UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS CURSO DE GEOLOGIA GEOLOGIA E PETROGRAFIA DO ENXAME DE DIQUES MÁFICOS DE ITAPÉ, BAHIA

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS CURSO DE GEOLOGIA ANA CAROLINA OLIVEIRA PINHEIRO GEOLOGIA E PETROGRAFIA DO ENXAME DE DIQUES MÁFICOS DE ITAPÉ, BAHIA Salvador 2009

2 I ANA CAROLINA OLIVEIRA PINHEIRO GEOLOGIA E PETROGRAFIA DO ENXAME DE DIQUES MÁFICOS DE ITAPÉ, BAHIA Monografia apresentada ao Curso de Geologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal da Bahia, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Geologia. Orientadora: Profª. Dra. Angela Beatriz de Menezes Leal Salvador 2009

3 II TERMO DE APROVAÇÃO ANA CAROLINA OLIVEIRA PINHEIRO GEOLOGIA E PETROGRAFIA DO ENXAME DE DIQUES MÁFICOS DE ITAPÉ, BAHIA Monografia aprovada como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Geologia, Universidade Federal da Bahia, pela seguinte banca examinadora: Angela Beatriz de Menezes Leal - Orientadora Universidade Federal da Bahia (UFBA) Amalvina Costa Barbosa Professora do Instituto de Geociências Universidade Federal da Bahia (UFBA) Cristina Maria Burgos de Carvalho CPRM Serviço Geológico do Brasil Salvador, 07 de Dezembro de 2009

4 III À minha família, com meu amor e minha gratidão.

5 IV AGRADECIMENTOS Quero, primeiramente, agradecer a Deus, força maior do universo, pela coragem de perseverar neste longo caminho, e por não me deixar sucumbir diante das dificuldades. À minha orientadora Angela Leal, por fazer despertar em mim o desejo de entender os diques máficos; pela amizade, compreensão, carinho e incentivo que me fizeram, e fazem, crescer pessoal e profissionalmente. Espero, um dia, encontrar uma maneira de lhe dizer o quanto sou grata e o quanto a admiro. À minha mãe Cristina, aos meus irmãos Cristiano e Ana Carla, à minha tia e segunda mãe Marta, meu imenso agradecimento pelo amor incondicional, carinho, apoio e compreensão. Vocês são a fortaleza que aprendi a chamar de família, e meu muito obrigado jamais seria suficientemente capaz de expressar o quanto os valorizo, o quanto sou grata por terem me proporcionado as condições de estudar, e também pela força, incentivo, proteção e renúncias de tantos momentos. Ao meu namorado, amigo e conselheiro, Eduardo. De todo meu coração, agradeço-lhe principalmente pelo amor, carinho, paciência, tolerância infinita e por todos os momentos difíceis em que eu perdi a minha fé, e ele a trouxe de volta. Obrigado também pelo apoio moral, incentivo, auxílio e pelas horas e dias dedicados às minhas figuras, tabelas etc... Serei eternamente grata. Aos meus cunhados, Ricardo e Ana Rosa, pela amizade e auxílio de tantos momentos. Aos meus tios José Antônio e Galdina pelo apoio e incentivo. Aos primos Victor Hugo e Gabriela, por sempre me incentivarem e pelo carinho constante. Às amizades arqueanas André, Bárbara, Carla, Carlito, Denise, Henrique, Joilma, Lílian, Rose, Sâmia, Uyara, pelo carinho incondicional e por estarem ao meu lado ao longo desses anos de batalha. À minha querida Equipe Z, Adelino, Giselle e Leila, pelo carinho, amizade, por todas as lições que, inconscientemente, acrescentaram à minha vida e pelas mãos estendidas que encontrei no dia a dia, principalmente nos últimos momentos dessa saga.

6 V Às amizades tércio-quaternárias Adriano, Ana, Cleiton, Eudes, Erisson, Jofre, Gilcimar, Michelle, Moisés, Nelize, por terem cruzado o meu caminho e pelas palavras de apoio que sempre me fizeram recuperar o ânimo e seguir em frente. Aos professores Osmário, Angela, Luis Rogério, Marcão, Flávio, Amalvina, Carlson, Sérgio, Haroldo Sá, Telésforo, Vilton, que contribuíram com a minha evolução acadêmica e interesse crescente pela ciência Geologia. Aos funcionários do IGEO Aldacir, Jocelaine, Mércia, Detinha, André, Bossal, Silvia pelo constante boa vontade e auxílio. Ao IGEO pela disponibilidade das suas instalações durante toda a graduação. À CPRM pela confecção das lâminas. Ao PIBIC-CNPq pela oportunidade de ingressar e me desenvolver na Iniciação Científica. Por fim, mas não com menos importância, agradeço aos meus fiéis escudeiros Preta e Loop, pelo silencioso carinho e amizade sincera que sempre me dispensaram. Obrigado a TODOS. Se esqueci de citar alguém, me perdoem e sintam-se carinhosamente abraçados.

7 VI Ando devagar porque já tive pressa Levo esse sorriso porque já chorei demais Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe Só levo a certeza de que muito pouco eu sei Eu nada sei Conhecer as manhas e as manhãs, O sabor das massas e das maçãs, É preciso amor pra poder pulsar, É preciso paz pra poder sorrir, É preciso a chuva para florir Penso que cumprir a vida seja simplesmente Compreender a marcha e ir tocando em frente Como um velho boiadeiro levando a boiada Eu vou tocando os dias pela longa estrada eu vou Estrada eu sou Conhecer as manhas e as manhãs, O sabor das massas e das maçãs, É preciso amor pra poder pulsar, É preciso paz pra poder sorrir, É preciso a chuva para florir Todo mundo ama um dia. Todo mundo chora Um dia a gente chega e no outro vai embora Cada um de nós compõe a sua história Cada ser em si carrega o dom de ser capaz De ser feliz Conhecer as manhas e as manhãs O sabor das massas e das maçãs É preciso amor pra poder pulsar, É preciso paz pra poder sorrir, É preciso a chuva para florir Ando devagar porque já tive pressa E levo esse sorriso porque já chorei demais Cada um de nós compõe a sua história, Cada ser em si carrega o dom de ser capaz De ser feliz Almir Sater

8 VII RESUMO O magmatismo basáltico da região de Itapé, sudeste do Estado da Bahia, compreende rochas de caráter intrusivo, sob a forma de diques. Este conjunto de rochas é parte integrante do Orógeno Itabuna Salvador Curaçá, no Cráton do São Francisco e intrudem terrenos granulíticos polideformados arqueanos e paleoproterozóicos do sul do Estado da Bahia. O enxame de diques máficos de Itapé faz parte do magmatismo fissural da Província Itabuna Itaju do Colônia (PIIC), que está situada na Zona de Cisalhamento Itabuna Itaju do Colônia (ZCIIC). Os diques máficos do enxame de Itapé apresentam-se de forma expressiva ao longo do leito do rio Colônia, com dimensões variadas, aflorando como corpos tabulares quase sempre em cristas emersas, mas também submersos. São subverticais a verticais e possuem trend preferencial na direção NE-SW, embora também ocorram na direção NW-SE. A partir das características texturais e mineralógicas, esses corpos máficos foram divididos em dois grupos: basaltos e metabasaltos. Apresentam texturas ofítica, subofítica e intergranular, e sua mineralogia essencial consiste de plagioclásio cálcico (labradorita), clinopiroxênio (augita), ortopiroxênio (hiperstênio). Subordinadamente ocorrem anfibólio (hornblenda), biotita, minerais opacos, apatita, zircão, titanita e quartzo e como produtos de alteração observou-se clorita, sericita, calcita e epidoto. No contato entre o dique máfico e a encaixante granulítica observou-se a formação de material vítreo, entretanto à medida em que se afastava do contato, foi possível perceber o crescimento dos cristais e formação de textura holocristalina suportando micro, macro e fenocristais de plagioclásio, piroxênios e opacos. As condições de resfriamento gradativo do magma gerou zoneamento dos plagioclásios e piroxênios. Palavras-chave: Diques Máficos. Petrografia. Itapé.

9 VIII ABSTRACT The basaltic magmatism in the region of Itapé, southeast of Bahia State, includes character intrusive rocks in the dikes forms. These rocks are part of the Itabuna- Salvador-Curaçá Orogen in the São Francisco Craton and are intrusived in archean and paleoproterozoic deformaded granulitic, of the southern State of Bahia. The mafic dike swarms de Itapé is the magmatism fissure Itabuna Itaju do Colônia Province (PIIC), which is located in the Itabuna Itaju do Colônia Shear Zone (ZCIIC). The mafic dyke swarms of Itapé presents a remarkable way along the Colônia River, with varying dimensions, surfacing as tabular bodies almost always emerged in ridges, but also submerged. They are subvertical to vertical and have preferential trend in NE-SW, although rarely occur in a NW-SE. From the textural and mineralogical characteristics, these mafic bodies were divided into two groups: basalts and metabasalts. They have unique textures as ophitic, subofitic and intergranular, and their mineralogy consists of plagioclase (labradorite), clinopyroxene (augite), orthopyroxene (hypersthene), amphibole (hornblende), biotite, opaque minerals, chlorite, sericite, calcite, titanite, apatite, epidote, zircon and quartz. The contact between the mafic dyke and granulitic rocks observed the formation of glassy material, however as they pulled away from the contact, it was revealed the crystal growth and texture formation holocrystaline supporting micro, macro and phenocrysts of plagioclase, pyroxenes and opaque minerals. The gradual cooling of magma generates processes such as zoning of plagioclases and pyroxenes. Keywords: Mafic dykes. Petrography. Itapé

10 IX SUMÁRIO Índice de Figuras... XI Índice de Fotos... XIII Índice de Fotomicrografias... XIV Índice de Tabelas... XVII ÍNDICE Capítulo 1 - INTRODUÇÃO IMPORTÂNCIA DO TEMA E CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS DIQUES MÁFICOS CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS DIQUES MÁFICOS OBJETIVOS LOCALIZAÇÃO DA ÁREA E VIAS DE ACESSO Capítulo 2 - MATERIAIS E MÉTODOS UTILIZADOS LEVANTAMENTO DE DADOS BIBLIOGRÁFICOS TRABALHOS DE CAMPO MÉTODOS PETROGRÁFICOS TRATAMENTO DE DADOS ANALÍTICOS Capítulo 3 - CONTEXTO GEOLÓGICO REGIONAL O CRÁTON DO SÃO FRANCISCO O CINTURÃO ITABUNA-SALVADOR-CURAÇÁ A PROVÍNCIA ALCALINA DO SUL DO ESTADO DA BAHIA - PASEBA A ZONA DE CISALHAMENTO ITABUNA-ITAJU DO COLÔNIA - ZCIIC PROVÍNCIA ITABUNA-ITAJU DO COLÔNIA - PIIC... 33

11 X Capítulo 4 - CONTEXTO GEOLÓGICO LOCAL O EMBASAMENTO GRANULÍTICO TONALÍTICO O ENXAME DE DIQUES MÁFICOS DE ITAPÉ Capítulo 5 - CARACTERIZAÇÃO PETROGRÁFICA ROCHAS GRANULÍTICAS - ENCAIXANTE DIQUES MÁFICOS Basaltos - Lâminas IT-01, IT-03, IT-07, IT-09, IT-10A, IT-10B, IT-11, IT Metabasalto Lâminas IT-12 e IT O PONTO IT-02 (CONTATO DIQUE MÁFICO/ENCAIXANTE GRANULÍTICA) Lâmina IT-02A Lâminas IT-02B e IT-02C - Diques Basálticos Lâmina IT-02D - Granulito Capítulo 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS Capítulo 7 REFERÊNCIAS Anexos 81 61

12 XI ÍNDICE DE FIGURAS Figura Mapa de Localização da área de estudo. Fonte: IBGE Figura 3.1 Localização do Cráton do São Francisco, esboço geológico e compartimentação geotectônica do Estado da Bahia (Adaptado e modificado de Barbosa e Domingues, 1996) Figura 3.2 Mapa Geológico Regional, apresentando a área de estudo inserida no domínio das rochas tonalíticas-trodhjmíticas granulitizadas do Cinturão Atlântico. Fonte: Base Digital do IBGE Figura [A] Mapa esquemático da delimitação do Orógeno Itabuna- Salvador-Curaçá no Estado da Bahia; [B] sua situação no Cráton do São Francisco (Modificado de Dominguez & Corrêa-Gomes, 2006); e [C] Mapa geológico simplificado do segmento do orógeno paleoproterozóico exposto na porção norte do Cráton do São Francisco. Os blocos arqueanos Serrinha e Jequié (provavelmente microcontinentes), juntamente com o Cinturão Itabuna-Salvador-Curaçá (arco magmático) foram amalgamados ao bloco arqueano maior do Gavião na transição entre os períodos Rhyaciano e Orosiriano (Extraído e modificado de Barbosa & Sabaté, 2001) Figura [A] Localização da área de ocorrência das rochas alcalinas neoproterozóicas do sul do Estado da Bahia; [B] Mapa geológico simplificado da Província Alcalina do Sul do Estado da Bahia (adaptado e modificado de Rosa et al. (2003). [C] Representação esquemática dos principais lineamentos estruturais rúpteis da Zona de Cisalhamento de Itabuna-Itaju do Colônia, ZCIIC, na região de influência das cidades de Itabuna, Ilhéus e Itapé, SSE do Estado da Bahia (Adaptado de CORRÊA- GOMES, 1996) Figura Mapa esquemático do embasamento da área de Itapé, inserida na Província de Itabuna-Itaju do Colônia (PIIC) e na Zona de Cisalhamento homônima (ZIIC) Figura Mapa Geológico da área de estudo. Fonte: SEI, Figura 4.3 Mapa Geológico da área de estudo, destacando os pontos de amostragem dos diques máficos ao longo do rio Colônia. Fonte: SEI Figura Mapa de amostragem. Fonte: IBGE, Figura Diagrama QAP, classificando os protólitos das rochas

13 XII granulíticas. Segundo Streckeisen, 1976, adaptado Figura 5.3 Mosaico esquemático representativo da lâmina IT-02A analisador. Aumento de 25X... 64

14 XIII ÍNDICE DE FOTOS Foto Diques máfico aflorante ao longo do rio Colônia. Ponto IT-18. Coordenadas / Foto 4.2 Dique máfico aflorante ao longo do rio Colônia. Pontos IT-17. Coordenadas / Foto 4.3 Dique máfico submerso por fina lâmina d água. Ponto IT-05. Coordenadas / Foto 4.4 Dique máfico (linhas tracejadas) orientado NE-SW. Ponto IT-02. Coordenadas / Foto 4.5 a e b Diques máficos ocorrendo em dimensões variadas. Em a, dique máfico medindo 9 cm de espessura aflorante (Ponto IT-13), e em b outro dique medindo 33 cm de espessura aflorante (Ponto IT-11). Coordenada / e / , respectivamente... Foto 4.6 a e b Em a, dique máfico sinuoso em contato com a rocha encaixante granulítica. No detalhe, em b, capa de alteração intempérica (esfoliação esferoidal) e fraturamento multidirecional. Ponto IT-14. Coordenada / Foto 4.7 Dique máfico em contato com a rocha encaixante granulítica. Ponto IT-02. Coordenadas / Foto 4.8 Detalhe do dique máfico em contato com a rocha encaixante granulítica. Ponto IT-02. Coordenadas / Foto Esquema de amostragem no contato entre o dique máfico e a rocha encaixante granulítica. Ponto IT-02. Coordenadas: /

15 XIV ÍNDICE DE FOTOMICROGRAFIAS Fotomicrografia 5.1- Aspecto geral da lâmina, evidenciando a textura granoblástica e inequigranularidade, além de cristais de diopsídio (Di) e plagioclásio (Pl) Amostra IT-07A. Sem analisador (lado esquerdo) e com analisador (lado direito). Aumento 25X Fotomicrografia Inequigranularidade dos grãos. Grãos xenomórficos de diopsídio (Di) envolvidos por porfiroblastos de plagioclásio (Pl) com extinção ondulante Amostra IT-07A. Sem analisador (lado esquerdo) e com analisador (lado direito). Aumento de 100X Fotomicrografia Aspecto geral da lâmina, onde pode ser observada a textura granoblástica constituída por plagioclásio (Pl) e quartzo. Amostra IT- 08. Sem analisador (lado esquerdo e com analisador (lado direito). Aumento de 25X Fotomicrografia Cristais de diopsídio (Di) em contato com cristais de (Pl) e minerais opacos (Mo) mostrando contato reto e sinuoso. Amostra IT- 08. Sem analisador (lado esquerdo) e com analisador (lado direito). Aumento de 100X Fotomicrografia Cristal de mesopertita (Mp) associada a cristais de labradorita (Pl). Amostra IT-07A. Sem analisador (lado esquerdo) e com analisador (lado direito). Aumento de 100X... Fotomicrografia Cristal de epídoto gerado a partir de plagioclásio saussuritizado e sericitizado. Amostra IT-08. Sem analisador e com analisador. Aumento de 100X... Fotomicrografia Aspecto geral da lâmina, onde observa-se os macrofenocristais ripiformes de plagioclásio e a textura intergranular e subofítica. Amostra IT-03. Sem analisador (A) e com analisador (B). Aumento de 25X Fotomicrografia Aspecto geral da lâmina com fenocristais de hiperstênio e augita, e macrofenocristal de plagioclásio (Pl) saussuritizado/sericitizado, imersos na matriz composta por microfenocristais de plagioclásio, piroxênios, hornblenda, biotita, minerais

16 XV opacos, clorita, calcita e titanita. Amostra IT-01. Sem analisador (lado esquerdo) e com analisador (lado direito). Aumento de 25X... Fotomicrografia Textura ofítica, onde macrofenocristais de augita envolvem totalmente um cristal de plagioclásio. Amostra IT-07. Sem analisador (lado esquerdo) e com analisador (lado direito). Aumento de 100X Fotomicrografia Textura intergranular marcada por ripas de plagioclásio (Pl) que formam um arcabouço em glômeros e envolvem pequenos cristais de augita(aug). Amostra IT-03. Sem analisador (lado esquerdo) e com analisador (lado direito). Aumento de 100X... Fotomicrografia Macrofenocristais ripiformes de labradorita (Pl) parcialmente saussuritizados e sericitizados, com textura glomeroporfirítica. Amostra IT-01. Sem analisador (lado esquerdo) e com analisador (lado direito). Aumento de 100X... Fotomicrografia 5.12 Macrofenocristal de augita (Aug) em processo de uralitização, no centro, enquanto a borda está alterada para calcita (Cc). Amostra IT-01. Sem analisador (lado esquerdo) e com analisador (lado direito). Aumento de 100X... Fotomicrografia Aspecto geral da lâmina. Observa-se a textura blastoporfirítica e blastofenocristal de labradorita. Amostra IT-12. Sem analisador (lado esquerdo) e com analisador (lado direito). Aumento de 25X Fotomicrografia Aspecto geral da rocha, marcado principalmente pela presença de hornblenda, clorita e ripas subédricas de plagioclásio, mostrando a textura intergranular. Amostra IT-14. Sem analisador (lado esquerdo) e com analisador (lado direito). Aumento de 100X... Fotomicrografia Zircão incluso em cristal de plagioclásio; Textura poiquilítica. Amostra IT-12. Sem analisador (lado esquerdo) e com analisador (lado direito). Aumento de 200X

17 XVI Fotomicrografia 5.16 Aspecto geral da lâmina, evidenciando o contato entre a rocha encaixante granulítica (porção superior) o corpo máfico (porção inferior) destacando a predominância dos microfenocristais. Lâmina IT-02A. Sem analisador (lado esquerdo) e com analisador (lado direito). Aumento de 25X... Fotomicrografia 5.17 Macrofenocristal de hiperstênio (Hy) fraturado com preenchimento das fraturas por hornblenda, a partir do processo de uralitização. Lâmina IT-02A. Sem analisador (lado esquerdo) e com analisador (lado direito). Aumento de 100X Fotomicrografia Contato entre o dique e a rocha encaixante granulítica, mostrando a textura granoblástica do granulito (porção superior) e cristais imersos na matriz vítrea (porção inferior). Lâmina IT-02A. Sem analisador (lado esquerdo) e com analisador (lado direito). Aumento de 100X... Fotomicrografia Aspecto geral da lâmina, com macro e fenocristais de plagioclásio e piroxênios (augita e diopsídio) imersos na matriz fina constituída por plagioclásio, piroxênio e minerais opacos. Lâmina IT-02B. Sem analisador (lado esquerdo) e com analisador (lado direito). Aumento de 25X... Fotomicrografia Textura glomeroporfirítica marcada por ripas de plagioclásio parcialmente saussuritizadas arranjadas em glômeros. Lâmina IT-02C. Sem analisador (lado esquerdo) e com analisador (lado direito). Aumento de 25X... Fotomicrografia Detalhe por macrofenocristais de augita (Aug) envolvendo totalmente fenocristal de plagioclásio. Lâmina IT-02B. Sem analisador (lado esquerdo) e com analisador (lado direito). Aumento de 100X

18 XVII ÍNDICE DE TABELAS Tabela Composição modal das rochas encaixantes granulíticas, em porcentagem de volume Tabela Composição modal dos diques máficos em porcentagem de volume

19 18 CAPÍTULO I 1. INTRODUÇÃO 1.1 IMPORTÂNCIA DO TEMA E CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS DIQUES MÁFICOS Os diques são sensíveis indicadores de processos geológicos fundamentais e, no contexto geodinâmico terrestre, fornecem dados substanciais para a compreensão de processos de extensões crustais, constituição de fontes magmáticas, rifteamento inicial ou incipiente e, até mesmo, informações para estudo da evolução da litosfera. A importância do estudo de diques máficos foi destacada em diversos trabalhos científicos desde o início da década de 80 (e.g SHAW, 1980; HALLS, 1982, 1991; WINDLEY, 1984; HALLS e FAHRIG, 1987; CONDIE, 1984; OLIVEIRA, 1989; TEIXEIRA, 1993; CORRÊA-GOMES et al., 1996, dentre outros). Dentre as várias características pode-se destacar que os corpos filonianos: (i) preenchem fraturas que revelam condições distensivas na crosta; (ii) fornecem indicações das condições reológicas do meio; (iii) são alimentadores e condutores de ascensão magmática do manto para a crosta (SHAW, 1980); (iv) permitem estabelecer as condições que operavam em ambientes intraplaca ou nas margens de placas continentais, muitas vezes determinando eventos de rifting, e estabelecendo a natureza do magmatismo nessas zonas, cujos produtos vulcânicos tenham sido cobertos ou mesmo destruídos por posteriores colisões de placas (HALLS, 1991); (v) possibilitam a compreensão dos processos tectônicos crustais, já que são monitores de deformações associadas às zonas de cisalhamento e indutores de subsidência em áreas continentais; (vi) definem campos de paleoesforços locais e regionais

20 19 (HALLS, 1982); (vii) contribuem para o entendimento do magmatismo basáltico fissural na história da Terra, através de um número cada vez maior de dados geocronológicos (TEIXEIRA, 1993); (viii) são indicadores das fontes mantélicas no tempo geológico e de possíveis mineralizações associadas e, finalmente (ix) permitem o entendimento da composição do manto litosférico subcontinental, sua evolução e conseqüente variação composicional ao longo do tempo (CONDIE, 1984; OLIVEIRA, 1989), bem como das várias fases magmáticas envolvidas. O enxame de diques máficos de Itapé foi estudado por Arcanjo e Oliveira (1991), Araújo et al. (1992), Corrêa-Gomes et al. (1993) e Corrêa-Gomes (1995). Intermediando as suítes alcalinas da Província de Itabuna e Itaju do Colônia (PIIC), este enxame é chamado de área-chave de Itapé, correspondendo a uma sumarização de praticamente todo o amplo sistema regional. Eles sugerem que: (i) Itapé tenha sido um importante corredor de injeções magmáticas opostas, partindo tanto de Itabuna quanto de Itaju do Colônia e (ii) Itapé teria sido o centro de propagações magmáticas. Araújo (1994) realizou estudos geológicos e petrográficos nos diques da PIIC, inclusive os de Itapé, no entanto, as pesquisas não foram detalhadas. 1.2 CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS DIQUES MÁFICOS Diques são corpos intrusivos de pequena e média profundidade, discordantes das rochas nas quais se encaixam, tabulares, verticais a subverticais. Sua espessura pode variar de centimétrica até milhares de metros de comprimento, muitas vezes atingindo milhares de quilômetros. Ocorrem ocupando falhas, fraturas e outros planos de fraqueza, se estendendo ao longo de uma direção principal. Variam composicionalmente, desde ultramáficos até félsicos. Os diques máficos apresentam teor de minerais escuros em torno de 70% e quanto ao teor de sílica são classificados como básicos (< 52% SiO 2 ). Corrêa da Costa (2003) relacionou a ocorrência de diques à tectônica distensiva associada principalmente aos ambientes de rifteamento por soerguimento dômico, tração linear por cisalhamento puro ou rifteamento transtensional por cisalhamento

21 20 simples. A presença de fraturas profundas na crosta permite a ascensão do magma, em geral de composição toleítica, originado na astenosfera. Os enxames de diques mais antigos (Escócia 2,42 Ga, HEAMAN e TARNEY, 1989; Antártica 2,42 Ga, SHERATON et al.,1997; Zimbabwe 2,5 Ga, WILSON et al. 1987; Canadá 2, 72 Ga, STERN et al. 1994; dentre outros) são conhecidos por ocorrerem como remanescentes não deformados em terrenos metamórficos de idade superior a 2,6 Ga, e também por estarem muito bem preservados em certas áreas cratônicas que se estabilizaram há mais de 3,0 Ga (por exemplo: parte do Cráton da Rodésia). Windley (1984) e Halls e Fahrig (1987) sugerem uma concentração de eventos geradores de diques máficos em determinados intervalos de tempo, sendo os períodos de maior atividade 2,9 Ga; ~2,5 Ga; 2,2-1,9 Ga; 1,3-1,1 Ga; 0,9-0,6 Ga e 0,2-0,1 Ga (BRITO, 2005 e BRITO, 2008). Segundo Tanner de Oliveira (1989), a penetração magmática introduz um novo tipo de atividade ígnea e tectônica na Terra, já que é um marcador da separação entre o Paleo-Arqueano e o Paleo-MesoProterozóico, quando foram formadas grandes placas rígidas ou semi-rígidas. 1.3 OBJETIVOS Os objetivos propostos para este trabalho são: Geral O presente trabalho tem como objetivo maior caracterizar através de estudos geológicos e petrográficos, as ocorrências de diques máficos Neoproterozóicos do Enxame de Itapé pentencentes à Província de Itabuna Itaju do Colônia (PIIC), que ocorrem na borda leste do Cráton do São Francisco. Específicos - Descrever os tipos litológicos da área de estudo que estão associados aos enxames de diques máficos das Províncias de Itabuna e Itaju do Colônia.

22 21 - Caracterizar a ocorrência dos diques máficos em campo, destacando suas formas, relações de contato com as rochas encaixantes, espessuras, comprimentos e atitudes dos mesmos. - Descrever petrograficamente os diques máficos que ocorrem neste setor do Cráton do São Francisco, a fim de definir possíveis existências de diferentes grupos de rochas. 1.4 LOCALIZAÇÃO DA ÁREA E VIAS DE ACESSO A área de estudo está localizada na porção sul-sudeste do Estado da Bahia, entre as cidades de Itabuna e Itaju do Colônia, sob as respectivas coordenadas geográficas 39º25 15 e 39º43 26 de longitude W e 14º53 52 e 15º08 34 de latitude S, contida na Folha Cartográfica de Itabuna (SD.24-Y-B-VI) na escala 1: (SUDENE, 1975), correspondendo a aproximadamente 5 quilômetros ao longo do Rio Colônia, no Município de Itapé (Figura 1.1). O acesso à área é feito, partindo de Salvador, pela BR 324 até Conceição do Jacuípe, passando pela BR 101 (Rio-Bahia) até Itabuna e seguindo pela BR 415 até uma estrada vicinal que chega a Itapé.

23 22 OCEÂNO ATLÂNTICO ITABUNA Figura 1.1- Mapa de Localização da área de estudo. Fonte: IBGE.

24 23 CAPÍTULO II 2. MATERIAIS E MÉTODOS UTILIZADOS O trabalho foi desenvolvido no Instituto de Geociências (IGEO) da Universidade Federal da Bahia - UFBA durante 10 meses, num período que teve início em março de 2009 e foi finalizado em Dezembro do mesmo ano. A sistemática utilizada para atingir os objetivos propostos foi desenvolvida em quatro etapas distintas: (i) Levantamento de Dados Bibliográficos; (ii) Trabalhos de Campo, (iii) Trabalhos de Laboratório e (iv) Tratamento de Dados. 2.1 LEVANTAMENTO DE DADOS BIBLIOGRÁFICOS Nesta etapa foi realizada uma revisão bibliográfica pormenorizada da literatura existente sobre o contexto geológico regional da porção sul do Estado da Bahia, abrangendo, mais especificamente, publicações relacionadas ao magmatismo básico dessa porção. Este estudo bibliográfico foi seguido por um minucioso exame da literatura referente ao tema diques máficos, em geral, incluindo-se aí as ocorrências brasileiras e de outros países. Durante essa fase, o objetivo concentrou-se na sumarização seletiva das principais conclusões de diversos autores, bem como compilar os assuntos desenvolvidos, abordando os aspectos fisiográficos, geológicos e informações de caráter mais específico do estudo (petrografia, geoquímica, geocronologia, inferências tectônicas, entre outras informações).

25 TRABALHOS DE CAMPO Para a realização dos trabalhos de campo foi utilizada a Folha Cartográfica de Itabuna (SD.24-Y-B-VI) na escala 1: (SUDENE, 1975) e Mapa Geológico do Estado da Bahia na escala 1: (BARBOSA e DOMINGUEZ, 1996). No período de 10 a 14 de agosto de 2009 foi realizada a campanha de campo com o objetivo de reconhecer o contexto geológico no qual estão inseridos os diques máficos de Itapé, além de efetuar amostragens sistemáticas das diferentes estruturações nas rochas granulíticas encaixantes e dos corpos básicos para análises petrográficas e químicas. Desta campanha participaram a Professora e Orientadora Angela Beatriz de Menezes Leal, a graduanda Ana Carolina Oliveira Pinheiro e os geólogos André Luis Santos, Joilma Santos e Uyara Machado. Foram visitados 18 afloramentos ao longo do rio Colônia e coletadas 15 amostras. Todos os afloramentos foram fotografados e completamente descritos, o que inclui informações sobre as formas, dimensões, contatos, espessuras, rochas encaixantes, atitudes etc. 2.3 MÉTODOS PETROGRÁFICOS Todas as amostras coletadas foram analisadas macro e microscopicamente. Durante essa etapa realizou-se a identificação dos minerais constituintes e descrição das relações texturais nos tipos litológicos estudados. Os resultados das análises petrográficas foram fundamentais para a classificação da rocha, dedução da sequência de cristalização, definição de diferentes litotipos e selecionamento de amostras para execução de análises geoquímicas e isotópicas. As lâminas delgadas foram confeccionadas no Laboratório de Laminação da Companhia de Pesquisa e Recursos Minerais (CPRM). O estudo petrográfico foi realizado com o auxílio dos microscópios binoculares Olympus modelo BX41 do

26 25 Laboratório de Mineralogia Óptica e Petrográfica do Instituto de Geociências UFBA. Para o registro de fotomicrografias foi utilizado o fotomicroscópio binocular de fabricação NIKON, modelo Japan Opthiphot-Pol, do Laboratório de Metalogênese/ Instituto de Geociências/UFBA. 2.4 TRATAMENTOS DOS DADOS ANALÍTICOS Os mapas de localização e geológico apresentados neste trabalho foram confeccionados a partir de softwares Arc Gis 9.2/Arc Map e Corel DRAW x3, e a digitação do texto desta monografia nos softwares Microsoft Word e Excel.

27 26 CAPÍTULO III 3. CONTEXTO GEOLÓGICO REGIONAL O enxame de diques máficos de Itapé, pertencentes à Província de Diques Máficos de Itabuna-Itajú do Colônia (PIIC), denominada por Corrêa-Gomes et al. (1996) está localizado na porção Sul do Estado da Bahia. O arcabouço geológico da área de estudo está inserido no Orógeno Itabuna-Salvador-Curaçá, na intitulada Província Alcalina (PASEBA) por Silva Filho et al. (1974), na borda leste do Cráton do São Francisco (ALMEIDA, 1977) (Figura 3.1), estando situado no domínio de rochas granulíticas do Cinturão Atlântico (Figura 3.2), próximo à Faixa Marginal de Dobramentos Araçuaí. 3.1 O CRÁTON DO SÃO FRANCISCO O Cráton do São Francisco (CSF) consiste numa extensa unidade cratônica da Plataforma Sul-Americana e estende-se, além do Estado da Bahia pelos Estados de Sergipe, Pernambuco, Goiás e Minas Gerais. O CSF está separado em domínios geológicos distintos, constituídos por: terrenos graníticos-gnáissicos-magmatíticos; seqüências vulcanossedimentares; cinturão móvel; coberturas plataformais e coberturas fanerozóicas, que serão descritas a seguir:

28 27 i - terrenos graníticos-gnáissicos-magmatíticos arqueanos de médio a alto grau metamórfico, compostos por várias associações litoestratigráficas. Estes terrenos formam segmentos crustais, representados pelos Blocos Gavião, Guanambi-Correntina, Paramirim, Serrinha, Mairi e Jequié (BARBOSA e DOMINGUEZ, 1996; BARBOSA e SABATÉ, 2004); ii - seqüências vulcanossedimentares do tipo greenstone belts, formadas durante o Arqueano a Paleoproterozóico, associadas aos terrenos graníticosgnaissicos-migmatíticos arqueanos, tendo como exemplo os Greenstone Belts de Contendas-Mirante, Itapicuru, Mundo Novo, Riacho de Santana e Umburanas, (e.g., BASTOS LEAL et al., 1998); iii - cinturão móvel de idade Paleoproterozóica denominado de Itabuna- Salvador-Curaçá, corresponde a uma mega estrutura existente ao longo da costa brasileira que, no Estado da Bahia bifurca-se no segmento Salvador-Curaçá, exposto na porção nordeste, enquanto o segmento Itabuna-Salvador ocorre no sudeste do Estado. Estes segmentos são formados, principalmente, por tonalitos e charnoquitos com enclaves máfico-ultramáficos e, mais raramente, por rochas supracrustais (BARBOSA e DOMINGUEZ, 1996; BARBOSA e SABATÉ, 2004); iv - coberturas plataformais de idade Mesoproterozóica, constituída por rochas de origem siliciclástica representadas pelo Supergrupo Espinhaço e as de idade Neoproterozóica, compostas por rochas de natureza carbonática do Supergrupo São Francisco. v - Coberturas Fanerozóicas, representadas pelo grupo Barreiras, constituído por arenitos que apresentam baixa maturidade textural e mineralógica, sendo mal selecionados, com intercalações argilosas e conglomeráticas que ressaltam o acamadamento horizontalizado. Corresponde a depósitos de leques aluviais amalgamados que se associam a um sistema fluvial do tipo entrelaçado (PAIXÃO, 2008).

29 28 1- Coberturas Fanerozóicas 2- Faixas de Dobramentos (AP Araçuaí; SE Sergipana; RR Formosa do Rio Preto) 3- Coberturas Plataformais do Neoproterozóico (Supergrupo São Francisco) 4- Coberturas Plataformais do Mesoproterozóico (Supergrupo Espinhaço) 5- Cinturões Móveis do Paleoproterozóico 6- Seqüência Sedimentar e Metassedimentar do Arqueano 7 e 8 Blocos Arqueanos (BJ-Bloco Jequié, BG- Bloco do Gavião; GC-Bloco Guanambi-Correntina; BRASIL CRÁTON DO SÃO FRANCISCO BAHIA Figura Localização do Cráton São Francisco, esboço geológico e compartimentação geotectônica do Estado da Bahia (Adaptado e modificado de BARBOSA e DOMINGUEZ, 1996)

30 Figura 3.2 Mapa Geológico Regional, apresentando a área de estudo inserida no domínio das rochas tonalíticas-trodhjemíticas granulitizadas do Cinturão Atlântico. Fonte: Base Digital do IBGE. 29

31 O CINTURÃO ITABUNA-SALVADOR-CURAÇÁ O Sistema Orogênico Itabuna-Salvador-Curaçá (Orógeno Itabuna-Salvador- Curaçá, e.g., BARBOSA et al., 2001) estende-se de norte a sul do Estado da Bahia ao longo de aproximadamente 700 km e inclui os denominados Cinturões Itabuna, ao sul, e Salvador-Curaçá, ao norte. Seus limites, tanto a oeste (Bloco Gavião) quanto a leste (Bloco Serrinha) são caracterizados por zonas de cisalhamento de transpressão, dúcteis-frágeis, sinistrais e que apresentam estruturas com vergências opostas: para oeste, sobre o Bloco Gavião e para leste, sobre o Bloco Serrinha. Essa estrutura foi interpretada por Padilha e Melo (1991) e Melo et al. (1995) como uma estrutura em flor positiva assimétrica, configurada na fase final do evento orogênico paleoproterozóico (LEITE, 2002). (c) Figura 3.3 [a] Mapa esquemático da delimitação do Orógeno Itabuna-Salvador-Curaçá no Estado da Bahia; [b] sua situação no Cráton do São Francisco (Modificado de DOMINGUEZ e CORRÊA- GOMES, 2006); e [c] Mapa geológico simplificado do segmento do orógeno paleoproterozóico exposto na porção norte do Cráton do São Francisco. Os blocos arqueanos Serrinha e Jequié (provavelmente microcontinentes), juntamente com o Cinturão Itabuna-Salvador-Curaçá (arco magmático) foram amalgamados ao bloco arqueano maior do Gavião na transição entre os períodos Rhyaciano e Orosiriano (Extraído e modificado de BARBOSA e SABATÉ, 2002). O Cinturão Itabuna-Salvador-Curaçá compreende uma faixa contínua de rochas de alto grau metamórfico, situada na borda leste do Cráton do São Francisco e foi

32 31 formado num intervalo de tempo de cerca de milhões de anos, durante o Paleoproterozóico, quando o Bloco do mesmo nome foi imprensado por outros Blocos de Idade Arqueana (Blocos Gavião, Jequié e Serrinha) levando à formação de importante cadeia de montanhas (BARBOSA et al., 2003). Sua porção central constitui uma das mais importantes províncias de granulitos aflorantes no mundo (BARBOSA, 1986). Este Cinturão é constituído por, pelo menos, quatro grupos de tonalitos/trondhjemitos, sendo três deles de idade arqueana, próxima a 2,6 Ga, e um paleoproterozóico, formado a aproximadamente 2,1 Ga. Como exemplo, há os tonalitos de Ipiaú e Caraíba, com idades obtidas em zircões pelos métodos Pb-Pb evaporação e U-Pb SHRIMP, interpretados, principalmente com base nos elementos terras raras, como resultado da fusão de crosta oceânica toleítica (BARBOSA et al., 2003). É composto ainda por charnoquitos de ~2,6 Ga, faixas de rochas metassedimentares e gabros/basaltos de fundo oceânico e/ou bacias back-arc de fonte mantélica (TEIXEIRA et al., 1997). Todas estas rochas foram reequilibradas na fácies granulito no Paleoproterozóico. Segundo dados Pb-Pb obtidos pelo método de evaporação em zircões (LEDRU et al.,1993), intrusões monzoníticas com afinidade shoshonítica, de idade de 2.4 Ga, estão contidas neste segmento. Durante a construção do orógeno, quando houve a colagem da parte sul do Bloco Itabuna-Salvador-Curaçá com os Blocos Jequié e Gavião, formaram-se grandes alinhamentos tectônicos, como reflexo do elevado grau de estruturação dos seus litotipos. Em geral, esses alinhamentos são anastomosados e quase sempre acompanhados por grande densidade de fotolineações, sugerindo a presença de zonas de cisalhamento (BARBOSA et al, 2003). 3.3 A PROVÍNCIA ALCALINA DO SUL DO ESTADO DA BAHIA PASEBA Silva Filho et al. (1974), caracterizaram e reuniram os litotipos da região sul do Estado da Bahia em um conjunto de rochas alcalinas brasilianas que recebeu a terminologia de Província Alcalina do Sul do Estado da Bahia (PASEBA). De acordo com Rosa et al. (2005), dados geoquímicos indicam que, na PASEBA, coexistem maciços peralcalinos subsaturados em SiO 2 e rochas sub-

33 32 saturadas e supersaturadas em SiO 2 (Complexo Floresta Azul ROSA et al., 2003; OLIVEIRA et al., 2002; Maciço Itabuna PEIXOTO et al., 2002; Maciço Itarantim OLIVEIRA, 2003). Marques et al., (2001); e Menezes et al., (2002) constataram que nos diques alcalinos diferenciados associados a este plutonismo, ocorre o mesmo fato, coexistindo termos traquíticos e fonolíticos espacial e temporalmente. Ainda segundo Rosa et al. (2005), o magmatismo alcalino saturado e subsaturado em SiO 2, presente nesta província, é indicador de processos de assimilação crustal ou da existência de pulsos magmáticos alcalinos distintos, corroborando diferentes graus de fusão de fonte mantélica. Figura 3.4 [A] Localização da área de ocorrência das rochas alcalinas neoproterozóicas do sul do Estado da Bahia; [B] Mapa geológico simplificado da Província Alcalina do Sul do Estado da Bahia (adaptado e modificado de Rosa et al. (2003). [C] Representação esquemática dos principais lineamentos estruturais rúpteis da Zona de Cisalhamento de Itabuna-Itaju do Colônia, ZCIIC, na região de influência das cidades de Itabuna, Ilhéus e Itapé, SSE do Estado da Bahia (Adaptado de CORRÊA-GOMES et al., 1996). Nesta região, em particular entre as cidades de Itabuna e Itajú do Colônia, ocorre uma expressiva zona de cisalhamento denominada de Zona de Cisalhamento Itabuna-Itajú do Colônia (ZCIIC) (CORRÊA-GOMES et al., 1996) onde os corpos filonianos de Itapé, objeto do presente estudo, estão alojados (Figura 3.4C). A seguir será feita uma breve descrição da ZCIIC e de sua localização.

34 A ZONA DE CISALHAMENTO ITABUNA-ITAJU DO COLÔNIA - ZCIIC Segundo Corrêa-Gomes (2000), se destaca na região da Província Alcalina do Sul do Estado da Bahia uma importante feição geológica, que é a Zona de Cisalhamento Itabuna-Itaju do Colônia (ZCIIC). Está localizada na porção SSE do Estado da Bahia, dentro da borda leste do Cráton do São Francisco, próximo à Faixa Araçuaí, afetando uma área aproximada de 4500 km² (Figura 3.4C). A ZCIIC aloja três grupos de rochas filonianas. O primeiro grupo corresponde a diques anfibolíticos paleoproterozóicos, cisalhados e ligados aos momentos finais do Evento Paleoproterozóico (2,0 1,8 Ga), segundo Corrêa-Gomes (2000), seguido por um enxame de diques toleíticos de idade aproximada de 1,0 Ga, relacionados a um domeamento litosférico possivelmente relacionado a uma pluma litosférica, e outro, de idade neoproterozóica (0,65 0,45 Ga,), segundo Lima et al. (1981), composto por diques máficos e félsicos pertencentes à Província Filoniana de Itabuna-Itaju do Colônia, alojados em condições de níveis crustais rasos. 3.5 PROVÍNCIA ITABUNA-ITAJU DO COLÔNIA PIIC As regiões de Itabuna-Itaju do Colônia, no sudeste da Bahia, abrigam inúmeras ocorrências de litotipos alcalinos de caráter tipicamente anorogênico com idades variando entre 660 Ma e 450 Ma (CORDANI, 1973; INDA e BARBOSA, 1978). São litchifielditos, gabros, monzonitos, sienitos e granitos alcalinos. Vários autores (FUJIMORI, 1967; SILVA FILHO et al., 1974; PEDREIRA et al., 1975) ressaltaram a contemporaneidade desta província com os grandes falhamentos tectônicos existentes na região, o que pode ser observado nos corpos plutônicos alcalinos citados anteriormente, no item 3.3 deste trabalho. Uma vasta rede de rochas filonianas corta estes corpos, geometricamente paralelas aos falhamentos da região e à Zona de Cisalhamento de Itabuna-Itaju do Colônia (ZCIIC) (Figura 3.3C). Entre as suítes alcalinas de Itabuna e Itaju do Colônia existe um conjunto filoniano que representa sumariamente o sistema regional. Trata-se da área-chave

35 34 de Itapé, onde podem ser observadas centenas de filões aflorantes ao longo do rio Colônia, caracterizando-se como um dos enxames filonianos mais expressivos do Estado da Bahia. São diques faneríticos e porfiríticos, por vezes compostos e com geometrias variadas (bifurcadas, curvas etc.). As direções de fluxo magmático observadas indicam sentidos contrários de colocação, para NE e para SW, sugerindo que Itapé teria sido, provavelmente, um importante corredor de injeções magmáticas opostas, originadas em Itabuna e principalmente em Itaju do Colônia, ou até mesmo um centro de propagações magmáticas (CORRÊA-GOMES et al., 1996). De acordo com Corrêa-Gomes et al. (1996), este conjunto filoniano encontra-se fracamente deformado, sugerindo que o preenchimento de fraturas pelo magma ocorreu tarditectonicamente, durante a reativação da Zona de Cisalhamento Itabuna- Itaju do Colônia.

36 44 CAPÍTULO V 5. CARACTERIZAÇÃO PETROGRÁFICA Neste capítulo serão caracterizadas as rochas máficas dos diques e as respectivas rochas encaixantes da área de estudo, através da análise petrográfica de 17 amostras. A descrição petrográfica realizada incluiu o grau de cristalização das rochas, o tamanho dos cristais e suas relações geométricas, a descrição de estruturas e texturas, composição mineralógica e transformações hidrotermais/metamórficas, permitindo a classificação dos litotipos reconhecidos na área investigada. Primeiramente, convém conceituar alguns termos e critérios utilizados para a descrição petrográfica: 1.Texturas a. Diabásica: quando o plagioclásio dispõe-se em prismas que se tocam em padrão triangular ou angular e tem interstício ocupado por cristal de piroxênio; b. Intergranular: ripas de plagioclásio unem-se formando um arcabouço, onde os interstícios são preenchidos por pequenos grãos de minerais máficos; c. Ofítica: cristais de plagioclásio completamente envolvidos por grandes cristais de piroxênio; d. Sub-ofítica: cristais de plagioclásio parcialmente envolvidos por cristais de piroxênio;

37 45 e. Porfirítica: cristais maiores (fenocristais) estão imersos em uma massa de granulação mais fina (matriz); f. Glomeroporfirítica: caso particular da textura porfirítica, quando os fenocristais aparecem reunidos em glômeros; g. Granoblástica: textura metamórfica na qual os cristais são equidimensionais e sem orientação. h. Holocristalina: textura de rocha ígnea constituída inteiramente por cristais. i. Hipocristalina: textura de rocha ígnea constituída por cristais e vidro. 2. Processos deutéricos/hidrotermais a. Uralitização: piroxênio em presença de água produz um anfibólio de granulação fina e hábito muitas vezes fibroso, de composições nas séries tremolita-actinolita, hornblenda e cummingtonita-grunerita. b. Biotitização: processo de alteração deutérica/hidrotermal nos cristais de piroxênio, embora seja mais freqüente na hornblenda, que produz biotita. Como a biotita contém pouco Ca, cristais de epidoto são produzidos a partir do Ca liberado durante a alteração da hornblenda para biotita. c. Cloritização: é a alteração de minerais máficos para clorita, que é um filossilicato muito hidratado e tipicamente substitui minerais máficos menos hidratados a baixas temperaturas quando há água disponível. d. Saussuritização: ocorre quando o plagioclásio (feldspato cálcico) é substituído por sericita, muscovita, calcita e/ou epidoto de granulação muito fina. e. Sericitização: Qualquer processo geológico que leve à formação de sericita, normalmente às expensas de feldspatos. É provocado pela penetração de fluidos hidrotermais 3. Textura associada à reação entre cristais e líquido

38 46 a. Zoneamento: reação química contínua entre o mineral e o líquido. Ocorre com aqueles minerais que são soluções sólidas contínuas, tais como o plagioclásio e a olivina. O processo se dá durante a ascensão do magma, refletindo a variação de temperatura e composição 4. Granulometria a. Muito fina: Ø 0,1 mm b. Fina: 0,1 < Ø 1,0 mm c. Média: 1,0 < Ø 5,0 mm d. Grossa: Ø 5,0 mm 5. Tamanho do cristal a. Matriz: Ø 0,1 mm b. Microfenocristal: 0,2 mm < Ø 0,5 mm c. Fenocristal: 0,5 < Ø 2,0 mm d. Macrofenocristal: 2,0 < Ø 10 mm 6. Conteúdo em fenocristais (F) a. Fracamente porfirítica: F 5,0% b. Moderadamente porfirítica: 5,0 < F 10% c. Fortemente porfirítica: F 10% (TANNER DE OLIVEIRA, 1989) De modo geral, as rochas máficas, que são o objeto de estudo, são holocristalinas e apresentam granulação variando de fina a média. Há predominância das texturas ofítica, subofítica e intergranular e, subordinadamente,

39 47 da porfirítica. Com menor freqüência ocorre a textura glomeroporfirítica, com glômeros de piroxênio e plagioclásio dispersos numa matriz fina, composta principalmente por piroxênios e plagioclásios. Estas rochas são compostas, essencialmente, por plagioclásio e piroxênios (ortopiroxênios e clinopiroxênios) e, em menor quantidade, por biotita e hornblenda. Quartzo, opaco e zircão são acessórios, enquanto clorita, epídoto, sericita e carbonato são produtos de alteração de plagioclásios, piroxênios e anfibólios. As rochas encaixantes são metamórficas de alto grau, da fácies granulito, que apresentam textura granoblástica e estrutura maciça, compostas principalmente por plagioclásio, quartzo e clinopiroxênio. Em menor quantidade ocorre a hornblenda, mesopertita, minerais opacos e titanita. A composição modal indica um protólito tonalítico. As rochas máficas e suas encaixantes granulíticas terão seus aspectos petrográficos caracterizados separadamente neste capítulo, para um melhor entendimento dos mesmos. 5.1 ROCHAS GRANULÍTICAS - ENCAIXANTES Foram coletadas 4 amostras das rochas encaixantes na área estudada (Figura 5.1). Tratam-se de rochas de composição básica, todas metamorfisadas na fácies granulito. Estas rochas são caracterizadas nas lâminas IT-02A.1, IT-02D, IT-07A e IT-08 cujas composições modais são apresentadas na Tabela 5.1. Tabela 5.1 Composição modal das rochas encaixantes granulíticas, em porcentagem de volume. Tonalitos Granulíticos titanita Lâminas/ Composição IT-02A.1 - IT-02D - IT-07A - IT-08 2 epídoto plagioclásio quartzo clinopiroxênio minerais opacos hornblenda mesopertita 2-3 -

40 Figura 5.1 Mapa de amostragem. Fonte: IBGE,

41 49 De acordo com o diagrama da Figura 5.2, são derivadas de um protólito tonalítico. Porém, como as lâminas IT-02A e IT-02D pertencem a uma seqüência particular do ponto IT-02, será tratada em um tópico à parte (item 5.3), neste capítulo. Figura Diagrama QAP, classificando os protólitos das rochas granulíticas. Streckeisen (1976). Estas rochas apresentam textura granoblástica inequigranular marcada pela presença de porfiroblastos de plagioclásio e quartzo e, em menor quantidade, de clinopiroxênio (diopsídio) e mesopertita, que chegam a alcançar pouco mais de 3,0 mm de tamanho (Fotomicrografias 5.1 e 5.2). Quanto à forma dos cristais, estas rochas apresentam textura hipidioblástica a xenoblástica e textura granoblástica

42 marcada pela presença de minerais granulares sem orientação (Fotomicrografia 5.3). 50 Di Pl Mp Pl 0,2 mm 0,2 mm Fotomicrografia 5.1- Aspecto geral da lâmina, evidenciando a textura granoblástica e cristais inequigranulares, além de cristais de diopsídio (Di) e plagioclásio (Pl) Amostra IT-07A. Sem analisador (lado esquerdo) e com analisador (lado direito). Aumento 25X. Pl Di Di Pl 0,2 mm 0,2 mm Fotomicrografia 5.2 Inequigranularidade dos grãos. Grãos xenomórficos de diopsídio (Di) envolvidos por porfiroblastos de plagioclásio (Pl) com extinção ondulante Amostra IT-07A. Sem analisador (lado esquerdo) e com analisador (lado direito). Aumento de 100X. Pl Di Pl 0,2 mm Di 0,2 mm Fotomicrografia Aspecto geral da lâmina, onde pode ser observada a textura granoblástica constituída por plagioclásio (Pl) e quartzo. Amostra IT-08. Sem analisador (lado esquerdo e com analisador (lado direito). Aumento de 25X.

43 51 São essencialmente compostas por plagioclásio, quartzo e diopsídio. Em menor quantidade ocorrem os minerais opacos e hornblenda, enquanto a mesopertita, a titanita e o epídoto ocorrem acessoriamente. O plagioclásio perfaz entre 40 e 50% do volume total das rochas. Seus cristais têm dimensão variando entre 0,1 a 4,5 mm, ocorrendo predominantemente como cristais xenomórficos e subordinadamente hipidiomórficos. São, geralmente, geminados segundo as leis albita e albita-carlsbad. Fazem contato reto entre si e muitas vezes com o diopsídio, e com os demais cristais o contato é curvo e, por vezes, lobado. Principalmente nos cristais, é possível observar manchas acinzentadas ou coloridas no núcleo e bordas, que correspondem aos processos de sericitização/saussuritização. Na maioria dos cristais de plagioclásio nota-se extinção do tipo ondulante. De acordo com o método Michel-Levy (KERR, 1959) os valores obtidos se referem à variação labradorita (An= 57%). O quartzo representa cerca de 20 a 30% do volume total das rochas. Ocorre como cristais com tamanhos variando entre 0,2 a 0,4 mm. São xenomórficos e, de modo geral, seus contatos são sempre sinuosos. O diopsídio constitui cerca de 19 a 32% do volume total das rochas. Seus cristais têm tamanho variando de 0,1 a 1,3 mm e são anédricos, ocorrendo fraturados algumas vezes e com grandes porções de alteração hidrotermal (uralitização), gerando anfibólio. Não raramente, apresentam contatos reto com a labradorita e sinuosos com os demais cristais presentes (Fotomicrografia 5.4). Di Pl 0,2 mm Pl Di Op Di 0,2 mm Fotomicrografia Cristais de diopsídio (Di) em contato com cristais de (Pl) e minerais opacos (Mo) mostrando contato reto e sinuoso. Amostra IT-08. Sem analisador (lado esquerdo) e com analisador (lado direito). Aumento de 100X.

44 52 Os minerais opacos alcançam um teor máximo de 10% do volume total das rochas. Ocorrem de forma anédrica, dispersos por toda a lâmina e quase sempre estão envolvidos por titanita. A hornblenda representa menos de 7% do volume total das rochas, ocorrendo acessoriamente como produto de alteração da diopsídio, quase sempre com aspecto difuso nas bordas e núcleo deste mineral (uralitização). A mesopertita, acessória, perfaz no máximo 3% do volume total da rocha. São possui tamanhos variando entre 0,5 e 2,1 mm e estão, associados a cristais de labradoritas (Fotomicrografia 5.5). Mp 0,2 mm 0,2 mm Fotomicrografia 5.5 Cristal de mesopertita (Mp) associada a cristais de labradorita (Pl). Amostra IT-07A. Sem analisador (lado esquerdo) e com analisador (lado direito). Aumento de 100X. A titanita ocorre acessoriamente, representando cerca de 2% do volume total das rochas. Seus cristais são anédricos, com tamanhos variando de 0,05 a 0,2 mm. Está, de modo geral, associada aos minerais opacos e/ou próxima aos cristais de piroxênio, quase sempre em glômeros. O epídoto atinge menos de 1% do volume total da rocha, ocorrendo em diminutos cristais resultantes da alteração das labradoritas. São, de modo geral, adimensionais, embora raramente sejam observados cristais que alcançam 0,1 mm (Fotomicrografia 5.6).

45 53 0,2 mm 0,2 mm Fotomicrografia Cristal de epídoto gerado a partir da saussuritização de labradorita (Pl). Amostra IT-08. Sem analisador (lado esquerdo) e com analisador (lado direito). Aumento de 100X. 5.2 DIQUES MÁFICOS Foram coletadas 13 amostras de diques máficos, todas elas ao longo do leito do rio Colônia (Figura 5.1), representadas pelas lâminas: IT-01, IT-02A, IT-02B, IT- 02C, IT-03, IT-07, IT-09, IT-10A, IT-10B, IT-11, IT-12, IT-14, IT-15. Porém, como já foi dito anteriormente, as lâminas referentes ao ponto IT-02 serão detalhadas no item 5.3 deste capítulo, por se tratar de amostras coletadas no contato da encaixante/dique máfico. As composições mineralógicas destas rochas estão representadas na Tabela 5.2. Tabela 5.2 Composição modal dos diques máficos em porcentagem de volume. Lâminas/ Composição Diques Máficos IT-01 IT-02A IT-02B IT-02C IT-03 IT-07 IT-09 IT-10A IT-10B IT-11 IT-12 IT-14 IT-15 plagioclásio clinopiroxênio ortopiroxênio hornblenda minerais opacos biotita quartzo calcita titanita clorita apatita zircão epidoto

46 5.2.1 Basaltos - Lâminas IT-01, IT-03, IT-07, IT-09, IT-10A, IT-10B, IT-11, IT Nessas lâminas observa-se texturas hipocristalina, inequigranular, fortemente porfirítica, marcada pela presença de fenocristais de plagioclásio e piroxênio imersos numa matriz de granulação fina a média (Fotomicrografias 5.7 e 5.8), ofítica e subofítica (Fotomicrografia 5.9), intergranular e glomeroporfirítica (Fotomicrografia 5.10). 0,2 mm 0,2 mm Fotomicrografia 5.7 Aspecto geral da lâmina, onde observa-se os macrofenocristais ripiformes de plagioclásio e a textura intergranular e subofítica. Amostra IT-03. Sem analisador (A) e com analisador (B). Aumento de 25X. Aug Aug Pl 0,2 mm 0,2 mm Fotomicrografia Aspecto geral da lâmina com fenocristais de hiperstênio e augita, e macrofenocristal de plagioclásio (Pl) saussuritizado/sericitizado, imersos na matriz composta por microfenocristais de plagioclásio, piroxênios, hornblenda, biotita, minerais opacos, clorita, calcita e titanita. Amostra IT-01. Sem analisador (lado esquerdo) e com analisador (lado direito). Aumento de 25X.

47 55 Aug Pl Aug 0,2 mm 0,2 mm Fotomicrografia Textura ofítica, onde macrofenocristais de augita envolvem totalmente um cristal de plagioclásio. Amostra IT-07. Sem analisador (lado esquerdo) e com analisador (lado direito). Aumento de 100X. Pl Aug Pl 0,2 mm 0,2 mm Fotomicrografia Textura intergranular marcada por ripas de plagioclásio (Pl) que formam um arcabouço em glômeros e envolvem pequenos cristais de augita(aug). Amostra IT-03. Sem analisador (lado esquerdo) e com analisador (lado direito). Aumento de 100X. Observa-se ainda importantes feições relacionadas a processos hidrotermais como saussuritização/sericitização, uralitização, biotitização, cloritização e outras relacionadas à variação de temperatura durante o processo de cristalização magmática, como o zoneamento de fenocristais de plagioclásio e piroxênio. São essencialmente compostas por plagioclásio, ortopiroxênio (hiperstênio) e clinopiroxênio (augita). Em menor quantidade ou acessoriamente ocorrem minerais como o anfibólio (hornblenda), minerais opacos, biotita, quartzo, calcita, clorita e titanita. O plagioclásio pode variar de 21 a 40% do volume total dessas rochas. Ocorre como fenocristais, com tamanho variando de 0,5 a 4,0 mm, e como microfenocristais que compõem a matriz, com tamanho variando de 0,2 a 0,45 mm.

48 56 Seus cristais ocorrem principalmente na forma de ripas euédricas e, subordinadamente, subédricos. Fazem contato reto entre si e com alguns cristais de orto e clinopiroxênio, e contato curvo com os cristais de quartzo. São geminados segundo as leis albita e albita-carlsbad e apresentam processos de alteração hidrotermal como saussuritização/sericitização, que dão aos cristais manchas acinzentadas com aspecto nublado, em luz plana. Muitos fenocristais, estão zonados, e as zonas com maior e menor teor de cálcio estão marcadas por núcleos mais saussuritizado e bordas menos saussuritizadas (Fotomicrografia 5.11). De acordo com o método Michel Levy (KERR, 1959), o plagioclásio é labradorita (An= 55-65%). Pl Pl 0,2 mm 0,2 mm Fotomicrografia Macrofenocristais ripiformes de labradorita (Pl) parcialmente saussuritizados e sericitizados, com textura glomeroporfirítica. Amostra IT-01. Sem analisador (lado esquerdo) e com analisador (lado direito). Aumento de 100X. Augita e hiperstênio chegam a representar, juntos, aproximadamente 24 a 49% do volume total dos diques máficos. A augita chega a alcançar 75% do volume total de piroxênios, sendo o principal destes. Apresenta coloração castanho-clara, enquanto o hiperstênio é pleocróico, com coloração variando de castanho claro a esverdeado. Ambos apresentam fenocristais com tamanho variando de 0,5 a 4,2 mm e microfenoscristais que compõem a matriz, com tamanho variando de 0,08 a 0,5 mm. São subédricos a fracamente euédricos, sendo possível reconhecer, muitas vezes sua forma hexagonal. Ocorrem fraturados e, muitas vezes, em processo de uralitização nas suas fraturas e núcleo; quando na presença de água, os cristais de piroxênio se alteram para um anfibólio de granulação fina e, muitas vezes, de hábito

49 fibroso. Também podem ocorrer com bordas alteradas para calcita (Fotomicrografia 5.12), ou ainda zonados, assim como os plagioclásios. 57 Aug Hb Cc 0,2 mm 0,2 mm Fotomicrografia 5.12 Macrofenocristal de augita (Aug) em processo de uralitização, no centro, enquanto a borda está alterada para calcita (Cc). Amostra IT-01. Sem analisador (lado esquerdo) e com analisador (lado direito). Aumento de 100X. A hornblenda representa cerca de 4 a 16% do volume total das rochas. Apresenta pleocroísmo, com coloração variando de castanho-claro a verdeacastanhado. Seus cristais são anédricos e ocorrem como produto da alteração dos piroxênios, principalmente da augita, pelo processo de uralitização. Geralmente ocupam as bordas e núcleo dos cristais de augita, além de preencherem fraturas. Apresentam-se em porções esverdeadas e de aspecto difuso. Está sempre associada a minerais opacos e à biotita. Os minerais opacos correspondem entre 5 e 13% do volume total das rochas. Ocorrem, em grande parte, como diminutos grãos em forma de gotas nas bordas e fraturas dos cristais de piroxênio (orto e clino) mas, principalmente, dispersos por toda a lâmina, associados à biotita, hornblenda e piroxênios. A biotita ocorre secundariamente, por vezes acessoriamente, atingindo aproximadamente 2 a 20% do volume total das rochas. Seu pleocroísmo varia de castanho-claro a castanho-escuro, e seus cristais são anédricos, embora também ocorram diminutas ripas subédricas com tamanho em torno de 0,2 a 0,4 mm. Fazem contato reto e/ou serrilhado com os cristais de plagioclásio, e curvo com os cristais de augita, hiperstênio, anfibólio e minerais opacos. Ocorre por toda a matriz pela desestabilização da hornblenda.

50 58 O quartzo sempre ocorre acessoriamente, representando cerca de 1 a 4% do volume total das rochas. Seus cristais são anédricos com tamanhos variando de 0,05 a 0,3 mm, dispersos por toda a matriz. Seu baixo percentual, associado ao alto teor de plagioclásio, marca o caráter basáltico destas rochas. A calcita corresponde aproximadamente de 2 a 11% do volume total da rocha. Seus cristais são anédricos, com tamanho variando de 0,2 a 2,0 mm, apresentando-se como micro e fenocristais. Geralmente faz contato com cristais de plagioclásio e quartzo, que são do tipo reto, curvo ou em lóbulos. É um mineral de alteração e se formou devido à ação de soluções hidrotermais aquo-carbônicas que percolam pela rocha. A clorita representa cerca de 1% do volume total da rocha. É um mineral de alteração formado pela desestabilização dos minerais máficos. A titanita representa de 1 a 4% do volume total da rocha. Ocorre geralmente associada aos minerais opacos formando uma coroa de reação ao redor destes e também como cristais dispersos pela matriz. Neste último caso, podendo representar uma fase primária acessória Metabasalto Lâminas IT-12 e IT-14 A ocorrência desse tipo litológico se resume a duas rochas ao longo da área estudada. Estão localizadas na porção leste da área, próximo à cidade de Itapé (Figura 5.1). Trata-se de rochas que sofreram metamorfismo incipiente e os estudos petrográficos realizados nas respectivas lâminas, IT-12 e IT-14, mostraram que as mesmas possuem granulação variando de fanerítica fina a média e texturas ígneas reliquiares do tipo blasto-subofítica e blasto-intergranulares (Fotomicrografias 5.13 a 5.14).

51 59 Pl 0,2 mm 0,2 mm Fotomicrografia Aspecto geral da lâmina. Observa-se a textura blastoporfirítica e blastofenocristal de labradorita. Amostra IT-12. Sem analisador (lado esquerdo) e com analisador (lado direito). Aumento de 25X. Pl Pl 0,2 mm 0,2 mm Fotomicrografia Aspecto geral da rocha, marcado principalmente pela presença de hornblenda, clorita e ripas subédricas de plagioclásio, mostrando a textura intergranular. Amostra IT-14. Sem analisador (lado esquerdo) e com analisador (lado direito). Aumento de 100X. Zircão Zircão Pl Pl 0,2 mm 0,2 mm Fotomicrografia Zircão incluso em cristal de plagioclásio; Textura poiquilítica. Amostra IT- 12. Sem analisador (lado esquerdo) e com analisador (lado direito). Aumento de 200X.

52 60 Nota-se importantes feições relacionadas a processos hidrotermais como saussuritização/sericitização dos cristais de plagioclásio. É provável que os anfibólios que constituem esta rocha sejam provenientes de um processo de uralitização total de piroxênios do protólito. É essencialmente composta por plagioclásio (52%) e anfibólio (hornblenda) (21%). Em menor quantidade ocorre a biotita (9%) e a clorita (7%), e acessoriamente ocorre quartzo (3%), minerais opacos (3%), calcita (2%), titanita (1%) e epídoto (<1%). O plagioclásio representa cerca de 40% do volume total da rocha. Ocorre como fenocristais, com tamanho variando de 0,1 a 0,9 mm. Seus fenocristais ocorrem principalmente na forma de ripas euédricas e subédricas (Lâmina IT-14) e anédricos (Lâmina IT-12) com bordas fortemente saussuritizadas e sericitizadas, que fazem contato reto entre si, com alguns cristais de hornblenda, e contato curvo com os demais cristais. Observa-se apenas a geminação albita-carlsbad. A hornblenda corresponde a cerca de 23% do volume total da rocha. Apresenta-se com coloração verde-oliva e pleocroísmo variando de castanho-claro a verde-escuro. Seus cristais ocorrem, de modo geral, como ripas subédricas, e subordinadamente como cristais anédricos. Este mineral foi gerado como conseqüência do hidrotermalismo presente na área, que provocou o processo de uralitização total nos piroxênios que provavelmente constituíam a rocha pretérita. Está, de modo geral, associada a cristais de clorita e biotita, pelos processos hidrotermais de cloritização e biotitização, respectivamente. A biotita ocorre acessoriamente devido ao processo de biotitização, atingindo, aproximadamente, 9% do volume total da rocha. Seu pleocroísmo varia de castanho-claro a castanho-escuro, e seus cristais são anédricos, embora também ocorram diminutas ripas subédricas com tamanho em torno de 0,1 mm. Faz contato reto e/ou serrilhado com os cristais de plagioclásio e curvo com os cristais hornblenda, clorita e minerais opacos. Ocorre por toda a lâmina, como produto da desestabilização da hornblenda, durante a ascenção e resfriamento magmático. A clorita participa em pequena quantidade do volume total da rocha, ocorrendo na matriz como cristais anédricos, em torno de 6%, pela desestabilização contínua da hornblenda, com o abaixamento da temperatura.

53 61 Os minerais opacos correspondem, acessoriamente, a 3% do volume total da rocha. Ocorrem quase sempre, como cristais anédricos associados à hornblenda e à biotita. A calcita corresponde a aproximadamente 2% do volume total da rocha. Seus cristais são anédricos, com tamanho variando de 0,2 a 0,4 mm. Geralmente ocorre envolvida por cristais de plagioclásio e quartzo com contato curvo ou em lóbulos. É um mineral de alteração e se formou pela ação de soluções hidrotermais aquocarbônicas que percolaram pela rocha. O quartzo ocorre acessoriamente, representando cerca de 3% do volume total da rocha. Seus cristais são anédricos com tamanhos variando de 0,05 a 0,2 mm, dispersos por toda a matriz. Titanita, apatita e zircão também ocorrem acessoriamente, representando, juntos, de 3% do volume total da rocha. A titanita ocorre geralmente associada aos minerais opacos formando uma coroa de reação ao redor destes e também como cristais dispersos pela matriz. Neste último caso, podendo representar uma fase primária acessória. O zircão ocorre incluso em cristais de plagioclásio, marcando uma textura poiquilítica. A apatita ocorre como pequenos cristais dispersos por toda a lâmina. O epídoto é um mineral de alteração e perfaz menos de 1% do volume total da rocha. É gerado pela ação de fluidos hidrotermais que percolam nas fraturas da rocha, provocando a saussuritização do plagioclásio. 5.3 O PONTO IT-02 (CONTATO DIQUE MÁFICO/ENCAIXANTE GRANULÍTICA No ponto IT-02, no leito do rio Colônia, aflora um corpo de dique máfico em contato com a rocha encaixante granulítica (Figura 5.1 e Foto 5.1). Este dique máfico, orientado segundo a direção NE-SW, tem aproximadamente 4 metros de largura aflorante e 3 metros de espessura aflorante. A amostragem foi realizada da seguinte forma: a. contato entre dique máfico e rocha encaixante (Foto 5.1 e Lâmina IT- 02A).

54 62 b. amostragem a 30 cm do contato (Foto 5.1 e Lâmina IT-02B) c. amostragem a 53 cm do contato (Foto 5.1 e Lâmina IT-02C) d. amostragem da rocha encaixante (Foto 5.1 e Lâmina IT-02D) IT-02C IT-02B IT-02A IT-02D 30 cm Foto Esquema de amostragem no contato entre o dique máfico e a rocha encaixante granulítica. Ponto IT-02. Coordenadas: / Lâmina IT 02A O contato do dique máfico e a rocha encaixante Nessa lâmina é possível observar que o dique máfico apresenta as texturas hipocristalina a holocristalina, inequigranular, ofítica, subofítica, intergranular, glomeroporfirítica e vidrofírica, marcada pela presença de micro, macro e fenocristais de plagioclásio e piroxênio imersos numa matriz de granulação vítrea a fina.

55 63 Observa-se ainda importantes feições relacionadas a processos hidrotermais como saussuritização/sericitização, uralitização e outras relacionadas à variação de temperatura durante o processo de cristalização magmática, como o zoneamento de fenocristais de plagioclásio e piroxênio. Um aspecto interessante nesta lâmina é a variação granulométrica. É possível observar na Figura 5.3 que no dique máfico, em A, próximo ao contato, a matriz é vítrea e nela estão imersos microfenocristais de plagioclásio e piroxênio. Em B, percebe-se que a matriz permanece vítrea, porém, começam a surgir feno e macrofenocristais concomitantemente com microfenocristais. Em C, a matriz deixa de ser holoialina (vítrea), passando a ser holocristalina, suportando macrofenocristais de plagioclásio, que apresentam-se saussuritizados/sericitizados, e piroxênios que, muitas vezes, já estão em processo de uralitização. Em D, está representada a rocha granulítica encaixante imediatamente no contato com o dique máfico. As variações granulométricas, texturais e hidrotermais notadas na Lâmina IT- 02A sugerem que o magma penetrou na rocha encaixante que já estava fraturada, e a mudança brusca de temperatura fez com que o material magmático se resfriasse rapidamente não favorecendo o desenvolvimento dos cristais próximo ao contato. À medida em que se afasta do contato, é possível perceber que a matriz deixa de ser vítrea, pois, como a temperatura vai diminuindo gradativamente em direção ao centro do dique, os cristais que compõem a rocha têm tempo para se desenvolver, e a matriz passa a ser holocristalina suportando micro, macro e fenocristais de plagioclásio, piroxênios e opacos. O resfriamento gradativo do magma gera processos como zoneamento dos plagioclásios e piroxênios.

56 64 C B A D Pl Py Pl Contato dique máfico/rocha encaixante granulítica Hipocristalina Holocristalina 0,2 mm Figura 5.3 Mosaico esquemático representativo da lâmina IT-02A. A, B e C representam partes do dique máfico, próximas, intermediárias e distantes do contato, respectivamente. D representa a rocha encaixante granulítica. Com analisador. Aumento de 25X. Py

57 66 Dique Máfico A rocha é essencialmente composta por fenocristais de plagioclásio, ortopiroxênio (hiperstênio) e clinopiroxênio (augita) e matriz de granulação muito fina, constituída por plagioclásio, piroxênios, opacos e quartzo (Fotomicrografia 5.16). Em menor quantidade ocorre o anfibólio (hornblenda) como alteração hidrotermal dos piroxênios. 0,2 mm 0,2 mm Fotomicrografia 5.16 Aspecto geral da lâmina, evidenciando o contato entre a rocha encaixante granulítica (porção superior) o corpo máfico (porção inferior) destacando a predominância dos microfenocristais. Lâmina IT-02A. Sem analisador (lado esquerdo) e com analisador (lado direito). Aumento de 25X. O plagioclásio corresponde a 55% do volume total da rocha. Ocorre como fenocristais, com tamanho variando de 0,5 a 2,5 mm e como microfenocristais que ocorrem principalmente próximo ao contato com a encaixante, com tamanho variando de 0,02 a 0,45 mm, havendo predominância de 0,1 mm. Seus cristais ocorrem principalmente subédricos e, subordinadamente na forma de ripas euédricas que, quase sempre, se apresentam em glômeros. Raramente fazem contato com outros cristais mas, quando acontece, o contato é reto entre si e com alguns cristais de orto e clinopiroxênio, e curvo com os cristais de quartzo. Algumas vezes apresenta processos de alteração hidrotermal como saussuritização/sericitização. Também ocorre zoneamento de muitos fenocristais, que registra a variação da temperatura durante a cristalização, marcando-os com zonas de maior e menor teor de cálcio.

58 67 Augita e hiperstênio chegam a representar, juntos, 35% do volume total da rocha. A augita é predominante, com 21%. Apresenta coloração castanho-clara, enquanto o hiperstênio é pleocróico, com coloração variando de castanho claro a esverdeado. Ambos apresentam fenocristais com tamanho variando de 0,5 a 1,5 mm e microfenocristais que ocorrem predominantemente próximo ao contato, com tamanho variando de 0,05 a 0,5 mm. São cristais subédricos a fracamente euédricos, sendo possível reconhecer, muitas vezes sua forma hexagonal, que ocorrem fraturados e muitos apresentam em processo de uralitização, refletindo a presença de água no sistema (Fotomicrografia 5.17). Também podem ocorrer zonados e, como os plagioclásios, registram a variação da temperatura durante o processo de cristalização. Hb Hy 0,2 mm 0,2 mm Fotomicrografia 5.17 Macrofenocristal de hiperstênio (Hy) fraturado com preenchimento das fraturas por hornblenda, a partir do processo de uralitização. Lâmina IT-02A. Sem analisador (lado esquerdo) e com analisador (lado direito). Aumento de 100X. A hornblenda ocorre de forma anédrica pelo processo de uralitização sofrido pelos piroxênios, representando aproximadamente 5% do volume total da rocha. Apresenta-se em porções esverdeadas, com aspecto difuso e fraco pleocroísmo, com coloração variando de castanho-claro a verde-claro. Ocupam as bordas e núcleo dos cristais de augita, e principalmente preenchendo fraturas. Os minerais opacos correspondem a 4% do volume total da rocha. Ocorrem, em grande parte, como diminutos pontos nas fraturas dos cristais de piroxênio, principalmente da augita.

59 68 O quartzo perfaz apenas 1% do volume total da rocha, ocorrendo acessoriamente como microfenocristais anédricos dispersos por toda a lâmina, com tamanhos variando de 0,05 a 0,1 mm. Rocha encaixante Esta rocha apresenta textura inequigranular marcada pela presença de cristais de plagioclásio e quartzo, e em menor quantidade, de clinopiroxênio (diopsídio), e granoblástica, hipidiomórfica a xenomórfica (Fotomicrografia 5.18). 0,2 mm 0,2 mm Fotomicrografia 5.18 Contato entre o dique e a rocha encaixante granulítica, mostrando a textura granoblástica do granulito (porção superior) e cristais imersos na matriz vítrea (porção inferior). Lâmina IT-02A. Sem analisador (lado esquerdo) e com analisador (lado direito). Aumento de 100X. É composta, principalmente, por plagioclásio, quartzo e diopsídio, e secundariamente por minerais opacos, hornblenda, titanita e epídoto. O plagioclásio perfaz cerca de 40% do volume total da rocha. Seus cristais têm dimensão variando entre 0,1 a 0,6 mm, ocorrendo predominantemente como micro e fenocristais subédricos a fracamente euédricos. São, geralmente, geminados segundo as leis albita e albita-carlsbad. Fazem contato reto entre si e muitas vezes com o diopsídio, e com os demais cristais o contato é curvo e, por vezes, lobado. Sofrem intenso processo de sericitização/saussuritização. De acordo com o método Michel-Levy, os valores obtidos se referem à variação bytonitalabradorita.

60 69 O quartzo representa cerca de 30% do volume total da rocha. Ocorre como microfenocristais com tamanhos variando entre 0,1 a 0,3 mm. São anédricos e, de modo geral, seus contatos são sempre sinuosos. O diopsídio constitui cerca de 25% do volume total da rocha. Seus cristais têm tamanho variando de 0,1 a 1,0 mm e são fracamente euédricos, ocorrendo intensamente fraturados. Os contatos são sempre sinuosos com todos os cristais. A hornblenda representa menos de 2% do volume total das rochas, ocorrendo acessoriamente como produto de alteração da diopsídio, quase sempre com aspecto difuso nas bordas e fraturas dos cristais de diopsídio, decorrente do processo de uralitização. Os minerais opacos variam em torno de 1% do volume total da rocha. Ocorrem de forma anédrica, dispersos por toda a lâmina, próximo a cristais de piroxênios Lâminas IT-02B e IT-02C - Diques Basálticos Nessas lâminas observam-se as texturas hipocristalina, inequigranular, fortemente porfirítica (Fotomicrografia 5.19), marcada pela presença de pórfiros de plagioclásio e piroxênio imersos numa matriz de granulação fina a média, ofítica, subofítica, intergranular e glomeroporfirítica (Fotomicrografias 5.20 e 5.21). Aug Aug 0,2 mm 0,2 mm Fotomicrografia Aspecto geral da lâmina, com macro e fenocristais de plagioclásio e piroxênios (augita e diopsídio) imersos na matriz fina constituída por plagioclásio, piroxênio e minerais opacos. Lâmina IT-02B. Sem analisador (lado esquerdo) e com analisador (lado direito). Aumento de 25X.

61 70 Pl 0,2 mm 0,2 mm Fotomicrografia Textura glomeroporfirítica marcada por ripas de plagioclásio parcialmente saussuritizadas arranjadas em glômeros. Lâmina IT-02C. Sem analisador (lado esquerdo) e com analisador (lado direito). Aumento de 25X. Aug Pl Aug 0,2 mm 0,2 mm Fotomicrografia Detalhe por macrofenocristais de augita (Aug) envolvendo totalmente fenocristal de plagioclásio. Lâmina IT-02B. Sem analisador (lado esquerdo) e com analisador (lado direito). Aumento de 100X. Nota-se feições geradas pelo hidrotermalismo (saussuritização/sericitização, uralitização) e zoneameno de cristais de plagioclásio e piroxênios relacionado à variação de temperatura durante o processo de cristalização magmática. São essencialmente compostas por plagioclásio, ortopiroxênio (hiperstênio) e clinopiroxênio (augita). Em menor quantidade ou acessoriamente ocorre o anfibólio (hornblenda), minerais opacos, biotita, quartzo, calcita, clorita e titanita. O plagioclásio varia entre 35 e 55% do volume total dessas rochas. Ocorrem como fenocristais, com tamanho variando de 0,5 a 2,2 mm, e como microfenocristais que compõem a matriz, com tamanho variando de 0,1 a 0,5 mm. Seus cristais ocorrem principalmente na forma de ripas fracamente euédricas e subordinadamente subédricos. Fazem contato reto entre si, com alguns cristais de

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