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1 Fundação Oswaldo Cruz Escola acional de Saúde Pública Mestrado em Saúde Pública e Meio Ambiente Toxicologia Ambiental Qualidade do ar e Estudo de Tendência de Internações por Doenças Respiratórias em ova Iguaçu, RJ, Brasil, no Período de 2000 a 2005 Maristela Groba Andrés Rio de Janeiro 2009

2 Qualidade do ar e Estudo de Tendência da Morbidade por Doenças Respiratórias em ova Iguaçu, RJ, Brasil, no Período de 2000 a 2005 Maristela Groba Andrés Dissertação de Mestrado Apresentada à Escola Nacional de Saúde Pública Fundação Oswaldo Cruz, para obtenção do título de Mestre em Saúde Pública e Meio Ambiente Orientador: Hermano Albuquerque Castro Rio de Janeiro

3 À meu pai, Lino Veiga, in memoriam 3

4 Agradecimentos Ao meu orientador, Hermano Albuquerque Castro, que depositou sua confiança em mim e me socorreu em momentos difíceis. A toda a minha família que sempre torceu por mim. Ao meu namorado e amigo, Marcio Pizzi, pela ajuda e apoio em todas as dificuldades, e pela força, nunca me deixando desistir. Aos meus colegas de trabalho que sempre foram compreensivos comigo ao longo desta jornada. Aos meus amigos de turma, sempre solícitos, em especial a Virgínia, Gabi e Taís. Ao Dennys e ao Cleber que me apoiaram nos gráficos e estatísticas. A todos os professores do Mestrado em Saúde Pública e Meio Ambiente, pela qualidade das aulas ministradas. À banca examinadora, por ter cedido seu tempo de leitura e presença tornando possível esta avaliação. Aos funcionários da Ensp, que sempre trataram os alunos com carinho. À FEEMA, Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente, em especial, à Maria Izabel, por ter sido tão prestativa e cedido dados de suma importância para a existência do estudo. À direção da Ensp e do Cesteh que tornaram possível a ocorrência deste estudo. 4

5 RESUMO O número de internações por doenças respiratórias está diretamente associado aos níveis de concentração de poluentes. O aumento na concentração destes poluentes pode levar ao aumento do número de internações, principalmente em grupos de pessoas mais susceptíveis, como crianças. Este estudo correlacionou níveis de poluentes: PM10, SO2, CO, NO2, O3, com o número de internações diárias por todas as causas de doenças respiratórias e por asma, em crianças menores de 5 anos residentes no município de Nova Iguaçu, município da baixada fluminense composto por vias sem asfaltamento, rodovias, pedreiras e indústrias. Para este estudo os dados de poluentes foram obtidos de apenas uma estação de registros, pois na cidade de Nova Iguaçu havia apenas uma estação em funcionamento, sendo a mesma de controle estadual. Os dados de saúde foram obtidos a partir do Datasus, sistema de informações em saúde. Nenhuma correlação foi encontrada apesar de estudos prévios em saúde pública indicarem uma forte correlação entre níveis de poluentes e internações por doenças respiratórias em crianças. A existência de apenas uma estação de registros que não representava as variabilidades da concentração de poluentes em todo o município pode auxiliar a explicação da existência de uma não correlação. A implementação de um sistema de registros de poluentes mais eficaz, a partir de iniciativa municipal, com um número maior de estações, se faz necessário para que novos estudos tenham maior poder de análise. Palavras chave: Poluição do Ar, Estudo de Tendência, Internações de Crianças, Doenças Respiratórias, Asma. 5

6 ABSTRACT The number of admissions for respiratory diseases is straightly associate at the levels of concentration of pollutants. The increase in the concentration of these pollutants can lead to the increase of the number of admissions, principally in groups of more sensitive persons, like children. This study correlated levels of pollutants: PM10, SO2, CO, NO2, O3, with the number of daily admissions for all causes of respiratory diseases and for asthma, in children younger than 5 years, resident in the city of Nova Iguaçu, located in the state of Rio de Janeiro composed by roads without asphalt, highways, quarries and industries. For this study the data of pollutants were obtained of only a station of registers, because only one station in the city of Nova Iguaçu was in functioning, being same of state control. The data of health were obtained from the Datasus, system of informations in health. No correlation was found in spite of prior studies in public health indicated a strong correlation between levels of pollutants and admissions for respiratory diseases in children. The existence of only a station of registers that was not representing the variabilities of the concentration of pollutants in the whole local city can help the explanation of the no existence of correlation. The implementation of a most efficient system of registers of pollutants, from municipal initiative, with a bigger number of stations, it s necessary for which new studies have bigger power of analysis. Key words: Air Pollution, Study of Tendency, Children's Admissions, Respiratory Diseases, Asthma. 6

7 SUMÁRIO Resumo...5 Abstract...6 Lista de gráficos...8 Lista de tabelas...11 Lista de Abreviaturas...12 Apresentação Introdução Justificativa Revisão de Literatura A atmosfera e seus poluentes Dióxido de Enxofre (SO2) Dióxido de Nitrogênio (NO2) Monóxido de Carbono (CO) Material Particulado (PM) Ozônio (O3) Dados meteorológicos e suas relações com poluentes atmosféricos Problemas respiratórios relacionados com poluentes atmosféricos Estudos internacionais que abordam crianças e adultos Estudos nacionais que abordam crianças e adultos Estudos que abordam exclusivamente crianças Dados e aspectos sócio-econômicos, Município de Nova Iguaçu Objetivos Metodologia Método da pesquisa Operacionalização da pesquisa Resultados Discussão e Conclusão Referências Bibliográficas

8 Lista de Gráficos Gráfico 1. Série diária PM a 2005 por todas as causas de doenças respiratórias Gráfico 2. Regressão linear PM a 2005 por todas as causa de doenças respiratórias...43 Gráfico 3. Regressão linear PM10 ano 2000 por todas as causas de doenças respiratórias...43 Gráfico 4. Regressão linear PM10 ano 2001 por todas as causas de doenças respiratórias...44 Gráfico 5. Regressão linear PM10 ano 2002 por todas as causas de doenças Respiratórias...44 Gráfico 6. Regressão linear PM10 ano 2003 por todas as causas de doenças respiratórias...45 Gráfico 7. Regressão linear PM10 ano 2004 por todas as causas de doenças Respiratórias...45 Gráfico 8. Regressão linear PM10 ano 2005 por todas as causas de doenças respiratórias...46 Gráfico 9. Série diária NO a 2005 por todas as causas de doenças Respiratórias...46 Gráfico 10. Regressão linear NO a 2005 por todas as causas de doenças respiratórias...47 Gráfico 11. Regressão linear NO2 ano 2000 por todas as causas de doenças respiratórias...47 Gráfico 12. Regressão linear NO2 ano 2001 por todas as causas de doenças respiratórias...48 Gráfico 13. Regressão linear NO2 ano 2002 por todas as causas de doenças respiratórias...48 Gráfico 14. Regressão linear NO2 ano 2003 por todas as causas de doenças Respiratórias...49 Gráfico 15. Regressão linear NO2 ano 2004 por todas as causas de doenças respiratórias

9 Gráfico 16. Regressão linear NO2 ano 2005 por todas as causas de doenças respiratórias Gráfico 17. Série diária SO a 2005 por todas as causas de doenças Respiratórias Gráfico 18. Regressão linear SO a 2005 por todas as causas de doenças respiratórias...51 Gráfico 19. Regressão linear SO2 ano 2000 por todas as causas de doenças respiratórias...51 Gráfico 20. Regressão linear SO2 ano 2001 por todas as causas de doenças Respiratórias...52 Gráfico 21. Regressão linear SO2 ano 2002 por todas as causas de doenças respiratórias...52 Gráfico 22. Regressão linear SO2 ano 2003 por todas as causas de doenças respiratórias...53 Gráfico 23. Regressão linear SO2 ano 2004 por todas as causas de doenças respiratórias...53 Gráfico 24. Regressão linear SO2 ano 2005 por todas as causas de doenças respiratórias...54 Gráfico 25. Série diária O a 2005 por todas as causas de doenças respiratórias...54 Gráfico 26. Regressão linear O a 2005 por todas as causas de doenças respiratórias...55 Gráfico 27. Regressão linear O3 ano 2000 por todas as causas de doenças respiratórias...55 Gráfico 28. Regressão linear O3 ano 2001 por todas as causas de doenças respiratórias...56 Gráfico 29. Regressão linear O3 ano 2002 por todas as causas de doenças respiratórias...56 Gráfico 30. Regressão linear O3 ano 2003 por todas as causas de doenças respiratórias Gráfico 31. Regressão linear O3 ano 2004 por todas as causas de doenças respiratórias

10 Gráfico 32. Regressão linear O3 ano 2005 por todas as causas de doenças respiratórias...58 Gráfico 33. Série diária CO a 2005 por todas as causas de doenças respiratórias...58 Gráfico 34. Regressão linear CO 2000 a 2005 por todas as causas de doenças respiratórias...59 Gráfico 35. Regressão linear CO ano 2000 por todas as causas de doenças respiratórias...59 Gráfico 36. Regressão linear CO ano 2001 por todas as causas de doenças respiratórias...60 Gráfico 37. Regressão linear CO ano 2002 por todas as causas de doenças respiratórias...60 Gráfico 38. Regressão linear CO ano 2003 por todas as causas de doenças respiratórias...63 Gráfico 39. Regressão linear CO ano 2004 por todas as causas de doenças respiratórias...61 Gráfico 40. Regressão linear CO ano 2005 por todas as causas de doenças respiratórias...62 Gráfico 41. Série diária PM a internações por asma...62 Gráfico 42. Regressão linear PM a 2005 por asma...63 Gráfico 43. Série diária NO a internações por asma...63 Gráfico 44. Regressão linear NO a 2005 por asma...64 Gráfico 45. Série diária SO a internações por asma...64 Gráfico 46. Regressão linear SO a 2005 por asma...65 Gráfico 47. Série diária O a internações por asma Gráfico 48. Regressão linear O a 2005 por asma...66 Gráfico 49. Série diária CO a internações por asma...66 Gráfico 50. Regressão linear CO 2000 a 2005 por asma

11 Lista de Tabelas Tabela 1. Índice de Qualidade do Ar Tabela 2.Estudos Internacionais: Análise da relação entre Poluição Atmosférica e Doenças Respiratórias Tabela 3. Estudos Nacionais: Análise da relação entre Poluição Atmosférica e Doenças Respiratórias Tabela 4. Análise da relação entre Poluição Atmosférica e Doenças Respiratórias. Estudos realizados com a população infantil Tabela 5. Resumo de Índices Regressão (R 2 ) e seus respectivos valores para cada poluente segundo o período

12 Lista de Abreviaturas AIH- Autorização de internação hospitalar Ar- Argônio APA - Área de Proteção Ambiental CESTEB- Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental de São Paulo CO- Monóxido de Carbono CO2- Dióxido de carbono CO AMA- Conselho Nacional de Meio Ambiente Cr- Cromo DATASUS Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde FEAM- Fundação Estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais FEEMA- Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente IDH- Índice de Desenvolvimento Humano PM10- Material Particulado com menos de 10 um 2- Nitrogênio O2- Óxido Nítrico Ox- Óxidos de Nitrogênio O2- Oxigênio O3- Ozônio OMS- Organização Mundial de Saúde PIB- Produto Interno Bruto Ppm- Parte por milhão PROAIM- Programa de Aprimoramento de Informações de Mortalidade. SIHSUS- Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde SO2- Dióxido de Enxofre TAC- Termo de ajustamento de conduta VOC- Compostos Orgânicos Voláteis Xe- Xenônio 12

13 Apresentação A Poluição Atmosférica é uma das principais causas de adoecimento das vias respiratórias atualmente em todo o mundo. O aparelho respiratório está em contato direto com o meio externo e possui a capacidade de absorver elementos nocivos presentes na atmosfera ocasionando doenças respiratórias agudas e crônicas. No último século, o aumento deste tipo de poluição ambiental vem se dando em conjunto com o crescimento da urbanização, aumento da frota de veículos, ocasionada principalmente pela maior utilização de automóveis individuais, a idade dos veículos em circulação e a má conservação dos mesmos associados a uma fiscalização deficitária, além do aumento na industrialização. Municípios que contam com grande urbanização, grande produção industrial e rodovias em seu território podem possibilitar uma maior vulnerabilidade de sua população ao adoecimento respiratório. Este fato pode ser verificado em Nova Iguaçu, município da Baixada Fluminense, que além de reunir todas as características acima, ainda possui um tipo de relevo que impede a dispersão dos poluentes na atmosfera. Três pedreiras em funcionamento e a ausência de asfaltamento em algumas vias contribuem ainda mais para o aumento dos poluentes na atmosfera da cidade. Com uma população socialmente pouco participativa, nos últimos anos, Nova Iguaçu conquistou poucos avanços no controle dos níveis de poluentes. Observa-se que o município não possui sequer uma estação de registros de poluentes própria se demonstra dependente do registro de órgãos estaduais. Para que medidas de controle entrem em vigor parâmetros devem ser construídos em pesquisas a fim de gerar respaldo científico para as ações. Além disso, uma conscientização sobre as questões ambientais e de sustentabilidade exerce papel fundamental para contribuir com a melhoria da qualidade de vida e da saúde em seu sentido amplo. 13

14 1 Introdução A atmosfera pode ser definida como uma fina camada gasosa que envolve a terra.¹ É composta por vários gases. Existem dois gases predominantes na atmosfera. Um deles, o Nitrogênio, ocupa 78% de toda a atmosfera enquanto o Oxigênio ocupa 21%. Além disso, existem substâncias que estão presentes em baixas concentrações como o Dióxido de Carbono, o Ozônio, o Dióxido de Enxofre e o material particulado. ¹ Quando estas substâncias aumentam suas concentrações na atmosfera, decorrente da atividade humana ou de processos naturais, podem ser denominadas de Poluentes Atmosféricos. ² Atualmente, há evidências que indicam que a Poluição Atmosférica é presente em todo o mundo, e suficiente para causar danos à saúde, segurança e bem estar dos seres vivos.³ Se levarmos em consideração apenas a saúde humana podemos observar inúmeras conseqüências danosas. Em 1992 o Banco Mundial estimou que o material particulado presente na atmosfera das principais cidades mundiais foi responsável pela morte de 300 mil a 700 mil pessoas por ano. Em 1997 a OMS concluiu que toda a poluição do ar mundial contribuiu para a morte de 400 mil pessoas anualmente. Há estimativas de que de 1950 até 1997 a poluição do ar foi responsável pela morte de 30 milhões de pessoas. ¹ Além das conseqüências diretas provocadas pelos poluentes na saúde, a Poluição Atmosférica provoca ou agrava doenças crônicas gerando grandes impactos sobre Saúde Pública. O Material Particulado, principalmente as partículas menores que 10 um, denominadas de PM 10, e que não são filtradas pelas vias aéreas superiores, 4 podem chegar até os alvéolos ocasionando infecções respiratórias crônicas e câncer. Os danos decorrentes do Chumbo, presente em altas concentrações principalmente na atmosfera de países que o utilizam incorporado aos combustíveis fósseis, sobre o sistema nervoso, podem inibir o desenvolvimento mental. O Dióxido de Enxofre também é responsável por ocasionar problemas respiratórios, especialmente em pessoas que já possuem Bronquite Crônica.¹ A Poluição Atmosférica também gera grandes conseqüências ecológicas. Ela contribui para a existência de uma seleção não-natural a qual favorece algumas espécies em detrimento de outras pois uma nova pressão de seleção é criada. A chuva ácida, originada da reação química de poluentes presentes da atmosfera com a água das chuvas 5, gera grandes impactos sobre o meio ambiente. Ela é responsável pelo declínio do crescimento das árvores, ocasionando redução da densidade das folhagens e morte de algumas espécies. 14

15 O depósito ácido das chuvas no solo pode torná-lo muito tóxico para o desenvolvimento das florestas. Além disso, a chuva ácida afeta a vida dos ambientes aquáticos. Muitos rios e lagoas se tornaram inóspitos para a presença de crustáceos, moluscos, lesmas, sapos e peixes mais sensíveis como o salmão e a truta..¹ Há milhões de anos, durante o período da história humana o qual antecedeu a descoberta do fogo, a Poluição Atmosférica pôde ser considerada inexistente. A partir de então, após o marco da existência do fogo, a Poluição Atmosférica passa a acontecer, porém de forma pouco impactante. Processos naturais tais como as erupções vulcânicas e a respiração dos seres vivos eram os principais modificadores da atmosfera. Quando a humanidade ocupa as cavernas e dá início à queima devido ao cozimento de alimentos, passa a surgir uma nova forma de poluição: a poluição indoor. Tem sido possível observar pulmões escurecidos em corpos mumificados, datados deste período. ¹ A Poluição Atmosférica outdoor surge com o advento das cidades. A fumaça e a fuligem eram os poluentes dominantes e originados da poluição doméstica a partir de combustíveis como a madeira e o esterco. Neste mesmo período, cidades portuárias, como Londres, que possuíam madeira em pequena escala começaram a utilizar o carvão como combustível doméstico. A utilização do carvão se fortalece a partir de 1780, e se torna a fonte de energia principal para impulsionar a Revolução Industrial da Inglaterra. Por volta de 1870 grandes "Fogs" ( nevoeiros de fumaça) foram desencadeados em Londres. Há relatos da época nos quais pessoas caíam no rio Thames por não serem capazes de enxergar para onde estavam se dirigindo, tamanha era a Poluição Atmosférica. Há relatos de que muitas pessoas morreram, cerca de 3000 apenas no inverno de , devido o agravamento de condições pulmonares. Neste período, Londres era a maior cidade do mundo, com cerca de 6.6 milhões de pessoas e possuía milhões de chaminés e motores movidos a carvão. ¹ Contudo, este evento se repetiria em outras cidades, mais tarde, por volta de 1930 na Bélgica e em 1952, em Londres, este último desencadeando a morte de mais de 4000 pessoas. O evento de 1952 ocorrido em Londres é mundialmente conhecido como o Smog Londrino. 1 Continuando na seqüência histórica, de 1880 até por volta de 1920, a presença do carvão foi o responsável pela existência de fumaça, fuligem e pelo lançamento de substâncias danosas na atmosfera como o Dióxido de Enxofre. Pode-se dizer que as principais fontes de poluição eram as indústrias e as residências. ¹ A industrialização 15

16 baseada no carvão não parou em Ela continuou a desenvolver economicamente a Europa e os Estados Unidos e, além disso, cresceu muito rapidamente em outras localidades como na União Soviética, principalmente após Neste período, as cidades cresceram e o número de pessoas que necessitavam transportar combustível para o cozimento e aquecimento também aumentou. A combinação do uso do carvão com finalidades industriais e domésticas criou cidades intensamente poluídas tais como Londres, Petersburgo e Osaka. Pessoas da época deixaram registros que afirmavam que as cidades eram envoltas por imensas nuvens de poeira, e existiram escritores britânicos que até comparavam Londres com o inferno. ¹ A partir do início do século XX, uma nova óptica energética emerge. A mudança da utilização do carvão como energia para os combustíveis fósseis, principalmente o petróleo. A Poluição Atmosférica ganha um impacto adicional importante, os automóveis. Com a emissão de poluentes que reagem com a luz solar criando nuvens de poeira que formam uma espécie de nevoeiro de poeira em grande escala, atualmente denominado de smogs, os veículos também contribuíram para o aumento da Poluição da Atmosférica e para a formação da chuva ácida. O número de automóveis cresceu consideravelmente ao longo do século XX. Por volta de 1930 o mundo possuía cerca de 50 milhões de veículos. Em 1985, cerca de 50 anos mais tarde, este número era 10 vezes maior, chegando a cerca de 777 milhões de veículos em 1995.¹ Enquanto a industrialização e a motorização evoluíram rapidamente, níveis de poluição também acompanharam tal crescimento. A qualidade do ar deixa de ser um problema regionalizado e toma proporções globais. Três principais razões são apontadas como explicação importante para a mudança de matriz energética do carvão para o petróleo e derivados. Primeiro, razões econômicas, pois petróleo e o gás se tornaram energias mais baratas, mais rentáveis, e portanto, economicamente mais favoráveis. Segundo, razões políticas. Pressões políticas foram levantadas para redução dos níveis de poluição que ocorriam nas cidades no período de vigência de carvão, os quais eram muito evidentes. Terceiro, mudanças geográficas. As indústrias que antes eram concentradas em poucos lugares, passaram a ser espalhadas por todo o mundo. Este fato, é claro, não diminuiu os níveis totais de poluentes e como já foi dito, corroborou para que a Poluição Atmosférica mesmo se tornasse um problema global, que deve ser observado por todo o mundo. ¹ 16

17 2. Justificativa Em Londres nos anos de 1948 e ,6 incrementos de aproximadamente 300 e mortes, respectivamente, foram descritos como conseqüência da Poluição Atmosférica. Anteriormente, em Donora nos Estados Unidos 7 ocorreu outro evento agudo importante. A relação entre danos à saúde e poluição atmosférica foi estabelecida a partir de episódios agudos de contaminação do ar 8. A partir desses episódios, medidas de controle foram tomadas em diversos países, tendo como resultado a redução significativa dos níveis de poluentes atmosféricos. Desde então, estudos investigando os efeitos da Poluição Atmosférica sobre a saúde tem sido realizados por todo o mundo, e no Brasil, estes se concentram principalmente no município de São Paulo. 8, 9, 10, 11 Associações estatisticamente significativas com mortalidade infantil 10, mortalidade em idosos, 3, 8, 12 além de hospitalizações em crianças e adultos por causas respiratórias 8, 10 tem sido observadas. Nova Iguaçu é o maior e mais antigo município da Baixada Fluminense, região integrada por 13 Municípios na Área Metropolitana do Rio de Janeiro. Este município foi criado em 1833 com uma área original de 1321 km 2. Porém, nas últimas décadas, observouse uma perda de grande parte de seu território devido às sucessivas emancipações, iniciadas em 1943 com o surgimento do Município de Duque de Caxias e concluídas em 1999, com o surgimento do Município de Mesquita. 13 Atualmente, a cidade ocupa uma área de 524,04 km 2, conta com 300 km de Rodovias (federais, estaduais e municipais) e se situa às margens da mais importante rodovia do país a Presidente Dutra, que liga o Rio de Janeiro a São Paulo. Assim, devido à sua localização desempenha o papel de centro de negócios, indústrias e comércio para os municípios vizinhos. Sua economia está baseada sobretudo no comércio (67% do PIB) e nas indústrias (33% do PIB). 14 Além disso, neste município estão localizadas três pedreiras em funcionamento. Uma delas, a Pedreira Vigné, encontra-se na região central do município. A empresa atua na Serra de Madureira, maciço que abriga o único vulcão intacto do País, extinto há mais de 40 milhões de anos e pertencente a uma área de proteção ambiental (APA). 14 Em fevereiro de 2005, a Pedreira Vigné foi interditada temporariamente pela Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente de Nova Iguaçu (SEMUAM), por 17

18 atuar em uma área de proteção ambiental (APA), e devido às possibilidades de estar potencialmente ameaçando-a, através da atuação no vulcão. Sendo assim, a pedreira foi submetida a um Termo de Ajustamento de Conduta Ambiental (TAC), o qual previa o financiamento de um estudo para avaliação da interferência de sua atuação sobre o complexo vulcânico. Segundo o TAC, a pedreira teria a obrigação de adequar-se aos limites da área considerada relevante geologicamente. 14 De acordo com a Prefeitura, foram constatados indícios de que a emissão de partículas minerais na atmosfera excedia os níveis tolerados pela Organização Mundial Saúde (OMS). 13 Além disso, o mecanismo de implosão gerava ruídos diários e atingia as estruturas das casas localizadas em suas proximidades. Porém, apesar disso, em Janeiro de 2007 a pedreira Vigné retornou ao funcionamento após alegação de cumprimento das exigências do TAC. Apesar da importância histórica, o município de Nova Iguaçu, não possui tradição ambientalista. Além disso, apresenta grandes desigualdades quanto à níveis de renda e escolaridade da população. Tais desigualdades têm raízes históricas e contribuem fortemente para a baixa qualidade de vida da região e para a quase inexistente solicitação e reivindicação de uma qualidade do ar por parte de grupos sociais. No Brasil, os resultados obtidos em estudos que abordavam grandes cidades como a cidade de São Paulo e a cidade do Rio de Janeiro necessitam ser reproduzidos em outros grandes centros urbanos do país, como por exemplo, nos Municípios da região Metropolitana do Rio de Janeiro, a qual inclui a região da Baixada Fluminense. Esta região possui um grande contingente populacional exposto a níveis de poluição do ar potencialmente prejudiciais à saúde. Diferenças de fontes poluidoras precisam ser inventariadas para estabelecer melhor a relação entre fontes, poluentes e danos a saúde. É neste contexto que este estudo emerge, consistindo em estimar a magnitude e significância estatística da associação entre exposição diária à poluição do ar e o número de internações hospitalares por grupos de causas ou por causa específica, em crianças menores de 5 anos residentes no município de Nova Iguaçu. Muitos estudos tem sido desenvolvidos atualmente levando em conta a população infantil (Veja tabela 4). Este grupo é reconhecidamente mais sensível à análise de ocorrência de morbidade do que o grupo de adultos ou idosos 8, 10 porque é um grupo de população maior, se comparado ao grupo de idosos. Conseqüentemente, o número de 18

19 ocorrências de morbidade na faixa etária de crianças se apresenta maior. Este fato favorece o estudo de internações em crianças e não em adultos ou idosos. Muitas podem ser as contribuições desta avaliação. No âmbito do conhecimento, relações entre causa e efeitos poderão ser inferidas. Além disso, a corroboração com outros achados se faz essencial. Geraremos hipóteses que poderão continuar sendo investigadas em estudos posteriores. Já no âmbito das ações, a presença do estudo permitirá que dados obtidos sejam utilizados por organismos que visem à proteção da saúde e meio ambiente. É necessário que outros parâmetros sejam disponibilizados para que a partir de então, sejam tomados como padrão por organismos públicos que visem a proteção da saúde e do meio ambiente. A degradação do meio ambiente está relacionada com o crescente desenvolvimento industrial, que, por sua vez, pode desencadear inúmeras situações de risco à saúde do homem e dos ecossistemas. Com o processo de industrialização e a descoberta e síntese de novos produtos, houve uma descontrolada utilização dos recursos naturais comprometendo a saúde humana e ambiental. O modelo de consumo atual, e a organização da sociedade sem levar em conta a sustentabilidade, geram grande prejuízos a saúde humana e dos ecossistemas. Portanto, a saúde deve ser tratada de forma integrada com os fatores ambientais e, principalmente, econômicos, dentro de um modelo de gestão de saúde ambiental na qual a atividade industrial passaria a respeitar os limites de renovação e recomposição dos recursos renováveis da natureza. A toxicologia ambiental possui como objetivo específico de estudo, os impactos causados pelos poluentes químicos ambientais sobre os organismos vivos e ecossistemas. 15 Sendo assim, para que haja uma melhor definição de processos reguladores referentes aos padrões de qualidade do ar, é imprescindível que ocorra melhor detalhamento da associação entre adoecimento e poluição atmosférica, 11 a partir da construção de novos estudos em distintas regiões favorecendo a corroboração com estudos pré-existentes. 19

20 3. Revisão de Literatura 3.1 A atmosfera e seus poluentes A atmosfera terrestre é composta por três principais gases: nitrogênio (N 2 ) que ocupa cerca de 78,08% do volume da atmosfera, o oxigênio (O 2 ) com 20,94% e argônio (Ar) com 0,93% do volume total da atmosfera. Além disso, o ar normalmente possui de 1 a 3% de vapor de água e traços de O3, H2, Cr, Xe e CO2. Com exceção das concentrações de CO2 e vapor d água, que sofrem variações de acordo com a região, a composição do ar normalmente é invariável. Variações e aumentos ocorrem decorrentes da atividade humana ou de processos naturais. 16 "Entende-se como poluente atmosférico qualquer forma de matéria ou energia com intensidade e quantidade, concentração, tempo ou características em desacordo com os níveis estabelecidos, e que tornem ou possam tornar o ar: impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde; inconveniente ao bem-estar público; danoso aos materiais, à fauna e flora; prejudicial à segurança, ao uso e gozo da propriedade e as atividades normais da comunidade". 17 Os poluentes do ar são provenientes de diferentes fontes. As mesmas podem ser classificadas em: estacionárias, móveis, naturais ou secundárias. 18 Os processos industriais, de combustão e eliminação de resíduos sólidos se enquadram nas fontes estacionárias. Classificados como fontes móveis estão os diversos tipos de veículos, movidos a álcool, diesel e gasolina além dos trens, barcos, locomotivas e demais meios de transporte. As fontes naturais incluem as tempestades de poeira, ação vulcânica, queima de florestas. As fontes secundárias incluem as reações que geram poluentes secundários como o O3, originado por reações na camada de ar denominada troposfera. 18 Nos centros urbanos, a qualidade do ar é deteriorada pelo grande número de veículos movidos a diesel, álcool ou à gasolina, pois os mesmos produzem poluentes que são emitidos pelo tubo de escapamento. Os poluentes emitidos são o CO, Hidrocarbonetos, Óxidos de Nitrogênio e Óxidos de Enxofre. 16 As concentrações locais dos poluentes do ar dependem da força de suas fontes e da eficácia de sua dispersão. O vento é de fundamental importância na dispersão dos poluentes porque as concentrações dos mesmos são inversamente relacionadas à velocidade dos ventos. 18 Inversões de temperatura também 20

21 têm grande importância no controle das camadas de ar próximas ao solo, onde os poluentes são misturados. À medida que a massa de ar sobre, é exposta às pressões atmosféricas decrescentes e se expande harmoniosamente. 18 A Organização Mundial da Saúde, OMS, lista como principais poluentes do ar as seguintes substâncias: Dióxido de Enxofre (SO2), Dióxido de Nitrogênio (NO2), Monóxido de Carbono (CO), Partículas em Suspensão (Material particulado) e Ozônio Troposférico (O3) Dióxido de Enxofre (SO2) É um gás incolor, ácido, irritativo, sendo considerado um dos mais freqüentes poluentes atmosféricos. Exala forte odor, semelhante ao produzido na queima de palitos de fósforo. Solúvel em água, pode ser modificado para SO3 e tornar-se Ácido Sulfúrico (H2SO4), que é então neutralizado pelo NH3 transformando-se em Bissulfato de Amônia e Sulfato de Amônia. 18 Este gás é produzido por fontes antropogênicas como refinarias de petróleo, veículos a diesel, fornos e metalurgia e fabricação de papel e por fontes naturais como a atividade vulcânica. 19 e pode provocar efeitos na saúde tais como Irritação nas mucosas oculares e respiratórias além de agravar problemas cardiovasculares. Atualmente, segundo a CETESB 19 e a FEAM 16, seu valor de referência é classificado como bom, quando atinge até 80 µg/m³ em 24 horas, inadequado quando atinge 800 µg/m³ e crítico ao atingir 2620 µg/m³. Tabela Dióxido de itrogênio ( O2) É um gás marrom avermelhado com odor muito forte e muito irritante, altamente tóxico e relativamente solúvel em água. 16,19 Produzido por fontes naturais como descargas elétricas na atmosférica e por fontes antropogênicas através de indústrias de ácido nítrico e de ácido sulfúrico e motores de combustão (principal fonte). São produzidos durante a queima de combustíveis em altas temperaturas, em usinas térmicas que utilizam gás ou incinerações. Pode-se formar por oxidação do Monóxido de Nitrogênio (NO). A decomposição do NO2 por ação da luz solar pode produzir átomos de O2 altamente 21

22 oxidantes, formando produtos muito irritantes para os olhos tais como o Ozônio (O3) e os compostos carbônicos oxigenados. 19 Pode provocar lesões nos brônquios e alvéolos pulmonares além de poder aumentar a reatividade a alergénios de origem natural. Em doses elevadas é capaz de provocar edema pulmonar, e em menores concentrações, bronquite crônica e enfisema. Seu valor de referência segundo a CETESB 19 e a FEAM 16, classifica-se como bom, quando atinge até 100 µg/m³ em 1 hora, inadequado quando atinge1130 µg/m³ e crítico ao atingir 3750 µg/m³. Tabela Monóxido de Carbono (CO) É um gás incolor, inodoro e insípido, extremamente tóxico, formado na combustão incompleta do carbono presente nos combustíveis. É classificado como um asfixiante sistêmico. Como fontes naturais de CO temos as erupções vulcânicas e decomposição da clorofila. Como fontes antropogênicas podemos citar: as queimadas florestais, combustão incompleta de combustíveis fósseis ou outros materiais orgânicos, sendo os transportes rodoviários o sector que mais contribui para as emissões deste poluente, encontrado em áreas urbanas com tráfego intenso. Pode também ser formado por oxidação de poluentes orgânicos, tais como o metano. 18 Pode provocar danos à saúde humana tais quais: capacidade de se combinar irreversivelmente com a hemoglobina (210 vezes superior à do oxigênio), dando lugar à formação da carboxihemoglobina. Provoca dificuldades respiratórias e asfixia e, em casos de 50% de transformação da hemoglobina em carboxihemoglobina, pode conduzir à morte. Além disso, pode provocar diminuição da percepção visual, da capacidade de trabalho, da destreza manual, da capacidade de aprendizagem e do desempenho de tarefas complexas. 18 Seu valor de referência segundo a CETESB 19 e a FEAM 16, é classificado como bom, quando atinge até 4,5 ppm em 8 horas, inadequado quando atinge 15 ppm e crítico ao atingir 50 ppm em 8 horas. Tabela 1 22

23 3.1.4 Material Particulado (PM) Consiste em um conjunto de substâncias suspensas no ar em forma de partículas, sólidas ou líquidas, de diversos tamanhos. Segundo a EPA, agência de proteção ambiental norte-americana, o material particulado pode ser classificado em: partículas finas quando possuem diâmetro menor que 2.5 micrômetros, partículas intermédias, quando possuem de 2,5 a 10 micrômetros de diâmetro e partículas maiores, quando possuem mais de 10 micrômetros de diâmetro. 20 Como fontes naturais de material particulado, podem ser apontados os vulcões, aerossóis marinhos e a ação do vento sobre o solo. Fontes antropogênicas criadas a partir da intervenção humana sobre a natureza, podem ser observadas em processos industriais ( por exemplo, o processo de extração de brita, realizado por pedreiras) tráfego rodoviário e a combustão fósseis. 18 Quanto menor o diâmetro das partículas, mais nocivas elas podem se tornar. A poeira e a fumaça podem provocar irritação ocular, nasal, do trato respiratório e pulmonar e até bronquite, asma e mesmo a morte. Quando misturadas a substâncias tóxicas (sulfatos, nitratos, metais pesados e hidrocarbonetos) acentuam os efeitos sobre a saúde humana. O PM 2,5 atinge os alvéolos pulmonares, provocando dificuldades respiratórias, podendo também originar doenças respiratórias crônicas, como a pneumoconiose. Atualmente, existem parâmetros reguladores para o PM10 e segundo a CETESB 19 e a FEAM 16, seu valor de referência é classificado como bom, quando atinge até 50µg/m³ em 24 horas, inadequado quando atinge 250 µg/m³ e crítico ao atingir 600 µg/m³.tabela Ozônio (O3) O Ozônio é um gás incolor, inodoro em concentrações ambientais, relativamente insolúvel em água. È também o principal componente da névoa fotoquímica, o Smog. É considerado um importante oxidante fotoquímico sendo bastante irritante. Como já foi dito anteriormente, o Ozônio (O3) não é emitido diretamente na atmosfera. Sua formação ocorre através de reações químicas complexas entre Compostos Orgânicos Voláteis (VOCs) e os óxidos de Nitrogênio (NOx) na presença de luz solar. A luz solar e a temperatura estimulam tais reações, de tal forma que em dias ensolarados e quentes, ocorrem picos de 23

24 concentração de O3. 18 As fontes de emissões de VOCs e NOx são veículos, indústrias químicas, lavanderias, e atividades que usam solventes. O Ozônio inibe a fotossíntese, afetando portanto, as plantas, as plantações agrícolas, as vegetações naturais, trazendo danos às colheitas. 18 Pode provocar danos à saúde, dentre eles, irritações nos olhos, nariz e garganta, seguindo-se tosse e dor de cabeça e acometimento dos brônquios e alvéolos pulmonares. A sua ação pode ser percebida, mesmo para concentrações baixas e para exposições de curta duração, principalmente em crianças. 18 Atualmente, segundo a CETESB 19 e a FEAM 16, seu valor de referência é classificado como bom, quando atinge até 80 µg/m³ em 1 hora, inadequado quando atinge 400 µg/m³ e crítico ao atingir 1200 µg/m³. Tabela 1 Tabela 1- Índice de Qualidade do Ar Classificação Índice íveis de Cautela sobre a Saúde PM-10 Média 24h(µg/m³) SO 2 Média 24h(µg/m³) CO Média 8h(ppm) O 3 Média 1h(µg/m³) O 2 Média 1h(µg/m³) BOA , REGULAR INADEQUADA Atenção MÁ Alerta PÉSSIMA Emergência CRÍTICA Acima de 400 Crítica Fonte: Cetesb 19/ Feam Dados meteorológicos e suas relações com poluentes atmosféricos. Dados meteorológicos tais quais temperatura, umidade, direção e velocidade dos ventos são condições externas que, associados aos fatores topográficos, podem afetar diretamente a dispersão e o transporte dos poluentes. O perfil de temperatura vertical que se forma na atmosfera influencia diretamente a dispersão dos poluentes. Gradientes de temperatura dão origem aos movimentos verticais ascendentes e descendentes das massas de ar que afetam o clima e os processos de mistura dos poluentes na atmosfera. 21 Além dos movimentos verticais das massas de ar, devem-se considerar, na análise de transporte e dispersão dos poluentes, os movimentos horizontais causados pela direção e 24

25 velocidade dos ventos. A velocidade e direção dos ventos determinam a concentração dos poluentes em torno das fontes, seu alcance e trajetória. 21 O movimento do ar originando os ventos surge em função da existência de regiões com diferentes pressões. Zonas com pressões altas ou baixas possuem sistemas de ventilação diferenciados 21 Geralmente o movimento do ar nas camadas inferiores da atmosfera ocorre das regiões de alta pressão para as regiões de baixa pressão. Esta convergência causa a movimentação das camadas de ar resultando num aumento da taxa de ventilação. Quando a taxa de ventilação torna-se muito baixa, em função da diminuição do gradiente de pressão, ocorre a estagnação do ar, o que contribui para o aumento da concentração de poluentes na atmosfera 21 O mais importante processo de mistura na atmosfera que causa a dispersão dos poluentes é a turbulência. Este processo é originado pela alta movimentação irregular dos ventos, que contribui grandemente para a mistura de parcelas de ar poluído e não poluído favorecendo assim a diluição dos poluentes. 21 Todos estes fatores meteorológicos são importantes quando se deseja realizar estudos de dispersão de poluentes. Para tanto, a estimativa da concentração de poluentes pode ser obtida a partir da utilização de equações empíricas formadoras de modelos matemáticos de dispersão Problemas respiratórios relacionados com poluentes atmosféricos. Estudos epidemiológicos relacionando poluição atmosférica e saúde foram e continuam sendo realizados em todo o mundo. Começaremos a abordar inicialmente estudos que observam apenas a população de adultos, ou a população de adultos simultaneamente com a população de crianças e que foram realizados internacionalmente, a partir de então, seguiremos esta lógica, observando os estudos nacionais. Posteriormente, abordaremos estudos que exclusivamente observam crianças, realizados no exterior e no Brasil Estudos internacionais que abordam crianças e adultos. Na Europa, um estudo de grande porte, denominado APHEA (Air Pollution and Health: a European Approach) trouxe novos discernimentos quanto a questão de doenças respiratórias e poluição atmosférica. Estudos iniciais foram baseados em dados antigos 25

26 (APHEA1). Neste estudo a mortalidade diária aumentou em 6 cidades cerca de 2.9% para cada 50 mg/m3 de aumento na concentração máxima de Ozônio em 1 hora. Além disso, foram encontradas associações entre Dióxido de Nitrogênio e mortalidade. 22 No final dos anos 90 uma nova série de estudos (APHEA 2) foi realizada com a capacidade de usar dados que envolviam a PM 10 (material particulado na forma microscópica presente na atmosfera com 10 µm de diâmetro ou menos). A primeira parte do estudo APHEA 2 analisou mortalidade. Neste contexto, o estudo englobou uma população de 43 milhões de pessoas que viviam em 29 cidades européias, teve a duração de 5 anos. 17 A partir de dados envolvendo 21 cidades, houve como resultado o aumento da mortalidade de 0,6% (95% IC) a cada 10 µg/m3 de acréscimo no PM Em outro contexto do estudo APHEA 2, as internações hospitalares foram analisadas. Nesta abordagem observou-se 38 milhões de pessoas as quais viviam em 8 cidades européias e que foram estudadas ao longo de 3 a 9 anos. As internações por Asma e DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) entre idosos com mais de 65 anos cresceram cerca de 1% por 10 µg/m3 de acréscimo do PM 10 e internações por doenças cardiovasculares aumentaram aproximadamente 0,5% a cada 10 µg/m3 de PM 10 além de cerca de 1,1% para cada 10 µg/m3 de aumento em Black Smoke (fumaça produzida pela combustão de automóveis e pela indústria), o que sugeriu ser a combustão de diesel influenciadora dos níveis de poluição e de adoecimento. 23 Nos EUA, um estudo também de grande porte foi igualmente realizado. Denominado the National Mortality, Morbidity and Air Pollution Studies (NMMAPS), ocorreu nas 20 principais áreas metropolitanas dos EUA, onde 50 milhões de pessoas residem. Seu andamento se deu no período de 1987 a Todas as causas de mortalidade aumentaram cerca de 0,5 % a cada 10 µg/m3 de acréscimo no PM 10. Quanto às internações hospitalares, o estudo se deu em 10 cidades, com uma população de indivíduos idosos (acima de 65 anos). Houve um aumento nas internações por DPOC, 1,5%, e nas internações por doenças cardiovasculares, 1,1%, por 10 µg/m3 de PM Estudos de coorte que abordam mortalidade e morbidades devido a efeitos adversos da poluição atmosférica também têm sido desenvolvidos. Uma associação significante entre material particulado e sintomas de bronquite foi observada em crianças que viviam em 24 comunidades norte-americanas e canadenses. 26 A exposição a tais partículas em crianças também está relacionada à redução do crescimento da função pulmonar. 27 Crianças, 26

27 quando realocadas de áreas que possuíam altos níveis de poluentes para baixos níveis (ou vice-versa), mostraram alterações no crescimento da função pulmonar. 28 Estudos que correlacionam Poluição Atmosférica e doenças respiratórias também têm sido realizados por toda América Latina. No Chile, um estudo analisa a relação entre Poluição Atmosférica e Doenças Respiratórias em uma comunidade de Santiago (Cerro Navia). Este estudo compreende o período de Maio a Dezembro de 2004 e conta com registros diários de poluição. Seu objetivo é investigar se a proporção de Infecções Respiratórias Baixas é maior na região que possui maiores registros de PM 10 (Região denominada Centro Albertz), os quais ultrapassam limites chilenos com freqüência, em relação a outra região a qual tais limites praticamente não são ultrapassados (Região Metropolitana). Os grupos estudados são crianças e adolescentes menores de 15 anos para Infecções do Trato Respiratório Inferior, Pneumonia e Bronquite crônica e adultos maiores de 65 anos para doenças tais como do Trato Respiratório Inferior e DPOCs (Doenças Pulmonares Obstrutivas Crônicas). Foram observados os números de registros ambulatoriais. Como resultados, foi possível observar que existe uma maior proporção de atendimentos ambulatoriais para bronquite crônica e para pneumonia em crianças e adolescentes na região do Centro Albertz do que na Região Metropolitana. Para idosos, houve uma proporção de atendimentos ambulatoriais maior na região do Centro Albertz para Infecções respiratórias Baixas. 29 Outro estudo também realizado no Chile, relaciona Poluição Atmosférica e Mortalidade por doenças respiratórias e cardiovasculares em uma região que possui altos índices de PM 10, localizada no Sul do Chile, denominada Temuco. Os dados de mortalidade foram obtidos a partir do Ministério da Saúde chileno e compreenderam o período de 1997 a Foi encontrada uma associação significante e positiva entre a concentração de PM10 e a mortalidade diária causada por doenças respiratórias (p valor: 0,046, Risco Relativo: 1.236, 95% Intervalo de confiança ) e por doenças cardiovasculares em pessoas maiores de 65 anos. (p valor: 0.042; RR % IC ). O estudo concluiu portanto que existe uma associação significante entre poluição diária por PM10 e mortalidade em Temuco, no Chile. 30 Veja o resumo dos estudos internacionais na tabela 2. 27

28 Tabela 2- Estudos Internacionais: Análise da relação entre Poluição Atmosférica e Doenças Respiratórias. População Desenho do Estudo Desfecho Resultados Referência População geral de 20 cidades norteamericanas Estudos de painel. Transversal Mortalidade por doenças respiratórias na população geral. Internações por DPOC e doenças cardiovasculares em idosos. Aumento na mortalidade associado ao aumento no PM10. Aumento nas internações por DPOC e doenças cardiovasculares em idosos também associado ao PM10. Zanobetti et al, 2000 População geral de 6 cidades européias Estudos de painel. Transversal. Mortalidade da população em geral Aumento na mortalidade diária associada ao aumento da concentração de Ozônio. Katsouyanni et al, 2001 População geral de 29 cidades européias Estudos de painel. Transversal Mortalidade por doenças respiratórias em diferentes faixas etárias e internações por asma e DPOC em idosos. Associação entre aumento da mortalidade na população geral e das internações por asma e DPOC em idosos, de acordo com aumento da concentração de PM10. Katsouyanni et al, 2001 Idosos maiores de 65 anos. Estudo ecológico de séries temporais. Realizado no Chile. Mortalidade por doenças respiratórias e cardiovasculares. Associação significante encontrada entre a concentração de PM10 e mortalidade por doenças respiratórias e cardiovasculares em idosos. Sanhuez et al, 2006 Crianças e adolescentes menores de 15 anos e adultos maiores de 65 anos. Estudo ecológico de séries temporais. Realizado no México. Atendimentos ambulatoriais. Crianças: doenças do trato respiratório inferior, pneumonia e bronquite crônica. Idosos: infecções do trato respiratório inferior e DPOC. Região com maiores índices de poluentes responsável pelo maior número de atendimentos ambulatoriais tanto em crianças quanto em idosos para toas as doenças. Prieto et al, Estudos nacionais que abordam crianças e adultos. No Brasil, importantes estudos se desenvolveram principalmente no município de São Paulo. Em um dos estudos, foram utilizadas as bases de dados referentes ao Sistema de Informações Hospitalares do SUS. Foi realizada uma análise de séries temporais. Todas as internações de idosos (pessoas com 65 anos ou mais) e crianças (menores de 5 anos) que ocorreram no período entre 1º de maio de 1996 e 31 de abril de 2000, em hospitais do Município de São Paulo foram observadas. Como resultado, verificou-se que um aumento 28

29 de 10µg/m3 no nível de material particulado inalável associa-se ao incremento de 4,6% nas internações por asma em crianças, de 4,3% por doença pulmonar obstrutiva crônica em idosos e de 1,5% por doença isquêmica do coração também em idosos. Portanto, uma associação estatisticamente significante entre o aumento no nível de poluentes na atmosfera e o aumento de hospitalizações pelas diversas causas, nos dois grupos etários estudados pôde ser estabelecida. Esta associação indica que os níveis atuais de contaminação do ar no Município de São Paulo tem impacto na saúde de sua população. 11 Internações e óbitos no período de 1993 a 1997 também foram abordados em outro estudo realizado em São Paulo. 8 Este estudo teve como objetivo avaliar efeitos de curto prazo da poluição atmosférica na morbidade respiratória de pessoas menores de 15 anos e na mortalidade de idosos. Os dados diários de internações do período de janeiro de 1993 a dezembro de 1997 foram obtidos da base de dados de formulários de autorização de internação hospitalar (AIH) do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIHSUS) para crianças e adolescentes com menos de 15 anos. Já a mortalidade de idosos (acima de 65 anos) foi obtida através de dados diários do Programa de Aprimoramento de Informações de Mortalidade (PROAIM) Os poluentes observados neste estudo foram o PM 10, CO, O 3. As variações dos poluentes foram significativamente associadas ao aumento de admissões por doenças respiratórias em menores de 15 anos para PM 10 (%RR=10,0), CO (%RR=6,1) e O3 (%RR=2,5). Uma associação semelhante foi encontrada para mortalidade em idosos e PM 10 (%RR=8,1) e CO (%RR=7,9). Os resultados encontrados são coerentes com os estudos que apontam associação entre variações de curto prazo dos poluentes atmosféricos e incremento na morbidade e mortalidade nos grandes centros urbanos. 8 Um estudo igualmente realizado em São Paulo, apresentando delineamento ecológico, de séries temporais, teve como objetivo investigar a associação entre os níveis diários de poluentes do ar (CO, O 3, SO 2, NO 2 e PM 10 ) e atendimentos de idosos com infecções de vias aéreas superiores, do Pronto Socorro Médico do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Além disso, este estudo avaliou o impacto do sistema de rodízios de carros (implantado de 1996 a 1998 na região metropolitana de São Paulo), sobre dados de poluição atmosférica e sobre o número de atendimentos de idosos com infecções de vias aéreas superiores. O período do estudo se deu de 1º de maio de 1996 e 30 de setembro de Resultados descrevem que o monóxido de carbono (CO) e 29

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