SISTEMA DE TRATAMENTO E REÚSO DE ÁGUAS RESIDUÁRIAS EM PEQUENAS PROPRIEDADES RURAIS: ACOMPANHAMENTO E OPERAÇÃO DE ESTAÇÃO NO VALE DO RIO PARDO RS

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1 UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL UNISC PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM TECNOLOGIA AMBIENTAL MESTRADO ÁREA DE CONCENTRAÇÃO EM GESTÃO E TECNOLOGIA AMBIENTAL SISTEMA DE TRATAMENTO E REÚSO DE ÁGUAS RESIDUÁRIAS EM PEQUENAS PROPRIEDADES RURAIS: ACOMPANHAMENTO E OPERAÇÃO DE ESTAÇÃO NO VALE DO RIO PARDO RS Filipe Vargas Zerwes Santa Cruz do Sul 2013

2 1 Filipe Vargas Zerwes SISTEMA DE TRATAMENTO E REÚSO DE ÁGUAS RESIDUÁRIAS EM PEQUENAS PROPRIEDADES RURAIS: ACOMPANHAMENTO E OPERAÇÃO DE ESTAÇÃO NO VALE DO RIO PARDO RS Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Tecnologia Ambiental Mestrado, Área de Concentração em Gestão e Tecnologia Ambiental, Universidade de Santa Cruz do Sul UNISC, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Tecnologia Ambiental. Orientador: Prof. Dr. Ênio Leandro Machado Co-orientadora: Profª. Drª. Lourdes Teresinha Kist Santa Cruz do Sul 2013

3 2 Filipe Vargas Zerwes SISTEMA DE TRATAMENTO E REÚSO DE ÁGUAS RESIDUÁRIAS EM PEQUENAS PROPRIEDADES RURAIS: ACOMPANHAMENTO E OPERAÇÃO DE ESTAÇÃO NO VALE DO RIO PARDO RS Esta dissertação foi submetida ao Programa de Pós- Graduação em Tecnologia Ambiental Mestrado, Área de Concentração em Gestão e Tecnologia Ambiental, Universidade de Santa Cruz do Sul UNISC, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Tecnologia Ambiental. Dr. Pablo Heleno Sezerino Universidade Federal de Santa Catarina UFSC Dr. Andreas Köeler Universidade de Santa Cruz do Sul UNISC Dr. Lourdes Teresinha Kist Universidade de Santa Cruz do Sul UNISC Co-orientadora Dr. Ênio Leandro Machado Universidade de Santa Cruz do Sul UNISC Orientador

4 3 AGRADECIMENTOS A minha família (Mãe Vilmara, Pai Julho, meu irmão Mateus, minhas avós Cira e Dolores, também a Tia Shirlei) que sempre me deram força durante esta importante caminhada de conclusão do Mestrado. Obrigado, por todo apoio e carinho! Ao meu orientador e eterno amigo, Ênio Leandro Machado, pela paciência e ensinamentos acadêmicos e exemplo de vida! A minha co-orientadora, Lourdes Teresinha Kist, por todo apoio e colaboração. Aos Professores do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Ambiental pelos ensinamentos transmitidos e principalmente a amizade conquistada. Aos meus colegas de LATTAE, Rômulo, Alexandre, Fernanda, Maira, Deivid e Tiago por toda a paciência, coleguismo e grande amizade. A uma grande companheira chamada Taína, a qual em momento algum mediu esforços para que eu pudesse concretizar esta etapa, fosse dando força ou simplesmente me ouvindo. Minha imensa gratidão! A Cristina outra pessoa de estimado apoio e amizade, que levarei no coração pela vida toda. A grande amiga Daniele Damasceno por toda a troca de experiência, companheirismo e apoio durante o desenvolvimento do trabalho. Ao grande amigo Pablo Gressler, que por inúmeras vezes me incentivou a realizar o mestrado e a seguir pesquisando, fosse entre um mate e outro ou ainda na troca de ideias sobre a construção de sistemas para o cultivo das microalgas. A CAPES pela concessão da bolsa que me permitiu concretizar o sonho de cursar o Mestrado. Agradeço a todos pelo incentivo, apoio e participação ao longo desta caminhada, somente com a ajuda de vocês foi possível à concretização deste projeto.

5 4 RESUMO O principal problema no tratamento de esgotos em propriedades rurais está associado à ausência e/ou estagnação de sistemas fossa negra, buraco, poço, e fossa/sumidouro. Além disso, em propriedades com sistema fossa/sumidouro, há descontrole na localização (proximidade de corpos d água e lençóis d água), tendo em vista da população rural não deter conhecimento técnico e muito menos receber orientações para construção. Segundo dados do IBGE (2002a e 2002b), dentre todas as regiões do Brasil, a região sul apresenta 18,9 % da população na área rural. No aspecto saneamento, o meio rural tem também como aspecto comum, a responsabilidade das sedes municipais para o atendimento da população rural, sem subsídios técnicos e financeiros acrescidos com esta transferência de responsabilidade. Desta forma, a realização de estudos que identifiquem tecnologias de tratamento que combinem baixo custo e alta eficiência é de grande valia. Juntamente com esta tendência vem ganhando força a necessidade de realizar o reúso de águas nas propriedades, pois o déficit hídrico é cada vez mais frequente em várias regiões do Brasil. Sistemas integrados de tratamento constituídos por reatores anaeróbios e wetlands construídos representam muito bem esta nova tendência de desenvolvimento para o meio rural. A fim de avaliar a efetividade, aplicabilidade e a necessidade de melhoramentos destes sistemas integrados foram construídos, em uma propriedade no interior da cidade de Vera Cruz RS, um banheiro com área de serviço e um sistema de tratamento constituído por um UASB, um filtro anaeróbio, quatro wetlands construídos e dois fotorreatores para a desinfecção da água de reúso. A partir do acompanhamento foi possível realizar melhoramentos no sistema de tratamento, bem como atestar sua eficiência e possibilidade de uso e reúso dos efluentes tratados, uma vez que se obteve redução de DQO, que variaram entre 93 e 97%, da DBO com variação de 97 a 98%, de NTK superior a 97%, N-NH 3 de 100% e de redução maior que 78% para fósforo total do efluente gerado na propriedade. Através de testes utilizando Daphnia magna e Allium cepa, determinou-se, respectivamente, a redução da toxicidade e da genotoxicidade durante as fases do tratamento empregado. Palavras-chave: saneamento no meio rural, efluentes domésticos, sistemas integrados, wetlands construídos, reúso.

6 5 ABSTRACT The main problem in wastewater treatment in rural properties are associated with the absence and/or stagnation of systems septic tank, hole, well and swallowhole. In addition, properties with swallow-hole, no uncontrolled location (proximity to water bodies and aquifers), in view of the rural population does not hold much less technical knowledge and receive guidelines for construction. According to IBGE (2002a and 2002b), among all regions of Brazil, the southern region has 18.9% of the population in rural areas. In the aspect sanitation, rural areas also have a common point, the responsibility of the municipal centers for the care of the rural population without increased financial and technical inputs to this transfer of responsibility. Thus, studies that identify treatment technologies that combine low cost and high efficiency is of great value. Along with this trend has been gaining momentum the need for the reuse of water in the properties because the drought is increasingly common in several regions of Brazil. Integrated systems consisting of anaerobic treatment and constructed wetlands represent well this new trend of development for rural areas. In order to evaluate the effectiveness, applicability and need for improvement of these integrated systems were built in a property within the city of Vera Cruz - RS, a bathroom with laundry area and a treatment system consisting of a UASB an anaerobic filter four constructed wetlands and two photo reactors for disinfection of water reuse. From the monitoring is possible to realize improvements in the treatment system and certify their efficiency and ability to use and reuse of treated effluent, as the COD reductions were obtained, which varied between 93 and 97% of BOD 5 varying from 97 to 98% by NTK greater than 97% N-NH 3 and 100% reduction greater than 78% for total phosphorus in the effluent property. Through testing using Daphnia magna and Allium cepa determined, respectively, reduced toxicity and genotoxicity during the stages of the treatment. Keywords: sanitation in rural areas, domestic sewage, integrated systems, constructed wetlands, reuse.

7 6 LISTA DE FIGURAS Figura 1 Desenho esquemático de um reator UASB...19 Figura 2 Configurações dos wetlands construídos e perfil de WCs de fluxo superficial...23 Figura 3 Wetland construído de fluxo vertical sub-superficial...24 Figura 4 Wetland construído de fluxo horizontal sub-superficial...25 Figura 5 Sistemas híbridos...25 Figura 6 Fluxograma da ETE da propriedade rural no município de Vera Cruz, RS Figura 7 Mudança de Configuração dos sistemas UASB/FA/Wetlands/UV...29 Figura 8 Planta baixa do sistema de tratamento...30 Figura 9 Esquema tridimensional do sistema de tratamento...31 Figura 10 Aspectos construtivos dos reatores anaeróbios...32 Figura 11 Detalhe da manta, material suporte e macrófita utilizados nos wetlands construídos...34 Figura 12 Corte transversal do wetland construído...34 Figura 13 Desenho esquemático longitudinal do interior dos leitos preenchidos com substrato de brita mostrando sua dimensão e camadas de substrato...34 Figura 14 Sistema de desinfecção. A: Fotorreatores tubulares; B: célula fotovoltaica...37 Figura 15 Localização dos pontos amostrais...38 Figura 16 Configuração 2 e localização dos pontos amostrais...39 Figura 17 Hymenachne grumosa...40 Figura 18 Lona de vedação danificada...44 Figura 19 Sistema UASB/FA. A: apenas dreno de gases instalado. B: sistema A vedado e coberto por camada de solo argiloso...45 Figura 20 Entupimento do sistema. A: retirada da raiz. B: raiz da planta...45 Figura 21 Medidores de vazão. A: hidrômetro de entrada. B: hidrômetro da água de reúso...46 Figura 22 Evolução do tratamento para DQO nas diferentes configurações...48 Figura 23 Evolução do tratamento para DBO 5 nas diferentes configurações...49 Figura 24 Evolução do tratamento para NTK nas diferentes configurações...50

8 7 Figura 25 Evolução do tratamento para nitrogênio amoniacal nas diferentes configurações...51 Figura 26 Evolução do tratamento para fósforo total nas diferentes configurações...47 Figura 27 Variação do ph nas diferentes etapas de tratamento e configurações.52 Figura 28 Comparativo de íons entre água da rede e pontos de tratamento...54 Figura 29 Parte das alterações citogenéticas encontradas em células meristemáticas de Allium cepa expostas ao efluente bruto e tratado...59

9 8 LISTA DE TABELAS Tabela 1 População residente por situação do domicílio e tipo de esgotamento sanitário nas grandes regiões do Brasil, com detalhes para área rural...15 Tabela 2 Classes de água de reúso...17 Tabela 3 Vantagens e desvantagens do uso de processos anaeróbios...18 Tabela 4 Dimensões do sistema de tratamento anaeróbio...33 Tabela 5 Características construtivas para as unidades de WCs...36 Tabela 6 Identificação dos pontos de amostragem...39 Tabela 7 Escala de toxicidade relativa para ensaio de toxicidade aguda...42 Tabela 8 Medidas de vazão dos hidrômetros instalados...47 Tabela 9 Valores médios e desvios-padrão obtidos nos pontos de amostragem..53 Tabela 10 Pontos de amostragem monitorados pelo projeto...53 Tabela 11 Valores de biomassa úmida e seca...55 Tabela 12 Valores de EC(i) 50 dos diferentes pontos de coleta no sistema...56 Tabela 13 Resultados da avaliação citogenética por Allium cepa test...54

10 9 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO OBJETIVOS Objetivo geral Objetivos específicos REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Tratamento de esgotos no meio rural, reúso e legislação/resoluções para águas residuárias Reatores anaeróbios Reator anaeróbio de manta de lodo de fluxo ascendente (UASB) Filtro anaeróbio (FA) Configurações de wetlands construídos e sistemas integrados MATERIAIS E MÉTODOS Caracterização do local de estudo Tratamento primário Tratamento secundário/terciário Wetland construído (WC) Tratamento Final/Polimento Pontos amostrais Monitoramento Análise da biomassa produzida Análises de parâmetros gerais Análises toxicológicas Avaliação da toxicidade aguda por meio do uso de ensaio com Daphnia magna Strauss Avaliação citogenética por meio do teste envolvendo sementes de Allium cepa L RESULTADOS E DISCUSSÕES Adequações realizadas no sistema de tratamento Avaliação de parâmetros gerais nos efluentes Avaliação de parâmetros específicos nos efluentes Biomassa gerada Análises toxicológicas...55

11 Resultados da avaliação da toxicidade com D. magna Strauss, Resultados da avaliação citogenética com Allium cepa test CONSIDERAÇÕES FINAIS...62 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...63

12 11 1 INTRODUÇÃO O principal problema no tratamento de esgotos em propriedades rurais está associado à ausência e estagnação de sistemas fossa negra, buraco, poço, e fossa/sumidouro. Além disso, em propriedades com sistema fossa/sumidouro, há descontrole quanto a localização destes sistemas de tratamento (proximidade de corpos d água e lençóis d água) e ausência de seguir orientações para construção. Estas orientações estão disponíveis em cartilhas e informativos elaborados por corpos técnicos de muitas prefeituras, as quais trazem recomendações referentes a sistemas constituídos por fossa/filtro anaeróbio/sumidouro. Entretanto verificasse a resistência de alguns agricultores, pois isto não aparece como problema. Este perfil de problema para o saneamento em área rural é comum para todo o Brasil, apesar das diferenças de populações, em número e condição econômica. Outro ponto importante referente ao desenvolvimento do saneamento no meio rural é a falta de profissionais preparados para estas funções, uma vez que faltam especialistas nas equipes responsáveis pela elaboração destes materiais, que tem como função informar e orientar a população rural. Segundo dados do IBGE (2002a e 2002b), dentre todas as regiões do Brasil, a região sul apresenta 18,9 % da população na área rural. No aspecto saneamento, o meio rural tem também como aspecto comum, a responsabilidade das sedes municipais para o atendimento da população rural, sem subsídios técnicos e financeiros acrescidos com esta transferência de responsabilidade. Brasil (1997) instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos PNRH, a qual determina que a água possua padrões adequados de qualidade para os seus usos, assim remetendo a uma ideia de saneamento. Esta mesma Lei, ainda instituiu a cobrança pelo uso da água, que consiste no conceito de usuário pagador e de poluidor pagador, de forma que quem desperdiça e polui paga mais. No mês de dezembro de 2007, o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) e a Agência Nacional de Águas (ANA) enviaram cobrança aos usuários que captam mais de 100 litros por segundo para irrigação agrícola e mais de 20 litros por segundo para atividades de saneamento, como a lavagem de baias de animais. No Rio Grande do Sul ainda não está instituída a cobrança pelo uso da água, o que já

13 12 ocorre em outros estados, como Ceará, Paraná e Santa Catarina e, em nível federal, para rios que cortam mais de um estado. O ano de 2007 pode ser considerado o início de uma nova era para o saneamento, pois foi criada a Lei Esta Lei estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico, além de orientar a elaboração do Plano Nacional de Saneamento Básico PLANSAB, o qual será responsável pela definição de programas, ações e estratégias para investimentos (BRASIL, 2007). Para o reaproveitamento de águas residuárias no meio rural, há carência de maior número de estudos que sistematizem a aplicação, pois, ajustes técnicos são necessários para que o sistema de tratamento seja eficaz. Técnicas de tratamento, eficazes, práticas, econômicas, mas com avaliação da receptividade dos agricultores, necessitam de continuidade de pesquisas. Os principais poluentes e contaminantes de água no meio rural consistem de material coloidal (aluminossilicatos suspensos), matéria orgânica, agentes patogênicos originados de esgoto doméstico e dejetos de animais sem o devido tratamento, além de agrotóxicos e fertilizantes utilizados nas culturas. Colóides, matéria orgânica e patógenos podem ser eliminados por meio de processos de separação de fases, filtração/adsorção, anaerobiose, sistemas microbiológicos mistos, entre outros. No entanto, pesticidas, fármacos e hormônios dissolvidos na água raramente são eliminados, mesmo por processos de tratamentos de água utilizados pelas companhias de abastecimento público. Processos de decantação, filtração e desinfecção são utilizados na seqüência para o tratamento de água, mas podem ser também aplicados para o reúso de efluentes pré-tratados. Assim sendo, além da necessidade de implantação de sistema mínimo de saneamento na área rural, tanto para esgoto residencial como para dejetos de animais, há a possibilidade de paralelamente assumir esta competência pública e desenvolver pesquisas para ampliar as opções de sistemas de saneamento. A educação ambiental, que dever ser uma constante nas ações de gestão ambiental, pode fortalecer a sustentabilidade do saneamento rural, o qual deve estar relacionado ao baixo custo e a recuperação de energia, nutrientes e água. Estes fatos direcionam pesquisas para saneamento descentralizado, baixo custo e mínimo requerimento em manutenção, sendo o perfil de necessidade do saneamento no meio rural.

14 13 Neste sentido, apesar das condições climáticas caracterizarem os estados da região sul com invernos rigorosos, processos de tratamento utilizando macrófitas nos sistemas chamados Wetlands Construídos (WCs) estão integrados as potencialidades de saneamento rural de baixo custo e com potencial para reuso de águas residuárias. O uso de WCs para o tratamento primário, secundário e terciário visa, sobretudo, propiciar resultados para o tratamento de poluentes como a matéria orgânica, reciclando nutrientes e melhorando a qualidade do efluente tratado (SANTIAGO, 2005). Ainda assim, pode-se destacar o baixo custo de implantação, a alta produção de biomassa que pode ser utilizada na alimentação animal, e a alta eficiência de melhoria dos parâmetros que caracterizam os recursos hídricos (SEZERINO, 2006). O presente trabalho operou, controlou e agregou modificações de configuração para proporcionar circuito semi-fechado de águas residuárias, azuis, cinzas e negras em uma propriedade rural localizada no Vale do Rio Pardo, RS. O sistema de tratamento das águas residuárias é constituído por UASB (Upflow Anaerobic Sludge Blanket), Filtro Anaeróbio, Wetlands construídos e reatores de desinfecção por radiação ultravioleta (UV). Os ganhos de conhecimento com a unidade integrada de UASB/Filtro Anaeróbio/WCs/UV tem o objetivo geral de aprimoramento de alternativas de saneamento a serem adotadas na região de estudos com potenciais investimentos da Agência Nacional das Águas (ANA), bem como disponibilizar uma tecnologia de tratamento para efluentes gerados nas propriedades rurais.

15 14 2 OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral Realizar o monitoramento de um sistema de tratamento e reúso de águas residuárias, instalado em uma pequena propriedade rural, considerando sua eficiência, necessidades operacionais e os melhoramentos possíveis de serem realizados. 2.2 Objetivos Específicos Avaliar a eficiência de uma estação de tratamento de esgoto unifamiliar em zona rural; Identificar necessidades operacionais, bem como os procedimentos de manutenção necessários para o adequado funcionamento do sistema de tratamento UASB/Filtro Anaeróbio/WCs/UV; Avaliar a qualidade da água de reúso, e sua utilização na descarga de vaso sanitário.

16 15 3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 3.1 Tratamento de esgotos no meio rural, reúso e legislação/resoluções para águas residuárias No Brasil, o saneamento rural consiste em um problema que exige urgente solução. Apesar dos avanços com o Plano Nacional de Saneamento Básico PLANSAB, ações e investimentos são ainda mais escassos. Em muitos casos, as soluções são simples, exigindo apenas organização e treinamento para a operação e manutenção adequada dos sistemas. A Tabela 1 mostra os dados do IBGE referentes ao esgotamento sanitário no Brasil. Tabela 1 População residente por situação do domicílio e tipo de esgotamento sanitário nas grandes regiões do Brasil, com detalhes para área rural. População rural (%) Região Rede Coletora 1 Fossa Séptica 2 Outra Solução 3 Sem Solução 4 Norte 1,2 23,4 75,4 Nordeste 2,1 14,5 83,4 Sudeste 18,8 15,3 65,9 Sul 2,3 46,2 51,4 Centro-Oeste 2,2 6,1 91,6 Brasil 5,7 20,3 56,3 17,7 (1) Rede geral de esgotos ou águas pluviais; (2) Fossa séptica; (3) Outras formas de disposição final: fossa rudimentar, vala, rio, lago, mar ou outro escoadouro; (4) Sem banheiro nem sanitário. Fonte: IBGE, As regiões Centro-Oeste e Nordeste apresentam as piores condições de esgotamento sanitário, quando comparadas à região Sudeste e Sul. No quadro geral, a região Sul é a que possui as melhores condições de esgotamento sanitário no país, uma vez que 2,3% da população estão ligadas à rede de coleta de esgoto ou possui sistema de fossa séptica como forma de tratamento de seus efluentes domésticos totalizando 46,2% (IBGE, 2010). Este cenário de melhor condição de saneamento rural da região Sul se deve a ações desenvolvidas, como por exemplo, no estado do Rio Grande do Sul onde há prefeituras que já trabalham com o mínimo de orientação para o chamado saneamento básico rural, indicando procedimentos para a preservação de fontes

17 16 de água, sistema mínimo para o tratamento, resíduos de animais, embalagens de agrotóxicos, enfim, tudo o que pode associar poluição hídrica (RECH, et al., 2010). A situação do esgotamento sanitário no Brasil faz com que as famílias das zonas mais isoladas recorram a alternativas como fossa rudimentar (48,9%) e a outras formas (7,4%), o que representa 56,3% do total de domicílios (IBGE, 2010). Nos Estados Unidos, técnicas alternativas de tratamento de esgoto são utilizadas com sucesso em 25% das moradias antigas e 40% das novas moradias (PROCHASKA & ZOUBOULIS, 2003). Toda a referência de controle para o saneamento em meio urbano é aplicada também para o meio rural, considerando no Rio Grande do Sul as referências das resoluções do CONAMA e CONSEMA-RS. A Resolução CONAMA 357 de 17 de março de 2005, que além de classificar os corpos de água em doces, salobras e salinas, e elaborar o seu enquadramento, também estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, trabalhando com limites individuais para cada substância e o seu devido monitoramento pelo poder público. Esta resolução vem reforçar a Lei nº de 31 de agosto de 1981, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente e fomenta da importância do controle de lançamento de poluentes no meio ambiente (BRASIL, 1981). As resoluções CONSEMA 128 e 129/06 são referências importantes no RS, especialmente por modificar exigências para o controle dos agentes eutrofizantes e incluir a ecotoxicidade e genotoxicidade para os padrões de lançamento. Isto deve ser agregado no controle das propostas de saneamento rural, mesmo que pareça excessivo para ações tão carentes no meio rural. Mais recentemente, entrou em vigor a Resolução CONAMA 430 de 13 de maio de 2011, que dispõe sobre as condições de lançamento de efluentes, complementa e altera a Resolução CONAMA nº 357/05. Quanto aos aspectos de reúso para o meio rural, a Resolução nº 54, que estabelece modalidades, diretrizes e critérios gerais para a prática de reúso direto não potável de água, considera possibilidades de atividades para fins de irrigação, paisagística, reúso para fins agrícolas e florestais: aplicação de água de reúso para produção agrícola e cultivo de florestas plantadas; recuperação do meio ambiente; reúso na aqüicultura: utilização de água de reúso para a criação de animais ou

18 17 cultivo de vegetais aquáticos. Nestes casos, aplicações e controles estão também associados aos comitês de bacias hidrográficas. As classes de água de reúso possuem normas de controle mais diretamente definidas pela ABNT NBR (1997), com padrões de qualidade apresentados na Tabela 2. Tabela 2 Classes de água de reúso. Água de Reúso Classe 1 Aplicações Lavagem de carros e outros usos com contato direto com o usuário. Padrões de Qualidade Turbidez < 5 ut Coliformes Termotolerantes < 200 NMP/ 100 ml Sólidos Dissolvidos Totais < 200 mg/l ph entre 6 e 8 Cloro residual entre 0,5 mg/l e 1,5 mg/l Classe 2 Lavagem de pisos, calçadas e irrigação de jardins, manutenção de lagos e canais paisagísticos, exceto chafarizes. Turbidez < 5 ut Coliformes Termotolerantes < 500 NMP/ 100 ml Cloro residual superior a 0,5 mg/l Classe 3 Descargas de vasos sanitários. Turbidez < 10 ut Coliformes Termotolerantes < 500 NMP/ 100 ml Classe 4 Irrigação de pomares, cereais, forragens, pastagens para gados e outros cultivos através de escoamento superficial ou por sistema de irrigação pontual. Coliformes Termotolerantes < 5000 NMP/ 100 ml Oxigênio dissolvido > 2,0 mg/l Fonte: Adaptado da ABNT NBR 13969, (1997). A potencialidade de reúso de efluentes tratados deve-se considerar a elevação da concentração de contaminantes que não são eliminados pelas técnicas de tratamento empregadas. Na maioria dos casos, as técnicas utilizadas no tratamento de efluentes não permitem a remoção de compostos inorgânicos solúveis. A fim de avaliar o aumento da concentração desses compostos nos ciclos de reúso, adota-se uma variável conservativa e que seja representativa. Geralmente, o parâmetro Sólidos Dissolvidos Totais (SDT) é o mais utilizado nos balanços de massa para determinar as porcentagens máximas de reúso possíveis. Desta forma é possível determinar a quantidade de efluente que pode ser utilizado em um determinado processo (HESPANHOL, et al., 2006).

19 Reatores anaeróbios Reatores anaeróbios são, basicamente, reatores biológicos, nos quais o esgoto sofre o tratamento na ausência de oxigênio livre, o que caracteriza um ambiente anaeróbio. Desta forma ocorre a formação do lodo anaeróbio, o qual é constituído por bactérias anaeróbias, sendo estas, as responsáveis pela degradação da matéria orgânica presente no esgoto afluente (KATO et al., 1999). Em virtude do déficit de tratamento de esgoto sanitário na zona rural (IBGE, 2010), faz-se necessário a aplicação de técnicas de tratamento simples, baratas e eficazes. Desta forma, o uso de reatores anaeróbios se mostra bastante atrativo. Na Tabela 3 são apresentadas algumas das vantagens e desvantagens da utilização de sistemas anaeróbios. Tabela 3 Vantagens e desvantagens do uso de processos anaeróbios. Vantagens Baixa produção de sólidos, cerca de 5 a 10 vezes inferior à que ocorre nos processos aeróbios; Baixo consumo de energia, usualmente associado a uma elevatória de chegada. Isso faz com que o sistema tenha custos operacionais muito baixos; Baixa demanda de área; Baixos custos de implantação, de R$ 20 a 40 per capita; Produção de metano; Possibilidade de preservação da biomassa, sem alimentação do reator por vários meses; Tolerância a elevadas cargas orgânicas; Aplicabilidade em pequena e grande escala; Baixo consumo de nutrientes. Fonte: Adaptado de CHERNICHARO, Desvantagens As bactérias anaeróbias são susceptíveis à inibição por um grande número de compostos; A partida do processo pode ser lenta, na ausência de lodo de semeadura adaptado; Alguma forma de pós tratamento é usualmente necessária; A bioquímica e a microbiologia da digestão anaeróbia são complexas e ainda precisam ser mais estudadas; Possibilidade da geração de maus odores, porém controláveis; Possibilidade de geração de efluente com aspecto desagradável Remoção de nitrogênio, fósforo e patógenos insatisfatória. A evolução dos reatores anaeróbios, ocorrido nas últimas décadas, possibilitou grandes mudanças na concepção de sistemas de tratamento de águas residuárias. A maior aceitação dos sistemas de tratamento anaeróbio se deve as vantagens do processo de digestão anaeróbia quando comparadas com outros tipos de tratamento, bem como a melhoria do desempenho dos sistemas anaeróbios modernos (CAMPOS et al., 1999).

20 Reator anaeróbio de manta de lodo de fluxo ascendente (UASB) O reator UASB (Upflow Anaerrobic Sludge Blanket Reactor), foi desenvolvido na década de 70 pelo Prof. Gatze Lettinga, na Universidade de Wageningen (Holanda). Este reator tem grande aplicabilidade, uma vez que possui boa eficiência na remoção de carga orgânica de efluentes (HAANDEL, 1994). Segundo Lettinga e Hulshoff Pol (1991) apud Chong et al. (2012), o reator consiste de duas partes: uma coluna cilíndrica ou retangular e um separador gáslíquido-sólido (GLS). Este separador fica situado na parte superior do reator, sendo também chamado de separador trifásico, pois possibilita a separação do líquido, dos gases e dos sólidos que possam ser arrastados junto com o esgoto no movimento de ascensão. Acima do separador trifásico, o reator possui uma câmara de decantação que favorece que os sólidos mais pesados, que eventualmente sejam arrastados com o fluxo hidráulico, retornem à manta de lodo no fundo do reator (CHERNICHARO, 1997). Na Figura 1 é possível visualizar o esquema de um reator UASB. Figura 1 Desenho esquemátido de um reator UASB. Fonte: Adaptado de CHONG et al., O processo de tratamento a partir do uso de reatores UASB é descrito por Khan et al. (2011), como sendo uma tecnologia sustentável para o tratamento de

21 20 águas residuais domésticas para países em desenvolvimento e pequenas comunidades. Esta linha de pensamento é reforçada por Tiwari et al. (2006), o qual afirma que os reatores anaeróbios de manta de lodo de fluxo ascendente são de longe os reatores anaeróbios de alta taxa de aplicação mais robustos e utilizados para tratamento de esgoto, uma vez que existem mais de reatores UASB instalados em todo o mundo. Em virtude desta aceitação e disseminação da tecnologia anaeróbia para o tratamento de esgotos domésticos, no que se diz respeito à utilização de reatores do tipo UASB, faz com que o Brasil seja um destaque mundial, pois possui inúmeras instalações de sistemas de manta de lodo empregados de norte a sul do país (CHERNICHARO, 1997). Os reatores UASB são compactos (demandando pequena área), baixo custo de implantação e de operação, baixa produção de lodo, baixo consumo de energia, satisfatória eficiência de remoção de DBO/DQO, elevada concentração de lodo excedente e boa estabilidade do lodo. Outra vantagem é o pequeno tempo de detenção hidráulica (TDH), alta concentração de microorganismos ativos por unidade de volume, capacidade de suportar altas cargas biológicas e volumétricas, além simplicidade de operação (KATO et al., 1999). Chernicharo et al., (1999), corrobora que embora os reatores UASB possuam amplas vantagens, uma vez que requisitam pequenas áreas, são simples e demandam baixos custos de projeto, operação e manutenção, este tipo de reator possui alguns inconvenientes, tais como: a emanação de odores mal cheirosos, baixa capacidade do sistema em tolerar cargas tóxicas, elevado intervalo de tempo necessário para a partida do sistema e necessidade de uma etapa de póstratamento. Sobrinho (2001), reitera que os reatores UASB possibitam uma boa remoção da fase orgânica, entretanto sua eficiência é praticamente nula na remoção de nitrogênio e fósforo, o que certamente resultará efeitos indesejados nos sistemas de tratamento subsequentes. Esta incapacidade do processo UASB em atender aos padrões de emissão determinados pelos órgãos ambientais serviu para impulsionar pesquisas relacionadas ao pós-tratamento. Com o intuito de melhorar as instalações de tratamento de águas residuais baseadas no sistema UASB, seja para alcançar a

22 21 qualidade desejada para o descarte do efluente ou para reutilização, várias opções tecnológicas de pós-tratamento estão sendo disponibilizadas e diferenciadas. Estas são classificadas como primárias: quando há remoção de compostos orgânicos e inorgânicos e materiais em suspensão; secundário: para a remoção de matérias solúveis dificilmente degradáveis, colóides e nutrientes, e sistemas de polimento para o afastamento de agentes patogênicos (KHAN et al., 2011). Com este mesmo intuito o Brasil, no ano de 1999, por meio do PROSAB (Programa de Pesquisa em Saneamento Básico) financiado pelo FINEP, CNPq e CEF, publicou uma série de estudos realizados a partir do uso da tecnologia anaeróbia, bem como do pós-tratamento de efluentes de reatores anaeróbios. Sendo a obra intitulada: Tratamento de Esgotos Sanitários por Processos Anaeróbios e Disposição Controlada no Solo. Dando continuidade as pesquisas brasileiras do PROSAB foi publicado em 2001 o segundo volume da série sobre reatores anaeróbios, bem como opções de pós-tratamento para efluentes tratados por reatores anaeróbios. Como opções foram apresentadas e discutidas a aplicação no solo, o uso de lagoas de polimento, reatores com biofilme (filtro biológicos percoladores, biodiscos, biofiltros aerados submersos, filtros anaeróbios, etc.), lodos ativados, sistemas de flotação e sistema de desinfecção Filtro anaeróbio (FA) A utilização de filtros anaeróbios no tratamento de esgotos é feita desde a década de 1950, entretanto ainda é uma tecnologia em pleno desenvolvimento. Os filtros anaeróbios mais usuais têm fluxo ascendente ou descendente. Nos filtros de fluxo ascendente o leito é necessariamente submerso (ANDRADE NETO, 2001). A ABNT NBR (1997), define o filtro anaeróbio como um reator biológico com esgoto em fluxo ascendente, composto de uma câmara inferior vazia e uma câmara superior preenchida de meio filtrante, o qual se encontra submerso, onde atuam microorganismos facultativos e anaeróbios, responsáveis pela estabilização da matéria orgânica, sendo bastante utilizado para a retenção de sólidos. Por se tratar de um sistema anaeróbio, este preserva as vantagens dos reatores anaeróbios com fluxo através do lodo ativo, o que favorece a remoção da matéria orgânica dissolvida. Desta forma, pode ser utilizado para tratar esgotos

23 22 concentrados ou diluídos, resiste bem às variações de vazão afluente, perde pouco do biofilme, permite várias opções de forma, sentido de fluxo e materiais de enchimento, além de possuírem construção e operação muito simples (ANDRADE NETO, 2001). Como material filtrante para o filtro anaeróbio são comumente utilizados brita (nº 4 ou nº 5, com dimensões o mais uniforme possível) e peças plásticas (ABNT NBR , 1997), bem como gomos de bambu (COUTO, 1993), escória de autoforno proveniente de siderúrgicas (CHERNICHARO, 1998), entre outros. O FA pode ser construído em concreto armado, plástico de alta resistência ou em fibra de vidro de alta resistência, de modo a não permitir a infiltração da água externa à zona de reação do filtro e vice-versa. No caso de filtros abertos sem a cobertura de laje, somente são admitidas águas de chuva sobre a superfície do filtro. Quando instalado na área de alto nível do aquífero, deve ser prevista aba de estabilização (ABNT NBR , 1997). Segundo Andrade Neto (2002), o efluente de um filtro anaeróbio é geralmente bastante clarificado e tem relativamente baixa concentração de matéria orgânica, inclusive dissolvida, porém é rico em sais minerais. É muito bom para a disposição no solo, seja para infiltração ou para irrigação com fins produtivos. O filtro anaeróbio não possui apenas a finalidade de pós-tratar os efluentes de pequenos tanques sépticos. Tanto que os filtros anaeróbios vêm sendo utilizados no Brasil para o pós-tratamento de efluentes de grandes decanto-digestores e de reatores anaeróbios de manta de lodo com vazões superiores a 40 l/s (GONÇALVES et al, 2001). Outro exemplo da utilização do filtro anaeróbio para o tratamento de águas residuárias é o estudo efetuado por Dacanal (2010), que aplicou unicamente o FA e a combinação FA + membrana de microfiltração (membrane bioreactor MBR) para tratar lixiviado de aterro sanitário. Manariotis (2008), aponta o filtro anaeróbio como uma tecnologia alternativa, até mesmo para o tratamento direto de águas residuárias, pois possui boa reativação do biofilme mesmo depois de longos períodos sem alimentação do sistema. Também é indicado para o tratamento de efluentes que tenham como característica a variação de carga poluente. Sobrinho (2001), cita o filtro anaeróbio como uma excelente alternativa de póstratamento para efluentes proveniente de reatores UASB, tendo em vista a sua

24 23 eficiência na remoção de carga orgânica (DBO 60 mg L -1 ). Valor este, segundo o mesmo autor, aceitável por alguns Estados, através de seus órgãos de controle ambiental, principalmente quando a capacidade de diluição do corpo receptor é boa e os parâmetros de qualidade de água não alteram o seu enquadramento. 3.3 Configurações de wetlands construídos e Sistemas Integrados Wetlands construídos (WCs) são sistemas concebidos e construídos com o intuito de reproduzir os processos naturais que envolvem a vegetação de zonas húmidas, solos, e as ações microbianas associadas para auxiliar no tratamento de águas residuárias. WCs para o tratamento de efluentes podem ser classificados de acordo com a forma de vida das macrófitas: com flutuação, enraizadas em suporte e submersas. Os WC mais comuns são projetados com fluxo horizontal (FH), com regime subsuperficial, mas os de fluxos verticais (FV) estão ficando mais populares no presente. WCs com superfície de água livre (Figura 2) não são utilizados tanto quanto FH e FV (divisão geral mostrada na Figura 3 e Figura 4). WCs WCs de fluxo superficial WCs de fluxo Sub-superficial WCs com fluxo de sistema híbrido Fluxo vertical Fluxo horizontal plantas aquáticas (macrófitas) lâmina d água entrada lodo saída zona de raízes Figura 2 Configurações dos wetlands construídos e perfil de WCs de fluxo superficial. Fonte: Adaptado de NILSSON, 2012.

25 24 Os processos associados às ações dos WCs envolvem a subdivisão em físicos, químicos e físico-químicos. Para processos físicos, as partículas, sólidos em suspensão, agentes patogênicos e parte de substâncias orgânicas são filtradas ou interceptadas por raízes das plantas e pelos vazios entre cascalhos e areias, os quais são mais utilizados. Estes podem ser igualmente transferidos para o fundo do compartimento dos WCs, as zonas húmidas, sendo que devido à baixa velocidade de fluxo, servem como locais orgânicos para melhorar o tratamento biológico. Além disso, as plantas, seixos, cascalhos e areia ajudam a estabilizar o padrão de fluxo. Já os processos químicos consideram o fluxo de água conduzido para uma zona húmida por uma entrada e, em seguida, entram em contato com o substrato orgânico onde a precipitação química irá acontecer. O fósforo pode ser removido por precipitação com alumínio, cálcio e ferro. Os metais pesados podem também ser reduzidos por agentes químicos, especialmente a precipitação. Com os processos físico-químicos, a remoção de fósforo, agentes patogênicos, metais pesados e contaminantes orgânicos pode ser obtida via adsorção e troca de íons na superfície das plantas, de substrato e biomassa. plantas aquáticas (macrófitas) entrada tubo de ar cascalho inclinação 1% tubo de drenagem Figura 3 Wetland construído de fluxo vertical sub-superficial. Fonte: Adaptado de NILSSON, saída

26 25 tubo de entrada saída de efluente (com altura variável) gradiente hidrológico plantas aquáticas (macrófitas) caixa de inspeção entrada inclinação 1% zona de raízes brita fina Figura 4 Wetland construído de fluxo horizontal sub-superficial. Fonte: Adaptado de NILSSON, membrana impermeável ou argila saída Dois perfis híbridos de sistemas de wetlands construídos podem ser observados na Figura 5. Figura 5 Sistemas híbridos. Fonte: Adaptado de VYMAZAL, 2005.

27 26 Vários tipos de wetlands construídos podem ser combinados a fim de obter o maior efeito de tratamento, especialmente para o nitrogênio. No entanto, os sistemas híbridos compreendem mais frequentemente sistemas fluxo vertical e fluxo horizontal, como disposto na Figura 5. Há exemplos de vários sistemas de FH para o tratamento secundário e eles revelaram-se muito satisfatórios quando os padrões exigidos limitam-se a DBO 5 e remoção de SS. No entanto, tem havido um crescente interesse na obtenção de efluentes totalmente nitrificados. Sistemas FH não podem fazer isso por causa da sua capacidade limitada da transferência de oxigênio. Já os sistemas FV, por outro lado, podem proporcionar boas condições para a nitrificação (VYMAZAL, 2005). Quanto a integração de sistemas WCs com processos de polimento estudos vem pesquisando pós-tratamento, especialmente com uso de sistema POAs. Foi o caso do estudo de Lourenço (2008) que avaliou o uso da radiação ultravioleta (UV) em reator tubular e fotoozonização catalítica (UV/TiO 2 /O 3 ) em reator tipo coluna para a desinfecção de efluentes secundários previamente tratado por reator UASB + WCs usando o efluente do setor de serviços. Resultado dos reatores tipo tubular e coluna para desinfecção total do esgoto tratado em 4 e 12 min, respectivamente, apresentaram reduções de 60% de nitrogênio amoniacal, 41% de alcalinidade total e 4,8% de redução de turbidez. Antoniadis et al. (2007) estudando a integração dos métodos foto-fenton + WCs para o tratamento de esgoto urbano sintético. Reduções significativas de N- NH + 4, NO - 3 foram elevados no pós-tratamento dos dois sistemas passando de 77,5 para 92,3 mg L -1 e de 2 para 34 mg L -1, respectivamente. As reduções de fósforo foram em média de 73% no tratamento com foto-fenton e adicional redução de 17,9% foi observada após passagem pelos WCs. Aplicações dos WCs são investigadas para vários perfis de origens e composições de águas residuárias, agregando a combinação como outros processos de tratamento para compor os chamados sistemas integrados.

28 27 4 MATERIAIS E MÉTODOS Este trabalho é parte integrante de um projeto aprovado pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul, através da Secretaria de Ciência e Tecnologia via Pólo de Modernização Tecnológica do Vale do Rio Pardo, o qual é intitulado: Água Captação, Distribuição e Preservação: Sistema de Captação e Tratamento de Águas em Pequenas Propriedades visando a sua Reutilização. O projeto tem como coordenador o professor Andreas Köhler; a partir do Projeto pretende-se elaborar um sistema de tratamento de água para pequenas propriedades para que se obtenha água reutilizável, diversificando o seu uso, diminuindo o impacto ambiental e, auxiliando assim, na conservação da água e sua sustentabilidade. 4.1 Caracterização do Local de Estudo O local selecionado para a instalação do experimento encontra-se no município de Vera Cruz, Rio Grande do Sul, situado próximo a RST 287, em uma área estritamente rural com pequenas propriedades que possuem como meio de subsistência atividades de agricultura familiar e plantações de tabaco. A propriedade foi selecionada de acordo com alguns critérios estabelecidos pelo projeto. Dentre os critérios constava a necessidade de área para a instalação da estação de tratamento, a disponibilidade da família, bem como o comprometimento do uso da instalação, e principalmente o fato de que todos os moradores permanecessem em suas residências durante as suas atividades diárias. A residência é caracterizada como unifamiliar de baixa renda, onde residem cinco moradores. Nesta residência foi implantado um sistema de tratamento correspondente a três tipos de água. A primeira refere-se à linha de água azul, a qual consiste em captar a água da chuva através do telhado e aproveitá-la diretamente no tanque e na máquina de lavar roupa, e outros fins, como irrigação da horta, lavação de pisos e veículos (esta linha não foi avaliada nesse projeto). A segunda linha é a de água cinza, proveniente da máquina de lavar roupas, do tanque e do chuveiro. A terceira linha é caracterizada pela água negra, proveniente do vaso sanitário. A segunda e

29 28 terceira linhas foram encaminhadas para o processo de tratamento e, posteriormente, também foram reaproveitadas para fins não potáveis. A inauguração do Sistema de Tratamento, bem como da unidade geradora de efluente, ocorreu no dia 18 de novembro de 2011, entretanto a construção da estação piloto foi concluída no mês de outubro de 2011, sendo utilizada pelos proprietários desde a data de finalização da obra. A Figura 6 apresenta a configuração da ETE. Figura 6 Fluxograma da ETE da propriedade rural no município de Vera Cruz, RS. Fonte: Autor, A concepção do sistema incluiu gestão das águas em módulo de sanitário, lavanderia e recolhimento das águas das chuvas. O acionamento de bomba de recarga das águas tratadas foi feita com módulo de energia solar. Isto também foi destinado para o funcionamento das lâmpadas UV (duas lâmpadas, 30W, λ = 254nm). Variações de configuração incluíram as representações apresentadas na Figura 7.

30 29 Figura 7 Mudança de Configuração dos sistemas UASB/FA/Wetlands/UV. Fonte: Autor, O banheiro construído para este experimento localiza-se ao lado da residência, onde os moradores o utilizam para realizar suas necessidades habituais e também para a lavagem de roupas e utensílios com utilização da máquina de lavar e do tanque. O efluente gerado neste banheiro segue por ação da gravidade para os reatores anaeróbios e, posteriormente, para o sistema de wetlands, conforme a Figura 9. Após o tratamento pelos WCs o efluente adentra em uma caixa de passagem de fibra de vidro com volume de 250 litros, onde, através de uma bomba (Shurflo S2088) é encaminhado para o sistema de desinfecção por lâmpadas UV para então ser reutilizado, Figura 8.

31 30 Figura 8 Planta baixa do sistema de tratamento. Fonte: Autor, Projeto. Na Figura 9 é possível observar a maquete eletrônica do sistema proposto pelo

32 31 F A B E D C Figura 9 Esquema tridimensional do sistema de tratamento. A: banheiro e área de serviço; B: UASB/FA; C: wetlands construídos; D: poço de sucção do bombeamento; E: bomba da água de reúso; F: sistema de desinfecção e armazenamento. Fonte: Autor, A construção do sistema de tratamento representado nas Figuras 8 e 9 envolveu, basicamente, a utilização de materiais de baixo custo e acesso local. A seguir será detalhada cada etapa de tratamento do sistema. 4.2 Tratamento primário O tratamento primário é composto por dois reatores anaeróbios (UASB e filtro anaeróbio) adquiridos no comércio, os quais foram projetados para funcionar com eficiência média de 80%. Segundo o fabricante, estes equipamentos já trabalham com eficiência maior do que os sistemas fossa séptica e filtro anaeróbio, preconizadas pela ABNT NBR (1997), atingindo grande eficiência com necessidades mínimas de operação sendo, portanto, viáveis para quase todos os tipos de empreendimentos. O modelo adquirido é um sistema de tratamento de esgoto sanitário formado por um conjunto de unidades modulares e compactas, que utiliza o processo anaeróbio para a remoção da matéria orgânica. As unidades são confeccionadas em fibra de vidro, e dimensionadas para tratar efluentes em caráter permanente.

33 32 O Reator Anaeróbio (UASB) utilizado neste trabalho é cilíndrico, composto pelos seguintes elementos: distribuidor de fluxo, cone defletor, separador de fases, calha vertedoura, tubo de sucção, tubo de limpeza, suspiro e tampa de inspeção. O segundo módulo do sistema biológico é representado pelo Filtro Anaeróbio (FA) com volume útil de 210L, o qual tem como material de recheio britas nº4 (diâmetro entre 64 a 100 mm). Os reatores anaeróbios e suas dimensões podem ser visualizados na Figura 10. Figura 10 Aspectos construtivos dos reatores anaeróbios. Fonte: BAKOF TEC, 2012.

34 33 Na Tabela 4 são apresentas as informações técnicas de cada reator. Tabela 4 Dimensões do sistema de tratamento anaeróbio. Dimensões UASB Filtro Anaeróbio Altura total 1,50 m 1,50 m Altura útil 1,10 m 1,10 m Diâmetro 0,68 m 0,68 m Volume total 0,40 m 3 0,40 m 3 Volume útil 0,40 m 3 0,21 m 3 Vazão 0,6 m 3.dia -1 0,6 m 3.dia -1 TDH médio 16 h 8 h 24 min Fonte: Autor, No reator UASB, irá ocorrer a homogeneização da água marrom e amarela, posteriormente lançadas para o FA, onde se juntará a água cinza, sendo encaminhada para o tratamento secundário (sistema de wetlands construídos) e terciário composto pelo sistema de desinfecção por reatores de radiação ultravioleta. 4.3 Tratamento secundário/terciário Wetlands construídos (WCs) Como tratamento secundário foram adotados sistemas do tipo wetlands construídos com regime sub-superficial de fluxo horizontal. Os quatro leitos de wetlands sequenciais foram construídos no solo com a utilização de uma manta de impermeabilização PEAD de 1,6 mm de espessura. O meio suporte filtrante é composto por 30 cm de brita nº4 (64 a 100 mm) e sobreposta por 30 cm de brita nº1 (20 a 40 mm). Os acessórios hidráulicos utilizados para compor as zonas de distribuição e recolhimento são constituídos por tubos de PVC perfurados e flanges com diâmetro de 40 mm. A macrófita selecionada foi a Hymenachne grumosa (Nees) Zuloaga, por possuir características desejáveis para o tratamento com wetlands e também pelo seu excelente desenvolvimento relatado no estudo feito por Silveira, (2010). A Figura 11 mostra imagens registradas no início da construção do sistema com detalhe da manta, britas e da macrófita. As plantas foram retiradas do local de ocorrência natural com o auxílio de enxadas, a fim de evitar maiores danos ao sistema radicular. Após a retirada dos

35 34 exemplares, estes foram colocados à sombra e transportados até a propriedade rural, onde as mudas foram separadas e plantadas nos wetlands construídos. Figura 11 Detalhe da manta, material suporte e macrófita utilizados nos wetlands construídos. Fonte: Autor, As dimensões construtivas de cada wetland, bem como o material filtrante utilizado podem ser visualizadas nas Figura 12 e Figura 13. Figura 12 Corte transversal do wetland construído. Fonte: Autor, Figura 13 Desenho esquemático longitudinal do interior dos leitos preenchidos com substrato de brita mostrando sua dimensão e camadas de substrato. Fonte: Autor, 2012.

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