Relatório sobre a Avaliação de Safra de Grãos do RN 10º Levantamento da Safra Brasileira de Grãos Período: 20 a 24 de junho de 2016 Por telefone

Transcrição

1 Superintendência Regional do Rio Grande do Norte Sureg/RN Gerência de Operações e de Suporte Estratégicos (Geose) Setor de Apoio à Logística e Gestão da Oferta (Segeo) Relatório sobre a Avaliação de Safra de Grãos do RN 1º Levantamento da Safra Brasileira de Grãos Período: 2 a 24 de junho de 216 Por telefone Introdução Ratificamos que nos principais municípios produtores de grãos do estado do Rio Grande do Norte as chuvas foram relativamente de pouca intensidade, com precipitações pluviométricas irregulares. Esse cenário caracterizou-se a incidência de mais um ano de seca por todo o semiárido norte-rio-grandense. Com isso, nos últimos 5 (cinco) anos ocorreram estiagens prolongadas (secas), que influenciaram substancialmente na redução das safras agrícolas do RN. A seca assola o Estado do Rio Grande do Norte desde do ano de 21. Em 211 tivemos chuvas e produção normais. De 212 até o presente ano as estiagens voltaram com mais força, prejudicando a agropecuária e permitindo que os níveis das bacias hidrográficas permanecem muito abaixo das suas capacidades. Muitos reservatórios encontram-se com volume morto. Estudos técnicos dos órgãos afins do RN apontam que o Rio Grande do Norte somente poderá obter produção normal de grãos de sequeiros quando o volume de chuvas atinja entre 7 mm e 8 mm/ano, e que tenha uma boa distribuição. Do contrário, as perdas serão inevitáveis. Para que não haja frustração das safras, torna-se necessária que a distribuição das chuvas alcancem, em média, 778,4 mm para a Região do Alto Oeste; 63,4 mm para a Região Central e 639,1 mm para a Região Agreste. As chuvas deste ano não atingiram esses volumes. O comportamento do período chuvoso em 216 para o desenvolvimento da atividade agrícola no Estado foi desfavorável. As chuvas acumuladas de janeiro a junho foram escassas, mal distribuídas e com ocorrência de fortes estiagens, resultando em seca. A colheita da safra de grãos do Rio Grande do Norte está praticamente concluída. Falta apenas concluir a colheita na Região Agreste e Litoral Leste Potiguar em torno de 1%, já que o ciclo de plantio e colheita nessas regiões são diferentes das demais - Oeste e Central Potiguar, conforme demonstrado nos relatórios dos levantamentos

2 anteriores. A seguir, apresentamos os Quadros e Gráficos comparativos de área, produtividade e produção das safras de 211 (considerado ano normal de produção) e dos anos de 215 e 216. Apresentamos, ainda, a série comparativa de produção de grãos (total) e do milho (destacado) durante o período de 2 a 216. O primeiro Quadro mostra um comparativo de produção da safra de 211 (ano/safra norma) e dos anos de 215 e 216 (safras atingidas pelas estiagens). Observa-se que o incremento da produção de 216 foi de 35,8% em comparação a de 215. Entretanto, se confrontada com a produção obtida em 211 a redução foi de 78%. Produto Comparativo de Produção de Grãos Rio Grande do Norte Safra 211* (a) Produção Em toneladas Variação (%) Safra 215 (b) Safra 216 (c) (c/b) (c/a) Algodão em caroço (11,1) (55,5) Arroz em casca , (8,8) Feijão em Grãos ,1 (75,4) Girassol em grãos Mamona em Baga Milho em Grãos ,7 (76,9) Sorgo em Grãos (45,2) (97,7) Total ,8 (78,) (*) Considerada uma safra normal de grãos no RN Evolução da Área Plantada de Grãos RN - Período: 26 a Em mil ha HECTARE ,4 172,4 153, ,1 17, ,8 12,2 79,4 68,9 59,2 66,6

3 Comparativo de Produção de Grãos RN - Período: 26 a 216 Em mil toneladas ,4 8,1 13,1 38,8 17,3 23, EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO DE GRÃOS DO RIO GRANDE DO NORTE Período (safra): 26 a Em mil toneladas TONELADA ,4 8,1 13,1 38,8 17,3 23, Comparativo de Produção de Grãos e Milho-RN - Período: 2 a 216 MIL TONELADAS ,8 15,3 MILHO GRÃOS ,4 116, ,4 1 78,8 8 68,7 69,6 57,5 6,5 51,6 53,8 6 49,4 42,2 38,5 4 25,7 23,1 28,1 19,5 2 7,7 8,1 2,5 8,1 13,1 17,3 4,7 7,5 11,1 23, Ano/Safra

4 Resumo do Comparativo das Safras de Grãos do RN 215 e 216 SAFRA 215 SAFRA 216 Var. (%) Var. (%) PRODUTO Área (há) Produt.(kg/ha) Produção(t) Área (há) Produt.(kg/ha) Produção (t) Área Produção (a) (b) (c) (d) (e) (f) d/a) f/c ALGODÃO , -11,11 ARROZ ,71 16,99 FEIJÃO MACAÇAR ,56 49,14 MILHO EM GRÃOS ,83 48,67 SORGO GRANÍFERO ,89-45,22 TOTAL ,5 35,84 Considerações finais Ratificamos que a evolução da safra de grãos do Estado do Rio Grande do Norte dependente das condições climáticas. É normal a ocorrência de estiagens no semiárido. Por isso, torna-se necessário que o modelo de plantio da safra agrícola seja revisto. Para que o Estado possa avançar na produção agrícola, principalmente no aumento da oferta interna de arroz, feijão e milho, é indispensável à adoção do sistema de irrigação, com a implantação de um plano estadual voltado à agricultura irrigada. Para tanto, é essencial fazer um mapeamento das fontes hídricas, identificando áreas que ofereçam boas produtividades, produtores comprometidos com a atividade agrícola e uma política específica visando otimizar o uso da energia elétrica com tarifas especiais visando compensar a atividade. Encarecemos que a Geasa retifique os dados de produtividade e produção da safra de 215 de algodão, feijão e total, visto que por ocasião da divulgação do último Boletim foram publicados em desacordo com os dados da Sureg/RN. As informações corretas são as seguintes: Safra 215 de grãos do Rio Grande do Norte Produto Produtividade Produção Algodão Feijão Total (todos os grãos) Nota: os dados referentes as áreas estão corretos. Por último, informamos que as informações referentes ao presente levantamento foram lançados no Sistema de Avaliação de Safras, estando disponíveis na Intranet. Assim, submetemos a Vossa consideração, sugerindo

5 pelo encaminhamento ao Geose e Super / RN para apreciação e posterior remessa, via , à Superintendência de Informações do Agronegócio - Suinf - Gerência de Levantamento e Avaliação de Safra - Geasa, nos seguintes endereços eletrônicos: Suinf@conab.gov.br e geasa@conab.gov.br. Informamos, ainda, que este trabalho foi realizado com estreita colaboração do IBGE / RN e a indispensável participação e cooperação dos técnicos, engenheiros agrônomos e gestores da Emater / RN e de vários outros parceiros afins, com destaque para os produtores rurais, associações, cooperativas, sindicatos de produtores rurais e secretarias de agricultura dos municípios. Natal / RN, 27 de junho de 216 Luís Gonzaga Araújo e Costa Analista Operacional - Segeo / RN Lgac/.