Clovis Yoshio Kodaira Universidade de São Paulo - Instituto de Eletrotécnica e Energia

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1 XXII Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétri SENDI a 10 de novembro Curitiba - PR - Brasil Alexandre Piantini Universidade de São Paulo - Instituto de Eletrotécnica e Energia Plinio Luis Nosaki Rio Grande Energia SA Clovis Yoshio Kodaira Universidade de São Paulo - Instituto de Eletrotécnica e Energia piantini@iee.usp.br pnosaki@rge-rs.com.br kodaira@iee.usp.br Thais Ohara de Carvalho Universidade de São Paulo - Instituto de Eletrotécnica e Energia Angelo Trein Lucca Acacio Silva Neto Universidade de São Paulo - Instituto de Eletrotécnica e Energia thais@iee.usp.br engeserv@brturbo.com.br acacio@iee.usp.br Avaliação da Eficácia de Para-raios na Redução das Tensões Induzidas por Descargas Atmosféricas em Linhas de Média Tensão Palavras-chave descargas atmosféricas linhas de distribuição para-raios sobretensões tensões induzidas transitórios eletromagnéticos Resumo Este artigo descreve as principais características de um sistema desenvolvido para medição de correntes de descargas atmosféricas e estudo de tensões induzidas em linhas de distribuição devido a descargas indiretas através da obtenção simultânea de surtos induzidos em duas linhas monofásicas paralelas. Uma das linhas conta com para-raios, enquanto que a outra encontra-se desprovida de proteção. São apresentadas algumas das 1/12

2 formas de onda registradas pelo sistema e analisada a efetividade do uso de para-raios quanto à mitigação de sobretensões em linhas de distribuição causadas por descargas atmosféricas indiretas. 1. Introdução As descargas atmosféricas normalmente se constituem na principal fonte de perturbações em redes de distribuição localizadas em regiões com alta densidade de descargas, ocasionando problemas de qualidade de energia que causam transtornos aos consumidores e prejuízos significativos às empresas de energia. Esse é o caso de muitas concessionárias no Brasil e, particularmente, da RGE, cuja área de concessão envolve uma região do estado do Rio Grande do Sul com uma das mais elevadas densidades de descargas atmosféricas do país. Tendo em vista a necessidade e o interesse da RGE e da CPFL em alterar esse quadro e oferecer uma energia de melhor qualidade aos seus consumidores, foi desenvolvido o projeto de pesquisa "Padrões de Redes de Distribuição Aéreas Robustas Frente a Descargas Atmosféricas Diretas" PA0030. O projeto envolveu uma série de questões relacionadas ao tema, como a análise do comportamento das resistividades de diversos tipos de solo com a umidade (Coelho et al., 2014), avaliação e desenvolvimento de modelos relativos ao efeito da ionização do solo e à representação de sistemas de aterramento submetidos a surtos atmosféricos (ALMAGUER et al., 2013), desenvolvimento de sensores de baixo custo para medições de correntes de descargas e sobretensões atmosféricas em redes energizadas, além da modelagem de equipamentos (SHIGIHARA et al., 2016). Foram analisados os desempenhos de linhas com diferentes configurações frente a descargas atmosféricas diretas e indiretas. Além disso, foi desenvolvido um sistema para medições de correntes de descargas atmosféricas e de tensões induzidas em linhas de distribuição, implantado no campus da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI) em Santo Ângelo RS, região caracterizada por elevada densidade de descargas atmosféricas. A apresentação desse sistema, que substituiu um sistema anterior que operou no período de na cidade de São Paulo (PIANTINI et al., 2003, PIANTINI et al., 2004), constitui-se no primeiro objetivo deste trabalho. O segundo objetivo se refere à avaliação da eficácia da utilização de para-raios em redes de distribuição para mitigação das sobretensões decorrentes de descargas atmosféricas indiretas. Esta é uma das principais técnicas para proteção de linhas de distribuição frente a descargas atmosféricas e desde 1969 estudos vêm sendo realizados nesse sentido (IEEE TASK FORCE, 1969, YOKOYAMA, 1986, PIANTINI & JANISZEWSKI, 1997, PAOLONE et al., 2004, PIANTINI & JANISZEWSKI, 2007, PIANTINI, 2008, SHORT & AMMON, 1999). Entretanto, com exceção das pesquisas desenvolvidas pelo CENDAT Centro de Estudos em Descargas Atmosféricas e Alta Tensão da USP (PIANTINI & JANISZEWSKI, 2007, PIANTINI, 2008, PIANTINI et al., 2004), em nenhum outro estudo foram obtidos registros simultâneos de tensões induzidas pela mesma descarga em linhas com e sem para-raios. Em geral admite-se que a instalação de para-raios a intervalos de 200 m assegura uma redução significativa das sobretensões decorrentes de descargas em suas proximidades, embora a linha ainda esteja sujeita a interrupções causadas por descargas diretas. Entretanto, as conclusões apresentadas em um estudo experimental realizado na região de Long Island, nos EUA (SHORT & AMMON, 1999) levam a crer que a eficácia dos para-raios em termos de redução do número de interrupções causadas por descargas atmosféricas é muito baixa, mesmo quando estes estão instalados em praticamente todos os postes. Em função dessa surpreendente conclusão, alguns tópicos do artigo são discutidos no item 2. Esse tipo de divergência, aliado à importância das sobretensões causadas por descargas indiretas no desempenho de linhas de distribuição, foi um dos fatores que motivaram o desenvolvimento do novo sistema para estudo de tensões induzidas por descargas atmosféricas naturais. O novo sistema representa uma extensão da pesquisa realizada em (PIANTINI & JANISZEWSKI, 2007, PIANTINI, 2008) com modelo reduzido, sendo a metodologia pioneira anteriormente 2/12

3 desenvolvida aplicada a um sistema em escala real. A análise dos resultados envolveu medições realizadas tanto em escala real como em experimentos em escala reduzida, além de simulações realizadas através do "Extended Rusck Model" (ERM) (PIANTINI, 2010, PIANTINI & JANISZEWSKI, 1998, PIANTINI & JANISZEWSKI, 2003a, PIANTINI & JANISZEWSKI, 2009). 2. Desenvolvimento A metodologia utilizada consistiu, inicialmente, na análise dos resultados obtidos através do primeiro sistema desenvolvido para estudo de tensões induzidas por descargas atmosféricas. Tal sistema possibilita a obtenção de registros simultâneos de tensões induzidas pelas mesmas descargas em duas linhas monofásicas distantes 6 m uma da outra. Uma das linhas está protegida com para-raios (duas unidades, com espaçamento de aproximadamente 374 m), ao passo que a outra não conta com nenhum dispositivo de proteção. A comparação direta entre as tensões induzidas nas duas linhas permite a determinação, para a situação específica (configuração da linha, parâmetros da descarga e posição relativa entre a linha e o ponto de incidência da descarga), da eficácia dos para-raios na redução da amplitude da tensão induzida. Ressalta-se que as tensões são medidas em dois pontos de cada linha: o primeiro a 27 m e o outro a aproximadamente 181 m do para-raios mais próximo. Os valores das resistências de terra nos dois pontos de instalação dos para-raios são iguais a 45 ohms e 95 ohms, sendo o valor mais elevado correspondente à extremidade da linha, conforme indicado na Figura 1a. A Figura 1b apresenta o traçado da linha experimental do novo sistema e as localizações dos pontos de medição de tensões induzidas, da torre e da sala de comando do sistema de medição e aquisição de dados. A partir de simulações realizadas com o ERM estimou-se, fixando-se uma certa distância do ponto de incidência da descarga em relação à linha, a corrente da descarga que induziria na linha sem proteção a tensão medida na mesma. Trata-se meramente de uma estimativa, uma vez que correntes com diferentes amplitudes podem induzir tensões com mesmo valor de crista se as descargas ocorrerem a diferentes distâncias em relação à linha. Posteriormente os resultados obtidos foram correlacionados com medições efetuadas em escala reduzida, visando o aumento da base de dados. Essa etapa foi complementada por simulações computacionais, realizadas com o ERM, obtendo-se então, a partir de determinadas premissas, o grau de melhoria do desempenho da linha após a instalação de para-raios na mesma. A escolha do local mais adequado para instalação do novo sistema, indicado na Figura 1b, foi realizada com base na análise das densidades de descargas para terra (Ng) das cidades localizadas na área de concessão da RGE. Tal análise foi baseada em dados do INPE (2012), tendo-se verificado a existência de uma região com Ng superior a 12 descargas / (km 2.ano) próxima à fronteira com a Argentina. A celebração de um convênio de cooperação acadêmica entre a URI e a USP permitiu a implantação do novo sistema no campus da URI em Santo Ângelo RS. O sistema consiste de uma torre de 70 m de altura para a captação das descargas, duas linhas experimentais para medição das tensões induzidas e uma cabine de medição e aquisição de dados. O sistema conta também com um receptor de sinais do sistema GPS ( Global Positioning System ) para registro do horário das medições e um sensor de campo elétrico vertical para registro e automação do sistema. As tensões induzidas são registradas em 4 pontos da linha experimental, a qual é constituída por dois condutores a 9 m de altura, distantes 6 m um do outro, ambos casados nas duas extremidades. Um dos condutores é protegido com para-raios em pontos estratégicos, enquanto que o outro não dispõe de nenhum equipamento de proteção. As medições de tensão são feitas em dois pontos de cada condutor, de modo que a avaliação da eficácia do sistema de proteção da linha pode ser avaliada diretamente, através de comparações entre as tensões induzidas medidas simultaneamente nos dois condutores, em diversas situações. Faz-se também o registro do campo elétrico por meio de um sensor instalado próximo à cabine de medição. Os registros de 3/12

4 correntes de descargas incidentes na torre são realizados por meio de uma placa de aquisição de dados instalada em um computador. Na Figura 2 são mostradas fotos da torre e de um trecho da linha. (a) (b) Figura 1 - Sistemas de medição de tensões induzidas e de correntes de descargas. Zc: impedância característica da linha; PR's: para-raios. 1 e 3: pontos de medição das tensões induzidas na linha sem PR's 2 e 4: pontos de medição das tensões induzidas na linha com PR's a) Campus da USP ( ). DE CARVALHO et al. (2005) b) Campus da URI em Santo Ângelo RS (atual) Figura 2: Torre e trecho da linha experimental construída no campus da URI em Santo Ângelo - RS. A medição das tensões induzidas se dá por meio de divisores de tensão resistivos para impulsos de até 250 kv. Cada 4/12

5 poste tem dois divisores, cada um ligado a um dos condutores da linha. Um osciloscópio de quatro canais foi instalado em cada poste, onde as tensões induzidas em cada condutor são medidas em dois canais com diferentes atenuações. Os osciloscópios registram tensões induzidas simultaneamente, uma vez que os seus sistemas de disparo são interligados. A conexão entre as portas de trigger out e trigger in dos osciloscópios usados no ponto se dá através de fibra ótica. Conversores de sinais TTL elétrico para fibra ótica e vice-versa são utilizados para essa finalidade e também para enviar o sinal de disparo dos osciloscópios para a cabine de medição, permitindo assim a obtenção do horário de disparo dos osciloscópios por meio da placa receptora de sinais GPS. Um sistema microcontrolado é responsável pelo acionamento dos osciloscópios, monitoramento da carga das baterias, temperatura do sistema e acionamento do sistema de ventilação. A medição de corrente na torre é feita por meio de dois transformadores de corrente (TCs) no topo da estrutura, sendo um para registro de correntes com valor de crista de até 20 ka e o outro, até 100 ka. Os sinais elétricos dos sensores de corrente são convertidos em óticos para transmissão por fibra ótica do topo da torre até a cabine de medição, onde os sinais óticos são reconvertidos em sinais elétricos. Essas conversões elétrico/ótico e ótico/elétrico são realizados por meio de links óticos que podem transmitir sinais com frequência de até 40 MHz. Foram adquiridos dois links, um para cada TC. A placa de aquisição possui dois canais com largura de banda de 60 MHz, taxa de amostragem de 100 MS/s, resolução vertical de 14 bits e memória total de 1 GS. Foi também desenvolvido um programa computacional para aquisição dos dados de tensões induzidas na linha experimental, de correntes incidentes na torre, campo elétrico e horário dos eventos, com base em um receptor de sinais GPS. O programa também faz o gerenciamento dos sistemas de medição, acionando os osciloscópios em determinados períodos e monitorando as tensões das baterias e as temperaturas nas caixas dos instrumentos. O programa principal foi desenvolvido em LabVIEW, da National Instruments. O acionamento dos osciloscópios é realizado por meio de microcontrolador Arduino, que também faz o monitoramento da tensão da bateria e da temperatura no interior da caixa onde os equipamentos estão instalados. Um sistema de ventilação e de aquecimento pode ser acionado caso necessário, tendo em vista as grandes variações de temperatura ambiente às quais os equipamentos estarão submetidos. O sistema permitirá aproximadamente 10 segundos de registro da forma de onda da corrente de descarga, possibilitando a análise de correntes tanto da primeira descarga ("first stroke") quanto das descargas subsequentes ("subsequent strokes"). Nesta parte descreve-se sucintamente o projeto desenvolvido em (SHORT & AMMON, 1999), referente a um projeto desenvolvido em Long Island, EUA, onde a densidade anual de descargas para terra nas regiões consideradas varia entre 1,0 e 2,3 descargas/km 2. O trabalho relata os resultados obtidos experimentalmente acerca da verificação da eficácia de para-raios na proteção de linhas de distribuição, sendo a seguir tecidos comentários a respeito do estudo. O projeto compreendeu o monitoramento de cinco alimentadores durante um período de cerca de 3 anos (1993 a 1996). Os circuitos são de 13,2 kv, com quatro condutores e neutro multiaterrado, sendo a distância entre os postes igual a 40 m. Possuem configuração horizontal com cruzetas de madeira de 2,4 m, sendo que a tensão crítica de descarga disruptiva (CFO) varia de 150 kv a 300 kv. Em 1993, foram instalados para-raios de óxido de zinco poliméricos e de porcelana nas três fases de três circuitos, enquanto os outros dois ficaram sem proteção. A Tabela 1 apresenta a nomenclatura dos circuitos, além dos respectivos espaçamentos entre os para-raios. 5/12

6 TABELA 1 - CIRCUITOS MONITORADOS (ADAPTADA DE (SHORT & AMMON, 1999)). De acordo com os autores, a principal conclusão do estudo é que existem poucas evidências de que os para-raios sejam eficazes na redução do número de descargas disruptivas ocasionadas por descargas atmosféricas em linhas de distribuição aéreas. Afirmam ainda que: - apenas uma pequena parcela das faltas registradas nos circuitos monitorados foi causada por descargas atmosféricas. Isso se deve à atividade ceráunica moderada em Long Island e também ao grande número de árvores nas vizinhanças dos circuitos monitorados, que os deixa menos expostos às descargas diretas. A análise sugere que a maior parte das faltas foi ocasionada por descargas diretas; - os circuitos com para-raios não apresentaram, no período considerado, nenhuma melhora mensurável em relação aos circuitos sem para-raios, independentemente do intervalo de instalação. Em um resultado surpreendente, mesmo o circuito com para-raios em virtualmente todos os postes teve praticamente o mesmo número de faltas causadas por descargas atmosféricas que os outros circuitos. Entretanto, apesar do mérito inegável do trabalho, cumpre ressaltar que, além do curto período de medições coberto pelo estudo e a pequena quantidade de dados obtidos, insuficiente para garantir a solidez das conclusões mencionadas, aspectos para os quais os autores não deram o devido destaque, há pelo menos outras duas questões que merecem comentários. Primeiramente, o circuito 3H-83, descrito como "virtualmente à prova de faltas devido a descargas atmosféricas", por possuir para-raios em todos os postes, não tinha, na realidade, para-raios raios instalados em cerca de 11 % do seu comprimento. A maior parte das faltas causadas por descargas atmosféricas ocorreu justamente nesses trechos. Em segundo lugar, devido à grande quantidade de árvores nas proximidades do circuito, os autores excluíram a possibilidade das faltas terem sido ocasionadas por descargas diretas. Descartaram também a possibilidade das faltas terem sido decorrentes de tensões induzidas por descargas indiretas, com a justificativa da grande quantidade de pararaios. Como também foi descartado o motivo "mau funcionamento dos para-raios", em função da pequena taxa anual de falhas dos mesmos (entre 0,05 % e 0,08 % nos dois primeiros anos de operação), a real causa das faltas não foi determinada. Entretanto, a possibilidade das interrupções terem resultado de tensões induzidas por descargas nas árvores próximas ao alimentador, junto ao trecho sem para-raios, é bastante plausível e não deve ser eliminada. Testes realizados através de modelo em escala reduzida mostram que descargas muito próximas à linha (distâncias da ordem de 20 m) podem induzir tensões com valores de crista da ordem de 700 kv (para correntes com amplitude de 70 ka), mesmo com para-raios a cerca de 150 m do ponto considerado (no caso, um transformador localizado em um final de ramal) (PIANTINI & JANISZEWSKI, 2000). Na mesma situação, o valor de crista da tensão induzida foi de aproximadamente 300 kv para uma corrente com amplitude de 34 ka (PIANTINI & JANISZEWSKI, 2000). No caso da pesquisa americana, as amplitudes das correntes das quatro descargas correlacionadas com as faltas foram de 37 ka, 6/12

7 89 ka, 37 ka e 14 ka. Dentre as diversas tensões induzidas registradas pelo primeiro sistema desde o início do seu funcionamento, as mais importantes para o presente estudo são aquelas de valores mais elevados. Destacam-se, portanto, os casos indicados nas Figuras 3 e 4a, nas quais as tensões atingiram valores suficientemente altos para provocar a atuação dos pararaios. A Figura 3 ilustra uma das situações onde foi possível obter os registros simultâneos das tensões induzidas nos quatro pontos de medição. Na Figura 4a são apresentadas as tensões induzidas nos pontos 1 e 2 (Figura 1) por uma descarga que atingiu um eucalipto localizado a 67 m de distância do condutor mais afastado (sem para-raios). Deve-se ressaltar, no entanto, que embora a separação de 6 m resulte em um acoplamento entre os condutores bem inferior àquele correspondente ao caso dos condutores de uma linha convencional, o mesmo não é nulo. Assim, a presença de para-raios em uma das linhas afeta, ainda que de forma não significativa, as tensões induzidas na outra. A fim de se avaliar o grau de influência desse acoplamento nos resultados obtidos, procurou-se estimar as características da corrente da descarga que induziu as tensões apresentadas na Figura 4a, uma vez que para esse caso o local exato do ponto de impacto era conhecido. A forma de onda estimada da corrente é mostrada na Figura 4b, observando-se que ela representa uma corrente típica de descarga atmosférica (amplitude de 30 ka e tempo de frente de aproximadamente 6,4 microsegundos). Por sua vez, a Figura 5 apresenta a tensão induzida no condutor sem para-raios, calculada a partir dessa corrente. Considerou-se, nos cálculos, que a velocidade de propagação da corrente ao longo do canal é igual a 30 % da velocidade da luz no vácuo. A figura mostra ainda a tensão que seria induzida no condutor supondo a ausência do outro (com para-raios). Para efeito de comparação, a tensão medida nesse condutor (onda 1, Figura 4a) é apresentada novamente. (a) (b) Figura 3 - Tensões induzidas simultaneamente nas linhas com e sem PR's. a) pontos 1 e 2 (Figura 1a) b) pontos 3 e 4 (Figura 1a) 7/12

8 (a) (b) Figura 4 Tensões medidas simultaneamente nos dois condutores (pontos 1 e 2 indicados na Figura 1a) e corrente estimada da descarga que atingiu uma árvore a 67 m de distância da linha. a) tensões induzidas b) corrente estimada da descarga Figura 5 - Tensões induzidas no ponto 2 da linha sem para raios considerando a corrente indicada na Figura 5. Ponto atingido: árvore a 67 m de distância da linha sem PR's. 1) tensão calculada sem considerar a presença da linha com PR's; 2) tensão calculada considerando a presença da linha com PR's; 3) tensão medida (onda 1, Figura 4a). Nota-se que existe uma diferença de aproximadamente 10 % entre as tensões induzidas no condutor sem proteção quando se considera ou não o efeito do condutor com para-raios. Conforme mencionado anteriormente, tal diferença se deve ao acoplamento entre os dois condutores e a avaliação do efeito dos para-raios deve levar em conta esse aspecto. Além disso, especificamente no caso em questão, o fato do ponto de incidência da descarga estar um pouco mais próximo do condutor com para-raios (61 m) que do condutor sem proteção (67 m) também contribui um pouco para reduzir a diferença entre as tensões medidas nos dois condutores. Levando em consideração esses fatores apresentase, na Tabela 2, para alguns dos registros obtidos, as relações (Vcom/Vsem) entre os valores de crista das tensões induzidas nos condutores com (Vcom) e sem (Vsem) para-raios (xpr indica a distância entre o ponto de medição e o para-raios mais próximo). Cumpre destacar que a relação (Vcom/Vsem) depende de uma série de parâmetros, em especial da amplitude e do 8/12

9 tempo de frente da corrente da descarga, da distância desta em relação à linha e da distância xpr entre o ponto sob análise e o para-raios mais próximo. A tensão induzida em um determinado ponto da linha tende a aumentar à medida que diminui a distância entre este ponto e o local de incidência da descarga. O aumento da tensão se verifica também no caso de crescimento da amplitude da corrente ou diminuição do tempo de frente da mesma. Pontos mais afastados de um para-raios tendem a apresentar tensões mais elevadas. Evidentemente, quanto menor for a amplitude da tensão induzida, menor a corrente que fluirá através dos para-raios e, consequentemente, menor será a diferença entre as tensões nos dois condutores. Tal fato pode ser comprovado através dos resultados apresentados na Tabela 2. Nota-se, por exemplo, que no Caso 5, onde a tensão no condutor sem para-raios (calculada eliminando-se o acoplamento) atingiu 23 kv, a relação entre os valores de crista das tensões nos dois condutores é igual a 0,93. Já no Caso 6, correspondente à Figura 4, onde a tensão no condutor sem para-raios atingiu cerca de 78 kv, a relação entre as duas tensões é igual a 0,57. TABELA 2 - RELAÇÕES ENTRE AS TENSÕES INDUZIDAS MEDIDAS SIMULTANEAMENTE NOS CONDUTORES COM E SEM PARA-RAIOS (Vcom/Vsem), ELIMINANDO O EFEITO DO ACOPLAMENTO. Os dados apresentados na Tabela 2 também mostram que a eficácia dos para-raios é tanto maior quanto menor for a distância entre os mesmos e o ponto considerado. Com efeito, em ambos os casos onde as tensões induzidas foram registradas simultaneamente nos quatro pontos de medição (casos 1 a 4), a relação Vcom/Vsem foi menor no caso de distância xpr = 27 m que no caso de maior espaçamento (xpr = 181 m). De maneira geral, para pontos próximos a um para-raios a relação Vcom/Vsem diminui com o aumento da amplitude da corrente de descarga. Essa redução é mais acentuada para baixos valores de resistência de terra, pois nesses casos a tensão no condutor com para-raios (Vcom) não varia de forma significativa com a corrente de descarga, enquanto que no condutor sem proteção a tensão induzida (Vsem) é proporcional à corrente. Por outro lado, à medida que o ponto sob análise se afasta dos para-raios, a relação Vcom/Vsem passa a ser menos dependente da amplitude da corrente de descarga, pois o efeito dos para-raios demora mais a ser sentido. No caso de descargas de mesma amplitude mas com diferentes tempos de frente, o efeito dos pararaios é mais marcante, ou seja, a relação Vcom/Vsem é menor, no caso da corrente com subida mais lenta. As comparações efetuadas para alguns registros obtidos em condições semelhantes mostraram a coerência dos resultados. Ainda assim, em razão da grande quantidade de parâmetros com influência significativa nas tensões induzidas, a análise foi complementada com simulações computacionais desenvolvidas utilizando-se o ("Extended Rusck Model" - ERM). Os resultados mostraram que a instalação de para-raios a cada 360 m pode acarretar uma melhora apreciável no desempenho de uma linha de distribuição típica frente a descargas atmosféricas indiretas. Menores distâncias, no entanto (200 m, por exemplo), resultarão tensões induzidas de menor amplitude e, portanto, em um 9/12

10 melhor desempenho da linha. 3. Conclusões A análise dos resultados obtidos durante a pesquisa mostrou que a instalação de para-raios pode ser bastante eficaz na redução do número de sobretensões induzidas e, consequentemente, melhorar o desempenho de linhas de distribuição frente a descargas atmosféricas indiretas. Entretanto, para que essa melhoria seja substancial, o espaçamento entre os para-raios deve ser o menor possível e os valores de resistência de terra devem ser baixos. O estudo desenvolvido utilizou uma metodologia pioneira e teve por base as medições realizadas em dois condutores de uma linha com cerca de 2,7 km de comprimento, afastados 6 m um do outro. Os resultados obtidos nesta pesquisa são contrários às conclusões apontadas ao final de um projeto desenvolvido nos EUA com o mesmo objetivo, segundo o qual não foram encontradas evidências de que os para-raios possam contribuir de modo apreciável para a melhoria do desempenho de linhas de distribuição frente a descargas atmosféricas. É importante considerar, todavia, que o período de medições coberto pelo estudo (pouco superior a três anos) não foi longo o suficiente para garantir a solidez das conclusões citadas no trabalho. Além disso, as áreas onde se situavam os cinco circuitos estudados possuíam densidades médias anuais de descargas para terra muito baixas e a quantidade de dados obtida foi muito reduzida, o que restringe sobremaneira a validade das conclusões. Entretanto, apesar de reconhecerem essas limitações, os autores não lhes deram o devido destaque. Não obstante, o trabalho tem relevância e realça a inexistência de consenso sobre o assunto, enfatizando a importância de desenvolvimento de mais pesquisas na área. Em que pese a necessidade de continuidade de medições de tensões induzidas visando a ampliação da base de dados, os objetivos propostos neste estudo foram atingidos. Foi desenvolvido um novo sistema de medição e aquisição de dados de correntes de descargas e de tensões induzidas, implantado em uma área com elevada densidade de descargas atmosféricas. O estudo terá prosseguimento e envolverá, dentre outras, a análise de linhas com diferentes configurações. 4. Referências bibliográficas ALMAGUER, H. A.D., COELHO, R. A., PIANTINI, A., NOSAKI, P. L. A Feasibility Study on the Use of Concrete Pole Bases as a Grounding Topology for Distribution Systems. In: International Symposium on Lightning Protection (SIPDA), 12, Belo Horizonte, COELHO, V. L., ALMAGUER, H. A. D., PIANTINI, A., BOAVENTURA, W. C., PAULINO, J. O. S., VENTURINI, L. F., COELHO, R. A., NOSAKI, P. L. The influence of seasonal soil moisture on the behavior of soil resistivity and power distribution grounding systems, Electric Power Systems Research, vol. 118, pp , Aug DE CARVALHO, T. O., PIANTINI, A., SILVA NETO, A., JANISZEWSKI, J. M., ALTAFIM, R. A. C., e NOGUEIRA, A. L. T. Desenvolvimento de Sistema para Estudo de Tensões Induzidas em Linhas de Média Tensão por Descargas Atmosféricas, VI SBQEE, 21 a 24 de agosto de 2005, Belém Pará Brasil. ERIKSSON, A. J. The incidence of lightning strikes to power lines. IEEE Transactions on Power Delivery, vol. PWRD-2, no. 2, pp , Jul INPE - Instituto de Pesquisas Espaciais. Ranking de Municípios. Disponível: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Acesso em 09 abr /12

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