar a cabo projectos de construção dentro de seis meses. Consta que ele terá dito que estava na altura de terminar a anarquia de espaços preenchidos com folhas de zinco e de restabelecer a ordem activando os mecanismos da lei Município de Viana Cidadania Entre Setembro de 2004 e Maio de 2006, mais de 500 famílias foram expulsas pela força e viram as suas casas demolidas no bairro Cidadania. Apesar de estas preocupações serem discutidas no 16 Ver acima, secção Artigo 54º da Lei de Ordenamento do Território e do Urbanismo, op. cit 18 Agência Noticiosa de Angola, 23 de Janeiro de 2006

11 Angola: Vidas em ruínas: expulsões forçadas continuam 7 Parlamento e de uma importante decisão do procurador local, as autoridades persistiram em executar expulsões forçadas durante uma boa parte do mês de Maio de O Bairro Cidadania, também conhecido como bairro do km 25, fica localizado a 25 km para leste do centro de Luanda, seguindo a Estrada Nacional 1, no município de Viana. Ocorreram também na área expulsões forçadas em diversas ocasiões e, aparentemente, após cada incidente, os residentes recusaram-se a mudar-se do local e tentaram reconstruir aí as suas casas. Segundo as informações da Amnistia Internacional, a primeira onda de expulsões forçadas nesta área ocorreu no dia 21 de Setembro de 2004, quando o governo local demoliu 80 casas, apesar de alegadas promessas anteriores de não o fazer. De acordo com os relatos, os que procederam às expulsões não apresentaram uma ordem de despejo e foram protegidos por agentes da polícia num jipe. Em Outubro de 2004, o jornal angolano Semanário Angolense noticiou que mais de 100 agentes da polícia e militares, sob o comando do Chefe do Gabinete Fiscal local, tinham demolido cerca de 100 casas nesse mês. Este jornal relatou ainda que o então administrador municipal afirmou que cerca de casas construídas de forma anráquica em terrenos de uma área industrial não planeada para habitação e que tinham sido ilegalmente vendidos por um grupo de bandidos seriam demolidas. Afirmou ele que ninguém pode vender aquilo que não tem. Os residentes reclamaram que tinham comprado os terrenos nos quais construíram as suas casas ao Município de Viana, através do chefe do Gabinete Fiscal Municipal e de quatro outros homens por USD 300. Contudo, o Director do Instituto do Investimento Privado afirmou que os terrenos pertenciam ao instituto, que tinha pago USD 800 a indivíduos no escritório das autoridades locais por cada lote de 20 por 30 metros. Os residentes afirmaram que a maioria deles tinham tentado legalizar os seus lotes e tinham cumprido todos os requisitos, incluindo a efectuação de um pagamento. Como não receberam qualquer resposta das autoridades dentro dos 90 dias previstos no Artigo 57º da Lei 16A/95 de 15 de Dezembro de 1995 sobre Normas de procedimento e das actividades administrativas, os residentes presumiram que tinham adquirido automaticamente a propriedade dos terrenos. Mais expulsões forçadas foram relatadas em Dezembro de 2004 e em várias ocasiões em Nos dias 26 e 27 de Setembro de 2005, fiscais municipais liderados pelo chefe do Gabinete da Fiscalização do Município de Viana e auxiliado por cerca de 10 agentes da VII Divisão Territorial de Luanda da Polícia Nacional e cerca de 15 agentes da polícia militar, todos armados com metralhadoras e espingardas AKM, demoliram 314 casas com um bulldozer. Eles não tinham, aparentemente, uma ordem de despejo. Quando membros da SOS-Habitat, que se tinham deslocado à área, lhes perguntaram se tinham uma ordem, eles alegadamente disseram que não necessitavam de uma e que estavam a seguir instruções da Administração de Viana, nos termos de uma ordem administrativa de Além disso, activistas da SOS-Habitat confirmaram à Amnistia Internacional que as suas tentativas para persuadir os que estavam a executar as expulsões forçadas e as demolições de casas a parar foram ignoradas. A polícia também alegadamente espancou os que tentavam proteger as suas casas e resistir às expulsões. Dois residentes foram presos, mas foram libertados posteriormente sem culpa formada. Esta era, aparentemente, a quinta vez num ano que os residentes do Cidadania tinham sido expulsos e que as suas casas tinham sido demolidas e os seus bens roubados pelos que efectuaram as expulsões.

12 8 Angola: Vidas em ruínas: expulsões forçadas continuam Os residentes disseram alegadamente à SOS-Habitat que, umas semanas antes, o empregado de um ex-ministro tinha sido visto a mostrar o local a um europeu, o que os levou a pensar que a expulsão visava a posterior construção privada. No segundo dia das expulsões, o dia 27 de Setembro, membros da SOS-Habitat, incluindo o seu coordenador Luís Araújo, e alguns residentes encontraramse com a Comandante da Polícia Municipal que, depois de acusar Luís Araújo de ser um agitador, alegadamente lhe disse que deixaria de fornecer agentes da polícia para proteger os fiscais que executam as expulsões forçadas na comunidade. Contudo, a participação da polícia nas expulsões forçadas no Cidadania não terminou após esta declaração. A Comissão de Moradores e a SOS-Habitat escreveram ao Ministro do Interior, ao Administrador Municipal de Viana e ao Procurador Geral da República, exigindo uma investigação às expulsões forçadas de Setembro de 2005, assim como compensação pelas perdas resultantes destas expulsões forçadas. Em resposta, o Administrador Municipal de Viana enviou uma carta à Comissão de Residentes, informando-os de que uma empresa de construção privada, a BAUHERR, estava autorizada a vedar a área e deveria ser autorizada a fazê-lo sem impedimentos. 19 No dia 29 de Março de 2006, a Procuradora Municipal de Viana escreveu à Comissão de Moradores reconhecendo que a Administração de Viana não tinha cumprido o Artigo 9º da Lei 16- A/95, que reconhece o direito dos indivíduos a apresentar recurso e declara que Os órgãos administrativos deverão sempre pronunciar-se sobre todos os assuntos que lhe sejam apresentados pelos particulares. O Procurador reconheceu que este processo não foi seguido neste caso e acrescentou que, ao não responder atempadamente aos requerimentos dos residentes para registar os seus lotes de terrenos, a administração de Viana tinha criado as premissas para as construções ilegais das quais os residentes tinham sido expulsos pela força. A carta terminava apelando à administração de Viana para que tomasse medidas urgentes para realojar os afectados pelas expulsões forçadas em áreas adequadas; caso tal não fosse feito, seria violado um dos princípios fundamentais da Constituição, que declara que o Estado respeita e protege a propriedade dos cidadãos, quer esta seja individual ou colectiva 20. Apesar desta carta, nos dias 11 e 12 de Abril de 2006, fiscais, agentes da polícia do Comando das Unidades de Protecção de Objectivos Estratégicos - CUPOE, agentes da Polícia Militar e soldados, armados com metralhadoras AK47, prosseguiram com as expulsões forçadas. No dia 11 de Abril, 16 famílias que aparentemente concordaram em sair da área, foram conduzidas para o bairro de Bita Sapú, a área designada pelo município de Viana para os realojar. Contudo, a maioria dos residentes recusaram-se a sair da área alegando que não tinham sido consultados. Além disso, estavam preocupados por Bita Sapú não ter acesso a transporte público e escolas ou a serviços tais como abastecimento de água e ainda por não lhes serem dadas casas mas apenas um terreno do qual não possuíam documentos de titularidade, deixando-os assim vulneráveis a futuras expulsões. No dia 12 de Abril, agentes fiscais e da polícia regressaram, ameaçaram os residentes restantes e demoliram uma casa. Contudo, as demolições pararam após a chegada de activistas da SOS-Habitat e funcionários da ONU ao local das expulsões forçadas. 19 Carta assinada pelo Administrador de Viana, João Pedro Alberto, referência: F.119/GAB.ADMV/ Carta assinada por Maria Eugénia dos Santos, Procuradora Municipal, de 29 de Março de 2006, referência: Ofo. Nº 112/01.11/06

13 Angola: Vidas em ruínas: expulsões forçadas continuam 9 No dia 18 de Abril de 2006, 12 famílias receberam uma notificação da Administração Municipal de Viana ordenando-lhes que abandonassem os seus terrenos dentro de 48 horas. A nota declarava que as famílias estavam a ocupar ilegalmente as terras que o Estado tinha reservado para fins industriais e acrescentava que a Administração Municipal tinha criado as condições para conceder outra área para satisfazer as necessidades habitacionais das famílias, se estas abandonassem voluntariamente a área dentro de 48 horas após a recepção da notificação. Caso não o fizessem, continuava a nota, a Administração seria obrigada a remover tudo da área pela força e as famílias perderiam direitos a outros benefícios. Contudo, a nota não especificava o que eram estes outros benefícios. No dia seguinte, os residentes do Cidadania e membros da SOS-Habitat reuniram-se com membros da Administração Municipal de Viana a quem expuseram as suas preocupações. Perante a recusa dos residentes em se mudarem para Bita Sapú, os administradores alegadamente sugeriram que estes encontrassem outra área antes que expirasse o prazo das 48 horas, ao que os residentes alegadamente responderam que competia às autoridades a responsabilidade de lhes encontrar habitação condigna. A ameaça de os expulsar pela força ao fim de 48 horas não foi concretizada. Contudo, a SOS-Habitat reportou a ocorrência de mais expulsões forçadas nos dias 5, 6, 7, 10 e 11 de Maio de Na altura destas expulsões forçadas, a Amnistia Internacional falou com o Comandante da Polícia de Luanda, que não negou que estas expulsões tivessem ocorrido. Na manhã de 5 de Maio, entre 20 e 30 pessoas, incluindo agentes da polícia, fiscais e outros vestidos à paisana chegaram ao bairro Cidadania e começaram a demolir casas. Rafael Morais, membro da SOS-Habitat, foi preso por um agente do CUPOE, que aparentemente justificou a prisão dizendo que tinha recebido ordens de superiores para prender activistas da SOS-Habitat. Rafael Morais foi algemado e mantido ao sol sem os seus sapatos ou camisa por mais de quatro horas e foi libertado pouco depois de ser conduzido ao Gabinete Fiscal Municipal de Viana. Um residente do Cidadania, João Manuel Gomes, foi também preso e algemado a Rafael Morais. Enquanto os dois estavam algemados um ao outro, João Manuel Gomes foi espancado com uma mangueira. Outro residente, Domingos Mungongo, foi alegadamente espancado por agentes do CUPOE no Gabinete Fiscal Municipal de Viana aonde tinha ido com outras pessoas para se inteirar do que estava a acontecer com Rafael Morais. Nada foi feito para investigar estes casos. Os residentes do Cidadania continuam em abrigos temporários nesta área e, tanto quanto a Amnistia Internacional saiba, não foram compensados até à data pelas perdas incorridas durante as tentativas repetidas para os retirar da área. Embora não tenham ocorrido mais expulsões desde Maio de 2006, a ameaça de expulsões forçadas persiste. 2.2 Município de Kilamba Kiaxi Bairros de Cambamba I e II, Banga Wé e 28 de Agosto Desde Setembro de 2004 têm ocorrido várias vagas de expulsões forçadas nos bairros de Cambamba I e II, Banga Wé e 28 de Agosto, no município de Kilamba Kiaxi, desde Setembro de 2004 quando os terrenos em que ficam situados foram aparentemente concedidos pelas autoridades ao projecto habitacional Nova Vida, sem cumprimento de quaisquer dos requisitos da lei internacional. Desde então têm-se registado várias tentativas para expulsar os residentes pela força da área. Em cada uma

14 10 Angola: Vidas em ruínas: expulsões forçadas continuam dessas vezes, as suas casas foram demolidas e outros bens destruídos ou roubados. À data da redacção deste relatório, nenhum dos residentes tinha sido compensado pelas suas perdas. Muitos deles reconstruíram novamente abrigos temporários e, como não têm garantia de ocupação, vivem receosos de que a polícia regresse para os expulsar violentamente e pela força. A Amnistia Internacional foi informada de que, no dia 28 de Setembro de 2004, aproximadamente 50 agentes da Polícia Nacional de uniforme e fortemente armados, acompanhados por trabalhadores da Group Five, uma empresa de construção civil, e da Brigada de Construção de Obras Militares (BECOM) efectuaram demolições em Banga Wé e Cambamba I, deixando mais de 300 famílias sem abrigo. Estima-se que foram demolidas 148 casas, que alojavam 625 pessoas, em Cambamba I, e 192 casas, que alojavam 555 pessoas, em Banga Wé. As demolições foram alegadamente ordenadas pelo Administrador de Kilamba Kiaxi e executadas com um bulldozer e outro equipamento mecânico. Segundo relatos de testemunhas oculares, a polícia não tivesse batido em qualquer dos residentes, mas Gaspar António José, foi ferido a tiro no pé esquerdo durante as demolições. As expulsões foram efectuadas sem uma ordem de despejo e sem notificação prévia. Contudo, a Amnistia Internacional foi informada de que, alguns dias antes das demolições, um representante da Group Five alegadamente anunciou na televisão que as expulsões teriam lugar e justificou-as como uma acção contra oportunistas que tinham ocupado as terras a fim de receberem compensação do governo. Abrigo construído com os destroços de casas demolidas em Cambamba. Alguns residentes continuavam a viver nestes abrigos à data da redacção do relatório. Particular, Agosto de 2006 Depois de as suas casas serem demolidas, as famílias permaneceram na área e aí reconstruíram as suas habitações. Estas foram posteriormente demolidas por diversas vezes, ao longo de 2005 e 2006, pela polícia, soldados, guardas de uma empresa de segurança privada e fiscais municipais, que tentaram expulsar os residentes da área. A SOS-Habitat relatou que, em Setembro de 2005, sem qualquer aviso prévio, a polícia armada demoliu mais uma vez a maior parte das casas da área adjacente à do projecto habitacional Nova Vida, incluindo os bairros de Cambamba I e II e Banga Wé. Os agentes ordenaram alegadamente aos residentes que saíssem da área, contudo, muitos recusaram e reconstruíram abrigos básicos de zinco nos locais onde as suas antigas casas ficavam situadas. Mais expulsões ocorreram em Cambamba I e II no dia 24 de Novembro de 2005, quando agentes fortemente armados da V Divisão da Polícia e fiscais municipais chegaram a estas áreas às 07h00 da manhã e começaram a demolir as casas, deixando mais de 500 famílias sem abrigo nos bairros de Cambamba I e II. Os residentes tentaram impedir as demolições, inicialmente de forma pacífica, embora mais tarde tivessem sido atiradas pedras à polícia. Às 09h30, Luís Araújo e outros membros da SOS-Habitat chegaram à área e, juntamente com membros da Comissão de Moradores, tentaram impedir as expulsões forçadas e as demolições de casas falando com os que estavam a executar as demolições.

15 Angola: Vidas em ruínas: expulsões forçadas continuam 11 A polícia espancou e prendeu 12 pessoas, incluindo Luís Araújo, a quem acusou de incitamento à violência. Os 12 foram levados à 32ª Esquadra, onde foram alegadamente mantidos numa cela sobrelotada, com a área aproximada de 16 metros quadrados, juntamente com 10 outros reclusos que já lá se encontravam. Luís Araújo e os outros 11 foram libertados no dia seguinte, após comparecerem em tribunal. Não foram acusados de qualquer delito. Contudo, o juiz encaminhou o caso deles para a polícia de investigação criminal para mais investigações. Tanto quanto a Amnistia Internacional saiba, ou esta investigação não foi realizada ou, se foi, os resultados da mesma não foram publicados. Ao fundo, agentes da polícia com armamento pesado durante expulsões forçadas em Kilamba Kiaxi no dia 24 de Novembro de A polícia espancou e deteve 12 pessoas, incluindo membros da ONG local pelo direito à habitação, SOS-Habitat. Particular, 2005 No mesmo dia, 77 famílias do bairro 28 de Agosto e 23 famílias de Banga Wé foram expulsas pela força das suas casas, que foram depois demolidas. Seis dias mais tarde, no dia 30 de Novembro, 70 agentes fortemente armados da V Divisão da Polícia, juntamente com a polícia militar, soldados, funcionários de uma empresa de segurança privada e pessoal de demolição privado tornaram a aparecer nos bairros de Cambamba para prosseguirem as expulsões forçadas e as demolições de casas. No dia 19 de Dezembro de 2005, Luís Araújo e vários residentes dos bairros afectados reuniram-se com o Presidente da Assembleia Nacional para se queixarem das expulsões forçadas e do uso da força pela polícia. A Amnistia Internacional crê que foi esta reunião que levou o Presidente da Assembleia Nacional a convocar uma reunião com o Governador Provincial de Luanda em Janeiro de 2006 para debater as expulsões forçadas. Apesar desta reunião, no dia 22 de Dezembro, as autoridades procederam a mais expulsões forçadas nestes bairros. Agentes da polícia armados chegaram alegadamente às 06h00 da manhã, juntamente com guardas de segurança e funcionários do gabinete fiscal do Governo Provincial de Luanda. Ao expulsarem as famílias, eles espancaram-nas e empurraram-nas, e demoliram depois os seus abrigos. Sete pessoas foram presas em Cambamba II, incluindo o coordenador da Comissão de Moradores, Quartim Bimbi, e a sua mulher, Amélia José Faustino, que foi alegadamente agredida na esquadra da polícia. No bairro 28 de Agosto, uma mulher de nome Maria foi presa e detida com os seus três filhos pequenos e com um homem chamado Lourenço, que foi alegadamente agredido quando foi preso. Todos os que foram presos foram conduzidos à 32ª Esquadra da Polícia e libertados sem culpa formada no dia seguinte. No dia 10 de Janeiro de 2006, o Presidente da Assembleia Nacional e membros de duas comissões parlamentares realizaram uma reunião com o Governador Provincial de Luanda, alegadamente para se informarem sobre as expulsões forçadas e a política de planeamento urbano do Governo Provincial. Após a reunião, o Governador Provincial estabeleceu uma comissão de inquérito. Contudo, o objectivo desta comissão pareceu ser apenas o de investigar o envolvimento dos funcionários do Governo Provincial na venda ilegal de terrenos e na concessão de autorizações de construção. Tanto quanto a Amnistia Internacional tem conhecimento, os resultados deste inquérito não foram publicados.

16 12 Angola: Vidas em ruínas: expulsões forçadas continuam Quase um mês mais tarde, no dia 6 de Fevereiro de 2006, o director do projecto habitacional privado Nova Vida anunciou na Rádio Ecclesia (uma estação de rádio privada pertencente à Igreja Católica) que os abrigos construídos pelos residentes desde as expulsões de Novembro e Dezembro de 2005 seriam demolidos. Ele deu aos residentes um prazo de 72 horas para abandonarem a área, que expirou na manhã de 9 de Fevereiro. Não ocorreram expulsões nesta data. Contudo, no dia 11 de Março, os residentes que tinham permanecido nos bairros de Cambamba I, Cambamba II, Banga Wé e 28 de Agosto foram informados pelo Chefe da Fiscalização da Administração Comunal do Futungo de Belas de que tinham até à noite seguinte para reunir os seus pertencentes e sair das suas habitações, pois as casas da área seriam demolidas. Ele informou alegadamente os residentes de que as expulsões eram necessárias para permitir o início da segunda fase do programa habitacional do projecto Nova Vida. Cerca das 09h30 da manhã do dia 13 de Março, agentes da Polícia Nacional e guardas de uma empresa de segurança privada, a Visgo, e outras pessoas vestidas à paisana chegaram a Cambamba II com bulldozers e demoliram 200 casas. Os residentes, na sua maioria mulheres, crianças e idosos, colocaram-se à frente das suas casas e recusaram-se a sair dali. Quando o director do projecto Nova Vida chegou no seu carro, alguns dos residentes alegadamente atiraram pedras ao mesmo, enquanto que outros atiraram objectos à polícia e guardas, que fugiram do local. A polícia e os guardas regressaram cerca das 11h30 da manhã, com cerca de 100 agentes da Polícia de Intervenção Rápida fortemente armados, que alegadamente saíram dos seus carros a disparar para o ar e para o solo. Eles espancaram e pontapearam residentes, incluindo uma mulher grávida, que começou a sofrer de hemorragias. Um menino de cerca de quatro anos de idade foi baleado e ferido no joelho e teve que ser conduzido ao hospital. Nove pessoas foram presas, aparentemente por resistirem às expulsões e foram todas libertadas sem culpa formada até ao final do dia seguinte. Os que foram presos incluíram quatro mulheres: Eunice Domingos, Amélia José Faustino, que tinha sido presa anteriormente, no dia 22 de Dezembro de 2005, Aida Cardoso e Isabel Miguel Francisco. Foi também preso um rapaz de 14 anos de idade. Membros do Escritório dos Direitos Humanos das Nações Unidas em Angola (OHCHR), Oxfam e SOS-Habitat e um jornalista da British Broadcasting Corporation (BBC) deslocaram-se à área e testemunharam as expulsões forçadas. Eles informaram a Amnistia Internacional que Eunice Domingos, Isabel Miguel Francisco e Aida Cardoso foram agredidas durante a sua detenção e mais tarde, na esquadra da polícia. Aida Cardoso, que estava grávida de oito meses, começou a perder sangue depois de ser pontapeada no ventre. Outra mulher, Luzia Chinepa, que não foi presa, foi também alegadamente espancada pela polícia durante as tentativas para a expulsar. Quatro homens foram alegadamente presos, incluindo Quartim Bimbi (que, juntamente com a sua esposa Amélia José tinha sido brevemente detido em Dezembro de 2005); Laurindo Catica, Domingos Ricardo e Eduardo Ngola. Dois homens que não foram presos foram também espancados: Bartolomeu Chabuco foi aparentemente espancado por sete agentes da polícia e José Mastona Pinto foi agredido na cabeça com a coronha de uma metralhadora. As expulsões efectuadas no mesmo dia, nos bairros de Cambamba I e Banga Wé, foram acompanhadas por uma violência semelhante. Em Cambamba I, onde 130 casas foram alegadamente demolidas, um guarda de uma empresa de segurança privada, brandindo uma arma automática AK 47,

17 Angola: Vidas em ruínas: expulsões forçadas continuam 13 alegadamente desenhou um semicírculo com disparos da sua arma em volta dos pés de um jovem quando este tentou fugir. O guarda de segurança e sete agentes da polícia cercaram depois o rapaz, bateram-lhe com uma mangueira e pontapearam-no. Várias mulheres foram presas, incluindo Domingas Manuela Batista, que estava grávida na altura, Helena André, Maria Ganga, Luciana Inácia e Leonora Martins Miguel. Estas últimas três mulheres foram presas com os filhos pequenos. Os que resistiram à prisão foram empurrados para o solo e agredidos, incluindo uma mulher que transportava um bebé às costas. Um homem, Alvarito Francisco Medina, foi também espancado e preso. A polícia prendeu ainda dois membros da SOS-Habitat, Manuel Pinto e Luís Araújo. Eles foram libertados pouco depois, aparentemente após a intervenção do pessoal do OHCHR em Angola. A polícia confiscou a câmara e um cartão de memória de um telemóvel dos activistas da SOS-Habitat. A câmara foi aparentemente devolvida posteriormente, mas o cartão de memória do telemóvel não tinha sido devolvido até à data da redacção deste relatório. A polícia interrogou e ameaçou também pessoal do OHCHR em Angola e da ONG Oxfam por estes serem, alegadamente, suspeitos de tirarem fotografias dos eventos. Segundo os relatos, funcionários do projecto Nova Vida regressaram aos quatro bairros no dia 15 de Março, acompanhados de agentes da Polícia Nacional, que aparentemente tentavam destruir todas as casas restantes e expulsar residentes que tivessem eventualmente regressado. Parece que esta tentativa foi infrutífera. No dia 29 de Março, fiscais da administração municipal, agentes da polícia e guardas de segurança privada regressaram a Cambamba I, onde cerca de 130 pessoas tinham permanecido após as expulsões forçadas de 13 de Março, e destruíram os abrigos que elas tinham reconstruído. Celeste N Gueve, que tinha alegadamente dado à luz três dias antes, assistiu ao enterramento de todos os seus pertencentes num buraco por um bulldozer. Jaime Francisco foi amarrado e levado pela polícia num carro. Foi libertado três horas mais tarde. No dia 24 de Abril de 2006, as Redes Integradas de Informação Regional (IRIN) das Nações Unidas 21 relataram que os residentes de Cambamba I e II se tinham concentrado no exterior da Assembleia Nacional nesse mês a fim de entregarem exposições individuais a um funcionário governamental. Foi relatado que o Governador Provincial de Luanda tinha estabelecido outra comissão de inquérito às expulsões forçadas. A Amnistia Internacional não tem conhecimento de quaisquer outros pormenores sobre esta comissão. A pedido de parlamentares da oposição, a 2 de Maio de 2006, o Primeiro-ministro compareceu na Assembleia Nacional a fim de responder a perguntas sobre as expulsões forçadas, em particular nos bairros de Cambamba. Ele explicou alegadamente que os bairros de Cambamba I e II tinham sido seleccionados para um projecto piloto de urbanização e que a Administração Municipal de Kilamba Kiaxi tinha consultado cerca de 100 ocupantes dos terrenos e os tinha registado para assegurar a sua elegibilidade para receberem compensação. Seguidamente ele acusou a SOS-Habitat de incitar 30 pessoas a construir abrigos na área após a conclusão do registo com o objectivo de receberem compensação indevidamente. E acrescentou que o Governador de Luanda tinha organizado uma reunião com estas 30 pessoas, mas que nenhuma delas tinha comparecido. Declarou ainda que todos os que estavam a ocupar legalmente os terrenos, nos termos do direito positivo ou do direito 21 Poor Shut out of New Life, IRIN, 24 de Abril de (acedido no dia 24 de Abril de 2006)

18 14 Angola: Vidas em ruínas: expulsões forçadas continuam consuetudinário, receberiam compensação. Contudo, segundo ele, o Governador de Luanda tinha decidido suspender o pagamento da compensação pois alguns indivíduos estavam a tentar tirar partido da situação para reclamar compensação que não lhes era devida 22. À data da redacção deste relatório, nenhumas das pessoas que tinham sido expulsas desta área tinham sido compensadas Expulsões forçadas resultantes de disputas de terras com a Igreja Católica Palanca, Sapú e Wenji Maka, três bairros do município de Kilamba Kiaxi, têm sido cenário de expulsões provocadas por disputas de terras entre os residentes e a Igreja Católica. As mais recentes destas expulsões ocorreram em Wenji Maka, onde expulsões forçadas ocorreram regularmente entre pelo menos Junho de 2004 e As expulsões forçadas em Palanca e Sapú ocorreram em 2003 e não serão discutidas em pormenor aqui. Aparentemente a Igreja Católica tem vindo a reclamar terras nestas áreas que tinha possuído antes da independência, mas que tinham sido desde então ocupadas. O governo devolveu oficialmente as terras à Igreja em 1998, em resposta a um pedido do anterior Papa João Paulo II durante a visita deste a Angola em A igreja tencionava construir uma universidade ou um santuário nestes terrenos. Alegadamente, ao conceder os terrenos ou a titularidade dos terrenos à Igreja Católica, as autoridades angolanas não tomaram em consideração as pessoas que já ocupavam essas terras. Por exemplo, no bairro de Palanca, um total de cerca de 59 casas, concluídas e por concluir, pertencentes a professores do internato 11 de Novembro foram alegadamente demolidas pela polícia em Agosto de Em Setembro e Dezembro de 2003, mais de 100 casas foram demolidas em Sapú, alegadamente por ordens do Governador Provincial de Luanda. Aproximadamente 90 agentes da polícia, armados de metralhadoras e outras armas pesadas, participaram nesta acção e alegadamente abriram fogo contra os residentes. Na altura, as autoridades provinciais e municipais afirmaram que muitos dos que foram expulsos eram agricultores que não tinham feito qualquer tentativa para obter a titularidade dos terrenos e que, embora os residentes afirmassem ter autorização do Ministério da Agricultura para cultivar a terra, não podiam receber o Título de Concessão do Terreno, pois o direito a cultivar a superfície não lhes dava o direito à terra. Wenji Maka As expulsões forçadas no bairro de Wenji Maka parecem ter começado em Junho de Desde então, têm-se verificado tentativas repetidas para expulsar as mais de famílias que vivem na área há vários anos, algumas há décadas, e para demolir as suas casas e destruir as suas hortas. A ocupação dos terrenos não impediu aparentemente o governo de os conceder à Igreja Católica, que aí tenciona construir um santuário. Expulsões forçadas foram executadas, aparentemente ao pedido da Igreja Católica, por agentes da polícia nacional do Comando da V Divisão, que regularmente prenderam, espancaram e atingiram a tiro residentes, ferindo gravemente alguns deles. 22 Governo denuncia aproveitamento indevido de indemnizações por expropriações, Notícias Lusófonas, 2 de Maio de 2006

19 Angola: Vidas em ruínas: expulsões forçadas continuam 15 Segundo uma comunicação enviada pelos camponeses de Wenji Maka e pela SOS-Habitat, no dia 21 de Junho de 2004, agentes da polícia da V Divisão, esquadra da polícia de Calemba II, demoliram um número indeterminado de casas na área, destruíram hortas e árvores e dispararam contra residentes que se opuseram às demolições. Sebastião Manuel foi atingido por quatro balas na perna direita. José Valentim foi também ferido na perna direita, enquanto José João Fernandes foi atingido a tiro na cabeça e perdeu a fala em consequência do ferimento. Contudo, não foi efectuada qualquer investigação a este grave incidente e nenhum agente da polícia foi levado a tribunal. Houve mais expulsões forçadas no ano seguinte. No domingo, 26 de Junho de 2005, cerca das 07h00 da manhã, 12 agentes da polícia da esquadra de Calemba II demoliram 4 casas pertencentes a João Nsudisu, Zua Cassule, Arcanjo Miguel e Sebastião Manuel. O último foi também alegadamente espancado. A polícia tinha ferido Sebastião Manuel a tiro na perna no decurso de expulsões forçadas um ano antes. Após demolir as quatro casas, a polícia abandonou a área, mas regressou cerca das 12h40 e demoliu três casas de zinco que tinham sido demolidas de manhã e reconstruídas. Um activista da SOS-Habitat, Rafael Morais, que já se encontrava na área quando a polícia chegou pela segunda vez, abordou o agente que se encontrava no comando e perguntou-lhe qual era a base legal das suas acções. A polícia respondeu prendendo-o e a um residente, Sérgio N Goma. Eles foram aparentemente conduzidos à esquadra da polícia de Calemba II. Ao tomar conhecimento destas prisões, Luís Araújo, Adriano Parreira, advogado, e dois membros da Comissão de Moradores de Wenji Maka conhecidos da Amnistia Internacional apenas pelos seus nomes próprios, Frederico e Amadeu, dirigiram-se à esquadra da polícia para se inteirarem do sucedido e foram também presos enquanto lá se encontravam. Na mesma altura, um grupo de cerca de 70 residentes de Wenji Maka reuniram-se no exterior da esquadra da polícia para protestar ruidosa mas pacificamente contra as demolições das suas casas. Cinco pessoas foram presas, incluindo três mulheres: Idalina Narciso dos Santos, Cecília Pedro Inácio, e Branca Dália, assim como Francisco Mulemba e Afonso André, que se encontravam aparentemente entre os manifestantes. Francisco Mulemba foi alegadamente agredido pela polícia na boca, costelas e pernas e necessitou de tratamento médico. Todos os detidos foram então conduzidos à sede da V Divisão da Polícia, onde foram interrogados por um agente policial de investigação criminal. Eles foram acusados de tentar invadir a esquadra da polícia de Calemba II, mas o agente da polícia ordenou posteriormente a sua libertação, aparentemente por falta de provas. No dia 30 de Julho de 2005, foram reportadas mais expulsões forçadas e demolições de casas e a polícia prendeu aparentemente 16 membros da comunidade de Wenji Maka e conduziu-os à esquadra da V Divisão da Polícia. Os 16 foram libertados no mesmo dia após a intervenção de Luís Araújo. Segundo relatos, foram também executadas expulsões forçadas e demolições de casas entre os dias 3 e 7 de Novembro. Estas foram efectuadas à noite (das 18h00 às 06h00), por vários agentes da polícia. No dia 3 de Novembro, estes demoliram alegadamente 25 casas. No dia seguinte, demoliram as mesmas casas que tinham sido reconstruídas pelas famílias. No dia 7 de Novembro, 21 agentes da polícia chegaram alegadamente a Wenji Maka de carro por volta das 19h15 e demoliram nove casas de zinco.

20 16 Angola: Vidas em ruínas: expulsões forçadas continuam A Amnistia Internacional escreveu à Igreja Católica, nomeadamente ao Arcebispo de Luanda, expressando a sua preocupação sobre estas expulsões forçadas e solicitando mais informação relativamente ao envolvimento da Igreja nas expulsões. Na sua resposta, numa carta enviada por fax à Amnistia Internacional, o Arcebispo de Luanda afirmou que a Igreja, ao reclamar a sua titularidade dos terrenos, tinha solicitado ao governo que fornecesse terras noutras áreas aos indivíduos afectados. O Arcebispo também alegou que, em muitos casos, indivíduos tinham construído nesses terrenos assim que descobriram que a Igreja planeava utilizá-los. A carta mencionava especificamente o caso de Palanca, onde, segundo ele alega, os professores do internato 11 de Novembro só construíram no terreno quando descobriram que a Igreja tencionava construir aí uma universidade. O Arcebispo justificou ainda as acções da Igreja dizendo summum ius summa iniuria (lei extrema, justiça extrema), ou, na interpretação do Arcebispo, a justiça absoluta pode desembocar em injustiça. A frustração das expulsões forçadas: uma mulher sentada sobre as ruínas da sua casa demolida. Particular, 2005 Não tinham sido reportadas mais expulsões forçadas nestas áreas à data da redacção deste relatório. Contudo, como os residentes destas áreas continuam a não ter titularidade dos terrenos, o risco de mais expulsões e outras violações dos direitos humanos em Wenji Maka e nas outras comunidades acima mencionadas persiste. 3. Lei Internacional e Nacional que proíbe as expulsões forçadas 3.1 Lei Internacional A Comissão de Direitos Humanos da ONU reconheceu que as expulsões forçadas constituem uma violação manifesta de uma série de direitos humanos, nomeadamente o direito a uma habitação condigna. 23 Como um Estado Parte do PIDESC, do PIDCP e da Carta Africana, Angola tem a obrigação de impedir e de se abster da prática das expulsões forçadas, assim como de tomar medidas, inclusivamente através de cooperação e assistência internacionais, para alcançar progressivamente a plena realização do direito a uma habitação condigna para todos, priorizando os mais vulneráveis. A expulsão forçada foi definida pelo Comité dos Direitos Económicos, Sociais e Culturais (CDESC) da ONU, como "a remoção permanente ou temporária de indivíduos, famílias e/ou comunidades das casas e/ou terras que ocupam, contra a vontade dos mesmos e sem que lhes seja oferecido recurso ou o acesso a formas apropriadas de protecção legal ou outra protecção". 24 O 23 Resolução da Comissão de Direitos Humanos da ONU 1993/77, parágrafo 1 24 CDESC, Comentário Geral Nº 7, O direito a uma habitação condigna (Art.11º (1) do Pacto): expulsões forçadas, parágrafo 3.

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