Ata de reunião nº 5 9 de janeiro de 2015

Transcrição

1 Ata de reunião nº 5 9 de janeiro de 2015 Aos nove dias de janeiro de dois mil e quinze, pelas catorze horas e quarenta minutos, reuniu, na Sala de Reuniões da Divisão de Estudos e Projetos da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, o Conselho Municipal de Educação, sob a presidência da Ex.ma Senhora Vereadora do Pelouro da Educação Dra Cristina Tenreiro e com a presença dos seguintes membros efetivos: Representante das Juntas de Freguesia Presidente Manuel Jacinto Moreira; Representante do Ministério da Educação e Ciência Dra Carla Gomes; Representante do Pessoal Docente do Ensino Básico Público Prof. João Reis; Representante do Pessoal Docente da Educação Pré-Escolar Edu. Maria João Silva; Representante dos Estabelecimentos de Educação e Ensino Básico e Secundários Privados Prof. Cesário Costa; Representante das Associações de Pais e Encarregados de Educação - Luís Barbosa; Representante das Instituições Particulares de Solidariedade Social na área da Educação Dra Inês Pinho; Representante dos Serviços Públicos de Saúde Dra Ana Paula Casais; Representante dos Serviços de Segurança Social Dra Célia Soares Em representação do representante do Instituto Português da Juventude e Desporto Dr Luís Fardilha; Representante das Forças de Segurança Comandante Romeu Martins Estiveram ausentes: Presidente da Câmara Municipal Dr Emídio Sousa; Presidente da Assembleia Municipal Dr Amadeu Albergaria; Representante das Instituições de Ensino Superior Privado Dra Raquel Oliveira; Representante do Pessoal Docente do Ensino Secundário Público Prof. Jorge Monteiro; Representante das Associações de Pais e Encarregados de Educação - Paulo Matos; Representante das Associações de Estudantes Diogo Ferreira; Representante do Instituto do Emprego e Formação Profissional Dr Ricardo Faria; Compareceram, ainda, na reunião, sem direito a voto, os diretores dos Agrupamentos de Escolas: Coelho e Castro Prof. António Pedro Lima; Paços de Brandão Profª Lucília Costa; A Vereadora da Educação, Dra Cristina Tenreiro informou o Conselho Municipal de Educação das justificações pela não comparência na presente reunião, dos conselheiros Dr. Ricardo Faria, representante do Instituto do Emprego e Formação Profissional, da Dra Raquel Oliveira, representante das Instituições de Ensino Superior Privado e do Dr. Jorge Monteiro, representante do pessoal docente do ensino secundário público Foi aberta a reunião pela Vereadora da Educação que, após breve saudação, aproveitou para agradecer a presença dos conselheiros. A reunião prosseguiu com a seguinte ordem de trabalhos: Ponto Um Leitura e aprovação das atas das reuniões anteriores;

2 Ponto Dois Apreciação dos projetos educativos desenvolvidos no 1º período do ano letivo 2014/15; Ponto Três Análise das medidas de desenvolvimento educativo, no âmbito do apoio a crianças e jovens com necessidades educativas especiais; Ponto Quatro Análise da qualificação escolar e profissional dos jovens e da promoção de ofertas de formação ao longo da vida; Ponto Cinco Intervenção do representante do Ministério da Educação, nos termos do nº3 do artigo 4º do Decreto-Lei nº7/2003, de 16 de Janeiro; Ponto Seis Outros assuntos No ponto um da ordem de trabalhos - leitura das atas das reuniões anteriores a Vereadora da Educação, Dra Cristina Tenreiro, colocou à votação dos presentes, a aprovação das atas das últimas reuniões, sendo que as mesmas foram enviadas por correio eletrónico, atempadamente, tendo as mesmas sido aprovadas por unanimidade Deu-se início ao ponto dois da ordem de trabalhos Apreciação dos projetos educativos desenvolvidos no 1º período do ano letivo 2014/15 foram distribuídos nas pastas de todos os presentes, os documentos de suporte à reunião (documento um, anexo a esta ata). De forma sucinta, a Vereadora da Educação, Cristina Tenreiro, enumerou e contextualizou os vários programas e projetos educativos que decorreram durante o período em análise, tais como: Concurso Escola + Humana, Festa do Hallowen, VIII Jornadas da Educação, Dia Mundial da Diabetes, Programa de Bolsas de Estudo, participação no XIII Congresso Internacional das Cidades Educadoras; Projeto Health4Life do Programa Comenius Regio, financiado pela Comissão Europeia; Sons da Cortiça; Dia Internacional das Pessoas com Deficiência; Ação de sensibilização sobre o fabrico e história da Fogaça; Ação de sensibilização sobre Daltonismo e apresentação do projeto Color ADD sistema de Identificação de Cores para Daltónicos; Menu Perlim Uma Quinta de Sonhos; Jardins Partilhados; Comemoração do Dia da Floresta Autóctone 2014; Assembleia de Crianças; Dia das Bandeiras Verdes Eco-Escolas; Prémio Rotary Melhores Alunos 2014; Coro Infantil da Componente de Apoio à Família; Feita a apresentação das diversas iniciativas, a Vereadora da Educação, Dra Cristina Tenreiro, abriu período de debate, para questões e/ou eventuais observações e comentários, ao que a representante dos docentes da educação pré-escolar, Educadora Maria João Silva, tomou a palavra para salientar que as atividades de animação e apoio à família são muito importantes e uma mais-valia para as crianças assim como para a fixação das crianças na educação préescolar. A Vereadora da Educação, Dra Cristina Tenreiro, concordou e reforçou que nos últimos tempos, a autarquia e os agrupamentos têm apostado em projetos educativos para este público-alvo No ponto três - Análise das medidas de desenvolvimento educativo, no âmbito do apoio a crianças e jovens com necessidades educativas especiais a Vereadora da Educação, Dra Cristina Tenreiro, deu a conhecer, através do documento um distribuído pelos presentes, um quadro síntese, relativo à rede pública do município, a distribuição do número de alunos com necessidades educativas especiais, pelos respetivos Agrupamentos de Escolas e níveis de ensino. Ainda sobre este assunto, apresentou os apoios concedidos. Mais salientou que o Município pretende elaborar um diagnóstico das necessidades destas famílias e destas crianças e alunos, por forma a propor um conjunto de metodologias capazes de responder ou de minorar as necessidades sentidas por esta população. Lançou o desafio de se iniciar, através do conselho municipal de educação, um trabalho em rede para se refletir sobre a problemática e de delinear metodologias A representante dos serviços de segurança social, Dra Célia Soares, interveio propondo a constituição de bolsas de famílias, dado que, pela sua experiência sobre o assunto em apreço, 2

3 os núcleos de apoio são restritos aos seus núcleos familiares. Ao que a representante dos docentes da educação pré-escolar, Educadora Maria João Silva, exala o exemplo de uma mãe que se desempregou, para facilitar a integração do seu filho no jardim-de-infância, devido à deficiência do seu filho. A Dra Inês Pinho, representante das Instituições Particulares de Solidariedade Social na área da educação, sugere a criação de um clube de pais, organismo esse capaz de reunir estas famílias e os técnicos que trabalham nesta área, para que todos possam contribuir com sugestões. A Educadora Maria João Silva, representante dos docentes da educação pré-escolar, interveio para referir que algumas destas famílias são de risco e são beneficiárias do rendimento mínimo de inserção. Ao que o Prof. João Reis, representante dos docentes do ensino básico reiterou, que no caso do Agrupamento de Escolas onde leciona, dois terços dos alunos da escola, têm necessidades educativas especiais e são de etnia cigana. A representante do Ministério da Educação e Ciência, Dra Carla Gomes, sugere, também, o envolvimento das Associações de Pais e deixa o apelo para que os docentes de ensino especial tenham mais cautela e prudência quando sinalizam os alunos com necessidades educativas especiais, pois muitos dos casos sinalizados, apenas necessitam de apoio escolar e educativo. Existem diversos mecanismos nas escolas e na comunidade que promovem formas e medidas de apoio à promoção de atividades/sucesso educativo, nomeadamente o ensino diferenciado. O diretor do Agrupamento de Escolas Coelho e Castro, Prof. António Pedro Lima, tomou a palavra para sugerir a criação de grupos de entre ajuda, pois existem inúmeras Associações especializadas, nomeadamente a Associação de Autistas, entre outras. A representante do Ministério da Educação e Ciência, Dra Carla Gomes, refere que 1.8% dos alunos é expectável que façam parte do universo dos alunos com necessidades educativas especiais. A Vereadora da Educação, Dra Cristina Tenreiro, sobre os alunos com necessidades educativas especiais, acrescentou que deveriam de ser reforçados os recursos direcionados para os que não são autónomos, pois consomem mais recursos No que concerne ao ponto quatro - Análise da qualificação escolar e profissional dos jovens e da promoção de ofertas de formação ao longo da vida a Vereadora da Educação, Dra Cristina Tenreiro, documentou os conselheiros com os dados relativos ao ensino e instrução no que respeita às taxas de analfabetismo e às taxas de conclusão por ciclos de ensino. Mais apresentou uma tabela, constante no documento 1, anexo a esta ata, com as ofertas profissionais da rede pública do município assim como dados sobre a atividade económica com o intuito de dar a conhecer aos conselheiros, o diagnóstico atual. Em termos de respostas municipais em torno desta questão, aludiu ao programa de aprendizagem profissional Jovem Precisa-se que visa articular o ensino e o mundo do trabalho através da dinamização de espaços comuns de aprendizagem que permitam o contacto entre os alunos do ensino secundário e diferentes empresas do concelho; salientou, mais ainda, a aposta do município nos projetos de cooperação transnacional que visem a promoção do emprego, do empreendedorismo e no apoio à expansão ou criação de negócios. Abordou o Fab Lab, referindo que o Município encontra-se a preparar o modelo para a criação do futuro laboratório de fabricação digital e prototipagem acessíveis a todo o público, contando com a interligação com escolas e centros de formação para que este projeto seja uma realidade. Versou sobre a divulgação e apoio às candidaturas ao Erasmus +, programa esse da União Europeia para a educação, a formação, a juventude e o desporto que tem como objetivo reforçar as competências e a empregabilidade, bem como modernizar a educação, a formação e a animação de juventude. Concluiu que o Município tem dado passos muito pequenos nesta matéria, apesar de ter como preocupação constante ser-se mais assertivo e célere nas apostas das ofertas formativas, no sentido de as mesmas serem reconhecidas e validadas, de por forma a obterem a concordância por parte do Ministério da Educação e Ciência Sobre este ponto da ordem de trabalhos, o representante dos docentes do ensino básico, Prof. 3

4 João Reis, destacou a importância de aliar como parceiro no diagnóstico das necessidades de ofertas formativas, os pais e encarregados de educação. O Diretor do Agrupamento de Escolas Coelho e Castro, Prof. António Pedro Lima, deu como exemplo a oferta profissional de modelismo de vestuário que não abriu, por falta de alunos interessados, mesmo havendo procura por parte do tecido empresarial. A representante das Instituições Particulares de Solidariedade Social na área da Educação, Dra Inês Pinho, informou que na ALPE Agência Local em Prol do Emprego, promove uma ação que visa formar para empregar adultos, desempregados, jovens em que as ofertas que promovem respondem às necessidades empresariais O representante do Instituto Português da Juventude e Desporto, Dr Luís Fardilha, reiterou o desfasamento que existe entre a procura e as ofertas formativas, referindo que não basta ter qualificação e formação, mas sim certificação das ofertas formativas. Ao que a representante do Ministério da Educação e Ciência, Dra Carla Gomes, respondeu que a Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares reúne todos os esforços no sentido de que a rede de ofertas formativas seja aprovada atempadamente, sendo que a orientação vocacional deve ser iniciada o mais cedo possível. Mais informou os conselheiros de que na NUT onde se insere o Município de Santa Maria da Feira, 82% dos cursos abertos foram dentro das áreas prioritárias, 14%, nas áreas a evitar e 4% nas áreas não prioritárias. Mais alertou para os princípios pelos quais foram criados os cursos vocacionais, que nem sempre são respeitados e cumpridos. Pois, conforme o diploma que os regulamenta, os cursos vocacionais do ensino básico destinam-se a alunos a partir dos 13 anos de idade que manifestem constrangimentos com os estudos do ensino geral, designadamente aqueles alunos que tiveram duas retenções no mesmo ciclo ou três (ou mais) retenções em ciclos diferentes na totalidade do seu percurso escolar. A identificação prévia do público-alvo influencia a organização do curso, nomeadamente a sua duração e a escolha das atividades vocacionais. O encaminhamento dos alunos faz-se após um processo de avaliação vocacional, que tem em conta fatores como a idade, o percurso escolar, os interesses, as aptidões e as características dos alunos. A integração dos alunos em cursos vocacionais exige o acordo dos encarregados de educação No ponto cinco Intervenção do representante do Ministério da Educação, nos termos do nº 3 do artigo 4º do Decreto-lei nº 7/2003, de 16 de janeiro - da ordem de trabalhos, a Dra Carla Gomes, representante do Ministério da Educação e Ciência, realizou a sua intervenção ao longo dos vários pontos da ordem de trabalhos Deu-se início ao ponto seis outros assuntos. A Vereadora da Educação, Dra Cristina Tenreiro, quis congratular todas as escolas do município, pelos bons resultados obtidos nos exames nacionais, tendo em conta o cenário de há cerca de 15 anos atrás, o município ser detentor de dados assustadores relativamente à educação e escolarização. Deu a conhecer aos conselheiros os passos que têm sido dados pelo Ministério da Educação e Ciência relativamente às questões da descentralização de competências na área da Educação, dando nota de que Santa Maria da Feira não se encontra contemplado na primeira fase do programa Aproximar definida pelo governo. Mais informou que aquando da posse de mais documentos concertados, a Autarquia irá reunir com os vários Agrupamentos de Escolas. Sobre a municipalização da educação, o representante dos pais e encarregados de educação, Luís Barbosa, emitiu a opinião de que seria vantajosa a municipalização nas questões sobre as ofertas formativas. A Vereadora da Educação, Dra Cristina Tenreiro, ainda sobre a municipalização da educação, acrescentou que as instalações escolares podem ser transferidas para as autarquias de uma forma faseada, assim como informou que a contratação dos docentes se mantém sob tutela do Ministério da Educação Finda a ordem de trabalhos e nada mais havendo a tratar, foi encerrada a reunião e lavrada a 4

5 presente ata, composta por quatro páginas, rubricadas e numeradas de um a cinco, a qual foi lida, aprovada e assinada por todos os presentes