UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO - UFMT. Reitora Profª. Drª. Maria Lucia Cavalli Neder. Vice-Reitor Prof. Dr. Francisco José Dutra Solto

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1 GEOLOGIA, PETROGRAFIA E GEOQUÍMICA DO ENXAME DE DIQUES MÁFICOS (SUÍTE INTRUSIVA HUANCHACA) NA REGIÃO DE VILA BELA DA SANTÍSSIMA TRINDADE (MT) SW DO CRÁTON AMAZÔNICO.

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3 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO - UFMT Reitora Profª. Drª. Maria Lucia Cavalli Neder Vice-Reitor Prof. Dr. Francisco José Dutra Solto Pró-Reitora de Pós-Graduação Profª. Drª. Leny Caselli Anzai INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Diretor Prof. Dr. Edinaldo de Castro e Silva DEPARTAMENTO DE RECURSOS MINERAIS - DRM Chefe Prof. Dr. Paulo César Corrêa da Costa Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Geociências Prof. Dr. Denis de Jesus Lima Guerra Vice-Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Geociências Prof. Dr. Amarildo Salina Ruiz iv

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5 CONTRIBUIÇÕES ÀS CIÊNCIAS DA TERRA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO N 17 GEOLOGIA, PETROGRAFIA E GEOQUÍMICA DO ENXAME DE DIQUES MÁFICOS (SUÍTE INTRUSIVA HUANCHACA) NA REGIÃO DE VILA BELA DA SANTÍSSIMA TRINDADE (MT) SW DO CRÁTON AMAZÔNICO. Dinalva Brito Sécolo Orientador Profº. Dr. Amarildo Salina Ruiz Co-Orientadora Profª. Drª. Maria Zélia Aguiar de Sousa Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Geociências do Instituto de Ciências Exatas e da Terra da Universidade Federal de Mato Grosso como requisito parcial para a obtenção do Título de Mestre na Área de Concentração: Geologia do Pré- Cambriano. CUIABÁ Fevereiro vi

6 Universidade Federal de Mato Grosso Instituto de Ciências Exatas e da Terra Curso de Graduação em Geologia cursodegeologia@ufmt.br Departamento de Recursos Minerais Programa de Pós-Graduação em Geociências ppgec@ufmt.br Campus Cuiabá Avenida Fernando Corrêa, s/nº - Coxipó Cuiabá, Mato Grosso. Fone: (65) Os direitos de tradução e reprodução são reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser gravada, armazenada em sistemas eletrônicos, fotocopiada ou reproduzida por meios mecânicos ou eletrônicos, ou utilizada sem a observância das normas de direito autoral. Depósito Legal na Biblioteca Nacional Edição 1ª Catalogação elaborada pela Biblioteca Central do Sistema de Bibliotecas e Informação SISBIB Universidade Federal de Mato Grosso Sécolo, Dinalva Brito Geologia, Petrografia e Geoquímica do Enxame de Diques Máficos (Suíte Intrusiva Huanchaca) na Região de Vila Bela da Santíssima Trindade (MT) SW do Cráton Amazônico. [manuscrito]. / Dinalva Brito Sécolo 2011 xvi, 54f.; il. Color. (Contribuições às Ciências da Terra, série 1, vol. 1, n. 1). Orientador: Profº. Dr. Amarildo Salina Ruiz Co-Orientadora: Profª. Drª. Maria Zélia Aguiar de Sousa Dissertação (Mestrado). Universidade Federal de Mato Grosso. Instituto de Ciências Exatas e da Terra. Curso de Geologia. Programa de Pós-Graduação em Geociências. Área de Concentração: Geologia do Pré-cambriano 1. Enxame de diques máficos Dissertação. 2. SW do Craton Amazônico Dissertação. 3. Magmatismo Intracontinental Dissertação. 4. Suíte Intrusiva Huanchaca Dissertação. I. Universidade Federal de Mato Grosso. Departamento de Recursos Minerais. II. Título. CDU:... vii

7 Dedicatória Aos meus pais (Sebastião e Lindaura in memorian ), minhas eternas saudades!!! Ao meu esposo e filhos! viii

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9 AGRADECIMENTOS Minha imensa gratidão ao meu Deus por mais esta conquista na minha vida. Meus mais sinceros agradecimentos aos meus orientadores, professor Amarildo e professora Zélia que além de me orientar, me suportou estes meses que passei neste programa de mestrado (vocês são especiais para mim!!!). A Gabrielle, pessoa que aprendi além de admirar, acima de tudo respeitar, palavras me faltam para te agradecer. Meu abraço a amiga Eliza, sempre me dando forças, principalmente na descrição das lâminas, muito obrigado por tudo. Ao mestre e amigo Fernando Lisboa, muito obrigado, você faz parte desta vitória. x

10 SUMÁRIO AGRADECIMENTOS... x SUMÁRIO... xi RESUMO... xii ABSTRACT... xiii CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO APRESENTAÇÃO DO TEMA LOCALIZAÇÃO E VIAS DE ACESSO OBJETIVOS E JUSTIFICATIVAS MÉTODO DE TRABALHO... 3 CAPÍTULO 2 GEOLOGIA REGIONAL CRÁTON AMAZÔNICO SW DO CRÁTON AMAZÔNICO TERRENO PARAGUÁ TERRENO PARAGUÁ NA REGIÃO DE VILA BELA DA SANTÍSSIMA TRINDADE-MT ENXAME DE DIQUES MÁFICOS DO SW E SUL DO CRATON AMAZÔNICO CAPÍTULO 3 ARTIGO Resumo 14 Abstract 15 Introdução Contexto Geológico Regional Aspectos Geológicos Caracterização Petrográfica Caracterização Litoquímica Considerações Finais Agradecimentos Referências Bibliográficas CAPÍTULO 4 - CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS CAPÍTULO 5 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS xi

11 RESUMO O enxame de diques máficos da região de Vila Bela da Santíssima Trindade - SW do Cráton Amazônico - MT está geologicamente inserido no Terreno Paraguá, na Província Rondoniana- San Ignácio. Compreende um conjunto de diques que intrudem os granitóides e gnaisses do Complexo Granitóide Pensamiento. Petrograficamente classificado como diabásio e basalto, com largura que varia de centimétrica a métrica, encaixam-se em gnaisses e granitos, com orientação N90-70E. Suas características geoquímicas permitiram classificá-los como andesi-basaltos, subalcalinos, com afinidade toleítica, de ambiente intraplaca. De forma geral, os diques apresentam associação mineral dominada por plagioclásios, piroxênios e olivina, tendo como paragênese acessória anfibólios, titanita, opacos. Feições de alteração tardi-magmática são comuns nos diques, as quais são representadas por neoformação de fases minerais secundárias como sericita, epidoto/clinozoizita, iddingsita, bowlingita e carbonatos, os máficos são representados pelos anfibólios, biotita, clorita, serpentina, talco, e opacos.

12 ABSTRACT The swarm of mafic dikes in the region of Vila Bela Trinity-SW Amazon Craton - MT Field is geologically inserted Paragua, Province Rondonian-San Ignacio. Includes a number of dikes that intrude the granitic gneiss and granitoid Pensamiento Complex. Petrographically classified as diabase and basalt, with a width that varies from centimetric to metric, fit in gneiss and granite, with direction N90-70E. Their geochemical characteristics allowed to classify them as andesibasalt, sub-alkaline, tholeiitic affinity, intraplate environment. In general, the dykes have mineral assemblages dominated by plagioclase, pyroxene and olivine, with the paragenesis accessory amphibole, titanite, opaque, Features of late-magmatic alteration are common in the dikes, which are represented by neoformation of secondary mineral phases such as sericite, epidote / clinozoizita, iddingsita, bowlingita and carbonates, mafic are represented by amphibole, biotite, chlorite, serpentine, talc and opaque. iii

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15 1.1 - APRESENTAÇÃO DO TEMA CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO A origem dos enxames de diques máficos no interior dos continentes tem sido atribuída a esforços tracionais associados ao desenvolvimento de rifts continentais, á interação de placas tectônicas ou a hot spots no manto subcontinental, Halls 1982, Windley O magmatismo máfico normalmente evidenciado pelos enxames de diques, soleiras e derrames é um importante indicador dos eventos ou processos tectônicos relacionados à extensão litosférica e à ruptura da crosta continental. Adicionalmente, o estudo petrológico deste tipo de evento ígneo fornece informações sobre a natureza e evolução do manto terrestre ao longo do tempo geológico. O SW do Craton Amazônico apresenta diversas ocorrências de diques e soleiras máficas distribuídas nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no oriente da Bolívia, que são atribuídas ao período toniano. Em território boliviano Litherland et al. (1986) descrevem os diques e sills nas regiões da Serra de Huanchaca e de Marrímia, enquanto no Brasil Araújo et al. (1982), Araújo et al. (2005), Ruiz et al. (2005, 2007, 2009a, 2010a), Corrêa da Costa et al. (2008, 2009), Sécolo et al. (2008), Lima (2008), D`Agrella Filho et al. (2010) relatam idêntico magmatismo em Mato Grosso (Vila Bela da Santíssima Trindade, Salto do Céu e Nova Lacerda) e Mato Grosso do Sul (Porto Murtinho e Caracol). Ruiz et al. (2009a e 2010a) sugerem que todos estes corpos máficos constituem uma LIP (Large Igneous Province) formada entre 950 a 900 Ma LOCALIZAÇÃO E VIAS DE ACESSO A área de estudo situa-se na região sudoeste do Estado de Mato Grosso, nas imediações do município de Vila Bela da Santíssima Trindade, na porção SW da Serra de Ricardo Franco; contida nos domínios da Folha Casalvasco (SD Z - D II), na escala de 1: , delimitada pelas seguintes coordenadas geográficas: 14º S e 60º W; 15º S e 59º W, a 500 km da capital. Por via terrestre, a partir de Cuiabá, o acesso é feito pela BR 070 percorrendo 234 km até o município de Cáceres. Segue-se então pela rodovia BR- 174, obtém-se o acesso ao município de Pontes e Lacerda, que a partir deste, em um percurso de 77 km pela Rodovia Estadual MT-246, ambas pavimentadas, alcança-se o município de Vila Bela da Santíssima Trindade. A partir deste município, segue-se em diversas estradas não pavimentadas 1

16 que dão acesso às Fazendas Guaporeí, Shangri-lá e Sagrado Coração e permitem amplo acesso a área de estudo. Figura 1 - Mapa de localização da área de estudo OBJETIVOS E JUSTIFICATIVAS O presente estudo tem o propósito de caracterizar, a partir do mapeamento geológico, o magmatismo básico representado pelo enxame de diques máficos na região de Vila Bela da Santíssima Trindade, Suíte Intrusiva Huanchaca. Pretende-se, a partir do mapeamento geológico da região de Vila Bela da Santíssima Trindade, caracterizar a evolução petrológica, litoquímica e tectônica do episódio magmático de natureza básica relacionado à fase terminal/final do Cinturão Orogênico Aguapeí, evoluído durante o período Esteniano-Toniano. Para tal propósito será feita uma abordagem multidisciplinar, envolvendo a aplicação da análise petrográfica, litogeoquímica, análise estrutural dos diques máficos alojados no embasamento do Grupo Aguapeí. Os objetivos específicos são: 2

17 - Cartografia geológica dos diques máficos e suas encaixantes em Vila Bela da Santíssima Trindade), resultando em mapa geológico de parte das Folhas Ricardo Franco e Casalvasco; - Mapeamento petrográfico-faciológico de diques máficos melhor expostos, resultando em documento cartográfico com a posição dos diques máficos da região de Vila Bela; - Caracterização do estilo de deformação do Grupo Aguapeí e do embasamento nas áreas de colocação dos corpos máficos, o que permitiu a definição da relação encaixante X diques e forma de alojamento das intrusões; - Investigação da petrogênese dos diques, com a utilização de dados litogeoquímicos (elementos maiores, traços e terras raras) e estabelecendo provável ambiente tectônico de geração do mesmo e sua relação com a Tectônica Global. A relevância científica do presente trabalho pode ser considerada segundo os seguintes aspectos: A região objeto deste estudo apenas foi caracterizada na escala regional (1: ) pelo Projeto Radambrasil (Santos et al. 1979), permanecendo, ainda hoje, quase intocada sob o ponto de vista dos levantamentos geológicos no setor SW de Mato Grosso, região de Vila Bela da Santíssima Trindade; O estudo do episódio ígneo formador dos diques máficos alojadas no Grupo Aguapeí, permitirá compreender os processos geológicos e o ambiente geodinâmico dominante no SW do Cráton Amazônico ao final do Período Toniano, durante o estágio de ruptura do Supercontinente Rodínia; 1.4 MÉTODO DE TRABALHO Para alcançar os objetivos estabelecidos neste projeto de pesquisa foram empregadas as seguintes ações/etapas de trabalho: Etapa Preliminar (Precedeu às fases de coleta de dados de campo e laboratório) Levantamento e estudo do acervo bibliográfico; Digitalização dos mapas-base na escala conveniente; Confecção de um banco de dados preliminar utilizando-se o software Arc View 9. Interpretação foto-geológica das áreas-chave, utilizando-se das fotografias aéreas na escala 1: (FAB/USAF), imagens de radar e satélite. 3

18 Descrição petrográfica preliminar do acervo de amostras e lâminas de diques máficos da Suíte Huanchaca do Grupo de Pesquisa em Evolução Crustal e Tectônica. Etapa de Coleta de Dados (Trabalhos de Campo) Mapeamento geológico sistemático na escala regional Cartografia geológica sistemática nas imediações do município de Vila Bela da Santíssima Trindade, a localização dos afloramentos foi feita com o emprego de um aparelho GPS (Global Position System) GARMIN e-trex H; Coleta de amostras de rocha para a confecção de seções delgadas a serem utilizadas nas análises petrográficas, e posterior seleção para as investigações litogeoquímicas; Coleta sistemática de dados estruturais, os quais foram tomados com bússola da marca Breithaup, e as anotações foram realizadas segundo a sistemática Clar-Viena, determinando o valor do mergulho e o sentido do mergulho dos diques máficos. Etapa de Coleta de Dados (Trabalhos em Laboratório) Análises Petrográficas Estudo qualitativo envolvendo a descrição macro e microscópica detalhada das amostras de rocha, visando à caracterização da sua composição mineralógica, feições texturais e estruturais; Estudo quantitativo da composição mineralógica das amostras representativas das unidades litológicas mapeadas, através de análises modais com contagem em micro e macro escala; Foram descritas 34 lâminas delgadas, utilizando o microscópio petrográfico modelo binocular, BX50, marca Olympus do Laboratório de Análises Petrográficas do Departamento de Recursos Minerais da UFMT. Preparação de amostras Preparação de pó de rocha (pulverização) para análise química de rocha total (elementos maiores, menores, traços e terras-raras); Foram selecionadas 10 amostras para análises químicas de rochas. As amostras foram 4

19 inicialmente britadas, quarteadas e separadas 250 gramas de cada amostra no Laboratório de Preparação de Amostras do Departamento de Recursos Minerais da Universidade Federal de Mato Grosso e enviadas para o Laboratório de Análises Acme Analytical Laboratories (Acmelab), Vancouver Canadá, por ICP-MS (Inductive Coupled Plasma) e ICP-ES (Inductive Coupled Plasma). Análises Litogeoquímicas Foi determinada a composição química (elementos maiores, menores, traços e terrasraras) em rocha total (RT) dos diques máficos. Os resultados foram empregados na interpretação da filiação geoquímica e na discriminação do ambiente tectônico gerador do enxame de diques. As análises geoquímicas foram realizadas no Laboratório de Análises Acme Analytical Laboratories (Acmelab), Vancouver Canadá, por ICP-MS (Inductive Coupled Plasma) e ICP-ES (Inductive Coupled Plasma). Foram analisados os óxidos maiores (SiO2, Al2O3, Fe2O3, MgO, CaO, Na2O, K2O, TiO2, P2O5, MnO e Cr2O3) cujo método de abertura empregado foi a fusão com metaborato de lítio com determinação por ICP-ES. Os elementos menores e traços (Ba, Nb, Ni, Sr, Sc, Y e Zr) e os Elementos Terras Raras também foram analisados e o método de abertura usado foi com metaborato de lítio com determinação por ICP-MS. Etapa de Tratamento e Sistematização dos Dados Obtidos Tratamento dos dados estruturais com emprego do software StereoNet; optou-se por apresentar os dados de orientação dos diques através dos diagramas de roseta; Elaboração de ilustrações e gráficos utilizando-se dos softwares CorelDraw X3; Tratamento dos dados de química de rocha com a utilização dos softwares Newpet e Minpet; Elaboração de cartas geológica regional com destaque para a localização dos diques e sua orientação, no âmbito das folhas topográficas Casalvasco e Ricardo Franco; Etapa de Conclusão e Divulgação dos Resultados Elaboração dissertação de mestrado; Participação em Eventos de Divulgação Científica (Simpósios e Congressos) 5

20 Publicação em periódicos especializados de circulação nacional. Defesa Pública da Dissertação de Mestrado. 6

21 CAPÍTULO 2 GEOLOGIA REGIONAL Com o propósito de situar o enxame de diques máficos estudados neste trabalho, será apresentada a seguir uma breve caracterização do Cráton Amazônico, particularmente da região onde encontram-se alojados os diques da Suíte Intrusiva Huanchaca, o Terreno Paraguá. Posteriormente será apresentado um sumário com as características geológicas das principais ocorrências de diques e soleiras máficas provavelmente cronocorrelatas ao Enxame de Diques Huanchaca CRÁTON AMAZÔNICO O Cráton Amazônico localiza-se na parte norte da América do Sul, sendo circundado a leste, sul e sudoeste por faixas móveis neoproterozóicas. Adota-se a proposta de Tassinari & Macambira (2004), onde foram individualizadas seis províncias geocronológicas que são: Amazônia Central - (2,5 Ga), Maroni-Itacaiunas - (2,2-1,95 Ga), Ventuari-Tapajós - (1,95-1,8 Ga), Rio Negro- Juruena - (1,8-1,55 Ga), Rondoniana-San Ignácio - (1,56-1,3 Ga) e Sunsás - (1,3-1,0 Ga). O enxame de diques máficos em estudo situa-se na Província Rondoniana-San- Ignácio. É dividido pelos Escudos Brasil-Central e o Escudo das Guianas, separados pelas rochas sedimentares da Bacia paleozóica do Amazonas e limitado por cinturões orogênicos neoproterozóicos. Formado pela acresção de terrenos durante os eons Arqueano e Proterozóico, a partir da Província Amazônia Central, possui a maior parte de suas rochas expostas em território brasileiro, estendendo-se em direção á Bolívia, Guiana, Suriname, Venezuela, Colômbia e Paraguai. (Cordani et al. 1979, Teixeira & Tassinari 1984, Tassinari & Macambira 1999, Tassinari et al. 2000, Geraldes 2000, Santos et al e Cordani e Teixeira 2007). Almeida (1974) foi o precursor nos levantamentos geológicos do Cráton Amazônico no Brasil, precedido por várias contribuições e propostas de compartimentação e de modelos evolutivos, onde dentre outros se destacam: Cordani et al. 1979, Cordani & Brito Neves 1982, Teixeira et al. 1989, Lima 1984, Santos et al. 2000, Santos & Louguercio 1984, Amaral 1984, Tassinari 1996, Costa & Hasui 1997, Tassinari & Macambira

22 Ruiz et al. (2005) propuseram o posicionamento do Maciço Rio Apa como extremo sul do Cráton Amazônico, diferindo então do modelo de Tassinari et al. (2000), principalmente por admitir que o Maciço Rio Apa pertença fisicamente ao Cráton Amazônico que no Brasil, aflora no Estado de Mato Grosso do Sul e Paraguai. Figura 2 - Localização da área estudada no mapa de compartimentação geocronológica e tectônica do Cráton Amazônico, considerando o Terreno Rio Apa como seu extremo meridional (Extraído de Ruiz 2005). 8

23 SW DO CRÁTON AMAZÔNICO A porção sudoeste do Cráton Amazônico, no Estado de Mato Grosso possui expressivos registros tectono-metamórficos que se estendem do paleo ao neoproterozóico (1.30 Ga e 0.95 Ga) (Ruiz 2009). A região, que do ponto de vista geológico, pouco contemplada por pesquisas sistemáticas de detalhes é constituída por assembléias litológicas que retratam a evolução crustal anterior à deposição do Grupo Aguapeí, seguida por intrusões ácidas e básicas, sem registro de efeitos da Orogenia Sunsás (0,9 a 1,1 Ga). (Ruiz, 2005). Vários autores contribuíram com diferentes propostas de compartimentação tectonoestratigráficos para o SW do Cráton Amazônico, dos quais podemos citar: Monteiro et al. (1986), Saes & Fragoso César (1996), Saes (1999), Geraldes (2000) e Geraldes et al (2001). Baseado em dados recentes de campo, geocronológicos (U-Pb, Ar-Ar e Sm-Nd), geoquímicos e informações pré-existentes, Ruiz (2005) propôs a compartimentação do SW do Cráton Amazônico em cinco Domínios Tectônicos: Cachoeirinha, Jauru, Rio Alegre, Santa Bárbara e Paraguá. Esta proposta de compartimentação em Domínios Tectônicos foi atualizada por (Ruiz 2009), que subdividiu a porção sudoeste do Cráton Amazônico em Mato Grosso, em cinco blocos crustais denominados de Terrenos Nova Brasilândia, Alto Guaporé, Jauru, Rio Alegre e Paraguá, sendo esta denominação adotada neste trabalho. O enxame de diques estudados neste trabalho encontra-se alojado em rochas do Terreno Paraguá, cujas características geológicas são resumidas a seguir TERRENO PARAGUÁ No presente trabalho acompanhamos a definição do Terreno Paraguá estabelecida por Ruiz (2009) e Bettencourt et al. (2010), ou seja, este terreno é um fragmento crustal Estateriano (1.8 a 1.65 Ga), retrabalhado em dois ciclos orogênicos distintos: a Orogenia San Ignácio (1.4 a 1.3 Ga) e Sunsás (1.0 a 0.9 Ga), em contraposição ao conceito original do cráton Paraguá de Litherland et al. (1986). O Terreno Paraguá, no sentido adotado neste trabalho, corresponde a um fragmento crustal limitado a leste com o Terreno Rio Alegre, por meio da Zona de Cisalhamento Santa Rita (Ruiz 2005), a norte e oeste é recoberto por coberturas sedimentares fanerozóicas e a sul é parcialmente encoberto pelos Grupos Tucavaca e Murciélago depositados no aulacógeno neoproterozóico Tucavaca-Chiquitos. 9

24 Seguindo a proposição de Ruiz (2009) e Bettencourt et al. (2010) o Terreno Paraguá é formado por um embasamento Paleoproterozóico constituído pelo Complexo Granulítico Lomas Manechis, Complexo Gnáissico Chiquitania e Grupo San Ignácio e intrusões Mesoproterozóicas do Complexo Pensamiento. A Orogenia Sunsás (1.0 a 0.9 Ga) afeta parcialmente o Terreno Paraguá gerando dois domínios de retrabalhamento tectono-metamórfico do embasamento, as Faixas Móveis Sunsás e Aguapeí e uma vasta área preservada da ação deformacional e metamórfica desta orogenia, a qual corresponde ao Cráton Paraguá segundo a definição original de Klinck & Litherland (1982) e Litherland et al. (1986) (Fig.3) TERRENO PARAGUÁ NA REGIÃO DE VILA BELA DA SANTÍSSIMA TRINDADE-MT Os trabalhos pioneiros sobre o embasamento do Grupo Aguapeí na região de Vila Bela caracterizaram um conjunto de gnaisses, anfibolitos e granitos agrupados como Complexo Xingu (Santos et al. 1979). Recentemente, Ruiz (2005), distingue na base da serra de Ricardo Franco, um corpo intrusivo máfico-ultramáfico, não metamorfisado, como Suíte Intrusiva Guará, recortado, por sua vez por diques de granada muscovita granitos, denominado Granito Vila Bela. Ruiz et al. (2007 e 2009) apresentam, com base nos dados de mapeamento geológico em escala de semi-detalhe e resultados geocronológicos (U-Pb e Pb-Pb) uma proposta de empilhamento cronoestratigráfico para o embasamento do Grupo Aguapeí, onde distinguem uma unidade supracrustal mais antiga composta por anfibolitos e paragnaisses denominada Complexo Metamórfico Ricardo Franco, ortognaisses graníticos a tonalíticos, Gnaisses Shangri-lá e Turvo, granitos deformados, Guaporeí, Cascata e Fronteira) e granitos isotrópicos a levemente orientados, Granito Passagem. Jesus et al. (2010), Nalon et al. (subm.) e Figueiredo et al. (subm.) apresentam novos dados geocronológicos, geoquímicos e estruturais caracterizando respectivamente o Granito Passagem, o Granito Guaporeí e o Gnaisse Turvo. 10

25 Figura 3 - Configuração tectônica do SW do Cráton Amazônico no extremo ocidente do estado de Mato Grosso (Extraído de Ruiz 2009) ENXAME DE DIQUES MÁFICOS DO SW E SUL DO CRATON AMAZÔNICO Os enxames de diques máficos têm sido utilizados como importantes ferramentas para estudos tectônicos regionais. No SW do Cráton Amazônico, alguns registros ígneos desta natureza, foram alvo de estudos desde o oriente boliviano, passando pelo Estado de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, Ruiz et al. (2009, 2010) apresentam uma resenha destas intrusões máficas parcialmente 11

26 reproduzida a seguir e, na figura 4 estão discriminados os enxames de diques e soleiras máficas do S-SW do Cráton Amazônico. O Enxame de Diques Rancho de Prata, segundo Ruiz (2005), corresponde a um conjunto de corpos máficos, com direções entre N30-50W, formado por diabásios maciços de textura ofítica a sub-ofítica expostos na região de Nova Lacerda MT. Enxame de Diques Huanchaca está localizado na região limite entre Brasil e Bolívia, compreende um conjunto de diques máficos formados por diabásios maciços, de granulação fino a muito fino, texturas equi a inequi-granulares, sub-ofítica a ofítica, com direções que variam entre N40-60 E e segundo Litherland et al. (1986), idade de resfriamento (K-A) 888±20 a 845±19 Ma. O Enxame de Diques Rio Perdido ocorre na região de Caracol e Porto Murtinho (MS) é constituído por diabásios e microgabros maciços, com idade K-Ar de 914±9 Ma para os diabásios Araújo et al. (1982). Como os diques da região de Vila Bela (MT), exibem direção dominante EW e mergulhos elevados, principalmente verticais. Tabela 1 - Sinóptico das informações geológicas e geocronológica do magmatismo básico toniano.*barros et al. 1982, ** Santos et al. 1979,***Litherland et al.1986,**** Corrêa da Costa et al. (2009), Del`Arco et al. (1982). Suíte Intrusiva Rio Perdido (Ruiz et al. 2009) Suíte Intrusiva Salto do Céu (Araújo et al. 2005) Suíte Intrusiva Rancho de Prata (Ruiz et al. 2005) Suíte Intrusiva Huanchaca (Litherland et al. 1986) Área tipo Caracol (MS) Salto do Céu (MT) Nova Lacerda (MT) Serra Huanchaca Vila Bela (MT- Forma de ocorrência Orientação BR) Enxame de diques Soleiras Enxame de diques Soleiras Enxame de diques N50-70E Verticais Sub-horizontais N30-40W Verticais Sub-horizontais N60-80E Verticais Estrutura Maciça Maciça Maciça Maciça Maciça Composição Diabásios e gabros Diabásios e gabros Diabásios Gabros Diabásios Idade (Ma) K-Ar 914 ± a 936* 1300**** (Rb-Sr) ** 918±20*** 845±19*** 888±20*** 12

27 Figura 4 - Mapa Tectônico do Sul/Sw do Cráton Amazônico com a colocação dos diques máficos em MT e MS. (Extraído de Ruiz et al. 2010). 13

28 CAPÍTULO 3 ARTIGO GEOLOGIA, PETROGRAFIA E GEOQUÍMICA DO ENXAME DE DIQUES MÁFICOS DA REGIÃO DE VILA BELA DA SANTÍSSIMA TRINDADE (MT) SUÍTE INTRUSIVA HUANCHACA - SW DO CRATON AMAZÔNICO Dinalva Brito SECOLO 1, Amarildo Salina RUIZ 2, Maria Zélia Aguiar de SOUSA 3, Gabrielle Aparecida de LIMA 1 (1) Programa de Pós-Graduação em Geociências, Instituto de Ciências Exatas e da Terra, Universidade Federal de Mato Grosso. Avenida Fernando Corrêa s/n - Bairro Coxipó. CEP Cuiabá, MT. Endereços eletrônicos: dinalvabrito@gmail.com, gabilimagel@gmail.com (2) Departamento de Geologia Geral, Instituto de Ciências Exatas e da Terra, Universidade Federal de Mato Grosso. Avenida Fernando Corrêa s/n - Bairro Coxipó. CEP Cuiabá, MT. Endereço eletrônico: asruiz@gmail.com (3) Departamento de Recursos Minerais, Instituto de Ciências Exatas e da Terra, Universidade Federal de Mato Grosso. Avenida Fernando Corrêa s/n - Bairro Coxipó. CEP Cuiabá, MT. Endereço eletrônico: prof.mzaguiar@gmail.com Introdução Contexto Geológico Regional Aspectos Geológicos Caracterização Petrográfica Caracterização Litoquímica Considerações Finais Agradecimentos Referências Bibliográficas RESUMO - O enxame de diques máficos da Suíte Intrusiva Huanchaca constitui conjunto de corpos tabulares, paralelos, aflorantes na região de Vila Bela da Santíssima Trindade, SW de Mato Grosso. O propósito deste trabalho é baseado nos dados geológicos, petrográficos e geoquímicos, contribuir para o entendimento do magmatismo fissural ocorrido no intervalo de 0.95 a 0.85 Ga, no Craton Amazônico. No contexto geotectônico, o enxame estudado é considerado como parte de evento magmático, intracontinental, que afetou o sul/sudoeste do Craton Amazônico, envolvendo o Brasil, Bolívia e Paraguai. Os diques variam entre 0,5 a 25m de espessura, encaixam-se em gnaisses e granitos do Terreno Paraguá, orientam-se segundo a N90-70E e são constituídos por diabásios e basaltos. Os diabásios apresentam texturas inequigranular, sub-ofítica a subordinadamente ofítica, granulação fina a média, enquanto nos basaltos domina a 14

29 textura porfirítica, glomeroporfirítica, vitrofírica e, de modo secundário, intersertal a hialofítica. Geoquimicamente classificam-se como andesi-basaltos formados a partir de um magmatismo de natureza subalcalina de afinidade toleítica com enriquecimento em FeO t, típicos de basaltos intraplaca. Os dados obtidos, associado, às informações geocronológicas disponíveis, indicam que os diques fazem parte do magmatismo fissural, intracontinental, provavelmente relacionado a ruptura do Supercontinte Rodínia e à formação de uma Large Igneous Province Toniana. Palavras-chaves: Enxame de diques máficos, Craton Amazônico, Geoquímica, Magmatismo Intracontinental, Suíte Intrusiva Huanchaca. ABSTRACT D.B. Sécolo, A.S. Ruiz, M.Z.A. de Sousa, G.A. de Lima Geology, Petrography and Geochemistry of the Mafic Dike Swarms of the Vila Bela da Santíssima Trindade (MT) Region - Intrusive Suite Huanchaca - SW Amazon Craton. The mafic dike swarm of Huanchaca Intrusive Suite is set of tabular bodies, parallel, outcropping in the Vila Bela da Santíssima Trindade, SW Mato Grosso. The purpose of this study is based on geological, petrographic and geochemical data, contribute to the understanding of the fissural magmatism occurred in the interval 0.95 to 0.85 Ga, in the Amazon craton. In geotectonic context, the swarm studied is considered as part of the intracontinental magmatic event, which affected the south / southwest Amazon Craton, involving Brazil, Bolivia and Paraguay. The dikes range from 0,5 to 25m thick, fit into gneisses and granites of the Paragua Terrane, trend according to N90-70E and consist of diabase and basalt. The diabases presents textures inequigranular, subordinate sub-ophitic ophitic, fine to medium grained, whereas in the porphyritic basalts dominate, glomeroporphyritic, vitrophyric and, secondarily, intersertal to hialophytic. Geochemically classified as andesibasalts formed from a magmatic nature of subalkaline tholeiitic affinity enrichment with FeO t typical of intraplate basalts. The data associated to the geochronological information available indicates that the dikes are part of the fissural magmatic, intracontinental, probably related to break-up of Supercontinte Rodinia and the formation of a Tonian Large Igneous Province. Keywords: Mafic dykes swarms, Amazonian Craton, Geochemistry, Intracontinental magmatism, Huanchaca Intrusive Suite. INTRODUÇÃO O magmatismo máfico normalmente evidenciado pelos enxames de diques, soleiras e derrames é um importante indicador dos eventos ou processos tectônicos relacionados à extensão litosférica e à ruptura da crosta continental. Adicionalmente, o estudo petrológico deste tipo de evento ígneo fornece informações sobre a natureza e evolução do manto terrestre ao longo do tempo geológico. O SW do Craton Amazônico apresenta diversas ocorrências de diques e soleiras máficas distribuídas nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no oriente da Bolívia, que são atribuídas ao período toniano. Em território boliviano Litherland et al. (1986) descrevem os diques e sills nas regiões da Serra de Huanchaca e de Marrímia, enquanto no Brasil Araújo et al. (1982), Araújo et al. (2005), Ruiz et al. (2005, 2007, 2009, 2010a), Corrêa da Costa et al. (2008, 2009), Sécolo et al. (2008), Lima (2008), D`Agrella Filho et al. (2010) relatam idêntico 15

30 magmatismo em Mato Grosso (Vila Bela da Santíssima Trindade, Salto do Céu e Nova Lacerda) e Mato Grosso do Sul (Porto Murtinho e Caracol). Ruiz et al. (2009a e 2010a) sugerem que todos estes corpos máficos constituem uma LIP (Large Igneous Province) formada entre 950 a 900 Ma. Este trabalho apresenta e discute o acervo de dados geológicos, petrográficos e geoquímicos obtidos a partir do estudo de diques máficos, da Suíte Intrusiva Huanchaca, que ocorrem na região de Vila Bela da Santíssima Trindade (MT), com o propósito de contribuir para a compreensão da evolução deste magmatismo fissural que afeta o sudoeste do Craton Amazônico. CONTEXTO GEOLÓGICO REGIONAL O SW do Craton Amazônico exibe uma história evolutiva complexa atestada pelo arranjo de terrenos justapostos ao longo de sucessivas orogenias paleo a mesoproterozóicas. No trecho exposto no SW de Mato Grosso, sul de Rondônia e leste boliviano, agrupam-se na Província Rondoniana-San-Ignácio ( Ga) os terrenos Alto Guaporé, Jauru, Rio Alegre e Paraguá (Ruiz 2009, Bettencourt et al. 2010). Sobre estes terrenos depositou-se em discordância erosiva, por volta de 1.15 Ga (Santos et al. 2005), uma cobertura siliclástica intracontinental representada pelas formações Fortuna, Vale da Promissão e Morro Cristalina, do Grupo Aguapeí (Saes 1999, Ruiz 2005 e Teixeira et al. 2010). Após a evolução desta bacia sedimentar novo episódio orogênico afetou o SW do Craton Amazônico, sendo o responsável pela implantação dos cinturões móveis Sunsás e Aguapeí (Fig. 01) e, como conseqüência, a consolidação do Supercontinente Rodínia. Apesar de escassos, os dados geocronológicos K-Ar e Ar-Ar disponíveis indicam que esses enxames de diques e soleiras correspondem a um amplo e importante evento magmático ocorrido após a orogenia Sunsás, entre o intervalo de 0.9 a 0.85 Ga. A figura 1 indica a localização da região estudada e ilustra a distribuição dos corpos ígneos relacionados a este magmatismo máfico intracontinental, que afeta toda a porção sul e sudoeste desse craton. 16

31 Figura 01. Mapa de localização das ocorrências de diques e soleiras tonianos no S-SW do Cráton Amazônico, com destaque para a localização da área estudada (Extraído de Ruiz et al. 2010b). ASPECTOS GEOLÓGICOS Os diques máficos estudados ocorrem no Terreno Paraguá, em sua porção não afetada pelo retrabalhamento crustal provocado pela orogenia Sunsás, e têm como encaixantes os granitos Guaporeí e Passagem do Complexo Granitóide Pensamiento e ortognaisses Shangri-lá e Turvo do Complexo Metamórfico Chiquitania. Os ortognaisses Turvo e Shangri-lá exibem registros deformacionais e metamórficos complexos indicando a sua natureza polideformada, sendo que a trama estrutural dominante é marcada pela transposição do bandamento gnáissico, segundo o trend N30-50W, que coincide com a direção da foliação tectônica impressa nos granitóides do batólito Guaporeí (Nalon et al. subm., Figueiredo et al. subm.). O mapa geológico ilustra a localização e as relações de campo dos principais diques estudados na região das Fazendas Guaporeí, Shangri-lá e Sagrado Coração, em Vila Bela da Santíssima Trindade (Fig.02). 17

32 Figura 02. Mapa geológico do Craton Amazônico na região de Vila Bela da Santíssima Trindade, SW de Mato Grosso. Destaque para a localização dos diques máficos estudados, da Suíte Intrusiva Huanchaca (Modificado de Ruiz et al. 2009b). Na região estudada, foram reconhecidos em torno de vinte diques máficos alojados no embasamento do Grupo Aguapeí, no entanto, o grau de intemperismo local permitiu que apenas alguns corpos pudessem ter seus contatos, espessura, composição e estrutura efetivamente reconhecidas e descritas. Os diques podem aflorar em pequenas e descontínuas cristas orientadas segundo a direção NEE ou como blocos arredondados a angulosos (Fig. 03A), isolados no terreno graníticognáissico. As intrusões são verticais a subverticais, de contatos abruptos e retos com as encaixantes (Fig. 03B) e de espessuras variáveis, com corpos muito estreitos, cerca de 0,5 m, até muito largos, por volta de 25 m, dominando no entanto, aqueles de 1 e 3 m. As rochas que constituem esses diques são isotrópicas, de cor cinza-escuro a cinza-esverdeado, com granulação variando da margem para a porção central do corpo de muito fina ou quase vítrea a média, respectivamente, identificadas como basaltos e diabásios. 18

33 Figura 03. A) Forma de ocorrência dos diques. B) Detalhe do contato de um dique de diabásio com o Granito Guaporeí, destacando-se o elevado ângulo entre a parede do dique e a foliação da encaixante. Os diques apresentam um arranjo paralelo, cuja direção preferencial varia entre N90-70E e os mergulhos íngremes, situados entre 80º e 90º, pendem ora para NW ora para SE, como ilustra o diagrama de roseta com a direção dos diques (Fig. 04). Por outro lado, a orientação das foliações (xistosidade e bandamento gnáissico) das rochas encaixantes situam-se entre N30-50W, o que confere uma forte discordância entre a direção dos diques e o trend regional do embasamento metamórfico. Figura 04. Diagrama de roseta obtido para os diques máficos de Vila Bela da Santíssima Trindade (32 medidas). CARACTERIZAÇÃO PETROGRÁFICA A partir do estudo de trinta e quatro lâminas delgadas, que consistiu de descrição de texturas, paragêneses primária e de alteração, foi possível a caracterização petrográfica dos litotipos 19

34 pertencentes ao enxame de diques da Suíte Intrusiva Huanchaca. Essas rochas classificam-se como diabásios e basaltos respectivamente holo e hipocristalinos, constituídos essencialmente por plagioclásios, piroxênios e olivina, tendo como paragênese acessória anfibólios, titanita, opacos, apatita e, por vezes nos diabásios, feldspato alcalino e quartzo em intercrescimento gráfico (Figs. 06D e 06E), como possível produto de devitrificação. Os minerais de alteração do plagioclásio compreendem sericita, epidoto/clinozoizita, calcita e/ou argilo-minerais, enquanto os dos máficos correspondem aos anfibólios, biotita, clorita, serpentina, talco, iddingsita/boulingita e opacos. Ao exame óptico, os diabásios apresentam texturas inequigranular, sub-ofítica a subordinadamente ofítica (Figs. 06A e 06B), granulação fina a média, enquanto nos basaltos domina a textura porfirítica, glomeroporfirítica (Fig. 05E), vitrofírica (Figs. 05A e 05B) e, de modo secundário, intersertal a hialofítica. Os microfenocristais de piroxênio e de olivina ocorrem embaiados e/ou com golfos de corrosão (Fig. 05D), parcial a totalmente pseudomorfizados, e se destacam numa matriz muito fina a vítrea, por vezes traquítica, comumente com arranjos fibroradiados de ripas intercaladas de piroxênio e plagioclásio. O material vítreo é encontrado na maioria das amostras dos basaltos, com cor marrom-escura a preta, perfazendo pequena porcentagem em algumas delas ou atingindo até 60% do volume de outras. Os plagioclásios, identificados como andesina e labradorita pelo método estatístico Michel Levy, ocorrem inclusos nos piroxênios ou intersticiais, com hábito tabular ou em ripas alongadas, às vezes muito finas, formando as texturas traquítica e fibro-radiada comuns nos basaltos; exibe com freqüência geminação polissintética, do tipo albita ou periclina, e subordinadamente macla Carlsbad, por vezes combinadas. Localmente, apresentam textura quenching, com morfologia do tipo cauda de andorinha (Fig. 05C), tipicamente relacionada a resfriamento rápido. Alguns cristais apresentam intensos processos de alteração, tais como argilização, sericitização e, frequentemente, saussuritização. Clinopiroxênios e ortopiroxênios foram reconhecidos. Os primeiros são representados por macro e microfenocristais de augita e, subordinadamente, pigeonita, com hábito prismático, euédricos a subédricos, ou granular anédricos, por vezes em fibras e ripas dispostas em feixe, refletindo condições de resfriamento rápido. Os ortopiroxênios, identificados como hyperstênio ou bronzita, ocorrem principalmente nos basaltos como microfenocristais prismáticos alongados, comumente zonados e com geminação. Ocasionalmente, apresentam-se com bordas de reação formadas por anfibólio nos diabásios, ou parcial a totalmente pseudomorfizados para serpentina nos basaltos. Clorita, talco e óxido/hidróxido de ferro também são encontrados como seus produtos de alteração. A olivina ocorre em pequena proporção em microfenocristais nos basaltos e em cristais subédricos hexagonais ou anédricos arredondados nos diabásios, com textura coronítica (Fig. 06C) formada por ortopiroxênio e/ou fraturas preenchidas pelos seus produtos de alteração, tais como serpentina, talco, iddingsita/boulingita, óxido/hidróxido de ferro que podem pseudomorfizá-la parcial a totalmente. Os anfibólios são raros e correspondem à hornblenda prismática ou granular e actinolitatremolita fibrosa, ocorrendo como textura coronítica dos piroxênios, associados a opacos, biotita, clorita e talco. 20

35 Os opacos de hábitos esqueletal/dendrítico e cúbico, ou em grãos anédricos, ocorrem como produtos de alteração dos minerais máficos ou como fases de cristalização primária, mostrandose também intercrescidos com piroxênio e anfibólio caracterizando textura simplectítica; localmente, apresentam-se desopacitizados com neo-formação de biotita, clorita ou de titanita, o que sugere presença de ilmenita. Os acessórios estão representados além dos opacos, por cristais aciculares de apatita inclusos principalmente no plagioclásio e piroxênio, bem como titanita primária de hábito romboédrico. 21

36 SÉCOLO, D.B - GEOLOGIA, PETROGRAFIA E GEOQUÍMICA DO ENXAME DE DIQUES MÁFICOS (SUÍTE INTRUSIVA HUANCHACA) NA Figura 05. Fotomicrografias dos basaltos ilustrando: A) e B) Textura vitrofírica onde se destacam pseudomorfos de olivina e piroxênio; C) microfenocristais de piroxênio com textura 22

37 SÉCOLO, D.B - GEOLOGIA, PETROGRAFIA E GEOQUÍMICA DO ENXAME DE DIQUES MÁFICOS (SUÍTE INTRUSIVA HUANCHACA) NA coronítica, grãos reliquiares de olivina, plagioclásio com morfologia do tipo cauda de andorinha ; D) textura porfirotraquítica, onde micrólitos e ripas de plagioclásio e piroxênio seguem uma orientação de fluxo; fenocristais de piroxênio com corrosão preenchida pela mesma matriz orientada; E) textura glomeroporfirítica, ripas fibrorradiadas de plagioclásio. Polarizadores cruzados em A e B; paralelos à esquerda e cruzados à direita em E e D. Figura 06. Fotomicrografias dos diabásios ilustrando: A) textura subofítica a ofítica; cristais euédricos a subédricos tabulares de plagioclásio zonado e de piroxênio geminado, B) textura 23

38 predominantemente ofítica a intergranular; cristal de clinopiroxênio; C) cristal de olivina pseudomorfizado, com coroa de piroxênio; D) e E) intercrescimento gráfico. Polarizadores cruzados em A, B e E e paralelos à esquerda e cruzados à direita em C. CARACTERIZAÇÃO LITOQUÍMICA Para o estudo litoquímico foram selecionadas dez amostras, tidas como as mais representativas do enxame de diques, considerando sua distribuição, composição textural e mineralógica. As amostras foram preparadas (britadas e pulverizadas) no Laboratório de Preparação de Amostras do Departamento de Recursos Minerais da Universidade Federal de Mato Grosso e as análises foram realizadas no Laboratório Acme Analytical Laboratories (Vancouver Canadá), com determinação das concentrações de elementos maiores, menores e traços obtidas por ICP e ICP- MS. Os resultados encontram-se dispostos na tabela 01 tendo sido tratados, estatisticamente, com o auxílio do software Minpet 2.0. O índice de diferenciação mg# [mg# = Mg +2 /(Mg +2 + Fe +2 )] foi calculado em porcentagem de peso, assumindo-se a razão Fe 2 O 3 /FeO igual a 0,15 e seus valores, para as rochas estudadas, encontram-se no intervalo entre 0,38 e 0,39 indicativos de magmas basálticos evoluídos; no entanto, essa pequena variação impede sua utilização nos diagramas de Fenner (mg# versus óxidos), optando-se pelo uso dos teores de sílica, que vão de a %, em diagramas binários na busca de melhores tendências das variações químicas. Os litotipos analisados mostram, em geral, nítidas correlações entre os elementos maiores e o índice sílica apresentando comportamentos anômalos apenas para os óxidos K 2 O, CaO e MnO. Observa-se com o avanço da cristalização, ou seja, com o aumento dos teores de SiO 2, que os óxidos MgO, Fe 2 O 3 e Al 2 O 3 têm seus teores reduzidos sugerindo fracionamento principalmente de olivina e piroxênio, enquanto P 2 O 5, TiO 2 e Na 2 O apresentam correlações positivas com o índice utilizado indicando, possivelmente, cristalização mais tardia de titanita, apatita e enriquecimento na molécula albita do plagioclásio (Figura 07). Classificam-se como andesi-basaltos no diagrama álcalis versus sílica (Cox et al. 1979; Fig. 08A) e no limite entre os domínios dos andesi-basaltos e toleítos no R1xR2 (La Roche 1980; Fig. 08B) formados a partir de um magmatismo de natureza subalcalina de afinidade toleítica com enriquecimento em FeO t evidenciados, respectivamente, pelos diagramas álcalis versus sílica e AFM, propostos por Irvine & Baragar (1971; Figs. 08C e 08D). Quanto ao ambiente tectônico, o gráfico Zr versus Zr/Y (Pearce & Norry, 1979; Fig. 09) discrimina esse enxame de diques como basaltos intraplaca. A figura 10 exibe os pontos representativos das rochas estudadas no diagrama multi-elementar normalizado pelo o manto primitivo (McDonough & Sun 1995). São observadas anomalias negativas de K, Nb, Sr e Ti e positivas de Ba e La. Para comparação são mostrados os padrões médios para Basaltos de Ilha Oceânica (OIB), Basaltos de Cordilheira Meso- Oceânica Normal (N-MORB) e Enriquecido (E-MORB) (Sun & McDonough 1989). Observa-se que o padrão dos diques Hunchaca assemelha-se ao dos OIB, dele diferenciando-se apenas por apresentar anomalia negativa de Nb. 24

39 Os padrões de distribuição dos elementos terras raras (ETR), normalizados para os valores do condrito segundo Boynton (1984; Fig. 11), apresentam-se fortemente fracionados e enriquecidos em ETR leves em relação aos ETR pesados e uma discreta anomalia de Eu. O padrão observado é mais comparável com o apresentado pelos E-MORB, sendo o dos enxames de Huanchaca um pouco mais enriquecidos nos ETR leves e empobrecidos nos ETR pesados em relação ao mesmo, isto é, apresenta razões La/Yb mais altas. 25

40 Tabela 01. Composições químicas dos elementos maiores, traços e terras raras de amostras do enxame de diques da Suíte Huanchaca. Amostras DS01 DS07 DS10 PN16 DS05 DS08 DS12 FL55B JR96 SL02 SiO 2 53,68 53,83 53,94 53,65 52,99 53,48 53,77 52,81 54,29 54,17 Al 2 O 3 14,17 14,15 14,2 14,18 14,32 14,14 14,16 14,09 14,05 14,15 Fe 2 O 3 (T) 9,48 9,58 9,64 9,57 9,76 9,95 9,9 10,17 9,47 9,66 MnO 0,14 0,14 0,14 0,15 0,14 0,15 0,14 0,15 0,146 0,146 MgO 6,98 6,9 6,8 7,04 7,21 7,24 6,95 7,03 6,79 6,81 CaO 9,32 8,96 9,16 9,28 9,31 9,52 9,51 9,25 9,35 9,29 Na 2 O 1,66 2,01 1,98 1,75 1,94 1,9 1,71 1,52 1,8 2,01 K 2 O 1,53 1,59 1,41 1,43 1,42 1,26 1,33 1,88 1,57 1,28 TiO 2 0,73 0,73 0,75 0,72 0,72 0,73 0, ,742 0,737 P 2 O 5 0,07 0,08 0,09 0,08 0,08 0,07 0,07 0,07 0,09 0,09 LOI 1,9 1,7 1,6 1,8 1,8 1,3 1,4 1,9 2,16 1,55 Total 99,72 99,71 99,71 99,73 99,73 99,72 99,72 99,73 100,5 99,9 Rb 65,7 79,4 58,1 84,8 70,4 56,9 53,3 135, Ba K Nb 4,5 4,3 4,7 4,8 4,9 4,8 5,1 5,3 4 4 Sr 202,7 194, ,2 193,3 165,7 162,7 203, Zr 102,3 103,6 105,9 107,9 110,9 102,7 112,1 106, Ti Y 23,1 21,8 23,3 23, ,7 25,2 24, La 13,8 13,4 13,8 14, , ,2 13,8 Ce 31,4 31,2 31,7 32, ,5 35,2 32,3 30,2 29,4 Pr 3,71 3,6 3,7 3,78 3,89 3,74 3,95 3,76 3,57 3,54 Nd 15,4 15,3 15,1 14,7 14,7 14, ,6 14 Sm 3,2 3,2 3,16 3,42 3,62 3,47 3,71 3,5 3,1 3,2 Eu 0,9 0,9 0,92 0,92 0,94 0,91 0,9 0,91 0,95 0,93 Gd 3,51 3,51 3,69 3,74 3,78 3,66 3,81 3,74 3,7 3,6 Dy 3,7 3,72 3,87 4,03 3,73 3,82 4,04 3,63 4,1 4,1 Ho 0,79 0,82 0,81 0,82 0,84 0,86 0,87 0,85 0,9 0,8 Er 2,33 2,41 2,44 2,48 2,46 2,48 2,51 2,57 2,5 2,4 Tm 0,37 0,36 0,39 0,39 0,38 0,38 0,41 0,38 0,38 0,36 Yb 2,3 2,26 2,38 2,49 2,49 2,43 2,58 2,33 2,4 2,3 Lu 0,35 0,35 0,35 0,37 0,37 0,38 0,38 0,37 0,36 0,36 26

41 Figura 07. Diagrama de variação entre SiO 2 e óxidos. 27

42 Figura 08. Diagramas de classificação. A) Cox et al. 1979, B) La Roche et al. 1980, C) e D) Irvine & Baragar,

43 Figura 09. Diagrama Zr versus Zr/Y (Pearce & Norry, 1979). Figura 10. Diagrama multi-elementar para o enxame de diques Huanchaca normalizado para o manto primitivo (McDonough & Sun 1995). Para comparação são mostrados os padrões médios para Basaltos de Ilha Oceânica (OIB), Basaltos de Cordilheira Meso-Oceânica Normal (N- MORB) e Enriquecido (E-MORB) (Sun & McDonough 1989). 29

44 Figura 11. Diagrama de distribuição dos elementos terras raras (ETR) para o enxame de diques Huanchaca normalizados pelo condrito segundo Boynton (1984). Para efeito de comparação foram utilizados os padrões OIB, N-MORB e E-MORB (Sun & McDonough 1989). CONSIDERAÇÕES FINAIS Enxames de diques e soleiras máficas têm sido reportados no Craton Amazônico tanto no Brasil (Mato Grosso e Mato Grosso do Sul) como na Bolívia (Santa Cruz e Beni). Os diques e soleiras descritos na região da Serrania Huanchaca (BO)/Serra Ricardo Franco (BR) apresentaram idades K-Ar de 845±19 Ma e 888±20Ma para os diques doleríticos (Litherland et al. 1986) enquanto dados K-Ar disponíveis para as soleiras indicaram valores em torno de Ma (Santos et al. 1979) e 918±20 Ma (Litherland et al. 1986). Os diques máficos estudados neste trabalho ocorrem no Terreno Paraguá (senso Ruiz 2009, Bettencourt et al. 2010), em sua porção não afetada pelo retrabalhamento crustal provocado pela orogenia Sunsás, e têm como encaixantes os granitos Guaporeí e Passagem do Complexo Granitóide Pensamiento e ortognaisses Shangri-lá e Turvo do Complexo Metamórfico Chiquitania. Foram reconhecidas dezenas de diques com espessura dominante entre 1 a 3m de espessura, com contatos abruptos e discortantes ao trend regional N30-50W definido pelo bandamento gnáissico ou xistosidade das rochas encaixantes. A direção preferencial dos diques varia entre N90-70E, e em menor proporção entre N40-50E. Petrograficamente foram reconhecidos diabásios e basaltos. Os diabásios apresentam texturas inequigranular, sub-ofítica a subordinadamente ofítica, granulação fina a média, enquanto nos basaltos domina a textura porfirítica, glomeroporfirítica, vitrofírica e, de modo secundário, intersertal a hialofítica. Do ponto de vista da caracterização litoquímica os diabásios e basaltos classificam-se como andesi-basaltos formados a partir de um magmatismo de natureza subalcalina de afinidade toleítica em ambiente tectônico intra-continental. Os dados geológicos, estruturais e litoquímicos, associado aos dados geocronológicos K-Ar disponíveis para os diques e soleiras máficas da região de Huanchaca/Ricardo Franco, sugerem que o enxame de diques estudado foi gerado em um ambiente intracontinental dominado por fissuras crustais submeridianas, resultantes de um regime tectônico extensional, com esforços 30

INTRODUÇÃO. Dinalva Brito SÉCOLO 1, Amarildo Salina RUIZ 2, Maria Zélia Aguiar de SOUSA 3, Gabrielle Aparecida de LIMA 1

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