HOBBES E O CONSTITUCIONALISMO MODERNO

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1 HOBBES E O CONSTITUCIONALISMO MODERNO Érico Belazi Nery de Souza Campos Faculdade de Direito CCHSA ericonery@hotmail.com Dr. Douglas Ferreira Barros Grupo de Pesquisa: Ética, Política e Religião: questões de fundamentação dfbarros@puc-campinas.edu.br Resumo: O presente trabalho tem por finalidade analisar as identificações e as oposições entre a filosofia política de Thomas Hobbes presentes na obra Leviatã, de caráter absolutista, e o Constitucionalismo moderno, teoria esta que se coloca a favor das garantias dos direitos individuais e contrária às ideias absolutistas. A análise do contexto histórico do século XVII da Inglaterra é de extrema importância pois foi neste momento que se consolidou a queda do absolutismo inglês e o início da fase constitucionalista da política britânica, sendo Hobbes contemporâneo desses acontecimentos. Palavras-chave: Absolutismo direitos individuais - Constitucionalismo Área do Conhecimento: Filosofia - Filosofia 1. INTRODUÇÃO Um resumo expandido é um resultado de pesquisa, e espera-se que o mesmo inclua uma lista de referências, relatos de comparações com outros trabalhos correlatos e detalhes mais elaborados, como gráficos, tabelas e figuras, que não são contemplados em um resumo simples. 2. AS LEIS NATURAIS E A ORIGEM DO CONTRATO SOCIAL Thomas Hobbes afirma que, para preservar sua vida, o homem possui a liberdade de usar seu próprio poder, da maneira que lhe aprouver, com os meios que dispor. Essa liberdade, por ser de todos, provoca uma situação de insegurança constante na qual vida e propriedade são valores frágeis e podem ser eliminados por qualquer um a qualquer tempo. É o que Hobbes chama de guerra de todos contra todos. 1 Como na condição de natureza a insegurança do homem é uma constante e que o mesmo deve fazer tudo para preservar sua vida, a paz deve ser perseguida para que se aumente essa segurança. Essa é a primeira lei fundamental da natureza: buscar a paz. 2 1 HOBBES, 2008, p Ibid, p Da busca pela paz, advém a segunda lei, em que um homem deixa por livre iniciativa seu direito a todas as coisas, com a condição que todos os homens também o façam, para que sejam alcançadas a paz e a defesa de si mesmo. Isso é o contrato. 3 A terceira lei obriga o cumprimento dos contratos. Para Hobbes, é nesta lei que está a fonte e a origem da justiça, já que injustiça não é outra senão o nãocumprimento de um pacto. E tudo que não é injusto é justo. 4 Hobbes afirma que, para se conseguir viver em paz, saindo do estado de guerra de todos contra todos e observando as leis naturais, os homens precisam de um poder comum maior que lhes cause temor pela não observância destas leis. Em suas palavras, E os pactos sem a espada não passam de palavras, sem força para dar segurança a ninguém. 5 Esse poder comum deve ser instituído pela doação por todos os homens de toda a sua força e poder para um só homem, ou uma assembleia de homens. Este homem, ou esta assembleia de homens, seria portador de todo o poder e toda a vontade dos homens. Sua vontade seria a vontade de cada homem e suas ações seriam as ações de qualquer um deles. E desta forma, tudo que ele quisesse ou fizesse deveria ser considerado como uma atividade suprema pois seria a representatividade dos homens que se submeteram a esse homem. Isso seria mais do que uma concórdia e sim uma unidade de todos na figura de uma única pessoa. Isso se daria pelo pacto entre todos os homens nos seguintes termos: Autorizo e transfiro meu direito de me governar a mim mesmo a este homem, ou a esta assemblei de homens, com a condição de transferires para ele o teu direito, autorizando de uma maneira semelhante todas as suas ações. 6 Esta seria a origem do Estado, ou do grande 3 Ibid, p Ibid, p Ibid, p Ibid, p. 147.

2 Leviatã, e o portador de todo esse poder seria o Soberano. 7 A análise destas leis esclarece que Hobbes, ao apontar o contrato social, buscava a paz entre os homens para se manter o status quo de sua época, o poder supremo do déspota, e ao mesmo tempo proteger a propriedade, o bem maior de uma classe que se mostrava cada vez mais poderosa, a burguesia. Pode-se dizer que, por se tratar de um pacto, pressupõe-se a livre vontade entre as partes para contratar, o que aproxima Hobbes de uma visão mais democrática, porém, após instalado o Estado, esta visão é se esvai já que o Estado adquire o poder supremo. 3. O ABSOLUTISMO E O PRINCÍPIO DO CONSTITUCIONALISMO INGLÊS A importância de se entender o absolutismo inglês, suas origens e seu declínio, no presente trabalho é que o Constitucionalismo se desenvolveu a partir das lutas contra o poder absoluto durante grande parte da Idade Média e o momento crucial para o fim do absolutismo e o fortalecimento do Constitucionalismo se deu justamente durante a crise inglesa do século XVII, época em que Hobbes escreveu sua grande obra. Constitucionalismo é uma teoria em que, através de uma lei maior denominada Constituição, se descreve a estrutura do Estado e, principalmente, se limita o poder dos governantes, garantindo direitos fundamentais dos indivíduos. Como a limitação do poder do Estado é característica fundamental do Constitucionalismo, este é o oposto de regimes autoritários como o absolutismo medieval e as ditaduras modernas. A Idade Média, na Europa, foi caracterizada pela estrutura política do feudalismo e do absolutismo. Após a queda de Roma, por volta do século V, a Europa atravessou um período de muitas guerras por terras, saques de cidade, conflitos entre povos. Neste cenário surgem os senhores de terras, que para defender suas propriedades, contavam com exércitos armados e tratavam as famílias habitantes de suas terras e todas as coisas como propriedades suas. Isso asse- gurava a posição de domínio do Senhor e, como Dallari afirma, Aí está a raiz do poder político, que iria, após alguns séculos de evolução, resultar na formação de uma aristocracia poderosa e, finalmente, na definição da figura do rei, como o soberano, superior a todos os poderosos. 8 Como os feudos se espalhavam no território europeu, criando uma multiplicidade de poderes, era importante que a autoridade do senhor em seu domínio não fosse contestada. A garantia dessa autoridade se dava, então, pelo poder e pela violência, onde o senhor era o legislador e o e- xecutor de suas próprias leis. Dessa forma, definiuse um modelo de poder político fundado na força e exercido sem regras e limitações. 9 No caminhar dos séculos, as relações entre os senhores se tornam mais complexas, com acordos políticos, casamentos entre famílias com interesses estratégicos, e surge a figura do senhor superior aos senhores, que é o rei. Essa estrutura política se torna mais complexa ainda com a ascensão do poder político do Papa e do surgimento da figura do imperador, com ambos objetivando um poder universal. Da necessidade de se manter no poder a qualquer custo, surge o absolutismo, onde o monarca exerce seu poder sem qualquer regra limitadora. A Grã-Bretanha, por ser uma ilha e por não se encontrar no caminho dos povos bárbaros que rumavam para Roma, manteve ao longo da história uma população de menor diversidade cultural, o que permitiu que regras comuns e costumes se arraigassem na sociedade. 10 Dallari analisa o absolutismo inglês a partir do reinado de Henrique II, que reinou de 1154 a Este reinado foi caracterizado pela extrema violência contra os opositores, principalmente ao clero católico. Por outro lado, se desenvolve cada vez mais a necessidade de se respeitar regras de convivência antigas, respeito que também deve ser exercido pelos detentores do poder. 11 Com a morte de Henrique II, abre espaço para que seus filhos assumam a coroa inglesa. Assume Ricardo Coração de Leão, que morre em uma batalha, sendo sucedido por seu irmão, João Sem Terra. Este assume o reino em condições extramente difíceis, sofrendo investidas do rei da França e sem apoio 7... uma pessoa de cujos atos uma grande multidão, mediante pactos recíprocos uns com os outros, foi instituída por todos como autora, de modo que ela pode usar a força e os recursos de todos, da maneira que considerar conveniente, para assegurar a paz e a defesa comuns. (HOBBES, 2008, p. 148) 8 DALLARI, 2010, p Ibid, p O Constitucionalismo inglês tem como característica as regras costumeiras que não necessariamente se expressam em uma constituição escrita e sim nas decisões jurisprudencias. 11 DALLARI, 2010, p. 74.

3 interno, tendo que se submeter ao poder do Papa para manter o trono. Essa submissão causou mais oposição ao poder real, o que culminou com a revolta de barões e prelados, em 1215, na qual João Sem Terra foi obrigado a assinar a Magna Carta, um documento em forma de lei que restringia deveras o poder do rei. É o início do processo de formação do Parlamento Britânico, instituição decisiva para o desenvolvimento do Constitucionalismo inglês e a derrocada do absolutismo. 12 Nos anos seguintes, após a morte de João Sem Terra, foram convocadas reuniões com nobres e burgueses, denominadas parlamento, visando colocar freios no poder real. A partir do século XIV, institucionaliza-se a representação dos nobres, na Câmara dos Lordes, e da burguesia, na Câmara dos Comuns, esta ganhando cada vez mais poder com o passar dos séculos. 13 Em 1534, Henrique VIII, rompe com a Igreja Católica, declarando-se chefe suprema da Igreja da Inglaterra e fundando o Anglicanismo. Como o Parlamento era formado por católicos e protestantes, criou-se com isso uma maior dificuldade para os reis posteriores conseguirem apoio, enfraquecendo o absolutismo. 14 Com o colonialismo, as grandes navegações e novas rotas comerciais, houve um intenso desenvolvimento da economia inglesa, observando-se o enriquecimento e uma crescente influência na vida política da classe burguesa. Ao mesmo tempo, a nobreza de origem feudal desejava manter seus privilégios, tentando impedir que mudanças acontecessem 15. Esses conflitos dificultavam acordos entre o rei e o parlamento o que vai resultar no fim do absolutismo inglês e na supremacia do Parlamento no século XVII. De 1603 a 1625, Jaime I reinou na Inglaterra, assumindo a coroa após a morte da rainha Elisabeth I. O reinado de Jaime I provocou muitos conflitos por conta de sua intolerância, principalmente religiosa. O Parlamento foi deixado à margem das decisões do rei, proporcionando uma insatisfação crescente, política e religiosa, entre os membros do mesmo e desenvolvendo, dentro do próprio Parlamento, a ideia da criação de regras limitadoras do poder absolutista. Nesse ambiente instável, assume Carlos I, em Choques violentos ocorriam entre anglicanos e puritanos, estimulados pela mulher de Carlos I e seus ministros católicos. Para tentar controlar a crescente violência, Carlos I usou a força, chegando a impedir o Parlamento de se reunir até O Parlamento se rebelou e depôs o rei, que foi condenado à morte pela Câmara dos Comuns, a pedido do chefe da rebelião, Oliver Cronwell. Thomas Hobbes vivia na corte de Carlos I e era tutor de seu sucessor natural, Carlos II. Porém, com a decapitação do rei, Hobbes se exilou na França, onde continuou tutelando o herdeiro do trono. Porém em 1651, ele é banido da corte de Carlos e volta à Inglaterra em Entre 1649 e 1660, a Inglaterra viveu um breve momento como República, com Cronwell abolindo a monarquia e fechando a Câmara dos Lordes. Em 1660, é reestabelecida a monarquia com a condição de que o rei não poderia governar sem o Parlamento. Reativa-se a Câmara dos Lordes, mas com menos poderes do que a Câmara dos Comuns. Carlos II assumiu, então, a coroa. Em 1685, o irmão de Carlos II, Jaime II, assume o trono. Católico e desprezando o Parlamento, teve um reinado muito curto. Guilherme de Orange, guerreiro defensor do Protestantismo, com o apoio da Câmara dos Comuns, destitui Jaime II. É a chamada Revolução Gloriosa. Em 1689, o Parlamento aprova a Bill of Rights, uma declaração de direitos em forma de Constituição. Chegava ao fim o absolutismo na Inglaterra e estavam postos os elementos do Constitucionalismo inglês OS ELEMENTOS DO CONSTITUCIONALISMO E AS RELAÇÕES COM HOBBES Canotilho afirma que o Constitucionalismo é uma...teoria (ou ideologia) que ergue o princípio do governo limitado indispensável à garantia dos direitos em dimensão estruturante da organização políticosocial de uma comunidade. Neste sentido, o constitucionalismo moderno representará uma técnica específica de limitação do poder com fins garantísticos. 18 A ferramenta para expressão do Constitucionalismo é a Constituição, lei maior da estrutura jurídica de uma nação, que pode ser escrita ou costumeira. De acordo com Dalmo de Abreu Dallari, a Constituição pode apresentar três sentidos diferentes: sociológico, político e jurídico. No sentido sociológico, a Constituição é uma expressão, um reflexo dos valores e costumes de um povo, 12 Ibid, p Ibid, p Ibid, p Ibid, p Ibid, p Ibid, p J. J. Gomes Canotilho, Direito constitucional e teoria da Constituição, 7. Ed., p.51.

4 sendo representados por regras livremente criadas e respeitadas por esse mesmo povo. Qualquer força externa reguladora dessa expressão seria uma força contrária à Constituição. 19 No sentido político, a Constituição reflete os valores políticos da sociedade de determinado lugar e época. Define o regime político, organizando o Poder Público e as formas de participação do povo na política. A Constituição em sentido jurídico começa a tomar corpo na Idade Média, na Inglaterra, quando eram invocados costumes antigos para se julgar conflitos. Nas palavras de Dallari, a Constituição tinha por objetivo a organização do governo, a afirmação da legitimidade dos governantes e o reconhecimento da existência de regras que deveriam ser aceitas como vinculantes para todos, o que implicava também, indiretamente, certa limitação dos poderes dos governantes. 20 A Constituição seria uma criação do povo, com regras obrigatórias para todos, desenvolvida através de valores e costumes arraigados, racionalizados e escritos para o fácil conhecimento de todos. Em qualquer dos sentidos, os elementos mais importantes do Constitucionalismo são as limitações ao poder dos governantes e a afirmação de que o poder vem do povo, sendo os governantes apenas representantes da vontade deste povo. A Constituição surge como o contrato social hobbesiano, porém cada cláusula é negociada pelo povo. Nos momentos que alguma cláusula deste contrato não representa mais a vontade do povo, ela pode ser reformada, o que seria impensável para Hobbes. É claro que Thomas Hobbes, ao escrever Leviatã, foi influenciado pelos conflitos ingleses vividos em sua época, com grandes disputas entre um poder absolutista que perdia sua força e uma classe burguesa em ascensão, favorecida pelo crescente poder econômico e, consequentemente, político. Ao longo da obra, observa-se a tentativa da manutenção do poder absoluto e, ao mesmo tempo, a concessão de certas garantias individuais aos cidadãos que até então não existiam. Os cidadãos, ao aceitarem o pacto, renunciam ao direito a todas as coisas em nome do soberano, para terem garantias que não existiam no estado de natureza. Costas Douzinas, em sua obra O Fim dos Direitos Humanos, faz interessante análise neste sentido ao identificar que os cidadãos trocam seu direito a todas as coisas pela proteção ao seu direito de propriedade, direito este que se mostrava muito frágil na 19 DALLARI, 2010, p Ibid, p. 30. guerra de todos contra todos: Mais importante, eles adquirem aqueles direitos civis que estavam ameaçados no estado de natureza e sobre os quais repousa a legitimidade moral do Estado. Especificamente, eles adquirem o direito à propriedade. 21 Ao entregar seus direitos ao soberano, este soberano assume o direito a todas as coisas anteriormente pertencente aos cidadãos. A soberania é ilimitada e não pode ser contrariada pelos seus súditos. Douzinas conclui então que a lei, criação do soberano, com a finalidade de criar direitos, acaba por criar direitos privados. Os direitos contra o Estado, direitos públicos, são esquecidos. Essa dicotomia é o retrato da Inglaterra no século XVII. Hobbes defende a posição de um poder soberano ilimitado, absolutista, com ideias que conflitam acentuadamente com o Constitucionalismo nascente. Ele afirma, no capítulo XVIII, ao tratar dos direitos do soberano, que a liberdade de expressão, por exemplo, não deve existir e o controle das opiniões do povo pelo soberano é indispensável para a manutenção da paz e do bom governo. O soberano que deve dizer quais ideias podem ser publicadas ou não. Hobbes chega a afirmar, analisando a indivisibilidade dos poderes do soberano, que a guerra civil inglesa do século XVII só aconteceu pela existência de poder dos grupos com ideologias e interesses diferentes, primeiro entre os que discordavam em matéria de política, e depois entre os dissidentes acerca da liberdade de religião. 22 A liberdade de expressão é o direito fundamental que primeiro é suprimido em governos tiranos e antidemocráticos, ou seja, absolutistas. Consiste em verdadeira violação aos Direitos Humanos. Outro ponto importante que identifica Hobbes com o poder absolutista, ou seja, contrário ao Constitucionalismo, é o poder que o soberano tem de legislar e executar suas próprias leis da maneira que lhe a- prouver. O soberano pode estabelecer castigos corpóreos, o que já atinge direitos fundamentais humanos, de acordo com as leis postas. Porém, na falta destas, deve punir seus súditos da maneira que a- char melhor aos interesses do Estado. 23 Este poder é a brecha para a imposição de punições arbitrárias, já que as leis são feitas e executadas pelo soberano, e na falta delas, o soberano pode julgar qualquer ação contrária ao interesse do Estado ou da figura pessoal do soberano como uma ação ilegal e passível de pu- 21 DOUZINAS, Costas. O Fim dos Direitos Humanos p HOBBES, 2008, p Ibid, p. 154.

5 nição. No Constitucionalismo, um dos grandes limitadores do poder do governante é o princípio que impede que alguém seja condenado sem lei anterior que proíba a conduta objeto da condenação. É o Princípio da Legalidade, que impede que tribunais de exceção sejam criados de acordo com a vontade política de quem está no poder. Nesses dois casos, controle de opiniões e ausência do Princípio da Legalidade, ficam explícitos a ausências de garantias dos cidadãos em relação ao Estado. Por outro lado, Hobbes afirma direitos individuais, que delimitam até onde o vai o direito de um cidadão em relação aos outros. Nos regimes absolutistas, em seu costume feudal, tudo dentro de determinado território, até as pessoas, pertencia ao rei. Com o crescimento da influência política da classe burguesa, torna-se necessária e conveniente a proteção ao direito de propriedade. Hobbes assume um viés liberal ao conceder ao soberano o dever de fazer as leis que devem proteger a propriedade, limitando as a- ções dos cidadãos no que podem ou não invadir o direito de propriedade alheio. 24 O direito de propriedade é uma garantia dos súditos. Porém trata-se de leis de Direito Privado, regras válidas entre particulares. 5. CONCLUSÃO A obra Leviatã, de Thomas Hobbes, foi concebida sob forte influência dos acontecimentos políticos da Inglaterra no século XVII. O poder absoluto na Inglaterra vinha sofrendo pesada oposição da classe burguesa, o que provocou duas revoluções que culminaram com a queda do absolutismo inglês e o fortalecimento do Constitucionalismo. A característica principal do Constitucionalismo é a limitação do poder do governante com a finalidade de se garantir direitos fundamentais dos cidadãos e evitar a violação desses direitos pelo próprio governo. Neste sentido, Hobbes se afasta muito do Constitucionalismo, já que afirma que só o governo soberano é capaz de manter o Estado unido e perene, e para isso ele deve usar a violência contra qualquer oposição que sofra, isto é, os súditos devem se submeter à vontade do governante pois este tem o poder legítimo sobre todas as coisas. As garantias fundamentais aos indivíduos são indispensáveis para o desenvolvimento e realização dos direitos humanos. São exatamente essas garantias que são suprimidas em governos totalitários, onde se observam as maiores violações aos direitos humanos, como a eliminação de opositores através de prisões arbitrárias ou mesmo assassinatos. Desta forma, torna-se grande o perigo de não se considerar os direitos humanos em um regime que se afasta do Constitucionalismo como regra política. Pode-se afirmar que era o que acontecia no absolutismo e que continua acontecendo em países antidemocráticos onde o Leviatã de Hobbes se manifesta com outras faces. REFERÊNCIAS 1. CANOTILHO, J. J. Gomes. Direito Constitucional e teoria da Constituição. 6. Ed. Ver. Coimbra: Almedina, DALLARI, Dalmo de Abreu. A Constituição na vida dos povos: da Idade Média ao Século XXI. São Paulo: Saraiva, DOUZINAS, Costas. O Fim dos Direitos Humanos. Trad. Luzia Araújo. São Leopoldo. Editora Unisinos, HOBBES, Thomas. Leviathan, or the Matter, Forme & Power of a Commonwealth Ecclesistical and Civil. Org. De Tuck, R. In.: Cambridge Texts in the Histoty of Political Thought: Cambridge, Leviatã. São Paulo: Martins Fontes, WUNENBURGER, Jean-Jacques & FOLSCHEID, D. Metodologia Filosófica. São Paulo: Martisn Fontes, Ibid, p. 153.

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