Editorial Empregabilidade em tempo de Incerteza!

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1 JORNAL DA SECÇÃO REGIONAL DO CENTRO DA ORDEM DOS ENFERMEIROS Dezembro de 2007 ANO 5 Nº EMPREGABILIDADE EM TEMPO DE INCERTEZA! 3 A VISITAÇÃO DOMICILIÁRIA NO CIDADÃO COM DOENÇA RESPIRATÓRIA 5 O CIDADÃO E A DOENÇA MENTAL: VISITAÇÃO DOMICILIÁRIA E SENTIR-ME BEM 7 ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ASSISTÊNCIA IMEDIATA FAZ A DIFERENÇA 9 PREPARAÇÃO PARENTAL PARA O NASCIMENTO 11 ESPAÇO JOVEM CONSULTA DE ATENDIMENTO A JOVENS 13 ALTA SEGURA DO RECÉM- NASCIDO 14 NO MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA APONTAMENTO DE REFLEXÃO 15 RISCOS BIOLÓGICOS QUE DESAFIOS EM TOXICODEPENDÊNCIAS Editorial Empregabilidade em tempo de Incerteza! Prezado Cidadão, Caro Leitor Gostamos de fazer o nosso e seu jornal e procuramos que ele lhe seja útil. O jornal Enfermagem eo Cidadão deve ser o espaço de todos, utilizadores dos cuidados de enfermagem, grupos de cidadãos, instituições, enfermeiros. Decidimos eleger o tema do emprego neste número para continuarmos a evocar as necessidades em cuidados de enfermagem, e pelo facto de haver jovens enfermeiros no desemprego e a saírem do país, não obstante as iniciativas políticas que todos tem assumido ao nível da região, da Bolsa de Emprego às denúncias. Sentimos que a obsessão do Ministro da Saúde pela contenção de custos tem bloqueado e fechado vários serviços, tem condicionado a decisão técnica e politica de muitos enfermeiros directores e conselhos administração. Julgamos que a pressão por resultados de eficácia financeira, deixando de fora níveis aceitaveis de qualidade e a sustentabilidade social, deve ser julgada em cada dia pelos portugueses. É isso que sentimos estar a acontecer nas acções de pro- 16 UM APONTAMENTO: DOU MAIS TEMPO À VIDA 17 AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA DA DOR 19 HPV VÍRUS DO PAPILOMA HUMANO 20 TUCERCULOSE A VISITAÇÃO DOMICILIÁRIA NO CIDADÃO COM DOENÇA RESPIRATÓRIA Os doentes com Insuficiência Respiratória Crónica constituem um problema grave de saúde, com repercussões sócioprofissionais decorrentes da respectiva incapacidade. Página 03 ALTA SEGURA DO RECÉM-NASCIDO O GAS - GRUPO DE ALERTA PARA A SEGURANÇA Os acidentes são hoje a principal causa de morte nas crianças a partir do primeiro ano de vida. Página 14

2 testo marcadas pelas associações sindicais, por grupos da comunidade, pela própria Ordem ou por cidadãos individualmente. Abdicando de expressar algo mais do que o reproduzido em artigos anteriores, e reiterado em Setembro na entrega das cédulas profissionais a duzentos novos enfermeiros, cumpre-nos salientar nos últimos dias o compromisso do Presidente da ARS Centro, a nosso pedido, de recomendação da colocação de jovens enfermeiros a tempo inteiro, em todos os serviços deficitários em horas de cuidados de enfermagem, em especial nas Unidades de Cuidados Continuados (défice assumido pela própria Unidade de Missão) ou nos Cuidados de Saúde Primários (a prioridade da Política de Saúde). Termino esta minha reflexão fazendo eco de algumas passagens de um de vários s que vou recebendo e que a partir de agora, durante a quadra de natal, encaminharei para o Ministro da Saúde e para os responsáveis locais. Passo a citar: Terminei o curso em Julho e até hoje não tenho emprego como enfermeiro. Foram muitos currículos, até início de Agosto, que entreguei em mão e que enviei pelo correio que não tiveram efeito. A partir de Agosto comecei a concorrer a todos os concursos...na maioria dos avisos de abertura...afirmava-se dar preferência a quem tivesse experiência, outros afirmavam que davam preferência a quem tivesse concluído a licenciatura em determinada cidade.... Eu só posso apresentar as minhas notas, 17 valores na maioria dos estágios... Mas, o nosso enfermeiro ainda nos lembra: Será que quer este país qualidade nos cuidados de saúde?então como é possível cuidar 20 ou 30 doentes sozinho? Como pode haver qualidade...se é reduzido o nº de profissionais que podem contribuir para essa qualidade? Como podemos trabalhar tanto e ser tão mal remunerados?como posso eu sentirme realizado ao trabalhar numa sapataria, ao saber que lutei muito para ter este curso e que os meus cuidados são necessários?...por isso peço-vos...que ajudem a que a profissão seja respeitada, valorizada e que seja reconhecido o importante papel dos enfermeiros na saúde dos Portugueses. Há poucos dias concluimos, nas instalações da Ordem em Coimbra, um curso para jovens enfermeiros, em que participaram 70 e mais o pretendiam fazer, em parceria com o Centro de Orientação de Emprego para Licenciados da Universidade de Coimbra. Estavam todos desempregados! Construimos pistas para apresentação de cada um ao mercado de trabalho e lançamos desafios, para dentro da enfermagem trabalharmos para que seja possível clarificar o valor acrescentado dos enfermeiros nos serviços de saúde. Há um sentir colectivo que emerge de grupos de jovens, convictos da sua missão e responsabilidade querem ajudar na saúde dos portugueses e na melhoria dos serviços de saúde. Mas sentimos que os enfermeiros não poderão continuar a bater às portas que não se abrem com plumas de avestruz. Em Setembro afirmei que era preciso ser imaginativo e ter um sentido positivo, hoje acrescento que decididamente é preciso ser claro, incisivo e firme. As redes de interesses pelos cidadãos e enfermeiros devem conseguir demonstrar a iniquidade das medidas políticas e técnicas de contenção cega de custos, com reflexo no estado de saúde dos portugueses e no erário público. Em tempo de reflexão, para os enfermeiros desempregados, suas famílias e para os cidadãos em geral, desejo uma quadra natalícia com paz, amor, fortes convicções por condições de trabalho dignas e acesso ao mercado de trabalho. Estarei activo e colaborante. Cumprimentos amigos e associativos Presidente do CDR Amílcar Carvalho 2 Enfermagem e o Cidadão

3 A visitação domiciliária no cidadão com doença respiratória Cláudia Pereira, Emília Mendes, Fátima Aires Serviço de Pneumologia Hospital Infante D. Pedro, Aveiro Os doentes com Insuficiência Respiratória Crónica constituem um problema grave de saúde, com repercussões sócio-profissionais decorrentes da respectiva incapacidade. Os níveis de incapacidade e deficiência são variáveis, indo desde a necessidade de oxigenoterapia de longa duração, passando pela ventilação não invasiva, chegando à ventilação invasiva como meio de suporte vital. Actualmente é possível resolver muitos dos problemas de saúde destes doentes em regime domiciliário, reduzindo a necessidade de internamento, com os benefícios inerentes. Os cuidados domiciliários, para grande parte destes doentes são técnica e humanamente mais convenientes e provavelmente mais económicos. (MONTEIRO, 2003) Entendemos a Visita Domiciliária Respiratória (VDR) como a assistência destinada a utentes crónicos do foro respiratório, com maior ou menor grau de incapacidade, que no seu domicílio estão a ser submetidos a oxigenoterapia de longa duração (OLD) e/ ou ventilação não invasiva (VNI). A VDR tem como objectivos melhorar a condição física e psicológica do utente, reduzir a morbilidade, fomentar a reintegração social, promover a qualidade de vida e prolongar a vida. Para tal é necessário envolver o utente no tratamento, reforçar os conhecimentos do utente em relação aos sinais e sintomas de agravamento da patologia, orientar os utentes para consultas e terapêutica (especialmente os socialmente isolados e idosos), estimular o apoio familiar e/ ou do elemento cuidador na vivência da patologia do utente. A primeira visita é realizada até quinze dias após a alta do utente e as seguintes de três em três meses até perfazer um ano, o que corresponde a um total de cinco visitas. A equipa que efectua as visitas é constituída por dois enfermeiros, um do nosso serviço e outro da unidade de saúde da área de residência do utente. Enfermagem e o Cidadão 3

4 No período de 2 de Junho de 2004 a 31 de Março de 2007 realizaram-se 177 visitas a 59 utentes. Destes, 55.9% são do sexo masculino e 44.1% do sexo feminino, apresentando idades compreendidas entre os 30 e os 86 anos. A faixa etária predominante é a dos 70 aos 79 anos (39%), seguida das faixas dos 60 aos 69 (28.8%) e dos 80 aos 89 anos (16.9%). As patologias mais frequentes nestes utentes são a Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) com 57.6%, a Hipoventilação associada a Obesidade (39%) e a Cifoescoliose (3.4%). Da totalidade dos utentes em VDR, 47.5% estão submetidos a OLD, 33.9% cumprem VNI+OLD e 18.6% apenas têm prescrita VNI. Já concluíram o Programa de VDR 49.2% dos utentes, dos quais 11.9% por óbito e igual percentagem por abandono e/ou suspensão do tratamento. Com o decorrer do Programa de VDR constatámos a necessidade de avaliar a qualidade de vida dos utentes nele incluídos. Para dar resposta a esta nossa necessidade implementámos o Questionário Respiratório St George s Hospital, um instrumento especifico para os doentes com doenças respiratórias crónicas, elaborado por Paul W. Jones em 1991 e adaptado em Portugal pela Comissão de Trabalho de Reabilitação Respiratória - Sociedade Portuguesa de Pneumologia. É composto por um primeiro grupo que caracteriza a população-alvo e que se realiza aquando da primeira visita. O segundo grupo aborda 76 itens divididos em 3 áreas (Sintomas, Actividade e Impacto) e realiza-se nas visitas seguintes. Neste questionário, o utente exprime as suas dificuldades de viver com a doença e a forma como se adapta a ela no dia-a-dia. Até ao momento aplicaram-se 30 questionários. O perfil característico do utente em VDR é do sexo masculino, com idade compreendida entre os 70 e os 79 anos, tem como habilitações literárias o 1º Ciclo Escolar, é casado e reformado e considera muito adequada a informação transmitida pelos profissionais de saúde relativamente às técnicas instituídas no domicilio. A maioria dos utentes descreve o seu estado de saúde de moderado a bom. No que diz respeito à área da Sintomatologia a maior parte dos utentes refere tosse, expectoração, falta de ar e pieira durante alguns dias da semana, durante vários/ muitos dias da semana e alguns dias do mês, apesar de cerca de 25% verbalizar nunca ter tido estes sintomas. O utente associa a sua pior crise (com uma duração de uma semana ou mais ) ao consequente internamento e tem, em média, de 1 a 4 dias bons por semana. Na área da Actividade, a doença respiratória é o maior problema dos utentes ou então causa-lhes alguns problemas. As actividades que mais provocam falta de ar são tomar banho ou vestir-se, subir um lanço de escadas ou subir ladeiras. A maioria dos utentes ficam exaustos com facilidade, sentem falta de ar quando se inclinam para a frente e quando falam. Finalmente, e na área do Impacto, no que concerne ao efeito que a doença respiratória tem sobre eles, referem que se sentem diminuídos ou inválidos devido à sua doença, têm medo ou mesmo pânico quando não conseguem respirar e a sua doença é um incómodo para a família, amigos ou vizinhos. A medicação é, de uma forma geral, adequada à sua patologia, provoca poucos efeitos secundários desagradáveis, não interfere com o seu dia-a-dia e sentem à vontade para a tomarem em público. As actividades mais afectadas pela alteração da respiração são a necessidade de diminuir o passo ou mesmo parar se caminharem mais depressa, realizar trabalhos de jardinagem, subir ladeiras, carregar pesos, dançar A sua doença respiratória limita-os de tal forma que cessam praticamente toda a sua actividade física, deixando de praticar desportos, de se divertirem, de saírem de casa e inclusivamente de realizar os trabalhos domésticos. Existem outras actividades que a sua patologia os impedem de fazer, tais como sair com mau tempo ou permanecer em locais com fumo, realizar trabalhos domésticos ou jardinagem ou passear a pé. Salienta-se, assim, que a maioria dos questionados verbaliza que a sua doença os impede de realizar muitas das coisas que eles gostariam. Os dados apresentados anteriormente dizem respeito apenas ao questionário realizado aquando da primeira visita aos utentes, atendendo a que o número de questionários realizados na terceira e quinta visitas não é, ainda, estatisticamente representativo. Só com a continuação da aplicação deste instrumento será possível obter conclusões relativas à qualidade de vida dos utentes ao longo do Programa de VDR. Pretendemos continuar com este projecto implementado no nosso serviço, esperando contribuir de uma forma positiva para a melhoria da qualidade de vida dos utentes do foro respiratório inseridos no seu contexto familiar e social. 4 Enfermagem e o Cidadão

5 O cidadão e a doença mental: visitação domiciliária e sentir-me bem VISITAÇÃO DOMICILIÁRIA Autores do Trabalho: Enfermeiros do Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental do Hospital Sousa Martins e Enfermeiro Manuel Paulino da Escola Superior de Saúde da Guarda A funcionar desde Abril de 1990, o Serviço Comunitário do Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental / DPSM) do Hospital Sousa Martins (HSM) desde cedo que se mostrou uma mais valia incontornável na assistência em Saúde Mental à população e na população. Uma das preocupações da equipa que constitui o Serviço Comunitário baseia-se em proporcionar e contribuir para uma qualidade de vida melhor dos doentes mentais inseridos neste serviço. A avaliação da qualidade de vida é difícil em pessoas com diagnóstico de patologia mental crónica como a esquizofrenia. Problemas afectivos, cognitivos e de distorção da realidade podem afectar muito a sua avaliação. No entanto, nos últimos vinte anos surgiram uma série de instrumentos específicos para avaliar a qualidade de vida em pessoas com transtornos mentais severos que nos podem ser úteis na reabilitação. Deste modo surge um projecto criado pelo DPSM do HSM, com os objectivos gerais de avaliar a qualidade de vida em portadores de doença mental integrados na comunidade e submetidos a tratamento anti psicótico de acção prolongada e perceber o tipo de relação existente entre os resultados obtidos pelo SF-36 e algumas variáveis sócio-demográficas. Enfermagem e o Cidadão 5

6 O estudo decorreu de Janeiro a Junho de 2006, tendo sido realizados os inquéritos durante os meses de Janeiro, Fevereiro e Março de O instrumento de medida utilizado foi o SF-36 (Medical Outcome Study Short-Form 36) ou questionário do estado de saúde, é a versão adaptada, pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra da versão original de Ware e Shebourne (1992). Este questionário inclui 36 itens, divididos em 8 áreas de vida do indivíduo, avaliando os conceitos de: funcionamento físico; dor física; desempenho físico; percepção geral da saúde; vitalidade; funcionamento social; saúde mental e desempenho emocional. A amostra foi obtida no grupo de sujeitos incluídos no programa de visitas domiciliárias do DPSM do HSM da Guarda. É uma amostra não probabilística e intencional, em que os elementos da população não têm uma probabilidade igual para dela fizerem parte, pois foram definidos como critérios de inclusão que tivessem mais de 18 anos, fossem portadores de doença psicótica e estivessem capazes de responder com clareza ao questionário. De um total de 200 doentes seguidos naquele programa, foram seleccionados 52. Com os resultados obtidos conclui-se que os inquiridos percepcionaram, em média, o seu estado de saúde, como mais afectado ao nível das dimensões do desempenho físico e emocional. As dimensões do estado de saúde percepcionadas como menos afectadas foram a dor física e a função física. Verificou-se que os sujeitos da amostra com idade inferior ou igual a 48 anos têm uma maior qualidade de vida relacionada com a saúde mental do que os mais velhos. Conclui-se também que a qualidade de vida não é influenciada pelo género, pelo local de residência, idade de aparecimento da doença e estado civil. SENTIR-ME BEM Autor do Projecto: Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental Coordenador: Enfº Hélder Bruno da Fonseca Gomes, Enfº a exercer funções no Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental do Hospital Sousa Martins da Guarda O ritmo de vida da sociedade não premeia a actividade física e a alimentação ainda não se faz de forma equilibrada. Neste sentido, a sensação de frustração e de desagrado associada ao peso pode originar uma angústia nas pessoas, a situação agrava-se quando essas pessoas sofrem de Depressão, uma patologia grave do foro psiquiátrico que cresce a um ritmo vertiginoso. O facto de as pessoas já se encontrarem com Depressão, já por si inverte a sensação de bem-estar e perturba gravemente a qualidade de vida dos pacientes, a prescrição de antidepressivos tem este efeito secundário, o aumento do peso corporal, e é neste ponto que o projecto Sentir-me Bem surge para minimizar os riscos da doença. Sentir-me Bem é um programa compreensivo de base institucional, criado pelo Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental (DPSM) do Hospital Sousa Martins na Guarda (HSMG), com o objectivo geral de modificar os estilos de vida, com incidência na prática de actividade física e hábitos alimentares. O programa decorreu de Setembro de 2006 a Fevereiro de 2007, tendo sido o tempo efectivo de intervenção de 12 semanas. A intervenção foi composta por sessões de educação para a saúde em grupo (2h por semana), distribuição de panfletos e contactos telefónicos (sem aviso prévio). As sessões de grupo visaram temas como a actividade física, a alimentação, psicologia. A amostra seleccionada foi de 12 utentes do género feminino, com idades compreendidas entre os 40 e os 65 anos, seguidas na consulta externa do DPSM entre 1 de Junho e 30 de Setembro de 2006, por Depressão. Trata-se de um estudo descritivo, correlacional e comparativo. Foi efectuada uma avaliação antes do programa e outra após a intervenção. Os resultados obtidos mostram que após a intervenção (programa compreensivo de educação para a saúde), as pacientes diminuíram os valores de colesterol e outros. Pode-se concluir que o programa compreensivo de base institucional para modificar os estilos de vida, nomeadamente os hábitos alimentares e de prática de actividade física, foi efectivo e influenciou positivamente a modificação do estilo de vida das pacientes do grupo em estudo. 6 Enfermagem e o Cidadão

7 Acidente Vascular Cerebral Assistência Imediata faz a Diferença Catarina Gonçalves, Claúdia Mingote, Tânia Pinto Enfermeiras do Centro Hospitalar Cova da Beira-EPE, Covilhã As funções do cérebro conseguem ser tão admiráveis quanto misteriosas. É no cérebro que se produzem o pensamento, as crenças, as memórias, o comportamento e o estado de espírito. É onde reside a inteligência e o centro do controlo do organismo e é ele quem coordena as faculdades do movimento, do tacto, do olfacto, do ouvido e da vista. No entanto, para manter as suas funções, o cérebro necessita de uma alimentação constante, com uma exigência de aporte sanguíneo e de oxigénio muito elevado e contínuo. Se por algum motivo ocorre uma alteração aguda na irrigação cerebral, ocorre um acidente vascular cerebral (AVC). Surge quase sempre em consequência de processos de aterosclerose nas artérias que fazem o suprimento sanguíneo do cérebro ou nos próprios vasos cerebrais (SHAFFER e MENCHE, 2004) Os Acidentes Vasculares Cerebrais constituem a principal causa de morte em Portugal, sendo também causadores de grandes défices motores (paralisias e hemiplegias), alterações da fala, da visão e da memória, provocando elevados níveis de dependência que impossibilitam um reinício da mesma forma de vida. Valorizando essa realidade, surgiu a necessidade de equacionar novas abordagens ao doente vítima de AVC e desenvolver formas organizativas dos serviços, de forma a obter maiores ganhos de saúde, nomeadamente menor mortalidade e incapacidade (DGS, 2001). Neste sentido foram criadas pela Direcção Geral da Saúde em 2001, as Unidades de Acidentes Vasculares Cerebrais (UAVC), sendo preconizado que todos os doentes com AVC agudo deverão ter acesso a uma unidade ou equipa especializada em AVC e todo o doente com AVC que entre no hospital com este diagnóstico deve ser encaminhado para essa unidade (Alto Comissariado da Saúde, 2006:62). Com este objectivo, foi criada em 27 Dezembro 2004 no Centro Hospitalar Cova da Beira EPE, Covilhã, a Unidade de Acidentes Vasculares Cerebrais, que suporta todo o distrito de Castelo Branco e Guarda. Para obter os ganhos acima mencionados é fundamental a referenciação atempada, dos doentes com AVC, na medida em que permite uma rápida identificação do tipo de AVC e do tratamento a instituir. A redução do tempo de demora entre o início dos sintomas e o início do tratamento constitui um objectivo das UAVC, particularmente no AVC Isquémico, tendo-se estabelecido que o período para ser administrado o tratamento trombolitico, se situa nas primeiras 3 horas após o início dos sintomas (ou seja, o tratamento só pode ser administrado até à terceira hora após o inicio dos sintomas). De referir que o tratamento trombolítico endovenoso ( administração de medicação na corrente sanguínea) obedece a rigorosos critérios de inclusão, e é tanto mais eficaz quanto mais rapidamente for administrado dentro das referidas 3 horas, sendo que permite a reversão de grande parte dos Enfermagem e o Cidadão 7

8 défices, tornando-se numa mais valia na luta dos profissionais de saúde, contra esta doença tão incapacitante. Para que o tratamento/recuperação seja o mais eficaz possível, é importante que a população encare o AVC como uma emergência médica e recorra aos serviços de saúde ou active a emergência médica (112), perante a instalação súbita de: *assimetria facial (boca ao lado); *dificuldade em falar (afasia/ disartria); *falta de força no braço (membro superior). Por forma a encaminhar rapidamente os doentes para as referidas unidades, foi criada a Via Verde do AVC que não é mais que uma forma organizada de atendimento ao doente vítima de AVC na fase pré-hospitalar e intra-hospitalar, que articuladas permitem a avaliação e inicio do tratamento de forma emergente. A Via Verde pré-hospitalar a nível nacional é assegurada pelo INEM desde o acesso ao sistema (accionado pelo cidadão através do número de nacional de emergência 112) até á entrega do doente no Hospital com melhores condições e disponibilidade para receber estes doentes. A acção é coordenada pelos Centros de Orientação de Doente Urgentes (CODU) que se encarrega da triagem, aconselhamento, selecção e envio dos meios adequados à situação. Feito o reconhecimento dos sinais e prestados os primeiros cuidados, o doente é referenciado para o hospital, sendo considerados critérios de transporte emergente para candidato a trombólise: - idade inferior a 80 anos; - sintomatologia com menos de 3 horas de duração; - ausência de dependência prévia. Decorridas 3 horas desde o início dos sintomas, perde-se a justificação de emergência, o que não invalida que os doentes que não estejam incluídos nos critérios referidos, devam ser transportados sem demora ao Serviço de Urgência. Os serviço de urgência e o Médico da UAVC, devem ser avisados que está a ser transportado um doente com suspeita de AVC com menos 3 horas de evolução. Chegado ao hospital, após triagem e realização de exames protocolados e comprovados os critérios para trombólise, o doente é encaminhado para a UAVC para realização do tratamento. Trata-se da Via Verde intra-hospitalar. Para além de preconizar o início precoce do tratamento, as UAVC têm como objectivos: *iniciar precocemente a neuro-reabilitação; *prevenir o agravamento do AVC; *identificar factores de risco; *implementar medidas preventivas do AVC recorrente; *prevenir complicações; tratar situações co-mórbidas; desenvolver um plano de Alta e de follow-up adequados. Pelo que foi exposto e dada a elevada prevalência nacional dos factores de risco que contribuem para o desenvolvimento de um AVC (nomeadamente hipertensão arterial, diabetes mellitus, hipercolesterolémia, obesidade, alcoolismo, doenças cardíacas) é necessário ter atenção à sua efectiva prevenção, detecção e correcção. Com este intuito deve sensibilizar-se a população a vigiar os referidos factores de risco, para reconhecer os sinais e sintomas de instalação de um AVC e activar de imediato o 112, bem como os cuidados que promovem a recuperação após AVC, por forma a facilitar a integração sócio-familiar e melhorar a qualidade de vida. Impõe-se, desta forma, a construção de um projecto de vida dinâmico, de existência, que só encontrará o seu verdadeiro sentido a partir da experiência individual, no qual, cada pessoa é responsável, actor e autor do seu próprio projecto, emergindo dai a sua singularidade. Desenvolver a capacidade de cada um para tomar conta da sua própria saúde, é construir um projecto com a pessoa, no qual nós Enfermeiros assumimos um papel preponderante. Só assim conseguiremos ajudar a criar uma maneira de viver, portadora de sentido compatível com a sua situação. Esta é a essência dos cuidados de Enfermagem que prestamos de forma a construir práticas de saúde de qualidade. BIBLIOGRAFIA - SCHAFFER, Arne; MENCHE, Nicole Medicina Interna e Cuidados de Enfermagem. Manual para Enfermeiros e outros Profissionais de Saúde, Lusociência, Unidades de AVC Recomendações para o seu desenvolvimento, Ministério da Saúde, Direcção Geral da Saúde, Lisboa, Redes de Referenciação Cardiovascular e de Urgência e Vias Verdes de EAM e AVC, Alto Comissariado da Saúde, Versão 1, Enfermagem e o Cidadão

9 Preparação Parental para o Nascimento Enfermeiras Adília Serra, Benvinda Rodrigues, Liliana Valadas, Marina Costa Projecto coordenado por Marina Costa Enfermeiras envolvidas nos Cursos: Adília Serra, Anabela Gonçalves, Benvinda Rodrigues, Fátima Cruz, Isabel Garcia, Manuela Paz, Marina Costa. DESENVOLVIMENTO O nascimento de um filho é motivo de grande felicidade mas também de grande responsabilidade e adaptação à nova esfera familiar, sendo vivida intensamente pelos futuros pais que precisam de ter confiança nos serviços de saúde que os irão apoiar em todo o processo. Foram várias as questões que surgiram no seio da equipa, o que nos levou a reflectir sobre as nossas práticas de cuidados, e consequentemente numa perspectiva de melhoria contínua, como queríamos que fossem, ou seja, as boas práticas. Conscientes de que o caminho a percorrer não seria fácil, um grupo de enfermeiras com o apoio das chefias, Conselho de Administração e envolvimento de toda a equipa, projectou estratégias, criando ferramentas a utilizar em várias áreas de intervenção: Consulta externa de Obstetrícia, um apoio contínuo em toda a gravidez Cursos de preparação parental para o nascimento, espaço de partilha e reforço de competências da grávida e companheiro Serviço de internamento de Obstetrícia/Ginecologia, com reflexão sobre práticas de cuidados e uniformização de linguagem utilizada Consulta Externa da Obstetrícia: Na consulta é criado um espaço de culturização básica da grávida/companheiro, a fim de viabilizar e frutificar a relação empática estabelecida. Ao longo da vigilância da gravidez é disponibilizado à grávida um conjunto de folhetos (Da concepção ao nascimento) como complemento da informação dada pelo enfermeiro, que abordam os seguintes temas: A alimentação da grávida, Da fecundação ao nascimento, O bem estar da grávida, Sexualidade da gravidez, O que levar para maternidade, Aleitamento Materno, Direitos sociais de protecção à maternidade e paternidade, Trabalho de parto e O Cuidar do bebé. Massagem ao bebé: Os benefícios da massagem ao bebé são imensos. Com o objectivo de intensificar os vínculos e criar um clima de entendimento entre os pais e o recém-nascido, bem como a estimulação do seu desenvolvimento criámos um folheto de orientação da massagem, que é entregue no momento da alta. Exercícios de recuperação pós parto: São folhetos destinados às puérperas e pretendem ajudá-las a saber como fortalecer toda a estrutura muscular, melhorar a condição física e postural, assim como facilitar a perda e controlo de peso. Guia de acolhimento à grávida: Pretende-se com este guia proporcionar o acolhimento no serviço, para que este período seja vivido de forma segura e confiante. Para além dos serviços disponíveis aborda os direitos e deveres dos doentes, e algumas orientações para a mãe e para o bebé. Guia para novos pais: Com a finalidade de garantir a continuidade de cuidados, elaborou-se um guia constituído por 4 capítulos, nomeadamente: A família uma nova fase, o bebé, a mãe e o regresso à normalidade, e por fim os direitos sociais de protecção da maternidade e paternidade Filmes: Foram realizados filmes ( Vamos ter um Bebé, Aleitamento Materno e A Caminho do Nascimento ), com o objectivo de serem divulgados em sessões na consulta externa, no internamento de Obstetrícia e no decorrer dos cursos de preparação parental para o nascimento. Preparação parental para o nascimento: A adaptação ao novo papel de pais, implica conhecimentos e capacidades antes não desenvolvidas. Como técnicos de saúde compete-nos preparar antecipadamente esta etapa de vida, para que assim possa ser desfrutada e vivida em pleno. Conscientes desta importância, implementámos no nosso Hospital os Cursos de Preparação Parental para o Nascimento, nas áreas de Aleitamento Materno, Puericultura e Preparação para o Parto pelo Método Psicoprofilático. De acesso gratuito, os Cursos são direccionados a grupos de grávidas que nos procuram com tempo gestacional aproximado de semanas. Funcionam em horário pós-laboral às segundas e quintas- feiras, com sessões de sessenta minutos. À segunda-feira a grávida pode frequentar o Curso de Aleitamento Materno e Puericultura, com duas e quatro sessões teóricas respectivamente, completando seis semanas que compõem um curso. O Curso de Preparação para o Parto pelo Método Psicoprofilático ocorre nos mesmos dias, durante seis semanas, posteriormente a grávida integra um grupo de manutenção com uma sessão semanal até ao final da gravidez. O Curso de Aleitamento Materno está a cargo de duas Enfermeiras Especialistas em Saúde Materna e Obstétrica, e procuram reforçar competências e preparar a mu- Enfermagem e o Cidadão 9

10 lher para as dificuldades que poderão surgir. Defendemos que esta formação deve ser flexível e de acordo com as necessidades de cada casal. O Curso de Puericultura é ministrado por duas enfermeiras do serviço, uma enfermeira especialista em Saúde Infantil e Pediátrica e uma enfermeira graduada, que procuram ao longo das quatro semanas criar um espaço de partilha, reforçar competências, dando resposta às necessidades do casal, no sentido de o ajudar perante a condição de novos PAIS. O Preparação para o Parto pelo Método Psicoprofilático está a cargo de três especialistas em Saúde Materna e Obstétrica, com formação especifica nesta área. Pretendemos preparar a maternidade duma forma saudável e confiante, defendendo que este será sem dúvida o método mais inócuo tanto para a mãe como para o bebé. Conseguir o auto-controle durante o trabalho de parto, aumentar o limiar de dor, mantendo um relaxamento corporal contribui certamente para um parto natural, colaborado e bem sucedido. Nas sessões práticas, praticam-se exercícios físicos muito simples, que visam o fortalecimento muscular e articular da zona abdomino-pélvica, técnicas de respiração, relaxamento e auto-controle. Os exercícios são introduzidos gradualmente ao longo das sessões sendo o último o treino do período expulsivo às 37 semanas. No final de cada sessão é feita sempre a auscultação cardíaca fetal a cada grávida. Também este momento se reveste de uma oportunidade crucial para a troca de experiências, dúvidas, medos fortalecendo uma relação interpessoal que privilegiamos. RESULTADOS Os resultados foram evidenciados de imediato pelas experiências favoráveis vividas pela equipa prestadora de cuidados e reconhecimento por parte das mulheres e família. Foi bastante positivo o reconhecimento a nível nacional pelo Fórum Hospital do Futuro , ao ganhar o Prémio na categoria Educação, bem como o reconhecimento informal em inúmeros contactos extra instituição. Efectuámos 15 cursos, com um total de 300 grávidas, quase metade das grávidas (49%) iniciaram o curso com 30 a 32 semanas de gestação. Aplicámos questionários no início e fim do curso, no sentido de saber qual o impacto da experiência e identificarmos se as actividades desenvolvidas estavam de acordo com as necessidades das mulheres. É de referir que cerca de 18% das grávidas não responderam aos questionários no final do curso, por dois factores, já tinham terminado a sua gravidez ou não estavam presentes nessa sessão. Do estudo efectuado apresentamos algumas conclusões, 41% das grávidas tinham entre 25 e 29 anos, sendo que apenas 1,6% tinham menos de 20 anos. A maioria era a sua primeira gravidez (76%), e planeada (83%). A maioria refere nunca ter cuidado de um recém nascido (55,5%). Na maioria dos casos o marido não frequentou os cursos (62%), 26% dos maridos estiveram presentes às vezes e apenas 7% estiveram sempre presentes. A maioria das grávidas fez a vigilância da gravidez em médico particular (56%), sendo de 32% a percentagem de grávidas seguidas no nosso hospital e 4,6 % no centro de saúde. Para além do curso as fontes de informação da grávida são, por ordem decrescente, revistas, amigos, enfermeiro, médico e outros. No Curso de Aleitamento Materno, após a formação a maioria das grávidas sentia-se mais segura para amamentar o seu filho (71,0%), mais preparada para amamentar o seu filho (70,0%) e sentia menos medos (54,75%). Para a maioria (57,79%) o curso correspondeu Bastante às suas expectativas. No Curso de Puericultura, após a formação a maioria das grávidas refere sentir-se mais segura para cuidar do seu filho (77,18%), mais preparada para cuidar do seu filho (73,38%) e refere não sentir necessidade de mais informação. Os aspectos considerados importantes pelas grávidas a abordar no curso estavam de acordo com os aspectos abordados. No Curso de Preparação para o Parto, após a formação a maioria das grávidas sentia-se mais confiante, referia não sentir necessidade de mais informação. Para a maioria o curso correspondeu Bastante às suas expectativas e ao perguntarmos porquê, as respostas foram variadas: Abordámos aspectos muito importantes, Curso muito completo, Serviu para esclarecer dúvidas e dissipar medos, Conselhos muito úteis, Sinto-me mais preparada, Ajudou muito a tranquilizar-me, Sou muito insegura e o curso deu-me confiança, Enfermeiras foram muito compreensivas e prestáveis, Permitiu aumentar a minha autoconfiança para o parto, Aprendi a relaxar quando as dores forem mais fortes, Sabemos o que devemos fazer, Ajuda-nos a nós e aos nossos bebés. Ao longo de todo este trabalho e reflexão acreditamos que como técnicos de saúde podemos contribuir em algo, quebrando o peso de muitos anos de história da Maternidade, proporcionando à mulher/casal durante a gravidez e hora do parto momentos mais saudáveis, doces e agradáveis. 10 Enfermagem e o Cidadão

11 Espaço Jovem Consulta de Atendimento a Jovens PROJECTO ESPAÇO J Enf. Florbela Maria Marques Caniceiro Paiva Centro de Saúde de Soure J de jovem, pois este é um espaço que foi criado para apoiar os jovens. Nasceu no dia 27 de Fevereiro de 2004, na Escola Secundária Martinho Árias. Resulta de um protocolo de cooperação entre a Escola e o Centro de Saúde de Soure e conta com a participação de profissionais das áreas do ensino, da enfermagem, da medicina, do serviço social e da psicologia. A coordenadora dos projecto é a Enf. Florbela Paiva e na área do ensino a responsável é a Prof. Maria João Machado. Tem como principais objectivos: Promover comportamentos saudáveis dotando os jovens de competências nas tomadas de decisão e sinalizar e apoiar jovens com problemas. No momento tem como instituições colaboradoras a Câmara Municipal de Soure, o Centro de Aconselhamento e Detecção Precoce do VIH de Coimbra, contando ainda com o apoio da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra. As actividades que dinamiza são diversificadas procurando não só formar mas também motivar e sensibilizar os jovens para questões inerentes à sua saúde. Algumas dessas actividades são formais, como a realização de rastreios, sessões de educação para a saúde para alunos, para professores, para pessoal não docente, encarregados de educação e profissionais de saúde. Outras menos formais, como a criação de um centro de recursos informativos (vídeos, CD rom, livros, folhetos...), um e- mail (para melhor acessibilidade), um caixa para perguntas anónimas, um jornal de parede para resposta a essas questões ou outras informações importantes, visitas de estudo, actividades de voluntariado e concursos. As actividades mais recentes incluem estudos de investigação e a constituição de um grupo de alunos para desenvolver a formação interpares. As áreas de intervenção incluem a sexualidade, a alimentação, a Diabetes Mellitus, a hipertensão arterial, obesidade, as perturbações na coluna vertebral do jovem, os comportamentos aditivos e o voluntariado jovem. Os resultados, até ao momento, sistematizam-se da seguinte forma: Foram realizadas cerca de 60 sessões educação para a saúde envolvendo um total de 400 alunos. Dos rastreios efectuados, foram detectados 1 caso de hipertensão, 1 caso diabetes descompensado, 5 casos de obesidade. No ano de 2006, 10 jovens iniciaram a consulta de planeamento familiar, foi orientada para a consulta de planeamento familiar uma jovem com comportamentos sexuais de risco, e para o IDT de Coimbra, um jovem. Decorreram três concursos versando o tema VIH/SIDA envolvendo outras escolas. Ao nível do voluntariado, foram efectuadas duas visitas dos jovens à Santa Casa da Misericórdia de Soure e uma visita à Escola pelos idosos. Foram realizadas duas visitas à Associação Sol Nascente. Três pirâmides alimentares e de brinquedos foram distribuídas por famílias carenciadas locais. Foi elaborada pelos alunos uma peça de teatro e está a ser criada uma música versando o tema sexualidade na adolescência. Foi também realizado um pequeno filme na área da toxicodependência. Ao nível da investigação foram efectivados dois estudos: alcoolismo e alterações músculo-esqueléticas vertebrais dos adolescentes. Este último, já concluído, realça a elevada prevalência destas perturbações neste grupo etário (15-19 anos de idade) Enfermagem e o Cidadão 11

12 Procurando responder de forma mais eficaz às necessidades dos jovens, realçadas com este projecto, foi criado o CAJ (Centro de Atendimento a Jovens) em Dezembro de 2006, seguindo actualmente 26 jovens. Cremos que apenas uma intervenção, planeada e consistente pode sensibilizar os jovens. Esses são os princípios norteadores do projecto Espaço J, que em constante evolução procura como finalidade máxima a promoção de comportamentos saudáveis. CONSULTA DE ATENDIMENTO A JOVENS EM SÃO MARTINHO Enfª Maria da Conceição Brito Bonifácio, Enfª Maria Goreti Ferreira Santos Centro de saúde de São Martinho Devido às solicitações por parte dos jovens pertencentes às várias instituições de ensino, abrangidas pela área geográfica do Centro de Saúde de São Martinho do Bispo, foi criada a consulta de atendimento ao jovem (CAJ). A população alvo é constituída por jovens com idades compreendidas entre os 14 e os 24 anos, oriundos dos vários pontos do país, sendo eles estudantes do ensino básico, secundário e universitário. Devido ao facto de os jovens de hoje terem uma nova ética sexual, bastante mais liberal do que aquela que caracterizava as gerações anteriores, em que prevalecem a realização pessoal, os direitos privados e as iniciativas individuais. Devido a isso temos que reflectir sobre a forma como cada um de nós vive a sexualidade, respeitando as diferentes formas de a viver, e de integrar os afectos e desejos sexuais, que estimula o desenvolvimento da nossa auto-estima e a assertividade dos nossos comportamentos, de forma a que cada um tenha a capacidade de escolher e de decidir os seus comportamentos de acordo com os planos de vida e valores pessoais. É importante que os jovens sejam capazes de partir para a sua viagem de autonomia. Neste sentido, os objectivos da consulta de atendimento a jovens são: Dar a conhecer as implicações psicossociais das mudanças que se produzem na adolescência; Transmitir conhecimentos científicos que clarifiquem as falsas crenças, tabus e preconceitos relativos à sexualidade; Contribuir para o aumento dos conhecimentos dos factos e componentes que integram a sexualidade, favorecendo uma atitude preventiva em matéria de saúde sexual; Divulgar os serviços comunitários de apoio a jovens e conhecer as suas necessidades e expectativas; Garantir um ambiente seguro e confidencial que permita ao jovem o desenvolvimento psicossocial; Desenvolver a comunicação assertiva e o relacionamento interpessoal com formas de partilha de sentimentos, emoções, afectos entre os indivíduos; Desenvolver a auto-estima e a tomada de decisões face à sexualidade, fomentando a estruturação de atitudes responsáveis no relacionamento sexual. Recursos Humanos/Materiais Três Médicos Cinco Enfermeiros Uma Psicóloga Dois Administrativos Espaço físico reservado Atendimento/Horário Data de início: 16/01/2006 Semanalmente às segundas e quartas-feiras Das17-20 horas Dinâmica da consulta: Consideram-se os profissionais desta consulta, como verdadeiros promotores de saúde, com competências para responsabilizar os jovens e apoiá-los, e capazes de intervir precocemente e identificar jovens de risco. É necessário avaliar a eficácia dos planos, das acções e dos aconselhamentos, considerando que todos estes processos devem ser dinâmicos e flexíveis. Devem garantir a confidencialidade e o anonimato, podendo permitir uma relação de empatia com o jovem. As intervenções antecipatórias, para a prevenção de problemas, devem ser transmitidas sem juízos de valor. Deixar sempre uma porta aberta para os jovens voltarem quando precisarem. Os profissionais lançam os dados e os adolescentes é que os jogarão/manipularão. Pretende-se que: O adolescente aprofunde conhecimentos de si próprio; Exteriorize sentimentos e atitudes; Desenvolva competências individuais. O jovem quer é tempo para falar, pretende relações dinâmicas com o profissional, discrição, e um amigo por perto. Para poder crescer com segurança, viver com esperança, e ter uma sexualidade mais gratificante. Às vezes basta uma palavra amiga para não se perder um sonho (Anónimo) De seguida iremos apresentar alguns dados, desde a abertura do CAJ, a Relativamente ao número de pessoas que frequentam as consultas, constatamos que o maior número se verifica no grupo etário dos adolescentes; dos adolescentes; e dos adolescentes. De salientar, que efectuámos 350 consultas de enfermagem a jovens do sexo feminino, e 38 consultas de enfermagem a jovens do sexo masculino. Os motivos que levam os adolescentes a procurarem o CAJ são vários, no entanto os mais frequentes são o planeamento familiar (301 jovens) e a procura dos métodos contraceptivos (257 jovens). No entanto, gostaríamos de incluir um motivo que nos tocou particularmente, que foi o caso de uma jovem de 15anos que apareceu na consulta grávida, desconhecendo o que se passava com ela própria. Noutra área verificámos a existência de desequilíbrios alimentares em 17 jovens. Os ensinos da consulta de enfermagem incidiram sobre os métodos contraceptivos (139 jovens), sendo o uso da pílula e do preservativos os mais ensinados, seguindo-se a sexualidade saudável (165 jovens), sendo uma área que sentimos muita necessidade de actuar, fornecendo aos adolescentes a informação, responsabilizando-os e apoiando-os. Conscientes da importância da opinião que os jovens têm sobre esta consulta, e da forma como se pode dinamizar e alterar actuações relativas à consulta iniciámos em Janeiro de 2007 a aplicação de um questionário para a construção de alguns indicadores de impacto. 12 Enfermagem e o Cidadão

13 Alta Segura do Recém-nascido UCF - Unidades Coordenadoras Funcionais I e II / GAS - Grupo de Alerta para a Segurança GAS - GRUPO DE ALERTA PARA A SEGURANÇA Os acidentes são hoje a principal causa de morte nas crianças a partir do primeiro ano de vida. Convictos de que só com uma acção concertada seria possível enfrentar esta problemática, a UCF do conselho de Viseu Unidade coordenadora funcional vertente I e II Saúde Materna e Neonatal e Saúde Infantil e dos Adolescentes, cuja principal finalidade é melhorar a articulação entre os cuidados de saúde primários e os cuidados de saúde diferenciados, promoveu um diálogo com as várias instituições envolvidas da nossa comunidade, no sentido de se desenvolver um projecto de criação de um grupo de alerta para a segurança. Desta forma nasceu o GAS, constituído como associação em Outubro de 2005, publicado em diário da República nº 22 III série a 31 de Janeiro de Integram o GAS várias instituições da comunidade, nomeadamente, Centro Distrital de Segurança Social, Delegação Regional de Viseu do Instituto Português da Juventude, Direcção Regional de Educação do Centro, Escola Superior de Saúde de Viseu, Federação da Associações de Pais de Viseu. No plano de acção, ficam definidas áreas prioritárias de intervenção, tais como a criança com deficiência, a adolescência, o incentivo ao aleitamento materno e a segurança infantil e juvenil. Nesta área, foi desenvolvido o Projecto Alta Segura, implementado em Junho de 2004, após uma fase inicial de monitorização dos acidentes na região. Esta monitorização, feita através do registo manual e informático das situações que recorriam quer aos SAP, quer ao serviço de urgência, permitiu identificar o número e tipo de acidentes nos diversos contextos (casa, escola, rodoviários) e a necessidade de serem tomadas medidas adequadas de prevenção. Foram neste âmbito levadas a efeito acções de formação e sensibilização, colmatadas com três Encontros Distritais de Segurança, (2003, 2005 e 2007). Identificada também a precariedade do transporte das crianças no automóvel, foram desenvolvidas três operações Stop, em colaboração com a PSP, que permitiram não só operacionalizar o problema, como despertar a comunidade para a necessidade de uma intervenção concertada, iniciada com a progressiva sensibilização dos pais e educadores. A segurança é um sentimento de bem-estar e de confiança que depende de factores emocionais, comportamentais e ambientais. Esta não existe isoladamente, integra-se nos critérios obrigatórios de qualidade, espaço, produto e serviço. Todos somos responsáveis na contribuição de um ambiente seguro, quer alterando atitudes, hábitos, comportamentos, como exigindo, fiscalizando, divulgando e cumprindo normas de segurança. A segurança é um direito da criança e um dever dos pais e da sociedade em geral, dado que, pela sua vulnerabilidade, ela é sujeita a um maior risco de morte e lesões graves. O uso de sistemas de retenção apropriados à criança de todas as idades é a única forma de protecção eficaz, dado que previne 80% de mortes e ferimentos graves (Marujo, 2003) Enfermagem e o Cidadão 13

14 No melhor interesse da Criança Apontamento de reflexão Enfermeira Cândida Carreira Enfermeira Hospital Pediátrico de Coimbra Em Portugal, existe um vasto leque de grupos sociais sem acesso àquilo que é considerado como mínimo bemestar económico, social, cultural ou psicológico. Os debates e reflexões que dominam o nosso dia a dia, numa altura em que a acessibilidade à informação é uma evidência, não nos podem deixar indiferentes. As questões ligadas a negligencia, maus-tratos, acidentes de vária natureza, etc., são catapultados, de imediato, para os media e entram-nos pela casa dentro a qualquer hora do dia, sem qualquer tipo de filtro. A sociedade, em geral, manifesta-se de forma exacerbada, reagindo à notícia de casos graves congregando, muitas vezes, esforços, geralmente monetários, para solucionar esses casos pontuais mas (contrariamente ao que seria de esperar) demite-se das grandes intervenções sociais com igual frequência. A família, como primeiro ecossistema onde a criança se desenvolve, tem por obrigação proteger a criança e o seu desenvolvimento e crescimento em condições de segurança e bem-estar. Mas as tensões e correrias do dia a dia, que invadem as nossas casas, escolas e meio ambiente em geral, colocam em risco esse equilíbrio. A realidade social dos nossos dias, a ausência de regras explícitas, a facilidade ilimitada no acesso a uma série de produtos e bens não considerados essenciais, e a ausência de comunicação entre os pares, é promotora de alguns riscos acrescidos. A criança necessita de brincar, correr, saltar, andar de bicicleta e ter liberdade para crescer mas a realidade dos meios em que nos movemos é muito diferente hoje do que era há algumas décadas atrás. A vigilância necessária e os cuidados familiares são imprescindíveis, mas as barreiras e riscos são cada vez maiores o que torna mais difícil alcançar o equilíbrio desejável. Por outro lado, os valores e princípios morais que estavam na base do desenvolvimento da nossa sociedade, têm vindo a sofrer algumas modificações resultantes da atenuação de algumas regras e barreiras a par com uma exigência cada vez mais feroz no concerne à protecção jurídica individual, ou de grupo, em determinados aspectos legais, o que leva a que as pessoas se tornem mais defensivas em vez de interventivas. Por exemplo, a Consulta de CAJ está aberta a jovens de ambos os sexos, a partir dos 14 anos, por orientação do gabinete jurídico da ARS, quando nós sabemos que a puberdade é cada vez mais precoce, e que existe um numero elevado de gravidezes em adolescentes de idades inferiores. Vivemos assoberbados pelos afazeres do quotidiano, sem parar para pensar naquilo que é verdadeiramente essencial para que possamos viver em segurança e em segurança promover o crescimento das nossas crianças. É por isso que o trabalho dos profissionais, nomeadamente dos enfermeiros com responsabilidade nos cuidados à criança, exige um maior esforço no sentido de promover um diálogo concertado entre as várias estruturas de apoio, olhando para mais longe do que o visível imediato. Cabe a cada um de nós a responsabilidade de reflectir no que é importante, descobrindo a razão sobre o sentido de sermos responsáveis, de forma a discernir aquilo a que é essencial dar atenção. Para os enfermeiros, cuidar é ir ao encontro do outro, acompanhá-lo na promoção da sua saúde e bem-estar, criando laços de confiança e vínculos nos serviços. Nesta linha de pensamento este espaço, promovido pelos enfermeiros do Hospital Pediátrico, pretendeu desafiar estes profissionais a tomarem consciência das suas atitudes e comportamentos de modo a construir novas formas de estar e ser, que correspondam a acções de prevenção e intervenção face às questões de segurança infantil. Acredita-se que a prevenção é uma área de intervenção prioritária e privilegiada que além de contribuir definitivamente para a melhoria das condições de vida das populações, e neste caso das nossas crianças, contribuiu ainda, para ganhos em saúde. Qualquer postura assumida por nós, enfermeiros, será legítima enquanto perseguir aquilo que pode ser definido como o melhor interesse da criança. 14 Enfermagem e o Cidadão

15 Riscos Biológicos Que Desafios em Toxicodependências? Emília Falcão A enfermagem é uma profissão de risco e os enfermeiros estão constantemente expostos a sofrerem acidentes durante o desempenho da sua actividade, nomeadamente Riscos Biológicos Os Riscos Biológicos são provocados principalmente por: vírus, bactérias, parasitas, protozoários, fungos e bacilos quando em contacto com o homem e podem provocar Tuberculose, Rubéola, Herpes, Escabiose, Hepatites, Viroses, Sida e outras doenças infecto-contagiosas, podendo ocorrer através das vias cutânea ou percutânea, respiratória, conjuntiva ou oral. Os acidentes causados por material perfurocortante são os de maior risco pois podem infectar os profissionais com o vírus das hepatites B e C e o VIH. Também, o contacto de mucosas ou pele não íntegra, com sangue, tecidos e líquidos corporais específicos, equipamentos ou superfícies contaminadas com essas substâncias, apresentam Risco Biológico. As fezes, secreção nasal, saliva, escarros, suor, lágrimas e vómitos não são considerados potencialmente infecciosos a não ser que estejam contaminados com sangue. O enfermeiro deve conhecer os riscos a que está exposto e as medidas de protecção e prevenção a utilizar, tais como: lavagem das mãos, uso de batas, luvas descartáveis, máscaras, óculos de protecção ou outro equipamento de protecção individual e não se desculpar com: sobrecarga de trabalho, urgência da situação, fadiga, descuido e desatenção, má qualidade do material, tensão e stress, bom aspecto dos utentes Normas para reduzir o risco de transmissão de microorganismos: - Os Enfermeiros que utilizam objectos perfurocortantes são responsáveis pela sua inutilização; - As agulhas não devem ser recapsuladas; - Os Enfermeiros devem considerar todos os utentes como potencialmente infectados e aderirem rigorosamente às precauções de controle de infecção As precauções devem ser aplicadas a todos os líquidos corporais: sangue, secreções e excreções (excepto suor a não ser que tenha sangue), pele não íntegra e mucosas; - Correcta lavagem das mãos; - Todos os Enfermeiros devem estar vacinados para doenças como: tétano e difteria, hepatite A e B e gripe. Os serviços de Saúde deverão favorecer a correcta separação dos lixos e o seu encaminhamento, material descartável, ambientes favoráveis com boa iluminação, arejados e climatizados Ambientes frios, quentes, húmidos, com falta de higiene e conforto podem debilitar os profissionais de enfermagem e favorecer o aparecimento de infecções. Que desafios em toxicodependências? Será que os Enfermeiros que prestam cuidados a utentes toxicodependentes estão mais sujeitos a sofrer Riscos Biológicos do que os enfermeiros que trabalham noutras áreas? Parte-se da premissa que qualquer indivíduo é potencialmente infectante. Isto, é o que deve fazer qualquer profissional de Saúde. Enfermagem e o Cidadão 15

16 Os Enfermeiros que trabalham nos hospitais têm um maior risco biológico devido aos Agentes que circulam nesses locais e ao associado à utilização de material perfurocortante. O nosso maior risco é sem dúvida a transmissão por via respiratória designadamente a Tuberculose e a Gripe, em alguns casos porque as nossas instalações ainda apresentam alguma precariedade pois foram heranças do Serviço Nacional de Saúde, quando estes obtiveram melhores instalações, talvez devido ao estigma na representação social das pessoas toxicodependentes. Urge por isso, promover a melhoria das condições físicas dos locais onde exercemos. Isto sim, pareceme ser um verdadeiro desafio para os Enfermeiros do IDT. Quanto a material perfurocortante, raramente o utilizamos com os nossos utentes. Fazemos os testes rápidos para detecção do VIH, mas a gota de sangue a utilizar é obtida através de picada com uma lanceta, que só pica uma vez e recolhe a agulha. O nosso trabalho é essencialmente administrar terapêutica e estar com o utente numa atitude empática, de escuta activa dos seus problemas, procurando sempre compreender as razões das suas preocupações e promovendo o potencial de saúde, contribuindo para a recuperação ou manutenção da saúde orgânica e mental. O Enfermeiro leva o utente a perceber a importância da alimentação equilibrada, da higiene a nível corporal e de vestuário, do sono e repouso nocturno, da adesão à terapêutica, da prevenção de riscos, das boas relações familiares, entre outros. Poucos Enfermeiros terão contacto com estes utentes, ou temas relacionados com esta área. Algumas vezes pergunto-me sobre o porquê desta situação. É necessário aumentar a nossa participação em comunicações, debates, encontros e quaisquer outras formas de discussão, a fim de darmos visibilidade ao nosso trabalho, que é como em todas as áreas, cuidar o doente com patologia, neste caso a Toxicodependência e suas consequências, prevenir situações de risco e promover a saúde. As pessoas toxicodependentes são utentes como os outros, necessitando de uma abordagem específica mas não diferindo muito na sua essência, da prestação de cuidados Gerais de enfermagem. Que desafios? Estamos todos desafiados Vamos ajudar e cuidar aqueles que têm problemas de dependências sem receios ou medos, mas com protecção para eles e para nós. Um apontamento: Dou mais tempo à vida Esperança Jarró e Eugenia Morais No mês de Outubro realizaram-se em Coimbra no mês de Outubro, alguns eventos, no sentido de sensibilizar para os aspectos preventivos do cancro da mama, promovidos pela Liga Portuguesa contra o Cancro e outras entidades. Uma das ideias centrais que se denotou nesta iniciativa foi o grande a necessidade do diagnóstico precoce do cancro da mama. Para o diagnóstico precoce é necessário: Que a mulher desenvolva uma vigilância periódica, através do : Auto exame da mama;mamografia e ecografia periódica mamária a partir dos 35 anos. Que os Serviços de saúde procedam à identificação e orientação para programas de vigilância específicos, às mulheres que pertencem a famílias de risco; Na mulher com cancro da mama, os aspectos que ressaltam passam por: Promover a utilização dos meios técnicos e científicos disponíveis no diagnóstico e tratamento da doença em tempo útil. Facilitar à mulher e família os processos adaptativos à doença e ao tratamento. Nestes eventos evidenciou-se que as grandes apostas passam por processos educativos tanto de prevenção de auto exame, de programas de vigilância, como de acompanhamento e facilitação de processos adaptativos onde a enfermagem e sua área disciplinar dão os melhores contributos. Os cidadãos podem continuar a contar connosco! 16 Enfermagem e o Cidadão

17 Avaliação Sistemática da Dor Gabriela Ramalhinho; Hélder Araújo; João Pinto; Rosa Machado; Rosa Moreira (Grupo de Estudo e Avaliação da Dor Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE) Palavras-chave: Dor, Cuidados de Enfermagem, Controlo de Sintomas. RESUMO A constante procura da excelência de cuidados prestados aos cidadãos, leva os profissionais e as instituições de saúde a preocuparem-se cada vez mais com essa mesma qualidade. Assim sendo, aspectos que antes passavam despercebidos são hoje atentamente estudados e avaliados de forma a diminuir ao máximo o impacto da doença. Um desses aspectos é sem dúvida a Dor Outrora tida como um facto incontornável, passou ao longo do tempo a ser motivo de interesse e o seu alívio passou a ser fundamental. O Centro Hospitalar Cova da Beira desenvolve desde 2006 um projecto de implementação da Avaliação Sistemática da Dor com 5º Sinal Vital. O Grupo de Avaliação e Estudo da Dor (GEAD) nomeado pelo Conselho de Administração institui como objectivo para as suas actividades a melhoria no atendimento ao utente com Dor, no respeitante à sua avaliação, registo e controle. Participam neste projecto de modo geral todos os enfermeiros com diversas funções específicas neste processo de implementação. INTRODUÇÃO Nas sociedades modernas, a evolução e progresso no âmbito das ciências da saúde fazem-se a velocidades Enfermagem e o Cidadão 17

18 cada vez mais aceleradas. Todos os dias assistimos ao emergir de novos tratamentos para controlar e debelar doenças. Preocupamo-nos cada vez mais em combater os microrganismos, realizar cirurgias cada vez mais inovadoras. No entanto continua muitas vezes a ser negligenciada uma linha comum que atravessa quase todos os momentos em que a saúde nos trai, a Dor. A Dor que pode ser tida como um gigante oculto, uma vez que temos a sua existência como certa, no entanto a sua manifestação e representação é diferente de indivíduo para indivíduo, podendo mesmo muitas vezes passar de modo quase imperceptível. Hoje em dia o tratamento da dor é um facto indiscutível e mesmo humanitário, no entanto devido ao facto de ser uma experiência pessoal, subsiste muitas vezes uma dúvida: Afinal como se pode avaliar algo que não se vê como a dor? a Dor pode ser avaliada quanto à sua a intensidade, duração, ritmo, factores desencadeantes e atenuantes devendo ser encarada como o 5º Sinal Vital. Os Enfermeiros por serem os profissionais que mais de perto contactam com o sofrimento do doente, necessitam de dispor de conhecimentos elevados sobre a importância da problemática da dor, dos seus métodos de avaliação e de controlo. A implementação de um processo de avaliação sistemática da Dor é imprescindível para concretizar uma ambição real de construir um hospital sem Dor. Neste hospital os profissionais têm conhecimentos científicos acerca da Dor nas suas diferentes dimensões, transmitem-nos de forma clara e precisa aos utentes e familiares e dispõem de estratégias de garantia da qualidade dos cuidados prestados neste âmbito. O PROJECTO O Centro Hospitalar Cova da Beira investiu desde sempre na melhoria da qualidade dos cuidados prestados, assim e nessa perspectiva em 2006 delineou estratégias para uma correcta avaliação da Dor. O processo iniciou-se pela nomeação de um grupo de trabalho, que ficou responsável pela implementação, monitorização e acompanhamento da avaliação sistemática da dor. Este grupo recebeu formação inicial pela Associação Portuguesa para o Estudo da Dor. Posteriormente delimitaram-se estratégias, sendo definido que o processo seria veiculado a todos os enfermeiros do Hospital através de elos de ligação, tendo sido seleccionados dois enfermeiros por serviço. Após a formação destes elos de ligação e respectivos enfermeiros chefes, cada serviço organizou-se para fazer a formação dos seus enfermeiros e a elaboração dos protocolos de avaliação da dor e de analgesia. A actividade formativa em 2006 culminou com o Fórum de Enfermagem Dor 5º Sinal Vital Um Direito / Um Dever que contou com uma elevada adesão quer dos profissionais do Centro Hospitalar Cova da Beira, quer de outras instituições de saúde da região. O principal objectivo deste evento foi o proporcionar aos profissionais um espaço para actualizar os seus conhecimentos e troca de ideias. No decorrer desse fórum decorreu também um concurso de cartazes tendo como objectivo a escolha de um cartaz responsável pela divulgação da avaliação da dor para a população em geral. As iniciativas levadas a cabo durante o decorrer deste processo não se cingiram apenas aos profissionais, tendo sido realizados eventos para o público em geral, por exemplo os Cursos Básicos de Dor dirigido a todos os colaboradores do Hospital, as Comemoração do dia Nacional e Mundial da Dor, e a presença em alguns eventos locais (Covifeira), sendo feitos ensinos à população e divulgação de panfletos informativos. RESULTADOS Sendo este um projecto que se reveste de alguma complexidade, houve uma necessidade de acompanhado sistemático na implementação do mesmo. Realizámos reuniões de acompanhamento e auditorias programadas, em que se avaliaram e discutiram alguns aspectos da implementação do processo, tendo em vista a melhoria contínua dos cuidados de Enfermagem. Após aplicação de um questionário aos utentes e uma lista de verificação ao processo clínico, destacamos: Os utentes revelaram um elevado grau de satisfação relacionada com a atenção dada pelos enfermeiros à avaliação da Dor e ao seu adequado controlo, sentindo um estreitamento na relação doente-enfermeiro, no entanto revelou-se também que houve alguma dificuldade na percepção das escalas de avaliação da Dor; Ao nível dos enfermeiros verificou-se a implementação do registo da dor em todas as suas dimensões no processo de enfermagem, a avaliação passou a ser realizada de forma sistemática, em todos os turnos e sempre que necessário. CONSIDERAÇÕES FINAIS Sendo a dor um fenómeno difícil de compreender e avaliar devido à sua subjectividade e multidimensionalidade, continua a ser um factor muito importante na qualidade de vida dos indivíduos. Deve ser correctamente identificada e avaliada sistematicamente, permitindo optimizar a terapêutica. O Centro Hospitalar Cova da Beira, com o objectivo da melhoria dos cuidados prestados, está preocupado com esta problemática, estando a ser implementadas medidas para a correcta avaliação da dor. Este processo que inicialmente se debateu com algumas resistência à mudança encontra-se a pouco e pouco a dar resultados positivos. No entanto o desenvolvimento deve sempre ser observado a longo prazo uma vez que acima de tudo se tentam introduzir quer no dia-a-dia dos profissionais quer da comunidade novas ideias, comportamento e procedimentos. Mesmo não sendo um processo simples, todos os longos caminhos começam com um simples passo em frente. 18 Enfermagem e o Cidadão

19 HPV Vírus do Papiloma Humano Enfermeira Telma Carneiro Consulta Externa - Unidade de Patologia Cervical Hospital Sousa Martins-guarda Cerca de 75% das mulheres e homens sexualmente activos já foi exposto ao HPV, vírus este que está presente em 99.7% dos casos de cancro do colo do útero. Será isto relevante? Sem dúvida, se soubermos que este é o segundo tipo de cancro mais frequente em mulheres jovens (15-44 anos), que na Europa morrem diariamente 40 mulheres devido ao cancro do colo e que em Portugal atinge 17 em cada mulheres, isto é, a taxa mais elevada da Europa. DEFINIÇÃO Vírus da família papovaviridae; Pode infectar diversas áreas do corpo (pele, orgãos genitais e em especial o colo do útero); Existem mais de 100 tipos (recebem um nº), de diferente agressividade e com diferentes manifestações clínicas: Os tipos 6 e 11 causam mais frequentemente condilomas acuminados ou verrugas genitais crista de galo -Doença benigna Os tipos 16 e 18 estão intimamente ligados a lesões neoplásicas malignas do colo do útero. MODO DE TRANSMISSÃO (COLO DO ÚTERO) Período de incubação indeterminado; De maneira geral transmissão sexual; Inúmeros casos de modo de transmissão desconhecido (toalhas, roupa íntima, banheiras, sanitários, saunas, piscinas ). FACTORES DE RISCO (CARCINOMA DO COLO) Inevitáveis susceptibilidade genética; Evitáveis HPV alto risco - Início de actividade sexual <18 anos - Múltiplos parceiros sexuais - Tabagismo - Contraceptivos hormonais - Inflamação/infecção conjuntas no colo do útero Não só como mulher mas também como enfermeira, esta é uma realidade que me preocupa, daí a publicação deste artigo. Acredito que nós como profissionais de saúde podemos ter um papel vital nesta questão, e de que forma, pela sensibilização da população. Contactamos diariamente com dezenas, centenas de pessoas, porque não alertá-las dos factos anteriormente referidos, nomeadamente os factores de risco e para a importância da jovem, da mulher, consultar o seu médico, o seu ginecologista regularmente, fazendo uma citologia do colo do útero, visto esta permitir a detecção precoce de anomalias do colo, e assim, e porque não, PREVENIR O CANCRO DO COLO DO ÚTERO. Ficha Técnica Enfermagem e o Cidadão Distribuição Gratuita Jornal da Secção Regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros Av. Bissaya Barreto, 191 CV COIMBRA Tel.: Fax: srcentro@ordemenfermeiros.pt Director Amílcar de Carvalho Coordenação Editorial M. Eugénia Morais Redacção Cândida Macedo António Marques Rui Venâncio Margarida Dinís Fernando Cardoso Carlos Almeida Carlos Portugal Conselho Científico Presidente do CER - António M. Oliveira Presidente do CJR - José Luis Gomes Presidente da MAR - Delmina Moreira Presidente do CFR - António Garrido Colaboradores Especiais Cláudia Pereira / Emília Mendes Fátima Aires Enfermeiros do Dep. de Psic. e Saúde Mental do Hospital Sousa Martins Manuel Paulino / Catarina Gonçalves Cláudia Mingote / Tânia Pinto Adília Serra / Benvinda Rodrigues Liliana Valadas / Marina Costa Florbela Paiva / Conceição Bonifácio Goreti Santos / Cândida Carreira Emília Falcão / Esperança Jarró Gabriela Ramalhinho / Hélder Araújo João Pinto / Rosa Machado Rosa Moreira / Telma Carneiro Grupo de Alerta p/ a Seguraça Correspondentes Responsáveis das Unidades de Saúde Associações de Cidadãos Associações Profissionais Revisão Editorial Ananda Fernandes Comunicação e Imagem Vitor Garcia Secretariado Rute Silva Maquetização, Produção PMP COIMBRA Tiragem exemplares Depósito Legal /02 Impressão PMP Enfermagem e o Cidadão 19

20 Tucerculose SECÇÃO REGIONAL DO CENTRO 20 Av. Bissaya Barreto, 191 CV COIMBRA Tel.: Enfermagem e o Cidadão Fax: srcentro@ordemenfermeiros.pt

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