A OTAN E A PESD: DUAS REALIDADES COMPLEMENTARES OU CONCORRENTES?

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1 Questões Geopolíticas Centrais A OTAN E A PESD: DUAS REALIDADES COMPLEMENTARES OU CONCORRENTES? A Aliança Atlântica continua a ser importante para manter a paz Kantiana europeia. Garante não só a segurança externa das repúblicas europeias como a estabilidade interna na Europa. (Marques de Almeida & Rato, 2004: 31) Catarina Mendes INTRODUÇÃO Após a II Guerra Mundial assistiu-se à construção de uma nova ordem internacional. Com a emergência da ameaça soviética, a Europa deparou-se com dois problemas: por um lado, o problema nacionalista e, por outro, os planos hegemónicos da URSS. Assim, assistiu-se à constituição da OTAN, em 1949, com a finalidade de garantir a segurança dos países europeus; e, ao início do processo de integração europeia, a partir de 1952 (com a criação da CECA), procurando pôr termo ao problema nacionalista europeu. Ao longo de mais de meio século, a OTAN procurou responder e adaptar-se à evolução da cena internacional: alterou o seu Conceito Estratégico, transformou a sua estrutura e passou por três tipos de alargamento campo de actuação geográfica, parcerias e abertura a novos países. Paralelamente, a Europa tem percorrido um caminho de integração crescente em várias áreas. Em termos de defesa, este caminho não se tem revelado fácil. Iniciado em 1952, com a tentativa frustrada da criação da CED, foi-se desenvolvendo através da criação da PESC, em 1992, da cooperação com a UEO, da consagração da PESD pelo Tratado de Nice. O desenvolvimento da Identidade Europeia de Segurança e Defesa no seio da OTAN permitiu o desenvolvimento de relações mais próximas no quadro euro-atlântico. Não obstante, a organização preponderante da arquitectura de segurança europeia continua a ser a OTAN; é ela a responsável pela defesa colectiva dos seus membros, tanto mais que, até ao presente, a UE ainda não dispõe de uma verdadeira catarina@dpp.pt.

2 Informação Internacional, Vol. I, 2004 Após os atentados de 11 de Setembro de 2001 contra os EUA tudo se alterou na ordem internacional: a ameaça do bioterrorismo ou de uso por forças irregulares de armas de destruição maciça (ADM), a demonstração do poderio militar americano no Afeganistão e no Iraque. Estes factos tiveram um impacto a nível político, nas instituições internacionais, na segurança, nas negociações comerciais, multilaterais, e regionais. O 11 de Setembro reforçou a liderança norte-americana do sistema mundial num mundo unipolar. Desde a queda do muro de Berlim sempre que intervêm numa crise externa, os EUA, aumentam a sua rede de bases militares em todo o planeta. Todavia, apesar de serem os mais poderosos, são também vulneráveis. Verifica-se uma profunda crise sistémica da ordem vestefaliana. A alternativa ainda está a ser desenhada. O princípio da não ingerência nos assuntos internos dos outros Estados foi preterido pelo conceito de intervenção de humanitarismo universal ou de jurisdição universal (de que são exemplos as intervenções humanitárias militares dos EUA na Somália, no Haiti, na Bósnia e no Kosovo). O conceito de Estado-nação está a passar por uma metamorfose, assistindo-se ao agrupamento de vários Estados, de forma a poderem desempenhar um papel que sozinhos não conseguem ter. A expressão mais significativa desta tendência é, sem dúvida, o processo de UE. Neste quadro, os EUA necessitam de velhas e seguras organizações, nomeadamente, da ONU e da OTAN. Por um lado, a ONU tem um peso político de que os EUA necessitam para a legitimação sob a forma de um compromisso universal de prioridade da guerra ao terrorismo e para a implementação de uma política global de não proliferação. Por outro lado, os EUA nem sempre desejam, nem têm capacidade para actuarem sozinhos, necessitando de partilhar o fardo militar e a interoperacionalidade de uma pool de forças, militares e de inteligência aliadas e organizadas pelos EUA, para várias situações de emergência daí a importância da OTAN. 1. A OTAN NO MUNDO 1.1. A Evolução e Objectivos da OTAN A OTAN foi fundada a 04 de abril de 1949, através da assinatura do Tratado do Atlântico Norte, em Washington, dando origem a uma Aliança de Defesa Colectiva, de acordo com o definido no artigo 51º 1 da Carta das Nações Unidas, não necessitando de autorização do Conselho de Segurança da ONU para qualquer acção. O Tratado tem uma duração indefinida. 1 Artigo 51 da Carta das Nações Unidas: direito inerente dos Estados independentes à defesa individual ou colectiva. 200

3 A OTAN e a PESD: duas Realidades Complementares ou Concorrentes Os Estados fundadores foram 12: dois do continente americano EUA e Canadá; dez do continente europeu Bélgica, Dinamarca, França, Holanda, Islândia, Itália, Luxemburgo, Noruega, Portugal 2 e Reino Unido. De acordo com o artigo 10 do Tratado, a Aliança está aberta à adesão de outros Estados europeus que estejam em condições de defender os seus princípios e contribuir para a segurança da zona do Atlântico Norte. Daí que já tenham tido lugar alargamentos a outros países (conforme se analisará mais à frente), tendo actualmente a aliança 26 membros. Contexto Político e diplomático da criação da OTAN A OTAN surge devido ao fim da II Guerra Mundial, facto que marca o fim do euro-mundo. Com efeito, emergem dois impérios opostos, quer geográfica, quer politicamente EUA e URSS. A cadência universal irá ser marcada pelo jogo político e militar destes dois blocos. Em 1945, os EUA confrontam-se com o enfraquecimento dos Estados europeus: a França e o Reino Unido estavam económica e moralmente de rastos; a Alemanha era um país derrotado e ocupado pelos aliados. Entre 1945 e 1949, os EUA e os países da Europa Ocidental assistiam com preocupação às políticas e aos métodos expansionistas da URSS. Os líderes soviéticos mantinham intacta a potência das suas forças armadas. A imposição de formas de governo não democráticas e a repressão de uma oposição efectiva dos direitos humanos e civis básicos e de liberdade em muitos países da Europa Central e de Leste, bem como noutras partes do mundo. Passara a esperança do tempo de Elba, a Guerra Fria começava a tomar os seus contornos. Entre 1947 e 1949 ocorrem uma série de eventos políticos dramáticos que vão precipitar os acontecimentos. Ameaças directas à soberania da Noruega, da Grécia, da Turquia e de outros países da Europa Ocidental; o golpe de Estado na Checoslováquia (1948); o Bloqueio de Berlim (1948). É curioso notar que, numa primeira fase, no rescaldo da II Guerra Mundial, a França e o Reino Unido ainda temendo a Alemanha e outros perigos eventuais, sentiram a necessidade de se unirem, assinando o Tratado Bilateral de Dunquerque, em Março de Este Tratado contemplava a defesa mútua face a um ressurgimento da ameaça alemã; e, representou o princípio da cooperação militar entre os Estados europeus, no pós No entanto, após o Tratado de Dunquerque, dá-se o Golpe de Praga. Com o apoio dos EUA, em Março de 1948, era assinado o Tratado de Bruxelas entre os países do BENELUX, França e Reino Unido, com o objectivo de desenvolverem um sistema de defesa comum e de 2 Portugal deve a sua entrada como membro fundador devido ao arquipélago dos Açores. Com efeito, para os EUA, os Açores representavam uma posição geoestratégica decisiva para a sua segurança a Leste e para a projecção de forças para a Europa e a toda a zona do Mediterrâneo. 201

4 Informação Internacional, Vol. I, 2004 reforçarem os laços existentes entre si de maneira a poderem enfrentar qualquer ameaça de natureza ideológica, política e militar que pudesse colocar em causa a sua segurança. Este Tratado já era claramente vocacionado contra a ameaça soviética. 3 Entretanto, o Bloqueio de Berlim vai originar um giro histórico na diplomacia norteamericana: em 11 de Junho de 1948, o Congresso aprovava a Resolução Vandenberg 4, mediante a qual o poder executivo norte-americano passava a ter autorização para realizar alianças em tempo de paz, fora do continente americano. Esta resolução marcou o fim do isolacionismo norte-americano. A partir de então iniciam-se os contactos entre os EUA, Canadá, os cinco Estados-membros do Tratado de Bruxelas, Dinamarca, Islândia, Noruega, Itália e Portugal para a edificação de uma organização que congregasse esforços da América do Norte e da Europa Ocidental, numa defesa colectiva das duas margens do atlântico. Assim, nascia a OTAN. Objectivos, Evolução do Conceito Estratégico e Estrutura da OTAN Em 1950, com o desencadeamento da Guerra da Coreia, foi criada uma estrutura militar permanente a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Apesar de Aliança do Atlântico e OTAN não serem exactamente o mesmo, utilizam-se como sinónimos. Seis anos após a criação da OTAN surgiu o Pacto de Varsóvia 5, consolidando a aliança entre a URSS, a Polónia, a Checoslováquia, a Hungria, a Roménia, a Bulgária, a Albânia, e, a partir de 1956, a RDA. De acordo com o artigo 10º, a OTAN é uma organização aberta, que em determinadas condições aceita novos membros (um Estado é convidado por unanimidade). Em 1952 a Turquia e a Grécia aderiram à Aliança, em 1955 entrava a RFA e em 1982 a Espanha. A 3 Com base no Tratado de Bruxelas (1948) e no Tratado de Paris (assinado em 1954) nasceu a União Europeia Ocidental (UEO) uma organização de simples cooperação, cuja importância foi diminuta devido à criação da OTAN. 4 A Resolução Vandenberg deve o seu nome ao facto de ser esse o nome do Presidente Republicano da Comissão dos Assuntos Externos do Senado. 5 O Pacto de Varsóvia surge em Maio de 1955, por um conjunto de razões intimamente ligadas à política externa soviética: por um lado, foi a resposta à entrada da RFA na OTAN, enfrentando a política do Ocidente; por outro, visou estabilizar e dar coesão ao seu cordão sanitário, às suas conquistas pós-45 e em função deste, permitir preocupar-se com os problemas da RPC. Foi, portanto, um instrumento criado para garantir a criação do comunismo e do socialismo. Concretamente, o Pacto de Varsóvia formalizava uma série de Tratados de Defesa Bilaterais entre os países da Europa Oriental e de Leste. Encarregado da defesa mútua, reuniu e organizou, sob o comando soviético, as forças armadas dos Países de Leste. O Pacto de Varsóvia serviu de enquadramento às intervenções militares na Hungria (1956) e na Checoslováquia (1968). O Pacto de Varsóvia foi dissolvido em

5 A OTAN e a PESD: duas Realidades Complementares ou Concorrentes Republica Checa, a Hungria e a Polónia aderiram em Recentemente, em 2004, entraram a Estónia, a Letónia, a Lituânia, a Eslovénia, a Eslováquia, a Bulgária e a Roménia. O artigo 5º é a chave do Tratado, em caso de agressão contra um Estado-membro, todos os restantes comprometem-se a tomar as medidas necessárias, incluindo o emprego da defesa armada para restabelecer e assegurar a segurança na região do Atlântico Norte. A OTAN tem dois tipos de objectivos, nomeadamente: Objectivos de carácter geral o Consagrados no preâmbulo do Tratado (os quais correspondem ao artigo 52º da Carta das Nações Unidas), nomeadamente, salvaguardar a liberdade dos seus povos, a sua herança comum e a sua civilização, fundadas nos princípios da democracia, das suas liberdades individuais e do respeito pelo direito; o Garantir a estabilidade e o bem-estar na área do Atlântico Norte 6. Objectivos específicos o Têm um carácter gradativo estando estatuídos nos vários artigos do Tratado de Washington e sempre de acordo com o artigo 5º do mesmo, a saber: 1. A resolução pacífica de qualquer conflito em que os Estados-membros se encontrem inseridos, tal como na carta das N.U (artigo 1º); 2. Promover as relações internacionais pacíficas e amigáveis e estimular a cooperação económica entre os Estados-membros (artigo 2º); 3. Desenvolver da capacidade individual e colectiva para resistir a um ataque armado - capacidade de resposta eficaz a um conflito (artigo 3º); 4. Cooperação defensiva e assistência mútua, enquanto objectivos centrais da Aliança (artigo 5º); tendo como particularidade que cada Estadomembro tem a liberdade de tomar as medidas que considere necessárias para responder à ameaça. Isto significa que a intervenção militar de um Estado-membro na defesa de outro Estado-membro não é de carácter obrigatório 7. 6 Segundo o artigo 6º do Tratado de Washington, a OTAN auto-limitou-se geograficamente ao Norte do Trópico de Câncer. Trata-se de uma particularidade, dado que em 1966 com a retirada da França, sob a égide de DeGaulle, cessaram alguns Tratados Bilaterais em relação à França (entre eles, o de salvaguardar o território da Argélia antiga colónia Francesa). 7 Ao contrário do que se verificará no Tratado de Paris que funda a UEO em que, face a um ataque a um dos membros, todos os outros são obrigados a responder automaticidade de resposta. 203

6 Informação Internacional, Vol. I, 2004 Segundo Pezarat Correia (2004:121), a OTAN tinha dois objectivos explícitos e um implícito, nomeadamente: Objectivos explícitos contenção da expansão da URSS e a manutenção da Alemanha (RFA) controlada dentro do sistema de segurança colectiva; Objectivo implícito a constituição da OTAN como instrumento de liderança norteamericana no bloco ocidental, ou seja, a assunção do papel de suporte militar de um dos pólos do sistema bipolar. Com efeito, citando um excerto do livro de Pezarat Correia (2004:121), Lord Ismay, que foi o primeiro Secretário-Geral da organização, cargo criado em 1952, terá afirmado que a Organização do Tratado do Atlântico Norte tem três funções: manter os EUA dentro, os russos fora e os alemães em baixo. Creio que, usando a mesma lógica será mais rigoroso afirmar que as três funções da OTAN eram manter a Alemanha dentro, a URSS fora e os EUA por cima. O Pacto do Atlântico tentava conciliar dois princípios chave das relações internacionais: por um lado, o princípio de equilíbrio de poder; por outro, o princípio de segurança colectiva. De acordo com o princípio de equilíbrio de poder, este era vocacionado para o exterior, traduzindo-se na pretensão dos EUA assegurarem o seu papel a nível global. Daí que, durante a Guerra Fria, no sistema bipolar que então caracterizava as relações internacionais, a OTAN garantiu o equilíbrio Leste-Oeste, a partilha da Europa e da Alemanha divididas pela Cortina de Ferro, mas comprometendo-se a actuar no quadro da ONU para a manutenção da paz e da segurança mundial. Quanto ao princípio de segurança colectiva, este era vocacionado para o interior, nomeadamente, através da própria natureza da organização ser intergovernamental (permitindo aos vários Estados-membros conservarem a sua soberania). Os Estados tinham liberdade de decisão em relação aos seus interesses, apenas se comprometendo a actuar de acordo com os outros parceiros, em conjunto, no caso de qualquer um deles ser atacado, nos termos previstos pelo Tratado fundador. Evolução do Conceito Estratégico da OTAN Desde 1949 que a OTAN tem um Conceito Estratégico que ao longo dos anos tem sofrido alterações devido à própria evolução da conjuntura internacional. O conceito estratégico da Aliança Atlântica foi sempre identificado com o dos EUA e, por isso, sofreu as mesmas evoluções que foram provocadas pelas contradições da Guerra Fia e da NOM (Pezarat Correia, 2004:122). Durante a Guerra Fria, os EUA através da OTAN sempre mantiveram uma importante presença militar na Europa. 204

7 A OTAN e a PESD: duas Realidades Complementares ou Concorrentes A corrida ininterrupta aos armamentos fez evoluir a Doutrina Estratégica dos Aliados. Desde a Resposta Nuclear Maciça, adoptada em 1953, enquanto os EUA são a única potência nuclear, à Resposta Graduada (ou Controlada ) concebida em 1956 que, em caso de ataque, faria intervir sucessivamente as forças convencionais, as armas nucleares tácticas e os sistemas estratégicos intercontinentais pois havia uma situação de igualdade nuclear, até à Resposta Flexível adoptada em 1967, após o Relatório Harmel, que considerava que as crises e os conflitos fora da área influenciavam a segurança da área do Atlântico Norte. Todavia, a URSS tinha superioridade de mísseis balísticos intercontinentais. Em 1969, a estratégia era deter a agressão a qualquer nível, convencional ou nuclear. O conceito estratégico da OTAN passou a assentar nos princípios de defesa avançada e de resposta flexível que os norte-americanos haviam introduzido na sua estratégia de dissuasão nuclear, graduando os patamares de dissuasão. Desde 1967 até 1990 vigorou o conceito estratégico designado de Resposta Flexível. Nos anos 80, teve lugar a Crise dos Euromísseis. Desde 1975, que a URSS decidira instalar os SS-20 (com um alcance de 3000 km e uma grande precisão) na Europa. A OTAN respondeu com a instalação de armas equivalentes os Pershing II e os Mísseis Cruzeiro instalando-os na RFA, em Itália, na Holanda e na Bélgica. A situação só ficou resolvida pelo Tratado de Washington, a 08 de Dezembro de 1987, com a consagração da Opção Zero (eliminação do teatro europeu de todos os mísseis nucleares com um alcance superior a 500 km). Com a derrocada da URSS e o fim do Pacto de Varsóvia em 1991, assistiu-se a uma revolução na geopolítica europeia, transformando as bases da arquitectura da segurança da Europa. Os Chefes de Estado e de Governo da Aliança reuniram-se em Roma, em Novembro de 1991, ratificaram o fim da Guerra Fria, adoptando um novo conceito estratégico. A noção de ameaça directa é substituída pela de risco, que inclui os efeitos para a segurança ocidental da possível destabilização de países limítrofes, bem como o terrorismo internacional e a disseminação nuclear incontrolada. É, portanto, delineada uma abordagem abrangente para a segurança baseada no diálogo, na cooperação e na manutenção de uma capacidade de defesa colectiva. O conceito levou a uma dependência reduzida de armas nucleares e a importantes alterações nas forças militares integradas da OTAN, incluindo reduções substanciais da sua dimensão e disponibilidade, melhorias na sua mobilidade, flexibilidade e capacidade de adaptação a diferentes contingências, e a uma maior utilização de forças multinacionais. Foram criados os chamados Grupos de Forças Interarmas multinacionais Combined Joint Task Forces (CJTF). Foram tomadas medidas para a redução da estrutura do comando militar da OTAN e para a adaptação dos preparativos e procedimentos do planeamento da defesa da aliança, particularmente no âmbito de requisitos futuros para a gestão de crises e de manutenção da paz. Passou-se de um conceito restrito de defesa para um conceito alargado de defesa, podendo incluir intervenções fora das suas fronteiras. Em 1999, aquando da Cimeira de Washington, no momento em que a OTAN celebrava o seu cinquentenário, foi aprovada uma nova e mais profunda alteração no seu conceito 205

8 Informação Internacional, Vol. I, 2004 estratégico. O novo conceito estratégico reflectia o panorama alterado da segurança euroatlântica, do final do século XX, nomeadamente, o surgimento de novos riscos complexos para a paz e para a estabilidade euro-atlântica, que incluíam a opressão, conflitos étnicos, os problemas económicos, o colapso da ordem política e a proliferação de armas de destruição maciça. O novo conceito estratégico foi marcado por três aspectos fundamentais, a saber: 1. Os EUA assumiram e estão determinados a afirmar a liderança do sistema global e unipolar; 2. Face ao movimento de aprofundamento da UE no sentido de deixar de ser uma comunidade económica para ascender ao patamar de uma comunidade política, os aspectos de defesa e de segurança tornaram-se num dos centros de discussão. Havia que fomentar o processo de desenvolvimento da Identidade Europeia de Segurança e Defesa no seio da Aliança. Não obstante, os EUA encaravam com um certo receio que a UEO pudesse consolidar-se autonomamente, colocando em perigo a coesão da OTAN 8 ; 3. A Cimeira realizou-se durante a crise da Jugoslavia/Kosovo. Face a esta crise a intervenção de forças da Aliança actuara na Jugoslávia fora da área OTAN, sem um mandato da ONU e sem que qualquer Estado-membro tivesse sido atacado. Isto contrariava o Artigo 5 do Tratado, dado que não estava em causa a legítima defesa. Face a este contexto, o novo conceito estratégico apresentou as seguintes alterações: Possibilidade da OTAN intervir fora-de-área, o que significa que a OTAN deixou de ser uma organização defensiva; Dispensabilidade de mandato do Conselho de Segurança das Nações Unidas para as intervenções fora-de-área e sem ser em resposta a um ataque directo; Manutenção da opção nuclear como componente fundamental da defesa da OTAN e dos Estados-membros; Definição da Identidade Europeia de Segurança e Defesa (IESD), transformando-a no pilar europeu da OTAN. Finalmente, na Cimeira de Praga, em Novembro de 2002, assistiu-se a um aprofundamento da reformulação do conceito estratégico. Esta reformulação teve em conta os ataques de 11 de Setembro. Assim, foi reafirmado o papel da OTAN como instrumento militar da 8 Nas vésperas da Cimeira, a então Secretária de Estado norte-americana, Madeleine Albright, lançou um aviso para impedir os três D s: Desacoplagem entre os parceiros de um lado e do outro do Atlântico; Duplicação dos objectivos e funções; Discriminação entre os Estados-membros pertencentes e não pertencentes à Aliança Atlântica. 206

9 A OTAN e a PESD: duas Realidades Complementares ou Concorrentes hiperpotência global. Foi, também, reforçada a capacidade para enfrentar quaisquer ameaças venham de onde vierem (terrorismo, armas de destruição maciça em mãos hostis). Para tal, a OTAN está a dotar-se de forças de intervenção rápida capazes de se manterem em qualquer parte do mundo durante tempos longos e a longas distâncias A Estrutura da OTAN A Organização do Tratado do Atlântico Norte fornece a estrutura que permite implementar os objectivos da Aliança. Trata-se de uma organização inter-governamental, em que os países membros mantêm a sua inteira soberania e independência. Desde a sua fundação, a Aliança sempre dispôs de uma estrutura dirigente e funcional. Com excepção da Estrutura de Comandos, poucas têm sido as alterações empreendidas. Naturalmente que com os sucessivos alargamentos, a OTAN tem evoluído na composição dos seus órgãos e a articulação entre eles tem-se mantido. De acordo com o Tratado de Washington, no seu artigo 9º, apenas vem estabelecido um órgão um Conselho ao qual foi conferido o poder para criar organismos que possam ser necessários de acordo com as necessidades. Assim, surge o Conselho do Atlântico Norte (NAC), autoridade suprema, com poder de decisão, composto pelos Representantes Permanentes dos Estados-membros. Reúne-se a dois níveis: Ministerial e através dos Representantes Permanentes. Anualmente, este Conselho é presidido, por rotação, pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros de um Estado-membro. Para discutir e decidir sobre as questões político-militares foi criado, pelo Conselho do Atlântico Norte, o Comité de Planeamento de Defesa (DPC). Este Comité é, normalmente, composto pelos Representantes Permanentes dos Estados-membros, ocupando-se da maioria das questões relacionadas com a defesa e com os planos de defesa colectiva. Reúne-se a dois níveis: Ministerial e através dos Representantes Permanentes 9. Os Ministros da Defesa dos países membros que participam no Comité de Planeamento de Defesa da OTAN reúnem-se periodicamente no Grupo de Planeamento Nuclear (NPG), cuja missão é dar resposta a questões de âmbito nuclear. A OTAN tem dois tipos de Estruturas: Estrutura Civil; Estrutura Militar; 9 Com excepção da França, todos os países membros estão representados neste fórum. Com efeito, a França retirou-se da estrutura militar integrada da aliança em 1966, permanecendo dentro das suas estruturas políticas como membro de pleno direito. 207

10 Informação Internacional, Vol. I, 2004 Figura 1 ORGANIGRAMA ESTRUTURA DA OTAN Comité de Planeamento de Defesa (DCP) Conselho do Atlântico Norte (NAC) Grupo de Planeamento Nuclear (NPG) Estrutura civil Estrutura militar Em termos de Estrutura Civil, a nova estrutura 10 da OTAN é composta pelo Secretariado Internacional e por Divisões Especializadas. Na década de 50 foi criado o Secretariado Internacional com a figura do Secretário-Geral. Desde então a OTAN já teve 11 Secretários-Gerais 11, sendo o actual Secretário-Geral o holandês Jaap de Hoop Scheffer. O Secretário-Geral é nomeado pelos governos membros, acabando a sua eleição por ser o reflexo de um jogo de poderes. As Divisões Especializadas assuntos políticos e política de segurança, operações, política de defesa e de planeamento, diplomacia pública e investimento de defesa são presididas por Secretários-Gerais Adjuntos, com excepção do Gabinete de Segurança da OTAN, que é presidida por um Director. Assim são cobertas as várias áreas: orçamento, armamentos, infra-estruturas, economia e finanças, ciência, planos civis de emergência, comunicações, ambiente, desafios da sociedade moderna, defesa nuclear. Figura 2 ORGANIGRAMA ESTRUTURA CIVIL Fonte: OTAN [On-line] Disponível em (25/05/04). 10 A nova estrutura da OTAN foi aprovada na Cimeira de Praga, em Novembro de Secretários-Gerais da OTAN: Lord Ismay ( ), Paul Henri Spaak ( ), Dirk U. Stikker ( ), Manilo Brosio ( ), Joseph Luns ( ), Lord Carrington ( ), Manfred Wörner ( ), Willy Claes ( ), Javier Solana ( ), Lord Robertson ( ), Jaap de Hoop Scheffer ( ). 208

11 A OTAN e a PESD: duas Realidades Complementares ou Concorrentes A Estrutura Militar é diferente da civil dado que apresenta uma hierarquia. No seu topo surge o Comité Militar, cuja finalidade é a elaboração de recomendações ao Comité dos Planos de Defesa e pode ainda enviar directrizes aos diversos Comandos Aliados. Reúne-se em Cimeiras bianuais ao nível dos responsáveis militares máximos de cada Estadomembro 12. A continuidade do Comité Militar é assegurada pelos representantes militares permanentes, que se reúnem com uma periodicidade variável. A presidência deste Comité cabe a um Chefe de Estado Maior eleito pelos seus pares. No âmbito do Conselho de Parceria Euro-Atlântico (EAPC) e da Parceria para a Paz (PfP), o Comité Militar reúne regularmente com os países parceiros (EAPC/PfP) a nível de Representantes Militares nacionais e a nível de CHODS para tratar de questões relacionadas com a cooperação militar. O Comité Militar tem um órgão de apoio e de assistência que se designa de Estado Maior Militar (IMS), chefiado por um General ou um Almirante, que funciona como órgão executivo e vela pela garantia da aplicação das directrizes e decisões do Comité. Cabe-lhe, também, a preparação de estudos relativos aos assuntos de carácter militar. Dependem do Comité Militar várias Agências Especializadas vocacionadas para comunicações e transmissões, investigação aero-espacial, normalização e estandardização, formação de quadros, pesquisa anti-submarina, produção. Em relação aos Comandos Supremos da OTAN, estes têm sido objecto de ajustamentos tendo em conta a evolução do conceito estratégico. Cobrem três áreas: 1. Comando para as áreas marítimas transatlânticas; 2. Comandos para as áreas terrestres europeia e norte-americana; 3. Comandos Operacionais. Não se trata de um órgão porque é uma estrutura militar, uma hierarquia de comando. A organização da OTAN subdividiu a área em três regiões, com base no artigo 6º. A cada uma dessas regiões correspondia um Comandante Supremo: Comandante Supremo Aliado na Europa SACEUR (Shape, Costeau na Bélgica); Comandante Supremo Aliado do Atlântico SACLANT (Norfolk, Virgínia nos EUA); Grupo de Planeamento regional Canadá-EUA-CURSPG (Arlington, EUA); 12 Como a Islândia não possui forças armadas, está representada nestas reuniões por um elemento civil. 209

12 Informação Internacional, Vol. I, 2004 Na sequência da Cimeira de Praga (realizada a 21 de Novembro de 2002), foi aprovada na Cimeira de Ministros de Defesa, em Junho de 2003, uma simplificação dos comandos estratégicos que está relacionada com o desejo de conseguir uma maior flexibilidade na constituição de eventuais Comandos Operacionais que podem ser atribuídos aos Comandos Estratégicos. Assim, o Comité Militar passa a ter dois Comandos Estratégicos, com duas finalidades diferentes: Comando Aliado de Transformação (ACT), um comando funcional, situado em Norfolk (EUA). Este Comando é responsável pela permanente transformação das capacidades militares (aumentar a formação, melhorar as capacidades, testar e desenvolver as doutrinas e orientar ensaios para estabelecer novos conceitos) e pela promoção da interoperacionalidade das forças da Aliança. O ACT será comandado pelo SACT (Comando Supremo Aliado de Transformação); Comando Aliado Operacional (ACO), será comandado pelo SACEUR, tendo como seu quartel-general o SHAPE, situado perto de Mons (Bélgica), é responsável por toda a actividade operacional da Aliança, do qual dependem dois Comandos de Forças Combinadas Conjuntas JFCS (uma localizada em Brussum e a outra em Nápoles). Em suma, a nova Estrutura Militar apresenta as seguintes alterações: A nível de Comando Estratégico verificou-se a redução de dois Comandos Estratégicos Operacionais para apenas um, mas verificou-se a criação de um Comando Estratégico Funcional de Transformação; A nível abaixo do Comando Estratégico, assistiu-se a uma redução de cinco comandos operacionais regionais para dois Comandos de Forças Combinadas Conjuntas e um Quartel-General conjunto; os trinta comandos operacionais subordinados foram reduzidos para seis; Isto implica uma redução de vinte para onze headquarters commands; O número de Centros de Operações de Combate aéreo (CAOCs) foi reduzido de 10 para seis. Estas alterações visam tornar o Comando da Estrutura Militar mais ágil, mais flexível, mais eficiente e com uma melhor capacidade de comandar o conjunto total das missões da Aliança 13. Foi neste novo contexto que na Cimeira de Praga foi aprovada a constituição de 13 A OTAN deve estar dotada da capacidade para cumprir com todo o seu leque de funções e missões, que vão desde a sua tarefa tradicional de assumir a defesa colectiva até ao desempenho de novas funções em circunstâncias de mudança, o que inclui as missões não previstas no artigo 5º, tais como as operações de manutenção de paz. 210

13 A OTAN e a PESD: duas Realidades Complementares ou Concorrentes Forças de Resposta Rápida (OTAN Response Force NRF) 14 com capacidade para actuarem em todo o mundo. Figura 3 ORGANIGRAMA DA ESTRUTURA MILITAR Comité Militar (MC) Estado Maior Internacional (IMS) Bruxelas Bélgica Comando Aliado de Transformação (ACT) Norfolk EUA Comando Aliado Operacional (ACO) Mons Bélgica Existem também organismos e agências que levam a cabo tarefas mais específicas e que formam parte da estrutura global da OTAN. Proporcionam um elemento de investigação e consultoria especializadas para a implementação das decisões da Aliança e para a gestão e funcionamento dos programas e sistemas de cooperação para formação e treino. Finalmente, existem ainda Organizações Parlamentares e Não-Governamentais que, embora independentes da OTAN, têm laços com ela: Assembleia Parlamentar da OTAN (OTAN PA) Uma espécie de Parlamento onde têm assento representantes dos respectivos parlamentos nacionais. É um órgão consultivo que existe desde A sua função principal é a formação e fomento de consenso; Associação do Tratado do Atlântico (ATA) Criada em 1954, reúne na qualidade de membros, organizações nacionais de voluntários e não governamentais dos países membros da Aliança para apoiar as actividades que a OTAN realiza e promover os objectivos do Tratado do Atlântico Norte; Confederação Interaliada de Oficiais na Reserva (CIOR) Fundada em 1948 pelas Associações de Oficiais na Reserva da Bélgica, França e Holanda, reúne actualmente as Associações de Oficiais na Reserva existentes nos países da OTAN; 14 A Estrutura Militar integrada inclui forças dos países membros que participam na referida estrutura e que os colocam à disposição da OTAN, de acordo com uma série de condições pré-estabelecidas. Actualmente, estas forças são estruturadas em três categorias: Forças de Reacção Imediata e Rápida, Forças Principais de Defesa e Forças de Reforço. 211

14 Informação Internacional, Vol. I, 2004 Confederação Interaliada de Oficiais Médicos na Reserva (CIOMR) Criada em 1948 como uma organização oficial de médicos das forças da OTAN na reserva, conta com a participação de todos os países membros da CIOR. Os seus objectivos estão ligados a questões dos desenvolvimento de relações médicas, formação médica militar, etc O Alargamento da OTAN Quando se aborda o tema de alargamento existe sempre a tendência para associar este aspecto apenas ao alargamento a novos membros. Não obstante, desde a sua fundação que se pode falar em três tipos de alargamento: área geográfica, parceria e a novos países. Em termos gerais, até 1994, os EUA eram um país dividido em relação ao processo de alargamento 15 ; a Rússia considerava que o alargamento criaria novas linhas divisórias na Europa, o que representaria um gesto hostil. Assim, a Rússia defendia a revalorização da OSCE para a arquitectura da segurança europeia. No entanto, existiam razões para o alargamento: OTAN should expand or die, OTAN should go out of area or go out of business 16, para sobreviver, a OTAN precisava de encontrar novas funções para além da defesa colectiva, ou seja, funções fora do âmbito do artigo 5º e fora da área do Atlântico Norte; o alargamento deveria ser político e não estratégico, ou militar. Fazia parte de uma solução que visava privilegiar a OTAN como núcleo central da nova segurança europeia, ou melhor euro-atlântica; manter os EUA interessados na segurança europeia, reforçando a sua voz e presença na Europa. Foi na Cimeira de Madrid de Julho de 1997 que a Polónia, a República Checa e a Hungria foram convidadas a tornarem-se membros da OTAN em Em 2002, na Cimeira de Praga, foi a vez de serem convidados a aderir a Estónia, a Letónia, a Lituânia, a Eslovénia, a Eslováquia, a Bulgária e a Roménia, tendo-se tornado membros em Abril de Alargamento Geográfico de actuação Em 1949, ficou definido no artigo 6º do Tratado de Washington que, considera-se ataque armado contra uma ou várias das partes um ataque contra o território de qualquer delas na 15 Os EUA sabiam que, por um lado, a estabilidade e a transição democrática na Rússia era a chave da segurança europeia, mas, por outro, não admitiam que a Rússia tivesse um poder de veto na questão do alargamento. 16 Lord Robertson. 212

15 A OTAN e a PESD: duas Realidades Complementares ou Concorrentes Europa ou na América do Norte, contra os Departamentos franceses da Argélia 17, contra o território da Turquia ou contra as Ilhas sob jurisdição de qualquer das partes situadas na região do Atlântico Norte ao norte do Trópico de Câncer. A OTAN tinha por objectivo a defesa dentro das suas fronteiras, em que o planeamento operacional baseava-se numa estratégia defensiva. Em 1991, na Cimeira de Roma, a OTAN, em consequência do novo contexto internacional, abandonou a sua vocação defensiva, alargando-a para a possibilitando uma actuação forade-área. Surgiu, deste modo, o conceito de área estratégica que abarca duas modalidades, nomeadamente: Área de Responsabilidade OTAN/ARO diz respeito à totalidade dos territórios incluídos dentro das fronteiras dos Estados-membros; Área de Interesse OTAN/AIO abarca os territórios contíguos à ARO e cuja instabilidade pode pôr em causa a segurança dos Estados-membros; Esta nova postura implicou a passagem de um conceito de defesa delimitado para um conceito alargado de intervenção fora-de-área 18. Alargamento a Parcerias Desde o final da Guerra Fria que o alargamento se tem materializado através de parcerias. Daí que tenham sido criadas instituições de Parceria em Cooperação e Diálogo, nomeadamente: Conselho de Parceria Euro-Atlântico (EAPC) Na Cimeira de Roma (1991) foi criado o Conselho de Cooperação Norte-Atlântica (NACC) que estabelecia a nova estrutura de cooperação com os países saídos do Pacto de Varsóvia. Na sua sequência, na Cimeira de Bruxelas (1994), é lançada a Parceria para a Paz (PfP), convidando todos os países parceiros do NACC e os Estados da CSCE que pudessem ou desejassem a participar. O NACC foi substituído pelo Conselho de Parceria Euro-Atlântico (EAPC), criado em conformidade com o Documento Base do EAPC de Maio de 1997, que serve de quadro geral para as consultas políticas e de segurança e para uma melhor cooperação ao abrigo do Programa da Parceria para a Paz (PfP); Conselho Conjunto Permanente OTAN-Rússia (PJC) Criado de acordo com o Acto Fundador OTAN-Rússia, de 27 de Maio de Trata-se de um fórum de consulta, 17 A 16 de Janeiro de 1963 o Conselho constatou que, a partir de 03 de Julho de 1962, todas as disposições deste Tratado respeitantes aos antigos Departamentos Franceses da Argélia deixariam de poder ser aplicadas. 18 Com base nesta alteração a OTAN interveio nos Balcãs, no Kosovo e na Macedónia. 213

16 Informação Internacional, Vol. I, 2004 cooperação e consenso entre a OTAN e a Rússia. É constituído pelos países membros da OTAN e da Federação russa; Comissão OTAN-Ucrânia (NUC) É constituído pelos países da OTAN e pela Ucrânia. Foi criado em Julho de 1997 pela Carta OTAN-Ucrânia. Assim, o Conselho do Atlântico Norte reúne periodicamente, pelo menos duas vezes por ano, com a Ucrânia sob a forma de Comissão OTAN-Ucrânia para avaliar a implementação da relação e analisar o seu desenvolvimento futuro; Grupo de Cooperação Mediterrânico (MCG) É constituído pelos países da OTAN, juntamente com a Argélia, Egipto, Israel, Jordânia, Marrocos, Mauritânia e Tunísia. Visa parcerias com os Estados da margem sul fortemente atingidos pela instabilidade interna promovida por grupos radicais e que, por via da emigração, tem fortes reflexos nos países do sul da aliança. A sua função é de direcção política. Em 2002, na Cimeira de Praga, na sua Declaração Final, os Chefes de Estado e de Governo, sublinharam a importância e a necessidade de aprofundamento destas parcerias 19. Alargamento a novos Estados-membros Tendo em conta o artigo 10º do Tratado de Washington, As partes podem, por acordo unânime, convidar qualquer outro Estado europeu a aderir a este Tratado, que esteja em condições de favorecer o desenvolvimento dos princípios do Tratado e de contribuir para a segurança da zona do Atlântico Norte. Desde a sua criação, a OTAN foi palco de cinco novas adesões. Até hoje catorze países já se juntaram ao grupo dos doze países fundadores constituído pela Bélgica, Canadá, Dinamarca, EUA, França, Holanda, Islândia, Itália, Luxemburgo, Noruega, Portugal e Reino Unido. O primeiro alargamento ocorreu em 1952, com a entrada da Turquia e da Grécia. A Grécia e a Turquia, devido à sua posição geográfica, dominam o Bósforo e o Dardanelos que são a única porta para o Mar Negro. A entrada da Grécia deveu-se também ao facto desta estar a ser objecto de assédio de uma política expansionista por parte da Jugoslávia que dava apoio ao partido comunista grego e à sua força militar. Em relação à Turquia pesou o facto de ser o único país da Aliança com fronteiras directas com a URSS, na região do Cáucaso, funcionando como um tampão entre a URSS e a região petrolífera do Médio Oriente. O segundo alargamento teve lugar três anos depois, em 1955, à RFA. Seguiu-se, em 1982, o da Espanha. No pós-guerra Fria, com o fim da ameaça soviética, com a emergência do novo ambiente estratégico, em consequência da necessidade de combater o terrorismo global, para além da 19 Pontos 7, 8, 9 e 10 da Declaração. 214

17 A OTAN e a PESD: duas Realidades Complementares ou Concorrentes alteração de conceitos da OTAN, assiste-se a uma expansão em direcção a Leste. A OTAN foi, desde então, palco de duas vagas de adesões. A primeira destas adesões ocorreu a partir do convite formalizado na Cimeira de Madrid, em Julho de Nesta Cimeira, os EUA acabaram por impor que só três dos antigos países do Pacto de Varsóvia Polónia, Hungria e República Checa é que poderiam aderir à OTAN até Esta decisão foi tomada contra a opinião de nove dos Estados-membros europeus, liderados pela França e Itália que pretendiam que a Aliança se estende-se até à Roménia e à Eslovénia, para garantir a segurança dos países próximos das zonas de perigo do Mar Negro e dos Balcãs. Moscovo não concordou com o alargamento e opôs-se à entrada das antigas Repúblicas Soviéticas na Aliança. Por isso, ameaçou rever a cooperação entre a Rússia e a OTAN, estabelecida pelo Acto Fundador. A antiga República Soviética da Ucrânia assinou um Pacto separado com a OTAN e, embora não se tenha candidatado a entrar, admitiu a possibilidade de o fazer após o ano Assim, em 1999, apenas se tornaram membros de pleno direito da Aliança a Republica Checa, a Hungria e a Polónia 20. Três anos passados, na Cimeira de Praga, em 2002, saiu uma nova decisão de alargamento em relação aos três Estados Bálticos Estónia, Letónia e Lituânia a dois da Europa Central Eslovénia e Eslováquia e a dois do Sudeste Europeu - Bulgária e Roménia 21. A Bulgária, tal como a Roménia têm um posicionamento geoestratégico importante, dado que o Mar Negro é um verdadeiro trampolim para o Cáucaso, podendo ser canalizadas muitas riquezas do Mar Cáspio. Daí que, estes dois países tenham merecido o apoio da França, da Grécia e da Turquia. Com as novas adesões a OTAN assegurou a ligação territorial com a Turquia, o segundo exército da OTAN e o Estado-membro mais posicionado a Leste. Os novos candidatos vêem na adesão um meio para a consolidação da democracia na região e um compromisso de defesa por parte dos EUA, através do Artigo 5 do Tratado da Aliança. A entrada destes sete Estados na OTAN antes da sua entrada na UE, deveu-se a questões de segurança. Assim, a OTAN tem actualmente 26 membros, em que 40% dos seus membros são oriundos do Pacto de Varsóvia, estando aberta a novas adesões, conforme foi confirmado pela Declaração da Cimeira de Praga. É provável que o próximo alargamento seja à Croácia, Macedónia e Albânia. 20 Esta vaga de expansão da OTAN a Leste registou-se em Abril de 1999 quando a Aliança estava empenhada nos ataques aéreos contra a ex-jugoslávia. 21 Dos sete novos membros da OTAN, cinco tornaram-se membros da UE a 01 de Maio de 2004, prevendo-se a entrada da Bulgária e da Roménia em 2007 (na UE). 215

18 Informação Internacional, Vol. I, 2004 Em conclusão, o processo de alargamento Pós-Guerra Fria geográfico, parcerias e adesão de novos países teve e tem consequências, nomeadamente: Política de Porta Aberta nas Declarações Finais de Madrid e de Praga ficou estabelecido que outros alargamentos teriam lugar; Criação do Conselho de Parceria Euro-Atlântico, em Sintra, em Maio de 1997, instituíndo um quadro de diálogo permanente com os PECOs, integrando-os num sistema de segurança atlântica; Reforço da Parceria para a Paz; Foram dadas concessões à Rússia: 1. A OTAN assinou com a Rússia, em Paris, a 27 de maio de 1997, um Acto Fundador criando o conselho Conjunto OTAN-Rússia com a finalidade de manter um clima de confiança. Através deste Conselho criou-se a possibilidade da Rússia participar nas decisões da Aliança em matérias como a luta contra o terrorismo e contra a proliferação das armas de destruição maciça, a emergência civil, as crises humanitárias, os conflitos étnicos e a luta contra o terrorismo; 2. Foram atribuídas compensações financeiras; 3. A Rússia aderiu ao G-7; 4. Procedeu-se a uma revisão do Tratado sobre o Desarmamento Convencional CFE; 5. A Rússia aderiu ao Grupo de Paris como país credor; 6. A Rússia tornou-se membro do Conselho da Europa; 7. Ficou acordado o não estacionamento de armas nucleares nos três novos membros da OTAN; Assinatura de uma Carta com a Ucrânia, em Madrid, em Julho de 1997, revelando a importância política e estratégica deste país, incontornável na segurança europeia. De referir que, em Madrid, a OTAN também referiu o seu interesse pelo mediterrâneo; Riscos de redução dos compromissos de defesa colectiva do artigo 5º, devido ao alargamento e às novas tarefas não contempladas no artigo 5º, dado que a OTAN só dispõe de um orçamento único e a 26 terá mais dificuldade em encontrar consensus; Custos do alargamento modernização das forças armadas dos novos membros e da adaptação das estruturas dos aliados; Interacções entre o alargamento da OTAN e o da UE Estes dois alargamentos são complementares e os candidatos a ambas as organizações são sensivelmente os 216

19 A OTAN e a PESD: duas Realidades Complementares ou Concorrentes mesmos. Para uns a adesão à UE era prioritária dado que permitirá a consolidação da transição para a economia de mercado e por conseguinte a afirmação de sociedades democráticas, abertas e pluralistas. Para outros, a adesão à OTAN é fundamental para evitar o vazio de segurança regional e para criar um ambiente regional e interno estável facilitando desse modo a transição democrática; Reforço do eixo europeu da OTAN; A actual vaga de adesões faz do alargamento uma oportunidade única de contribuir para a paz, para a estabilidade do espaço euro-atlântico; Alguns membros da Aliança receiam que o alargamento da OTAN e a sua assunção de novas tarefas (Petersberg) levem a uma diluição dos compromissos de defesa colectiva; Poderão ter lugar alterações na tomada de decisão da organização militar, que ainda depende do consenso de todos os países membros; Este último alargamento, direccionado às fronteiras Russas, entra no território da ex- União Soviética, o que, por um lado, implicará repercussões no comportamento e percepção da Rússia em relação à OTAN; e, por outro, porque os novos membros têm uma ligação particular com os EUA 22 ; A Aliança reforça a sua tendência de actuar no conjunto do planeta, que já implicou a criação de uma Força de Reacção Rápida de 20 mil soldados com capacidade para actuar em todas as regiões A Transformação da OTAN Pós-Guerra Fria A alteração do ambiente geopolítico e geoestratégico no pós-guerra Fria resultante do fim do Pacto de Varsóvia e da implosão da sua superpotência hegemónica, a URSS colocaram à OTAN um problema existencial. Qual era agora o papel da Aliança? A resposta ao novo contexto conduziu a OTAN, desde a Cimeira de Londres, em Julho de 1990, até à sua última Cimeira em Istambul, em Junho de 2004, a proceder à sua reforma interna e externa, reformas estas que, sem dúvida, prosseguirão ao longo dos tempos. Em termos de adaptação externa da Aliança: Para evitar a criação de um vácuo de poder e de segurança na área do antigo Pacto de Varsóvia (entre a RFA e a Federação Russa), a OTAN criou em 1991 o Conselho de 22 Todos os novos Estados que aderiram contribuíram com forças para o Iraque, e a Bulgária e a Roménia, em particular, proporcionaram facilidades especiais no seu território às tropas americanas. 217

20 Informação Internacional, Vol. I, 2004 Cooperação do Atlântico Norte (NACC) 23, com a finalidade de acolher os seus antigos adversários, tornando-os parceiros e diálogo e de cooperação. Em 1997, o NACC foi substituído pelo EAPC; Em resposta às críticas que os Países da Europa Central faziam em relação ao NACC, a OTAN adoptou na Cimeira de Bruxelas, em Janeiro de 1994, a Parceria para a Paz (PfP) 24, permitindo uma cooperação política e militar com os PECOs e os neutros, contribuindo para o êxito da IFOR e da SFOR; O alargamento tornou-se pertinente face à nova arquitectura de segurança. Desde 1989, a OTAN foi palco de dois alargamentos (abordados no ponto anterior), contando actualmente com 26 membros. Daí que, se verifique o alargamento da ARO que, em conjugação com a ampliação da AIO (intervenção fora-de-área e pelos acordos de parceria com Estados não membros), confere à OTAN uma capacidade de intervenção muito mais ampla. Em relação à adaptação interna da Aliança: Revisão da Estratégia: a Cimeira de Roma (1991) adoptou o novo conceito estratégico da Aliança, mediante o qual a OTAN para além da sua tradicional função de defesa colectiva deve desempenhar missões não contempladas no artigo 5º (gestão de crises, manutenção de paz, assistência humanitária). A OTAN actua, se possível, subordinada à ONU, mas à margem da ONU, se conveniente, e até substituindo-se a ela, se necessário. Por outro lado, o Conceito de Defesa Avançada foi substituído pelo de Defesa Reduzida, a Estratégia de Resposta Flexível foi modificada e novas doutrinas adoptadas; Reforma da Estrutura de Forças - a Aliança aprovou na Cimeira de Berlim, em Junho de 1996, o conceito de Forças Combinadas Conjuntas (Combined Joint Task Forces) que permitirão à Aliança desempenhar as suas novas missões fora do artigo 5º, projectando estabilidade para o Leste (os PECO s podem participar com a OTAN em missões de gestão de crise, como já acontece na SFOR, na IFOR) e apoiar a IESD concedendo meios e capacidades da OTAN aos europeus ou à UEO para desempenhar missões Petersberg, dando assim visibilidade à Identidade Europeia de Segurança e Defesa; Adopção da Estrutura de Comandos A reforma da Estrutura de Comandos visa preservar uma estrutura única, capaz de planear e de conduzir vários tipos de 23 No NACC participavam, para além dos aliados, os três países Visegardo, a Roménia, a Bulgária, as três Repúblicas Bálticas e as antigas Repúblicas da União Soviética (com excepção da Geórgia). 24 A Parceria para a Paz visou no plano político facilitar a transparência nos processos de planeamento e dos orçamentos de defesa nacionais e o controlo democrático das forças armadas. Na área militar, a Parceria procurava desenvolver a cooperação no planeamento, no treino e nos exercícios conjuntos para executar missões de manutenção de paz, operações humanitárias e de busca e salvamento. 218

21 A OTAN e a PESD: duas Realidades Complementares ou Concorrentes operações, designadamente, para além da defesa colectiva (que permanece como a função fundamental), operações não abrangidas pelo artigo 5º do Tratado de Washington. Acresce que, a nova estrutura visa apelar à multinacionalidade (permitindo a participação de países não membros da OTAN nas operações fora-deárea), à representatividade das três componentes (naval, aérea e terrestre) e à distribuição geográfica (centralizando a coordenação e descentralizando a execução). Por último, consagrou-se o conceito de defesa regional que consiste na existência de quartéis-generais com capacidade para planear e conduzir todas as actividades militares, a nível regional; Criação de uma Força de Resposta Rápida pela OTAN (NRF) Na sequência da proposta do Secretário de Defesa norte-americano, Donald Rumsfield, na Cimeira dos Ministros de Defesa, na Polónia, em Outubro de 2002, foi criada a 17 de Outubro de 2003, uma Força de Resposta Rápida da OTAN com capacidade de resposta imediata em qualquer parte do mundo, a estar completa em Outubro de 2006 (com capacidade para em 30 dias enfrentar tarefas de tipo de manutenção de paz, evacuações, contraterrorismo e combates de grande intensidade). No início contará com 6000 tropas, prevendo-se um total de , em Quando a OTAN decidir o seu emprego a NRF deverá estar disponível em 5 dias e ser auto-sustentável por um período de 30 dias. A Aliança no seu processo de reforma deve saber manter e garantir a sua eficácia política e militar (ela é antes de tudo um pacto de defesa colectiva) e preservar os laços transatlânticos, sem prejuízo da afirmação da IESD. Na Cimeira de Istambul, realizada em finais Junho de 2004, a OTAN viu-se confrontada com o seu futuro, numa conjuntura internacional em permanente evolução, dominada pela questão do Iraque. Foram discutidas várias matérias, entre as quais: aumentar a presença da OTAN no Afeganistão (com o envio de mais 3000 homens), permitindo que a Aliança desempenhe o papel central no apoio às eleições; oferta da assistência ao governo do Iraque para treino das suas forças de segurança (forças militares e paramilitares); terminar a missão da OTAN (SFOR) na Bósnia até ao final de 2004, passando a ser responsabilidade da UE; confirmação de uma robusta presença da KFOR, no Kosovo; adopção de medidas para reforçar a Parceria Euro-Atlântica, através do envolvimento em regiões estrategicamente importantes como o Cáucaso e a Ásia Central; relações com a Ucrânia; reforço do Diálogo Mediterrâneo 25 (alargando à Líbia) e oferta de cooperação à região Grande Médio Oriente; aprofundamento da transformação militar da OTAN 26 de forma a torná-la mais moderna e 25 Desde 1997, que a OTAN desenvolve o Diálogo com o Mediterrâneo, isto é, com sete países da margem Sul Argélia, Egipto, Israel, Jordânia, Mauritânia, Marrocos e Tunísia. 26 Fala-se na criação de uma Força de Estabilização e de Reconstrução pela OTAN. A guerra no Iraque demonstrou que a OTAN deve juntar às suas tropas de combate forças com capacidade de reconstruir e estabilizar um país ou uma região. Esta Força de Estabilização e Reconstrução da OTAN será maior do que a Força de Reacção Rápida da OTAN, a sua presença será mais longa de forma a se colocar e a seguir a Força de Resposta Rápida. 219

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