SECRETARIA EXECUTIVA/ME

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1 Unidade Auditada: SECRETARIA EXECUTIVA/ME Exercício: 2013 Processo: / Município: Brasília - DF Relatório nº: UCI Executora: SFC/DRTES - Coordenação-Geral de Auditoria das Áreas de Turismo e de Esporte Análise Gerencial Senhor Coordenador-Geral, Em atendimento à determinação contida na Ordem de Serviço n.º , e consoante o estabelecido na Seção III, Capítulo VII da Instrução Normativa SFC n.º 01, de 06/04/2001, apresentamos os resultados dos exames realizados sobre a prestação de contas anual apresentada pela Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte SE/ME consolidando as informações sobre programas e fundos geridos por unidades de sua estrutura: Departamento de Planejamento e Gestão Estratégica DPGE Departamento de Gestão Interna DGI Departamento de Incentivo e Fomento ao Esporte DIFE Assessoria Extraordinária de Coordenação dos Grandes Eventos Esportivos Caixa Econômica Federal CAIXA/ME 1. Introdução Os trabalhos de campo foram realizados no período de 18/03/2014 a 06/06/2014, por meio de testes, análises e consolidação de informações coletadas ao longo do exercício sob exame e a partir da apresentação do processo de contas pela Unidade Auditada, em estrita observância às normas de auditoria aplicáveis ao Serviço Público Federal. Nenhuma restrição foi imposta à realização dos exames. O Relatório de Auditoria encontra-se dividido em duas partes: Análise Gerencial, que contempla o item Resultados dos Trabalhos, contendo a síntese dos exames realizados e as conclusões obtidas; e Achados de Auditoria, que contém o detalhamento das análises realizadas. Verificou-se que a Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte apresentou, no Processo de Contas, a peça exigida pela IN TCU nº 63/2010 e pelas DN TCU nº 127 e 1

2 132/2013, qual seja o Rol de Responsáveis. Com relação ao conteúdo do Relatório de Gestão, exigido pelos citados normativos, identificaram-se inadequações e as inconsistências nele identificadas estão tratadas em itens específicos deste relatório de auditoria. Registra-se que o Relatório Preliminar de Auditoria foi encaminhado à Secretaria- Executiva, para manifestação, por meio do Ofício nº /2014/DRTES/DR/SFC/CGU-PR, de 18/06/2014. Após a realização da Reunião de Busca Conjunta de Soluções, em 07/07/2014, e em resposta ao Relatório Preliminar de Auditoria, o Secretário Executivo encaminhou manifestação por intermédio do Ofício nº 465/2014/SE-ME, de 12/08/2014. A manifestação encaminhada por meio do citado Ofício nº 465/2014/SE-ME, de 12/08/2014, apresenta informações gerais a respeito das iniciativas adotadas no âmbito da Secretaria-Executiva em prol da melhoria da gestão da unidade, as quais são reproduzidas na sequência. Senhor Secretário, Cumprimentando-o cordialmente, reporto-me ao Ofício n 15545/2014/DRTES/DR/SFC/CGU -PR, de 18/06/2014, em aditamento ao Ofício no 415/2014/SE-ME, que solicitou prorrogação do prazo para manifestação sobre o Relatório Preliminar de Auditoria Anual de Contas n da SE/ME - exercício 2013, em consonância com o Aviso Ministerial n 41/2014/GM/ME e Oficio n 455/2014/SE/ME, que comunicou a prorrogação do prazo pelo TCU, conforme Oficio n 424/TCU-SecexEduc. Inicialmente destaco os esforços empreendidos no ano de 2013 pelo Ministério do Esporte como um todo e por esta Secretaria Executiva em particular, relacionados à organização e realização da Copa das Confederações 2013 e aos preparativos finais para realização da Copa do Mundo FIFA Brasil 2014, que resultaram na realização exitosa dos eventos, conforme amplamente noticiado. Dentre as questões registradas no Relatório Preliminar de Auditoria e analisadas na Reunião de Busca Conjunta de Soluções, destacam-se iniciativas essenciais para a melhoria da gestão, que serão aprofundadas em manifestação anexa a este oficio: - Deu-se início em 2013 a estudos que viabilizarão a definição de indicadores, fluxos, rotinas e procedimentos com vistas à melhoria da qualidade da gestão do Ministério do Esporte; - Constituição do Comitê de Gestão, Acompanhamento e Análise de Prestação de Contas, com objetivo de elaborar diagnóstico da gestão de prestação de contas de transferências voluntárias, propor providências para enfrentamento do passivo de prestações de contas existente e apontar medidas para prevenção à formação de novo passivo, bem como implementar boas práticas de gestão. 2

3 - Decisão de criar unidade especifica de correição para gerenciar, instaurar e conduzir apurações disciplinares. Destaca-se que entre 2013 e 2014 foram instaurados 08 (oito) processos de apuração. - Constituição de Grupo de Trabalho com objetivo de realizar estudo e propor medidas de aprimoramento sobre os normativos, fluxos e rotinas pertinentes à concessão e gestão dos projetos relacionados à Lei de Incentivo ao Esporte, tendo em vista a proximidade do encerramento do prazo previsto para a aplicação de dedução de valores no âmbito da mencionada Lei. - Organização de seminário de avaliação dos oito anos de implementação da Lei de Incentivo ao Esporte. Solicita-se especial atenção no sentido de exclusão do item "Informação ", buscando compatibilizar o tratamento do assunto conforme tratado em Reunião de Busca Conjunta de Soluções e registrado na Análise Gerencial (pg. 26) do Relatório Preliminar de Auditoria: "O Relatório de Auditoria Anual de Contas referente à gestão 2012 da Secretaria Executiva do Ministério do Esporte, Relatório n , foi enviado pela CGU à SE/ME no dia 07/01/2014, por meio do Aviso n 9/2014/GM/CGU-PR, de maneira a cumprir os prazos legais estipulados no processo. Uma vez que as recomendações consignadas neste Relatório se referiram ao exercício de 2012 e que a SE/ME somente tomou conhecimento dessas informações no exercício de 2014, e considerando o escopo de análise definido, não há recomendações expedidas pela CGU a serem monitoradas no âmbito deste Relatório. " Pelos motivos apresentados acima, solicita-se que seja transformado em informação o item classificado como constatação. Diante das providências registradas, e compreendendo o aprimoramento da gestão como um processo de evolução contínua, apresenta-se manifestação desta Secretaria acrescida dos anexos abaixo relacionados, e solicita-se a análise à luz dos novos elementos apresentados. Destaca-se, ainda, que o Ofício nº 465/2014/SE-ME, de 12/08/2014, informa o encaminhamento dos seguintes anexos a este documento: Memorando n 116/2014-ASSEGE/SE/ME; Despacho n 2349/2014-DGI/SE/ME; Memorando n 85/2014/DIFE/SE/ME; Memorando n 133/ASCOM/GM/SE; Memorando n 71/DPGE/SE/ME; Memorando n 94/2014/DPGE/SE/ME; Manifestação do gestor à época do Contrato n 24/2013; Manifestação do gestor à época relacionado ao Convite n 01/2013. No entanto, foram recebidos por esta Controladoria-Geral os seguintes documentos encaminhados juntamente ao Ofício nº 465/2014/SE-ME, de 12/08/2014: 3

4 Documento apócrifo e sem data denominado Manifestação ; Anexo 1: o Ofício n 393/2014/SE-ME, de 22/07/2014; o Ofício n 394/2014/SE-ME, de 22/07/2014; o Ofício n 395/2014/SE-ME, de 22/07/2014; o Ofício n 396/2014/SE-ME, de 22/07/2014; o Ofício n 397/2014/SE-ME, de 22/07/2014; o Ofício n 398/2014/SE-ME, de 22/07/2014; Anexo 2: o Documento denominado Manifestação de gestor à época relacionado ao Convite n 01/2013, de 24/07/2014. Anexo 3: o Despacho n 2349/2014-DGI/SE/ME, de 04/08/2014; o Memorando n 248/2014/SE-ME, 22/07/2014; o Aviso n 41/14/GM-ME, de 17/07/2014; o Despacho n 2335/2014-DGI/SE/ME, de 25/07/2014; o Memorando n 247/2014-CGPCO/DGI/SE-ME, de 14/07/2014; o Memorando n 257/2014/CGPCO/DGI/SE/ME, de 30/07/2014. Anexo 4: o Documento denominado Manifestação da Gestora à época relacionada ao Contrato n 24/2013, de 11/08/2014. Anexo 5: o Memorando n 116/2014/ASSEGE/SE/ME, de 21/07/2014; o Nota Técnica n 21/2014/ASSEGE/SE/ME, de 18/07/2014; o Ofício n 762/2013/SE/ME, de 27/11/2013. Anexo 6: o Ofício n 762/2013/SE/ME, de 27/11/2013; o Ofício n 0616/2013-TCU/SecexEdu, de 20/11/2013. Anexo 7: o Memorando n 094/2014/DPGE/SE-ME, de 08/08/2014. Anexo 8: o Portaria ME n 29, de 31/07/2014. Anexo 9: o Memorando n 85/2014/DIFE/SE/ME, de 15/07/2014; o EMI n 00137/2012 MF ME, de 07/08/2012; o Parecer PGFN/CAT/N 1382/2012, de 19/07/2012; o Memorando n 79/2012-DIFE/ME, apócrifo, de 29/08/2012; o Parecer n 088/2012/CONJUR/ME, de 18/09/2012; o Memorando n 99/2014/DIFE/SE/ME, de 11/08/2014. Anexo 10: o Memorando Circular n 14/2014/SE-ME, de 18/07/2014. Anexo 11: o Portaria ME n 17, de 17/07/2014. Anexo 12: o Memorando n 042/2014/CGPAG/DPGE/SE-ME, de 11/08/2014. Anexo 13: o Documento denominado Plano de Ação Marco Inicial do Comitê de Gestão, Acompanhamento e Análise de Prestação de Contas. Anexo 14: o Lista de presença da 1ª Reunião CGAAP (Comitê de Gestão, Acompanhamento e Análise de Prestação de Contas). 4

5 Anexo 15: o Memorando n 133/ASCOM/GM/ME, de 15/07/2014; o Ofício n 0633/2013-SE/MPA, de 10/06/2013. As manifestações relacionadas aos registros efetuados em Relatório são registradas e analisadas nos tópicos específicos a que se referem. 2. Resultados dos trabalhos Trata este Relatório dos resultados de análises conduzidas pela CGU e relacionadas à gestão da Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte no exercício de 2013, consolidando as informações das unidades que compõem a sua estrutura, consistindo, assim, em subsídio ao julgamento das contas apresentadas pela Unidade ao Tribunal de Contas da União TCU. O relatório está estruturado de forma a proporcionar o conhecimento das atribuições da SE/ME e das principais atividades sob sua responsabilidade, bem como apresenta os resultados das análises realizadas e seus impactos na gestão da Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte no exercício de Registra-se que foi realizada, em 06/12/2013, reunião (consignada em Ata) entre a Coordenação-Geral de Auditoria das Áreas de Turismo e de Esporte - DRTES, da Controladoria-Geral da União (CGU) e a Secretaria de Controle Externo da Educação, da Cultura e do Desporto SECEX EDUCAÇÃO, do Tribunal de Contas da União (TCU), com vistas a discutir e definir o escopo dos trabalhos de Auditoria Anual de Contas, gestão 2013, nas Unidades relacionadas ao Ministério do Esporte selecionadas para a formalização de processo de contas ao TCU e que terão as contas julgadas, conforme definido na Decisão Normativa DN TCU nº 132/2013. Nesse contexto, definiu-se o escopo do trabalho de auditoria realizado na Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte. Nessa reunião ficou definido que a análise das contas da SE/ME seria em relação aos seguintes itens de gestão: avaliação da conformidade das peças; avaliação dos resultados quantitativos e qualitativos da gestão; avaliação dos indicadores instituídos pela Unidade; avaliação da gestão das transferências voluntárias; avaliação da gestão de compras e contratações; avaliação da gestão do patrimônio imobiliário; avaliação da gestão de renúncias tributárias e avaliação da qualidade e da suficiência dos controles internos (itens 1, 2, 3, 5, 6, 9, 10 e 11 do Anexo IV à DN TCU nº 132/2013). Assim sendo, foram excluídos do escopo da auditoria de gestão da Unidade, para o exercício de 2013, considerando outros acompanhamentos realizados pela CGU e pelo TCU, a avaliação da gestão de pessoas, a avaliação de passivos e a avaliação da gestão de Tecnologia da Informação (TI) (itens 4, 7 e 8 do Anexo IV à DN TCU nº 132/2013). As análises efetuadas pela equipe de auditoria seguiram as diretrizes traçadas na reunião citada, logo alguns itens de gestão não serão objeto de análise neste Relatório de Auditoria. Evidencia-se, a seguir, o panorama atual e a contextualização da atuação da Secretaria- Executiva do Ministério do Esporte frente à atuação da Pasta. Nesse contexto, faz-se o relato acerca dos seguintes tópicos: histórico acerca da criação do Ministério do Esporte; estrutura e competências da SE/ME; distribuição das competências dessa 5

6 Unidade entre as suas subunidades; execução orçamentária do Ministério do Esporte e da sua Secretaria-Executiva; e execução orçamentária das principais ações conduzidas pela Secretaria-Executiva. a) Breve histórico acerca da criação do Ministério do Esporte O Ministério do Esporte tem sua origem em Divisão criada no âmbito do Ministério da Educação e Cultura, em Posteriormente, a referida Divisão foi transformada em Departamento, o qual, por sua vez, foi transformado em Secretaria. Em 1990, foi extinta a Secretaria ligada ao Ministério da Educação e Cultura e foi criada a Secretaria de Desportos da Presidência da República. Em 1995 deu-se a criação do Ministério de Estado Extraordinário do Esporte. Em 31 de dezembro de 1998, foi criado o Ministério do Esporte e Turismo, por meio da Medida Provisória n Em janeiro de 2003, houve a criação do Ministério do Esporte e do Ministério do Turismo, órgãos distintos e com estruturas administrativas separadas, modelo vigente até o momento. b) Entidades vinculadas ao Ministério do Esporte Há apenas uma entidade vinculada ao Ministério do Esporte: a Autoridade Pública Olímpica (APO). Esta autarquia foi criada em consequência de garantia apresentada pelo Governo Federal ao Comitê Olímpico Internacional COI por ocasião da candidatura da cidade do Rio de Janeiro a cidade-sede dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016 e devido à necessidade de articulação e de apoio governamental para a realização dos Jogos. Foi requerida a criação de uma entidade governamental que congregasse as três esferas de governo (Federal, Estadual e Municipal) de forma a demonstrar o suporte do governo brasileiro à realização do evento olímpico. Inicialmente, a APO estava vinculada, na esfera federal, ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (Decreto n 7.560, de 08/09/2011), mas, posteriormente, houve alteração de vínculo para o Ministério do Esporte (Decreto n 7.615, de 18/11/2011). c) Organograma do Ministério do Esporte O Ministério do Esporte é composto por órgãos de assistência direta e imediata ao Ministro de Estado e órgãos específicos singulares. Adicionalmente, possui, como mencionado anteriormente, uma entidade vinculada à sua estrutura (APO) e participa de um órgão colegiado (Conselho Nacional do Esporte). A Figura a seguir ilustra o organograma do Ministério do Esporte, de acordo com o Decreto n 7.615, de 18/11/2011, e com o Decreto n 7.784, de 07/08/2012, com as alterações efetuadas por meio do Decreto nº 8.087/

7 Figura Organograma do Ministério do Esporte. Fonte: Decreto n 7.784, de 07/08/2012, e Decreto n 7.615, de 18/11/2011. d) Estrutura e competências da Secretaria-Executiva A Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte é órgão de assistência direta e imediata ao Ministro de Estado do Esporte. No âmbito desta Secretaria há duas unidades responsáveis pela execução de ações finalísticas da Pasta, a Assessoria Extraordinária de Coordenação dos Grandes Eventos Esportivos ASSEGE e o Departamento de Incentivo e Fomento ao Esporte DIFE. As demais unidades são administrativas e responsáveis pelo desenvolvimento de atividades meio (Departamento de Gestão Interna e Departamento de Planejamento e Gestão Estratégica), que dão suporte às atividades finalísticas do Ministério do Esporte, implementadas tanto pela Secretaria- Executiva quanto pelas demais unidades do Ministério. 7

8 Figura Estrutura da Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte. Fonte: Decreto n 7.784, de 07/08/2012 As competências regimentais da Secretaria-Executiva, definidas no Decreto n 7.784, de 07/08/2012, são: Art. 7 À Secretaria-Executiva compete: I - assistir o Ministro de Estado na supervisão e coordenação das atividades desenvolvidas pelas unidades do Ministério; II - supervisionar e coordenar as atividades relacionadas com os Sistemas Federais de Planejamento e de Orçamento, de Organização e Inovação Institucional, de Contabilidade, de Custos, de Administração Financeira, de Administração dos Recursos de Informação e Informática, de Recursos Humanos e de Serviços Gerais, no âmbito do Ministério; III - supervisionar e coordenar ações voltadas à captação de recursos para o financiamento de programas e projetos relativos ao desenvolvimento do esporte; IV - auxiliar o Ministro de Estado na definição das diretrizes e na implementação das políticas e ações; V - supervisionar e coordenar as ações relacionadas a programas interministeriais ou àqueles que transcendam o âmbito dos órgãos específicos singulares do Ministério; VI - implementar a política de desenvolvimento do esporte pelas ações de planejamento, avaliação e controle dos programas, projetos e atividades; VII (Revogado) 8

9 VIII - garantir o cumprimento dos objetivos setoriais do esporte, de acordo com as orientações estratégicas do Governo Federal; IX - planejar, coordenar, monitorar e avaliar os programas e projetos relacionados aos grandes eventos esportivos; X - prestar apoio administrativo e solicitar subsídios técnicos às demais unidades do Ministério com vistas à atuação do Conselho Nacional do Esporte - CNE; e XI - exercer o papel de órgão setorial dos Sistemas de Pessoal Civil da Administração Federal - SIPEC, de Organização e Inovação Institucional do Governo Federal - SIORG, de Administração de Recursos de Informação e Informática - SISP, de Serviços Gerais - SISG, de Planejamento e de Orçamento Federal, de Contabilidade Federal e de Administração Financeira Federal, dentre outros, por intermédio dos Departamentos de Planejamento e Gestão Estratégica e de Gestão Interna a ela subordinada. A Assessoria Extraordinária de Coordenação dos Grandes Eventos Esportivos realiza atividades voltadas ao suporte à realização da Copa do Mundo FIFA 2014 e dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016, além de outros eventos nesta categoria, como a Copa das Confederações FIFA Suas competências regimentais, definidas no Decreto n 7.784, de 07/08/2012, são: Art. 8 À Assessoria Extraordinária de Coordenação dos Grandes Eventos Esportivos compete: I - assessorar e apoiar o Secretário-Executivo no planejamento e coordenação dos grandes eventos esportivos; II - assessorar a Secretaria-Executiva na realização dos projetos relacionados à organização dos grandes eventos esportivos; III - auxiliar na integração entre órgãos públicos e privados em todas as esferas governamentais envolvidos com os grandes eventos esportivos; IV - estruturar e coordenar o funcionamento de grupos temáticos relacionados à realização dos grandes eventos esportivos; V - propor e fomentar estudos, pesquisas e inovações voltados para a realização dos grandes eventos esportivos; VI - estimular a realização de eventos nacionais e internacionais, ligados ao esporte; VII - estimular setores da indústria, comércio e serviços voltados aos grandes eventos esportivos; VIII - estimular parcerias entre entidades governamentais e agentes privados buscando garantir legados esportivos; e IX - contribuir para assegurar a conformidade das ações às normas governamentais brasileiras e às exigências das organizações esportivas supervisoras dos eventos. 9

10 O Departamento de Gestão Interna (DGI) executa atividades administrativas da Secretaria-Executiva, de forma a prover o suporte organizacional necessário às demais unidades do Ministério do Esporte. Suas competências regimentais, definidas no Decreto n 7.784, de 07/08/2012, são: Art. 9 Ao Departamento de Gestão Interna compete: I - planejar, coordenar e supervisionar a execução das atividades relacionadas com os Sistemas de Administração dos Recursos de Informação e Informática, de Recursos Humanos e de Serviços Gerais, no âmbito do Ministério; II - desenvolver atividades de execução orçamentária e financeira; III - articular-se com os órgãos centrais dos Sistemas Federais, referidos no inciso I do caput, e informar e orientar os órgãos do Ministério quanto ao cumprimento das normas administrativas estabelecidas; IV - promover e coordenar a elaboração e consolidação dos planos e programas das atividades de sua área de competência, submetendo-os à decisão superior; V - acompanhar e promover a avaliação de projetos e atividades; e VI - desenvolver atividades relativas à prestação de contas. O Departamento de Planejamento e Gestão Estratégica executa atividades administrativas voltadas para a governança coorporativa da Pasta, desempenhando o papel de interlocutor interno quanto às diretrizes dos Sistemas Federais de Planejamento e de Orçamento, de Custos, de Administração Financeira, entre outros. Uma função importante desse Departamento é a realização de tomadas de contas dos ordenadores de despesa e demais responsáveis por bens e valores públicos, no contexto do Ministério do Esporte. Suas competências regimentais, definidas no Decreto n 7.784, de 07/08/2012, são: Art. 10. Ao Departamento de Planejamento e Gestão Estratégica compete: I - planejar, coordenar e supervisionar a execução das atividades relacionadas com os Sistemas Federais de Planejamento e de Orçamento, de Organização e Inovação Institucional, de Contabilidade, de Custos, de Administração Financeira e com a gestão do conhecimento, no âmbito do Ministério; II - realizar tomadas de contas dos ordenadores de despesa e demais responsáveis por bens e valores públicos e de todo aquele que der causa a perda, extravio ou outra irregularidade que resulte em dano ao Erário; III - promover a articulação com os órgãos centrais dos sistemas federais, referidos no inciso I do caput, e informar e orientar os órgãos do Ministério quanto ao cumprimento das normas administrativas estabelecidas; IV - promover e coordenar a elaboração e consolidação dos planos, projetos e programas das atividades de sua área de competência e submetêlos à decisão superior; V (Revogado); 10

11 VI - orientar e supervisionar o planejamento e a promoção de ações intersetoriais de esporte e lazer desenvolvidas pelo Ministério do Esporte e por outros organismos da sociedade civil organizada. O Departamento de Incentivo e Fomento ao Esporte possui função finalística e é voltado para a operacionalização do processo delineado na Lei de Incentivo ao Esporte (Lei nº /2006), que se caracteriza pelo fomento a projetos esportivos financiados via renúncias tributárias. Suas competências regimentais, definidas no Decreto n 7.784, de 07/08/2012, são: Art. 11. Ao Departamento de Incentivo e Fomento ao Esporte compete: I - acompanhar e monitorar os resultados obtidos nos projetos esportivos e paraesportivos financiados mediante incentivos fiscais previstos na Lei nº , de 29 de dezembro de Lei de Incentivo ao Esporte; II - apreciar a documentação apresentada nos projetos esportivos e paraesportivos financiados mediante incentivos fiscais previstos na Lei de Incentivo ao Esporte; III - submeter os projetos previamente cadastrados a avaliação e aprovação da Comissão Técnica de que trata o art. 4º da Lei de Incentivo ao Esporte; IV - estimular confederações, federações e outras entidades de caráter esportivo no aproveitamento dos incentivos fiscais ao esporte; V - elaborar estudos e pesquisas sobre fomento e incentivo ao esporte; VI - zelar pelo cumprimento da legislação esportiva; VII - executar os procedimentos técnicos e administrativos necessários ao cumprimento do disposto na Lei de Incentivo ao Esporte; e VIII - prestar suporte técnico e administrativo à Comissão Técnica da Lei de Incentivo ao Esporte. Às Representações Estaduais no Rio de Janeiro e em São Paulo compete desenvolver atividades técnico-administrativas de apoio às ações do Ministério, articulando-as com as demais esferas de governo. e) Atividades de área meio e finalísticas desenvolvidas no âmbito da Secretaria- Executiva do Ministério do Esporte Como mencionado anteriormente, a gestão das atividades de área meio, administrativas, que suportam as atividades de todas as áreas finalísticas do Ministério do Esporte, desenvolvem-se no âmbito da Secretaria-Executiva da Pasta. Essas atividades são de responsabilidade do Departamento de Gestão Interna e do Departamento de Planejamento e Gestão Estratégica conforme a seguinte distribuição: Departamento de Gestão Interna (DGI): o Gestão Financeira; o Gestão de Tecnologia da Informação; o Gestão de Recursos Humanos; o Gestão de aquisições; 11

12 o Gestão de Contratos; o Gestão de Convênios. Departamento de Planejamento e Gestão Estratégica (DPGE): o Planejamento Estratégico; o Gestão Orçamentária. Uma vez que esses Departamentos oferecem suporte operacional a todas as demais áreas do Ministério do Esporte no tocante à execução das ações finalísticas, a implementação das ações sob a responsabilidade do DGI e do DPGE impactam no alcance da missão institucional do Ministério do Esporte. Quanto às atividades finalísticas desenvolvidas no âmbito da Secretaria-Executiva, registram-se: a) Iniciativas relacionadas à execução de projetos beneficiados por renúncia fiscal mediante apoio concedido no escopo da Lei de Incentivo ao Esporte (LIE). Atividades desenvolvidas sob a responsabilidade do Departamento de Incentivo e Fomento ao Esporte (DIFE/SE/ME); e b) Iniciativas relacionadas à coordenação, no âmbito do Ministério do Esporte, das ações voltadas à organização da Copa do Mundo FIFA 2014 e dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016, bem como iniciativas relacionadas à coordenação das ações do governo federal relacionadas aos citados eventos esportivos. Atividades desenvolvidas sob a responsabilidade da Assessoria Extraordinária de Coordenação de Grandes Eventos Esportivos. Outras atividades de coordenação relacionadas à implementação de ações finalísticas dizem respeito à coordenação dos trabalhos do Grupo Executivo da Copa do Mundo FIFA 2014 (GECOPA) e do Grupo Executivo dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016 (GEOLÍMPIADAS), bem como aquelas relacionadas ao gerenciamento dos investimentos voltados a melhorias e à implantação de infraestrutura esportiva, responsabilidade essa que foi transferida à Secretaria Nacional de Esporte de Alto Rendimento (SNEAR) a partir do exercício de 2013, conforme definido por meio do art. 23A, do Decreto nº 7985/2013, de 08/04/2013, publicado no DOU de 09/04/2013. f) Execução da despesa no âmbito do Ministério do Esporte em 2013 No que se refere à execução da despesa pública no âmbito do Ministério do Esporte, essas são executadas de forma concentrada, por meio da UG , relativa ao Departamento de Gestão Interna. Exceção consiste em relação aos recursos relativos aos contratos de repasse, executados por meio da UG , geridos pela Caixa Econômica Federal, enquanto mandatária desse tipo de ajuste. Em consulta ao SIAFI, identificou-se, para o exercício de 2013, o empenho de recursos nas UG e nos montantes apresentados no Quadro a seguir: Quadro Valores empenhados pelo Ministério do Esporte em 2013 (UG e ). UG Valor empenhado em 2013 (R$) , ,61 Fonte: SIAFI Gerencial, pesquisas realizadas em 31/04/2014 e 14/05/

13 No valor empenhado pela UG , identificam-se despesas relativas aos Programas/Ações relacionados no seguinte Quadro. Quadro Programas/Ações em que se identificam empenhos na UG Programa Ação Previdência de Inativos e 0089 Pensionistas da União 0181 Pagamento de Aposentadorias e Pensões - Servidores Civis Operações Especiais: Transferências a Confederação Brasileira de Clubes - CBC Transferências 00H0 e a Clubes Sociais 0903 Constitucionais e as Decorrentes de Legislação Transferência de Concursos de Prognósticos (Lei n 9.615, 0169 Específica de 1998) Operações Especiais: 0909 Outros Encargos Especiais 0536 Benefícios de Legislação Especial Operações Especiais Remuneração de Agentes 00M4 Remuneração a Agentes Financeiros Financeiros Educação Superior - Graduação, Pós- Graduação, Ensino, Pesquisa e Extensão Esporte e Grandes Eventos Esportivos Proteção e Promoção dos Direitos dos Povos Indígenas Programa de Gestão e Manutenção da Presidência da República Programa de Gestão e Manutenção do Ministério da Pesca e Aquicultura Programa de Gestão e Manutenção do Ministério do Esporte 6328 Universidade Aberta e à Distância 09HW Concessão de Bolsa a Atletas 126V Implantação de Controle de Acesso e Monitoramento nos Estádios de Futebol para Segurança do Torcedor 14TP Implantação e Modernização de Infraestrutura para o Esporte de Alto Rendimento 14TQ Implantação de Infraestrutura para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio TR Implantação de Espaços Públicos de Esporte e Lazer - Praça do Esporte 20D8 Preparação e Organização dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio DB Apoio à Realização da Copa do Mundo FIFA JO Promoção da Defesa dos Direitos do Torcedor e Apoio ao Desenvolvimento do Futebol Masculino e Feminino 20JP Desenvolvimento de Atividades e Apoio a Projetos de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social 20JQ Realização e Apoio a Eventos e Competições de Esporte Participativo e de Esporte Escolar Fomento à Pesquisa, Memória, Difusão e Formação em 20JS Políticas Sociais de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social. 20YA Preparação de Atletas e Capacitação de Recursos Humanos para o Esporte de Alto Rendimento 5450 Implantação e Modernização de Infraestrutura para Esporte Educacional, Recreativo e de Lazer 2494 Realização dos Jogos dos Povos Indígenas 2017 Publicidade Institucional 210F Gestão para o Desenvolvimento da Aviação Civil 4641 Publicidade de Utilidade Pública Contribuição da União, de suas Autarquias e Fundações 09HB para o Custeio do Regime de Previdência dos Servidores Públicos Federais 2000 Administração da Unidade 13

14 2004 Assistência Médica e Odontológica aos Servidores Civis, Empregados, Militares e seus Dependentes 2010 Assistência Pré-Escolar aos Dependentes dos Servidores civis, Empregados e Militares 2011 Auxilio-Transporte aos Servidores Civis, Empregados e Militares 2012 Auxilío-Alimentação aos Servidores Civis, Empregados e militares 20EE Apoio à Implantação, Gestão e Manutenção da Autoridade Pública Olímpica - APO 20TP Pagamento de Pessoal Ativo da União 4641 Publicidade de Utilidade Pública 8785 Gestão e Coordenação do Programa de Aceleração do Crescimento - PAC Fonte: SIAFI Gerencial, pesquisa realizada em 31/04/2014. Dessa forma, mesmo as Ações finalísticas de responsabilidade das outras Secretarias do Ministério do Esporte têm seus recursos executados por meio da UG , Unidade vinculada à Secretaria-Executiva/ME. g) Programas e Ações executados pelo Ministério do Esporte no exercício de 2013 e sob a supervisão do Ministério do Esporte O Quadro a seguir apresenta todos os Programas Orçamentários por meio dos quais o Ministério do Esporte (ME) executa suas despesas em consecução dos seus objetivos institucionais, seja no aspecto administrativo ou no finalístico, assim como o valor empenhado por meio da UG para cada um e sua respectiva representatividade individual no universo de Programas executados pela Pasta. Quadro: Programas Orçamentários executados pelo Ministério do Esporte no exercício de Programa Nome do programa Despesa Empenhada (R$) Representatividade 0089 Previdência de Inativos e Pensionistas da União R$ ,09 0,23% 0903 Operações Especiais: Transferências Constitucionais e as Decorrentes de Legislação R$ ,32 18,93% Específica 0909 Operações Especiais: Outros Encargos Especiais R$ ,32 0,76% 0911 Operações Especiais - Remuneração de Agentes Financeiros R$ ,00 0,02% 2032 Educação Superior - Graduação, Pós- Graduação, Ensino, Pesquisa e Extensão R$ 5.000,00 0,00% 2035 Esporte e Grandes Eventos Esportivos R$ ,42 63,96% 2065 Proteção e Promoção dos Direitos dos Povos Indígenas R$ ,00 0,00% 2101 Programa de Gestão e Manutenção da Presidência da República R$ ,12 0,22% 2113 Programa de Gestão e Manutenção do Ministério da Pesca e Aquicultura R$ ,00 0,36% 2123 Programa de Gestão e Manutenção do Ministério do Esporte R$ ,13 15,52% Fonte: SIAFI Gerencial, extração realizada em 31/04/2014. Do Quadro apresentado, verifica-se que o Programa Esporte e Grandes Eventos Esportivos possui maior representatividade e materialidade comparativamente ao total de Programas executados pelo ME (UG ), posição natural frente aos demais, 14

15 uma vez que este se caracteriza por registrar a atuação finalística do Ministério do Esporte na busca do cumprimento da sua missão institucional. Figura Representatividade dos Programas Orçamentários executados pelo ME. Fonte: Elaborado pela equipe de auditores baseado em extração realizada em 31/04/2014 no SIAFI Gerencial. As Ações Orçamentárias que compõem o Programa 2035 Esporte e Grandes Eventos Esportivos - estão discriminadas no Quadro a seguir, bem como as respectivas representatividades individuais de cada Ação no exercício de Quadro: Ações do Programa 2035 Esporte e Grandes Eventos Esportivos, executados pela UG Programa Nome do Programa Unidade Despesa Ação responsável Empenhada (R$) Representatividade SNEAR 09HW ,00 39,28% SNFDT 126V ,03 0,13% SE/SNEAR 14TP ,00 0,08% SNEAR 14TQ 0,00 0,00% SE/SNEAR 14TR 0,00 0,00% 2035 SNEAR 20D ,86 19,86% Esporte e Grandes SE 20DB ,38 8,66% Eventos Esportivos SNFDT 20JO ,78 0,44% SNELIS 20JP ,96 17,20% SNELIS 20JQ ,14 5,30% SNELIS 20JS 0,00 0,00% SNEAR 20YA ,02 5,79% SE/SNEAR ,25 3,25% Fonte: SIAFI Gerencial, extração realizada em 31/04/2014. Legenda: SNEAR Secretaria Nacional de Esporte de Alto Rendimento; SE Secretaria-Executiva; SNFDT Secretaria Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor; SNELIS Secretaria Nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social. 15

16 Figura Representatividade das Ações Orçamentários do Programa 2035 em Fonte: Elaborado pela equipe de auditores baseado em extração realizada em 31/04/2014 no SIAFI Gerencial. Do Quadro e da Figura apresentados, verifica-se que o Programa 2035 se subdivide em 13 Ações Orçamentárias no contexto do Ministério do Esporte: 09HW - Concessão de bolsa a atletas; 126V - Implantação de controle de acesso e monitoramento nos estádios de futebol para segurança do torcedor; 14TP - Implantação e modernização de infraestrutura de esporte de alto rendimento; 14TQ - Implantação de infraestrutura para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016; 14TR - Implantação de espaços públicos de esporte e de lazer Praça do Esporte; 20D8 - Preparação e organização dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016; 20DB - Apoio à realização da Copa do Mundo FIFA 2014; 20JO - Promoção da defesa dos direitos do torcedor e apoio ao desenvolvimento do futebol masculino e feminino; 20JP - Desenvolvimento de atividades e apoio a projetos de esporte, educação, lazer e inclusão social; 20JQ - Realização e apoio a eventos e competições de esporte participativo e de esporte escolar; 20JS - Fomento à pesquisa, memória, difusão e formação em políticas sociais de esporte, educação, lazer e inclusão social; 20YA - Preparação de atletas e capacitação de recursos humanos para o esporte de alto rendimento; e Implantação e modernização de infraestrutura para esporte educacional, recreativo e de lazer. 16

17 Conforme o Quadro apresentado, verifica-se que a Secretaria-Executiva (SE/ME), no exercício de 2013, foi responsável pelas Ações 14TP, 14TR, 20DB e Destaca-se que as Ações 14TP, 14TR e 5450, a partir de abril de 2013, passaram a ser executadas sob a responsabilidade da Secretaria Nacional de Esporte de Alto Rendimento (SNEAR/ME). Nesse contexto, a ação 20DB Apoio à realização da Copa do Mundo FIFA 2014 é a que tem maior materialidade em relação às demais Ações executadas pela SE/ME no exercício de Esta Ação Orçamentária tem como finalidade o apoio às ações necessárias à promoção, à preparação, à organização, à realização e ao planejamento de legado da Copa do Mundo FIFA 2014 e da Copa das Confederações FIFA Quadro: Ações Orçamentárias executadas pela SE/ME em Ação Nome da Ação Despesa Representatividade no Empenhada (R$) contexto da SE/ME 14TP Implantação e modernização de infraestrutura de esporte de alto rendimento ,00 0,68% 14TR Implantação de espaços públicos de esporte e de lazer Praça do Esporte 0,00 0,00% 20DB Apoio à realização da Copa do Mundo FIFA ,38 72,19% 5450 Implantação e modernização de infraestrutura para esporte educacional, ,25 27,13% recreativo e de lazer Fonte: SIAFI Gerencial, extração realizada em 31/04/2014. Figura Representatividade das Ações Executadas pela SE/ME em Fonte: Elaborado pela equipe de auditores baseado em extração realizada em 31/04/2014 no SIAFI Gerencial. A Ação 20DB caracteriza-se por ser executada tanto de forma direta quanto descentralizada pela SE/ME. Frisa-se que na Ação 20DB estão incluídas as atividades e projetos executados pela Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte de relevância nacional, uma vez que contempla investimentos relacionados aos eventos esportivos objeto dessa Ação: Copa do Mundo FIFA 2014 e Copa das Confederações FIFA Informação relevante refere-se ao valor empenhado de despesa na Ação 20DB comparando-se à dotação inicial aprovada legalmente nesta rubrica. A dotação orçamentária destinada legalmente em 2013 a esta Ação totalizou o montante de R$ ,00, quando, após pesquisa no SIAFI, em 31/04/2014, verificou-se que foram empenhados na Ação 20DB, pela UG , o valor de R$ ,38, correspondente a 17,3% da dotação inicial aprovada. 17

18 Outro programa com alta representatividade, executado pela Secretaria-Executiva, é o Programa 2123 Programa de Gestão e Manutenção do Ministério do Esporte, o qual está descrito no Quadro a seguir, juntamente com as suas Ações. Quadro: Ações do Programa 2123 Programa de Gestão e Manutenção do Ministério do Esporte. Despesa Programa Nome do Programa Ação Empenhada Representatividade 09HB ,12 1,53% ,55 43,34% ,98 0,34% ,39 0,03% 2123 Programa de Gestão e Manutenção ,93 0,12% do Ministério do Esporte ,75 1,11% 20EE ,00 7,07% 20TP ,62 21,49% ,79 24,52% ,00 0,44% Fonte: SIAFI Gerencial, extração realizada em 31/04/2013. Em relação ao Programa 2123 Programa de Gestão e Manutenção do Ministério do Esporte, destaca-se, por sua materialidade, a Ação 2000 Administração da Unidade, cuja finalidade é a de constituir um centro de custos administrativos das unidades orçamentárias constantes dos orçamentos da União, agregando as despesas que não são passíveis de apropriação em ações finalísticas. A Ação 20EE Apoio à Implantação, Gestão e Manutenção da Autoridade Pública Olímpica - APO, cujo objetivo é transferir os recursos federais voltados à manutenção da Autoridade Pública Olímpica APO, entidade criada com o objetivo de propiciar articulação e apoio governamental para a realização dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016, se sobressai pela sua relevância. Ressalta-se que esta Ação é executada pelo Departamento de Gestão Interna (DGI/SE) do Ministério do Esporte. Assim, em acordo com o que estabelece o Anexo II da DN TCU nº 127/2013, e em face dos exames realizados, foram efetuadas as seguintes análises: 2.1 Avaliação da Conformidade das Peças Com objetivo de avaliar a conformidade das peças que compõem a prestação de contas da Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte, foram analisados o processo nº / e o Relatório de Gestão 2013, remetido, via Sistema, ao Tribunal de Contas da União em 25/04/2014. Verificou-se que a Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte apresentou, no Processo de Contas, as peças exigidas pela IN TCU nº 63/2010 e pelas DN TCU nº 127, 129 e 132/2013. Com relação ao conteúdo exigido pelos citados normativos, identificaram-se inadequações que estão a seguir indicadas e registradas em itens específicos deste Relatório de Auditoria. No que diz respeito à peça que compõe o processo de contas da Unidade, o Rol de Responsáveis inicialmente apresentado não observava conteúdos e formato definidos em norma pelo Tribunal de Contas da União (IN TCU nº 63/2010 e DN TCU nº 132/2013). O referido Rol foi atualizado pela Unidade e juntado ao processo de contas, às folhas 22 a

19 #/Fato# #/Fato# #/Fato# A partir da análise do Relatório de Gestão, foi constatado que a Unidade não contemplou a totalidade dos conteúdos a ela atribuídos pelas normas do Tribunal de Contas da União para o exercício de 2013, entre os quais destacam-se: a) Inexistência de informações acerca dos resultados decorrentes do planejamento estratégico da Unidade; b) Inexistência de registro de resultados relacionados a indicadores desenvolvidos para acompanhar a gestão; c) A Avaliação do Funcionamento dos Controles Internos apresentada no Relatório de Gestão não reflete a situação verificada a partir das análises realizadas e registrada em item específico deste Relatório; e d) Em relação à gestão das transferências voluntárias vigentes no exercício, não foram apresentadas informações consistentes acerca das medidas adotadas para sanear as transferências na situação de prestação de contas inadimplente; da análise do comportamento das prestações de contas frente aos prazos regulamentares nos últimos exercícios; da análise da evolução das análises de prestações de contas referentes a transferências expiradas em 2013; das estruturas de controle definidas para o gerenciamento das transferências; da análise da efetividade das transferências como instrumento de execução descentralizada das políticas públicas sob responsabilidade da Unidade. #/Fato# Verifica-se, assim, que as peças apresentadas pelo gestor por ocasião do encaminhamento de sua prestação de contas não contemplavam a forma e os conteúdos definidos pelo Tribunal de Contas da União em seus normativos que disciplinam o processo de prestação de contas anual, anteriormente relacionados. #/Fato# 2.2 Avaliação dos Resultados Quantitativos e Qualitativos da Gestão Dada a relevância dos grandes eventos esportivos, o escopo da presente auditoria restringiu-se à análise da Ação 20DB Apoio à Realização da Copa do Mundo FIFA Ressalta-se que, no exercício de 2013, foi realizada a Copa das Confederações FIFA 2013, importante marco no contexto da Ação 20DB. Esta Ação não possui metas físicas definidas e se insere no Objetivo 0686, que busca coordenar, monitorar e fomentar os esforços governamentais de preparação e realização da Copa do Mundo FIFA 2014 e eventos a ela relacionados. Assim, a aferição em relação ao cumprimento de metas físicas foi efetuada a partir das metas do Objetivo 0686, no âmbito do qual se insere a Ação 20DB. De forma geral, houve o razoável cumprimento das metas físicas planejadas para o exercício. A meta financeira da Ação 20DB alcançou o patamar de execução de 10,80%, considerando como parâmetro a despesa liquidada, resultado da baixa liquidação da despesa empenhada para obras de centros de treinamento, conforme tratado em item específico deste Relatório. Tal processo de liquidação depende das medições executadas pela Caixa Econômica Federal, o que exige a necessidade de monitoramento e de acompanhamento por parte do Ministério do Esporte junto à CAIXA, de forma a evitar que os Restos a Pagar não processados vinculados à Ação 20DB cresçam sobremaneira em contrapartida ao atingimento da meta financeira da Ação. 19

20 2.3 Avaliação dos Indicadores de Gestão da UJ No tocante à avaliação de indicadores da Unidade, verificou-se a ausência de indicadores de gestão definidos para a mensuração dos resultados da Secretaria- Executiva do Ministério do Esporte. Tal situação já havia sido apontada no Relatório de Auditoria Anual de Contas n , referente à gestão da Secretaria-Executiva em 2012, ocasião em que o Ministério do Esporte havia indicado que a entrega do produto previsto no Módulo 8 do Contrato n 47/2012, firmado com o CGEE, sanearia a ausência de indicadores de gestão na Unidade e do Plano Estratégico da Pasta, aspectos de gestão que estão intimamente relacionados. 2.4 Avaliação da Situação das Transferências Voluntárias No escopo desta Auditoria foi dada ênfase às ações da Secretaria-Executiva referentes à gestão das transferências voluntárias, principalmente aquelas que envolvem os convênios celebrados pelo Ministério do Esporte e a capacidade administrativa da Secretaria-Executiva para analisar as prestações de contas dos respectivos convênios. A Secretaria-Executiva atua predominantemente nas ações ligadas à operacionalização financeira das transferências voluntárias, tendo como finalidade apoiar as secretarias finalísticas do Ministério. É dela, também, a responsabilidade pela verificação da adequação financeira da execução dos convênios. Verificou-se que, durante a execução dos processos de convênios celebrados pelo Ministério do Esporte, existem lacunas relacionadas à definição de responsabilidades de agentes que atuam nos referidos processos. Os próprios gestores envolvidos no processo enfrentam dificuldades em identificar suas atribuições efetivas. Tais lacunas são decorrentes das fragilidades dos normativos vigentes que tratam das transferências voluntárias no âmbito do Ministério do Esporte. Quanto à capacidade administrativa da Secretaria-Executiva para analisar as prestações de contas dos instrumentos celebrados pelo Ministério do Esporte, verificou-se que o quantitativo de avenças celebradas é bem maior que o quantitativo de prestações de contas analisadas anualmente pela Coordenação-Geral de Prestação de Contas CGPCO, unidade subordinada à Diretoria de Gestão Interna da Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte. Ressalta-se que, na estrutura atual do Ministério do Esporte, as secretarias finalísticas são as responsáveis pela análise das prestações de contas de convênios quanto ao cumprimento do objeto e alcance dos resultados, enquanto que a CGPCO é responsável pela análise da prestação de contas quanto ao aspecto financeiro. Não obstante o fato de que a Coordenação responsável pela análise das prestações de contas dos ajustes firmados relativos a transferências voluntárias e a renúncia de receitas possui quantidade insuficiente de analistas, como justificado pelo gestor em diversas ocasiões, verifica-se que o enfrentamento do passivo de prestação de contas pendente de análise é uma situação que não vem sendo tratada adequadamente pelo Ministério do Esporte nos últimos exercícios, considerando que o tema já foi registrado em Auditorias Anuais de Contas nos últimos anos, incluindo a relativa ao exercício de 2010, conforme apontamentos contidos no Relatório de Auditoria nº , a relativa ao exercício de 2011, de acordo com o Relatório de Auditoria nº , e a relativa ao exercício de 2012, de acordo com o Relatório de Auditoria nº , sem que tenham sido 20

21 #/Fato# informadas providências pelos gestores do Ministério do Esporte voltadas ao enfrentamento desse passivo. Evidencia-se, dessa forma, a fragilidade no controle da Unidade sobre as transferências voluntárias concedidas no âmbito de todo o Ministério do Esporte, fato que resulta em gestão temerária de recursos públicos, tendo em vista que a mora na análise e na conclusão da análise das prestações de contas apresentadas no âmbito das transferências concedidas pode ensejar a assinatura de novos ajustes com ente ou entidade em relação aos quais existem pendências de comprovação da regular aplicação dos recursos públicos e de análise de prestações de contas. 2.5 Avaliação da Regularidade dos Processos Licitatórios da UJ No âmbito da Auditoria Anual de Contas referente à gestão de 2013 da SE/ME, materializada por meio deste Relatório de Auditoria Anual de Contas, foram analisados os seguintes Contratos: Quadro Contratos do ME vigentes em 2013 que foram objeto da Auditoria Anual de Contas referente à gestão de 2013 da SE/ME. Número do Objeto Fornecedor CNPJ do Fornecedor Valor (R$) Contrato Contratação de serviços de auditoria independente na área contábil para exame MRP 10/2013 dos pagamentos efetuados no âmbito do AUDITORIA & Contrato n 53/2009, celebrado entre o CONSULTORIA / ,00 Ministério do Esporte e o Consórcio Copa S/S - ME /2013 Prestação de serviços de seguro de assistência e acidentes pessoais (morte ou invalidez acidental) destinados a todos os voluntários credenciados pelo programa de MAPFRE VIDA voluntariado público Brasil Voluntário S/A para a Copa das Confederações da FIFA / ,20 Brasil 2013, a fim de garantir a cobertura securitária dos voluntários, entre os dias 13/06/2013 a 02/07/2013. Entrega de produtos, sob demanda, que constituirão o apoio necessário ao PWC SERVIÇOS 30/2013 gerenciamento para organização e PROFISSIONAIS / ,16 realização da Copa do Mundo FIFA - LTDA Fonte: Elaborado pela equipe de Auditoria a partir de pesquisa ao Sistema DW SIASG, em 16/05/2014. Esses ajustes estão relacionados aos grandes eventos esportivos que estão ou estiveram em evidência no País e caracterizam-se por possuírem elevada relevância, como a Copa das Confederações FIFA 2013 e a Copa do Mundo FIFA 2014, razão pela qual foram selecionados para análise. Estes ajustes encontram-se no contexto da Ação 20DB - Apoio à realização da Copa do Mundo FIFA Não foram objeto de análise nesta Auditoria contratos firmados pelo Ministério do Esporte por meio de Inexigibilidade de Licitação. Das análises realizadas, foram constatadas as seguintes falhas, referentes a cada contrato administrativo mencionado no Quadro anterior: a) Contrato n 10/2013: Desclassificação das propostas de melhor preço baseada em exigência editalícia que não guarda relação com a natureza de produto esperado na contratação de prestação do serviço de perícia contábil, incorrendo em 21

22 #/Fato# despesas antieconômicas no valor de R$ ,00, em decorrência de desclassificações com motivação desprovida de suficiente fundamentação técnica. b) Contrato n 24/2013: Utilização de fundamentação indevida para a dispensa de licitação, considerando orientação da Advocacia-Geral da União, Orientação/AGU nº 12/2009; Ausência de pesquisa de preços; Ausência de razão da escolha do fornecedor; e Ausência de parecer jurídico emitido acerca da dispensa de licitação. c) Contrato n 30/2013: Atraso na formalização do Contrato n 30/2013, com consequente impacto no cronograma de entrega de produtos inicialmente planejados no respectivo Termo de Referência, culminando na alteração do cronograma de entrega dos produtos sem justificativa fundamentada; Início de execução contratual antes da formalização do Contrato n 30/2013, considerando o atraso em sua formalização. Prestação de serviços pela contratada sem que houvesse a emissão tempestiva das Ordens de Serviço pelo Ministério do Esporte; e Identificação de situação de potencial conflito na atuação do consórcio contratado, em especial em relação à consolidação geral das informações a respeito das ações desenvolvidas para a organização e realização da Copa do Mundo FIFA 2014, por ocasião da execução da segunda etapa do Contrato n 30/2013. Conclui-se, portanto, que na avaliação da regularidade dos processos licitatórios realizados no exercício foram constatadas falhas em todos os processos analisados, evidenciando a deficiente capacidade de gestão do órgão, durante o exercício de 2013, no que diz respeito a essa área de atuação. Destaca-se que tal cenário já havia sido identificado nos Relatórios de Auditoria Anual de Contas n , n e n , referentes, respectivamente, à gestão de 2012, de 2011 e de 2010 da Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte. Importa mencionar que a SE/ME utiliza critérios de sustentabilidade ambiental em seus processos de contratação de serviços e de obras e nas aquisições de bens, por meio de exigência editalícia de cumprimento da IN SLTI/MPOG n 01/2010, que versa sobre os critérios de sustentabilidade ambiental na aquisição de bens, contratação de serviços ou obras pela Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional. No entanto, tal exigência se dá de forma genérica, não havendo referência aos pontos específicos da IN SLTI/MPOG n 01/2010 a serem cumpridos pela contratada em cada processo de compra da Unidade. 22

23 2.6 Avaliação da Gestão do Patrimônio Imobiliário No exercício de 2013, foi observado que a Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte apresentava, em 31/12/2013, 03 imóveis de uso especial sob a sua responsabilidade, sendo 01 de propriedade da União e 02 locados de terceiros. Na primeira categoria enquadra-se o imóvel situado no Bloco A, projeção 23, da Esplanada dos Ministérios, Brasília/DF. Em que pesem outros órgãos (MDA, MDS, CGU-PR, SECOM-PR, SEPPIR-PR) estarem alocados nesse imóvel, esclarece-se que os contratos para manutenção do condomínio são geridos exclusivamente pelo Ministério do Esporte, portanto é considerado imóvel de propriedade da União sob a responsabilidade do Ministério do Esporte. Tal imóvel possui Registro Imobiliário Patrimonial RIP sob o número e está cadastrado no Sistema de Gerenciamento dos Imóveis de Uso Especial da União SPIUnet. Contudo, constatouse que não há vinculação desse imóvel com o Ministério do Esporte em seu cadastro, no referido Sistema. Na segunda categoria, verificou-se a existência de dois imóveis locados de terceiros sob a responsabilidade do ME, localizados: no SEPN Quadra 511, Bloco A, Edifício Bittar II, Asa Norte, em Brasília/DF (Contrato nº 22/2009); e na Rua Lauro Muller nº Cobertura - Edifício Rio Sul Center, Botafogo, Rio de Janeiro/RJ (Contrato nº 34/2012). Não foi identificada a realização de benfeitorias úteis e necessárias pelo Ministério do Esporte nesses bens, portanto não houve a necessidade de indenização financeira dessas benfeitorias por parte dos locadores. Esses dois imóveis locados de terceiros não possuem RIP, tampouco estão cadastrado no Sistema SPIUnet. Essas situações demonstram fragilidade no controle gerencial dos bens imobiliários sob a responsabilidade da Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte e dificultam a realização de controle de gastos públicos na área imobiliária. A deficiência de lançamento dos imóveis sob a responsabilidade da Pasta já havia sido apontada no Relatório de Auditoria Anual de Contas n.º , referente às contas de 2012 da Unidade. Além desses imóveis, verificou-se que o ME utiliza-se de parte do imóvel localizado no Setor de Autarquias Norte Quadra 3, Bloco A - Edifício Núcleo dos Transportes, sob a responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes DNIT, autarquia federal integrante do Ministério dos Transportes. Todavia, como mencionado, a responsabilidade pelo imóvel é do DNIT, e não do ME. A metodologia utilizada pela equipe de auditoria para aferir os resultados consistiu na avaliação gerencial da gestão do patrimônio imobiliário do Ministério do Esporte, com vistas a efetuar o levantamento da situação atual do setor de gestão imobiliária, bem como detectar os principais gargalos das atividades atinentes a esse setor. Assim, não constou do escopo do presente trabalho a análise dos processos de locação de imóveis de terceiros sob a responsabilidade do ME, tampouco se os preços pagos correspondem efetivamente aos preços de mercado. No entanto, por meio de respostas apresentadas pelo gestor, identificaram-se rotinas acerca da comparação de preços praticados com os preços de mercado. Por meio da avaliação gerencial da gestão imobiliária, pode-se constatar diversas falhas no controle interno da Pasta atinentes aos imóveis de uso especial sob a sua responsabilidade, tais como: a) ausência de utilização do Sistema SPIUnet para o registro dos Bens de Uso Especial locados de terceiros; b) registro do imóvel de propriedade da União, no Sistema SPIUnet, sem que houvesse estabelecimento de 23

24 #/Fato# vínculo com a Pasta; c) inconsistência das informações apresentadas no Relatório de Gestão, bem como da situação patrimonial do Ministério do Esporte durante o exercício de 2013; d) ausência de registro dos bens, por intermédio de inventário e de registros analíticos; e e) não aplicação dos dispositivos contidos nas NBC T 16.9 e NBC T As falhas mencionadas estão atreladas, dentre outros fatores, à deficiência de pessoal qualificado e de estrutura organizacional do Ministério; à ausência de rotinas e de fluxos de procedimentos relacionados à gestão imobiliária; à deficiência de indicadores de desempenho; bem como à insuficiência e às lacunas normativas que estipulam as atribuições e as responsabilidades da área em análise, no âmbito do Ministério do Esporte. Conclui-se, assim, que a gestão de bens imóveis da SE/ME encontra-se em situação deficiente e precária, necessitando de adoção de medidas administrativas para que sejam sanadas as falhas relatadas. 2.7 Avaliação da Gestão Sobre as Renúncias Tributárias No escopo da auditoria anual de contas, foram analisadas as ações do Ministério do Esporte referentes à gestão de renúncias tributárias relacionadas à Lei de Incentivo ao Esporte LIE (Lei nº /2006, regulamentada pelo Decreto nº 6.180/2007). A LIE prevê a possibilidade de pessoas físicas e jurídicas destinarem uma parcela do imposto de renda devido em benefício de projetos desportivos elaborados por entidade de natureza esportiva, após aprovados por uma Comissão Técnica composta por três representantes governamentais, indicados pelo Ministro de Estado do Esporte e três representantes dos setores desportivos e paradesportivos, indicados pelo Conselho Nacional do Esporte. Configura-se, pois, como uma forma alternativa de recolhimento do imposto de renda (IR), ou seja, ao invés de recolher todo o montante devido pelas vias tradicionais, os contribuintes poderão destinar um percentual deste valor (PJ = 1% e PF = 6%) diretamente em benefício de projetos desportivos previamente aprovados, por uma das formas prevista em Lei (patrocínio ou doação) e, em seguida, abater os valores gastos no momento do recolhimento, ou, em sendo o caso, obter sua restituição; servindo como mais uma estratégia (política pública) para o desenvolvimento do esporte brasileiro. No Ministério do Esporte, o Departamento de Incentivo e Fomento ao Esporte (DIFE) é a unidade pertencente à estrutura da Secretaria-Executiva responsável pela gestão da referida Lei, com exceção da análise da prestação de contas quanto ao aspecto financeiro, que fica sob a responsabilidade da Coordenação-Geral de Prestação de Contas (CGPCO), também vinculada à Secretaria-Executiva. Verificou-se, no exercício de 2013, que o DIFE promoveu, principalmente, ações no sentido de aumentar a base de patrocinadores e doadores. Segundo informações apresentadas no Relatório de Gestão da Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte para o exercício de 2013, o Departamento de Incentivo e Fomento ao Esporte: diversificou e ampliou as iniciativas de divulgação da Lei nº /2006, com o objetivo de nacionalizar esse instrumento de financiamento de projetos esportivos; e 24

25 realizou a 4ª edição do Prêmio Empresário Amigo do Esporte, destinado ao reconhecimento dos apoiadores de projetos desportivos. A tabela apresentada em sequência contempla informações referentes ao quantitativo de patrocinadores e doadores incentivadores de projetos desportivos e/ou paradesportivos: Tabela: Informações sobre o quantitativo de patrocinadores e de doadores incentivadores e montante de recursos decorrentes de patrocínios e de doações Ano Quantidade de Empresas patrocinadoras (Pessoa Jurídica) Valor Patrocinado (Pessoa , , , , ,49 Jurídica) Quantidade de Doadores (Pessoa Física) Valor Doado (Pessoa , , , , ,76 Física) Quantidade total de incentivadores Valor Total Captado , , , , ,25 Fonte: Informações extraídas do Sistema da Lei de Incentivo ao Esporte - SLIE 19/05/2014, disponibilizados pelo gestor por meio do Ofício nº 316/2014/SE-ME, de 26/05/2014 O gráfico apresentado em sequência explicita a evolução do quantitativo total da base de incentivadores no período que vai de 2009 até Gráfico: Evolução do quantitativo de incentivadores Quantidade total de incentivadores Fonte: Informações extraídas do Sistema da Lei de Incentivo ao Esporte - SLIE 19/05/2014, disponibilizados pelo gestor por meio do Ofício nº 316/2014/SE-ME, de 26/05/

26 Observa-se, que no período que vai de 2009 a 2013, houve um aumento de 422,44 % no quantitativo de doadores e patrocinadores a projetos desportivos e paradesportivos, voltados ao fomento da atividade desportiva no país. Com relação à estrutura de pessoal do DIFE, verificou-se que as ações empreendidas pelo gestor não foram suficientes para gerenciar e acompanhar a execução de projetos desportivos autorizados à captação de recursos, via renúncias tributárias concedidas, tampouco, para o tratamento das prestações de contas relacionadas. Dentre as principais fragilidades identificadas, destacam-se: Número de funcionários terceirizados maior que a soma de servidores efetivos e comissionados; Dificuldades na obtenção de dados confiáveis nas extrações de dados do sistema (SLIE) utilizado pelo Ministério do Esporte para tratar dos projetos da Lei de Incentivo ao Esporte; Número de fiscalizações in loco aquém do planejado; Aumento do número de passivo de projetos que estão aguardando a análise da prestação de contas por parte do DIFE e da CGPCO; e Intempestividade na análise das prestações de contas dos projetos pelo DIFE e pela CGPCO. Com relação à situação do número de terceirizados, ressalta-se que, no exercício de 2013, o Departamento de Incentivo e Fomento ao Esporte atuou no sentido de aumentar o número de funcionários com vínculo com a Administração. Por meio do Memorando n.º 74/2013/DIFE/SE/ME, de 07/06/2013, e do Memorando nº 259/2013/CTLIE/ME, de 27/09/2013, o DIFE informou à Secretaria-Executiva a necessidade de realização de concurso para cargos temporários e efetivos. Adicionalmente, o Departamento adotou a estratégia de contratar peritos pareceristas com a intenção de enfrentar o passivo de projetos de primeira análise e de prestação de contas final. Para tanto, foi instituído Processo de Contratação pela Portaria nº 189, de 06/08/2013, e regulamentado pelo Edital de Credenciamento nº 01, de 08/08/2013. No entanto, o quantitativo de servidores vinculados à Administração não aumentou. Ademais, a manifesta contratação de pareceristas não supriu a deficiência apontada. Além das deficiências relacionadas à estrutura de pessoal, identificaram-se fragilidades no sistema utilizado pelo Ministério do Esporte para tratar os projetos da Lei de Incentivo ao Esporte. Verificou-se que os gestores têm dificuldade na obtenção de dados confiáveis devido a inúmeras mudanças ocorridas no referido sistema, o qual também não contém mecanismos de crítica. Diante das dificuldades relacionadas ao sistema da Lei de Incentivo ao Esporte, o gestor utiliza planilhas eletrônicas para o acompanhamento e o controle das renúncias tributárias concedidas. Constatações referentes às fragilidades do referido Sistema são recorrentes, sendo que já foram tratadas em trabalhos anteriores, caso do Relatório de Auditoria Anual de Contas nº , referente à gestão da Secretaria-Executiva no Exercício de 2012; e Relatório de Ação de Controle referente à Gestão da Política de Incentivo Fiscal ao Esporte, encaminhado ao Ministério do Esporte, em sua versão definitiva, no exercício de 2010, por meio do Ofício nº 31086, de 17/09/

27 Ressalta-se que o gestor informou que novo sistema para tratar e monitorar os projetos da Lei de Incentivo ao Esporte adequado a todas as necessidades, conforme Ordem de Serviço nº 18/2013, protocolada pela CGTI, estaria em fase de finalização, porém, não entrou em operação no exercício de Com relação ao monitoramento da execução dos Projetos apoiados, com fiscalização in loco dos projetos que estavam em execução no exercício de 2013 (396 projetos), segundo planilha disponibilizada pelo gestor, de 20/03/2014, denominada Relatório de Fiscalização in loco 2013, foram previstas 45 visitas, equivalente a 11,36% do total de projetos em execução no exercício, conforme demonstrado no gráfico apresentado na sequência. Gráfico: Fiscalizações in loco realizadas em comparação com fiscalizações previstas e com o número de projetos vigentes no exercício de (100%) Projetos em execução no exercício 45 (11,36%) Fiscalizações in loco previstas 20 (5,05%) Fiscalizações in loco realizadas Fonte: Planilha elaborada pela equipe de auditoria com base nas informações disponibilizadas pelo gestor por meio do Ofício nº 165/2014/SE-ME, de 25/03/2014, em resposta à SA nº , de 17/03/2014. No entanto, foram realizadas 20 fiscalizações in loco, ou seja, 5,05% do total de projetos em execução, realização 55,5% menor do que aquela inicialmente prevista. Com relação à situação da prestação de contas dos projetos, o gráfico apresentado em sequência, extraído da informação disponibilizada pelo gestor, por meio da planilha Processos que estiveram em execução em 2013 (tanto término quanto início), de 20/03/2014, retrata a situação das prestações de contas dos projetos no exercício de 2013: Gráfico: Situação, em 2013, das prestações de contas apresentadas (94,4%) 6 (3,7%) 3 (1,9%) AGUARDANDO ANÁLISE EM ANÁLISE PRESTAÇÃO DE CONTAS APROVADA Fonte: Planilha elaborada pela equipe de auditoria com base nas informações disponibilizadas pelo gestor por meio do Ofício nº 165/2014/SE-ME, de 25/03/2014, em resposta à SA nº , de 17/03/

28 #/Fato# #/Fato# #/Fato# Ao analisar a situação dos projetos cuja prestação de contas final foi apresentada ao Departamento de Incentivo e Fomento ao Esporte no exercício de 2013, verifica-se que dos 161 projetos apenas 3 tiveram finalizado o processo de análise quanto ao cumprimento do objeto e alcance dos objetivos, ou seja, 94,4% ainda não tiveram os processos analisados. Tal fato explicita a baixa capacidade administrativa do DIFE e da CGPCO, unidades da Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte, para analisar as prestações de contas dos projetos que tiveram a execução encerrada, conforme relatado em item específico deste Relatório. Ressalta-se que novos projetos de entidades que já apresentaram a prestação de contas final continuam sendo aprovados pela Comissão Técnica da Lei de Incentivo, apesar de não terem sido analisadas prestações de contas de projetos anteriores. Tal prática resulta em maior risco de aplicação indevida de recursos públicos, tendo em vista a possibilidade de entidade que deveria estar impedida de receber esses recursos ter mais projetos aprovados, caracterizando gestão temerária por parte do Ministério do Esporte. 2.8 Avaliação do Cumprimento das Determinações/Recomendações do TCU Em pesquisa ao sítio do Tribunal de Contas da União (TCU), não foram identificados acórdãos emitidos pelo TCU, durante o exercício de 2013, com determinação de acompanhamento, pela Controladoria-Geral da União ou, especificamente, pela Secretaria Federal de Controle Interno, de providências a serem levadas a efeito pela Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte ou por unidades que componham a sua estrutura. 2.9 Avaliação do Cumprimento das Recomendações da CGU Quanto à avaliação do cumprimento das recomendações da CGU, o escopo de análise considerou exclusivamente as recomendações expedidas no âmbito da Auditoria Anual de Contas. Assim, verificou-se que não foram expedidas recomendações à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte, no âmbito da auditoria anual de contas, no exercício de Essa situação decorre de pedido de postergação de prazo, em 2013, por parte do Ministério do Esporte ao Tribunal de Contas da União, para entrega do processo de contas. O Relatório de Auditoria Anual de Contas referente à gestão 2012 da Secretaria- Executiva do Ministério do Esporte, Relatório n , foi enviado pela CGU à SE/ME no dia 07/01/2014, por meio do Aviso n 9/2014/GM/CGU-PR, de maneira a cumprir os prazos legais estipulados no processo. Uma vez que as recomendações consignadas neste Relatório se referiram ao exercício de 2012 e que a SE/ME somente tomou conhecimento dessas informações no exercício de 2014, e considerando o escopo de análise definido, não há recomendações expedidas pela CGU a serem monitoradas no âmbito deste Relatório. 28

29 #/Fato# #/Fato# 2.10 Avaliação do CGU/PAD O Sistema de Gestão de Processos Disciplinares CGU-PAD é um sistema desenvolvido e atualizado sob a coordenação da Controladoria-Geral da União (CGU/PR) e que visa armazenar e disponibilizar, de forma rápida e segura, as informações sobre os processos disciplinares instaurados no âmbito dos órgãos e das entidades públicas do Poder Executivo Federal. No Ministério do Esporte, o responsável pela coordenação dos registros no Sistema CGU-PAD, de informações sobre procedimentos disciplinares instaurados no citado Órgão, é o atual Presidente da Comissão de Ética. A análise realizada consistiu em verificar se, no exercício de 2013, havia estrutura de pessoal capaz de gerenciar os procedimentos disciplinares instaurados no Ministério do Esporte e se o sistema CGU-PAD estava sendo utilizado de acordo com o estabelecido na Portaria-CGU nº 1.043, de 24/07/2007. Verificou-se que o Ministério do Esporte não possuía estrutura de pessoal capaz de gerenciar os procedimentos disciplinares instaurados, uma vez que, o único servidor que fazia parte da estrutura de pessoal era o próprio coordenador do Sistema CGU-PAD e que o citado Sistema não estava sendo utilizado a contento, uma vez que as informações dele extraídas não refletiam a situação de 2 procedimentos disciplinares instaurados no exercício de Avaliação do Conteúdo Específico do Relatório de Gestão No que diz respeito aos conteúdos específicos a serem contemplados pela Secretaria- Executiva do Ministério do Esporte em seu Relatório de Gestão, conforme definido na DN-TCU nº 127/2013, Anexo II, Parte B, itens 3, 15 e 29, foi verificada a inclusão dos itens solicitados, em que pese o fato de as informações apresentadas no Relatório de Gestão não contemplarem o detalhamento previsto na citada Decisão Normativa para cada um dos itens elencados Avaliação dos Controles Internos Administrativos Com o intuito de avaliar o Sistema de Controle Interno da Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte, foram realizadas análises com vistas a verificar a adequabilidade dos controles internos administrativos para o atingimento dos objetivos estratégicos da Secretaria. A metodologia utilizada pela equipe de auditoria consistiu na avaliação das diversas áreas de gestão da SE/ME, especialmente as de transferências voluntárias, de renúncias de receita e de patrimônio imobiliário, por se tratarem de áreas de maior criticidade da Unidade, considerando, ainda, a sua principal finalidade de suporte às atividades finalísticas do Ministério. A partir da avaliação dos controles internos por área de gestão e do apoio aos macroprocessos finalísticos, avaliou-se os componentes ambiente de controle, avaliação de risco, procedimentos de controle, informação e comunicação e monitoramento, de forma a verificar a conformidade da gestão da Secretaria- Executiva do Ministério do Esporte com os pressupostos definidos pelo COSO (Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission), em busca das 29

30 #/Fato# melhores práticas de governança corporativa. De forma geral, os componentes implementados não atenderam às necessidades da Secretaria-Executiva no exercício de 2013, conforme demonstrado em itens específicos. Por fim, ratifica-se que as situações registradas na gestão da Unidade, mostram-se recorrentes, considerando o que constou das últimas Auditorias Anuais de Contas realizadas no órgão, de forma que as fragilidades nos controles internos dos Macroprocessos de Apoio têm, no fim, impacto nos Macroprocessos Finalísticos, e, desse modo, nos próprios resultados esperados das políticas públicas sob responsabilidade da Pasta Ocorrência com dano ou prejuízo Entre as análises realizadas pela equipe, não foi constatada ocorrência de dano ao erário. 3. Conclusão Ao analisar as atribuições da Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte verifica-se que se trata de um Órgão híbrido que executa funções de assessoramento ao Ministro de Estado, de apoio, responsável pelo desenvolvimento de atividades meio do Ministério, cujas áreas responsáveis são o Departamento de Gestão Interna DGI e o Departamento de Planejamento e Gestão Estratégica DPGE, e executa funções finalísticas, como verificado na Assessoria Extraordinária de Coordenação dos Grandes Eventos Esportivos ASSEGE e no Departamento de Incentivo e Fomento ao Esporte DIFE. Com relação às ações finalísticas da Unidade, foram analisados os contratos relacionados aos grandes eventos esportivos que estão ou estiveram em evidência no País e caracterizam-se por possuírem relevância nacional, como a Copa das Confederações FIFA 2013 e a Copa do Mundo FIFA 2014, no contexto da Ação 20DB - Apoio à realização da Copa do Mundo FIFA 2014, sob a responsabilidade da ASSEGE e do DGI. Foram analisadas, também, as atividades do Ministério do Esporte referentes à gestão de renúncias tributárias, relacionadas à Lei de Incentivo ao Esporte LIE, sob a responsabilidade, principalmente, do DIFE. Com relação aos contratos analisados, referente à Ação 20DB, constataram-se falhas em todos os processos analisados, evidenciando a deficiente capacidade de gestão do órgão, especialmente no tocante à formalização contratual, durante o exercício de Os três contratos analisados referiram-se à Copa do Mundo FIFA Tal cenário já havia sido identificado nos Relatórios de Auditoria Anual de Contas n , n e n , referentes, respectivamente, à gestão de 2012, de 2011 e de 2010 da Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte. Quanto às renúncias tributárias, verificou-se que o DIFE promoveu ações que aumentaram a base de patrocinadores e doadores. No entanto, não foram suficientes aquelas empreendidas para gerenciar e acompanhar a execução e para o tratamento das prestações de contas de projetos desportivos autorizados à captação de recursos. Adicionalmente, verificaram-se fragilidades na legislação no tocante à definição de responsabilidades dos servidores envolvidos em todo o processo de análise e de acompanhamento de projetos, ou que delimitassem o tempo para finalização do processo de análise de prestação de contas. Ademais, verificou-se significativo lapso temporal na análise financeira das prestações de contas dos projetos da Lei de Incentivo ao Esporte, sob a responsabilidade do Departamento de Gestão Interna. Registra-se que 30

31 inconsistências relacionadas à gestão de renúncias tributárias, no âmbito do Ministério do Esporte, já haviam sido apontadas em Auditorias anteriores, notadamente na avaliação da gestão da Secretaria-Executiva referente ao exercício de 2012 e em análise específica da gestão da Política de Incentivo Fiscal ao Esporte no exercício de Destaca-se que a vigência da Lei de Incentivo ao Esporte se encerrará até o anocalendário de 2015, inclusive. No que tange à gestão das áreas responsáveis pela atividade meio da Secretaria- Executiva do Ministério do Esporte, foram avaliadas a gestão das transferências voluntárias, do patrimônio imobiliário e dos procedimentos disciplinares instaurados pelo Ministério. Com relação à gestão das transferências voluntárias, verificaram-se fragilidades relacionadas à ausência de padronização de procedimentos, à ausência de normativo interno que discipline fluxos, competências e responsabilidades, bem como o significativo lapso temporal na conclusão da análise das prestações de contas no âmbito das transferências concedidas, situações apontadas recorrentemente nas Auditorias Anuais de Contas da Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte. A condução da gestão do patrimônio imobiliário do Ministério do Esporte mostrou-se em situação deficiente e precária, especialmente pela ausência de procedimentos de registro e pela não utilização do SPIUnet. Quanto ao gerenciamento dos procedimentos disciplinares instaurados pelo ME, verificou-se a ausência de estrutura de pessoal, fato que comprometeu, inclusive, a correta inserção de dados no Sistema CGU-PAD; adicionalmente, não houve a instauração de procedimentos disciplinares, em 2013, decorrentes de recomendações constantes de relatórios de auditoria da CGU. Não foi possível identificar, na Unidade, uma visão ordenada de suas ações para o atingimento das suas metas físicas e financeiras. Não há formalização, no âmbito da Secretaria, de rotinas de monitoramento, de acompanhamento, de análise de riscos e de avaliação dos resultados quantitativos e qualitativos alcançados pela Unidade, tampouco a definição de indicadores para esse acompanhamento, o que prejudica a avaliação da gestão e a adoção tempestiva de ações corretivas a fim de corrigir eventuais desvios operacionais. A análise da gestão da Secretaria Executiva do Ministério do Esporte, referente ao exercício de 2013, revelou a baixa maturidade de governança corporativa da Unidade, uma vez que, não possui controles internos administrativos suficientes a fim de prover uma gestão com reduzido risco operacional. A formalização de normativos internos, especialmente no tocante a convênios, a adoção de procedimentos institucionalizados e a adoção de indicadores de gestão proveriam a base corporativa necessária para que os riscos inerentes à gestão pública da Unidade fossem mitigados e os seus resultados estratégicos alcançados. Registra-se, ainda, que questões formais, em relação às quais não se identificou prejuízo ao erário, foram tratadas por meio da Nota de Auditoria nº /02. As providências corretivas a serem adotadas, e que não possuem impacto na gestão contratual, serão incluídas no Plano de Providências Permanente ajustado com a UJ e monitorado pelo Controle Interno. As falhas relacionadas a inconsistências documentais na formalização do contrato, em função de seu impacto na gestão contratual e da não adoção de providências, foram registradas neste Relatório. Tendo sido abordados os pontos requeridos pela legislação aplicável, submetemos o presente relatório à consideração superior, de modo a possibilitar a emissão do competente Certificado de Auditoria. Registra-se que as informações e as constatações apresentadas neste relatório foram estruturadas, preliminarmente, em Programas e Ações Orçamentárias organizados em 31

32 títulos e subtítulos, respectivamente, segundo os assuntos com os quais se relacionam diretamente. Posteriormente, apresentam-se as informações e as constatações que não estão diretamente relacionadas a Programas/Ações Orçamentários específicos. Por fim, informa-se que os servidores listados adiante, cuja assinatura não foi aposta neste relatório, não estavam presentes quando da geração final deste documento por motivo previsto legalmente, apesar de terem efetivamente atuado como membros da equipe de auditoria. Brasília/DF, 26 de agosto de Achados da Auditoria - nº ESPORTE E GRANDES EVENTOS ESPORTIVOS 1.1 APOIO A REALIZACAO DA COPA DO MUNDO FIFA EFETIVIDADE DOS RESULTADOS OPERACIONAIS INFORMAÇÃO Resultados Quantitativos e Qualitativos alcançados pela Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte no âmbito da Ação 20DB - Apoio à Realização da Copa do Mundo FIFA Fato No exercício de 2013, os seguintes Programas tiveram ações executadas sob a responsabilidade do Ministério do Esporte: Previdência de Inativos e Pensionistas da União; Operações Especiais: Transferências Constitucionais e as Decorrentes de Legislação Específica; Esporte e Grandes Eventos Esportivos; e Programa de Gestão e Manutenção do Ministério do Esporte. Conforme mencionado neste Relatório, o Programa Esporte e Grandes Eventos Esportivos consubstancia-se no principal Programa finalístico do Ministério do Esporte, de forma a englobar as Ações Orçamentárias concretizadoras da missão institucional do órgão. Neste Programa, estão incluídas as seguintes Ações Orçamentárias sob responsabilidade da Secretaria-Executiva, considerando o exercício de 2013: 14TP - Implantação e Modernização de Infraestrutura para o Esporte de Alto Rendimento; 14TR - Implantação de Espaços Públicos de Esporte e Lazer - Praça do Esporte; 20DB Apoio à Realização da Copa do Mundo FIFA 2014; e 32

33 Implantação e Modernização de Infraestrutura para Esporte Educacional, Recreativo e de Lazer. Destaca-se que as Ações 14TP, 14TR e 5450, a partir de abril de 2013, passaram a ser executadas pela Secretaria Nacional de Esporte de Alto Rendimento (SNEAR/ME). Dada a relevância nacional dos grandes eventos esportivos, o escopo da presente auditoria restringiu-se à análise da Ação 20DB Apoio à Realização da Copa do Mundo FIFA Ressalta-se que, no exercício de 2013, foi realizada a Copa das Confederações FIFA 2013, importante marco no contexto da Ação 20DB. Esta Ação não possui metas físicas definidas e se insere no Objetivo 0686, que busca coordenar, monitorar e fomentar os esforços governamentais de preparação e realização da Copa do Mundo FIFA 2014 e eventos a ela relacionados. De acordo com o PPA , este Objetivo possui as seguintes metas: 1. Apoiar o programa de voluntariado da Copa do Mundo FIFA 2014, com mobilização de 30 mil voluntários, sendo nas Cidades-Sede e em nível nacional; 2. Coordenar o Comitê Gestor do Governo Brasileiro para a Copa do Mundo FIFA 2014 e garantir o funcionamento do seu modelo de governança com a atuação plena das nove Câmaras Temáticas (implementadas no âmbito do modelo de governança definido para a condução das ações relacionadas à Copa do Mundo FIFA 2014.); 3. Implementar, conjuntamente com os demais órgãos do Governo Federal, 100% do Plano para promoção dos interesses estratégicos do país como sede do evento; e 4. Monitorar a execução dos empreendimentos constantes da Matriz de Responsabilidades e outras ações realizadas em conjunto com as cidades-sede, entes governamentais e agentes privados envolvidos no evento. Em relação à primeira meta, de acordo com o Quadro A do Relatório de Gestão, foram treinados voluntários em 2013, por meio do Programa de Voluntariado, o que correspondeu ao total de voluntários treinados até então, uma vez que o Programa de Voluntariado iniciou-se em Como não há definição da meta de quantidade de voluntários a serem treinados por exercício, infere-se, por meio do Relatório de Gestão, que a meta para o exercício de 2013 seria de voluntários treinados e em 2014, como pode ser verificado no seguinte trecho do citado Relatório: Após a experiência da Copa das Confederações, as metas de mobilização para o ano de 2014 foram ajustadas de 23 mil para 18 mil voluntários, visto que foi constatado que o quantitativo de voluntários por cidade-sede supre a necessidade local de apoio voluntário ao evento Copa do Mundo FIFA Mesmo diante da constatação da necessidade de ajuste da quantidade de voluntários a serem treinados em 2014, inicialmente havia a previsão de serem treinados em 2014, restando a serem treinados em 2013, uma vez que o Programa do Voluntariado iniciou-se em 2013 e previa a capacitação de um total de voluntários. Assim, a meta real alcançada de voluntários treinados, em 2013, foi de 4.285/7.000, correspondendo a 61,21% do planejado para o exercício. Quanto às metas 2 e 3, quais sejam, Coordenar o Comitê Gestor do Governo Brasileiro para a Copa do Mundo FIFA 2014 e garantir o funcionamento do seu 33

34 modelo de governança com a atuação plena das nove Câmaras Temáticas e Implementar, conjuntamente com os demais órgãos do Governo Federal, 100% do Plano para promoção dos interesses estratégicos do país como sede do evento, não foi possível verificar a eficácia das metas alcançadas por se tratarem de ações com alcance subjetivo de resultados. No entanto, foi identificado que o GECOPA, Grupo Executivo da Copa do Mundo FIFA 2014 com atuação e coordenação do Ministério do Esporte, publicou, em 2013, ao todo 3 resoluções, as quais estão ligadas às metas citadas: Resolução GECOPA Número 23 (publicada em 22/03/2013): autoriza a atualização da Matriz de Responsabilidades referente a mobilidade urbana e estádio de Cuiabá; Resolução GECOPA Número 24 (publicada em 12/06/2013): autoriza a revisão da Matriz de Responsabilidades, com a alteração do anexo referente às atividades de Telecomunicações e discrimina as ações do Orçamento Geral da União vinculadas a essas atividades; Resolução GECOPA Número 25 (publicada em 25/11/2013): autoriza a atualização e revisão da Matriz de Responsabilidades Adicionalmente, conforme registrado no Relatório de Gestão da Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte: No exercício destacamos como resultado a realização da Copa das Confederações FIFA O sucesso desse evento deveu-se em grande parte ao esforço de governança que incluiu o trabalho integrado das três esferas governamentais em todas as cidades-sede, para alinhamento dos planos operacionais das diversas áreas envolvidas com o evento, que vão muito além das ações estruturais do primeiro ciclo de planejamento e incluem também avanços nas áreas de Telecomunicações e TI, Turismo, Segurança, Promoção e Comunicação, Saúde, Energia e Cultura, bem como a preparação das estruturas temporárias demandadas para a realização do evento. Verifica-se, portanto, que a Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte realizou atividades em prol das metas 2 e 3, porém, como estas caracterizam-se por aspectos subjetivos de alcance, não havendo definição clara das metas físicas a serem atingidas, não foi possível realizar uma análise objetiva da eficácia das ações da UJ em busca do alcance das metas sob sua responsabilidade. Quanto à meta 4, qual seja Monitorar a execução dos empreendimentos apontados na Matriz de Responsabilidades e outras ações realizadas em conjunto com as cidadessede, entes governamentais e agentes privados envolvidos no evento, o Ministério do Esporte atuou tanto por meio do GECOPA quanto por meio da contratação de consultorias especializadas e de ajuste efetuado com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico CNPq, conforme informação registrada em seu Relatório de Gestão, subitem : Em 2013, as maiores descentralizações externas referentes à Copa 2014, foram destinadas ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico CNPQ, para atender despesas com o monitoramento da matriz de responsabilidades, no valor de R$ 11,4 milhões, e também despesas com o fortalecimento de políticas públicas, no valor de R$ 7,7 milhões. Conforme mencionado anteriormente, as Resoluções do GECOPA publicadas em 2013 refletiram parte do monitoramento da execução dos empreendimentos relacionados à 34

35 Copa do Mundo FIFA Quanto às consultorias, foi informado, por meio do Ofício n 032/DPGE/SE/ME, de 21/03/2014, em resposta à Solicitação de Auditoria n /001, o seguinte: No escopo dos contratos administrativos firmados com consultorias especializadas, estão detalhados os mecanismos utilizados para identificação de riscos e avaliação da criticidade dos empreendimentos monitorados. Esses mecanismos, além das informações obtidas junto aos demais órgãos e entidades envolvidas com o desenvolvimento das ações da Copa 2014, auxiliam o Ministério do Esporte no acompanhamento e na coordenação da organização do evento esportivo. Com esse objetivo, relatórios periódicos são emitidos abrangendo os seguintes tópicos: 1. Supervisão Estratégica do Empreendimento. 2. Análise Critica do Balanço das Ações para a Copa Visão consolidada e evolução das ações previstas na Matriz de Responsabilidades. 4. Situação específica de temas demandados da análise de riscos e criticidades. 5. Suporte ao planejamento dos temas afeitos à Operação da Copa. 6. Análise de pontos críticos e identificação de elementos de maior urgência para auxilio em decisões. 7. Suporte ao Planejamento Integrado - Gestão de Informação. 8. Relatório de Operação referente ao Monitoramento Integrado. Verifica-se, novamente, que a Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte realizou atividades em prol da meta 4, porém, como esta caracteriza-se por aspectos subjetivos de alcance, sendo definida apenas a abrangência do monitoramento, qual seja, as 12 Cidades-Sede da Copa do Mundo FIFA 2014, não havendo definição clara das metas físicas a serem atingidas, não foi possível realizar uma análise objetiva da eficácia das ações da Unidade em busca do alcance das metas sob sua responsabilidade. Ressalta-se que este Relatório aborda a análise dos Contratos n 10/2013 e 30/2013, referentes, respectivamente, à Contratação de serviços de auditoria independente na área contábil para exame dos pagamentos efetuados no âmbito do Contrato n 53/2009, celebrado entre o Ministério do Esporte e o Consórcio Copa 2014 e à Entrega de produtos, sob demanda, que constituirão o apoio necessário ao gerenciamento para organização e realização da Copa do Mundo FIFA Ambos os Contratos são executados no âmbito da Ação 20DB e visam o alcance do Objetivo Quanto às metas financeiras, o Quadro a seguir descreve as informações referentes à Ação 20DB no exercício de 2013, de acordo com informações do Relatório de Gestão da SE/ME de 2013 e do Ofício n 032/DPGE/SE/ME, de 21/03/2014: Quadro Execução financeira da Ação 20DB, por parte do Ministério do Esporte, em Programa Esporte e Grandes Eventos Ação 20DB - Apoio à Realização da Copa do Meta Financeira (R$) Prevista Realizada* , ,00 35

36 Esportivos Mundo FIFA 2014 * Os valores das metas financeiras realizadas correspondem à despesa liquidada (não foram consideradas despesas inscritas em restos a pagar). Fonte: Ofício n 032/DPGE/SE/ME, de 21/03/2014, e Relatório de Gestão SE/ME Extrai-se do Quadro que a meta financeira referente à Ação 20DB teria atingido 16,34% de execução financeira frente ao planejado. Como justificativa da baixa execução, o gestor informou, por meio do Ofício n 032/DPGE/SE/ME, de 21/03/2014, que Mais de 60% do valor empenhado referem-se a obras (Centros de Treinamento) sob a execução de entes subnacionais. Esse investimento não é de maturação imediata, e os empenhos são liquidados mediante comprovação de medições junto a Caixa Econômica Federal. Portanto, o baixo volume de despesa liquidada é consequência de pouca comprovação de medições dentro do exercício de Para fins de validação dos valores informados, foi realizada pesquisa no SIAFI Gerencial quanto à execução financeira na Ação 20DB por parte do Ministério do Esporte, tanto da UG , relativa ao Departamento de Gestão Interna, quanto da UG , relativa aos contratos de repasse geridos pela Caixa Econômica Federal CAIXA/ME, enquanto mandatária desse tipo de ajuste. O Quadro a seguir sumariza as informações obtidas: Quadro Execução financeira da Ação 20DB por parte do Ministério do Esporte em UG Dotação Autorizada (R$) Despesa empenhada (R$) Despesa Liquidada (R$) Despesa inscrita em RP não processado (R$) , , , , , , ,11 Total , , ,01 Fonte: SIAFI Gerencial, pesquisa realizada em 31/04/2014 e 14/05/2014. Verifica-se que o valor de execução financeira da Ação 20DB, em 2013, informado no Ofício n 032/DPGE/SE/ME, de 21/03/2014, no valor de R$ ,00 contempla o valor total executado na Ação, uma vez que o gestor informou o valor total da despesa liquidada na Ação 20DB, quando deveria informar somente o valor da despesa liquidada no âmbito das Unidades Gestoras e do Ministério do Esporte, de forma que o valor a ser considerado seria de R$ ,11. Dessa forma, a execução financeira da Ação 20DB, considerando a despesa liquidada nesta Ação, atingiu 10,80% (R$ ,11 / R$ ,00) frente à meta planejada para o exercício. Quando comparada ao total de despesa empenhada, mesmo que a liquidação dependa de medições executadas pela Caixa Econômica Federal, a meta empenhada atingiu 70,8% (R$ ,12 / R$ ,00) frente à dotação inicial da Ação. Diante do exposto, ressalta-se a importância da atuação do Ministério do Esporte junto à Caixa Econômica Federal, mediante acompanhamento e monitoramento da execução dos empreendimentos a serem executados por meio de contratos de repasse, considerando sua relevância para a execução da Ação, diretamente vinculada à Copa do Mundo FIFA 2014, vez que os ajustes relacionam-se a investimentos em qualificação, reforma e ampliação de centros de treinamento de seleções ou campos oficiais de treinamento. A baixa execução financeira da Ação no exercício de 2013, decorrente das poucas comprovações de medições no exercício de 2013, conforme informado pelo 36

37 DPGE por meio do Ofício n 032/DPGE/SE/ME, de 21/03/2014, compromete a tempestividade das intervenções planejadas pelo Ministério do Esporte a serem realizadas no âmbito da Ação 20DB Apoio à realização da Copa do Mundo FIFA Item específico deste Relatório de Auditoria trata da execução dos contratos de repasse firmados no âmbito da Ação 20DB. Após avaliação dos resultados quantitativos e qualitativos da Secretaria-Executiva, conforme escopo de análise definido e considerando as informações disponíveis, conclui-se que, de forma geral, houve o razoável cumprimento das metas físicas planejadas para o exercício. A meta financeira da Ação 20DB alcançou o patamar de execução de 10,80%, considerando como parâmetro a despesa liquidada, resultado da baixa execução dos empreendimentos e, como consequência, da baixa liquidação da despesa empenhada para obras de centros de treinamento e de campos oficiais de treinamento. #/Fato# LICITAÇÕES SUSTENTÁVEIS INFORMAÇÃO Análise sobre a utilização de critérios de sustentabilidade ambiental nas aquisições no âmbito do Ministério do Esporte. Fato Com o intuito de verificar a utilização de critérios de sustentabilidade ambiental nos processos de contratação de serviços e obras e nas aquisições de bens, no âmbito do Ministério do Esporte, foi realizada análise do Relatório de Gestão da SE/ME, gestão 2013, enviado via sistema ao Tribunal de Contas da União em 25/04/2014, além de ter sido efetuado questionamento, formalizado por meio da SA n /017, de 03/06/2014. Após a referida análise, verificou-se que a SE/ME tem incluído critérios de sustentabilidade ambiental em suas licitações, por meio de exigência editalícia de cumprimento da IN SLTI/MPOG n 01/2010, que versa sobre os critérios de sustentabilidade ambiental na aquisição de bens, contratação de serviços ou obras pela Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional. Destaca-se que tal exigência não menciona os pontos específicos da IN SLTI/MPOG n 01/2010 a serem cumpridos pela contratada. Importa mencionar que, nos estudos técnicos preliminares anteriores à elaboração dos Termos de Referência ou Projetos Básicos realizados pela Unidade, não se leva em conta se a existência de certificação ambiental por parte das empresas participantes e produtoras é uma situação predominante no mercado, a fim de avaliar a possibilidade de incluí-la como requisito da contratação, como critério avaliativo ou mesmo condição na aquisição de produtos ou serviços. Não é prática da SE/ME a inclusão, nos Projetos Básicos ou Executivos referentes à contratação de obras e serviços de engenharia, de exigências que levem à economia de manutenção e operacionalização da edificação, à redução do consumo de energia e água e à utilização de tecnologias e materiais que reduzam o impacto ambiental. Como mencionado anteriormente, nos Projetos Básicos ou Executivos é incluída exigência de cumprimento da IN SLTI/MPOG n 01/2010, por parte do contratado, de forma genérica, não sendo mencionados especificamente os tópicos da citada IN a serem atendidos. 37

38 Ainda quanto às aquisições, identificou-se, por meio de análise do Relatório de Gestão da SE/ME, gestão 2013, que não são considerados aspectos de durabilidade e qualidade (análise de custo-benefício) dos bens e produtos nas aquisições realizadas pela SE/ME. De forma resumida, a SE/ME utiliza critérios de sustentabilidade ambiental em seus processos de contratação de serviços e de obras e nas aquisições de bens, por meio de exigência editalícia de cumprimento da IN SLTI/MPOG n 01/2010, que versa sobre os critérios de sustentabilidade ambiental na aquisição de bens, contratação de serviços ou obras pela Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional. No entanto, tal exigência se dá de forma genérica, não havendo referência aos pontos específicos da IN SLTI/MPOG n 01/2010 a serem observados pela contratada em cada processo de compra da Unidade. #/Fato# OPORTUNIDADE DA LICITAÇÃO INFORMAÇÃO Informações acerca dos Contratos firmados pela Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte em 2013 e dos Contratos vigentes neste exercício, mas firmados em anos anteriores. Fato Com o objetivo de analisar a gestão das contratações realizadas pela Secretaria- Executiva do Ministério do Esporte, é relevante o entendimento do universo de Contratos que foram firmados em 2013, além daqueles que estavam vigentes neste exercício e que haviam sido firmados em exercícios anteriores. Destaca-se que todos os ajustes dessa natureza, no âmbito do Ministério do Esporte, são formalizados pela SE/ME, mesmo que atendam a objetivos de outras Secretarias da referida Pasta. A partir de pesquisa ao Sistema DW SIASG, em 16/05/2014, foram identificados 18 Contratos firmados pelo Ministério do Esporte, no exercício de 2013, que utilizaram a Licitação como forma de contratação. No mesmo sentido, foram identificados 31 Contratos firmados pela Pasta em 2012 e que ainda restavam vigentes em Quanto à contratação direta por Inexigibilidade de Licitação, foram identificados, na pesquisa, 2 Contratos firmados em 2013 e, adicionalmente, 2 firmados em 2012, mas ainda vigentes no exercício de No mesmo sentido, quanto à contratação direta por Dispensa de Licitação, foram assinados 3 Contratos em 2013 e 5 em 2012 que ainda restavam vigentes em No âmbito da Auditoria Anual de Contas referente à gestão de 2013 da SE/ME, cujos resultados estão registrados neste Relatório de Auditoria, foram analisados os Contratos relacionados no Quadro a seguir. Quadro Contratos do ME vigentes em 2013 que foram objeto de análise no âmbito da Auditoria Anual de Contas referente à gestão de 2013 da SE/ME. Número do Contrato Objeto Fornecedor CNPJ do Fornecedor Valor (R$) 10/2013 Contratação de serviços de auditoria independente na área contábil para exame dos pagamentos efetuados no âmbito do Contrato n 53/2009, celebrado entre o Ministério do Esporte e o Consórcio Copa MRP AUDITORIA & CONSULTORIA S/S - ME / ,00 38

39 24/ /2013 Prestação de serviços de seguro de assistência e acidentes pessoais (morte ou invalidez acidental) destinados a todos os voluntários credenciados pelo programa de voluntariado público Brasil Voluntário para a Copa das Confederações da FIFA Brasil 2013, a fim de garantir a cobertura securitária dos segurados, entre os dias 13/06/2013 à 02/07/2013. Entrega de produtos, sob demanda, que constituirão o apoio necessário ao gerenciamento para organização e realização da Copa do Mundo FIFA MAPFRE VIDA S/A PWC SERVIÇOS PROFISSIONAIS LTDA / , / ,16 Fonte: Elaborado pela equipe de Auditoria a partir de pesquisa ao Sistema DW SIASG, em 16/05/2014. Ressalta-se que esses ajustes estão relacionados aos grandes eventos esportivos que estão ou estiveram em evidência no País e caracterizam-se por possuírem elevada relevância, como a Copa das Confederações FIFA 2013 e a Copa do Mundo FIFA 2014, razão pela qual foram selecionados para análise. Este ajustes encontram-se no contexto da Ação 20DB - Apoio à realização da Copa do Mundo FIFA Registra-se que alguns Contratos relacionados aos grandes eventos esportivos foram objeto de ações de controle específicas, por ocasião de trabalhos anteriormente realizados pela CGU. O Quadro a seguir relaciona os ajustes incluídos nesse conjunto. Quadro Contratos do ME vigentes em 2013, relacionados aos grandes eventos esportivos, que foram objeto de Auditorias pretéritas realizadas pela CGU. Número do Número do Relatório Objeto Fornecedor Ação Orçamentária Contrato de Auditoria 53/ / /2012 Prestação de Serviços de Apoio ao Gerenciamento para Organização e Realização da Copa do Mundo de Futebol FIFA 2014 Prestação de serviço visando à realização de Estudo que subsidie o reposicionamento estratégico no Ministério do Esporte, notadamente no campo dos grandes eventos esportivos (Copa das Confederações 2013, Copa FIFA 2014, Olimpíadas e Paraolimpíadas 2016), contribuindo com análises prospectivas, para fortalecer a política nacional do esporte, bem como orientar as ações do ME. Prestação de serviços técnicos especializados de apoio às ações do Ministério do Esporte nas instalações dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio CONSÓRCIO COPA 2014 Organização Social Centro de Gestão e Estudos Estratégicos CGEE FUNDAÇÃO EZUTE DB - Apoio à realização da Copa do Mundo FIFA DB - Apoio à realização da Copa do Mundo FIFA D8 - Preparação e organização dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio D8 - Preparação e organização dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016 Prestação de serviços técnicos 52/2012 especializados de apoio à implantação e manutenção de base de preços unitários e composição de estimativas de preços de projetos. FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS Fonte: Elaborado pela equipe de Auditoria a partir de pesquisa ao Sistema DW SIASG, em 16/05/2014. #/Fato# INFORMAÇÃO Informações gerais sobre o Contrato nº 10/2013, cujo escopo inclui a contratação de "serviços de auditoria independente na área contábil, para exame dos pagamentos efetuados no âmbito do Contrato nº 53/2009, celebrado entre o Ministério do Esporte e o Consórcio Copa 2014". Fato 39

40 Trata-se da análise do Processo nº / , com origem na Diretoria de Gestão Interna do Ministério do Esporte. De acordo com o Termo de Referência, o objeto da contratação era a execução de serviços de auditoria independente na área contábil, para exame dos pagamentos efetuados no âmbito do Contrato nº 53/2009, celebrado entre o Ministério do Esporte e o Consórcio Copa 2014, especificamente quanto ao pagamento por insumos relacionados na alínea demais custos, da planilha de referência daquele contrato e à subcontratação praticada pela contratada no decorrer da execução contratual. A contratação deveu-se à implantação de um Plano de Medidas Saneadoras apresentado pelo ME, como decorrência da constatação de irregularidades nos pagamentos, com evidências de ocorrência de superfaturamento e dano ao erário, face à inadequação dos controles adotados pela Pasta, apontado em relatórios da CGU (Relatórios nº e ) e no processo nº TC / do TCU, vindo o Tribunal a determinar instauração de processo de Tomada de Contas Especial por intermédio do Acórdão nº 3435/2012-TCU-Plenário, de 10/12/2012. Decorrente do processo licitatório do tipo Menor Preço, na modalidade Convite, foi considerada vencedora do certame a empresa MRP Auditoria & Consultoria S/S, CNPJ / , tendo sido celebrado o Contrato Administrativo nº 10/2013, em 18/04/2013 pelo valor de R$ ,00, com vigência de 1 mês, a partir da data de publicação do extrato do contrato no D.O.U., que se deu em 22/04/2013. Os serviços foram atestados pelo fiscal titular, conforme Nota Fiscal nº 128, de 20/06/2013, no valor de R$ ,00, conforme consta no Processo nº / relativo ao pagamento dos relatórios e produtos finais. Ressalte-se que, na primeira pesquisa para a estimativa de preços de contratação, em 30/01/2013, foi estimado um valor médio de R$ ,00, a partir de 5 propostas encaminhadas, onde o maior e menor preços pesquisados foram, respectivamente, R$ ,00 e R$ ,00. Posteriormente, ante a discrepância observada entre os preços extremos, e por sugestão do Coordenador de Gestão de Patrimônio e Apoio, fezse nova pesquisa, a qual resultou em um preço médio de R$ ,33. Tal fato foi apontado no Parecer da Consultoria Jurídica do Ministério CONJUR/ME nº 36/2013. #/Fato# INFORMAÇÃO Informações quanto ao escopo de trabalho definido na prestação do serviço de perícia contábil por parte da empresa MRP e às conclusões exaradas por esta empresa como produto do serviço prestado, no âmbito do Contrato n 10/2013. Fato Em relação ao escopo de trabalho definido na prestação do serviço de perícia contábil por parte da empresa MRP e às conclusões exaradas por esta empresa como produto de tal serviço, faz-se as seguintes considerações: a) A presente análise não valida as conclusões exaradas pela perícia contábil da empresa MRP, não significando que os valores aos quais a empresa de Consultoria chegou representem a totalidade dos valores pagos indevidamente pelo Ministério do Esporte ao Consórcio Copa 2014, uma vez que: 40

41 i. Os documentos nos quais a perícia baseou-se não representaram a totalidade dos pagamentos efetuados no âmbito do Contrato nº 53/2009, celebrado entre o Ministério do Esporte e o Consórcio Copa 2014, a exemplo dos meses de agosto/setembro de 2009, cuja conformidade não foi analisada em termos de subcontratações, conforme consta no Processo / referente ao pagamento do produto final entregue pela MRP, com as conclusões da perícia. Além dos dois meses iniciais do contrato, a perícia também não examinou documentos relativos aos meses de janeiro a julho/2013, meses finais do contrato, pendentes, portanto, de análise e apuração de eventuais pagamentos indevidos. ii. A MRP se abstém de opinar sobre a conformidade dos pagamentos feitos pelo Consórcio Copa 2014 às subcontratadas, conforme registrado em suas conclusões, expressas no Parecer Conclusivo Subcontratação (Produto 02), nos seguintes termos: (...) 2. Os processos de pagamentos apresentados pelo Ministério do Esporte não contemplam a relação dos consultores subcontratados incluídos nas planilhas de medição mensais. Dessa forma, nos foram apresentadas relações avulsas ao processo de pagamento dos consultores subcontratados no período compreendido entre outubro de 2011 a dezembro de Para o período compreendido entre julho de 2009 a setembro de 2011, nos foram encaminhados arquivos eletrônicos referentes as notas fiscais de empresas subcontratadas pelo Consórcio Copa Nesse sentido, ficamos limitados de opinar sobre a totalidade dos pagamentos realizados aos consultores subcontratados, tendo em vista que esses consultores não foram devidamente destacados nas planilhas de medição mensais. 3. As planilhas de medição dos meses de agosto e setembro de 2009 não apresentam o nome dos profissionais que prestaram serviços naqueles meses para o Consórcio Copa Por meio do Ofício nº 66/2013/ASSEGE/SE/ME, fomos informados que o Ministério do Esporte solicitou formalmente a relação dos consultores subcontratados referentes aos meses de agosto de 2009 e setembro de 2009 ao Consórcio Copa 2014, o qual não apresentou o material em questão. Como consequência, ficamos limitados de opinar sobre os pagamentos realizados aos subcontratados naqueles meses. 4. De acordo com o Projeto Básico da Carta Convite nº 001/2013, nossos trabalhos foram realizados com base nos processos de pagamento do Contrato nº 53/2009 e nas informações fornecidas pelo Consórcio Copa 2014 ao Ministério do Esporte. Cabe salientar que os referidos processos de pagamentos são constituídos por cópias dos documentos fiscais encaminhados pelo Consórcio Copa 2014 ao Ministério do Esporte. Dessa forma, ficamos limitados de opinar sobre a autenticidade das documentações referentes aos custos com a subcontratação realizada pelo Consórcio Copa Devido à relevância dos assuntos mencionados nos parágrafos 2 a 4, a extensão de nossos trabalhos não foi suficiente para nos possibilitar expressar nossa opinião sobre a totalidade dos pagamentos realizados pelo 41

42 Consórcio Copa 2014 aos consultores subcontratados no período entre julho de 2009 a dezembro de Entretanto, com base na metodologia aplicada nos trabalhos, identificamos o aumento dos custos para o Ministério do Esporte no montante de R$ ,74 (quatro milhões, sessenta mil e novecentos reais e setenta e quatro centavos) em decorrência da subcontratação realizada pelo Consórcio Copa 2014, considerando a não incidência dos custos dos encargos sociais (da ordem de 74,64%) e benefícios (vale-refeição, assistência médica e seguro saúde) para os profissionais subcontratados. (...) (grifos não contidos no texto original) iii. De forma idêntica foi o Parecer Conclusivo Demais Custos (Produto 4), conforme descrito a seguir: (...) 4. De acordo com o Projeto Básico da Carta Convite nº 001/2013, nossos trabalhos foram realizados com base nos processos de pagamento do Contrato nº 53/2009 e nas informações fornecidas pelo Consórcio Copa 2014 ao Ministério do Esporte. Cabe salientar que os referidos processos de pagamentos são constituídos por cópias dos documentos fiscais encaminhados pelo Consórcio Copa 2014 ao Ministério do Esporte. Dessa forma, ficamos limitados de opinar sobre a autenticidade das documentações, referentes aos demais custos, apresentadas pelo Consórcio Copa Não foram consideradas nas nossas análises as cópias não legíveis. 5. Devido à relevância dos assuntos mencionados nos parágrafos 02 a 04, a extensão de nossos trabalhos não foi suficiente para nos possibilitar expressar a nossa opinião sobre a totalidade dos pagamentos realizados em favor do Consórcio Copa 2014, referentes aos demais custos. (...) (grifos não contidos no texto original) Assim, a ausência de manifestação conclusiva da MRP em relação à totalidade dos pagamentos realizados, pela não validação de parte dos documentos examinados, visto tratarem-se de cópias, por vezes ilegíveis, impede a obtenção de certeza em relação à questão central, isto é, a conformidade dos pagamentos feitos, face à indisponibilidade dos elementos que permitissem um parecer conclusivo sobre o fato. b) O escopo da perícia contábil não abrangeu outras inconsistências apontadas no Relatório de Auditoria nº da Controladoria Geral da União, relativo às contas da SE/ME referente ao ano de 2011, destacando-se, entre as constatações e recomendações exaradas à época, a Análise do Controle Interno relativa à Constatação , e as seguintes recomendações a respeito: (...) Constatação (...) 4. O novo cálculo a ser feito deverá expurgar das novas planilhas, específicas para as subcontratações, os custos decorrentes da mão de obra de empregados diretos, de acordo com os índices declarados nas planilhas apresentadas pelo Consórcio no processo licitatório, 42

43 considerando-se apenas os custos efetivamente incorridos, tomando-se por base o valor das Notas Fiscais das subcontratadas e adicionando-se àquele valor apenas os custos de repasse, incluídas a taxa de lucro e as despesas legais. Desta forma, as planilhas com os novos custos, evidentemente menores do que aqueles utilizados para cobrança dos serviços faturados, deverão ser aplicadas retroativamente a todos os valores pagos ao Consórcio, decorrentes de serviços subcontratados, fazendo-se o cotejamento entre o pago e o efetivamente devido, em função da nova planilha expurgada, promovendo-se, após o encontro de contas, o ressarcimento correspondente. 5. Deverá, igualmente, ser elaborada uma nova planilha específica para o caso da empresa Galo Publicidade, que incluiu no Quadro de Acompanhamento Contratual os seus sócios, J.M.G.S., M.O.J.S.S., A.S.G.N., vez que os encargos sociais e benefícios são diferenciados para os sócios, gerando, portanto, custos também diferenciados, de forma que os valores do fator K aplicados deverão ser recalculados, fazendo-se o cotejamento, retroativamente e para a eventual continuidade do Contrato, dos valores pagos em referência aos sócios citados, promovendose os ressarcimentos decorrentes do ajuste. (...) Recomendação 1: Elaborar novas planilhas de custos específicas para eventuais subcontratações, considerando as desonerações decorrentes do repasse de encargos trabalhistas e sociais às empresas subcontratadas pelo Consórcio Copa Recomendação 2: Elaborar planilhas específicas para o caso de empresas cujos sócios são pagos no âmbito da execução do Contrato, tendo, portanto, custos de encargos previdenciários e sociais diferenciados, a exemplo da empresa Galo Publicidade. Recomendação 3: Revisar todos os valores pagos ao Consórcio Copa 2014 desde o início da execução contratual, relativos aos serviços subcontratados, a partir do cotejamento feito em vista das planilhas desoneradas dos custos não incorridos, promovendo-se o ressarcimento dos valores indevidamente pagos. Recomendação 4: Glosar os valores pagos ao Consórcio Copa 2014 relacionados a inconsistências em Notas Fiscais, empresas e profissionais, apontadas no presente Relatório. (...) 43

44 Em relação ao item 5 da constatação e às recomendações 2 e 4, em especial, não foram encontradas evidências que pudessem demonstrar que estas tivessem sido tratadas no âmbito da perícia contábil. c) Não foram encontradas evidências de que tenham sido glosados valores referentes ao pagamento, ao Consórcio, de valores relativos aos consultores apontados pelo Relatório da Controladoria-Geral da União, como sendo servidores públicos federais, e cujos pagamentos, portanto, foram realizados de forma indevida. d) A despeito de não haver opinado sobre a integralidade dos pagamentos efetuados pelo Ministério do Esporte ao Consórcio Copa 2014, destaca-se que a perícia contábil concluiu por desconformidade em pagamentos, no montante de R$ ,74, sendo R$ ,74 referente a Subcontratações, e ,00 relacionados ao item Demais Custos. Reitera-se que tais valores não representam a totalidade dos pagamentos indevidos apontados no Relatório da CGU, não tendo sido adotados, no âmbito da contratação da empresa MRP, os procedimentos necessários à completa apuração de todas as irregularidades apontadas no Relatório anteriormente citado e tampouco foi identificada a adoção de providências conforme determinado pelo Acórdão nº 3435/2012-TCU- Plenário, de 10/12/2012, já anteriormente referido. #/Fato# CONSTATAÇÃO Desclassificação das propostas de melhor preço baseada em exigência editalícia que não guarda relação com a natureza de produto esperado na contratação de prestação do serviço de perícia contábil, incorrendo em despesas antieconômicas no valor de R$ ,00, em decorrência de desclassificações com motivação desprovida de suficiente fundamentação técnica. Fato Em referência ao processo de contratação de serviço de perícia contábil, que culminou na formalização do Contrato n 10/2013, constatou-se que, no julgamento das propostas de preços, a Comissão Permanente de Licitação do ME desclassificou as duas propostas melhor classificadas, em benefício da terceira classificada, mediante fundamentação em item constante no Edital, o qual não guarda relação com a natureza de produto esperado na contratação. Ressalte-se inicialmente, a existência de inconsistências nos termos do Edital e no seu Anexo I, onde: i. No item 8 do Edital Da Proposta de Preços, exige-se, entre os elementos integrantes da proposta, os seguintes itens: (...) Prazo para execução do serviço em conformidade com aqueles fixados no Projeto Básico, Anexo I deste ato convocatório Prazo de garantia dos serviços executados. 44

45 Prazo de validade da proposta não inferior a 60 (sessenta) dias a contar da abertura da sessão pública. (...) (Grifo não contido no texto original) ii. No entanto, no Projeto Básico, Anexo I do Edital, consta no item 6 Da Proposta Comercial, a exigência das seguintes informações, em relação aos prazos: (...) c) Validade da proposta de 60 (sessenta) dias, contados da data de entrega deste Termo de Referência; d) Prazo de Execução, contado a partir da data de assinatura do respectivo contrato. (...) Não há, portanto, no Anexo I, qualquer exigência em relação a prazo de garantia dos serviços executados. O fato de tal exigência constar nos termos do Edital e de não constar no tópico equivalente no Projeto Básico, deveria, por si só, ser motivo suficiente para sua desconsideração, pela dubiedade de interpretações que poderia ser suscitada, não fosse a sua impertinência e ausência de razoabilidade, face ao tipo de produto a ser originado com a execução dos serviços. A exigência de um prazo de garantia para os serviços, conforme item , não é adequada ao tipo de produto e só seria pertinente caso se tratasse de entrega de um bem. Não é do que trata o caso presente, cujo produto é um documento. Deve-se considerar que um parecer ou as conclusões de uma perícia contábil de natureza econômica, não poderão perder sua validade, caso tenham sido produzidos de acordo com as normas e padrões que regiam a questão à época de sua elaboração. Seria desarrazoado supor que as conclusões e pareceres produzidos, atestando a conformidade ou não de pagamentos feitos pelo Consórcio Copa 2014, viessem a perder sua validade após o prazo de 60 dias, a exemplo do prazo que foi estipulado pela licitante vencedora. No entanto, conforme consta na Ata de Reunião de Abertura das propostas, a ausência na proposta comercial da explicitação deste prazo de garantia para os serviços a serem executados, foi, unicamente, a fundamentação utilizada pela Comissão Permanente de Licitação para inabilitar quatro das licitantes que tiveram suas propostas de preço verificadas, duas entre as quais apresentaram propostas com preços mais vantajosos para a Administração Pública (Quadro a seguir). Quadro Valores apresentados nas propostas dos fornecedores participantes da licitação que culminou na formalização do Contrato n 10/2013. Fornecedor CNPJ Valor da proposta (R$) Maciel & Auditores Independentes SS ME Staff Auditoria & Assessoria EPP / , / ,00 45

46 MRP Auditoria e Consultoria / ,00 Uhy Moreira Auditores / ,00 Pelegrini & Rodrigues Auditores Independentes S/S EPP Fonte: Processo nº / / ,00 A justificativa da Comissão foi exposta nos seguintes termos: (...) As licitantes Maciel e Auditores Independentes SS ME, Staff Auditoria & Assessoria EPP, Staff Auditoria & Assessoria EPP e Pelegrini & Rodrigues Auditores Independentes S/S EPP, não apresentaram prazo de garantia dos serviços a serem executados, conforme descrito no item do edital, ficando constatado que a licitante MRP Auditoria e Consultoria, a única que apresentou a proposta de preços em conformidade com o (sic) exigências do edital, sagrando-se vencedora do certame, (...) (grifos não contidos no texto original). Tendo interposto recurso, entendendo que sua desclassificação fora motivada pela ausência da explicitação do prazo de apresentação das garantias contratuais, após a assinatura do instrumento, exigência do item 13 do Termo de Referência, a empresa Maciel & Auditores Independentes SS ME foi, mesmo assim, desclassificada pela Comissão de Licitação, mediante o desprovimento do recurso. Ressalte-se que o entendimento da Maciel & Auditores Independentes não pode ser considerado injustificado, da mesma forma como o das outras três licitantes desclassificadas pelo mesmo motivo, que igualmente não estipularam tal prazo em suas propostas, cuja exigência foge à razoabilidade que deve reger os atos administrativos. Destacam-se os termos constantes da análise feita pela Comissão de Licitação, ao negar provimento ao recurso apresentado pela Maciel & Auditores: (...) 7. Com relação ao exame do recurso interposto, vale dizer, que todo ato administrativo deve atender, entre outros princípios, o da legalidade, razoabilidade, moralidade, da igualdade, da motivação, sendo de relevo consignar que em sede de licitação todos os atos da Administração devem sempre almejar o atendimento ao princípio da isonomia, da vinculação ao instrumento convocatório e da legalidade.(...) Ante a inconsistência do argumento carente de fundamentação técnica, utilizado para desclassificar as propostas mais vantajosas, verifica-se que os princípios a que se referiu a Comissão não foram por ela própria atendidos, no presente caso, restando evidenciada a contratação de proposta de preço 71,7% superior à melhor proposta apresentada. #/Fato# Causa Deficiências de planejamento da licitação, referentes a inconsistência entre os termos do Edital da Licitação e do Projeto Básico (Anexo I do Edital). #/Causa# Manifestação da Unidade Examinada 46

47 Em resposta ao Relatório Preliminar, encaminhado em 18/06/2014, o gestor manifestouse, no documento intitulado Manifestação, encaminhado por meio do Ofício n 465/2014/SE-ME, de 12/08/2014, informando o seguinte: A contratação da auditoria contábil é parte do Plano de Medidas Saneadoras ao Contrato 53/2009. O contrato n 10/2013 teve como objeto a "contratação de serviços de auditoria independente na área contábil para exame dos pagamentos efetuados no âmbito do contrato n 53/2009, celebrado entre o Ministério do Esporte e o Consórcio Copa 2014." Quanto à desclassificação das propostas, esclarece-se que de acordo com a análise registrada no Relatório de Auditoria, "a exigência de um prazo de garantia para os serviços, conforme item 8.1.4, não é adequado ao tipo de produto e só seria pertinente caso se tratasse da entrega de um bem". Mencionou o mesmo relatório que "o fato de tal exigência constar nos termos do Edital e de não contar no tópico equivalente no Projeto Básico deveria, por si só, ser motivo suficiente para sua desconsideração". Registra-se que minuta de edital seguiu os trâmites legais, com o exame prévio pela Consultoria Jurídica do Ministério do Esporte e segue em anexo a manifestação do então Presidente da Comissão Permanente de Licitação (Anexo 2) em atendimento à notificação feita pela SE quanto ao conteúdo do Relatório Preliminar (Anexo 1). Adicionalmente, o Diretor do Departamento de Gestão Interna se manifestou, por meio do Despacho n 2335/2014-DGI/SE/ME, de 25/07/2014, contido no Anexo 3 do Ofício n 465/2014/SE-ME, de 12/08/2014, informando o seguinte: (...) 1. Informo que o documento original contendo a manifestação quanto ao teor dessa constatação foi emitido pelo Sr R. W. L., Presidente da Comissão Permanente de Licitação, responsável pela condução do certame que culminou no Contrato nº 10/2013, sendo esta endereçada à Secretaria Executiva, em 24/07/2014. (...) O Ofício n 465/2014/SE-ME encaminhou ainda, no documento intitulado Anexo 2, as manifestações do referido presidente da Comissão Permanente de Licitação à Secretaria Executiva do ME, da qual extraem-se, de forma parcial, os seguintes textos: (...) 3. Com relação ao contido no item , relativo à desclassificação das propostas apresentadas pelas empresas participantes do Convite 01/2013, cabe ressaltar, inicialmente que, visando realizar o procedimento licitatório dentro dos padrões legais e das normas vigentes, o Edital e seus anexos foram analisados e aprovados pela Consultoria Jurídica deste Ministério, onde não apresentou manifestação negativa quanto a exigência contida no subitem do item 8 do Edital do Convite nº 01/ Quanto à aplicabilidade do dispositivo apresentado no referido subitem Garantia de Execução do Serviço, foi uma medida preventiva no intuito de assegurar o Órgão, quanto à qualidade e eficácia do produto 47

48 #/AnaliseControleInterno# apresentado, em que pese tratar-se de Relatório. Este item, além de ter sido aprovado pela CONJUR/ME, como já dito, não foi, em nenhum momento, quando da publicação do Edital ou durante o certame, contestado pelos participantes, tendo sido, inclusive atendido em algumas propostas. 5. A garantia solicitada tinha por objetivo não trazer prejuízos a esse Ministério após o recebimento e pagamento do produto, caso fossem identificadas falhas, esse Órgão pudesse solicitar a correção do mesmo sem custos adicionais. 6. Ressalta-se ainda, que por se tratar de um Relatório de Auditoria Contábil, elaborado com base em uma quantidade significativa de documentos, o ateste das informações contidas requeria tempo, pois sua aferição é tão trabalhosa quanto a sua elaboração. (sic) (...) 10. Quanto ao indeferimento do recurso apresentado pela empresa Maciel & Auditores Independentes SS ME, o prazo de 05 (cinco) dias após a assinatura do Contrato constante daquela proposta, jamais poderia atender sua finalidade, já que a garantia se expiraria antes mesmo da entrega do produto, prevista para 30 dias da assinatura do referido contrato, tornando-se inócua. (...) #/ManifestacaoUnidadeExaminada# Análise do Controle Interno Diante do teor da manifestação apresentada pela Secretaria-Executiva, ressalta-se: a. A análise da Consultoria Jurídica não afasta o dever de controle preventivo a cargo do gestor durante as fases posteriores do certame, quais sejam, na abertura e no julgamento das propostas, fases em que ocorreu a impropriedade apontada; b. A exigência de garantia do produto, para um produto que não comporta tal tipo de garantia, como no caso presente, que foi, porém utilizada pela Comissão Permanente de Licitação para desclassificar a proposta mais vantajosa, não guarda qualquer relação com a qualidade do produto que deverá ser entregue, cujas aferição e conformidade deveriam ser feitas por outros meios, os quais devem ser previstos no Termo de Referência; c. A justificativa contida no item 6 da manifestação, de que (...) o ateste das informações contidas requeria tempo, pois sua aferição é tão trabalhosa quanto a sua elaboração (...), evidencia entendimento incompatível, posto que, de acordo com sua asserção, seriam necessários 30 dias, prazo de duração da execução dos trabalhos, apenas para aferir o produto entregue pela Contratada. Destaca-se, ainda, a fragmentação das justificativas apresentadas, com diferentes manifestações, sendo que apenas aquela do ex-presidente da Comissão Permanente de Licitação tratou da questão de mérito do apontamento efetuado. No entanto, essa manifestação não trouxe argumentos capazes de descaracterizar o registro inicialmente efetuado. 48

49 Recomendações: Recomendação 1: Elaborar e implementar manual de contratações no âmbito do Ministério do Esporte, contemplando, no que tange às fases interna e externa da licitação e das dispensas e inexigibilidades, orientações acerca das necessárias etapas envolvidas no processo de contratação, com destaque para o planejamento prévio, a formalização dos Termos de Referência, dos Editais e dos Contratos, as pesquisas de preços, o processamento e o julgamento das propostas INFORMAÇÃO Informações gerais sobre o Contrato nº 24/2013, referente à contratação de empresa especializada na prestação de serviços de seguro de assistência e acidentes pessoais (morte ou invalidez acidental) destinados a todos os voluntários credenciados no Programa Brasil Voluntário para a Copa das Confederações FIFA Fato Trata-se da análise do Processo nº / , referente a dispensa de licitação, Dispensa de Licitação nº 46/2013, para contratação de empresa para a prestação de serviços de seguro de assistência e acidentes pessoais destinado aos voluntários do Programa Brasil Voluntário, bem como do processo nº / , referente ao processo de pagamento relacionado. Em decorrência da dispensa de licitação, foi formalizado o Contrato nº 24/2013, datado de 13/06/2013, com a empresa MAPFRE Vida SA, CNPJ / , no valor de R$ ,20, contemplando a contratação de seguro para voluntários. A dispensa de licitação, publicada no D.O.U. em 13/06/2013, foi fundamentada no art. 24, inciso V, da Lei nº 8.666/93. O contrato possui período de vigência de 13/06/2013 a 02/07/2013, tendo sido publicado no D.O.U. em 04/07/2013, após o término de sua vigência. Registra-se, tal como ocorreu com o processo que conduziu à formalização do Contrato nº 30/2013, como tratado em item específico deste Relatório, a falta de tempestividade do planejamento do Ministério do Esporte na contratação em análise, cuja formalização foi iniciada no dia anterior àquele de início da vigência do contrato, em 13/06/2013. #/Fato# CONSTATAÇÃO Contratação de empresa especializada na prestação de serviços de seguro de assistência e acidentes pessoais aos voluntários credenciados no Programa Brasil Voluntário para a Copa das Confederações FIFA 2013, Contrato nº 24/2013, a partir de dispensa de licitação que não levou em consideração as exigências da Lei nº 8.666/93 por deficiência das ações de planejamento relacionadas. Fato 49

50 Em análise ao processo de contratação de empresa especializada na prestação de serviços de seguro de assistência e acidentes pessoais aos voluntários credenciados no Programa Brasil Voluntário para a Copa das Confederações FIFA 2013, que resultou na assinatura do Contrato nº 24/2013, foram identificadas falhas nas etapas de formalização da contratação e de execução contratual, a seguir descritas. a) Formalização da dispensa de licitação Dispensa nº 46/2013 A contratação da empresa MAPFRE Vida SA, CNPJ / , para a prestação de serviços de seguro de assistência e acidentes pessoais aos voluntários do Programa Brasil Voluntário, foi realizada a partir de dispensa de licitação com fundamento no art. 24, inciso V, da Lei nº 8.666/93: Art. 24. É dispensável a licitação: ( ) V - quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta, justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para a Administração, mantidas, neste caso, todas as condições preestabelecidas; ( ) O processo relacionado à dispensa de licitação foi autuado a partir de solicitação da Divisão de Aquisições e Contratos, da Coordenação de Gestão de Compras e Contratações (DIACO/COGEC/CGLOG/DGI), em 12/06/2013. O Memorando nº 202/DIACO/COGEC/CGLOG/DGI, de mesma data, e dirigido à Coordenação-Geral de Recursos Logísticos, informa que o Convite nº 5/2013 não obteve três propostas válidas, mas somente duas, menciona a Súmula 248 do Tribunal de Contas da União, transcrevendo-a, e propõe que seja dada ciência da situação ao Diretor de Gestão Interna. A Súmula 248 do Tribunal de Contas da União, de 24/08/2005, dispõe que: Não se obtendo o número legal mínimo de três propostas aptas à seleção, na licitação sob a modalidade Convite, impõe-se a repetição do ato, com a convocação de outros possíveis interessados, ressalvadas as hipóteses previstas no parágrafo 7º, do art. 22, da Lei nº 8.666/1993. De acordo com a Súmula 248, a repetição do Convite poderia ser dispensada nas hipóteses previstas no art. 22, 7º da Lei nº 8.666/93, que faz referência à impossibilidade de obtenção de três propostas válidas em decorrência de limitações de mercado ou manifesto desinteresse dos convidados, o que não foi caracterizado no processo em análise. A partir dessas informações, o Diretor de Gestão de Interna, por meio de Despacho, de 12/06/2013, determina a instrução de contratação direta, com fulcro no art.24, inciso V, da Lei nº 8.666/93, considerando a comprovada inviabilidade de repetição do Convite, vez que os voluntários deveriam estar sob a cobertura de seguro a partir do dia 13/06/2013. Registra-se, adicionalmente, que a Ata da Reunião de Abertura do Convite nº 5/2013, que teria sido fracassado e que não poderia ser repetido, data, também, de 12/06/2013. Assim, a inviabilidade de repetição do Convite está diretamente relacionada a 50

51 deficiências de planejamento em relação à contratação a ser realizada e não a eventuais restrições de mercado ou a eventual desinteresse de convidados. Verifica-se, conforme exposto, que a licitação anterior foi realizada na modalidade Convite, o que inviabilizaria a contratação por dispensa de licitação com fundamento no art. 24, inciso V, da Lei nº 8.666/93, considerando o teor da Orientação Normativa/AGU nº 12, de 01/04/2009, publicada no D.O.U. de 07/04/2009, Seção 1. De acordo com a citada Orientação Normativa, não é possível enquadrar a dispensa de licitação no art. 24, inciso V, da Lei nº 8.666/93 caso a licitação anterior, deserta ou fracassada, tenha sido realizada na modalidade Convite, o que se verificou no caso em análise. Em análise à formalização do processo de dispensa de licitação, identificaram-se, ainda, as seguintes falhas em sua instrução: a) não consta do processo razão da escolha do fornecedor ou executante, tampouco justificativa de preços (previsão constante do art. 26, parágrafo único, incisos II e III, respectivamente, da Lei nº 8.666/93); e b) não foi juntado parecer jurídico emitido sobre a dispensa de licitação (previsão constante do art. 38, inciso VI, da Lei nº 8.666/93). Destaca-se que a razão da escolha do fornecedor, a justificativa de preços e o parecer jurídico são os itens que deveriam ter sido contemplados na instrução do processo de dispensa de licitação e os mesmos deixaram de ser juntados ao processo. Foi identificada, também, a realização de procedimento não previsto para a apresentação de propostas de preços para contratação a partir de dispensa de licitação. Foram encaminhadas, em 12/06/2013, mais de 40 mensagens eletrônicas a possíveis interessados, convidando-os a apresentar proposta para contratação a partir de dispensa de licitação. As propostas deveriam ser apresentadas no mesmo dia, às 16 hs, no Ministério do Esporte. Essa situação caracteriza a realização de dispensa de licitação, com características de licitação na modalidade Convite, sem a prévia formalização acerca de realização de pesquisa de preços e sem a necessária juntada de parecer jurídico acerca da dispensa de licitação realizada. Considerando o exposto, adicionalmente às falhas de formalização identificadas, verifica-se que a contratação ocorreu a partir de dispensa de licitação com fundamento indevido, o que poderia ter sido evitado caso se tivesse observado o disposto no art. 38, inciso VI, da Lei nº 8.666/93, que indica a necessidade de juntada, ao processo de licitação, de dispensa ou de inexigibilidade, de parecer técnico ou jurídico emitidos sobre a licitação. A contratação foi autorizada e a dispensa de licitação reconhecida pelo Coordenador- Geral de Recursos Logísticos, por meio de Despacho CGLOG/DGI/SE/ME, de 12/06/2013. A dispensa de licitação foi ratificada pelo Diretor de Gestão Interna, por meio de Despacho DGI/SE-ME, de 12/06/2013. A publicação da dispensa de licitação foi realizada no D.O.U. em 13/06/2013. b) Formalização do contrato Contrato nº 24/2013 No que diz respeito à formalização do Contrato nº 24/2013, registra-se que o Contrato possui data de 13/06/2013 e, pelo Ministério do Esporte, foi assinado pelo Diretor de Gestão Interna. Ocorre que em sua cláusula 6.2 consta referência à Nota de Empenho 2013NE800576, de 14/06/2013, informação que não estaria disponível em 13/06/

52 Adicionalmente, registra-se que todas as folhas do contrato possuem carimbo com a seguinte inscrição Visto, 24.jun.2013, Novos Negócios Vida, indicando que essa seria a data em que o contrato teve seu teor validado pela contratada. O extrato do contrato foi publicado no D.O.U. em 04/07/2013, após o término de sua vigência, que ocorreu em 02/07/2013. Registre-se, ainda, a inexistência de segregação de funções ao longo de todo o processo de contratação. A demanda foi originada no Departamento de Gestão Interna, com posterior determinação do Diretor de Gestor Interna para contratação direta com fundamento no art. 24, inciso V, da Lei nº 8.666/93. A ratificação da dispensa de licitação, Dispensa nº 46/2013, foi assinada pelo Diretor de Gestão Interna, bem como o contrato dela decorrente, Contrato nº 24/2013. c) Execução contratual Em relação à execução contratual, não se identifica juntado aos processos, de formalização ou de pagamento, documento de designação de fiscal do contrato, tampouco constam documentos que permitam aferir a quantidade de voluntários beneficiários do seguro contratado, por cidade-sede, o que permitiria validar o valor do seguro a ser pago, ou informações acerca do cumprimento das cláusulas contratuais. A Fatura Mensal de Prêmios, Fatura nº , emitida em 19/07/2013 e apresentada ao Ministério do Esporte, possui o valor de R$ ,53 e está relacionada ao pagamento de seguro de pessoas. A Fatura possui o atesto de Assessora da Secretaria Nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social, em 31/07/2013, com o seguinte teor Atesto a presente nota. Registra-se, contudo, que não foram juntados ao processo quaisquer documentos ou informações acerca da execução do contrato, do número efetivo de voluntários beneficiários do seguro, de eventuais acidentes ocorridos e que tenham demandado a assistência contratada, tampouco de eventual atendimento que tenha ocorrido. Assim, a partir da análise dos processos de formalização contratual e de pagamento, verifica-se que todo o procedimento que resultou na contratação de seguro aos voluntários do Programa Brasil Voluntário no âmbito da Copa das Confederações FIFA 2013, bem como o pagamento decorrente, foi realizado sem a necessária observância de requisitos previstos na Lei nº 8.666/93, acarretando em contratação por meio de dispensa de licitação fundamentada de forma indevida, com destaque às seguintes impropriedades: - utilização de fundamentação indevida para a dispensa de licitação, considerando orientação da Advocacia-Geral da União, Orientação/AGU nº 12/2009; - ausência de pesquisa de preços; - ausência de razão da escolha do fornecedor; e - ausência de parecer jurídico emitido acerca da dispensa de licitação. #/Fato# Causa Deficiências de planejamento das contratações no âmbito do Ministério do Esporte, resultando em instrução de contratação direta na véspera do necessário início de vigência do contrato. 52

53 Determinação do Diretor de Gestão Interna de realização de contratação direta, em decorrência de licitação anterior fracassada, na modalidade Convite. Essa ação acarretou a não observância da necessária repetição do convite, vez que não caracterizada limitação do mercado ou manifesto desinteresse. Adicionalmente, não foi observada orientação da AGU no sentido de que a dispensa de licitação não poderia ser fundamentada no art.24, inciso V, da Lei nº 8.666/93, caso a licitação anterior tivesse sido realizada na modalidade Convite. O descumprimento à orientação da AGU poderia ter sido evitado, assim como a indevida fundamentação legal da dispensa, caso tivesse sido observado requisito de instrução processual das dispensas de licitação, previsto na Lei nº 8.666/93, e que diz respeito à emissão de parecer jurídico acerca da dispensa de licitação. Inobservância, pelo Diretor de Gestão Interna, de necessárias formalidades na instrução de processo de contratação direta, com o seu prosseguimento sem a necessária juntada da pesquisa de preços e sem a emissão de parecer jurídico acerca da dispensa de licitação. Inobservância do princípio da segregação de funções pelo Diretor de Gestão Interna, por ocasião da condução do processo de dispensa de licitação e de formalização contratual, de forma que todos os atos relacionados, da determinação de realização de contratação direta à assinatura do contrato foram por ele formalizados. #/Causa# Manifestação da Unidade Examinada Em resposta ao Relatório Preliminar, encaminhado em 18/06/2014, o gestor manifestouse, no documento intitulado Manifestação, encaminhado por meio do Ofício n 465/2014/SE-ME, de 12/08/2014, informando o seguinte: (...) Antecipa-se entendimento de que as inconsistências apontadas são passiveis de medidas saneadoras e, quanto às recomendações de cunho estruturante, com vistas ao aprimoramento da gestão assume-se o compromisso com: a) elaboração de manual de contratações no âmbito do Ministério do Esporte, contemplando orientações acerca das necessárias etapas envolvidas no processo de contratação, destacando-se o planejamento prévio, as etapas a serem obrigatoriamente observadas por ocasião da condução das diferentes modalidades de licitação e de contratações diretas, sejam elas decorrentes de dispensa ou de inexigibilidade de licitação, a necessidade de designação de fiscal de contrato, contemplando suas atribuições e obrigações, a necessidade de observância ao principio da segregação de funções, bem como incluindo as sanções aplicáveis em caso de descumprimento das orientações constantes do manual; (...) Em item específico da citada Manifestação, relacionado ao registro , é informado: O Programa Brasil Voluntário é parte da agenda de realização da Copa das Confederações FIFA 2013 e Copa do Mundo FIFA 2014, formulado no âmbito do Ministério do Esporte, em conjunto com o Comitê de 53

54 Responsabilidades/GECOPA e implementado com participação dos três entes federativos. O escopo das atividades a serem realizadas (recrutar, selecionar e capacitar voluntários) contemplou a contratação de cursos de capacitação, aquisição de uniformes, alimentação e o mencionado seguro. Tendo em vista a própria natureza voluntária do trabalho a ser desenvolvido, a contratação do seguro foi fundamental para garantir o êxito do programa, uma vez que a adesão e presença dos voluntários capacitados dependia da garantia de condições mínimas para desenvolvimento das atividades. Informa-se que os esclarecimentos quanto à dispensa de licitação foram fornecidos pelo Diretor do Departamento de Gestão Interna, por intermédio do Despacho n 2349/2014 DGI/SE/ME, de 04/08/2014 (Anexo 3) e pela a fiscal do contrato à época (Anexo 4). A manifestação encaminhada por meio do Despacho nº 2349/2014 DGI/SE/ME, de 04/08/2014, relacionada ao Anexo 3, é reproduzida a seguir: Em atendimento ao Oficio nº 15545/2014/DRTES/DR/SFC/CGU-PR, encaminho as informações relacionadas às constatações consignadas no Relatório Preliminar de Auditoria nº , com vistas a subsidiar resposta da Secretaria Executiva à Controladoria-Geral da União. (...) Formalização da Dispensa de Licitação 2. A manifestação em relação à constatação apresentada no Relatório da CGU nº requer, necessariamente, o registro dos fatos e atos que deram origem à forma de contratação ora questionada. 3. Assim, passo a expor a contextualização das circunstâncias que permearam a prática dos atos administrativos questionados por meio do Relatório. 4. Em 22 de janeiro de 2013, o Governo Federal lançou o Programa Brasil Voluntário. Na primeira etapa, voltada para a Copa das Confederações 2013, havia o objetivo de formar sete mil voluntários para ajudar na organização do Evento. Na abertura das inscrições, houve o compromisso de custear despesas com capacitação, seguro e uniformes para os voluntários, entre outros. 5. Nesse sentido, a Coordenação do voluntariado deu inicio à confecção dos Termos de Referência relativos às contratações que foram assumidas para com os candidatos que viessem a se inscrever e fossem selecionados. 6. No final de abril de 2013, mais precisamente no dia 25/04/2013, tomei posse como Diretor do Departamento de Gestão Interna e busquei conhecer as demandas tidas como urgentes e que necessitariam de medidas imediatas, no tocante à realização de procedimentos licitatórios de forma a garantir que contratações acessórias voltadas para atuação do voluntariado fossem concluídas em tempo compatível com o inicio do evento. 54

55 7. Nesse contexto, a Coordenação do Programa encaminhou, em 16/05/2013, o Memorando nº 17/2013/Voluntariado - ME (fis Processo n / ), solicitando a contratação de seguro para os voluntários, sendo o Termo de Referência encaminhado como anexo. 8. O processo foi autuado em 17/05/2014 (sexta-feira). Naquela mesma data, a Divisão de Aquisições e Contratos iniciou pesquisa de mercado, encaminhando a mais de uma centena de endereços eletrônicos de entes públicos, onde se buscou identificar possível contratação de objeto semelhante pela Administração Pública (fis. 29 e 30), não se obtendo resposta positiva de nenhum dos destinatários (fis ). 9. Na seqüência, a Coordenação de Gestão de Compras e Contratações encaminhou, via , solicitações de cotação de preços, para o objeto descrito no Termo de Referência, para mais de 20 (vinte) endereços eletrônico de empresas e representantes do mercado de seguro (fis ). A área demandante submeteu junto com o Termo de Referência 03 (três) cotações de preços, apresentadas pelas seguintes empresas: Companhia Excelsior de Seguros, Mapfre Vera Cruz Seguradora S/A e Fatus Consult A. C. de Seguros Ltda, conforme mapa de pesquisa de Preços acostado aos autos (fl. 101). 10. Esse mapa registra o valor médio total estimado de R$ ,00 (cinco milhões, seiscentos e trinta e quatro mil, setecentos e noventa reais) para (sete mil) voluntários, durante o período de 07/06 a 04/07/ Após observações e ponderações feitas por mim, a Coordenação do Voluntariado realizou ajustes e readequação no Termo de Referência, o qual passou a contemplar o quantitativo total de pessoas e, também, previu a cobertura da Apólice somente para os dias de efetiva atuação dos voluntários. 12. A COGEC, anexando esse novo Termo de Referência, solicitou nova cotação às empresas consultadas anteriormente. Foi obtida apenas uma cotação da empresa Liber Corretora de Seguros Ltda., indicando o valor total de R$ ,59 (setenta e um mil, novecentos e trinta e seis reais e cinqüenta e nove centavos), fls Nesse novo cenário, entendeu-se por bem contatar as empresas consultadas, sendo informado por algumas, ao telefone, que se tratava de uma carteira de cobertura não usual de mercado e que não teriam interesse em apresentar preços. 14. Assim, houve a decisão de realizar licitação na modalidade convite, pois a cobertura prevista da apólice não se amoldava às carteiras de seguro usualmente comercializadas, sobretudo pelo fato de que havia dias de atuação dos voluntários intercalados com dias em que não haveria cobertura. 15. Em observância às disposições legais aplicáveis, foi marcada a abertura do certame para o dia 12/06/2013, às 9 horas, sendo certo que a cobertura da apólice, para os voluntários que atuariam na abertura do evento em Brasília, deveria ter início a O hora do dia seguinte (13/06/2014). 55

56 16. Na hora marcada, foi aberta a sessão, verificando-se que apenas duas empresas apresentaram envelopes com propostas comerciais, havendo uma terceira que enviou seu representante somente para acompanhar os procedimentos. Como não se obteve o número de 3 (três) propostas válidas, o convite se tornou automaticamente fracassado, ocasião em que os envelopes foram devolvidos aos autores das propostas. 17. Diante desse cenário, houve a necessidade de tomada de decisão sobre qual a alternativa poderia ser adotada, levando-se em conta que restavam poucas horas para que o objeto fosse contratado e o risco para a Administração fosse mitigado, caso ocorresse algum sinistro com os voluntários. 18. Assim, a minha decisão foi pela convocação de empresas do ramo, inclusive as consultadas para apresentar orçamento e, também, as que retiraram o Edital, para comparecerem em sessão pública, agendada para 16 horas do mesmo dia 12/06/2013, visando a escolha de interessado para contratação direta, com fulcro no Art. 24, V, da Lei nº 8.666/93, sendo formalizadas, às empresas convocadas, as regras e os procedimentos que seriam adotados na sessão. Para tanto, um novo processo foi autuado sob o nº / No horário definido, compareceram as empresas Companhia de Seguros Previdência Sul - Previsul e Mapfre Vida S.A. com propostas no valor de R$ ,20 e R$ ,80, respectivamente. Ao ser questionada se sua proposta estava em consonância com o Termo de Referência, a empresa Previsul, que apresentou a menor oferta, solicitou que sua proposta fosse desconsiderada, alegando que não havia considerado, em seu cálculo, o item de cobertura "Translado por Acidente", exigido no Termo de Referência, conforme registrado em Ata, fls Próximo de 19 horas, ainda do dia 12/06/2013, concluiu-se a negociação com a empresa Mapfre Vida S.A., obtendo-se daquela o valor final de R$ ,20 (noventa e oito mil, cinqüenta e nove reais e vinte centavos). Após ser considerada a melhor oferta, dentre aquelas que atenderam as regras da convocação, mais especificamente, do Termo de Referência, a vencedora garantiu que os voluntários estariam segurados por apólice regularmente emitida, a partir da "zero hora" do dia 13/06/ Em razão da ausência de tempo entre o término da sessão pública e o início da cobertura de seguro, restou impossível a submissão dos autos para manifestação prévia da Consultoria Jurídica, procedimento esse que entendo ser o ideal. 22. Feitas tais ponderações, passo a manifestar-me sobre o teor da constatação, que afirma que houve uma contratação direta com fundamentação legal indevida. O apontamento tem como sustentação as disposições da Orientação Normativa AGU nº 12, de 01/04/2009, que prevê textualmente: ORIENTAÇÃO NORMATIVA Nº 12, DE I0 DE ABRIL DE

57 O ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO, no uso das atribuições que lhe conferem os incisos I, X, XI e XIII, do art. 4º da Lei Complementar nº 73, de 10 de fevereiro de 1993, considerando o que consta do Processo nº / , resolve expedir a presente orientação normativa, de caráter obrigatório a todos os órgãos jurídicos enumerados nos arts. 2 e 17 da Lei Complementar n 73, de 1993: NÃO SE DISPENSA LICITAÇÃO, COM FUNDAMENTO NOS INCS. V E VII DO ART. 24 DA LEI Nº 8.666, de 1993, CASO A LICITAÇÃO FRACASSADA OU DESERTA TENHA SIDO REALIZADA NA MODALIDADE CONVITE. INDEXAÇÃO: CONTRATAÇÃO DIRETA. DISPENSA. LICITAÇÃO FRACASSADA. LICITAÇÃO DESERTA. CONVITE. REFERÊNCIA: arts. 22 e 24, inc. V e VII, da Lei n 8.666, de 1993; Súmula TCU nº 248; Decisões TCU 274/94-Plenário, 56/2000- Segunda Câmara; Acórdãos TCU 1089/Z003-Plenário e 819/Z005- Plenário. JOSÉ ANTONIO DIAS TOFFOLI 23. Nesse particular, cabe ressaltar que as orientações expedidas pela Advocacia-Geral da União/AGU possuem a finalidade de padronizar o procedimento e uniformizar o entendimento dos profissionais advogados pertencentes a sua estrutura e atuam no âmbito dos diversos entes públicos, consoante transcrição da "Introdução" das Orientações Normativas expedidas pela AGU, a partir de 2009: As orientações normativas expedidas pelo Advogado-Geral da União possuem a finalidade de padronizar o procedimento e uniformizar o entendimento sobre temas jurídicos relevantes e controversos, facilitando sobremaneira a atuação dos advogados públicos federais. O processo é dinâmico, vale dizer, sempre surgirão controvérsias ou serão identificados temas que poderão ser objeto de novas orientações normativas. A eficácia desta fórmula depende da ativa participação dos integrantes das carreiras da Advocacia-Geral da União, no sentido de identificar temas jurídicos relevantes e controversos, propondo a edição de novas orientações normativas, o que poderá ser feito por meio do cgu.uniformizacao@agu.gov.br ( ) 24. Portanto, não há, em meu entendimento, um ato normativo que vincula a atuação do gestor público, mas tão somente indica o posicionamento dos advogados e consultores jurídicos diante de casos concretos a eles submetidos. 25. Nesse contexto, é inegável que todo ato administrativo praticado após e em consonância com o pronunciamento da CONJUR indica maior segurança jurídica ao agente e não menos importante é o fato de que no caso ora justificado, tal manifestação mostrou-se impossível de ser obtida. 57

58 26. Outro ponto também relevante diz respeito às premissas que levaram a AGU a editar a Orientação nº 12/2009, quais sejam: 27. A realização de licitação na modalidade convite induz ao entendimento de que a própria Administração escolhe os interessados em executar o objeto pretendido e uma licitação deserta poderia indicar que a escolha não foi adequada. 28. Não obstante, quando iniciado o procedimento que objetivou a realização de pesquisa de preços junto ao mercado, buscou-se identificar todas as empresas do ramo, visto que a natureza desses serviços acaba por restringir o universo de interessados, isto é, o Departamento não se restringiu a convidar apenas 3 (três) empresas, mas sim todas aquelas que se teve notícia como já explicitado nos parágrafos nº 7 e Acrescenta-se, ainda, que a segurança jurídica ideal para a conclusão do procedimento foi reforçada com a manifestação e aprovação pela CONJUR da minuta do Edital de Carta Convite e seus Anexos, nos moldes exigidos no Parágrafo Único, do Art. 38, da Lei nº 8.666/93 (fls , Processo nº / ). 30. Ainda cumpre registrar que, na descrição da constatação foi registrada a não observância dos requisitos contidos nos incisos II e III, do Art. 26, da Lei nº 8.666/93. Nesse sentido, convém esclarecer que os requisitos dispostos no parágrafo único do art. 26 da Lei nº 8.666/93, mais especificamente os incisos II e III, foram observados na realização da contratação, embora não tenham sido devidamente explicitados nos autos. Ou seja, a razão de escolha do fornecedor prevista no inciso II do art. 26 da Lei nº 8.666/93 resta demonstrada quando da realização da Sessão Pública destinada a escolher, dentre os interessados, a oferta mais vantajosa para a Administração, não necessariamente a de menor preço, mas a resultante da premissa menor preço combinada com a oferta que tenha sido elaborada levando em conta as exigências do Termo de Referência a serem atendidas pela proponente. Assim, resta, portanto, explicitado a razão de a empresa contratada à época ter sido a escolhida. 31. Quanto à justificativa do preço, o grande intervalo entre o orçamento feito inicialmente (R$ ,00) e o posterior (R$ ,56) demonstra claramente que se tratava de objeto não usualmente contratado pelo Poder Público, e o que se buscou no procedimento teve como foco a negociação com a empresa selecionada para que aquela reavaliasse sua proposta e apresentasse um valor menor, o que foi obtido em negociação feita, à época, pela COGEC. 32. Assim, a inexistência de parâmetro no "mercado para a cotação de cobertura de seguro nas características e condições demandadas pelo Programa Brasil Voluntário acabaram,por revelar uma dificuldade de julgar se o preço final obtido seria o ideal ou não. Nesse sentido, entendo que a justificativa do preço, contida no inciso III do mesmo artigo, salvo juízo melhor fundamentado, foi observada e atendida. 33. Ainda consta do registro em Relatório, que o analista identificou "a realização de procedimento não previsto para a apresentação de propostas de preços para contratação a partir de dispensa de licitação." Com efeito, o 58

59 rito de uma dispensa de licitação não se encontra descrito na lei de licitações, sendo que aquele estatuto silencia sobre como deve o agente público proceder para escolher uma proposta respeitando o princípio da isonomia, da transparência e da proporcionalidade. 34. Vale dizer, que o procedimento adotado no Ministério do Esporte é idêntico ao realizado por mim quando Dirigente no Ministério da Saúde, para aquisição de mais de R$400 milhões de reais em vacinas H1N1. Iniciativa considerada inédita, elogiada e endossada pelo Ministério Público Federal, Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União e pela Secretaria Federal de Controle Interno/CGU, no ano de Assim, entendo que não houve qualquer descumprimento de norma na fundamentação do ato que dispensou a licitação com fulcro no inciso V, do Art. 214, da Lei nº 8.666/93, sobretudo pelo fato de o interesse público se mostrar supremo diante de qualquer outro principio administrativo, respondendo o agente público nos casos de omissão em relação a seu dever de agir, dada a indisponibilidade desse mesmo interesse público. Formalização do Contrato 36. Com relação à segregação de função informo que a demanda não foi originada pelo Departamento de Gestão Interna, conforme entendimento consignado no Relatório de Auditoria. Trata-se de demanda da Secretaria Nacional de Educação, Lazer e Inclusão Social - Programa Brasil Voluntário, conforme Memorando n 17/2013 recebido em 16/05/2014 (fls Processo n / ). 37. Já a definição da modalidade de licitação compete ao Diretor do DGI e não à área demandante. 38. Por sua vez, o ato de Ratificação da dispensa de licitação é realizado pelo Ordenador de Despesas, que, no presente caso, pela sua alçada, compete ao Diretor do DGI. Execução Contratual 39. Inobstante a ausência de designação formal de Fiscal, esse munus foi devidamente exercido pela Coordenadora do Programa Brasil Voluntário, sendo certo que as informações relativas à execução contratual competem à área demandante do serviço, que acompanhou e atestou as notas fiscais apresentadas pela Contratada. Por sua vez, a manifestação da fiscal do contrato à época, relacionada ao Anexo 4, é reproduzida a seguir: Trata-se de resposta ao Ofício nº 424/2014/5E-ME, datado de 22 de julho de 2014 e recebido no dia 24 de julho de 2014, encaminho manifestação acerca do Relatório Preliminar de Auditoria da Controladoria-Geral da União, no tocante à análise dos apontamentos relacionados à contratação de empresa especializada na prestação de seguro de assistência e acidentes pessoais aos voluntários credenciados no Programa Brasil Voluntário para a Copa das Confederações FIFA 2013, Contrato nº 24/

60 Em específico, responde-se ao item do referido relatório, no contexto das atribuições inerentes ao cargo ocupado pela justificante, qual seja, assessora da Secretaria Nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social do Ministério do Esporte, no exercício da coordenação do Programa Brasil Voluntário. Passa-se às considerações. Inicialmente, informa-se que o Programa Brasil Voluntário teve como objetivo a seleção e capacitação de voluntários para atuação direta no planejamento operacional da Copa das Confederações FIFA 2013 e Copa do Mundo FIFA 2014, em ação conjunta entre o Governo Federal, Governos Estaduais e Cidades-Sede. Importante historiar que o Ministério do Esporte estabeleceu, no âmbito do Grupo Executivo da Copa do Mundo FIFA GECOPA, uma sistemática de reuniões presenciais nas cidades-sede dos eventos, intitulada de "Planos Operacionais para a Copa do Mundo", as quais abrangeram as principais temáticas relacionadas à operação do evento, dentre as quais o programa de voluntários. As reuniões dos planos operacionais envolveram o levantamento das demandas e ações necessárias para a atuação dos voluntários, bem como possíveis obstáculos e suas respectivas soluções. Para além dos planos operacionais, as equipes do Ministério do Esporte e dos demais órgãos envolvidos no âmbito das cidades e Estados, forma realizadas inúmeras reuniões de trabalho durante o processo de preparação da Copa das Confederações. Especificamente em relação à informação de inexistência de documentos que permitam aferir a quantidade de voluntários beneficiários do seguro contratado, importante informar que o número de beneficiários a serem segurados foi baseado na demanda de voluntários apresentada pela cidadesede nas diversas reuniões de trabalho informadas anteriormente. Inicialmente, a meta de voluntários para a Copa do Mundo 2014 foi fixada em , sendo para a Copa das Confederações 2013, conforme Objetivo 0686, que busca "coordenar, monitorar e fomentar os esforços governamentais de preparação e realização da Copa do Mundo FIFA 2014 e eventos o ela relacionados", divididos em aproximadamente voluntários por cidade-sede, quantidade essa ajustada após a materialização do planejamento operacional do Programa de Voluntariado Público em cada cidade-sede. Nesse sentido, a proporção de beneficiários do seguro contratado pelo Ministério do Esporte foi definida levando em consideração do número de voluntários capacitados por cidade-sede, dentro do limite de voluntários por cidade. Destaca-se que, pela própria natureza voluntária da atividade, ainda que o ME e cidades-sede tenham olvidado todos os esforços para que o candidato capacitado participasse, era materialmente impossível auferir com total segurança a quantidade de voluntários que participariam do programa integralmente. 60

61 Contudo, sendo responsabilidade do ME garantir cobertura securitária de qualquer voluntário que viesse a ser convocado, e a necessidade de se definir um quantitativo de voluntários a serem segurados durante a fase de planejamento da operação do evento, usou-se o número limite de voluntários por cidade-sede (1.166), abatendo-se a taxa média de desistências em atividades voluntárias, de aproximadamente 30% (trinta por cento), para definir a quantidade de beneficiários do seguro a ser contratada. Salienta-se que a mencionada taxa média foi determinada após reuniões com coordenadores do Programa de voluntariado da FIFA e das Olimpíadas de Londres Esse parâmetro, inclusive, foi o motivador para que o valor pago à seguradora contratada fosse MENOR que o valor inicialmente avençado, visto decisão da prefeitura do Rio de Janeiro em reduzir o número de voluntários às vésperas do evento Copa das Confederações. Contudo, a partir do momento em que o voluntário estava apto a ser convocado e no contexto do numero de voluntários indicado pela cidade-sede, sua cobertura foi contabilizada, ainda que o ME não pudesse ter 100% de segurança que o mesmo iria se apresentar para atuar ou não. Os voluntários foram convocados via , baseado em planilhas de inscritos aptos a serem convocados, enviada pela Universidade de Brasília ao Final da Capacitação. No que diz respeito à ausência de documento relatando acidentes ocorridos que tenham demandado a assistência contratada, cumpre informar que tal documento não foi juntado ao processo pelo fato de não ter ocorrido nenhum acidente que ensejasse o acionamento do seguro. Essa prática é a mesma que ocorre em demais seguros (por exemplo, veículos ou casas), só existe alguma materialização documental por parte da empresa contratada da execução do contrato de seguro no caso de ocorrência de sinistro ou acidente, o que não aconteceu durante o evento. Em relação ao cumprimento das obrigações contratuais, a seguradora contratada forneceu a este ME informações para acionamento do seguro em caso de acidentes, que foi repassado aos gestores locais, o que, felizmente, não foi necessário em nenhuma das 6 (seis) cidades-sede. 3. CONCLUSÃO Esclarecidos todos os apontamentos do Relatório Preliminar concernentes as atribuições da ora justificante, coloco-me à disposição da Controladoria-Geral da União para informações adicionais. São essas as considerações. Embora não exista qualquer referência, na manifestação encaminhada, de documento anexado, foi apresentado o documento de consolidação dos planos operacionais relacionado ao Programa Brasil Voluntário, contemplando (a) a metodologia que teria sido utilizada, (b) informação de que a Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro desenvolveria Programa próprio de voluntariado, (c) pontos de discussão dos planos operacionais, (d) distribuição de voluntários por cidade-sede e por área de atuação ou informações acerca das providências relacionadas à seleção e à alocação de voluntários, incluindo Brasília, Fortaleza, Belo Horizonte, Recife e Salvador. 61

62 #/ManifestacaoUnidadeExaminada# Análise do Controle Interno Registra-se, inicialmente, que as manifestações apresentadas por meio do Ofício nº 465/2014/SE-ME, de 12/08/2014, e relacionadas ao registro específico estão fragmentadas em quatro partes distintas dos documentos encaminhados pelo gestor, quais sejam: - No corpo do citado ofício, ao ser referenciada a adoção de providências estruturantes relacionadas a procedimentos de contratação e de planejamento das contratações, em sentido convergente com recomendação efetuada; - No documento anexado ao Ofício e denominado Manifestação, em que é apresentada contextualização acerca da implementação do Programa Brasil Voluntário e de sua importância; - No Despacho nº 2349/2014 DGI/SE/ME, de 04/08/2014, constante do Anexo 3, em que são apresentadas informações acerca do procedimento de formalização da contratação; e - No Documento apresentado no Anexo 4, acompanhado dos planos operacionais elaborados e que tratam do programa de voluntariado, por meio do qual a responsável pelo Programa Brasil Voluntário à época apresenta informações acerca da forma de elaboração desses planos e da definição da quantidade de voluntários que atuariam na Copa das Confederações FIFA 2013, bem como informa que não houve a necessidade de utilização do seguro. Assim, a partir das informações apresentadas pelo Diretor de Gestão Interna, por meio do Despacho nº 2349/2014 DGI/SE/ME, de 04/08/2014, tem-se que o processo de contratação, formalizado a partir de dispensa de licitação, não contemplou, pelas circunstâncias do seu processamento, os requisitos exigidos na Lei nº 8.666/93 em relação à razão da escolha do fornecedor e à justificativa de preços, tampouco parecer jurídico emitido sobre a dispensa de licitação, requisitos constantes dos art. 26 e 38 da referida Lei. Esta ocorrência é corroborada em trecho da manifestação apresentada em que é explicitado que os requisitos dispostos no parágrafo único do art. 26 da Lei nº 8.666/93, mais especificamente os incisos II e III, foram observados na realização da contratação, embora não tenham sido devidamente explicitados nos autos. Ainda em relação às considerações apresentadas, inicialmente é descrito um panorama da implementação do Programa Brasil Voluntário, indicando a data de seu lançamento, objetivos, público alvo previsto para a Copa das Confederações, entre outras informações. É registrado que o lançamento do Programa ocorreu em 22/01/2013 e que na abertura das inscrições houve o compromisso de custear despesas com capacitação, seguro e uniforme. Assim, as iniciativas de planejamento das aquisições e contratações necessárias deveriam ter sido prontamente iniciadas, de forma a evitar a inobservância à Lei de Licitações por ocasião das contratações decorrentes, como ocorreu com a contratação de seguro. A manifestação indica a posse do Diretor de Gestão Interna, responsável pelo processamento dessa contratação, em 25/04/2013 e que o termo de referência da contratação em análise foi recebido em 16/05/2013. Verifica-se, assim, que a data de encaminhamento do citado termo de referência ratifica a deficiência de planejamento em relação à contratação em questão, conforme inicialmente registrado, inclusive em virtude de a data de abertura das propostas do Convite ter sido marcada para a véspera 62

63 da data em que o seguro deveria estar contratado, de forma a não impactar as atividades previstas para os voluntários. Na sequência, são indicadas as providências inicialmente adotadas voltadas ao processamento da contratação de seguro para os voluntários da Copa das Confederações FIFA 2013, no âmbito de convite autuado no processo / A manifestação encaminhada faz referência a convite autuado no processo / , diverso daquele da contratação de seguro para o voluntariado. Registra-se que o processo de contratação relacionado à dispensa de licitação (processo / ) faz referência unicamente ao fato de não terem sido apresentadas propostas em número suficiente para o processamento do convite, sem que tenham sido inseridas informações, mesmo que sob a forma de documento elaborado pela área responsável pela contratação, indicando a realização de pesquisa de preços, de forma que o processo contivesse tal informação, como requerido na Lei nº 8.666/93. A ausência de manifestação da área jurídica é justificada pelo gestor em decorrência da falta de tempo hábil entre a finalização do processamento da dispensa de licitação e o início da cobertura do seguro. Destaca-se, no entanto, que o parecer jurídico deveria ter sido obtido previamente ao processamento da dispensa de licitação e não após o término desse processo, conforme informação apresentada para justificar a inexistência de tempo hábil para submissão do procedimento à analise da CONJUR/ME. Na sequência, o gestor aborda a questão de inadequação do enquadramento do fundamento legal utilizado, indicando que a Orientação Normativa da AGU tem por finalidade padronizar procedimentos e uniformizar entendimentos dos profissionais pertencentes à sua estrutura e que atuam no âmbito dos diversos entes públicos, indica que essas orientações não vinculariam a atuação do gestor público e que indicariam o posicionamento dos advogados e consultores jurídicos diante de casos concretos a eles submetidos. Sendo orientação aos advogados pertencentes ao quadro da AGU, pela força do inciso VI do art. 38 da Lei nº 8.666/93, a uniformização de entendimentos propicia padronização aos atos da gestão pública. Indica, também, que a manifestação e aprovação efetuada pela CONJUR/ME, em relação à minuta do Convite, reforçaria a segurança jurídica da contratação ora em análise. No entanto, a contratação em análise refere-se à contratação efetuada a partir de dispensa de licitação e a análise efetuada pela CONJUR foi no âmbito da contratação por meio de Convite. Por fim, o gestor indica que o procedimento de realização de cotações presenciais por ocasião da realização de contratação mediante dispensa de licitação foi por ele adotado à época em que atuava junto ao Ministério da Saúde e que a iniciativa foi elogiada e endossada pelos órgãos de controle. Destaca-se, contudo, que essa situação não descaracteriza a situação apontada. Quanto às informações relacionadas à formalização do contrato, em que pesem as justificativas apresentadas, a partir da análise do processo de formalização da contratação não é possível identificar que tenha ocorrido a justificada segregação de funções, vez que todos os atos constantes do processo analisado e que tiveram impacto na forma de contratação, em seu processamento e na contratação decorrente foram formalizados pelo Diretor de Gestão Interna. Em relação à manifestação apresentada pela fiscal do contrato à época, são indicados os critérios e parâmetros utilizados para o dimensionamento do quantitativo de voluntários 63

64 estimado para cada cidade-sede, bem como foram anexados os planos operacionais elaborados junto às cidades-sede e que permitiram esse dimensionamento. Ainda, foi informado que não existiram ocorrências que pudessem ensejar a utilização do seguro. Ocorre que essas considerações, ou quaisquer outras informações gerenciais acerca da execução do contrato não foram anexadas ao processo de pagamento, de forma que se pudesse validar os valores que foram atestados e pagos à contratada. #/AnaliseControleInterno# Recomendações: Recomendação 1: Elaborar e implementar manual de contratações no âmbito do Ministério do Esporte, contemplando orientações acerca das necessárias etapas envolvidas no processo de contratação, destacando-se o planejamento prévio, as etapas a serem obrigatoriamente observadas por ocasião da condução das diferentes modalidades de licitação e de contratações diretas, sejam elas decorrentes de dispensa ou de inexigibilidade de licitação, a necessidade de designação de fiscal de contrato, contemplando suas atribuições e obrigações, a necessidade de observância ao princípio da segregação de funções, bem como incluindo as sanções aplicáveis em caso de descumprimento das orientações constantes do manual. Recomendação 2: Apurar os fatos relacionados à deficiência de planejamento das contratações que ensejaram a contratação direta, por dispensa de licitação, sem a observância às etapas previstas na Lei nº 8.666/93. Recomendação 3: Verificar a adequação dos valores praticados àqueles de mercado, a partir de pesquisa de preços, e avaliar a adequação dos valores efetivamente pagos, considerando o quantitativo de voluntários segurados, por cidade-sede, e a avaliação quanto ao cumprimento das obrigações contratuais, registrando os resultados das análises realizadas INFORMAÇÃO Informações gerais sobre o Contrato nº 30/2013, cujo escopo inclui a contratação de consultoria especializada para o "apoio necessário ao gerenciamento para organização e realização da Copa do Mundo FIFA ". Fato Trata-se da análise do Processo nº / , com origem na Assessoria Extraordinária de Coordenação dos Grandes Eventos Esportivos, da Secretaria- Executiva do Ministério do Esporte ASSEGE/SE/ME, relativo à Concorrência Pública nº 01/2013, conforme Edital publicado no D.O.U. em 04/07/2013, na página 161 da Seção 3, cujo objeto consiste em entrega de produtos, sob demanda, que constituirão o apoio necessário ao gerenciamento para organização e realização da Copa do Mundo FIFA 2014, especificamente em relação às seguintes áreas: (1) Suporte à Supervisão Estratégica do Empreendimento; (2) Suporte ao Planejamento Integrado Gestão de Informação; (3) Monitoramento Integrado; e (4) Suporte à Avaliação Estratégica do Empreendimento. Decorrente do processo licitatório, Concorrência do tipo Técnica e Preço, foi considerado vencedor do certame o Consórcio PWC Apoio ao Gerenciamento FIFA 2014, CNPJ / , tendo sido celebrado o Contrato Administrativo nº 64

65 30/2013, em 25/11/2013, pelo valor de R$ ,16, com vigência de 18 meses, a partir da data de assinatura. A publicação do extrato do contrato no D.O.U. deu-se em 12/12/2013. O Gestor do Contrato foi designado em 13/12/2013. O escopo da auditoria englobou o processo de formalização da contratação, além da execução contratual referente ao mês de dezembro de 2013, ocasião em que foi entregue o primeiro produto contratado. Registra-se que não foi analisada a consistência e a qualidade desta entrega (Relatório). Conforme consta nos itens 7, 8 e 9 da Nota Técnica nº 009/2013/CGCOPA/ASSEGE/SE/ME, de 29/05/2013, tratar-se-ia de contratação de serviços especializados de consultoria para apoio ao gerenciamento da organização da Copa do Mundo FIFA 2014, visando o suporte necessário para a execução eficiente da missão de coordenar a organização do evento, habilitando o órgão para que sejam definidas e implementadas todas as ações para que a Copa 2014 seja tecnicamente bem implantada, dentro do cronograma e orçamentos de referência e com a qualidade prevista, especialmente no que tange às ações previstas no item 6 da presente Nota Técnica. Tal necessidade seria devida ao encerramento, no dia 30/07/2013, do Contrato nº 53/2009 celebrado anteriormente com o Consórcio Copa 2014, para a mesma finalidade. Destaca-se a falta de tempestividade do planejamento do Ministério do Esporte na condução do processo, uma vez que, sabedor dos prazos demandados pelo processo licitatório, não adotou tempestivamente as providências necessárias para evitar solução de continuidade dos serviços de consultoria, os quais, segundo suas justificativas, seriam indispensáveis para o monitoramento das ações da Copa 2014, de forma a garantir o sucesso do evento. Com efeito, apenas o prazo de 45 dias para a abertura dos envelopes da concorrência, a partir da publicação do edital, a partir do início da instrução processual em 29/05/2013, sem considerar todo o trâmite da fase interna e os prazos de eventuais recursos em cada fase, já permitiria antever a impossibilidade de evitar solução de continuidade dos contratos. A descontinuidade do Contrato nº 53/2009 ao seu término, em Julho/2013, foi determinada pelo Acórdão nº 3435/2012 TCU Plenário, com conversão do processo em Tomada de Contas Especial, face à constatação de irregularidades e danos ao erário em decorrência de pagamentos indevidos pelo ME àquele Consórcio, no decorrer da execução contratual. Na instrução do Processo de contratação em análise, foi apresentado, anexo à Nota Técnica nº 009/2013, o Termo de Referência (TR) com as especificações da contratação e dos produtos a serem entregues. Estimou-se o custo da contratação em R$ ,28, com fundamento em preços e quantitativos de mão de obra das Ordens de Serviço referentes aos meses de fevereiro a abril/2013 do Contrato nº 53/2019 com o Consórcio Copa Adicionalmente, de acordo com os itens 7 e 8 do TR, os serviços mensais seriam solicitados por meio de Ordens de Serviço estabelecidas após reunião prévia com a Contratada, até o último dia útil do mês antecedente à execução dos serviços. Constava no item 4 do Edital, entre as condições de participação, a exigência de capital social mínimo de R$ ,00 (10% do valor estimado da contratação) para empresa nacional, individualmente ou consorciada com empresa nacional ou estrangeira (item 4.1), ou de R$ ,00, no caso de Consórcio, considerado o somatório dos capitais sociais das empresas consorciadas, na proporção de sua respectiva participação 65

66 (item 4.2). Tais valores foram identicamente reproduzidos no item 6.2.3, letra a, do Edital, como comprovação da Qualificação Econômico-Financeira. Posteriormente, o processo foi encaminhado para a análise da CONJUR/ME. Antes do término desta análise, o Assessor Extraordinário da Coordenação de Grandes Eventos Esportivos Substituto, CPF *** **, encaminhou à CONJUR/ME um novo Termo de Referência, sob a justificativa de que teriam sido (...) redefinidos os critérios de julgamento da proposta técnica, para melhor adequação ao objeto/objetivo do certame.(...), conforme consta no Memorando nº 76/2013/SE/ASSEGE-ME, de 28/06/2013. No entanto, o novo TR apresentou não só alterações na forma da avaliação e pontuação da Nota Técnica, mas também outras mudanças no Edital, em especial nas Condições de Participação (item 4 do Edital), assim como na comprovação da Qualificação Econômico-Financeira (item 6.1.3), pela supressão da exigência de capital mínimo de 10% do valor estimado da contratação, que constavam no item 4 do TR inicial. Ressalta-se que, caso tivesse sido mantida a exigência inicial de capital mínimo, o Consórcio PWC Apoio ao Gerenciamento FIFA 2014, vencedor do certame, teria sido inabilitado para a concorrência, em virtude de constatar-se que a empresa líder do consórcio, a PricewaterhouseCoopers Serviços Profissionais Ltda., não apresentava capital mínimo de 10% do valor estimado da contratação. Seu capital era de R$ ,00, conforme Balanço Patrimonial de 31/12/2012, e, uma vez que, tendo participação de 95% no consórcio, o capital necessário para sua qualificação econômico-financeira seria de R$ ,97. Tal modificação, assim, culminou por permitir a participação da futura Contratada na concorrência, o que, de outro modo, não teria sido viável, vez que a empresa não possuiria o capital mínimo inicialmente exigido. #/Fato# CONSTATAÇÃO Atraso na formalização do Contrato n 30/2013, com consequente impacto e alteração no cronograma de entrega de produtos inicialmente planejados no respectivo Termo de Referência sem justificativa fundamentada. Fato Em referência ao Contrato n 30/2013, de acordo com o seu Termo de Referência, era previsto que o período de gerenciamento das ações de organização da Copa teria duração de 12 meses, para o qual o ME necessitaria do suporte da consultoria contratada, com entrega de produtos dos tipos 1, 2 e 3, que deveria iniciar-se em agosto/2013, após findo o contrato com o Consórcio Copa 2014, até o término da Copa do Mundo FIFA 2014, em 13/07/2014. A partir de então, em 15/08/2014, iniciar-se-ia a fase contratual descrita como Suporte à Avaliação Estratégica do Empreendimento, de 6 meses, a partir do término do evento, com a entrega de produtos do tipo 4, para consolidação geral das informações a respeito de todas as ações desenvolvidas para a organização e realização da Copa do Mundo FIFA Dessa forma, seriam entregues os produtos discriminados no Quadro a seguir, mensalmente, na quantidade e períodos mostrados: Quadro Produtos especificados no Termo de Referência que originou o Contrato n 30/

67 Produto Quantidade Período 1 A 12 unidades Agosto/2013 Julho/2014 (12 meses) 1 B 12 unidades Agosto/2013 Julho/2014 (12 meses) Tipo 1 1 C 12 unidades Agosto/2013 Julho/2014 (12 meses) 1 D 12 unidades Agosto/2013 Julho/2014 (12 meses) 1 E 12 unidades Agosto/2013 Julho/2014 (12 meses) 1 F 12 unidades Agosto/2013 Julho/2014 (12 meses) Tipo 2 12 unidades Agosto/2013 Julho/2014 (12 meses) Tipo 3 12 unidades Agosto/2013 Julho/2014 (12 meses) 4 A 6 unidades Agosto/2014 Janeiro/2015 (6 meses) Tipo 4 4 B 6 unidades Agosto/2014 Janeiro/2015 (6 meses) 4 C 6 unidades Agosto/2014 Janeiro/2015 (6 meses) Fonte: Elaborado pela Equipe de Auditoria conforme informações constantes no Termo de Referência que originou o Contrato n 30/2014. De acordo com os autos do processo, houve o atraso na formalização do Contrato n 30/2013, ocorrendo a publicação no D.O.U. do extrato do referido ajuste no dia 12/12/2013. Considerando a data de assinatura do contrato, em 25/11/2013, e que o Termo de Referência definiu entregas de produtos do tipo 1, 2 e 3 na quantidade de 12 unidades, infere-se que o período de monitoramento inicialmente planejado (agosto de 2013 a julho de 2014) se reduziu, uma vez que suprimiu-se o monitoramento referente ao período de agosto a novembro de No entanto, a despeito da redução do período de execução contratual em 4 meses, o primeiro produto foi entregue apenas quatro dias após a publicação do Contrato no D.O.U., conforme relatado na Constatação deste Relatório, razão pela qual considera-se que a execução contratual ficou prejudicada no período de agosto de 2013 a novembro de 2013). Frisa-se que o valor correspondente ao período mencionado totaliza o montante de R$ ,96. Uma vez que os serviços de monitoramento, em sua primeira fase, encerram-se concomitantemente ao término da Copa do Mundo FIFA 2014, portanto, em julho de 2014, quando se inicia o período da avaliação e consolidação das informações relativas ao evento (produtos do tipo 4), conforme estabelecido no item 18 do Termo de Referência, a primeira fase de monitoramento tornou-se temporalmente menor, de dezembro de 2013 a julho de 2014, totalizando 8 meses, em contrapartida aos 12 meses inicialmente considerados no Termo de Referência. Esta mudança, a princípio, demandaria um ajuste na quantidade de produtos a serem entregues, em função da redução do período de monitoramento, com consequente redução do valor do contrato. Conforme ata de Reunião de Planejamento Inicial, realizada em 24/10/2013, um mês antes da assinatura do contrato (em 25/11/2013), entre a PWC e o Ministério do Esporte, teria sido decidida a alteração do cronograma, descrita nos seguintes termos no tópico Assuntos Tratados item 3 (Processo / , registro anexado ao primeiro Produto, entregue em 29/11/2013, 4 dias após a assinatura do contrato): (...) 3. Com relação ao cronograma de elaboração dos produtos, foi acordado que os produtos de Suporte e Monitoramento serão elaborados mensalmente e, em alguns casos quinzenalmente, conforme o cronograma abaixo: (...) 67

68 Enquanto os produtos de Suporte a Avaliação Estratégica (pós-evento) serão elaborados mensalmente a partir de Julho de 2014, conforme o cronograma abaixo: (...) (grifos não contidos no texto original) A repactuação das entregas, acordada na citada reunião, é discriminada no Quadro a seguir: Quadro Cronograma de entrega dos produtos contidos no objeto do Contrato n 30/2014, após atraso na formalização contratual e reunião realizada entre as parte, em 24/10/2013. Produto Quantidade Período Observação 1 A 12 unidades Outubro/2013 Julho/2014 Entregas quinzenais em (10 meses) Dezembro/2013 e Março/ B 12 unidades Outubro/2013 Julho/2014 Entregas quinzenais em (10 meses) Dezembro/2013 e Março/ C 12 unidades Outubro/2013 Julho/2014 Entregas quinzenais em (10 meses) Dezembro/2013 e Março/2014. Tipo 1 Outubro/2013 Julho/2014 Entregas quinzenais em 1 D 12 unidades (10 meses) Dezembro/2013 e Março/ E 13 unidades Entregas quinzenais em Outubro/2013 Julho/2014 Novembro/2013, Dezembro/2013 e (10 meses) Janeiro/ F 12 unidades Outubro/2013 Julho/2014 Entregas quinzenais em (10 meses) Dezembro/2013 e Março/2014. Tipo 2 12 unidades Outubro/2013 Julho/2014 Entregas quinzenais em (10 meses) Dezembro/2013 e Março/2014. Tipo 3 12 unidades Outubro/2013 Julho/2014 Entregas quinzenais em (10 meses) Dezembro/2013 e Março/ A 6 unidades Julho/2014 Dezembro/2015 (6 meses) - Tipo 4 4 B 6 unidades Julho/2014 Dezembro/2015 (6 meses) - 4 C 6 unidades Julho/2014 Dezembro/2015 (6 meses) - Fonte: Elaborado pela Equipe de Auditoria conforme informações constantes na Ata de Reunião do dia 24/10/2013, contida no Produto 1 (Processo n / , fls 26v-27). Verifica-se que houve mudança na quantidade de meses para a entrega de produtos dos tipos 1, 2 e 3, de forma que estes passariam a ser entregues em um período de 10 meses e não mais em 12 meses. Neste ponto, ressalta-se que o Contrato n 30/2013 somente foi assinado em 25/11/2013 e publicado em 12/12/2013, conforme mencionado anteriormente, e que este cronograma deveria considerar um período de 8 meses para a entrega desses produtos (Dezembro/2013 a Julho/2014). Para comportar as quantidades inicialmente contratadas, o novo cronograma passou a considerar entregas quinzenais. Adicionalmente, destaca-se que os produtos dos Tipos 1-E, neste cronograma pactuado, tiveram sua quantidade aumentada de 12 para 13 produtos, consubstanciando em mudança de escopo contratual. Por último, verifica-se que os produtos tipo 4 foram deslocados temporalmente, de forma que a primeira entrega passou a ser considerada em Julho/2014, e não mais em Agosto/2014, sobrepondo com a entrega dos produtos tipos 1, 2 e 3 neste mês. Desta forma, mediante o procedimento explicitado, viabilizou-se o pagamento do valor integral do contrato, a despeito da redução temporal da vigência contratual referente aos meses de agosto a novembro de 2013, em que não haveria execução contratual. Destaca-se que os serviços de assessoria e monitoramento não são passíveis de serem recuperados, como seria possível proceder-se no caso de uma obra atrasada, por 68

69 exemplo. Seria necessária apenas, ao início da execução contratual, uma atualização dos dados a respeito do andamento das ações da Copa, conforme efetivamente consta no primeiro produto produzido pela PWC. Ressalte-se que não foi identificada no processo a devida comprovação formal, tecnicamente fundamentada, que demonstrasse a efetiva necessidade da entrega dos produtos intermediários (quinzenais), de forma a justificar o procedimento adotado. Dessa forma, uma vez que a execução contratual estaria prejudicada em 4 meses, não deveriam ser considerados tais pagamentos. No entanto, uma vez que o primeiro produto foi entregue prontamente no início da vigência contratual, conforme relatado na Constatação deste Relatório, conclui-se pelo potencial dano ao Erário no valor de R$ ,96, decorrente da não repactuação de prazos e produtos, considerando a diminuição real do período de prestação de serviço de agosto de 2013 a novembro de Constata-se, portanto, que diante da falta de celeridade do Ministério do Esporte em formalizar o Contrato n 30/2013, foi buscada a adequação do objeto, sem alteração do valor contratual, à nova realidade temporal do ajuste. No entanto, a natureza do serviço contratado, a despeito de se materializar em entrega de produtos, consubstancia-se em monitoramento e suporte em prol do evento Copa do Mundo FIFA 2014, de forma que a contratada disponibiliza profissionais (consultores) que são remunerados temporalmente. De fato, os produtos contratados têm seu valor calculado baseado tanto no valor quanto na quantidade de homem/hora necessários para gerá-los. Dessa forma, a natureza do Contrato n 30/2013 não permitiria que a entrega de seu objeto fosse readequada temporalmente, uma vez que, na realidade, contratou-se produtos baseados em horas de consultoria prestadas, sob demanda, em apoio ao gerenciamento para organização e realização da Copa do Mundo FIFA #/Fato# Causa Deficiências Administrativas e de gestão e falha dos controles internos administrativos, os quais acarretaram a repactuação de entregas de produtos antes da formalização do contrato e levaram a uma alteração do cronograma dessas entregas, em um período contratual menor, com a consequente manutenção do valor inicialmente pactuado. #/Causa# Manifestação da Unidade Examinada Em resposta ao Relatório Preliminar, encaminhado em 18/06/2014, o gestor manifestouse, no documento intitulado Manifestação, encaminhado por meio do Ofício n 465/2014/SE-ME, de 12/08/2014, informando o seguinte: Esclarece-se que a alteração do cronograma não foi conseqüência do atraso na formalização do contrato. Tem-se aqui dois fatos independentes, como se passará a demonstrar. Quanto ao atraso na formalização do contrato, este decorreu do prazo necessário para disponibilização do CNPJ do Consórcio vencedor da licitação, e respectivo registro na Junta Comercial competente. Com respaldo do art.64 da Lei n 8666/93 procurou-se, em observância à supremacia do interesse público, prestigiar a economicidade garantida pelo melhor preço obtido na licitação, principalmente porque não seria 69

70 razoável abdicar do melhor preço por razões de trâmite burocrático, cujos prazos não estavam sob governabilidade da licitante vencedora ou do Ministério do Esporte. No que respeita à alteração do cronograma de entrega dos produtos, de acordo com o informado pela ASSEGE/SE no Memorando n 116/2014/ASSEGE/SE/ME e Nota Técnica n 21/2014/ASSEGE/SE/ME, o Terno de Referência da Concorrência n 01/2013 não previa entregas mensais, diferentemente do que é apontado no Relatório Preliminar. As informações estão aprofundadas no (Anexo 5). Adicionalmente, o gestor se manifestou, por meio da Nota Técnica n 21/2014/ASSEGE/SE/ME, de 18/07/2014, contida no Anexo 5 do Ofício n 465/2014/SE-ME, de 12/08/2014, informando o seguinte: Inicialmente, cabe esclarecer que o Termo de Referência que deu início ao processo da contratação em questão não previa entregas mensais, diferentemente do que é apontado no Relatório Preliminar (pg. 52). Leia-se o item 3 daquele documento, que também consta com texto idêntico no Contrato Administrativo nº 30/2013: 3. OBJETO DA CONTRATAÇÃO 3.1 Constitui-se objeto da contratação a entrega de produtos, sob demanda, que constituirão o apoio necessário ao gerenciamento para organização e realização da Copa do Mundo FIFA 2014, especificamente em relação às seguintes áreas: (1) Suporte à Supervisão Estratégica do Empreendimento; (2) Suporte ao Planejamento Integrado Gestão de Informação e (3) Monitoramento Integrado; e (4) Suporte à Avaliação Estratégica do Empreendimento. (grifo nosso) Uma vez que o Termo de Referência definiu, de modo claro, que os produtos deveriam ser entregues mediante demanda deste Ministério, fica claro que não havia frequência predefinida de entregas. Isso é reforçado pelo item 11 ( Quantitativo da Contratação), em que o quadro das estimativas dos produtos indica a quantidade de 12 entregas para os produtos 1A, 1B, 1C, 1D, 1E, 1F, 2 e 3, com a seguinte periodicidade: data de assinatura do contrato até o 12º mês ; e a quantidade de 6 entregas para os produtos 4A, 4B e 4C, com a periodicidade dada como 13º mês ao 18º mês. O Ministério do Esporte, exercendo a autonomia decisória que o Termo de Referência lhe proporcionava, decidiu, com base em quesitos técnicos, pela manutenção das doze entregas, o que se concretizou na definição de cronograma ocorrida na Reunião de Planejamento Inicial do dia 24/10/2013. Tendo em vista a intensificação das ações governamentais para a Copa do Mundo, optou-se pela manutenção das doze entregas previstas, com a inclusão de entregas quinzenais em meses estratégicos, em função das reuniões dos Planos Operacionais. Na qualidade de coordenador do Comitê Gestor do Governo Brasileiro para a Copa CGCOPA e do Grupo Executivo da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014 GECOPA-, 1 o ME tem por atribuição coordenar a organização da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014 (Copa do Mundo) no 70

71 âmbito do Governo Federal, por meio da realização de ações relacionadas ao planejamento, execução e acompanhamento da preparação para o evento. Esse papel inclui o acompanhamento da execução dos projetos e ações relacionados à Matriz de Responsabilidades, bem como o planejamento geral das ações da Copa do Mundo. A ação do ME teve como principal foco, a partir de dezembro de 2013, os Planos Operacionais para a Copa do Mundo das diversas áreas temáticas incluídas no GECOPA, que foram implementados pelos órgãos governamentais durante o Mundial. Em reuniões presenciais realizadas em todas as cidades-sede (Reuniões de Integração dos Planos Operacionais), com participação das equipes das Pastas federais e dos representantes dos governos estaduais e municipais envolvidos na preparação para o evento, levantaram-se as demandas e ações necessárias para a execução dos planos em cada área temática, bem como possíveis entraves e suas respectivas soluções. Após os encontros, foram elaborados diagnósticos para cada cidade-sede, com encaminhamentos, prazos e respectivos responsáveis. Na etapa seguinte, o Ministério do Esporte monitorou a execução dos encaminhamentos, intervindo, quando necessário, junto ao órgão participante do GECOPA que detivesse a responsabilidade pela área temática em questão. Tendo em vista que as Reuniões de Integração dos Planos Operacionais ocorreram nos meses de fevereiro, em primeira rodada, e abril e maio, em segunda rodada, o Ministério do Esporte decidiu que a empresa contratada deveria fornecer relatórios quinzenais nos meses que antecederam essas reuniões e no período posterior maio para os quais, portanto, haveria duas rodadas de atualização dos dados, o que proporcionaria à Pasta informações mais atualizadas quando da realização dos encontros. É verdade que o Termo de Referência previa um total de doze entregas em um período global de doze meses. Isso, porém, não implicava a obrigatoriedade de que houvesse uma a cada mês. Os produtos seriam apresentados sob demanda, ou seja, conforme a necessidade do Ministério do Esporte. A preparação para um evento da magnitude da Copa do Mundo envolve uma rede complexa de instituições das três esferas governamentais, bem como entendimentos com entidades privadas ligadas à organização daquele evento; assim, é natural que o processo de preparação seja dinâmico, demandando frequentes revisões e readaptações. Esse dinamismo refletiu-se no estabelecimento de um cronograma com entregas mensais e quinzenais. Uma vez que o Ministério do Esporte decidiu tecnicamente pela manutenção das doze entregas, não houve qualquer razão para alteração dos valores a serem pagos à empresa contratada. A estimativa de custos constante do Termo de Referência, bem como a proposta de preço da Contratada, baseou-se no quantitativo de produtos a serem entregues doze, e não em um número específico de horas, dias ou meses trabalhados. Até o presente momento, todas as demandas solicitadas foram efetiva e tempestivamente realizadas pela empresa, não cabendo, portanto, a redução do valor contratado. 71

72 Para melhor explicitar a periodicidade dos relatórios (Ciclos de Produtos), cabe definir os produtos apresentados em função das demandas deste ME. Para tanto, a tabela abaixo mostra os tipos de relatórios da 1ª fase da avaliação, com as respectivas datas de entrega previstas: Como já observado, nos casos de Ciclos de Produtos quinzenais, o ME optou por períodos estratégicos, tendo em vista as datas programadas para as Reuniões de Integração dos Planos Operacionais para a Copa do Mundo. Finalmente, para se esclarecer que não haverá sobreposição de relatórios produtos 1, 2 e 3 em relação ao produto 4, faz-se necessário delimitar seus conteúdos. Os primeiros produtos (1, 2 e 3) se referem a acompanhamento e avaliação de execução dos projetos da Matriz de Responsabilidades, definidos no Termo de Referência como sendo: i. Produto 1 Suporte à Supervisão Estratégica do Empreendimento, subdivido em 6 (seis) relatórios, conforme descrito no quadro acima; ii. Produto 2 Suporte ao Planejamento Integrado Gestão da Informação, mostrando o andamento das ações de infraestrutura previstas na Matriz de Responsabilidade; e iii. Produto 3 Monitoramento Integrado, demonstrando, primordialmente, por meio de relatórios gerenciais, as ações de monitoramento atualizadas, conforme informado pelas cidades-sede, com estabelecimento de painéis gráficos de monitoramento atualizados, que informam o avanço físico dos projetos, e relatórios de monitoramento do processo do sistema via levantamento e mapeamento das ações suportadas pelo Sistema de Monitoramento e Identificação de Pontos de Controle. 72

73 Já o Produto 4 tratará, mediante uma visão consolidada, do resultado alcançado com as atividades desenvolvidas para a realização do evento Copa, ou seja, será concentrado de maneira específica sobre a avaliação da operação da Copa do Mundo e o balanço das ações que integram a Matriz de Responsabilidades. Portanto, os 6 relatórios previstos em seu escopo contemplarão, a partir de levantamentos junto às cidades-sede, os investimentos realizados, o grau de alcance das metas formuladas, a manutenção e adequação do sistema de monitoramento e a avaliação do monitoramento, com o histórico dos avanços físicos dos projetos. Pelo exposto, não se vislumbra razão para adequação do valor do contrato nº 30/2013, uma vez que a quantidade de entregas de produtos foi mantida a partir de necessidades tecnicamente demonstradas (Recomendação 1). Por conseguinte, restaria prejudicada a apuração de responsabilidades (Recomendação 2). (grifos não contidos no texto original) 1 Conforme estabelecem os artigos 2º e 4º do Decreto de 14 de janeiro de 2010, da Presidência da República, alterado pelos Decretos de 07 de abril de 2010 e de 26 de julho de Da mesma maneira, o Diretor do Departamento de Gestão Interna se manifestou, por meio do Despacho n 2335/ DGI/SE/ME, de 25/07/2014, contido no Anexo 3 do Ofício n 465/2014/SE-ME, de 12/08/2014, informando o seguinte: (...) 1. Informo que o atraso na formalização do contrato nº 30/2013 ocorreu devido a demora da Contratada em disponibilizar o CNPJ do Consórcio, conforme informações contidas nos s, em anexo, trocados entre a empresa PWC e o Ministério do Esporte. 2. Os demais pontos não competem a este Departamento. (...) #/ManifestacaoUnidadeExaminada# Análise do Controle Interno As manifestações do ME não apresentaram justificativas, de forma tecnicamente fundamentada e devidamente comprovada em documentos hábeis, em relação à pactuação de apresentação, pela Contratada, de produtos quinzenais. Entre as justificativas apresentadas, destaca-se a de que: (...) O Ministério do Esporte, exercendo a autonomia decisória que o Termo de Referência lhe proporcionava, decidiu, com base em quesitos técnicos, pela manutenção das doze entregas, o que se concretizou na definição de cronograma ocorrida na Reunião de Planejamento Inicial do dia 24/10/2013.(...) (grifos não contidos no texto original). No entanto, não foram encaminhados documentos e evidências que possam comprovar quais os quesitos técnicos que embasaram a decisão de manutenção das doze entregas de produtos. Não houve anexação de documento que comprovasse a necessidade, os critérios e as metodologias, assim como comprovações da ocorrência das citadas Reuniões de Integração dos Planos Operacionais nos períodos indicados, e os resultados 73

74 delas advindos, de forma que a manifestação apresentada trouxe informações insuficientes para demonstrar a necessidade e a oportunidade de entrega de produtos quinzenais. No mesmo sentido, não foi possível identificar, na manifestação, o motivo de tais produtos quinzenais não terem sido estipulados originalmente no plano de trabalho. Neste ponto, ressalta-se que o Termo de Referência não define objetivamente o que viria a ser cada produto entregue, havendo apenas a sua descrição sucinta, a exemplo do produto do tipo 1-A, denominado Elaboração de material de suporte e acompanhamento de reuniões dos fóruns técnicos para as atividades do Governo Federal na preparação da Copa do Mundo de Dessa forma, devido à insuficiência de objetividade na caracterização dos produtos almejados, o próprio Termo de Referência, em seu capítulo 5, refere-se a uma lista de atividades a ser utilizada para o desenvolvimento dos produtos relacionados no presente Termo de Referência, como, por exemplo: (...) a) Acompanhamento de reuniões em Brasília/DF, acerca de assuntos correlatos às Coordenações elencadas no presente Termo de Referência; b) Acompanhamento de reuniões nas cidades-sede da Copa do Mundo de 2014, acerca de assuntos correlatos às Coordenações elencadas no presente Termo de Referência; c) Acompanhamento de reuniões nos demais Estados da Federação, acerca de assuntos correlatos às Coordenações elencadas no presente Termo de Referência, quando for o caso; d) Elaboração de Apresentações para gestores da Copa do Mundo de 2014 e representantes do Governo Federal, no que concerne à organização e preparação do evento; e) Identificação, dentre as informações disponíveis, dos elementos de maior relevância e urgência para conhecimento dos gestores; f) Proposição de caminhos de solução dos pontos críticos identificados e de possíveis ações para potencialização dos impactos positivos da Copa; g) Suporte à tomada de decisões nos temas relativos à Copa; h) Uniformização dos dados, quando enviados pelos diversos ministérios e órgãos da administração pública, referentes às diferentes áreas de conhecimento envolvidas nos preparativos do país para a Copa; i) Elaboração de documentos de visão geral do andamento dos preparativos para a Copa, consolidando os dados das diferentes áreas de conhecimento envolvidas na gestão; (...) 74

75 Verifica-se que essas atividades seriam executadas pela empresa contratada em prol da geração dos produtos, mas, de acordo com as suas descrições, identifica-se que estas não geram, necessariamente, um produto final, de forma que os profissionais estariam atuando como mão de obra do próprio Ministério do Esporte. Dessa forma, diante da insuficiência de detalhamento do que viria a ser cada produto entregue, o qual deveria ser descrito tanto quanto se descreve um bem a ser adquirido, o Termo de Referência vale-se da metodologia de cálculo do custo de cada produto baseada na quantidade de profissionais necessários para gerá-lo ao exercer as atividades mencionadas, no lapso temporal mensal, conforme estipula o seu capítulo 12, denominado Estimativa dos quantitativos de profissionais e perfis necessários para o desenvolvimento dos produtos, como pode ser verificado no Quadro a seguir, a exemplo, novamente, do produto tipo 1-A: Quadro Estimativa do esforço necessário para gerar o produto 1-A. Profissional Horas/Mês Estimadas Valor Unitário (R$) Valor Total (R$) Coordenador de Área (1) 61,6 178, ,75 Profissional Sênior (1) 105,6 143, ,66 Profissional Médio 105,6 75, ,01 Consultor Nacional , ,72 Técnico Sênior 26,4 40, ,29 Total Geral ,43 Fonte: Termo de Referência, capítulo 12. Assim, a contratada estaria fornecendo mão de obra quantificada e remunerada mensalmente para exercer as atividades, uma vez que o próprio Termo de Referência não definiu objetivamente os produtos esperados, mas definiu a metodologia de remuneração por homem/hora mensalmente. Adicionalmente, registra-se que o Termo de Referência estipulava, no seu item 14, intitulado Custo Estimado da Contratação que: (...) O valor máximo global e mensal estabelecido em decorrência da identificação dos produtos relacionados no presente Termo de Referência, está definido da seguinte forma: (...) (grifos não contidos no texto original). Isto significa que o valor mensal era limitado a um duodécimo da somatória dos valores dos produtos 1, 2 e 3, na primeira fase, e, portanto, a pactuação de entrega de relatórios quinzenais em certos meses de execução confrontava tal determinação, por ultrapassar tal limite, que teria seu valor dobrado nesses períodos. Desta forma, resta claro que o limite era dado pelo valor mensal, o que, por consequência, também redundaria em um único produto mensal, contrariamente ao que pretende justificar o gestor, ao indicar que os produtos seriam gerados por demanda do Ministério do Esporte, originalmente no lapso temporal de doze meses (de agosto de 2013 a julho de 2014) mas que, devido ao atraso na formalização contratual, na prática, reduziu-se para oito meses (de dezembro de 2013 a julho de 2014). Sendo assim, a entrega dos produtos teria sido concebida de forma mensal, uma vez que as próprias estimativas de mão de obra, para formação do custo de cada produto, levam em conta horas mensais de trabalho, não havendo qualquer previsão no Termo de Referência de quantidades variáveis de mão de obra. Adicionalmente, o faturamento definido seria executado mensalmente, assim como deveriam ser as reuniões no último dia útil antecedente ao mês de execução, para discussão e emissão das Ordens de Serviço. 75

76 Destaque-se, ainda, que as informações do ME de que os produtos seriam solicitados por demanda, a partir de Ordens de Serviço previamente emitidas, não subsistem, ante a constatação de que o primeiro produto foi entregue apenas 2 dias após a emissão da primeira ordem de serviço, reputando-se como inviável tal celeridade por parte da contratada, restando evidenciado que a emissão desta visou unicamente dar aspecto formal à situação, sem consonância com a realidade dos fatos, conforme relatado no item deste Relatório. Assim, fica mantido o entendimento anterior, de que houve a perda de objeto correspondente a 4 ciclos dos produtos 1, 2 e 3, mas que a entrega imediata do primeiro produto, conforme relatado na Constatação , implica inferir que houve perda de objeto em 3 ciclos, e que a introdução de entregas quinzenais de produtos, não previstas originalmente no Termo de Referência e no Contrato, não foi devidamente justificada, no valor de R$ ,96 (3 ciclos dos produtos do tipo 1, 2 e 3), decorrente da não repactuação de prazos e produtos, considerando a diminuição do período de prestação de serviço. #/AnaliseControleInterno# Recomendações: Recomendação 1: Adequar o valor do Contrato n 30/2013, considerando a redução do período de suporte e de monitoramento por parte da empresa contratada, com a consequente inexistência de demanda por um período de quatro meses e considerando que a contratação ocorreu sob demanda. Recomendação 2: Apurar os fatos e as responsabilidades, em especial pela morosidade de deflagração do processo licitatório conhecendo a data de extinção do contrato anterior e pela adjudicação do objeto da licitação a pessoa jurídica que não cumpria as formalidades legais para a sua constituição CONSTATAÇÃO Início de execução contratual antes da formalização do Contrato n 30/2013, considerando o atraso em sua formalização. Prestação de serviços pela contratada sem que houvesse a emissão tempestiva das Ordens de Serviço pelo Ministério do Esporte. Fato Em referência ao Contrato n 30/2013, consta no Processo / , relativo à entrega e pagamento do primeiro produto apresentado pela contratada, que as primeiras reuniões de trabalho entre a PWC e o ME, para execução dos serviços, ocorreram já em data de 07/10/2013 a 11/10/2013, conforme comprovam registros às fls. 25 do mesmo processo, citando ata de reunião entre a PWC e o ME, onde, no item 2 Principais Reuniões/Fóruns, consta, no período de 07/10 a 11/10/2013, a descrição das atividades cujo tópico descreveu-se Reunião de alinhamento com o Secretário. No entanto, o Contrato n 30/2013 foi assinado em 25/11/2013, com sua publicação no D.O.U. em 12/12/2013. No cronograma dos trabalhos a serem desenvolvidos, apresentado pela PWC, constava como data da entrega do primeiro produto, o dia 31/10/2013, data em que o contrato administrativo nem mesmo havia sido assinado, o que só veio a ser feito em 76

77 25/11/2013. Verifica-se, portanto, que, mediante autorização tácita do ME, os trabalhos foram iniciados pela PWC em 07/10/2013, por meio da Reunião de alinhamento com o Secretário, ocasião que o processo licitatório ainda se encontrava dentro do prazo de interposição de recursos, e, assim, antes mesmo da adjudicação do contrato e da homologação do certame, que se deu apenas em 10/10/2013. No dia 22/10/2013, foi enviada mensagem à SECOPA/DF, pelo Chefe da Assessoria- Substituto, da Assessoria Extraordinária de Coordenação dos Grandes Eventos Esportivos do ME, CPF *** **, nos seguintes termos: (...) Dando continuidade às gestões pertinentes para a realização da Copa do Mundo da FIFA 2014, o Grupo Executivo GECOPA 2014 está atualizando o 5º Balanço das Ações do Governo Brasileiro para a Copa. (...) Antecipando agradecimentos, informo que os consultores da Price (PwC), que nos leem em cópia, estão à disposição para auxiliar do que for necessário. (...) (grifos não contidos no texto original) No dia 24/10/2013, a PWC iniciou a troca de correspondência eletrônica com os Estados e Cidades-Sede, para obtenção de informações e atualização do andamento das obras da Copa, de onde se destaca a mensagem encaminhada por consultora da PWC à SECOPA/MT, na qual lê-se o seguinte texto: (...) Em 25 de outubro de :52, l. Prezado, Estamos auxiliando o Ministério dos Esportes (sic) na atualização do Balanço da Copa referente ao mês de setembro/2013. Nesse sentido, encaminhamos em anexo ficha para atualização referente às obras de Estádios na data base referida. (...) (grifos não contidos no texto original) Tal fato evidencia o início dos trabalhos antes da necessária formalização contratual e representa inobservância, pelo próprio ME, das cláusulas estabelecidas no Termo de Referência, conforme se verifica nos itens 7 e 8 do Anexo I do Edital, transcrito a seguir: (...) 7. ORIENTAÇÕES GERAIS A RESPEITO DA CONTRATAÇÃO 7.1. Os produtos relacionados no item 4 do presente Termo de Referência serão demandados pela Contratada (sic), conforme necessidade de atuação em decorrência da organização e preparação da Copa do Mundo de

78 7.2. Os serviços da Contratada serão solicitados por meio de Ordens de Serviço específicas, a serem emitidas pelo ME, por intermédio de fiscal/preposto designado na forma do artigo 67 da Lei nº 8.666/93 e IN nº 31 (sic) e seguintes da IN nº 02/2008, do MP. (...) 8. AUTORIZAÇÃO PARA EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS 8.1. Os produtos serão solicitados à Contratada por meio de Ordens de Serviços, conforme modelo abaixo, as quais serão estabelecidas após reunião prévia com a Contratada, até o último dia útil do mês que anteceder à execução dos serviços, e ainda serão emitidas conforme a temática da atividade a ser desenvolvida Os serviços prestados deverão ser materializados nos produtos descritos neste Termo de Referência. (...) (grifos não contidos no texto original) No entanto, conforme se verifica no Processo / , referente à entrega e ao pagamento do primeiro produto apresentado, as Ordens de Serviço foram emitidas somente no dia 27/11/2013, dois dias após a assinatura do contrato, e o produto foi entregue apenas dois dias depois, no dia 29/11/2013, conforme o Relatório de Fiscalização constante do citado Processo. Isto evidencia o descumprimento dos itens 7 e 8 do Termo de Referência, em que as Ordens de Serviço foram emitidas posteriormente à execução dos serviços. O fiscal do contrato, que as emitiu, foi somente designado formalmente em 13/12/2013. Assim, verifica-se, no Quadro a seguir, a cronologia, em relação ao início da execução, comparativamente à formalização contratual: Quadro Cronologia de início da execução do Contrato n 30/2013, comparativamente à correspondente formalização contratual. # Data Fato 1 07/10/2013 a 11/10/2013 Reunião de alinhamento entre a PWC e o ME. 2 10/10/2013 Adjudicação do contrato e Homologação do certame. 3 24/10/2013 Reunião de Planejamento Inicial entre a PWC e o ME. 4 25/10/2013 Início das atividades para obtenção das informações das cidades-sede pela PWC. 5 25/11/2013 Assinatura do Contrato Administrativo nº 30/ /11/2013 Emissão das Ordens de Serviço e autorização de execução referente ao primeiro produto. 7 29/11/2013 Entrega do primeiro produto (conforme Relatório de Fiscalização) 8 12/12/2013 Publicação do extrato do Contrato nº 30/2013 no D.O.U. 9 13/12/2013 Portaria nº 128/2013, com designação do fiscal (gestor) do Contrato. Fonte: Processos Administrativos / e / Registra-se que qualquer contrato administrativo tem sua vigência iniciando-se após sua formalização e consequente publicação no Diário Oficial da União. Neste sentido, especificamente quanto às Ordens de Serviço, registra-se a existência de recomendações expedidas pelo Tribunal de Contas da União, no contexto da análise da execução do contrato com o Consórcio Copa 2014, bem como de Recomendação Legal efetuada pelo Ministério Público Federal, ambos com o intuito de assegurar a conformidade da execução contratual e dos pagamentos a serem executados no âmbito 78

79 de contrato de monitoramento das ações voltadas à preparação e à organização da Copa do Mundo FIFA 2014, conforme se expõe a seguir: a. No Acórdão nº 842/2011 TCU-Plenário, relativo à auditoria no Contrato nº 53/2009, firmado pelo ME com o Consórcio Copa 2014, que antecedeu o Contrato atual com a PWC, foi apontada a inadequação na forma de emissão das ordens de serviço, em relação às quais o Ministro Relator, em seu voto, fez as seguintes considerações, ao final do item 30: (...) Entretanto, verifica-se que a previsão de alocação de mão-de-obra dessa solicitação de serviço novamente corresponde exatamente às estimativas contidas no Cronograma de Permanência contido no edital da licitação e na proposta do Consórcio (fl. 98), as quais têm sido utilizadas como referência para pagamentos do contrato. Essa situação se repete em outras Solicitações de Serviço decorrentes da SS-02. Conclui-se daí que tais ordens de serviço possuem o condão de adequar a execução do contrato à determinação do TCU, de maneira formal, sem, no entanto, representar efetivamente a relação entre os produtos, a carga horária necessária e o custo efetivo.(...) (grifos não contidos no texto original) Destaca-se que metodologia assemelhada, de adequar as ordens de serviço à estimativa da contratação, também é constatada no caso presente, uma vez que as Ordens de Serviço foram emitidas somente a dois dias da entrega do primeiro produto, conforme exposto anteriormente, onde o preço cobrado pelo produto entregue corresponde exatamente ao valor previsto na proposta da contratada, fato que se confirma pelo confronto entre a Nota Fiscal nº 204, de 27/12/2013, da Price-WaterhouseCoopers Serviços Profissionais Ltda., no valor de R$ ,99 e a proposta vencedora apresentada, onde o somatório dos subprodutos parciais totaliza o valor da Nota Fiscal do primeiro relatório de monitoramento, a saber: Produto 1 A R$ ,85 Produto 1 B R$ ,00 Produto 1 C R$ ,78 Produto 1 D R$ ,52 Produto 1 E R$ ,88 Produto 1 F R$ ,10 Produto 2 R$ ,78 Produto 3 R$ ,08 Total R$ ,99 No que diz respeito à atuação do Ministéro Público Federal, a Assessoria Extraordinária de Coordenação de Grandes Eventos Esportivos, da Secretaria-Executiva do ME produziu a Nota Técnica nº 023/2013/ASSEGE/SE/ME, de 30/08/2013, em resposta à Recomendação Legal nº 037/2013, de 16/08/2013, contendo recomendação de suspensão da Concorrência nº 01/2013 (que culminou na formalização do Contrato n 30/2013), bem como da anulação do certame e a confecção de novo edital. A Referida Nota Técnica foi encaminhada a esta Controladoria por intermédio do Ofício nº 535/2013/SE/ME, de 05/09/2013; ao Ministério Público Federal MPF por meio do Ofício nº 518/2013/SE/ME, de 30/08/2013 e ao Tribunal de Contas da União por meio do Ofício nº 517/2013/SE/ME, de 30/08/2013. Dessa Nota Técnica, extraem-se os seguintes trechos, referentes a argumentações e justificativas apresentadas que visavam assegurar ao MPF, ao TCU e à CGU, a conformidade dos termos do Edital de Licitação e das ações subsequentes, com vistas ao prosseguimento do certame: 79

80 (...) 9. Antes de examinar mais detidamente as considerações desenvolvidas na Recomendação, deve-se, de antemão, registrar que o planejamento do certame ora analisado envolveu equipes multidisciplinares e incluiu minuciosa análise de todas as determinações e recomendações emanadas pelo Tribunal de Contas da União, pela ocasião dos trabalhos de fiscalização do Contrato nº 53/2009, notadamente nos Acórdãos 1227/2009, 842/2011 e 3435/2012. Desse modo, é patente o aperfeiçoamento do modelo de contratação, destacando-se que: a) Diferentemente do contrato anterior, que contemplou a métrica homem-hora, o atual modelo de medição será concretizado pelo fornecimento de produtos pré-definidos de forma taxativa, a serem produzidos sob demanda conforme necessidade do Ministério do Esporte; (...) d) O modelo para ordens de serviço foi aprimorado e definido no Edital. (...) (grifos não contidos no texto original) Em relação a apontamento efetuado quanto à ausência de especificação, de forma objetiva, dos produtos e atividades que seriam contratados, citando o Acórdão TCU nº 1.277/2009, o Ministério do Esporte posicionou-se, no item da Nota Técnica retro citada, destacando os termos do Edital, dentre os quais extraem-se os itens 7.2 e 8.1 do Anexo I do Edital, já anteriormente reproduzidos: (...) 7. ORIENTAÇÕES GERAIS A RESPEITO DA CONTRATAÇÃO 7.1. Os produtos relacionados no item 4 do presente Termo de Referência serão demandados pela Contratada (sic), conforme necessidade de atuação em decorrência da organização e preparação da Copa do Mundo de Os serviços da Contratada serão solicitados por meio de Ordens de Serviço específicas, a serem emitidas pelo ME, por intermédio de fiscal/preposto designado na forma do artigo 67 da Lei nº 8.666/93 e IN nº 31 (sic) e seguintes da IN nº 02/2008, do MP. (...) 8. AUTORIZAÇÃO PARA EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS 8.1. Os produtos serão solicitados à Contratada por meio de Ordens de Serviços, conforme modelo abaixo, as quais serão estabelecidas após reunião prévia com a Contratada, até o último dia útil do mês que anteceder à execução dos serviços, e ainda serão emitidas conforme a temática da atividade a ser desenvolvida Os serviços prestados deverão ser materializados nos produtos descritos neste Termo de Referência. 80

81 (...) (grifos não contidos no texto original) Conclui-se, portanto, a partir do confronto entre as informações e justificativas apresentadas e as verificações efetuadas a partir da análise realizada, em que se constatou o início da prestação dos serviços contratados antes da formalização contratual e a emissão de Ordem de Serviço apenas dois dias após a assinatura do contrato e dois dias antes da entrega do primeiro relatório de monitoramento, com a autorização tácita da Secretaria-Executiva do ME, que as recomendações efetuadas não foram efetivamente implementadas. Ademais, no Relatório de Fiscalização do produto entregue, em que é atestada a sua conformidade, o fiscal do contrato fez constar no item 3, sob o título de Comentários à Execução Aspectos Relevantes, as seguintes considerações: (...) Cumpre esclarecer que, apesar de a assinatura do contrato ter ocorrido em 25 de novembro último, a contratada tomou a iniciativa de, uma vez anunciado o resultado da licitação, acompanhar reuniões e examinar documentos públicos disponíveis de modo a fundamentar as análises, opiniões e conclusões apresentadas em seus produtos.(...) (grifos não contidos no texto original) Deve-se considerar que, sem a autorização do Ministério do Esporte, a contratada não poderia ter acesso a documentos públicos e a reuniões reservadas a agentes públicos envolvidos no processo. Ademais, se a Contratada o fez por sua iniciativa, como atesta o fiscal, os serviços teriam se desenvolvido no período não coberto pelo contrato e sem a prévia emissão de Ordem de Serviço, caracterizando o descumprimento das determinações, recomendações e alertas expedidos pelos Órgãos de Controle, em relação ao caso em análise. Registra-se que caso análogo, de início de execução contratual previamente à assinatura do contrato, foi identificado em análise à contratação efetuada pelo Ministério do Esporte, em 2012, para organização da exposição Brasil no Coração Brasil at Heart, com o objetivo de divulgar e promover o Brasil como sede de grandes eventos esportivos, em Londres, durante os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos, em que ocorreu a contratação da empresa Alvo Eventos Ltda. ME (CNPJ /24), conforme registros constantes do Relatório de Auditoria Anual de Contas da Secretaria- Executiva do Ministério do Esporte, gestão 2012, Relatório nº Ainda quanto à fase de formalização do Contrato nº 30/2013, verificou-se, a partir da análise dos documentos autuados no processo, que teria havido participação de exservidora do Ministério do Esporte nos trâmites para formalização do referido contrato junto à empresa vencedora do certame. A ex-servidora, CPF *** **, que havia ocupado cargo em comissão na Divisão de Aquisições e Contratos (COGEC/ME) do Ministério do Esporte no período de 02/10/2008 a 01/03/2013, trocou mensagens eletrônicas com a empresa PWC durante a fase de formalização do Contrato n 30/2013, no período de 11/10/2013 a 13/11/2013, como se ainda estivesse ocupando seu antigo cargo na Pasta. O teor das mensagens trocadas envolveu, basicamente, o encaminhamento de minuta contratual, a solicitação de informações do Consórcio vencedor, a obtenção de Carta de Seguro-Garantia e o pedido de encaminhamento de documentação à PWC para preenchimento do referido contrato. Foi utilizado, para tanto, o antigo endereço de institucional do Ministério do Esporte da ex-servidora e diversas mensagens eletrônicas continham apenas a assinatura Att, Divisão de Aquisições e Contratos. 81

82 Destaca-se que durante o período em que houve a troca de mensagens anteriormente referida, de 11/10/2013 a 13/11/2013, o então Coordenador da CGLOG, *** **, tinha conhecimento da participação da ex-servidora no processo de formalização do Contrato n 30/2013, uma vez que este também enviou mensagem eletrônica para a exservidora, no dia 11/10/2013, cujo teor da mensagem referiu-se à solicitação de preparação de minuta de Portaria para a nomeação dos fiscais do referido contrato. Dessa forma, verifica-se que, a despeito da ex-servidora ter sido exonerada do cargo em comissão que ocupava no Ministério do Esporte, no dia 01/03/2013, esta supostamente atuou, como se no cargo estivesse investida, 7 meses depois do ato de sua exoneração na Pasta e que o então Coordenador da CGLOG, seu suposto superior imediato, tinha conhecimento desse fato. #/Fato# Causa Início de execução de contrato sem a observância à necessária formalização do instrumento contratual. Planejamento deficiente da contratação a ser efetuada, vez que existia determinação do Tribunal de Contas da União no sentido de que não houvesse prorrogação do contrato anteriormente mantido junto ao Consórcio Copa 2014 para a prestação do mesmo tipo de serviço, em apoio ao Ministério do Esporte na condução das ações relacionadas ao planejamento e ao monitoramento das ações vinculadas à Copa do Mundo FIFA Essa situação acarretou solução de continuidade entre o contrato mantido com o Consórcio Copa 2014 e aquele que veio a ser firmado com a PWC, e a consequente prestação de serviços sem amparo contratual. Descumprimento de cláusulas editalícias, normas legais e recomendações dos órgãos de controle no que diz respeito à necessária formalização das Ordens de Serviço, no mês anterior àquele de prestação efetiva do serviço. #/Causa# Manifestação da Unidade Examinada Em resposta ao Relatório Preliminar, encaminhado em 18/06/2014, o gestor manifestouse, no documento intitulado Manifestação, encaminhado por meio do Ofício n 465/2014/SE-ME, de 12/08/2014, informando o seguinte: Quanto à formalização do contrato n 30/2013, cumpre destacar que as tratativas iniciais deste Ministério junto à contratada constituíram fase preliminar de planejamento do trabalho de consultoria, sem o qual a efetiva execução do serviço após a assinatura do contrato poderia vir a ser prejudicada. O planejamento constitui fase diversa daquelas em que ocorre a execução do serviço e a entrega do produto, conforme Memorando n 116/2014/ASSEGE/SE/ME e Nota Técnica n 21/2014/ASSEGE/SE/ME (Anexo 5). Adicionalmente, o gestor se manifestou, por meio da Nota Técnica n 21/2014/ASSEGE/SE/ME, de 18/07/2014, contida no Anexo 5 do Ofício n 465/2014/SE-ME, de 12/08/2014, informando o seguinte: (...) 82

83 Quanto à formalização do contrato nº 30/2013, cumpre destacar que as tratativas iniciais deste Ministério junto à contratada constituíram fase preliminar de planejamento do trabalho de consultoria, visando acelerar a efetiva execução do serviço após a assinatura do contrato. O planejamento constitui fase diversa daquelas em que ocorre a execução do serviço e a entrega do produto. As tratativas de alinhamento iniciaram-se após a divulgação do resultado da licitação e objetivavam acelerar o cumprimento do cronograma de preparação da Copa do Mundo. Repise-se que esse alinhamento expedito era especialmente importante para o Ministério do Esporte, tendo-se em vista que o contrato anterior de consultoria havia sido interrompido, e que faltavam menos de oito meses para o início da Copa do Mundo. Assim, houve autorização à empresa para o desempenho de ações preliminares aos serviços que viriam a ser contratados, sem haver, porém, qualquer assunção de responsabilidade quanto a pagamentos. Para o devido cumprimento de sua função de coordenação das ações governamentais relativas à Copa do Mundo, o Ministério do Esporte necessita que o monitoramento dessas ações seja constante, e que haja registros históricos ininterruptos das informações. Com o encerramento do contrato 53/2009 em julho de 2013, criaram-se lacunas no monitoramento e na coleta de informações. Nesse sentido, também era crucial que o Consórcio PWC recompusesse a memória técnica referente aos meses de agosto e setembro de 2013, até mesmo para que pudesse executar devidamente com continuidade a partir de dados pretéritos os trabalhos aos quais viria a estar obrigada a fazer pelo Contrato nº 30/2013. O Consórcio, uma vez declarado e homologado vencedor do certame, julgou conveniente dar início à mobilização de sua equipe e ao levantamento inicial de informações, tendo em vista principalmente a proximidade temporal e a magnitude do evento a ser monitorado. Tal esclarecimento também permite um melhor entendimento da questão das ordens de serviço. As ações anteriores à celebração do contrato não requeriam ordens de serviço, por terem sido preliminares e não remuneradas, não tendo havido entrega de produtos anteriormente à primeira emissão. É verdade que a primeira ordem de serviço foi emitida dois dias antes da primeira entrega, como aponta o Relatório Preliminar; porém, como essa entrega se deu a contento, não houve razão para questioná-la, o que este Ministério certamente haveria feito em caso de recebimento de produto com qualidade inferior à esperada. A primeira ordem de serviço foi emitida antes do ato administrativo de indicação formal do fiscal do contrato cumprindo esclarecer que se tratava de momento urgente, notadamente para fins de divulgação do V Balanço da Copa (com dados de setembro de 2013, mas compilado pela empresa contratada em novembro de 2013) Além disso, este signatário era conhecedor de suas atribuições quando da emissão. Assim, os atrasos burocráticos na formalização do ato de designação do fiscal não oneraram o contrato em questão. Destaca-se também que o Contrato nº 30/2013 diferencia-se em grande medida do contrato de consultoria anterior deste Ministério. Reitera-se que 83

84 no caso presente não foi considerada como indicador de aferição a carga horária gasta na prestação do serviço. A contratação da consultoria e a aferição da prestação do serviço baseiam-se unicamente no fornecimento de produtos pré-definidos, e constantes do contrato assinado, a serem produzidos sob demanda. Portanto, é natural que o valor da OS seja idêntico ao da proposta de preço da empresa contratada, afinal o produto foi entregue é exatamente aquele que foi previsto. No que se refere registro contido no Relatório Preliminar, de participação da contratada em reuniões e de exame, por parte dela, de documentos disponíveis, há que se registrar que os documentos aos quais ela teve acesso têm como característica primordial o fato de serem públicos, de livre acesso a qualquer cidadão. Ademais, como já registrado anteriormente, a contratada vinha participando de reuniões prévias de alinhamento, todas de caráter público, sempre como acompanhante e a convite deste Ministério. Cabe esclarecer que o trecho do Relatório de Fiscalização citado no Relatório Preliminar (pg. 59) gerou certa dubiedade interpretativa, pois com a expressão tomou a iniciativa quis-se dizer que a empresa se dispôs, de livre iniciativa, sem cobrança, preliminarmente à formalização do contrato, a acompanhar reuniões e examinar documentos, mas nunca sem anuência do Ministério do Esporte. Assim, a iniciativa aventada no Relatório de Fiscalização não traduz disposição da contratada em participar de qualquer ato sigiloso ou autorização deste Ministério para isso. Encara-se como fato natural sua participação em reuniões, uma vez que as decisões emanadas do Colegiado GECOPA serviram de base para a realização do monitoramento contratado, além de não haver confidencialidade nas decisões emanadas. Com relação à participação de ex-servidor, este assunto será tratado em Nota da Diretoria de Gestão Interna, por ser competência daquela área. Dadas as justificativas elencadas, entende-se não haver motivação para apuração de responsabilidades. (...) Da mesma maneira, o Diretor do Departamento de Gestão Interna se manifestou, por meio do Despacho n 2335/ DGI/SE/ME, de 25/07/2014, contido no Anexo 3 do Ofício n 465/2014/SE-ME, de 12/08/2014, informando o seguinte: (...) 1. Após sua exoneração, a ex-servidora da Divisão de Aquisições e Contratos/COGEC foi contratada como colaboradora vinculada à empresa BRASFORT Serviços, que mantém contrato com esta Pasta, para desenvolver atividades de apoio administrativo. No caso, a colaboradora foi lotada no âmbito da COGEC. Vale dizer que a citada alteração ocorreu em gestão anterior a minha chegada neste Departamento. Quando cheguei a este Departamento, já havia ocorrido a exoneração da servidora e sua contratação, pela empresa. 2. Desde então, suas atribuições se resumiram às atividades de cunho meramente operacional, não havendo que se falar em atos de natureza 84

85 gerencial. Vale dizer que a atuação aqui questionada se resume a uma mera solicitação, por , para que uma empresa vencedora do processo licitatório apresentasse informações para preenchimento da minuta de contrato, não havendo tomadas de decisão ou qualquer outro ato de gestão em nome do Ministério do Esporte. (...) #/ManifestacaoUnidadeExaminada# Análise do Controle Interno As manifestações apresentadas pelo ME não possuem elementos capazes de afastar os fatos registrados na versão preliminar do relatório, uma vez que confirmam que: a. A execução contratual iniciou-se antes da formalização do Contrato n 30/2013, com a aprovação tácita do Ministério do Esporte; b. O lapso temporal entre o primeiro pagamento efetuado e a Ordem de Serviço que solicitou o serviço correspondente foi bastante exíguo, uma vez que a entrega do produto deu-se 4 dias após a formalização contratual e 2 dias após a emissão das Ordens de Serviço; e c. As Ordens de Serviço relativas ao primeiro produto não refletiram efetivamente os insumos a serem empregados na execução dos serviços de monitoramento e elaboração dos produtos previstos, em confronto com o Termo de Referência e com as justificativas apresentadas pelo ME aos Órgãos de Controle e ao Ministério Público Federal. Ressalta-se que não houve justificativa em relação à contradição de haver sido feito pagamento do primeiro produto, se a contratada havia se disposto, (...) de livre iniciativa, sem cobrança, preliminarmente à formalização do contrato, a acompanhar reuniões e examinar documentos (...), conforme asseverou o ME. Quanto às Ordens de Serviço, é necessário que se entenda corretamente a sua finalidade, de que os valores estabelecidos para cada um dos produtos são valores máximos mensais, conforme consta no Termo de Referência, e não se referem a um preço fixo por produto. Os preços de cada produto deverão ser estabelecidos em função da demanda necessária de horas de consultores, a partir dos preços correspondentes a cada profissional atuante na execução, obtidos na licitação, a partir das Ordens de Serviço. Tal demanda deveria ser estimada, a cada último dia útil do mês antecedente, às necessidades da respectiva execução, conforme consta no Termo de Referência, assim como nas informações prestadas pelo ME aos Órgãos de Controle, requerendo o correto planejamento do que deverá ser executado a cada mês, o que não é observado pelo gestor, conforme se depreende de sua justificativa, de que: (...) A contratação da consultoria e a aferição da prestação do serviço baseiam-se unicamente no fornecimento de produtos pré-definidos, e constantes do contrato assinado, a serem produzidos sob demanda. Portanto, é natural que o valor da OS seja idêntico ao da proposta de preço da empresa contratada, afinal o produto foi entregue é exatamente aquele que foi previsto.(...) Quanto à ex-servidora, CPF *** **, considerando as informações apresentadas, verifica-se que a mesma foi exonerada do cargo em comissão que ocupava e passou a atuar como funcionária terceirizada no âmbito de contrato mantido 85

86 com a empresa Brasfort, na mesma área em que atuava enquanto ocupante de cargo em comissão, utilizando o mesmo pessoal institucional do Ministério do Esporte e, como verificado no caso em análise, encaminhando mensagens eletrônicas em nome do Ministério do Esporte. Face ao exposto, fica mantido o posicionamento anterior quanto às impropriedades relacionadas ao início de execução contratual previamente à assinatura do contrato. #/AnaliseControleInterno# Recomendações: Recomendação 1: Apurar os fatos e responsabilidades relacionados à: a) autorização, à contratada, de início de prestação dos serviços previamente à homologação do certame e à formalização do Contrato n 30/2013; e b) emissão de Ordens de Serviço posteriormente ao início da prestação dos serviços contratados, com o consequente atesto e pagamento dos produtos apresentados sem o necessário planejamento. Recomendação 2: Apurar os fatos referentes à participação indevida de funcionária terceirizada do Ministério do Esporte no processo de formalização do Contrato n 30/2013, a despeito de sua anterior exclusão do quadro de servidores comissionados do ME, assim como sua condição de vinculada à empresa BRASFORT, na condição de funcionária terceirizada INFORMAÇÃO Identificação de situação de potencial conflito na atuação do consórcio contratado, em especial em relação à consolidação geral das informações a respeito das ações desenvolvidas para a organização e realização da Copa do Mundo FIFA 2014, por ocasião da execução da segunda etapa do Contrato n 30/2013. Fato Verificou-se, na presente análise, que o consórcio contratado é composto por seis empresas de consultoria associadas, sob a denominação PriceWaterhouseCoopers (PWC), sendo que as adiante relacionadas tiveram participação, como prestadoras de serviços de consultoria ou executoras de projetos, em ações desenvolvidas junto a cidades-sede ou governos dos estados das sedes da Copa do Mundo FIFA 2014, para a preparação do evento. Entre as consorciadas, citam-se as empresas PricewaterhouseCoopers Serviços Profissionais Ltda., CNPJ / e a PricewaterhouseCoopers Contadores Públicos Ltda., CNPJ / , conforme documento de constituição do Consórcio. Como exemplos, não exaustivos, relacionam-se alguns dos serviços que consorciadas da PWC prestaram, entre outros, às seguintes entidades e governos: 86

87 a) PriceWaterhouseCoopers Ltda, para a ABDIB Associação Brasileiro da Infra- Estrutura e Indústrias de Base, no ano de 2008, em serviços de consultoria para elaboração do panorama da situação de cada plano de infraestrutura proposto pelas cidades candidatas a sediar a Copa do Mundo de Futebol de 2014; b) PriceWwaterhouseCoopers Contadores Públicos Ltda., para o Governo do Estado da Bahia, em serviços de consultoria para concepção, elaboração e implementação do Plano Diretor da Copa do Mundo FIFA Brasil 2014, no âmbito do Estado da Bahia; c) PriceWaterhouseCoopers Contadores Públicos Ltda., e PriceWaterhouseCoopers Serviços Profissionais Ltda., para a Secretaria de Estado do Turismo do Rio Grande do Norte, para serviços de consultoria no diagnóstico e desenho do modelo de gestão do portfólio do Projeto Natal 2014; d) PriceWaterhouseCoopers Contadores Públicos Ltda., com a Secretaria de Estado do Turismo do Rio Grande do Norte, para serviços de estruturação e assessoramento de um Comitê Gestor/Organizador para projetos de investimentos, de gestão e controle de projetos para apoiar a escolha da Cidade de Natal como sede para os jogos da Copa do Mundo FIFA 2014; e) PriceWaterhouseCoopers Contadores Públicos Ltda., para a Secretaria de Estado do Turismo do Rio Grande do Norte, visando a prestação de serviços de Consultoria para um Estudo de pré-viabilidade econômico-financeira para o Estádio Arena das Dunas ; f) PriceWaterhouseCoopers Serviços Profissionais Ltda., no Consórcio PWC-EBEI, para a SEPLAN/AM, em consultoria especializada que compreendeu a recomendação do monotrilho para o sistema de transporte de alta capacidade do tronco central da cidade de Manaus, compreendendo os estudos de viabilidade técnica e econômica, assim como o planejamento detalhado da implantação da solução, visando à preparação da cidade para a Copa do Mundo FIFA Ressalta-se que, ao término das competições da Copa do Mundo FIFA 2014, deverão ser iniciados os serviços que gerarão os produtos do tipo 4, onde serão avaliadas todas as ações levadas a efeito para a realização do evento, com visão consolidada. Face à ausência de clareza e objetividade na descrição dos produtos a serem entregues, conforme já foi apontado pelo Ministério Público Federal, no item 38 da Recomendação Legal nº 07/2013, infere-se que a análise pós-evento deverá abranger, de forma objetiva e imparcial, o resultado de todas as ações havidas ao longo da organização do evento. Deverão ser relacionadas e analisadas não apenas aquelas obras e ações que obtiveram eventual sucesso, mas também as que não lograram êxito, onde se deverá prospectar as razões, tanto do sucesso quanto das falhas que o impediram, como forma de extrair as conclusões e lições decorrentes do encargo de realizar um evento de tamanha envergadura, que deverá estar relacionado entre os principais legados, como forma de prestação de contas ao País da decisão de sediar uma Copa do Mundo, e se pertinente, prevenir eventuais falhas na organização dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio Neste ponto, deve-se considerar que empresas que compõem o Consórcio PWC participaram ativamente, nos últimos anos, de processos diretamente relacionados ao desenvolvimento ou execução de projetos no âmbito da Copa do Mundo FIFA 2014, como foi o caso do Monotrilho de Manaus e da Arena das Dunas em Natal. 87

88 Verifica-se, assim, que o Consórcio PWC não possuiria a isenção necessária para opinar sobre o panorama deixado pela realização da Copa do Mundo FIFA 2014, principalmente na ocasião da execução da segunda etapa do Contrato n 30/2013, denominada Suporte à Avaliação Estratégica do Empreendimento, com duração de 6 meses a partir do término do evento, para consolidação geral das informações a respeito de todas as ações desenvolvidas para a organização e realização da Copa do Mundo FIFA Ressalte-se, especialmente em relação ao Monotrilho de Manaus, que a constatação de falhas nos projetos, cuja solução foi sugerida e desenvolvida pelo Consórcio PWC- EBEI, e a não comprovação de sua viabilidade técnica e sustentabilidade econômicofinanceira, foram os fatores que motivaram a intervenção do Ministério Público Federal no processo, redundando em seu cancelamento. Tais falhas e irregularidades foram apontadas na Nota Técnica nº 2476/DIURB/DI/SFC/CGU-PR, datada de 20/10/2010, e na Nota Técnica nº 330/DIURB/DI/SFC/CGU-PR, datada de 08/02/2011, na qual ainda aponta irregularidades no projeto básico da obra do monotrilho e tece considerações acerca da inviabilidade deste, decorrente da análise dos projetos feitas pela CGU, corroborando as constatações do Ministério Público Federal na Recomendação Conjunta 01/2010/PRAM e seus aditamentos, conforme consta no endereço eletrônico ( Destaque-se, ainda, que a empresa EBEI, consorciada à PWC, foi apontada no Relatório de Auditoria nº , referente à análise do Contrato nº 53/2009, firmado entre o Ministério do Esporte e o Consórcio Copa 2014, como responsável por descumprimento contratual, uma vez que ao tempo que integrava o Consórcio Copa 2014, prestava serviços para a SEPLAN/AM, o que encontrava vedação, de forma expressa, nos termos do Contrato nº 53/2009. O Contrato nº 001/2010 entre a SEPLAN/AM e o consórcio PWC-EBEI, firmado em 04/01/2010 e com vigência de 6 meses, comprova o fato então relatado. Sendo assim, conclui-se que o Consórcio PWC não possuiria a isenção necessária para a execução da segunda etapa do Contrato n 30/2013, denominada Suporte à Avaliação Estratégica do Empreendimento, com duração de 6 meses a partir do término do evento, para consolidação geral das informações a respeito de todas as ações desenvolvidas para a organização e realização da Copa do Mundo FIFA 2014, uma vez que esteve envolvida na condução de parte das ações que viria posteriormente avaliar. Registra-se que situação similar foi identificada no âmbito do contrato nº 53/2009, firmado pelo Ministério do Esporte com o Consórcio Copa 2014, no qual existia vedação expressa à contratação de empresas que tivessem participado de outras iniciativas relacionadas à Copa 2014, vedação essa que não se verificou por ocasião da nova contratação, que resultou na assinatura do Contrato nº 30/2013, firmado com o Consórcio PWC. Diante dos apontamentos mencionados, o gestor se manifestou, por meio da Nota Técnica n 21/2014/ASSEGE/SE/ME, de 18/07/2014, contida no Anexo 5 do Ofício n 465/2014/SE-ME, de 12/08/2014, informando o seguinte: (...) No caso sob análise, há que se considerar que o Anexo II do Edital licitatório Critérios de Julgamento da Proposta Técnica, em seu item 2 (Ponderação da Nota Técnica), apresentava critérios objetivos de avaliação, entre os quais a Experiência Específica das empresas ou 88

89 consórcios geraria pontuação elevada, caso comprovada. A prestação de serviços de consultoria anos antes para algumas das cidades-sede da Copa FIFA 2014 não constituía empecilho, face à larga expertise da empresa em projetos de vulto. Portanto, a participação das empresas do consórcio vencedor, dada sua experiência, foi considerada como ponto positivo para a escolha, não se vislumbrando qualquer conflito de interesse nesse fato específico, em desalinho com o exposto na auditoria preliminar. Ademais, há que se ressaltar que uma eventual tentativa de eliminação da possibilidade de conflito poderia vir a ser entendida como um direcionamento da licitação ao próprio Consórcio Copa 2014, que prestava consultoria a este Ministério anteriormente ao Consórcio PWC. O Contrato nº 53/2009, firmado junto ao Consórcio Copa 2014, exigia dedicação exclusiva por parte da Contratada. Essa exigência, se mantida quando da nova licitação, trar-lhe-ia vantagem competitiva em relação às empresas que se envolveram em outros projetos relativos à Copa do Mundo. Tendo-se em vista que a supressão da necessidade de dedicação exclusiva foi um ato de gestão, o ME poderia enfrentar questionamentos quanto à lisura do processo licitatório, o que foi mais uma razão importante para tal decisão. Especificamente no que diz respeito ao Consórcio PWC-EBEI, que prestou consultoria especializada para a SEPLAN/AM relativamente à obra do monotrilho em Manaus, cumpre esclarecer que tal projeto foi retirado da Matriz de Responsabilidade para a Copa do Mundo, não estando, portanto, sujeita a avaliação posterior à realização do evento (Legados). No tocante à clareza e à objetividade na análise pós-evento, conforme apontado pelo MPF item 38 da Recomendação Legal nº 07/2013, o Ministério do Esporte tomará as precauções necessárias para que tal análise seja procedida de modo objetivo e imparcial nos moldes propostos, de modo a proporcionar uma demonstração abrangente dos resultados da Copa e subsidiando a prevenção de eventuais falhas na organização dos Jogos Olímpicos e Parolímpicos Rio Os produtos da análise de legados deverão conter as causas de sucesso ou insucesso relacionadas aos empreendimentos, de modo a suprir este Ministério com informações objetivas para o desenvolvimento de ações futuras em eventos de grande envergadura. As Ordens de Serviço para esses relatórios de análise pósevento deverão conter especificações quanto ao conteúdo do relatório, de forma objetiva e analítica. (...) Mesmo diante da manifestação do gestor, no entanto, não foi possível identificar de que forma e em que grau de consistência (...) o Ministério do Esporte tomará as precauções necessárias para que tal análise seja procedida de modo objetivo e imparcial nos moldes propostos, de modo a proporcionar uma demonstração abrangente dos resultados da Copa e subsidiando a prevenção de eventuais falhas na organização dos Jogos Olímpicos e Parolímpicos Rio 2016.(...) Destaca-se a asserção do ME em relação ao projeto do monotrilho de Manaus, feita nos termos reproduzidos a seguir: (...) cumpre esclarecer que tal projeto foi retirado da Matriz de Responsabilidade para a Copa do Mundo, não estando, portanto, sujeita a 89

90 avaliação posterior à realização do evento (Legados). (grifos não contidos no texto original) Dessa forma, o gestor afirma que os projetos que inicialmente estavam na Matriz de Responsabilidade e que foram retirados desse documento não estariam abarcados na análise em referência, mesmo aqueles que foram retirados devido ao seu insucesso, como é o caso do Monotrilho de Manaus. Sendo assim, a análise em discussão, que deveria avaliar tanto os legados positivos quanto os negativos, não estaria retratando a totalidade dos fatos relacionados à Copa do Mundo FIFA #/Fato# CONSTATAÇÃO Inconsistências documentais na formalização do Contrato Administrativo nº 30/2013, cujo escopo inclui a contratação de consultoria especializada para o "apoio necessário ao gerenciamento para organização e realização da Copa do Mundo FIFA ". Fato Na análise dos autos do processo de formalização do Contrato n 30/2013, foram identificadas inconsistências documentais, de forma a considerar, em alguns casos, somente documentos referentes à empresa líder do Consórcio vencedor do certame, quando deveria considerar todas as empresas formadoras do referido Consórcio. Verificou-se que o Seguro Garantia havia sido emitido unicamente em nome da empresa líder, com o respectivo CNPJ, quando deveria ter sido feito em nome do próprio Consórcio, após obtenção do seu registro no órgão competente, conforme previsto no Termo de Referência. Consta na referida apólice o seguinte teor: (...) Esta garantia responde pelas obrigações assumidas pelo Consórcio perante o Segurado, cuja participação da PricewaterhouseCoopers Serviços Profissionais Ltda no Consórcio corresponde a 100% pelo Consórcio PWC Apoio ao Gerenciamento FIFA 2014 perante o segurado.(...) Tal situação não corresponde aos fatos, uma vez que, de acordo com o contrato de Constituição de Consórcio, a empresa líder PricewaterhouseCoopers Serviços Profissionais Ltda. detém participação de 95% das cotas do consórcio, enquanto que as demais consorciadas detêm 1% cada, devendo-se considerar ainda que, de acordo com os itens 7.4 e 7.5.b do Edital, todas as consorciadas são responsáveis solidárias pela execução contratual, e devem preencher individualmente as exigências do Edital. Destaque-se que a apólice foi emitida no dia 10/10/2013, mesmo dia em que foi publicado o resultado da concorrência, procedida à homologação e adjudicação, ao passo que, de acordo com o Termo de Referência, a garantia contratual deveria ser apresentada apenas na assinatura do Contrato. Ressalve-se que, como consequência da prematura emissão da apólice, seu vencimento, em 03/04/2015 ocorrerá antes do final da vigência contratual, em 25/04/2015, fato que deverá ser saneado antes do término da execução contratual. 90

91 No mesmo sentido, para verificação da regularidade das empresas integrantes do Consórcio vencedor, para fins da adjudicação, em 10/10/2013, o Assistente da COGEC, CPF *** **, fez anexar ao processo apenas as certidões da empresa líder, quando tal verificação deve ser feita para todas as empresas do Consórcio. O registro da constituição do Consórcio foi obtido somente em 11/11/2013, a assinatura do Contrato deu-se em 25/11/2013 e a publicação do seu extrato no D.O.U. em 12/12/2013. Não houve nova verificação da regularidade das empresas consorciadas no ato da assinatura do contrato, para verificação da manutenção das condições iniciais, conforme preconizado no Termo de Referência, itens. 7.4 e 7.4.1, caracterizando descumprimento do item 18.5 do Termo de Referência, que preconiza: (...) Antes da assinatura do Contrato, a Contratante realizará consulta on line ao SICAF, para identificar possível proibição de contratar com o Poder Público e verificar a manutenção das condições de habilitação, nos termos do artigo 3º. 1º, da IN SLTI/MPOG nº 02 de 11/10/2010, bem como ao Cadastro Informativo de Créditos Não Quitados CADIN, cujos resultados anexados aos autos do processo. (...) Dessa forma, verifica-se o descumprimento do citado normativo, quando da assinatura do Contrato n 30/2013, fato que também havia ocorrido anteriormente, por ocasião da adjudicação, onde não se verificou a situação de todas as empresas consorciadas, mas apenas da empresa líder. Conclui-se, portanto, que o Ministério do Esporte deixou de juntar ao processo administrativo a documentação necessária para a formalização do Contrato n 30/2013, referente a todas as empresas formadoras do Consórcio vencedor do certame e não apenas relacionadas à empresa líder, especialmente no que tange ao Seguro Garantia e às certidões de regularidade do SICAF e do CADIN. #/Fato# Causa Deficiências administrativas e de planejamento, relacionadas à área de aquisições e contratos. #/Causa# Manifestação da Unidade Examinada Em resposta à Nota de Auditoria nº /002, de 18/06/2014, o gestor se manifestou, por intermédio do Ofício nº 461/2014/SE-ME, de 31/07/2014, contendo anexado o Memorando nº 1159/2014-CGLOG/DGI/SE/ME, de 29/07/2014, informando o seguinte: (...) Considerando o Despacho nº 2064/2014-DGI/SE/ME, que trata de solicitação de informações relativas a Nota de Auditoria nº /002, esclareço que: (...) 91

92 Foram emitidas as certidões de regularidade do CADIN, SICAF e/ou Jurídico Fiscais de todas as empresas formadoras do Consórcio, no âmbito do Contrato Administrativo nº 30/2013, e encontram-se em anexo. Por meio do Ofício nº 065/2014/SE-ME, em anexo, o fiscal do Contrato Administrativo nº 30/2013 solicitou providências imediatas para regularizar o seguro garantia com a devida correção no nome, CNPJ e na data da apólice, considerando o fim da vigência contratual. Anexo ao Memorando citado, foram incluídas cópias das referidas certidões, além de memorando com informações adicionais da COGEC/CGLOG/ME à Secretaria Executiva do ME, das quais destacam-se as seguintes: (...) Informo que foram realizadas consultas no Sistema de Cadastro Unificado de Fornecedores, SICAF, Certidão Positiva de Débitos Trabalhistas com efeito de Negativa CNDT, Cadastro de Empresas Inidôneas e Suspensas CEIS, Cadastro Nacional de Justiça CNJ; e Cadastro Informativo de Créditos Não Quitados CADIN, de todos os CNPJ citados acima, conforme anexo. Informo ainda que os CNPJ / , / e / das empresas consultadas acima não tinham cadastro no SICAF. Desta forma, foram emitidas as certidões de regularidade fiscal, conforme prevê o artigo 29 da Lei de 1993.(...) (grifos não contidos no texto original). #/ManifestacaoUnidadeExaminada# Análise do Controle Interno A despeito de haver anexado as certidões das empresas consorciadas, verifica-se, a partir das informações do ME, que subsistem as inconsistências apontadas relativas à formalização contratual, face ao não atendimento dos dispositivos legais, notadamente quanto à necessidade de cadastramento das empresas consorciadas no sistema SICAF, conforme se expõe a seguir. Destaque-se que os CNPJ / , / e / , citados na manifestação referem-se, respectivamente, ao Consórcio PWC Apoio ao Gerenciamento FIFA 2014, PricewaterhouseCoopers Contadores Públicos Ltda., e PricewaterhouseCoopers Consultores Empresariais Ltda. Ressalta-se que a informação de que consorciadas não possuíam cadastro no SICAF, por ocasião da assinatura do termo contratual, bem como por ocasião da realização de pagamentos, constitui infração à Instrução MARE nº 05/95 e ao Decreto nº 4.485/2002 que regulamentou a matéria e deu nova redação a dispositivos do Decreto nº 3.722, de 09/01/2001, dispondo sobre o Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores SICAF. O parágrafo 1º do Decreto nº 4.485/2002 faculta o cadastramento dos licitantes no SICAF para fins de habilitação ao processo licitatório, mas os incisos I e II do parágrafo 1º tornam obrigatória a inscrição da licitante vencedora no SICAF para fins de emissão de empenho e de assinatura do contrato, verificando-se o descumprimento do 92

93 dispositivo legal por parte do ME, no caso presente, face à constatação de que uma das consorciadas ainda não possuía o cadastro no sistema SICAF na data da presente análise. Importante destacar que a responsabilidade de proceder-se a tal inscrição é da Administração, sem ônus para o proponente, antes da contratação, conforme estabelecido no citado parágrafo e incisos, reproduzidos a seguir: (...) 1º - A habilitação dos fornecedores em licitação, dispensa, inexigibilidade e nos contratos administrativos pertinentes à aquisição de bens e serviços, inclusive de obras e publicidade, e a alienação e locação poderá ser comprovada por meio de prévia e regular inscrição cadastral no SICAF: I - como condição necessária para emissão de nota de empenho, cada administração deverá realizar prévia consulta ao SICAF, para identificar possível proibição de contratar com o Poder Público; e II - nos casos em que houver necessidade de assinatura do instrumento de contrato, e o proponente homologado não estiver inscrito no SICAF, o seu cadastramento deverá ser feito pela Administração, sem ônus para o proponente, antes da contratação, com base no reexame da documentação apresentada para habilitação, devidamente atualizada. (...) (grifos não contidos no texto original) Ressalta-se que a Súmula n 274 do TCU tratou do assunto, de forma a trazer o seguinte entendimento: É vedada a exigência de prévia inscrição no Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores SICAF para efeito de habilitação em licitação. (grifos não contidos no texto original) Note-se que súmula do TCU faculta a consulta ao SICAF apenas para fins de habilitação, não estendendo tal faculdade às etapas seguintes do processo licitatório, qual seja, empenho, assinatura de contrato e verificação de regularidade para efeito de pagamento, ressaltando-se o item 8.8 da Instrução MARE 05/95, nos seguintes termos: (...) 8.8. Idêntica consulta deverá ser realizada previamente à contratação e antes de cada pagamento a ser feito para o fornecedor, devendo seu resultado ser impresso e juntado, também, aos autos do processo próprio. (...) Adicionalmente, deve-se considerar que a exigência de registro no SICAF não se presta apenas à verificação da regularidade fiscal e qualificação econômico-financeira da contratada, mas também à verificação de eventuais sanções aplicadas à empresa e ao 93

94 #/AnaliseControleInterno# impedimento para contratar com o Poder Público, conforme o parágrafo 2º do Decreto nº 4.485/2002: (...) 2º - O SICAF deverá conter os registros dos interessados diante da habilitação jurídica, a regularidade fiscal e qualificação econômicofinanceira, bem como das sanções aplicadas pela Administração Pública relativas ao impedimento para contratar com o Poder Público, conforme previsto na legislação.(...) Em consulta ao SICAF, em 12/08/2014, verificou-se que a empresa consorciada PricewaterhouseCoopers Consultores Empresariais Ltda (CNPJ / ) não possuía o cadastro no sistema SICAF, o que indica que os pagamentos já efetuados ocorreram sem o referido cadastro, em desacordo com a norma vigente. Portanto, conclui-se pelo descumprimento do Decreto nº 4.485/2002 e da Instrução MARE 05/95, face à assinatura do termo contratual sem o cadastramento no SICAF de todas as empresas consorciadas, assim como aos pagamentos efetuados ao Consórcio sem o referido cadastro. Com relação às inconsistências apontadas nas garantias oferecidas pela contratada, evidenciando a necessidade de readequação da titularidade e da vigência da apólice, devem ser trazidas à análise, inicialmente, as seguintes informações: a. As recomendações contidas na Nota de Auditoria nº /002 foram exaradas em 18/06/2014. b. Em 09/07/2014, portanto, após a emissão das recomendações em pauta, o Tribunal de Contas da União emitiu o Acórdão nº 1.790/2014-Plenário, o qual trata de apresentação de garantias por empresas participantes de consórcios em licitações promovidas pela Administração Pública, porém ainda durante a fase de habilitação. No citado Acórdão, o TCU entendeu que as referidas garantias de participação poderiam ser prestadas por apenas uma das consorciadas, ao invés de exigi-las de todas as integrantes do consórcio, mesmo que proporcionalmente às suas respectivas participações, uma vez que estas são responsáveis solidárias pelos atos praticados na fase de licitação. c. Assim, a despeito de a publicação do citado Acórdão ter-se dado posteriormente à expedição da Nota de Auditoria, pode-se considerar, por similaridade, o entendimento do TCU extensivo ao caso presente, entendendo-se como atendida a prestação de garantia contratual por apenas uma das consorciadas. Deve-se, no entanto, ressalvar a não comprovação de adequação quanto ao prazo contratual, fazendo ajustar a vigência da apólice à data de término do Contrato. Assim, a despeito das informações do Ministério do Esporte de haver solicitado à Contratada, por intermédio do Ofício nº 065/2014/SE-ME, de 11/07/2014, as alterações do seguro garantia, não foram anexados à manifestação documentos que pudessem comprovar o seu efetivo atendimento, por parte da Contratada, quanto ao ajuste da vigência, de forma a sanear a inconsistência apontada. 94

95 Recomendações: Recomendação 1: Proceder ao cadastramento no SICAF da totalidade das empresas constituintes do Consórcio contratado no Contrato n 30/2013 do Ministério do Esporte, conforme preceitua o Decreto nº 4.485/2002. Recomendação 2: Verificar a regularidade de todas as empresas formadoras do Consórcio contratado no âmbito do Contrato n 30/2013, especialmente no que tange às certidões de regularidade do SICAF e do CADIN, de maneira a formalizar tal procedimento nos autos do processo administrativo correspondente, previamente a cada pagamento que vier a ser realizado no âmbito do referido Contrato. Recomendação 3: Adotar providências junto ao Consórcio contratado de forma a providenciar a alteração da data de validade e da titularidade da apólice do Seguro Garantia referente ao Contrato n 30/2013, considerando a data de término da vigência contratual e os termos do Edital do processo licitatório AVALIAÇÃO DAS TRANSFERÊNCIAS CONCEDIDAS INFORMAÇÃO Contratos de Repasse firmados pelo Ministério do Esporte e voltados à qualificação de Centros de Treinamento de Seleções. Fato Trata-se da avaliação do andamento dos Contratos de Repasse firmados pelo Ministério do Esporte, no âmbito da Ação 20DB Apoio à Realização da Copa do Mundo FIFA 2014, e voltados à qualificação e à implementação de melhorias em Centros de Treinamento de Seleções ou Campos Oficiais de Treinamento. O Ministério do Esporte, no intuito de proceder a melhorias necessárias para a preparação dos Centros de Treinamento de Seleções e Campos Oficiais de Treinamento de Seleções públicos para a Copa das Confederações FIFA 2013 e Copa do Mundo FIFA 2014, formalizou, tendo como instituição mandatária a Caixa Econômica Federal, 47 contratos de repasse. O volume de recursos federais envolvidos na formalização desses contratos de repasse, firmados com os Estados, com o Distrito Federal, com os Municípios, ou com entidades públicas, nos exercícios de 2012 e de 2013, totalizou R$ ,31. Em levantamento de informações realizado em janeiro de 2014 foi identificado que os contratos de repasse estavam pendentes de execução, em sua maioria em cláusula suspensiva e com prazos de execução que extrapolavam a realização da Copa do Mundo FIFA 2014, o que impactaria em sua conclusão previamente ao início do evento e, como consequência, impactando no atingimento do objetivo da Ação de governo. #/Fato# CONSTATAÇÃO Ausência de publicação de informações no Portal da Transparência - Seção Copa 2014 relacionadas a transferências de recursos efetuadas pelo Ministério do Esporte e falta de atualização de informações relacionadas a outras ações 95

96 executadas diretamente pelo Ministério e de ações cuja atualização de informações está sob a sua responsabilidade. Fato Em consulta ao Portal da Transparência do Poder Executivo Federal, na seção denominada Copa 2014, no dia 13/06/2014, constatou-se falha na publicação dos gastos referentes a transferências de recursos por meio de contratos de repasse e relacionadas à Copa do Mundo FIFA 2014 realizadas pelo Ministério do Esporte no âmbito da Ação 20DB Apoio à Preparação da Copa do Mundo FIFA 2014, em desacordo com o estabelecido no art. 1º do Decreto nº 7.034/2009, que dispõe: Art. 1º Será dada ampla transparência às ações do Governo Federal para a realização da Copa do Mundo de Futebol que se realizará na República Federativa do Brasil no ano de 2014, a fim de permitir seu pleno acompanhamento pela sociedade. 1º O Portal da Transparência do Poder Executivo Federal divulgará, em seção denominada Copa 2014, os dados e informações referentes à realização do evento. (...) A Portaria CGU nº 571, de 22/03/2010, que regulamenta o Decreto nº 7.034/2009, estabelece no art. 2º, caput e 1º, que órgãos e entidades que vierem a administrar recursos financeiros para viabilizar a Copa do Mundo FIFA 2014 estão obrigados a prestar à CGU informações sobre os referidos recursos relativamente a obras, serviços, compras e outras iniciativas voltadas à concretização do evento. Adicionalmente, a Portaria CGU nº 571/2010, no Capítulo IV, disciplina a forma de envio das informações relativas à Copa, dispondo que os procedimentos e padrões para envio estão disponíveis para consulta em seção específica de sítio eletrônico da CGU. Assim, tratando-se de despesa com atividade de governo relacionada à Copa do Mundo FIFA 2014, de acordo com o Decreto nº 7.034/2009, regulamentado pela Portaria CGU nº 571/2010, deve ser publicada no Portal da Transparência do Poder Executivo Federal para o pleno acompanhamento pela sociedade, independentemente da operacionalização. As medidas necessárias à publicação das informações devem ser adotadas de acordo com a orientação da CGU, conforme disciplinado na Portaria CGU nº 571/2010. As transferências voluntárias relacionadas no Quadro a seguir e efetuadas no âmbito da Ação 20DB Apoio à Preparação da Copa do Mundo FIFA 2014 e voltadas à realização de melhorias em Centros de Treinamento de Seleções e em Campos Oficiais de Treinamento não foram publicadas de forma suficiente no Portal da Transparência Seção Copa 2014, caracterizando o descumprimento ao Decreto nº 7.034/2009. Quadro: Transferências voluntárias realizadas no âmbito da Ação 20DB e não registradas, com o detalhamento previsto, no Portal da Transparência Seção Copa 2014 Cidade Objeto/Local de aplicação dos recursos Valor Nº Contrato Repasse/ME de Repasse (R$) Maceió Estádio Rei Pelé / ,02 Macapá Estádio de Futebol Milton de Souza Correa / ,33 Porto Seguro Estádio Municipal Antônio Carlos Magalhães / ,29 Pituaçu Estádio Governador Roberto Santos /2013 e / ,43 Mata de São João Centro de Treinamento de Seleções de Praia do / ,00 96

97 Forte Maracanaú Estádio Municipal de Maracanaú / ,00 Brasília Centro de Treinamento do Corpo de Bombeiros Militar do DF / ,00 Gama Estádio Valmir Campelo Bezerra (BEZERRÃO) / ,00 Taquatinga Estádio Elmo Serejo Farias (SEREJÃO) / ,16 Guará Estádio Antônio Otoni Filho (CAVE) / ,16 Goiânia Estádio Serra Dourada /2013, /2013 e , /2012 São Luís Estádio Castelão / ,00 Belo Horizonte COT Academia de Polícia Militar / ,00 Belo Horizonte Point Barreiro / ,00 Ipatinga Estádio João Lamego Neto / ,76 Juiz de Fora Estádio Municipal Radialista Mario Helênio / ,00 Uberlândia Estádio Municipal João Havelange /2013 e / ,00 Várzea Grande Centro Oficial de Treinamento da Barra do Pari / ,16 Cuiabá Centro Oficial de Treinamento Oficial no campus da Universidade Federal de Mato / ,12 Grosso Belém Estádio Mangueirão / ,00 João Pessoa Vila Olímpica Cidade de João Pessoa / ,32 Cascavel Estádio Olímpico Reg. Arnaldo Busatto / ,33 Maringá Estádio Regional Willie Davids /2013 e / ,00 Macaé Estádio Municipal Claudio Moacyr de Azevedo / ,00 Volta Redonda Estádio Municipal Raulino de Oliveira / ,09 Bento Gonçalves Parque Esportivo Montanha dos Vinhedos / ,26 Farroupilha Estádio das Castanheiras / ,00 Gramado CT da Vila Olímpica Várzea Grande / ,00 Porto Alegre Entorno do Estádio Beira Rio / ,00 Joinville Estádio Municipal Arena Joinville / ,80 Araraquara Estádio Dr. Adhemar Pereira de Barros / ,31 Guarujá Estádio Municipal Antônio Fernandes / ,00 Itu Estádio Dr Novelli Junior / ,00 Jaguariúna Estádio Alfredo Chiavegatto / ,09 Piracicaba Estádio Municipal Barão da Serra Negra / ,00 Presidente Prudente Estádio Eduardo José Farah / ,00 Presidente Prudente Centro de Formação de Atletas Flávio Araújo / ,00 São Bernardo do Campo Estádio Primeiro de Maio / ,03 São Caetano do Sul Estádio Municipal Anacleto Campanella / ,00 São José dos Campos Estádio Martins Pereira / ,76 Palmas Centro e Excelência de Futebol de Palmas / ,79 Fonte: elaborado a partir de informações do SICONV Foi identificada, também, a desatualização e a não inclusão no Portal da Transparência Seção Copa 2014 de informações previstas no art. 3º do Decreto nº 7.034/2009 relacionadas a despesas executadas diretamente pelo Ministério do Esporte no âmbito da Ação 20DB, também caracterizando o descumprimento ao citado Decreto e à Portaria nº 571/2010 que prevê a atualização mensal das informações. As ações executadas até o exercício de 2013 em relação às quais não houve a atualização de informações referem-se (a) ao Programa de Voluntariado Público para a Copa das Confederações FIFA 2013, (b) aos Serviços de apoio ao gerenciamento e monitoramento para organização e realização da Copa do Mundo FIFA 2014 (Contrato nº 53/2009, firmado com o Consórcio Copa 2014), (c) aos Serviços de Auditoria 97

98 Independente na área contábil para exame dos pagamentos efetuados no âmbito do Contrato nº 53/2009, celebrado entre o Ministério do Esporte e o Consórcio Copa 2014 e (d) à Entrega de produtos, sob demanda, que constituirão o apoio necessário ao gerenciamento para organização e realização da Copa do Mundo FIFA 2014 (Contrato nº 30/2013, firmado com o Consórcio PWC). Foram identificadas, também, deficiências relacionadas ao registro de informações cuja responsabilidade de validação, de acordo com definições ocorridas no âmbito do GECOPA, seria do Ministério do Esporte. As informações cujos registros estão incompletos referem-se a: a) Estruturas temporárias/complementares da Copa das Confederações FIFA Existem registros relacionados a informações gerais, contudo, não existem informações de licitações, de execução financeira, ou de relatórios de execução. b) Investimentos em infraestrutura no entorno das Arenas. A atualização das informações está em diferentes estágios, de acordo com o empreendimento, sendo que nenhum deles possui informações completas, contemplando: dados gerais acerca do empreendimento, licenças eventualmente necessárias, licitações realizadas, execução financeira, e relatórios de execução. c) Investimentos em Estádios. A atualização das informações está em diferentes estágios, de acordo com a Arena. A única Arena em relação à qual as informações estão atualizadas em sua totalidade é a Arena Nacional de Brasília. Conforme já registrado, o Decreto nº 7.034/2009 objetiva dar ampla transparência às ações do Governo Federal relacionadas à realização da Copa do Mundo FIFA 2014 realizada no Brasil, buscando o primado da publicidade com o fim de permitir seu pleno acompanhamento pela sociedade. #/Fato# Causa O Secretário-Executivo do Ministério do Esporte e o chefe da Assessoria Extraordinária de Coordenação de Grandes Eventos Esportivos não adotaram as providências suficientes para garantir a publicação dos gastos realizados com a Copa do Mundo FIFA 2014 no Portal da Transparência, Seção Copa 2014, conforme a responsabilidade definida no 2º do art. 2º da Portaria CGU nº 571, de 22/03/2010. #/Causa# Manifestação da Unidade Examinada Em resposta ao Relatório Preliminar, encaminhado em 18/06/2014, o gestor manifestouse, no documento intitulado Manifestação, encaminhado por meio do Ofício n 465/2014/SE-ME, de 12/08/2014, informando o seguinte: (...) Antecipa-se entendimento de que as inconsistências apontadas são passiveis de medidas saneadoras e, quanto às recomendações de cunho estruturante, com vistas ao aprimoramento da gestão assume-se o compromisso com: (...) 98

99 b) adoção de providências necessárias no âmbito para a publicação dos gastos relacionados à Copa do Mundo FIFA 2014 no Portal da Transparência, conforme disciplinam o Decreto n 7.034/2009 e a Portaria CGU nº 571, de 22/03/2010; (...) Em item específico da citada Manifestação, relacionado ao registro , é informado: Foram adotadas as providências, no âmbito do Ministério do Esporte, para a atualização do Portal da Transparência. No que respeita aos dados relacionados às arenas, entornos e estruturas temporárias, as inserções são de responsabilidade dos governos locais. A partir da disponibilização da informação pelos estados e municípios, o ME providenciará a respectiva homologação. Quanto aos Centros de Treinamento, destaca-se que durante os trabalhos de monitoramento das atividades de gerenciamento das ações relativas à Copa do Mundo de Futebol de 2014 a cargo do ME, em cumprimento às determinações contidas nos Acórdãos 2998/2009-Pl e 1591/2011-Pl, o TCU solicitou manifestação sobre os investimentos realizados em infraestrutura nas cidades candidatas a Centro de Treinamento de Seleções - CTS, o que foi devidamente atendido por meio do Oficio nº 762/2013/SE-ME (Anexo 6). Conforme fundamentado no referido Ofício, a iniciativa relacionada aos Centros de Treinamento de Seleções (CTS) "configura oportunidade singular para alavancar e viabilizar amplo legado de desenvolvimento no país, abarcando, inclusive. cidades estados que não sediarão jogos na competição". E. também, que "não se trata de contratos ou convênios relacionados à preparação do evento, e sim de uma ação complementar (entre várias empreendidas pelo poder público nos três níveis da Federação) visando à modernização de parte da infraestrutura esportiva nacional. Cumpre informar - para alinhamento do tratamento dado pelo e. Tribunal e por essa Controladoria aos CTS - que o entendimento do ME foi acatado, como demonstra a conclusão do Acórdão nº 152/2014 registrou "o cumprimento, pelo Ministério do Esporte das determinações insculpidas nos itens do Acórdão 2998/2009-Plenário e e do Acórdão 1591/2011-Plenário". (grifo nosso) Assim, entende-se que os investimentos relacionados aos Centros de Treinamento não são passíveis de inserção no Portal da Transparência - Seção COPA2014. O assunto foi introduzido em reunião do GECOPA do dia 07/08/2012, e será objeto de análise na próxima reunião do fórum. O Anexo 6, referenciado na manifestação apresentada, consiste no Ofício nº 762/2013/SE/ME, de 27/11/2013, encaminhado à SECEX Educação, do Tribunal de Contas da União, parcialmente transcrito a seguir: (...) os investimentos realizados pelo ME em infraestrutura nas cidades candidatas a Centro de Treinamento de Seleções - CTS, importante se faz ressaltar que para além dos investimentos e despesas relativos aos 99

100 preparativos para a Copa do Mundo 2014, a realização deste evento configura oportunidade singular para a1avancar e viabilizar amplo legado de desenvolvimento no país, abarcando, inclusive, cidades e estados que não sediarão jogos da competição. Há amplo leque de iniciativas do poder público orientadas para este objetivo - focadas, sobretudo, na antecipação e ampliação de investimentos em politicas públicas geradoras e garantidoras de direitos de cidadania - que não se caracterizam como ações de "preparação" ou "concretização" da Copa do Mundo. A visão estratégica que orienta estas iniciativas encontra-se materializada no documento de conclusão da Oficina sobre os Legados dos Grandes Eventos Esportivos, em anexo. No âmbito do Ministério do Esporte, uma importante iniciativa concebida para aproveitar o ambiente gerado pela Copa do Mundo para a1avancar e viabilizar legado de infraestrutura desportiva no país foi a abertura de uma linha de investimento para os estádios e campos públicos que se candidataram a ser centros e campo de treinamento para as seleções que virão ao Brasil em Esta linha de investimento foi circunscrita a equipamentos esportivos públicos, e não teve qualquer interferência no processo de aprovação dos Centros de Treinamento de Seleções pela FIFA e nem constou como demanda desta após a sua aprovação. A eventual escolha de utilização de um Centro de Treinamento por uma seleção se dará apenas após a definição das chaves da competição, por livre escolha dos países participantes. A maioria dos centros e campos aprovados pela FIFA não será sequer usado na Copa, pois o número de centros públicos e privados aprovados é quase três vezes maior do que o de seleções participantes. Para o Ministério do Esporte, portanto, a abertura desta linha de investimento configurou iniciativa a1avancadora da infraestrutura esportiva no país, parte de um esforço de "nacionalização" dos legados possibilitados pelo evento em todo o território brasileiro. Não se trata de contratos ou convênios relacionados à preparação do evento, e sim de uma ação complementar (entre várias empreendidas pelo poder público nos três níveis da Federação) visando a modernização de parte da infraestrutura esportiva nacional. #/ManifestacaoUnidadeExaminada# Análise do Controle Interno Destaca-se, inicialmente, que o Ministério do Esporte indica a adoção de providências no sentido de providenciar as atualizações pertinentes, e sob a responsabilidade do órgão, no Portal da Transparência Seção Copa Essas informações relacionam-se ao Programa de Voluntariado Público para a Copa das Confederações FIFA 2013, aos serviços de apoio ao gerenciamento e monitoramento para organização e realização da Copa do Mundo FIFA 2014 (Contrato nº 53/2009, firmado com o Consórcio Copa 2014), aos Serviços de Auditoria Independente na área contábil para exame dos pagamentos efetuados no âmbito do Contrato nº 53/2009 e à entrega de produtos, sob demanda, que constituirão o apoio necessário ao gerenciamento para organização e realização da Copa do Mundo FIFA 2014 (Contrato nº 30/2013, firmado com o Consórcio PWC). 100

101 No que diz respeito aos investimentos cuja inserção de informações está sob a responsabilidade de outros entes, mas cuja validação está sob a responsabilidade do Ministério do Esporte, foi informado que, a partir da inserção de informações no Portal pelos governos locais, as mesmas serão validadas pelo ME. Em relação às informações referentes a Centros de Treinamento, o Ministério do Esporte indica a discordância quanto à publicação das mesmas, vez que as mesmas não estariam relacionadas à realização do evento Copa do Mundo FIFA Ocorre, no entanto, que a definição dos investimentos que seriam considerados como investimentos relacionados ao evento foi efetuada no âmbito do Grupo Executivo da Copa do Mundo FIFA 2014 GECOPA, cuja coordenação está sob a responsabilidade do Ministério do Esporte. Decreto Presidencial de 26/07/2011 instituiu o Grupo Executivo da Copa do Mundo FIFA 2014 GECOPA, conferindo-lhe a competência para aprovar e acompanhar a execução das atividades governamentais referentes à Copa do Mundo FIFA 2014 desenvolvidas por órgãos e entidades da Administração Pública federal direta e indireta. De acordo com o que se extrai dos arts. 1º e 2º da Resolução GECOPA nº 04, de 07/03/2012, as atividades governamentais aprovadas pelo GECOPA serão consideradas como integrantes do conjunto de ações do Governo Brasileiro para a realização da Copa do Mundo FIFA 2014, independentemente de previsão em rubrica orçamentária específica. A previsão da ação governamental em rubrica orçamentária específica para a realização do evento apenas dispensa a análise e aprovação do GECOPA, nos termos do art. 2º da Resolução: Art. 2º Estão dispensadas da análise e aprovação pelo GECOPA as atividades governamentais de que trata o art. 1º desta Resolução, cujas despesas: I - estejam especificamente previstas em ação orçamentária destinada à realização da Copa das Confederações FIFA 2013 e da Copa do Mundo FIFA 2014; II - se refiram a ações que já tenham sido discriminadas pelo GECOPA com base no inciso III do art. 3º do Decreto de 14 de janeiro de 2010, incluído pelo Decreto de 26 de julho de 2011; Parágrafo único. A dispensa de que trata este artigo não exime os órgãos e entidades do dever de comunicar ao Portal de Transparência, nos termos do Decreto 7.034, de 15 de dezembro de Destaca-se o disposto no parágrafo único, no sentido que além das ações governamentais aprovadas pelo GECOPA, também aquelas dispensadas da sua análise e aprovação, incluídas em Ação orçamentária específica, devem ser publicadas no Portal da Transparência. Assim, verifica-se que é incompatível a argumentação do gestor de que o norte para a publicação dos gastos relativos à Copa do Mundo FIFA 2014 seja a imprescindibilidade das ações para a viabilização ou a concretização do evento, vez que a Resolução do GECOPA nº 04 indica que seriam os investimentos relacionados à realização de atividades aprovadas como ações governamentais relacionadas à consecução do torneio, seja essa aprovação por meio de Ação orçamentária específica, seja por meio de Resolução do GECOPA. 101

102 Assim, considerando que os contratos de repasse relacionados à construção de Centros de Treinamento foram firmados no âmbito da Ação 20DB Apoio à realização da Copa do Mundo FIFA 2014, Ação orçamentária específica para a Copa, e em vista do teor da Resolução GECOPA nº 04, de 07/03/2012, anteriormente citada e parcialmente reproduzida, tais investimentos estariam contemplados entre aqueles vinculados à Copa do Mundo FIFA 2014 e, portanto, passíveis de publicação no Portal da Transparência Seção Copa Dessa forma, em que pesem as justificativas apresentadas pelo gestor, a avaliação efetuada, quanto à falta de inserção de informações relacionadas a Centros de Treinamento no Portal da Transparência Seção Copa 2014 decorre de definição realizada no âmbito do GECOPA e da obrigatoriedade definida no Decreto nº 7.034/2009 e da Portaria CGU nº 571, de 22/03/2010, que o regulamenta. #/AnaliseControleInterno# Recomendações: Recomendação 1: Adotar as providências necessárias no âmbito do Ministério do Esporte para a publicação dos gastos relacionados à Copa do Mundo FIFA 2014 no Portal da Transparência, conforme disciplinam o Decreto nº 7.034/2009 e a Portaria CGU nº 571, de 22/03/ PROGRAMA DE GESTAO E MANUTENCAO DO MINISTERIO DO ESPORTE 2.1 ADMINISTRACAO DA UNIDADE UTILIZAÇÃO DE IMOBILIÁRIOS INFORMAÇÃO Competências e responsabilidades das áreas de gestão do patrimônio imobiliário do Ministério do Esporte. Panorama do controle interno em relação a essa gestão. Fato O Decreto nº 7.784, de 07/08/2012, que aprovou a estrutura regimental do Ministério do Esporte, não delimita as atribuições atinentes à área de gestão do patrimônio imobiliário da Pasta. No entanto, o Regimento Interno do ME, aprovado por meio da Portaria ME nº 92, de 17/07/2003, estipula as seguintes atribuições e responsabilidades: Art. 17. À Coordenação de Gestão de Patrimônio e Apoio compete coordenar, orientar e promover a execução das atividades relacionadas com, patrimônio, almoxarifado, comunicação administrativa, transporte, telecomunicações, administração e manutenção predial, obras e serviços e apoio operacional. Art. 18. À Divisão de Patrimônio e Apoio compete: 1º Das atividades de Administração de Material: I - realizar os registros contábeis e de controle físico das aquisições de material de consumo no SIAFI nas condições estabelecidas nos Contratos e nas Notas de Empenho, lançando no SIAFI a movimentação do material de consumo e de bens permanentes; 102

103 II - executar, anualmente, o inventário físico e financeiro dos bens patrimoniais e manter o registro e o controle dos termos firmados pelos responsáveis na guarda de bens patrimoniais; e III - avaliar qualidade e garantia de fabricação dos materiais adquiridos. 2º Das atividades de Patrimônio: I - controlar o sistema de administração patrimonial; II - identificar e instruir processos de alienação de bens móveis, procedendo à classificação de bens patrimoniais, visando a sua cessão e alienação; III - organizar e manter atualizados a documentação, o cadastro dos bens patrimoniais e o controle de emissão dos termos de responsabilidades; IV - receber, conferir, registrar, tombar e distribuir bens patrimoniais; e V - promover a manutenção, conservação e recuperação dos bens patrimoniais. Registre-se que a Coordenação de Gestão de Patrimônio e Apoio (COGPA) está subordinada à Coordenação-Geral de Recursos Logísticos, que integra o Departamento de Gestão Interna da Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte. Não foram identificados normativos que delimitem as competências e as atribuições da Coordenação de Patrimônio e Administração do Bloco A (COPAD), que também está subordinada à Coordenação-Geral de Recursos Logísticos, do Departamento de Gestão Interna da Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte, segundo consta do Memorando nº 35/2014/COPAD/CGLOG/DGI/SE/ME, encaminhado por meio do Ofício nº 172/2014/SE-ME, de 24/03/2014. Adicionalmente, não foi identificada a conexão de atribuições das referidas Coordenações. Em relação aos controles internos da área de gestão imobiliária do Ministério do Esporte, o gestor, mediante o Ofício nº 172/2014/SE-ME, de 24/03/2014, informou que o acompanhamento principal é efetuado por meio da gestão contratual dos imóveis locados de terceiros e de relatórios gerenciais e de execução. Segundo o mesmo, todos os casos omissos aos estabelecidos em normativos internos são tratados pontualmente pelo Departamento de Gestão Interna. Esclareceu, ainda, no referido documento, que as rotinas de gerenciamento dessa área são realizadas por meio dos contratos administrativos, todavia não apresentou as rotinas internas adotadas pelo Ministério e a sua força de trabalho. Assim, em que pese a informação de que existe monitoramento por meio da execução contratual, não foram apresentadas as rotinas internas acerca dos seguintes temas: a) programação e acompanhamento da manutenção dos imóveis; b) verificação dos vencimentos em relação à data de validade de avaliação dos imóveis; c) vistoria de imóveis, de modo a garantir que só sejam ocupados por pessoas autorizadas, de com acordo com as finalidades e as condições estabelecidas; d) segregação contábil, suficientemente analítica, para a distinção clara dos registros relativos às despesas variadas; dentre outras. Ainda no que tange ao controle interno, verificou-se que a Unidade não dispõe de estrutura de pessoal e tecnológica capaz de gerenciar o seu patrimônio imobiliário. 103

104 Os principais gargalos identificados na área de gestão imobiliária, relacionados inclusive ao seu controle interno, estão registrados em itens específicos deste Relatório, que serão evidenciados mais adiante. #/Fato# INFORMAÇÃO Descrição, individualizada, dos imóveis de propriedade da União e dos locados de terceiros sob a responsabilidade da SE-ME, bem como de imóvel utilizado pelo Ministério do Esporte. Relato do controle interno acerca dos preços contratados para os imóveis locados pelo ME, bem como das benfeitorias úteis e necessárias realizadas nesses bens. Fato a) Descrição, individualizada, dos imóveis de propriedade da União e dos locados de terceiros sob a responsabilidade da SE-ME, bem como de imóvel utilizado pelo Ministério do Esporte. Ao analisar o Relatório de Gestão Consolidado da Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte referente às contas de 2013, encaminhado ao Tribunal de Contas da União, via Sistema, em 25/04/2014, e o Ofício nº 172/2014/SE-ME, de 24/03/2014, verificouse que a Unidade é responsável por um imóvel de uso especial de propriedade da União, localizado no Bloco A, projeção 23, Esplanada dos Ministérios, Brasília/DF. Em que pesem outros órgãos (MDA, MDS, CGU-PR, SECOM-PR, SEPPIR-PR) estarem alocados nesse imóvel, esclarece-se que os contratos para manutenção do condomínio são geridos exclusivamente pelo Ministério do Esporte. De acordo com o Relatório de Gestão 2013 da Unidade: A formatação desse Condomínio obedeceu aos termos da Portaria Interministerial nº 1.425, de 04/09/2003, que delegou ao Ministério do Esporte a função de gerenciar, manter o prédio e mediar as relações entre os Condôminos. Assim, em atos posteriores foram firmados os Termos de Acordo que estipulam as diretrizes da relação dos ocupantes do prédio, principalmente as referentes ao pagamento das despesas administrativas. Esse imóvel possui o Registro Imobiliário Patrimonial (RIP) sob o número , portanto está registrado no Sistema SPIUnet. Todavia, não foi identificada a vinculação entre esse imóvel e o Ministério do Esporte. Essa falha será objeto de registro em item específico deste Relatório, apresentado na sequência. Além desse imóvel, verificou-se que o ME utiliza-se de parte do imóvel localizado no Setor de Autarquias Norte Quadra 3, Bloco A - Edifício Núcleo dos Transportes, sob a responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes DNIT (UG ), do Ministério dos Transportes, na metragem de 1.498,26 m², em processo de cessão formal, com previsão de rateio de despesas. O número do RIP do imóvel é e o RIP de sua utilização é o Todavia, como mencionado, a responsabilidade pelo imóvel é atribuída ao DNIT, e não ao ME. Adicionalmente, constatou-se que existem 02 imóveis locados de terceiros sob a responsabilidade da SE/ME, que não possuem RIP específicos e que não estão registrados no Sistema SPIUnet. Tais impropriedades serão objeto de registro mais adiante no presente Relatório. 104

105 As informações relacionadas a esses dois imóveis estão relatadas no Quadro a seguir, de maneira a discriminar seus contratos, valores, vigências e localizações: Quadro Detalhamento dos imóveis locados de terceiros sob a responsabilidade da SE/ME Contrato (nº/ano) 22/2009 Processo (nº) / Localização do imóvel SEPN Quadra 511, Bloco A, Edifício Bittar II - Asa Norte, em Brasília/DF Valor Total do Contrato (R$) Valor dispendido em 2013(R$) Valor das benfeitorias úteis e necessárias realizadas pelo ME em 2013 (R$) , ,10* - 34/ / Rua Lauro Muller nº116 - Cobertura - Edifício Rio Sul Center, Botafogo, Rio de Janeiro/RJ , ,37 - * O gestor incluiu nesse valor os gastos para atender as demandas do Contrato Administrativo nº 22/2009, como o próprio valor de contrato e as taxas de água e esgoto. Fontes: Memorando nº 119/2014-COGPA/CGLOG/DGI/SE/ME, encaminhado por intermédio do Ofício nº 172/2014/SE-ME, de 24/03/2014; e Memorando nº 175/2014-COGPA/CGLOG/DGI/SE/ME, de 17/04/2014, encaminhado por intermédio do Ofício nº 262/2014/SE-ME, de 30/04/2014. A partir do Quadro apresentado, observa-se que os processos de locação de imóveis de terceiros foram formalizados no âmbito do Ministério do Esporte. Adicionalmente, apresentam-se, a seguir, as principais características individualizadas dos imóveis utilizados ou sob a responsabilidade da SE/ME, próprios da União ou locados de terceiros. Quadro - Características individualizadas dos imóveis utilizados ou sob a responsabilidade da SE/ME Área Unidade Usos Nº de efetivamente de Localização do diferenciados pessoas* Tipo de imóvel utilizada por medida imóvel existentes na em cada postos de da área ocupação imóvel trabalho (m²) ocupada SEPN Quadra 511, Bloco A, Edifício Bittar II - Asa Norte, em Brasília/DF Rua Lauro Muller nº116 - Cobertura - Edifício Rio Sul Center, Botafogo, Rio de Janeiro/RJ Esplanada dos Ministérios, Bloco A SAN, Quadra 3, Bloco A - Edifício Núcleo dos Transportes Terceirizado 6.267,33 Área útil 1 auditório e 1 banco (Caixa Eletrônico) Terceirizado 825 Área útil Não há 36 Próprio da União, sob a responsabilidade do ME Próprio da União, sob a responsabilidade do DNIT, mas 3.531,80 Área útil 1.498,26 Área total 1 restaurante, 2 auditórios, 2 bancos e 1 banca de revistas 1 restaurante, 2 auditórios, 1 banco (agência e caixa eletrônico) **

106 parcialmente utilizado pelo ME *incluindo servidores, terceirizados, estagiários etc. e 1 biblioteca **Para composição final do quantitativo, utilizou-se o critério de rateio, com fração de 30%, correspondente aos empregados que efetivamente prestam serviço para o ME, uma vez que outros órgãos funcionam no mesmo local. Fontes: Ofício nº 311/2013/ME/SE/DGI/CGLOG, de 16/09/2013 e Ofício nº 172/2014/SE-ME, de 24/03/2014. b) Relato do controle interno acerca dos preços contratados para os imóveis locados pelo ME, bem como das benfeitorias úteis e necessárias realizadas nesses bens. Neste trabalho de auditoria, não foi verificada a regularidade dos processos de locação de imóveis de terceiros sob a responsabilidade do ME, tampouco se os preços pagos correspondem efetivamente aos preços praticados no mercado à época de cada ajuste. Inobstante esse fato, por intermédio do Ofício nº 262/2014/SE-ME, de 30/04/2014, o gestor informou que a rotina para a realização de cotação de preços nos imóveis a serem locados ou já contratados atende aos critérios de avaliação prévia dos preços compatíveis com os praticados no mercado, no qual busca demonstrar quais os preços mais vantajosos, respeitando o princípio da economicidade, previsto no art. 70 da Constituição Federal. Dessa forma, o gestor informou que são realizadas avaliações de cotações de preços, a fim de comprovar a compatibilidade de preços com os preços praticados no mercado, respeitando o estabelecido no inciso X, do Art. 24, da Lei nº 8.666/1993. Adicionalmente, mediante o Ofício nº 172/2014/SE-ME, de 24/03/2014, o gestor esclareceu que a cada prorrogação contratual, realizada por meio de Termos Aditivos, é indispensável a elaboração de pesquisa de mercado para verificar se o preço praticado pela contratada é o mais vantajoso, com base em edifícios de características similares nas áreas próximas ao atualmente locado. Ainda acerca desses imóveis, segundo informações prestadas pela Coordenação de Gestão de Patrimônio e Apoio da SE/ME, não houve dispêndios, em 2013, relacionados a benfeitorias úteis e necessárias nos imóveis locados. Portanto, não foi necessária a realização de indenização financeira em relação a benfeitorias, por parte dos locadores. #/Fato# INFORMAÇÃO Análise comparativa dos gastos realizados, em 2013, com reformas e com manutenção do imóvel próprio versus dos locados de terceiros, todos sob a responsabilidade do Ministério do Esporte. Fato Com vistas a analisar se os gastos realizados com reformas e manutenção dos imóveis da União são proporcionalmente mais representativos que os gastos com reformas e manutenção de imóveis locados de terceiros, foi requisitado por meio do item 1.7 da Solicitação de Auditoria nº /07, de 17/03/2014, que a Unidade apresentasse, dentre outros elementos, as seguintes informações acerca dos imóveis de uso especial sob a sua responsabilidade: 106

107 * D e GASTOS REALIZADOS EM 2013 COM REFORMAS* s (...) p esa com reformas: valor total expresso em reais das despesas com reforma do imóvel no exercício de referência do relatório de gestão. Consideram-se despesas com reforma os gastos com modificações ou incrementos na estrutura do imóvel que passarão a integrar o imóvel e que têm o potencial de afetar seu valor de mercado. Instalação de ar condicionado central, por exemplo, deve ser considerada reforma. **Despesa com manutenção: valor expresso em reais das despesas com manutenção das instalações no exercício de referência do relatório de gestão. Consideram-se despesas com manutenção das instalações os gastos incorridos para conservação ou pequenas melhorias das instalações existentes com vista a evitar que elas se deteriorem, tais como reparos de telhado, correção de infiltração, substituição dos sistemas elétrico e hidráulico danificados, instalação e remanejamento de divisórias, etc. Não devem ser consideradas as despesas com limpeza e vigilância. Em resposta apresentada por meio do Memorando nº 35/2014/COPAD/CGLOG/DGI/SE/ME, de 24/03/2014, encaminhado mediante o Ofício nº 172/2014/SE-ME, de 24/03/2014, a Unidade informou que, em relação ao imóvel situado no Bloco A da Esplanada dos Ministérios, em Brasília/DF, os dispêndios, em 2013, foram: a) Com reformas não houve; e b) Com manutenção no montante de R$ ,81. Os gastos com manutenção se referiram a variados objetos e foram formalizados por meio de diferentes contratos, conforme o quadro disponibilizado adiante: Quadro Gastos realizados, em 2013, com manutenção em relação ao imóvel localizado no Bloco A da Esplanada dos Ministérios, em Brasília/DF, sob a responsabilidade do ME imóvel próprio da União. Objeto/Serviço Contrato (nº/ano) GASTOS REALIZADOS EM 2013 COM MANUTENÇÃO** Valores gastos em 2013 (R$) Elevadores 05/2012 e 34/ ,88 Extintores Não existe contrato vigente 0,00 Manutenção predial 42/ ,13 Sensores Não existe contrato vigente 0,00 Ar condicionado 46/ ,28 Qualidade do Ar 03/ ,52 VALOR TOTAL ,81 Fontes: Memorando nº 35/2014/COPAD/CGLOG/DGI/SE/ME, de 24/03/2014, encaminhado por intermédio do Ofício nº 172/2014/SE-ME, de 24/03/2014; e Memorando nº 51/2014/CGLOG/DGI/SE/ME, de 17/04/2014, encaminhado por intermédio do Ofício nº 262/2014/SE- ME, de 30/04/2014. Adicionalmente, por meio do Memorando nº 175/2014 COGPA/CGLOG/DGI/SE/ME, de 17/04/2014, encaminhado mediante o Ofício nº 262/2014/SE-ME, a Unidade apresentou os gastos realizados, em 2013, com manutenção e conservação dos imóveis locados de terceiros sob a responsabilidade do Ministério do Esporte. 107

108 Em relação ao imóvel situado no SEPN Quadra 511, Bloco A, Edifício Bittar II - Asa Norte, em Brasília/DF, foram realizados os seguintes dispêndios por intermédio do Contrato nº 40/2012: Quadro Gastos realizados, em 2013, por meio do Contrato nº 40/2012, com manutenção e conservação em relação ao imóvel localizado no SEPN Quadra 511, Bloco A, Edifício Bittar II - Asa Norte, em Brasília/DF, sob a responsabilidade do ME imóvel locado de terceiros. Objeto/Serviço Valores gastos em 2013 (R$) Rede elétrica 6.902,56 Rede hidráulica 752,33 Rede lógica 4.440,30 Extintores 1.118,00 VALOR TOTAL ,19 Fonte: Memorando nº 175/2014 COGPA/CGLOG/DGI/SE/ME, de 17/04/2014, encaminhado mediante o Ofício nº 262/2014/SE-ME, em resposta à Solicitação de Auditoria nº /10. O gestor informou, ainda, que os gastos para manutenção e conservação em elevadores e ar condicionado são realizados às expensas do locador do imóvel mencionado. Em complemento, esclareceu que não há contrato de manutenção predial no imóvel situado na Rua Lauro Muller nº116 - Cobertura - Edifício Rio Sul Center, Botafogo, Rio de Janeiro/RJ, e que é utilizado o contrato de manutenção do Edifício Sede do Ministério do Esporte para execução de serviços eventualmente necessários. Não foram apresentados dispêndios relativos a reformas nos imóveis locados de terceiros sob a responsabilidade da Pasta. Logo, conclui-se, a partir das informações apresentadas pelo gestor, que os gastos realizados pelo Ministério do Esporte, em 2013, com reformas e com manutenção dos imóveis locados de terceiros sob a responsabilidade do Ministério são bastante inferiores aos gastos nessa área com os imóveis próprios da União, demonstrando, assim, a razoabilidade nessa relação de gastos. #/Fato# CONSTATAÇÃO Ausência de utilização do Sistema SPIUnet para o registro dos Bens de Uso Especial locados de terceiros sob a responsabilidade do Ministério do Esporte. Registro do imóvel de propriedade da União sob a responsabilidade do Ministério do Esporte sem indicar vinculação com a referida Pasta. Indicadores de gestão na área imobiliária insuficientes. Fato O Sistema de Gerenciamento do Patrimônio Imobiliário de Uso Especial da União SPIUnet faz a gerência em relação à utilização dos imóveis da União, de caráter "Bens de Uso Especial". Esse Sistema tem os seguintes objetivos específicos: a) manter cadastro de imóveis e usuários; b) emitir relatórios gerenciais; c) permitir utilização de elementos gráficos (mapas, fotos dos imóveis); d) disponibilizar informação em interface simplificada e moderna. Os Sistemas SPIUnet e SIAFI estão interligados, de forma a facilitar a execução do Balanço Patrimonial da União. 108

109 Segundo o Manual do SPIUnet versão de junho/2002, alterada em junho/2009, os imóveis de Uso Especial da União são: a) os imóveis da União (Administração Pública Federal direta); b) de terceiros que a União utiliza; c) próprios de Fundações e Autarquias; e d) de Empresas Estatais dependentes, nos termos da Lei Complementar nº 101, de 04/05/2000. a) Ausência de utilização do Sistema SPIUnet para o registro dos Bens de Uso Especial locados de terceiros sob a responsabilidade do Ministério do Esporte. A partir de consulta realizada ao Sistema SPIUnet, nos dias 31/03/2014 e 28/05/2014, verificou-se a ausência de utilização desse Sistema para o registro de imóveis de uso especial locados de terceiros referente às Unidades Gestoras - UG do Ministério do Esporte responsáveis por essa gestão (UG e ). No entanto, tais imóveis deveriam estar registrados no SPIUnet, bem como deveriam ser adequadamente avaliados e reavaliados, conforme a Orientação Normativa ON- GEADE nº 004, de 25/02/2003, e o Manual do SPIUnet. Em relação aos imóveis de uso especial locados de terceiros, o gestor informou, por intermédio do Ofício nº 172/2014/SE-ME, de 24/03/2014, o seguinte: Os demais imóveis são locados de terceiros e esta Coordenação de Gestão de Patrimônio e Apoio não efetuou o cadastro no SPIUnet por entender que os mesmos não necessitariam de ser cadastrados em tal plataforma, pensando, até o presente momento, que o SPIUnet seria apenas para cadastrar imóveis da União cedidos ao Ministério do Esporte. Ficando claro que estes também devem ser cadastrados, esta COGPA irá providenciar o seu registro o mais urgente possível. Diante do exposto, evidencia-se o desconhecimento do gestor quanto à obrigatoriedade de se registrar, no SPIUnet, esse tipo de imóvel, situação em que se verifica a necessidade de capacitação dos servidores da área de gestão imobiliária do Ministério do Esporte nessa atividade. b) Registro do imóvel de propriedade da União sob a responsabilidade do Ministério do Esporte no SPIUnet sem indicar vinculação com a referida Pasta. Em consulta ao Sistema SPIUnet, foi verificado que o imóvel próprio da União sob a responsabilidade do Ministério do Esporte (localizado no Bloco A da Esplanada dos Ministérios, Brasília/DF) não estava cadastrado no Sistema SPIUnet, pois não havia RIP vinculados às UG da Pasta. Diante do exposto, o Ministério do Esporte foi requisitado para justificar essa pendência. Em resposta, por intermédio do Ofício nº 172/2014/SE-ME, de 24/03/2014, foi informado o seguinte: Informamos que não foi feito o cadastro no sistema SPIUnet por falta de informação quanto à necessidade de fazê-lo. A propósito, sempre houve contato com o SPU sobre as questões desse imóvel, do Bloco A da Esplanada dos Ministérios, e nunca nos foi requisitado o registro. Diante disso, envidamos providências no sentido de realizar o registro O referido ofício apresentou a cópia do Ofício nº 40/2014/COPAD/CGLOG/DGI/SE/ME, de 21/03/2014, no qual o Coordenador de Patrimônio e Administração do Bloco A Substituto solicitou ao Superintendente do 109

110 Patrimônio da União/MPOG os registros imobiliários patrimoniais exclusivamente do imóvel em comento. Diante do exposto, evidencia-se o desconhecimento do gestor quanto à obrigatoriedade de se registrar, no SPIUnet, os imóveis de uso especial próprios da União sob sua responsabilidade, situação em que se verifica a necessidade de capacitação dos servidores da área de gestão imobiliária do Ministério do Esporte nessa atividade. Posteriormente, mediante consulta efetuada ao Relatório de Gestão 2013 da SE/ME, versão encaminhada ao Tribunal de Contas da União em 25/04/2014, e ao Sistema SPIUnet, em 28/05/2014, foi verificado que o imóvel em questão foi registrado no Sistema SPIUnet sob o RIP de número Todavia, como consta do Relatório de Gestão citado anteriormente, não foi localizado registro desse imóvel, nem de parte dele, na UG nem em qualquer outra UG do Ministério do Esporte. A propósito, segundo o mesmo documento fornecido só há registro procedido por outros órgãos. Assim, em que pese o Ministério do Esporte ter a função de gerenciar e manter o prédio, bem como mediar as relações entre os condôminos, conforme disciplinado na Portaria Interministerial nº 1.425, de 04/09/2003, não foi verificado o registro do imóvel nas UG do ME, nem como sendo de utilização. Com base em consulta realizada ao Sistema SPIUnet, constatou-se que realmente não há registro do imóvel localizado no Bloco A da Esplanada dos Ministérios vinculado ao Ministério do Esporte. Existem registros de utilização relacionados a esse imóvel conforme apresentado no Quadro a seguir, mas nenhum vinculado ao ME. Quadro Utilizações encontradas para o RIP , referente ao imóvel situado no Bloco A da Esplanada dos Ministérios, Brasília/DF. Código da UG RIP de utilização responsável pela Denominação da UG responsável utilização do pela utilização do imóvel Regime do imóvel imóvel Fonte: Consulta ao Sistema SPIUnet, em 28/05/2014. Gerência Regional do Patrimônio da União no DF - GRPU/DF/MPOG Coordenação-Geral de Logística e Administração/MDS Coordenação-Geral de Planejamento e Orçamento/CGU Coordenação-Geral de Planejamento, Orçamento, Finanças e Contabilidade/MDA Gerência Regional do Patrimônio da União no DF - GRPU/DF/MPOG Em regularização - Entrega Entrega - Administração Federal Direta Entrega - Administração Federal Direta Entrega - Administração Federal Direta Entrega - Administração Federal Direta Portanto, de acordo com o Sistema SPIUnet, não há vinculação entre o imóvel localizado no Bloco A da Esplanada dos Ministérios com o Ministério do Esporte. Contudo, essa omissão de registro não corresponde à realidade. Ressalta-se que já houve a detecção das falhas de registro dos imóveis sob a responsabilidade do Ministério do Esporte, tanto os próprios da União como os locados de terceiros, no Relatório de Auditoria Anual de Contas da Secretaria-Executiva do 110

111 Ministério do Esporte, gestão 2012, Relatório nº Portanto, essa impropriedade é reincidente na gestão administrativa da Unidade. c) Indicadores de gestão na área imobiliária insuficientes. Em relação aos indicadores de gestão na área imobiliária, por intermédio do Ofício nº 172/2014/SE-ME, de 24/03/2014, o gestor informou que o único indicador de gestão que monitora o processo de gerenciamento de imóveis é o acompanhamento da execução contratual dos imóveis locados de terceiros. Esse indicador é insuficiente no controle da gestão do patrimônio imobiliário, uma vez que não apresenta os critérios de mensurabilidade, de utilidade, de comparabilidade e de completude, à sua utilização pela Pasta. Assim, verifica-se a necessidade de implementação de indicadores de desempenho para que possam ser utilizados no gerenciamento da área em questão. #/Fato# Causa O Diretor de Gestão Interna do Ministério do Esporte não adotou as medidas gerenciais necessárias para que houvesse o registro adequado dos imóveis de uso especial no Sistema SPIUnet, tanto próprios da União como locados, sob a responsabilidade do Ministério. Essa falha ocorreu, dentre outros fatores, em virtude dos seguintes gargalos: deficiência de pessoal qualificado e de estrutura organizacional do Ministério; ausência de rotinas e de fluxos de procedimentos relacionados à gestão imobiliária; deficiência de indicadores de desempenho; bem como insuficiência e lacunas normativas no que diz respeito à definição das atribuições e das responsabilidades da área em análise, no âmbito do Ministério do Esporte. #/Causa# Manifestação da Unidade Examinada Em resposta ao Relatório Preliminar, encaminhado em 18/06/2014, o gestor manifestouse, no documento intitulado Manifestação, encaminhado por meio do Ofício n 465/2014/SE-ME, de 12/08/2014, informando o seguinte: As inconsistências apontadas são passíveis de medidas saneadoras e, quanto às recomendações de : cunho estruturante, com vistas ao aprimoramento da gestão assume-se o compromisso com: (...) c) formalização de rotinas e fluxos de procedimentos a serem realizados na gestão imobiliária, incluindo a utilização efetiva de controles a serem incluídos em todos os processos, com atesto do atendimento de todos os requisitos, por servidor responsável por essa verificação; d) adequação dos normativos que regulam as competências e as atribuições das unidades responsáveis pelo gerenciamento dos imóveis; e) esforços para adequação dos quadros de pessoal do Ministério Esporte; f) implementação de controles internos administrativos, de forma a realizar de forma tempestiva e adequada o registro dos imóveis de uso especial sob a responsabilidade do Ministério do Esporte; 111

112 g) definição de indicadores de desempenho concernentes à área de gestão imobiliária; (...) Em trabalho conjunto com DPGE e DGI, serão formalizadas rotinas e fluxos de procedimento a serem realizadas na gestão imobiliária, os normativos que regulam competências e atribuições serão adequados, e serão implementados controles internos administrativos. Em complementação à resposta apresentada, o gestor, por intermédio do Despacho nº 2335/2014-DGI/SE/ME, de 25/07/2014, encaminhado pelo Ofício n 465/2014/SE-ME, de 12/08/2014, esclareceu o seguinte: O DGI realizará ações voltadas à melhoria da gestão dos bens de uso especial sob a responsabilidade do Ministério do Esporte, para o adequado registro dos imóveis de propriedade da União e locados de terceiros, em observância à legislação vigente. #/ManifestacaoUnidadeExaminada# Análise do Controle Interno Diante da manifestação apresentada, verifica-se que o gestor concorda com os apontamentos efetuados pela equipe de auditoria. Nesse sentido, ratifica-se a necessidade de reestruturação da área responsável pelo gerenciamento dos imóveis de uso especial de responsabilidade do Ministério do Esporte, principalmente no que concerne ao aprimoramento das rotinas e dos fluxos de procedimentos, ao incremento do controle interno visando a realização tempestiva e adequada dos registros dos imóveis, à adequação das normas e dos quadros de pessoal, bem como à estruturação de indicadores de gestão nessa área. #/AnaliseControleInterno# Recomendações: Recomendação 1: Formalizar as rotinas e os fluxos de procedimentos a serem realizados na gestão imobiliária sob a responsabilidade do Ministério do Esporte, incluindo a utilização efetiva de controles a serem incluídos em todos os processos, com atesto do atendimento de todos os requisitos, por servidor responsável por essa verificação. Recomendação 2: Instituir ou adequar os normativos que regulam as competências e as atribuições das unidades responsáveis pelo gerenciamento dos imóveis sob a responsabilidade do Ministério do Esporte, de forma a evitar lacunas normativas nesta atividade. Recomendação 3: Adequar os quadros de pessoal do Órgão, de forma a prover a área de gestão imobiliária com servidores capacitados para a gestão dos imóveis sob a responsabilidade do Ministério do Esporte. Recomendação 4: Implementar controles internos administrativos, de forma a realizar de forma tempestiva e adequada o registro dos imóveis de uso especial sob a responsabilidade do Ministério do Esporte, tanto os próprios da União quanto os locados de terceiros, com vistas a cumprir e fazer cumprir o Manual do SPIUnet, versão de junho/2002, alterado em junho/2009, bem como a Orientação Normativa ON- GEADE nº 004, de 25/02/

113 Recomendação 5: Proceder com a reformulação e a definição de indicadores de desempenho concernentes à área de gestão imobiliária, de forma que atendam aos critérios de mensurabilidade, de utilidade, de comparabilidade e de completude CONSTATAÇÃO Inconsistência das informações apresentadas no Relatório de Gestão da Secretaria- Executiva, relativo ao exercício de 2013, acerca dos imóveis de uso especial pertencentes à União e locados de terceiros, ambos sob a responsabilidade do Ministério do Esporte. Fato No que se refere ao controle e ao monitoramento das informações acerca dos imóveis sob a responsabilidade da Unidade, foi constatado, por meio de análise às informações prestadas pelo Ministério do Esporte no subitem 6.2 do Relatório de Gestão 2013 da SE/ME Gestão do Patrimônio Imobiliário, encaminhado ao Tribunal de Contas da União, via sistema, em 25/04/2014, que a Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte apresenta deficiência de gerenciamento dessas informações. Como exemplo, relata-se a inconsistência no preenchimento do referido Relatório, quanto aos seguintes elementos relacionados à sua gestão imobiliária: a) Não foram computadas, no Quadro 41 A Distribuição Espacial dos bens imóveis de uso especial de propriedade da União, informações acerca do imóvel localizado no Bloco A da Esplanada dos Ministérios, Brasília/DF, que está sob a responsabilidade da Unidade; b) Foram computadas no Quadro 41 A Distribuição Espacial dos bens imóveis de uso especial de propriedade da União e no Quadro 42 A Discriminação dos bens imóveis de propriedade da União sob responsabilidade da UJ, exceto imóvel funcional informações acerca do imóvel situado no Setor de Autarquias Norte, Quadra 3, Bloco A- Edifício Núcleo dos Transportes DNIT. No entanto, foi verificado, em consulta realizada no Sistema SPIUnet, em 31/03/2014, que esse imóvel está sob a responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (UG ); c) Não foram computados no Quadro 43 A Discriminação de imóveis funcionais da União sob responsabilidade da UJ, o valor histórico e a data da avaliação do imóvel localizado no Bloco A da Esplanada dos Ministérios. Consta do quadro apresentado, quanto aos itens mencionados, a seguinte expressão: Sem informação. Portanto, não foram disponibilizadas informações atinentes ao valor histórico e à data da avaliação do imóvel em comento no Relatório de Gestão 2013 da Unidade, tampouco nas informações prestadas posteriormente pelo gestor, por intermédio do Memorando nº 175/2014 COGPA/CGLOG/DGI/SE/ME, de 17/04/2014, encaminhado mediante o Ofício nº 262/2014/SE-ME, em resposta à Solicitação de Auditoria nº /10. No entanto, em consulta ao Sistema SPIUnet, no dia 28/05/2014, verificou-se que o valor histórico do imóvel é de R$ ,69, correspondente ao valor do terreno; e a data da última avaliação desse imóvel foi no dia 15/02/2013, com prazo de validade até o dia 15/02/2015. Portanto, o imóvel está adequado quanto à data de sua avaliação patrimonial. 113

114 d) Não foi apresentada uma análise crítica que pudesse relatar a situação atual dos imóveis sob a responsabilidade do ME, locados de terceiros. #/Fato# Causa O Secretário Executivo do Ministério do Esporte, como dirigente máximo da Unidade, e o Diretor de Gestão Interna, como membro responsável pelo gerenciamento dos bens do ME, não observaram que as informações apresentadas no Relatório de Gestão referentes à gestão de 2013 da Secretaria-Executiva do ME, são inconsistentes, descumprindo o disposto no art. 2º da DN TCU nº 127/2013, que relata que a apresentação do referido relatório em conformidade com as normas que o regulamentam é de responsabilidade do dirigente máximo da Unidade. Essas inconsistências de informações prestadas ocorreram, dentre outros fatores, em virtude da deficiência de controle interno da Unidade em relação à implementação de normas específicas e de rotinas de trabalho quanto à área de gestão de bens imóveis de uso especial. #/Causa# Manifestação da Unidade Examinada Em resposta ao Relatório Preliminar, encaminhado em 18/06/2014, o gestor manifestouse, no documento intitulado Manifestação, encaminhado por meio do Ofício n 465/2014/SE-ME, de 12/08/2014, informando o seguinte: As inconsistências apontadas são passíveis de medidas saneadoras e, quanto às recomendações de : cunho estruturante, com vistas ao aprimoramento da gestão assume-se o compromisso com: (...) c) formalização de rotinas e fluxos de procedimentos a serem realizados na gestão imobiliária, incluindo a utilização efetiva de controles a serem incluídos em todos os processos, com atesto do atendimento de todos os requisitos, por servidor responsável por essa verificação; d) adequação dos normativos que regulam as competências e as atribuições das unidades responsáveis pelo gerenciamento dos imóveis; e) esforços para adequação dos quadros de pessoal do Ministério Esporte; f) implementação de controles internos administrativos, de forma a realizar de forma tempestiva e adequada o registro dos imóveis de uso especial sob a responsabilidade do Ministério do Esporte; g) definição de indicadores de desempenho concernentes à área de gestão imobiliária; (...) Em trabalho conjunto com DPGE e DGI, serão formalizadas rotinas e fluxos de procedimento a serem realizadas na gestão imobiliária, os normativos que regulam competências e atribuições serão adequados, e serão implementados controles internos administrativos. 114

115 Em complementação à resposta apresentada, o gestor, por intermédio do Despacho nº 2335/2014-DGI/SE/ME, de 25/07/2014, encaminhado pelo Ofício n 465/2014/SE-ME, de 12/08/2014, esclareceu o seguinte: O DGI realizará ações voltadas à melhoria da gestão dos bens de uso especial sob a responsabilidade do Ministério do Esporte, para o adequado registro dos imóveis de propriedade da União e locados de terceiros, em observância à legislação vigente. #/ManifestacaoUnidadeExaminada# Análise do Controle Interno Diante da manifestação apresentada, verifica-se que o gestor concorda com os apontamentos efetuados pela equipe de auditoria. Nesse sentido, ratifica-se a necessidade de reestruturação da área responsável pelo gerenciamento dos imóveis de uso especial de responsabilidade do Ministério do Esporte, principalmente no que concerne ao aprimoramento das rotinas e dos fluxos de procedimentos, ao incremento do controle interno visando a realização tempestiva e adequada dos registros dos imóveis, à adequação das normas e dos quadros de pessoal, bem como à estruturação de indicadores de gestão nessa área. #/AnaliseControleInterno# Recomendações: Recomendação 1: Estabelecer rotinas de trabalho e normas específicas para a área responsável pelo gerenciamento de bens imóveis públicos de uso especial, com vistas a adequar o controle interno administrativo do setor e garantir maior segurança e fidedignidade à Administração Pública dos dados imobiliários utilizados pelo Ministério do Esporte CONSTATAÇÃO Ausência de registro dos bens imóveis sob a responsabilidade do Ministério do Esporte, por intermédio da utilização de inventário e de registros analíticos. Inconsistências na situação patrimonial da Unidade, em 2013, descritas em Relatório de Gestão do Ministério do Esporte. Fato a) Ausência de registro dos bens imóveis sob a responsabilidade do Ministério do Esporte, por intermédio da utilização de inventário e de registros analíticos. No intuito de verificar a discriminação organizada e analítica de todos os bens imóveis e os valores dos patrimônios pertencentes ao ME ou locados por esse órgão, requisitou-se à Unidade auditada, por meio do item 1.6 da Solicitação de Auditoria n.º /07, de 17/03/2014, que apresentasse o inventário físico anual de patrimônio de bens imóveis de uso especial do Ministério do Esporte, referente ao exercício de Em resposta, por intermédio do Ofício nº 172/2014/SE-ME, de 24/03/2014, o ME informou que não possui o referido inventário. Tal omissão contraria o inciso II do 1º do artigo 18, referente ao Título III Secretaria Executiva, do Regimento Interno do Ministério do Esporte, bem como os artigos 94 a 96 da Lei nº 4.320/64, que define 115

116 normas gerais de Direito Financeiro para a elaboração e o controle dos orçamentos e dos balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, a seguir discriminados: Art. 18 À Divisão de Patrimônio e Apoio compete: 1º Das atividades de Administração de Material: I - realizar os registros contábeis e de controle físico das aquisições de material de consumo no SIAFI nas condições estabelecidas nos Contratos e nas Notas de Empenho, lançando no SIAFI a movimentação do material de consumo e de bens permanentes; II - executar, anualmente, o inventário físico e financeiro dos bens patrimoniais e manter o registro e o controle dos termos firmados pelos responsáveis na guarda de bens patrimoniais; Art. 94 Haverá registros analíticos de todos os bens de caráter permanente, com indicação dos elementos necessários para a perfeita caracterização de cada um deles e dos agentes responsáveis pela sua guarda e administração. Art. 95 A contabilidade manterá registros sintéticos dos bens móveis e imóveis. Art. 96 O levantamento geral dos bens móveis e imóveis terá por base o inventário analítico de cada unidade administrativa e os elementos da escrituração sintética na contabilidade. O inventário de bens imóveis, de natureza físico-financeira tem, dentre outros, os seguintes objetivos: a) na esfera federal, manter atualizados e conciliados os registros do Sistema de Material e Patrimônio e os registros contábeis constantes do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal SIAFI - e a devida compatibilização desses dois sistemas com o Sistema SPIUnet; b) verificar o estado de conservação dos bens; c) confirmar a responsabilidade dos agentes responsáveis pelos bens; e d) subsidiar a Tomada e Prestação de Contas Anual. Assim, a omissão de confecção e de apresentação desse instrumento de controle gera prejuízos gerenciais à Administração. Outra falha identificada refere-se à ausência de registros analíticos do imóvel de propriedade da União sob a responsabilidade do ME, com indicação dos elementos necessários para a perfeita caracterização desse bem de uso especial e dos agentes responsáveis por sua guarda e administração. Não foram esclarecidos de forma analítica (por meio de documentação probatória apropriada) os seguintes elementos necessários para caracterizar individualmente os imóveis sob a responsabilidade do ME: o local e o número de registro do bem, a situação e o estado de conservação do bem, o valor do imóvel (que inclui o valor histórico, a data de avaliação e o valor reavaliado), dentre outros elementos. Os bens arrolados nos inventários e nos registros analíticos são públicos e de uso especial, por isso precisam estar resguardados quanto a quaisquer danos e necessitam ser monitorados, de forma constante, em relação a alguns fatores gerenciais, tais como: o estado de conservação e os valores dos imóveis; as despesas efetuadas com a 116

117 manutenção e reforma dos imóveis; bem como a inserção de dados e a atualização desses dados nos sistemas de informação utilizados para o gerenciamento dos bens. Em virtude dos fatos relatados, registra-se que os inventários e os registros analíticos do ME devem ser efetuados, não apenas por exigência legal, mas também como medida de controle administrativo. b) Inconsistências na situação patrimonial da Unidade, em 2013, descritas em Relatórios de Gestão do ME. Constataram-se, também, inconsistências na situação patrimonial da Unidade, em 2013, descritas no Relatório de Gestão da Secretaria-Executiva SE e da Secretaria Nacional de Esporte de Alto Rendimento - SNEAR, ambas do ME. Essas inconsistências foram relatadas na Declaração com ressalva, emitida pela contadora portadora do CPF *** **, nos dois relatórios mencionados. A seguir, relatam-se as ressalvas mencionadas: Declaro que os demonstrativos contábeis constantes do Sistema Siafi (Balanços Orçamentário, Financeiro e Patrimonial e a Demonstração das Variações Patrimoniais, previstos na Lei n.º 4.320, de 17 de março de 1964) relativas ao exercício de 2013 refletem adequada e integralmente a situação orçamentária, financeira e patrimonial da unidade jurisdicionada que apresenta Relatório de Gestão, EXCETO no tocante a: a) O Imobilizado não condiz com a realidade uma vez que não foram adotados critérios de depreciação, amortização e exaustão até a presente data, bem como há diferenças entre os valores constantes no Sistema Integrado de Administração Financeira SIAFI e o sistema de Patrimônio utilizado no órgão. b) A conta ESTOQUE também não condiz com a realidade uma vez que há diferenças entre os valores constantes no Sistema Integrado de Administração Financeira SIAFI e o sistema de Almoxarifado utilizado no órgão. Os Demonstrativos de Fluxo de Caixa e do Resultado Econômico não estão disponíveis no Sistema SIAFI. c) Não aplicação dos dispositivos contidos nas NBC T 16.9 e NBC T Por intermédio dos Relatórios de Gestão citados, observou-se, ainda, que não estão sendo aplicados os dispositivos contidos nas Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público (NBC T) Depreciação, Amortização e Exaustão e na NBC T Avaliação e Mensuração de Ativos e Passivos em Entidades do Setor Público. De acordo com informações constantes dos Relatórios de Gestão da SE/ME e da SNEAR/ME, os seguintes motivos justificam o fato de as Unidades não estarem aplicando os dispositivos das NBCT supracitadas: Em junho de 2013, o Automation System of Inventory ASI, sistema contratado pelo Ministério do Esporte junto a LINKDATA para o serviço de manutenção e suporte técnico de solução informatizada de Gestão Patrimonial, tornou-se inoperante em virtude do encerramento do prazo de vigência do Contrato nº 018/2010 e, não houve renovação ou nova 117

118 #/Causa# contratação de sistema patrimonial para o ME dificultando ainda mais a implantação do cálculo da depreciação, desde então todo o controle patrimonial dos bens é feito manualmente; no dia 21 de agosto de 2013 foi assinada a Portaria nº 88 que nomeava 3 servidores afim de regularizar o cálculo da depreciação, entretanto, devido à falta de sistema patrimonial, o trabalho do grupo se tornou inviável; o Ministério do Esporte atualmente ainda possui divergências de valores entres os bens registrados no Sistema Integrado de Administração Financeira SIAFI e o inventário efetuado pela Coordenação de Gestão de Patrimônio e Apoio. Devido aos motivos acima mencionados, as letras: c) Metodologia adotada para estimar a vida útil econômica do ativo; d) A metodologia de cálculo da depreciação, amortização e exaustão; e) As taxas utilizadas para os cálculos; f) A metodologia adotada para realizar a avaliação e mensuração das disponibilidades, dos créditos e dívidas, dos estoques, dos investimentos, do imobilizado, do intangível e do diferido; g) O impacto da utilização dos critérios contidos nas NBC T 16.9 e NBC T sobre o resultado apurado pela UJ no exercício não podem ser respondidas pois não existem metodologias e cálculos realizados por este Ministério. Em que pese o Ministério do Esporte ter afirmado que atualmente ainda possui divergências de valores entre os bens registrados no Sistema Integrado de Administração Financeira SIAFI e o inventário efetuado pela Coordenação de Gestão de Patrimônio e Apoio, como mencionado anteriormente, foi identificado que a Pasta não constituiu o inventário em relação aos bens sob a sua responsabilidade. Fato relevante diz respeito à inoperância da solução informatizada ASI, conforme mencionado. A ausência de contrato de suporte técnico e de manutenção vigente não é suficiente para tornar o sistema inoperante, uma vez que tal ajuste é acessório para o seu funcionamento. Em qualquer solução de Tecnologia da Informação, a aquisição ou desenvolvimento de sistemas fornece como produto a plataforma adquirida, de forma que os serviços de suporte técnico e de manutenção são secundários à solução. Mesmo após a finalização do contrato de fornecimento em TI, o sistema adquirido é de propriedade do órgão público, restando, inclusive, o fornecedor obrigado a repassar todo o conhecimento para que o sistema se torne operante pelos servidores do órgão comprador. Dessa forma, o fim da vigência do Contrato nº 18/2010 não seria suficiente para tornar o ASI inoperante e, consequentemente, impedir os cálculos patrimoniais exigidos pelos normativos vigentes. Todas essas falhas apontadas demonstram fragilidades relevantes no gerenciamento patrimonial no âmbito do Ministério do Esporte. #/Fato# Causa Deficiência de pessoal qualificado e de estrutura organizacional do Ministério; ausência de rotinas e de fluxos de procedimentos relacionados à gestão imobiliária; deficiência de indicadores de desempenho; bem como insuficiência e lacunas dos normativos regulamentares que estipulam as atribuições e as responsabilidades da área em análise, no âmbito do Ministério do Esporte. 118

119 Manifestação da Unidade Examinada Em resposta ao Relatório Preliminar, encaminhado em 18/06/2014, o gestor manifestouse, no documento intitulado Manifestação, encaminhado por meio do Ofício n 465/2014/SE-ME, de 12/08/2014, informando o seguinte: As inconsistências apontadas são passíveis de medidas saneadoras e, quanto às recomendações de : cunho estruturante, com vistas ao aprimoramento da gestão assume-se o compromisso com: (...) c) formalização de rotinas e fluxos de procedimentos a serem realizados na gestão imobiliária, incluindo a utilização efetiva de controles a serem incluídos em todos os processos, com atesto do atendimento de todos os requisitos, por servidor responsável por essa verificação; d) adequação dos normativos que regulam as competências e as atribuições das unidades responsáveis pelo gerenciamento dos imóveis; e) esforços para adequação dos quadros de pessoal do Ministério Esporte; f) implementação de controles internos administrativos, de forma a realizar de forma tempestiva e adequada o registro dos imóveis de uso especial sob a responsabilidade do Ministério do Esporte; g) definição de indicadores de desempenho concernentes à área de gestão imobiliária; h) elaboração e manutenção do controle contínuo do inventário e do registro analítico dos bens imóveis sob a responsabilidade do Ministério do Esporte; (...) Conforme registrado pelo Departamento de Planejamento e Gestão Estratégica, informa-se que algumas providências foram tomadas no que tange à questão da Depreciação, bem como do controle de estoque. A respeito da depreciação, foram iniciados em maio/2014 trabalhos relativos ao seu cálculo, referente aos exercícios de 2010 a 2014, com base nas entradas e saídas registradas no SIAFI, e informações complementares fornecidas pela Coordenação de Gestão de Patrimônio e Apoio, conforme informado no Memorando n 94/2014/DPGE/SE-ME (Anexo 07). Em complementação à resposta apresentada, o gestor, por intermédio do Memorando nº 94/2014/DPGE/SE/ME, de 08/08/2014, encaminhado pelo Ofício n 465/2014/SE-ME, de 12/08/2014, esclareceu o seguinte: Quanto ao item a da Constatação do Relatório Preliminar - Ausência de registro dos bens imóveis sob a responsabilidade do Ministério do Esporte, por intermédio da utilização de inventário e de registros analíticos : Não houve manifestação específica acerca desse item. 119

120 Quanto ao item b da Constatação do Relatório Preliminar - Inconsistências na situação patrimonial da Unidade, em 2013, descritas em Relatórios de Gestão do ME : (...) informa-se que algumas providências foram tomadas no que tange à questão da Depreciação, bem como do controle de estoque. Quanto à depreciação, foram iniciados em maio/2014 trabalhos relativos ao cálculo da depreciação, referente aos exercícios de 2010 a 2014, baseado em informações referentes às entradas e saídas registradas no SIAFI, e informações complementares fornecidas pela Coordenação de Gestão de Patrimônio e Apoio. Porém, devido à falta de sistema patrimonial e à indisponibilidade das informações patrimoniais referentes aos exercícios anteriores, a elaboração dos cálculos está sendo feita de forma empírica. Diante da dificuldade apresentada, está sob apreciação da Coordenação de Gestão de Patrimônio e Apoio a execução de um inventário que possibilite ajustes dos saldos das contas dos bens permanentes e dos materiais de consumo no SIAFI. Quanto ao controle de estoque, cabe ressaltar que o setor de almoxarifado não possui sistema de controle, não obstante, em janeiro/2014 emitiu Relatório de Movimentação de Material de Consumo baseado em um inventário físico, que elaborou no mesmo mês, a fim de regularizar as contas de Material de Consumo no SIAFI. Quanto ao item c da Constatação do Relatório Preliminar - Não aplicação dos dispositivos contidos nas NBC T 16.9 e NBC T : Em virtude da dificuldade do Ministério com relação ao controle patrimonial dos bens permanentes, até o ano de 2013, não foi possível atender os dispositivos constantes na NBC T 16.9 e NBCT Entretanto, conforme resposta constante do item b, o quesito depreciação seguirá as normas técnicas citadas, bem como a Macrofunção do Tesouro Nacional Quanto à questão sistêmica de controle patrimonial, a informação é que a Coordenação de Gestão de Patrimônio e Apoio COGPA solicitou à Coordenação-Geral de Tecnologia da Informação - CGTI, em reunião realizada em agosto de 2013, o desenvolvimento de um novo sistema patrimonial e a solicitação está sob análise. Adicionalmente, a Coordenação-Geral de Recursos Logísticos - CGLOG encaminhou o Ofício nº. 009/2014/CGLOG/DGI/SE/ME para a LINKDATA a fim de obter as informações patrimoniais referente aos exercícios de 2010 a 2013 que estavam no banco de dados do sistema ASI. Em resposta, a LINKDATA encaminhou ao Ministério do Esporte o Ofício relatando que as informações solicitadas estão no banco de dados do ministério e podem ser extraídas por meio da sua Coordenação-Geral de Tecnologia de Informação. No dia 17/07 houve uma reunião da COGPA com a CGTI registrada através de Ata. Em seguida, foi encaminhado no dia 04/08/2014 via para a CGTI o Ofício emitido pela LINKDATA. Portanto, atualmente a extração das informações referidas encontra-se sob análise da CGTI. 120

121 Quanto às recomendações emanadas no Relatório Preliminar: A primeira recomendação faz menção à formalização de fluxos e rotinas pertinente à gestão imobiliária. Esta recomendação será plenamente atendida quando da entrega do previsto no Módulo oito do Contrato 47/2012 firmado entre o Ministério do Esporte - ME e o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos CGEE, considerando que a formulação e revisão de rotinas e procedimentos de controle administrativos as diversas áreas do ME, é um dos seus objetos. A previsão de conclusão é dezembro de Quanto à segunda recomendação, que trata do registro de bens imóveis sob a responsabilidade do Ministério do Esporte e posterior controle por meio de inventário, foram tomadas providências no sentido de incluir usuários da Coordenação de Gestão de Patrimônio e Apoio no Sistema de Gerenciamento dos Imóveis de Usos Especial da União Spiunet para que o registro e a manutenção possam ser efetuados integralmente e tempestivamente. #/ManifestacaoUnidadeExaminada# Análise do Controle Interno Especificamente, em relação ao item a do Relatório Preliminar, que trata da ausência de registro dos bens imóveis sob a responsabilidade do Ministério do Esporte, por intermédio da utilização de inventário e de registros analíticos, verificou-se, de forma geral, que o Ministério do Esporte assumiu o compromisso de elaborar e manter o controle contínuo do inventário e do registro analítico dos bens imóveis de uso especial sob a responsabilidade da Pasta. Em relação ao item b do Relatório Preliminar, que trata das inconsistências na situação patrimonial da Unidade, em 2013, descritas em Relatórios de Gestão do ME, identificouse com base na resposta apresentada que estão sendo adotadas algumas providências com vistas a aprimorar o gerenciamento dos bens quanto à depreciação e ao controle de estoque. Todavia, foram citados pelo gestor alguns entraves que necessitam ainda ser solucionados, como a ausência de sistema patrimonial e a indisponibilidade de informações patrimoniais referentes aos exercícios anteriores. Esses entraves demonstram que existe, ainda, deficiência relevante no setor de gerenciamento imobiliário do Ministério, que necessita ser prontamente solucionada. Já em relação ao item c do Relatório Preliminar, que trata da falta de aplicação dos dispositivos contidos nas NBC T 16.9 e NBC T 16.10, o próprio Ministério do Esporte afirma que não foi possível atender os dispositivos constantes na NBC T 16.9 e NBCT 16.10, até o ano de Diante das informações prestadas pela Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte, constatou-se que a Unidade não possui controle e acompanhamento em relação às informações patrimoniais de sua alçada, tanto é que dados atinentes ao setor de gerenciamento imobiliário, em relação aos exercícios de 2010 a 2013, não foram localizados no âmbito do Ministério até o momento, demonstrando fragilidade e risco em relação a esse setor. Adicionalmente, o gestor informou que solicitou à Coordenação-Geral de Tecnologia da Informação do Ministério do Esporte o desenvolvimento de um novo sistema patrimonial. No entanto, é basilar que todos os dados patrimoniais sejam compilados a fim de garantir o acompanhamento histórico e integral dos dados patrimoniais sob a responsabilidade da Pasta. Registra-se, ainda, que o controle patrimonial independe da 121

122 contratação de Sistema de Informação externo, uma vez que deve ser efetuado de modo primário pelo próprio setor competente do Ministério do Esporte. Com base nas respostas apresentadas, no entanto, não foi vislumbrada a formalização de rotinas e fluxos de procedimentos e de trabalho, de forma a avaliar, mensurar e monitorar os ativos e os passivos da Pasta, bem como não foram apresentadas ações efetivas que demonstrassem a elaboração e a manutenção do controle do inventário e do registro analítico dos bens imóveis de uso especial sob a responsabilidade do Ministério do Esporte. Dessa forma, em que pesem os compromissos firmados pela Pasta e a adoção de providências mencionadas pelo gestor, constatou-se, no que diz respeito a todos os itens mencionados, que as deficiências de gerenciamento apontadas persistiram durante o exercício financeiro de 2013, objeto de análise deste Relatório. Assim, as informações apresentadas não descaracterizam o registro anteriormente efetuado. #/AnaliseControleInterno# Recomendações: Recomendação 1: Formalizar as rotinas e os fluxos de procedimentos e de trabalhos a serem realizados na gestão imobiliária sob a responsabilidade do Ministério do Esporte, de forma a avaliar, mensurar e monitorar os ativos e os passivos da Pasta. Recomendação 2: Elaborar e manter o controle contínuo do inventário e do registro analítico dos bens imóveis sob a responsabilidade do Ministério do Esporte referente ao exercício de 2013, assim como aos exercícios seguintes, de acordo com o disposto nos artigos 94 a 96 da Lei n 4.320/64. Recomendação 3: Aprimorar o controle interno com vistas a cumprir e fazer cumprir as normas contábeis no gerenciamento do setor imobiliário no âmbito do Ministério do Esporte. 3 Lei de Incentivo ao Esporte 3.1 Lei de Incentivo ao Esporte ANÁLISE DA GESTÃO FISCAL RESPONSÁVEL CONSTATAÇÃO Insuficiência dos normativos vigentes relacionados ao tratamento das renúncias tributárias no âmbito do Ministério do Esporte. Fato Com o objetivo de verificar se os controles internos administrativos relacionados aos processos de renúncias tributárias, no que tange aos normativos vigentes, são suficientes, solicitou-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que: - disponibilizasse os normativos internos que determinam os responsáveis por cada etapa do fluxo dos processos que pleiteiam recursos oriundos da Lei de Incentivo ao Esporte e o organograma hierárquico dos departamentos com respectivas atribuições e responsabilidades, bem como os atos publicados de delegação de autoridade no exercício de 2013; 122

123 - informasse qual a rotina utilizada para assegurar que todas as etapas da concessão e da análise da prestação de contas relativas às renúncias tributárias fossem feitas tempestivamente; e - informasse quais são as priorizações utilizadas para a concessão de renúncias tributárias. Por intermédio do Ofício nº 165/2014/SE-ME, de 21/03/2014, Coordenadora da Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte, com relação aos normativos internos, assim se manifestou: Não existem normativos internos que determinem responsabilidades por etapa de trâmite do fluxo dos processos que pleiteiam recursos oriundos da LIE. A regulamentação e definição de responsabilidades decorrem genericamente do Decreto 6.180/07 e especificadamente da Portaria 120/09. Por meio do citado Ofício foi apresentado o organograma do Departamento de Incentivo e Fomento ao Esporte (DIFE), unidade pertencente à estrutura da Secretaria-Executiva e responsável pela gestão da Lei de Incentivo ao Esporte, conforme estrutura representada em sequência. Figura: Organograma do Departamento de Incentivo e Fomento ao Esporte Diretor DAS DIFE Assessor DAS Coordenadora-Geral de Desenvolvimento da Política de Financiamento ao Esporte CGDPFE DAS Coordenador-Geral de Gestão da Lei Fed. de Incentivo ao Esporte CGGLIE DAS (deslocado para a SNEAR) Coordenador DAS Coordenador DAS Coordenador DAS Chefe de Divisão DAS Chefe de Divisão DAS Chefe de Divisão DAS Assistente Técnico DAS Fonte: Elaborado pela equipe de auditoria baseado nas informações disponibilizadas pelo gestor por meio do Ofício nº 165/2014/SE-ME, de 21/03/2014. Adicionalmente, o mesmo Ofício apresenta uma série de atribuições aos cargos constantes da estrutura do DIFE, com base na estrutura do Organograma: 123

124 Diretor: Administra, dirige e controla todas as ações referentes ao DIFE; organiza eventos de capacitação e o Prêmio Empresário Amigo do Esporte; desenvolve ações políticas a fim de estimular confederações, federações e outras entidades de caráter esportivo no aproveitamento dos incentivos fiscais ao esporte. Assina termos de compromisso e aditivos de projetos em execução e termo de compromisso dos técnicos pareceristas (Delegação de autoridade: Portaria 76/2012, Portaria 297/2013). Coordenadora Geral de Desenvolvimento da Política de Financiamento do Esporte: Atendimento ao público - proponentes e patrocinadores; elaboração de relatórios para Congresso, Tribunal de Contas da União e Controladoria Geral da União; outras atribuições definidas pelo Diretor; elaboração, acompanhamento e controle semanal dos relatórios das ações das 3 (três) coordenações: 1 - Planilhas de prestação de contas, 2 - de desempenho da coordenação técnica, 3 - de desempenho da pré análise documental, 4 -dos projetos em execução, 5 -das entidades inadimplentes e 6 - do plano de visitas "in loco" aos projetos; relatórios estatísticos; desenvolvimento de ações, estudos e pesquisas que visem facilitar e agilizar o desempenho da LIE; desenvolvimento dos manuais de orientação; suporte para desenvolvimento de ações que visem um sistema mais prático e funcional; presta suporte técnico e administrativo à Comissão Técnica e coordena o sistema de credenciamento de peritos pareceristas. Coordenador: Acompanha e monitora os resultados obtidos nos projetos esportivos e paraesportivos financiados mediante incentivos fiscais; abertura de contas BB; administração financeira - captação, liberação de recursos, recolhimento, aplicações; coordenação de todas as ações inerentes ao acompanhamento e monitoramento; elaboração de contratos e aditivos Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil; elaboração de relatórios para o Congresso e TCU; outras atribuições passadas pelo Diretor; Plano de Visitas "in loco" aos projetos em execução; relatório semanal - projetos em execução; visitas técnicas aos projetos e elaboração de relatórios. Chefe de Divisão: Abertura de contas BB; administração financeira - acompanhamento da captação, liberação de recursos, recolhimento, aplicações; consulta saldos conta corrente bloqueada e livre movimentação; prestação de contas final, avaliação técnica, verificação recolhimentos GRU, diligências; atendimento ao público - proponentes e patrocinadores; termo de Compromisso: elaboração, encaminhamento, despacho e verificação de certidões, elaboração de oficio ao Banco do Brasil, ofícios aos proponentes; termos Aditivos (de prazo de execução): análise do pleito, elaboração, encaminhamento, despacho, envio oficio e cópia; visitas técnicas aos projetos e elaboração de relatórios e análise do cumprimento de objeto em prestações de contas final. Coordenador: Coordenação e organização das pautas das reuniões ordinárias e extraordinárias; distribuição de tarefas aos estagiários e terceirizados; atendimento aos proponentes; coordenação da análise técnica e orçamentária de novos projetos e outras situações dos projetos em pauta; emissão de diligências; emissão de parecer técnico; conferência de certidões para publicação no Diário Oficial da União; Consulta saldo das contas correntes bloqueadas e de livre movimentação, consulta 124

125 SIAFI/CADIN/CONTVREDUZ; publicação no DOU/imprensa nacional; coordenação e controle de todas as ações do setor de avaliação técnica; elaboração de despachos; outras atribuições passadas pelo Diretor; visitas técnicas aos projetos e elaboração de relatórios; relatório semanal - projetos em análise; elaboração de ofícios; elaboração de memorandos; elaboração de documentos, planilhas e procedimentos técnicos para auxiliar os proponentes e facilitar as análises, de acordo com a necessidade. Chefe de Divisão: Abertura de contas Banco do Brasil; administração financeira - acompanhamento da captação, liberação de recursos, recolhimento, aplicações; elaboração de contratos e aditivos Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil; elaboração de relatórios para o Congresso, consulta saldos de conta corrente bloqueada e livre movimentação; atendimento ao público - proponentes e patrocinadores; termo de compromisso: elaboração, encaminhamento, despacho e verificação de certidões, elaboração de oficio ao Banco do Brasil, ofícios aos proponentes; termos aditivos: (de prazo de execução): análise do pleito, elaboração, encaminhamento, despacho, envio oficio e cópia; visitas técnicas aos projetos e elaboração de relatórios; prestação de contas parcial; parecer técnico, despacho, oficio ao Banco do Brasil e oficio ao proponente; recibos, administração da captação; análise de cumprimento de objeto em prestações de contas parcial. Coordenadora: Assistência técnica a proponentes dando suporte às atribuições da Coordenação Geral de Tecnologia da Informação, logística e desenvolvimento de sistemas: levantamento de requisitos, homologação de casos de uso, evolutivas e corretivas; atendimento ao público externo - proponentes, patrocinadores e pesquisadores, elaboração de relatórios para o Congresso Nacional, Tribunal de Contas da União, Controladoria Geral da União e Mensagem Presidencial; elaboração dos manuais de orientação; suporte e pesquisa às iniciativas de comunicação campanhas publicitárias, briefings diversos para imprensa e subsidio para atendimento de agendas externas de servidores, levantamento de dados para pesquisa e análise quanti-qualitativa, monitoramento e avaliação de gestão da Lei de Incentivo ao Esporte; planejamento, organização e produção do Prêmio Amigo do Esporte, suporte e acompanhamento da relação com patrocinadores e investimentos potenciais e outras atribuições definidas pelo Diretor. Chefe de Divisão: Elaboração de parecer jurídico; notas técnicas - consultas para CONJUR, assistência técnica a proponentes; atendimento ao público externo - proponentes, patrocinadores e pesquisadores; coordenação de todas as ações da pertinentes à análise documental e equipe responsável por orientação e normas ; distribuição de tarefas aos terceirizados; elaboração de relatórios para o Congresso Nacional, Tribunal de Contas da União, Controladoria Geral da União; elaboração dos manuais de orientação aos proponentes; compilação para minuta de atualização na legislação e outras atribuições definidas pelo Diretor. Assistente Técnico: Elaboração de parecer técnico para projetos em primeira análise. 125

126 Verifica-se, considerando o Organograma apresentado, que o Departamento de Incentivo e Fomento ao Esporte está privado do Cargo de Coordenação de Gestão da Lei de Incentivo ao Esporte, previsto em sua estrutura, uma vez que o servidor que ocupa o cargo em questão está deslocado para a estrutura da Secretaria Nacional de Esporte de Alto Rendimento. Ademais, é importante a definição acerca das responsabilidades de cada cargo, tanto com relação à autoridade responsável pelo gerenciamento do programa quanto com relação aos responsáveis pelo monitoramento e acompanhamento da execução dos projetos. No entanto, conforme registrado pelo próprio gestor, tais definições são informais, pois não existem normativos internos que estabelecem as responsabilidades inerentes aos cargos da estrutura do DIFE. A falta de definição de responsabilidades incorre na possibilidade de haver ausência de segregação de funções, uma vez que, como não há normativo que atribui as responsabilidades de cada cargo, um mesmo agente pode executar as funções de autorização, execução, atesto/aprovação, registro e revisão. Com relação à rotina utilizada para assegurar que todas as etapas de concessão e de análise da prestação de contas relativas às renúncias tributárias fossem executadas tempestivamente, o gestor assim se manifestou: O atendimento da tempestividade para concessão de renúncia tributária, conforme previsto na Portaria 120/09, acontece, basicamente, para os projetos em condição de tramitação prioritária. Excluídos os períodos de maior fluxo de projetos (fevereiro e setembro, abertura e finalização do prazo de protocolização), a protocolização e análise documental atendem dos 02 (dois) e 15 (quinze) dias úteis previstos, respectivamente. A contratação de técnicos pareceristas, em vigor desde dezembro de 2013 foi uma medida tomada no sentido de atender os prazos regulamentares para a análise da viabilidade técnica e orçamentária do projeto. A liberação de parcela de recursos para execução de projetos é condicionada a aprovação da prestação de contas parcial da parcela imediatamente anterior liberada. Assim, necessariamente todos os projetos em fase de prestação de contas parcial são avaliados em atendimento a tempestividade prevista no termo de compromisso e/ou aditivo vigentes. Quanto à prestação de contas final, os autos são avaliados em conformidade ao efetivo de servidores disponíveis para a tarefa, por ordem cronológica, atendendo recomendação de análise dos órgãos de controle externo e eventuais denúncias, uma vez que não existe previsão legal limitando o tempo mínimo ou máximo para finalização do parecer. Verifica-se, portanto, que, segundo informado pelo gestor, não existe normativo que limite o tempo para finalização do processo de análise de prestação de contas dos projetos executados com benefícios da Lei de Incentivo ao Esporte. A análise da prestação de contas envolve aspectos técnicos e financeiros relativos à confirmação da execução física, avaliação dos resultados e verificação da regular aplicação dos recursos de cada projeto. De acordo com informações disponibilizadas pelo gestor, essa análise é realizada em duas unidades do Ministério do Esporte, por uma equipe de cinco pessoas, sendo que três atuam no DIFE (responsáveis pela análise sob o aspecto técnico) e duas estão lotadas na CGPCO (responsáveis pela análise sob o aspecto financeiro). Ressalta-se que, segundo a Portaria nº 120/2009, a Unidade do Ministério do Esporte que seria responsável pela avaliação das prestações de contas dos 126

127 #/Fato# projetos da LIE, sob o aspecto financeiro, seria a Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração, sem a identificação da subunidade que seria responsável por essa análise. No entanto, na atual estrutura do ME, a Subsecretaria deixou de existir. Assim, segundo informado pelo gestor, atualmente, cabe à CGPCO a análise das prestações de contas, no aspecto financeiro, dos referidos projetos, em que pese não haver normativo que delegue à referida Coordenação tal responsabilidade. A inexistência de definição de prazos para a análise das prestações de contas dificulta o acompanhamento concomitante da execução dos projetos e compromete a avaliação quanto à pertinência de concessão de novos incentivos, uma vez que pode permitir a aprovação de novos projetos de proponentes que não geriram de maneira devida os recursos anteriormente recebidos. Adicionalmente, a inexistência de prazos definidos para a análise e aprovação de prestação de contas de projetos pode dificultar a eventual recuperação de valores referentes a recursos que não tiveram boa e regular aplicação. Com relação às priorizações utilizadas para a concessão de renúncias tributárias, o gestor assim se manifestou: As priorizações de tramitação utilizadas para concessão de renúncia tributária são as previstas na Portaria 120/09, art. 13, a saber: projetos que contenham carta de intenção de patrocínio, com especificações previstas no parágrafo único, façam parte do calendário esportivo oficial, nacional ou internacional, das entidades de administração do desporto ou que sejam considerados como renovação de projeto executado ou em execução. Ao analisar a priorização descrita e prevista na citada Portaria nº 120/2009, projetos que contenham carta de intenção de patrocínio, verifica-se que existe a possibilidade de priorização de um projeto desportivo ou paradesportivo, cuja execução seja, a título exemplificativo, de R$ ,00, que se habilita para obter os benefícios da LIE e que apresente uma carta de intenção de patrocínio no valor de R$ 100,00, equivalente a 0,01% do valor do total do projeto. Ao apresentar uma carta de intenção com o valor mencionado, a análise desse projeto seria priorizada em relação a outros projetos que estivessem aguardando tal análise pelo Ministério do Esporte. A inexistência de normativo que regulamente a mencionada prioridade permite que os proponentes a utilizem para obter o privilégio prioritário de análise. Em que pese a informação prestada pelo gestor de que a Secretaria-Executiva vem engendrando esforços no sentido de revisar toda a legislação referente à Lei de Incentivo ao Esporte no sentido de atualizar procedimentos, não se vislumbrou, para o exercício de 2013, a referida revisão, tampouco a adoção de providências efetivas nesse sentido; registra-se a existência de recomendações expedidas pela CGU nesse sentido desde o exercício de Diante do exposto, no que se refere aos normativos vigentes para tratamento de projetos submetidos à Lei de Incentivo ao Esporte, verificou-se a ausência de legislação que contemple a definição de responsabilidades dos servidores envolvidos em todo o processo de análise e de acompanhamento de projetos, ou que delimitem o tempo para finalização do processo de análise de prestação de contas. No mesmo sentido, verificaram-se falhas na regulamentação das normas existentes, como por exemplo, a ausência de regulamentação para as priorizações previstas na Portaria nº 120, de 03/07/

128 Causa Atuação insuficiente do Secretário Executivo e do Diretor do Departamento de Incentivo e Fomento ao Esporte no sentido de revisar os normativos internos referentes ao tratamento das renúncias tributárias no âmbito da Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte. #/Causa# Manifestação da Unidade Examinada Em resposta ao Relatório Preliminar, encaminhado em 18/06/2014, o Secretário- Executivo manifestou-se, por meio do Ofício n 465/2014/SE-ME, de 12/08/2014, informando o seguinte: Dentre as questões registradas no Relatório Preliminar de Auditoria e analisadas na reunião de Busca Conjunta de Soluções, destacam-se iniciativas essenciais para a melhoria de gestão, que serão aprofundadas em manifestação anexa a este ofício: (...); Constituição de Grupo de Trabalho com objetivo de realizar estudo e propor medidas de aprimoramento sobre os normativos, fluxos e rotinas pertinentes à concessão e gestão dos projetos relacionados à Lei de Incentivo ao Esporte, tendo em vista a proximidade do encerramento do prazo previsto para a aplicação de dedução de valores no âmbito da mencionada Lei; Organização de seminário de avaliação dos oito anos de implementação da Lei de Incentivo ao Esporte. Em resposta ao Relatório Preliminar, encaminhado em 18/06/2014, o gestor manifestouse, no documento intitulado Manifestação, encaminhado por meio do Ofício n 465/2014/SE-ME, de 12/08/2014, informando o seguinte: Antecipa-se entendimento de que as inconsistências apontadas são passíveis de medidas saneadoras e, quanto às recomendações de cunho estruturante, com vistas ao aprimoramento da gestão assume-se o compromisso com: (...) i) revisão, atualização e implementação da regulamentação referente às renúncias tributárias, de forma a definir os trâmites relacionados aos projetos, as responsabilidades e os prazos; (...); k) apresentação de plano de ação formalizado definindo metodologia para avaliação dos projetos desportivos e paradesportivos beneficiados com incentivos fiscais, tanto em relação ao cumprimento do objeto e alcance dos resultados, quanto em relação ao aspecto financeiro, contemplando, necessariamente, a análise quanto à regularidade da despesa executada, mediante avaliação dos comprovantes de despesa relacionados; (...) 128

129 A Lei de Incentivo ao Esporte encontra-se em vigência desde 2007, ano em que foram patrocinados 53 projetos, sendo que atualmente o número de projetos apoiados é de aproximadamente Diante da proximidade do encerramento do prazo previsto para a aplicação de dedução de valores relacionados à Lei de Incentivo ao Esporte e a perspectiva de sua renovação, foi criado Grupo de Trabalho com objetivo de realizar estudo sobre os normativos, fluxos e rotinas pertinentes â concessão e gestão dos projetos apoiados pelo mencionado incentivo. (Portaria n 29, de 31 de Julho de Anexo 8). Às diferentes iniciativas de aperfeiçoamento, registradas nos Memorandos 85/2014/DIFE/SE/ME e 99/2014/DIFE/SE/ME (Anexo 09), soma-se a realização de dois Seminários Nacionais, para apresentação do balanço de implementação da Lei de Incentivo ao Esporte e suas perspectivas, com vistas à propositura de alterações necessárias ao aperfeiçoamento dos instrumentos de viabilização da política pública e para tratar das mudanças decorrentes da implementação do novo Sistema da Lei de Incentivo ao Esporte-SLIE. Adicionalmente, o Diretor do DIFE manifestou-se, por meio do Memorando n 085/2014/DIFE/SE-ME, de 15/07/2014, contido no Anexo 09 do Ofício n 465/2014/SE-ME, de 12/08/2014, informando o seguinte: A normativa que estabelece os procedimentos da Lei de Incentivo ao Esporte é a Portaria 120/09, especificadamente, de acordo com o abaixo detalhado. Conforme Portaria 120/09 arts. 4º e 5º, a apresentação do projeto se dará por meio de protocolização no Ministério do Esporte ou AR, de 1º de setembro a 15 de setembro, com seus respectivos documentos obrigatórios. Pode-se recorrer em 5 (cinco) dias úteis de parecer de indeferimento ou aprovação parcial, de acordo com art. 18, sendo obrigatório o envio de documentação e certidões negativas de débito para publicação em 180 (cento e oitenta) dias, conforme art. 19. Cabe ainda ao proponente envio dos recibos de captação, de acordo com art.25 e envio dos documentos de prestação de contas final, art. 51. De acordo com a Portaria 120/09, em seu art.10, a protocolização dos projetos no Departamento de Incentivo ao Esporte deverá acontecer em 2 (dois) dias úteis, sendo o setor de protocolo responsável pelo procedimento. No parágrafo único se estabelece o prazo de 15 (quinze) dias úteis para análise documental do projeto e proponente, inclusive SIAFI, com responsabilidade do Presidente da Comissão Técnica da LIE, delegada ao setor de análise documental. O parecer técnico deverá ser emitido em 15 (quinze) dias úteis, de acordo com o art.12, pela área técnica, e se diligenciada, a entidade proponente tem até 15 (quinze) dias úteis, prorrogáveis uma vez, para esclarecimentos, conforme parágrafo segundo. A autorização de transferência de recursos é efetuada pela equipe de acompanhamento e monitoramento, condicionada a apresentação de prestação de contas parcial, conforme art. 30, e demais trâmites de avaliação, inclusive visita técnica, conforme art. 47 e 48. Parecer de prestação de contas deverá ser analisado e avaliado conforme art

130 Resta, portanto, deduzir que os trâmites, responsabilidades e prazos estão estritamente estabelecidos em normativa vigente, não cabendo ao DIFE sobrepor procedimentos. Considerando a reunião de tomada de soluções conjuntas, proposta pela Controladoria Geral da União, fez se o entendimento da necessidade de maiores detalhamentos acerca de aspectos específicos da legislação, como por exemplo, no que trata da concessão de tramitação prioritária de projetos. Baseado nesse juízo o DIFE comporá, junto a Secretaria Executiva deste Ministério, Grupo de Trabalho que avaliará as alterações necessárias identificadas, para apresentação de minuta de alteração da Lei /06, Decreto 6.180/07 e edição de nova portaria ministerial que acompanhe subsidiariamente as novas normativas. Por intermédio do Memorando n 099/2014/DIFE/SE-ME, de 15/07/2014, contido no Anexo 09 do Ofício n 465/2014/SE-ME, de 12/08/2014, o gestor informou o que se segue: O DIFE propõe, para tratativa imediata das questões acima elencadas, a realização de 2 (dois) seminários nacionais. Representando o Poder Público, as secretarias municipais das capitais e estaduais, de esporte, deputados que compõe a Comissão de Turismo e Desporto, senadores da Comissão de Educação, Cultura e Esporte, Controladoria Geral da União e Tribunal de Contas da União. Sociedade civil organizada, representada através das entidades proponentes da Lei de Incentivo ao Esporte, Conselho Nacional do Esporte, Conselhos municipais das capitais e estaduais, de esporte, Atletas pelo Brasil, Rede do Esporte pela Mudança Social, Comitê Olímpico Brasileiro, Confederação Brasileira de Clubes, Confederações em geral, Programa das Nações Unidas pelo Desenvolvimento e Universidades federais. Representando o segundo setor, patrocinadores e doadores da Lei de Incentivo ao Esporte, empresários que compõe o LIDE Esporte, Movimento Livre Escolha e representantes das Estatais nacionais. O primeiro seminário apresentará o balanço da implementação da Lei de Incentivo ao Esporte e suas perspectivas, com vistas à propositura de alterações necessárias ao aperfeiçoamento dos instrumentos de viabilização da política pública. Propomos, durante o processo de mobilização da atividade, viabilizar consulta pública no sítio do Ministério do Esporte, para garantir o amplo acesso participativo e contribuições dos demais atores sociais que não poderão se fazer presentes, fisicamente, no evento. O segundo seminário tratará das mudanças decorrentes da implementação do novo Sistema da Lei de Incentivo ao Esporte SLIE, considerando o cumprimento dos prazos pactuados junto à CGTI, qual será o impacto e alterações no fluxo de tramitação processual no Departamento e procedimentos das entidades proponentes. Ainda, tratará das especificidades da execução e prestação de contas dos projetos incentivados, para esclarecimentos sobre as normativas e responsabilidades no processo de realização e finalização de projetos incentivados. 130

131 O extrato dos eventos descritos subsidiará a minuta de alteração e ou aperfeiçoamento da legislação que normativa a Lei de Incentivo ao Esporte, considerando as recomendações expressas pelos órgãos de controle externo. #/ManifestacaoUnidadeExaminada# Análise do Controle Interno Ao analisar as manifestações apresentadas, destaca-se o reconhecimento, pelo gestor da Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte, da necessidade de efetuar medidas saneadoras com relação às fragilidades apontadas na constatação em tela. Adicionalmente, o mesmo gestor informa o comprometimento de adoção de providências no intuito de aprimorar a gestão dos projetos relacionados à Lei de Incentivo ao Esporte. No entanto, a manifestação apresentada pelo gestor do Departamento de Incentivo e Fomento ao Esporte, em grande parte, não guarda relação com o apontamento feito pela equipe de auditoria. Ao apresentar suas justificativas, este gestor informa que não cabe ao DIFE sobrepor procedimentos. Ressalta-se que a constatação refere-se à identificação de insuficiências normativas na legislação e a não apresentação de propostas, por parte do gestor, para sanar os problemas identificados. É de sua responsabilidade propor alterações no sentido de revisar os normativos internos referentes ao tratamento das renúncias tributárias com relação às fragilidades apontadas e não sobrepor procedimentos. Diante do exposto, as justificativas apresentadas não descaracterizam a constatação relacionada à lacuna dos normativos vigentes relacionados ao tratamento das renúncias tributárias no âmbito do Ministério do Esporte, referentes ao exercício de A atuação dos gestores foi insuficiente para sanar as deficiências dos normativos para tratamento dos projetos que são submetidos à aprovação para captação de recursos oriundos da Lei de Incentivo ao Esporte. #/AnaliseControleInterno# Recomendações: Recomendação 1: Revisar e atualizar a regulamentação referente às renúncias tributárias no âmbito do Ministério do Esporte, de forma a definir os trâmites relacionados aos projetos, as responsabilidades e os prazos. Recomendação 2: Publicar, divulgar e implementar a regulamentação revisada e atualizada, contemplando os trâmites relacionados aos projetos, as responsabilidades e os prazos, referentes à concessão de renúncias tributárias no âmbito do Ministério do Esporte CONSTATAÇÃO Volume anual de aprovação de projetos no âmbito da Lei de Incentivo ao Esporte incompatível com a capacidade administrativa do DIFE/SE/ME para acompanhar a execução dos projetos desportivos e paradesportivos, bem como a capacidade do DIFE/SE/ME e da CGPCO/DGI/SE/ME para analisar as respectivas prestações de contas. 131

132 Fato Com o objetivo de verificar a capacidade administrativa do DIFE/SE para acompanhar a execução dos projetos desportivos e paradesportivos aprovados no âmbito da Lei de Incentivo ao Esporte e a capacidade deste Departamento e da CGPCO/DGI/SE para analisar as prestações de contas dos respectivos projetos, solicitou-se à Secretaria- Executiva que informasse o quantitativo de pessoal envolvido no acompanhamento da execução dos projetos e na análise das prestações de contas em questão, bem como que disponibilizasse documentação em que fosse possível verificar a quantidade de fiscalizações in loco realizadas pelo Departamento de Incentivo Fiscal e Fomento ao Esporte no exercício sob exame. Adicionalmente, solicitou-se à Secretaria-Executiva que disponibilizasse informações do quantitativo de projetos desportivos e paradesportivos que prestaram contas, por exercício - de 2009 a 2013, bem como, o quantitativo de prestação de contas analisadas pelo DIFE e pela Coordenação-Geral de Prestações de Contas (CGPCO), no mesmo período. No que diz respeito à análise de prestação de contas, ressalta-se que, na estrutura atual do Ministério do Esporte, o DIFE é responsável pela análise quanto ao cumprimento do objeto e alcance dos resultados, ou seja, o cumprimento da meta física do projeto, enquanto que a CGPCO é responsável pela análise da prestação de contas quanto ao aspecto financeiro. Em resposta, por intermédio do Ofício nº 165/2014/SE-ME, de 21/03/2014, servidora ocupante do cargo de Coordenadora na Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte disponibilizou a documentação solicitada referente ao quantitativo de pessoal e à quantidade de fiscalizações in loco. Segundo informações contidas no citado Ofício, o DIFE, para acompanhamento dos projetos, possui seis servidores atuando nesta atividade. No que diz respeito à análise da prestação de contas quanto ao cumprimento do objeto e alcance dos resultados, o mesmo Departamento possui três servidores atuando. No mesmo sentido, a Coordenação-Geral de Prestações de Contas, para análise das prestações de contas quanto ao aspecto financeiro, possui dois servidores. Foi informado, ainda, que para enfrentamento do passivo de prestações de contas já estão credenciados 11 pareceristas para atendimento da demanda, até o momento. Com relação ao monitoramento com fiscalização in loco dos projetos que estavam em execução no exercício de 2013, o gestor informou que foram realizadas vinte fiscalizações in loco, ou seja, 5,05% do total de 396 projetos em execução. No que diz respeito às informações solicitadas referentes ao quantitativo de projetos desportivos e paradesportivos que prestaram contas, por exercício - de 2009 a 2013, bem como o quantitativo de prestação de contas analisadas pelo DIFE, no mesmo período, a Chefe de Gabinete da Secretaria-Executiva, por meio do Ofício nº 316/2014/SE-ME, de 26/05/2014, disponibilizou as informações solicitadas e apresentou a seguinte observação: A quantidade de projetos desportivos e paradesportivos apresentados foi corrigida em decorrência da adoção de metodologia de controle baseada nas informações cadastradas no SLIE. Esta nova metodologia deverá atender às necessidades relacionadas a este controle, sem que haja futuras variações nos números referentes aos exercícios anteriores. Foram considerados como aprovados para captação apenas os projetos efetivamente publicados, destacando que parte dos projetos aprovados não 132

133 são publicados em função de não comprovação de regularidade fiscal da entidade Proponente dentro do prazo legal de 180 dias. Tal informação corrobora as fragilidades constatadas no Sistema utilizado pelo ME para tratar dos projetos da Lei de Incentivo ao Esporte (SLIE), conforme registrado no Relatório de Auditoria referente à gestão 2012 da Secretaria-Executiva, Relatório nº Verifica-se que os gestores continuam encontrando dificuldade na obtenção de dados confiáveis, fato já tratado em trabalhos anteriormente realizados e referenciados na Análise Gerencial deste Relatório referente a Renúncias Tributárias. Com relação às prestações de contas, em que pesem as justificativas apresentadas e a necessidade de reforço de seu quadro de pessoal, observa-se que a Secretaria-Executiva, por intermédio do DIFE, tem aprovado um volume significativo de projetos, comparativamente à força de trabalho de que dispõe para as atividades relacionadas às fases posteriores à aprovação, especialmente a análise da prestação de contas de projetos já executados. A Tabela a seguir, elaborada a partir de informações disponibilizadas pelos gestores, evidencia o desequilíbrio entre a quantidade de projetos incentivados que apresentaram a prestação de contas e a quantidade de contas analisadas pelo ME, de forma a demonstrar o resultado do desbalanceamento do número de pessoas que atuam em cada etapa: Tabela: Informações sobre as renúncias tributárias relacionadas à Prestação de Contas Total Quantidade de projetos desportivos e paradesportivos que prestaram contas (por exercício) Quantidades de prestação de contas analisadas pelo DIFE (por exercício) Fonte: Tabela elaborada pela equipe de auditoria com base nas informações disponibilizadas pelo gestor por meio do Ofício nº 316/2014/SE-ME, de 26/05/2014. Ao analisar a Tabela apresentada, verifica-se que se iniciam a execução, anualmente, de cerca de 200 projetos, em média. Esta média de projetos aprovados por ano contribuiu para o grande quantitativo de projetos que se encontravam em execução no exercício de 2013, que era de 396, segundo levantamento disponibilizado pelo gestor, realizado em 20/03/2014. Além de demandar significativo esforço por parte da equipe de acompanhamento do DIFE, composta por seis servidores, tal volume de projetos em andamento contribui para a manutenção da média anual de 144 prestações de contas remetidas ao Ministério do Esporte. Ressalta-se que o número de prestações de contas apresentado aumenta a cada ano, conforme verificado na Tabela em análise. Tal fato tende a elevar o estoque de 701 processos de prestações de contas que aguardam análise. Agrava-se o fato em função de que apenas 2,7% das prestações de contas disponibilizadas para análise desde o exercício de 2009 tiveram suas análises concluídas pela Coordenação-Geral de Prestação de Contas da Secretaria-Executiva. Verifica-se, portanto, que as medidas adotadas pelo Ministério do Esporte com o intuito de agilizar a análise das propostas dos projetos desportivos, como a ampliação do quadro de pareceristas, bem como o aumento da base de incentivadores dos respectivos projetos, não se faz presente quando o assunto é o acompanhamento desses projetos e, sobretudo, quando a situação refere-se à análise de suas prestações de contas. 133

134 Como o acompanhamento dos projetos ao longo de sua execução é frágil, essa morosidade na análise conclusiva da prestação de contas torna-se relevante, uma vez que eventuais aplicações indevidas de recursos somente poderão ser identificadas pelo Ministério do Esporte no momento da avaliação da prestação de contas, principalmente com relação à análise financeira. Visto que essa análise não ocorre com a devida agilidade e muitos processos ficam estocados por vários anos, a situação torna-se crítica. Ademais, conforme relatado em item específico deste Relatório, não existe normativo que limite o tempo para realização e finalização do processo de análise de prestação de contas dos projetos executados com recursos da Lei de Incentivo ao Esporte. Conclui-se, portanto, que é necessária uma adequação da estrutura do setor de análise de prestação de contas de incentivo fiscal, em termos de pessoal e de procedimentos, inclusive implementando melhorias na gestão da atual força de trabalho do Ministério do Esporte, bem como o estabelecimento de planejamento para o enfrentamento do passivo de prestação de contas pendente de análise. #/Fato# Causa Aprovação de projetos desportivos e paradesportivos no âmbito da Lei de Incentivo ao Esporte em número maior que a capacidade administrativa de acompanhamento da execução e de análise das prestações de contas desses projetos pela Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte. Inexistência de providências do Diretor do DIFE, do Diretor de Gestão Interna e do Secretário-Executivo no sentido de promover e de determinar, respectivamente, a elaboração de diagnóstico acerca da situação das prestações de contas de projetos executados com recursos da LIE, com prestações de contas apresentadas e não analisadas, com a consequente elaboração e implementação de plano de ação para o equacionamento da situação em relação ao passivo existente. Inexistência de providências adotadas pelo Diretor do DIFE e pelo Secretário-Executivo no sentido de proporcionar a elaboração e a implementação de normativo definindo os fluxos, responsabilidades e prazos relacionados à execução dos projetos no âmbito da Lei de Incentivo ao Esporte. #/Causa# Manifestação da Unidade Examinada Em resposta ao Relatório Preliminar, encaminhado em 18/06/2014, o Secretário- Executivo manifestou-se, por meio do Ofício n 465/2014/SE-ME, de 12/08/2014, informando o seguinte: Dentre as questões registradas no Relatório Preliminar de Auditoria e analisadas na reunião de Busca Conjunta de Soluções, destacam-se iniciativas essenciais para a melhoria de gestão, que serão aprofundadas em manifestação anexa a este ofício: (...) Constituição de Grupo de Trabalho com objetivo de realizar estudo e propor medidas de aprimoramento sobre os normativos, fluxos e rotinas pertinentes à concessão e gestão dos projetos relacionados à Lei de 134

135 Incentivo ao Esporte, tendo em vista a proximidade do encerramento do prazo previsto para a aplicação de dedução de valores no âmbito da mencionada Lei; Organização de seminário de avaliação dos oito anos de implementação da Lei de Incentivo ao Esporte. Em resposta ao Relatório Preliminar, encaminhado em 18/06/2014, o gestor manifestouse, no documento intitulado Manifestação, encaminhado por meio do Ofício n 465/2014/SE-ME, de 12/08/2014, informando o seguinte: Antecipa-se entendimento de que as inconsistências apontadas são passíveis de medidas saneadoras e, quanto às recomendações de cunho estruturante, com vistas ao aprimoramento da gestão assume-se o compromisso com: (...) i) revisão, atualização e implementação da regulamentação referente às renúncias tributárias, de forma a definir os trâmites relacionados aos projetos, as responsabilidades e os prazos; (...) k) apresentação de plano de ação formalizado definindo metodologia para avaliação dos projetos desportivos e paradesportivos beneficiados com incentivos fiscais, tanto em relação ao cumprimento do objeto e alcance dos resultados, quanto em relação ao aspecto financeiro, contemplando, necessariamente, a análise quanto à regularidade da despesa executada, mediante avaliação dos comprovantes de despesa relacionados; (...) A Lei de Incentivo ao Esporte encontra-se em vigência desde 2007, ano em que foram patrocinados 53 projetos, sendo que atualmente o número de projetos apoiados é de aproximadamente Diante da proximidade do encerramento do prazo previsto para a aplicação de dedução de valores relacionados à Lei de Incentivo ao Esporte e a perspectiva de sua renovação, foi criado Grupo de Trabalho com objetivo de realizar estudo sobre os normativos, fluxos e rotinas pertinentes â concessão e gestão dos projetos apoiados pelo mencionado incentivo. (Portaria n 29, de 31 de Julho de Anexo 8). Às diferentes iniciativas de aperfeiçoamento, registradas nos Memorandos 85/2014/DIFE/SE/ME e 99/2014/DIFE/SE/ME (Anexo 09), soma-se a realização de dois Seminários Nacionais, para apresentação do balanço de implementação da Lei de Incentivo ao Esporte e suas perspectivas, com vistas à propositura de alterações necessárias ao aperfeiçoamento dos instrumentos de viabilização da política pública e para tratar das mudanças decorrentes da implementação do novo Sistema da Lei de Incentivo ao Esporte -SLIE. Adicionalmente, com relação à constatação em tela, identificou-se manifestação do Diretor do DIFE que, por meio do Memorando n 085/2014/DIFE/SE-ME, de 135

136 15/07/2014, contido no Anexo 09 do Ofício n 465/2014/SE-ME, de 12/08/2014, informou o seguinte: O DIFE apresenta anualmente cronograma de visitas técnicas à Secretaria Executiva e esclarece que as visitas não executadas não aconteceram por contigenciamento de recursos deste Ministério. Mister informar que a avaliação das prestações de contas parciais permite monitoramento suficiente e vislumbra tomadas de decisão no sentido de coibir distorções ou irregularidades que inviabilizem a correta aplicação dos recursos. Considerando a mão de obra disponível, entre servidores efetivos e comissionados, bem como o volume de pareceristas cadastrados, pode se afirmar com segurança que as medidas de enfrentamento do passivo de análise são suficientes e tem dado o resultado na margem do planejado. Por julgar relevante, cabe-nos informar que o Acórdão nº 1.204/2014 TCU Plenário, sessão ordinária de 14 de maio de 2014, no qual o Tribunal apreciou o processo de relatório de levantamento TC /2013-8, que trata de renúncia de receitas tributárias, fez honrosas menções a gestão do DIFE, destacando as minudências prestadas no PPA (item 139), relatórios de contas anual (item 224), planejamento estratégico (item 270), gerenciamento de riscos (item 277) e processos de avaliação e controle das renúncias tributárias (item 282). A contratação dos peritos pareceristas, em fase de implementatação, foi tomada pelo DIFE como medida saneadora da recomendação em tela. O processo de formação dos técnicos está em curso, e como resultado preliminar destaca-se a finalização de todas as prestações de contas finais apresentadas de 2007, 2008, 2009, 2010 e Resta análise de projetos com prestações apresentadas em 2012, 2013 e 2014, com expectativa de finalização em 14 meses, considerando o desempenho da equipe e o volume passivo. Na medida em que finalizamos a formação técnica de mais pareceristas, atuamos diretamente com vistas a diminuir o tempo previsto para esgotamento do passivo de análise. Desde a implementação da força de trabalho dos pareceristas, a média mensal de análise saltou de 9,8 projetos analisados para 22,8. São 183 os projetos que tiveram suas prestações de contas, no âmbito do cumprimento do objeto, finalizadas. Informação relevante é que o volume mensal de prestações apresentadas hoje é menor que o número de análises, diferente do quadro identificado antes dessa medida corretiva entrar em ação. Informamos que as prestações de contas relacionadas a execução financeiras ficam a cargo da CGPCO, que tempestivamente apresentará plano complementar para atender ao passivo atual. A metodologia de análise de avaliação das prestações de conta, em relação ao cumprimento do objeto e alcance dos resultados e em relação ao aspecto financeiro conforme art. 56 da Portaria 120/09, leva em consideração: a) inexecução total ou parcial do objeto pactuado; b) desvio de finalidade na aplicação dos recursos transferidos; c) impugnação de despesas, se realizadas em desacordo com as disposições do termo celebrado ou desta Portaria; d) a utilização total ou parcial dos rendimentos da aplicação financeira em fins estranhos às ações aprovadas no projeto; e) não devolução de eventual saldo de recursos federais, apurado na execução do 136

137 objeto do projeto; e f) ausência de documentos exigidos na prestação de contas que comprometa o julgamento da boa e regular aplicação dos recursos. #/ManifestacaoUnidadeExaminada# Análise do Controle Interno Ao analisar as manifestações apresentadas, destaca-se o reconhecimento, pelo gestor da Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte, da necessidade de efetuar medidas saneadoras com relação às fragilidades apontadas na constatação em tela. Adicionalmente, o mesmo gestor informa o comprometimento de adoção de providências no intuito de aprimorar a gestão dos projetos relacionados à Lei de Incentivo ao Esporte. Identifica-se, também, resposta encaminhada, no mesmo Ofício, pelo gestor do Departamento de Incentivo e Fomento ao Esporte, em que informa que Acórdão do Tribunal de Contas da União faz menção honrosa à gestão do DIFE e que o baixo número de fiscalizações in loco ocorreu devido ao contingenciamento do orçamento do Ministério do Esporte. Adicionalmente, informa que faz monitoramento de avalições das prestações de contas parciais dos projetos e que esse monitoramento é suficiente no sentido de tomar decisões no intuito de coibir distorções ou irregularidades que inviabilizem a correta aplicação dos recursos e afirma com segurança que as medidas de enfrentamento do passivo de análise são suficientes e tem dado o resultado na margem do planejado. Com relação à análise final da prestação de contas, no que diz respeito ao cumprimento do objeto, o gestor informou que a contratação de peritos pareceristas está em fase de implementação, e que tal atitude foi tomada pelo DIFE como medida saneadora para recomendação da equipe de auditoria da CGU. Ressalta-se, inicialmente, que não foi identificado assunto relacionado a Renúncia Tributária no Acórdão citado pelo gestor do DIFE, qual seja, Acórdão TCU nº 1.204/2014-Plenário. No entanto, verificou-se que a questão foi tratada em outro Acórdão, Acórdão TCU nº Plenário, de 14/05/2014. Segundo o Relatório de Levantamento de Auditoria, que deu origem e esse Acórdão (Acórdão TCU nº 1.205/2014 Plenário), o objetivo do trabalho era: (...) conhecer e avaliar a estrutura de governança das renúncias tributárias, englobando as etapas de instituição, previsão, monitoramento da concessão e da execução, avaliação e controle, para embasar a elaboração de matrizes de planejamento de auditorias a serem realizadas pelas unidades especializadas desta Corte, com relação às renúncias tributárias de suas respectivas clientelas, visando avaliar a capacidade de gestão dos órgãos gestores de renúncia de receitas, por meio do mapeamento de riscos. Os itens citados pelo gestor em sua manifestação são a seguir transcritos do mencionado Acórdão: (...) 4.2. Planejamento prévio à instituição de renúncias tributárias (...) 137

138 139. Sabe-se que para cada programa constante do PPA são especificados indicadores e os montantes de recursos, orçamentários e extraorçamentários, a ele associados. No entanto, observou-se que nos programas relacionados às funções Cultura e Educação não foram especificados os valores relativos aos benefícios fiscais, como os decorrentes do Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac) e do Programa Universidade para Todos (ProUni), no campo outras fontes. Já no programa Esporte e grandes eventos esportivos os valores relativos à Lei de Incentivo ao Esporte foram indicados. Tal procedimento também foi adotado em outros programas que possuem renúncias tributárias como meio de financiamento. (...) 6.1. Compartilhamento de informações entre RFB e órgãos gestores (...) 224. Têm-se aqueles que prestam informações anualmente, conforme relatórios gerados em sistemas específicos. A exemplo da Denoc/Secex/MDIC, com relação aos benefícios tributários referentes às operações de promoção comercial de produtos e serviços brasileiros, por meio de registros no Sistema de Registro de Promoção (Sisprom); e do ME, com relação ao benefício Incentivo ao Desporto, que encaminha informações anualmente por meio do sistema informatizado da Lei de Incentivo ao Esporte. (...) 6.5 Previsão no planejamento estratégico e no organograma do órgão (...) 270. Com relação à previsão das renúncias tributárias no organograma dos órgãos gestores, cabe mencionar que os seguintes ministérios identificaram em seus organogramas as unidades responsáveis por atividades relacionadas às renúncias tributárias: MI (inclusive Sudam e Sudene), ME, MDIC, MEC, MS, MC e MinC. (...) 6.7 Gerenciamento de riscos (...) 277. Os ministérios que apresentaram pelo menos alguma ação relacionada à redução de riscos foram: MC (REPNBL-Redes); MDIC (Promoção de Produtos e Serviços Brasileiros e regimes tributários voltados para o setor automotivo); MinC (Atividade Audiovisual e Programa Cinema Perto de Você); ME (Incentivo ao Desporto); MEC (ProUni); MI (Reidi, Sudam, Sudene, Finan, Finor) e MTE (PAT). Sobre o gasto tributário Cebas, o MEC informou que a matriz de risco está em elaboração. Por fim, o MS afirmou que a gestão de riscos relativa ao Proadi-SUS está em implementação. 138

139 (...) 7.1 Mecanismos de controle utilizados pelos órgãos gestores, inclusive análise de processos de prestação de contas (...) 282. Porém, cabe citar como órgãos que informaram desenvolver procedimentos nesse sentido: MTE (gestão do PAT), MDIC (gestão de algumas de suas renúncias), MS (gestão do Proadi-SUS), MinC (gestão do Pronac e da Atividade Audiovisual), ME (gestão do Incentivo ao Desporto) e MC (gestão do RPNBL-Redes). Sendo que os últimos quatro ministérios citados afirmaram realizar fiscalizações in loco acerca da execução dos projetos. Destaca-se, além dos trechos mencionados na manifestação apresentada pelo gestor, e anteriormente reproduzidos, que o Tribunal de Contas da União, no Acórdão nº 1.205/2014-Plenário, expediu a seguinte recomendação: (...) 9.5. recomendar ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, ao Ministério da Integração Nacional, ao Ministério da Saúde, ao Ministério de Minas e Energia, ao Ministério da Previdência Social, ao Ministério da Cultura, ao Ministério da Educação, ao Ministério das Comunicações, ao Ministério do Trabalho e Emprego e ao Ministério do Esporte que adotem, no prazo de 180 dias, providências para: verificar a pertinência de regulamentar a gestão das ações governamentais financiadas por renúncias tributárias sob sua responsabilidade, considerando as atividades a serem desenvolvidas, inclusive procedimentos de controle e de avaliação; definir objetivos, indicadores e metas para essas ações, de forma a possibilitar a avaliação dos resultados alcançados por tais políticas, em atenção ao princípio da eficiência insculpido no art. 37 da Constituição Federal; (grifo não contido no texto original) Diante do exposto, verifica-se que o gestor da Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte reconhece as fragilidades apontadas pela equipe de auditoria com relação à gestão dos projetos relacionados à Lei de Incentivo ao Esporte. Verifica-se, ainda, conforme trechos do Acórdão citados pelo gestor e anteriormente reproduzidos, que tais fragilidades vão ao encontro do verificado pela Egrégia Corte de Contas. Ressalta-se que as melhorias indicadas pelo gestor são relevantes, porém não foram suficientes para dirimir as falhas apontadas pela equipe de auditoria, relacionadas ao exercício de De fato, desde o final do exercício de 2013, ocorreram melhorias e avanços no quantitativo de análise final de prestações de contas quanto ao cumprimento do objeto; registra-se, no entanto, que não foi efetuada análise no que diz respeito aos aspectos qualitativos dessas análises. Ressalta-se que não se verificaram avanços, tampouco melhorias relacionadas à análise das prestações de contas quanto à execução financeira. Sendo assim, faz-se necessário dar continuidade às medidas adotadas, bem como implementar novas medidas de modo a adequar a estrutura do setor de análise de 139

140 financeira.#/analisecontroleinterno# prestação de contas de incentivo fiscal, em termos de pessoal e de procedimentos, inclusive implementando melhorias na gestão da atual força de trabalho do Ministério do Esporte, sendo necessário um planejamento para o enfrentamento do passivo de prestação de contas pendente de análise, principalmente no que diz respeito à execução #/AnaliseControleInterno# Recomendações: Recomendação 1: Formalizar plano de ação definindo estratégia e metodologia para o enfrentamento do passivo de prestação de contas pendente de análise, englobando a previsão de realização de avaliações periódicas, com vistas a proporcionar a adoção de medidas tempestivas para eventuais reprogramações que venham a ser necessárias e englobando, também, a definição da periodicidade dos acompanhamentos, das avaliações a serem realizados e o cronograma de implementação das respectivas ações. O plano de ação deverá considerar o enfrentamento do passivo em relação aos aspectos de análise quanto ao cumprimento do objeto e o alcance de resultados e em relação aos aspectos financeiros. Recomendação 2: Implementar medidas para reduzir o elevado número de prestações de contas que se encontram em fase conclusiva de análise, avaliando a pertinência de constituir Comissão específica para o enfrentamento do passivo de prestação de contas da Lei de Incentivo ao Esporte pendente de análise. Recomendação 3: Apresentar plano de ação formalizado definindo metodologia para avaliação dos projetos desportivos e paradesportivos beneficiados com incentivos fiscais, tanto em relação ao cumprimento do objeto e alcance dos resultados, quanto em relação ao aspecto financeiro, contemplando, necessariamente, a análise quanto à regularidade da despesa executada, mediante avaliação dos comprovantes de despesa relacionados INFORMAÇÃO Ausência de fixação de valor máximo das deduções de que trata o art. 13-A da Lei nº , de 29/12/2006. Fato Segundo informações obtidas junto aos gestores da LIE, o último ato do Poder Executivo que fixa o valor máximo que poderia ser deduzido do imposto sobre a renda, a título de patrocínio ou doação, no apoio direto a projetos desportivos e paradesportivos, é o Decreto nº 6.684, de 09/12/2008, que assim estabelece: Art. 1º O valor máximo das deduções do imposto sobre a renda devido, a título de patrocínios ou doações, no apoio direto a projetos desportivos e paradesportivos de que trata o art. 1º da Lei nº , de 29 de dezembro de 2006, é fixado, para o ano-calendário de 2008, em R$ ,00 (quatrocentos milhões de reais), sendo que desse valor: I - R$ ,00 (duzentos milhões de reais) correspondem às deduções do imposto sobre a renda devido, relativo aos patrocínios e às 140

141 doações em favor de projetos desportivos e paradesportivos na área do desporto educacional; II - R$ ,00 (cinqüenta e três milhões, trezentos e vinte mil reais) correspondem às deduções do imposto sobre a renda devido, relativo aos patrocínios e às doações em favor de projetos desportivos e paradesportivos na área do desporto de participação; e III - R$ ,00 (cento e quarenta e seis milhões, seiscentos e oitenta mil reais) correspondem às deduções do imposto sobre a renda devido, relativo aos patrocínios e às doações em favor de projetos desportivos e paradesportivos na área do desporto de rendimento. Os gestores informaram, ainda, que os valores discriminados no Decreto nº 6.684, de 09/12/2008, foram utilizados como referência para os anos seguintes a 2013, uma vez que novo ato do Poder Executivo não havia sido sancionado. Em reunião de Busca Conjunta de Soluções realizada com os gestores da Secretaria Executiva do Ministério do Esporte, em 07/07/2014, foi informado que a proposta de alteração do citado Decreto havia sido encaminhada à Presidência da República no exercício de Esta informação foi complementada por meio do Ofício nº 465/2014/SE-ME, de 12/08/2014, em resposta ao Relatório Preliminar de Auditoria, encaminhado em 18/06/2014. O gestor esclarece neste documento que, por intermédio do Ofício EMI nº 00137/2012, de 07/08/2012, remeteu à Presidência da República proposta de alteração do Decreto, acompanhada de Parecer PGFN/CAT/Nº 1382/2012, com minuta e exposição de motivos. No entanto, até o dia 15/08/2014, não se identificou publicação de novo Decreto que estabelecesse valor máximo das deduções de que trata o art. 1º da Lei de Incentivo ao Esporte, tampouco a gestão do Ministério do Esporte junto à Presidência da República em prol dessa publicação. Frisa-se que o Ministério do Esporte não havia enviado, no exercício de 2013, outra proposta, além daquela enviada em 2012, de valor máximo que poderia ser deduzido do imposto sobre a renda, a título de patrocínio ou doação, no apoio direto a projetos desportivos e paradesportivos. Ressalta-se que a ausência de publicação anual de ato do Poder Executivo fere o estabelecido no art. 13-A da Lei nº , de 29/12/2006 (Lei de Incentivo ao Esporte LIE): Art. 13-A. O valor máximo das deduções de que trata o art. 1º desta Lei será fixado anualmente em ato do Poder Executivo, com base em um percentual da renda tributável das pessoas físicas e do imposto sobre a renda devido por pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real. (Incluído pela Lei nº , de 2007) Parágrafo único. Do valor máximo a que se refere o caput deste artigo o Poder Executivo fixará os limites a serem aplicados para cada uma das manifestações de que trata o art. 2º desta Lei. (Incluído pela Lei nº , de 2007) Conclui-se, portanto, que desde o exercício de 2009 a legislação vigente referente à Lei de Incentivo ao Esporte está sendo descumprida no que tange à publicação de Decreto que define o valor máximo permitido das deduções do imposto sobre a renda, a título de 141

142 patrocínio ou doação, no incentivo direto a projetos desportivos e paradesportivos, bem como restam pendentes de definição os limites a serem aplicados a cada uma das manifestações desportivas (desporto educacional, de participação e de rendimento). #/Fato# 4 CONTROLES DA GESTÃO 4.1 CONTROLES INTERNOS AUDITORIA DE PROCESSOS DE CONTAS INFORMAÇÃO Relatório de Gestão 2013 da Secretaria-Executiva contendo informações incompletas e com inconsistências. Fato Trata-se da análise de peça que compõe o processo de contas da Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte, qual seja, o Relatório de Gestão elaborado pela Unidade e encaminhado em meio eletrônico ao Tribunal de Contas da União, via sistema, em 25/04/2014. Em observância ao que dispõem a DN-TCU nº 127/2013 e a DN-TCU nº 132/2013, a Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte apresenta o seu processo de contas de forma consolidada, consolidando a gestão das unidades de sua estrutura e das demais unidades do Ministério que não estejam relacionadas na citada norma para a apresentação de relatório de gestão de forma individual. Em análise ao Relatório de Gestão da Secretaria-Executiva/ME, foram identificadas as seguintes desconformidades em relação aos conteúdos previstos na DN-TCU nº 132/2013 e às orientações expressas na Portaria TCU nº 175/2013: a) O Sumário do Relatório de Gestão não está adequado ao conteúdo do Relatório, vez que apresenta a totalidade dos itens contemplados na Portaria TCU nº 175/2013, inclusive aqueles que não são aplicáveis à natureza da Unidade e aqueles em relação aos quais não houve execução no período. Cita-se, a título de exemplo, a menção ao item 18.1 Indicadores de Desempenho das IFES nos Termos da Decisão TCU nº 408/2002 Plenário e Modificações Posteriores, que estaria contemplado à página 181 do Relatório. Essa situação decorre do fato de terem sido incluídos todos os títulos/subtítulos relacionados na Portaria TCU nº 175/2013 no corpo do Relatório de Gestão, sem qualquer conteúdo, o que está em desacordo com as orientações constantes da já citada Portaria. b) A Introdução do Relatório de Gestão apresenta extensa relação dos itens que não seriam aplicáveis à natureza da UJ ou em relação aos quais não existiria ocorrências no exercício de 2013, sem, contudo, ser apresentada a justificativa pertinente, caracterizando inobservância ao disposto no art. 2º, 2º, item a, da Portaria TCU nº 175/2013, e inviabilizando a validação acerca da não aplicabilidade dos itens. A despeito de ter relacionado os itens que não seriam pertinentes à Unidade, em função de sua natureza ou por não execução no período, foram incluídos os títulos/subtítulos relacionados no corpo do Relatório de Gestão, o que está em desacordo com as orientações constantes da já citada Portaria. 142

143 c) No item 1.2 do Relatório de Gestão é explicitado, fazendo referência ao Decreto nº 7.985, de 08/04/2013, que a Coordenação de Entidade Mandatária não faz parte da estrutura da Secretaria-Executiva. Registra-se, contudo, que previamente à publicação do citado Decreto, a Coordenação de Entidade Mandatária compunha a estrutura da Secretaria-Executiva. d) No item 1.4 do Relatório de Gestão é indicado como macroprocesso finalístico o macroprocesso que engloba as ações voltadas a investimentos em infraestrutura esportiva. Ocorre que no item 1.2 do citado Relatório é indicado que a Coordenação de Entidade Mandatária, responsável pela condução do citado macroprocesso, não faz mais parte da estrutura da Secretaria-Executiva. Verifica-se, assim, que há inconsistências entre as informações prestadas nos itens destacados. e) As informações previstas para serem registradas no item 2.1 do Relatório de Gestão, relacionadas ao Planejamento Estratégico, não estão contempladas no Relatório. As informações apresentadas dizem respeito à contratação de empresa para a elaboração do planejamento estratégico do Ministério do Esporte e registram as atividades desempenhadas no âmbito do contrato e que estariam voltadas à elaboração do planejamento estratégico do Ministério do Esporte. Na sequência, de forma descontextualizada, são apresentadas informações de Ações Orçamentárias executadas no âmbito da Secretaria-Executiva, bem como são apresentadas informações de indicadores. f) No item 2.2.2, que trata de informações relacionadas a Objetivo, não houve a inclusão, de forma preliminar à apresentação do Quadro A.2.2.2, de informações relacionadas à análise geral sobre o desenvolvimento dos objetivos afetos ao órgão e das políticas públicas, em desacordo com a orientação constante da Portaria TCU nº 175/2013. g) No que diz respeito ao item 2.2.3, são apresentadas informações acerca das Ações Orçamentárias executadas no âmbito da Unidade, conforme quadros propostos na Portaria nº 175/2013. Contudo, na sequência, são apresentadas informações não diretamente relacionadas àquelas previstas para o subitem e descontextualizadas, sob a denominação Informações complementares sobre a administração da Unidade ; as informações apresentadas são referentes aos órgãos que compõem o Condomínio do Bloco A e referentes aos processos licitatórios realizados e aos contratos a eles relacionados, bem como contratações previstas para 2014, todas relacionadas ao Condomínio do Bloco A, resumo dos contratos vigentes mantidos pela administração do Condomínio, indicadores orçamentários e financeiros da Unidade Gestora UG relacionada ao Condomínio do Bloco A, rateio de despesas entre os integrantes do Condomínio, entre outras informações. h) As informações que deveriam ser inseridas no subitem (conforme numeração do Relatório de Gestão), foram parcialmente inseridas nesse subitem; as informações acerca da análise situacional em relação à Ação 20DB Apoio à Realização da Copa do Mundo FIFA 2014 foram incluídas no subitem em questão, enquanto as informações em relação às demais Ações foram incluídas no subitem 2.3 (Informações sobre outros resultados da gestão). i) Quanto às informações que deveriam ser inseridas no subitem 2.3, as mesmas não foram apresentadas; assim, não foram registrados resultados decorrentes de planejamento estratégico da Unidade, tampouco resultados relacionados a indicadores desenvolvidos para acompanhar o desempenho da gestão. 143

144 j) No que diz respeito à avaliação registrada no subitem 3.2 do Relatório de Gestão, referente à Avaliação do Funcionamento dos Controles Internos, a mesma não reflete a situação verificada a partir das análises realizadas e registrada em item específico deste Relatório. Quanto ao registro da análise crítica efetuada, prevista na Portaria TCU nº 175/2013, a mesma não contempla informações acerca da metodologia utilizada ou das áreas envolvidas no processo de avaliação. k) O subitem 3.5 apresenta informações acerca do cumprimento da Portaria CGU nº 1.043/2007 pela instância de correição do órgão, indicando que a Unidade vem cumprindo o disposto na citada Portaria, situação diversa daquela identificada por ocasião dos trabalhos de auditoria, conforme relatado em registros específicos deste Relatório. l) O subitem 4.1 contempla informações no formato dos quadros definidos na Portaria TCU nº 175/2013 e relacionadas à programação, à movimentação e à realização da despesa; registra-se, contudo, que as informações não foram individualmente avaliadas no escopo deste Relatório quanto à sua adequação. m) O subitem 4.2 indica que não foram identificadas situações de reconhecimento de passivos por insuficiência de créditos ou recursos. De acordo com as orientações da Portaria nº 175/2013 tal situação deveria ser registrada na introdução do Relatório de Gestão e relacionada aos assuntos em que não houve ocorrência em 2013, sem o registro de subitem específico no citado Relatório. n) O subitem apresenta, por meio do Quadro A.4.4.1, informações dos instrumentos de transferência vigentes no exercício para a Unidade Concedente/Contratante Departamento de Gestão Interna DGI/ME, UG/Gestão / Destaca-se que, para parte significativa dos registros efetuados no quadro, as colunas Contrapartida, Valores Repassados Acumulado até o Exercício, Valores Repassados No Exercício, e Situação não possuem informações registradas. Salienta-se que a legenda utilizada para o preenchimento da coluna modalidade não observa a legenda definida na Portaria TCU nº 175/2013. Registra-se que não foi efetuada a validação pontual das informações apresentadas. Adicionalmente, verifica-se que o quadro citado possui informações relacionadas exclusivamente a convênios e termos de cooperação; assim, não há registros dos contratos de repasse, tampouco dos termos de compromisso, firmados no exercício. Os contratos de repasse e os termos de compromisso deveriam estar relacionados vinculados à Unidade Concedente/Contratante Caixa Econômica Federal/Ministério do Esporte, UG/Gestão /00001, e deveriam estar registrados nesse item do Relatório de Gestão da Secretaria-Executiva/ME, contudo, as informações foram inseridas no item 41 do Relatório de Gestão, de forma indevida e descontextualizada. O Quadro inserido não contempla as informações de valores transferidos no exercício. o) O subitem apresenta, por meio do Quadro A.4.4.2, resumo dos instrumentos celebrados pela UJ nos último três exercícios e vinculados à Unidade Concedente/Contratante Departamento de Gestão Interna DGI/ME, UG/Gestão / Foi verificado que não foram registradas informações acerca da quantidade de Termos de Cooperação firmados nos exercícios de 2012 e de 2011, tampouco foram informados os montantes repassados nos referidos exercícios, em que pese terem sido firmados termos de cooperação e transferidos recursos nesses exercícios. Registra-se, no entanto, que não foi efetuada a validação pontual das informações apresentadas em relação aos instrumentos formalizados ou em relação aos montantes transferidos no exercício de

145 Da mesma forma como ocorrido em relação ao Quadro A.4.4.1, não há registros dos contratos de repasse ou dos termos de compromisso celebrados pela UJ nos últimos três exercícios, os quais estariam vinculados à Unidade Concedente/Contratante Caixa Econômica Federal/Ministério do Esporte, UG/Gestão /00001, e deveriam estar registrados nesse item do Relatório de Gestão da Secretaria-Executiva/ME, contudo, as informações foram inseridas no item 41 do Relatório de Gestão, de forma indevida e descontextualizada. p) O subitem apresenta, por meio do Quadro A.4.4.3, informações sobre prestação de contas relacionada a convênios e vinculados à Unidade Concedente/Contratante Departamento de Gestão Interna DGI/ME, UG/Gestão / Foi verificado que não foram registradas informações acerca de Termos de Cooperação. Registra-se que não foi efetuada a validação pontual das informações apresentadas em relação às prestações de contas de convênios. Da mesma forma como ocorrido em relação aos Quadros A e A.4.4.2, não há registros relacionados às prestações de contas de contratos de repasse, os quais estariam vinculados à Unidade Concedente/Contratante Caixa Econômica Federal/Ministério do Esporte, UG/Gestão /00001, e deveriam estar registrados nesse item do Relatório de Gestão da Secretaria-Executiva/ME, contudo, as informações foram inseridas no item 41 do Relatório de Gestão, de forma indevida e descontextualizada. q) Quanto ao subitem 4.4.4, o mesmo apresenta, por meio do quadro A.4.4.4, visão geral relacionada à prestação de contas de convênios, vinculados à Unidade Concedente/Contratante Departamento de Gestão Interna DGI/ME, UG/Gestão / Foi verificado que não foram registradas informações acerca de prestação de contas de Termos de Cooperação. Registra-se que não foi efetuada a validação pontual das informações apresentadas em relação às prestações de contas de convênios. Da mesma forma como ocorrido em relação aos Quadros A.4.4.1, A.4.4.2, e A não há registros relacionados às prestações de contas de contratos de repasse, os quais estariam vinculados à Unidade Concedente/Contratante Caixa Econômica Federal/Ministério do Esporte, UG/Gestão /00001, e deveriam estar registrados nesse item do Relatório de Gestão da Secretaria-Executiva/ME, contudo, as informações foram inseridas no item 41 do Relatório de Gestão, de forma indevida e descontextualizada. r) Em relação ao subitem 4.4.5, em que é apresentada a análise crítica sobre a situação da gestão das transferências vigentes no exercício, considerando os conteúdos acerca dos quais a Unidade deveria apresentar informações, conforme definido na Portaria TCU nº 175/2013, não foram identificadas informações consistentes acerca das medidas adotadas para sanear as transferências na situação de prestação de contas inadimplente; da análise do comportamento das prestações de contas frente aos prazos regulamentares nos últimos exercícios; da análise da evolução das análises de prestações de contas referentes a transferências expiradas em 2013; das estruturas de controle definidas para o gerenciamento das transferências; da análise da efetividade das transferências como instrumento de execução descentralizada das políticas públicas sob responsabilidade da Unidade. Tal como ocorreu em relação às demais informações referentes a transferências voluntárias, não foi apresentada análise crítica em relação a transferências concedidas por meio de contratos de repasse e de termos de compromisso nesse item do Relatório de Gestão, os quais estariam vinculados à Unidade Concedente/Contratante Caixa 145

146 Econômica Federal/Ministério do Esporte, UG/Gestão /00001, e deveriam estar registrados nesse item do Relatório de Gestão da Secretaria-Executiva/ME, contudo, as informações foram inseridas no item 41 do Relatório de Gestão, mesmo que de forma indevida e descontextualizada. Registra-se que item específico deste Relatório aborda a situação das transferências voluntárias no âmbito do Ministério do Esporte. s) Em relação aos subitens 4.5.1, e 4.5.4, relacionados a Suprimento de Fundos, não foram apresentadas informações. Como não foram apresentadas justificativas na introdução do relatório em relação aos itens que não seriam registrados em função de não serem aplicáveis à Unidade ou em função de não terem registro de ocorrência, não é possível validar a pertinência de inclusão, ou não, de informações nos subitens em questão. t) Em relação às informações relacionadas às renúncias tributárias, constantes do subitem e apresentadas em conformidade com os quadros previstos na Portaria TCU nº 175/2013, registra-se que não foram efetuadas validações pontuais acerca das informações apresentadas. Itens específicos deste Relatório apresentam os resultados das análises efetuadas em relação à gestão de renúncias tributárias. u) Em relação aos subitens , e , relacionados a Renúncia de Receitas, não foram apresentadas informações. Como não foram apresentadas justificativas na introdução do relatório em relação aos itens que não seriam registrados em função de não serem aplicáveis à Unidade ou em função de não terem registro de ocorrência, não é possível validar a pertinência de inclusão, ou não, de informações nos subitens em questão. v) O subitem Indicadores Gerenciais sobre Recursos Humanos foi apresentado na forma de quadro, contendo 6 indicadores e 2 deles sem informação de aferição associada. As orientações a respeito do conteúdo a ser apresentado, constantes da Portaria TCU nº 175/2013, no sentido de que os indicadores deveriam ser apresentados de modo a explicitar os padrões utilizados, os objetos mensurados, os objetivos e metas fixados, bem como as conclusões quantitativas e qualitativas, não foram contempladas. w) As informações constantes dos subitens e são inconsistentes, vez que o subitem não indica a existência de funcionários terceirizados em cargos ou atividades inerentes a categorias funcionais do plano de cargos da Unidade e o subitem Autorizações expedidas pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão MPOG para a realização de concursos públicos para substituição de terceirizados indica a existência de demandas para contratação efetuadas ao MPOG e que teriam sido negadas. Registra-se que não houve a validação pontual das informações apresentados no Relatório de Gestão em relação ao item específico. x) As informações constantes do subitem 6.2 do Relatório de Gestão e relacionadas à Gestão do Patrimônio Imobiliário estão em desconformidade com a situação efetiva e com as responsabilidades da Unidade em relação a imóveis de propriedade da União e de imóveis funcionais. Cita-se, a título de exemplo, as informações constantes do Quadro A.6.2.1, que identificam um imóvel de propriedade da união e de responsabilidade da Unidade, qual seja o prédio do DNIT, em parte ocupado por unidades do Ministério do Esporte. Ocorre que o imóvel em questão não é de responsabilidade do Ministério do Esporte, enquanto o Bloco A da Esplanada dos Ministérios, imóvel sob a responsabilidade do 146

147 Ministério do Esporte não foi relacionado. Da mesma forma, as informações constantes dos Quadros A e A também possuem inconsistências. Item específico deste Relatório contempla análise acerca da gestão imobiliária no âmbito do Ministério do Esporte. y) Quanto ao subitem 6.3, não foi apresentada análise crítica acerca da necessidade de locação de imóveis. Registra-se que não houve análise pontual acerca das informações registradas no Relatório de Gestão. Item específico deste Relatório contempla análise acerca da gestão imobiliária no âmbito do Ministério do Esporte, inclusive no que diz respeito a imóveis locados de terceiros. No que diz respeito aos conteúdos específicos a serem contemplados pela Secretaria- Executiva do Ministério do Esporte em seu Relatório de Gestão, conforme definido na DN-TCU nº 127/2013, Anexo II, Parte B, itens 3, 15, e 29, registra-se: a) Em relação ao conteúdo previsto no item 3, a ser informado por entidades que integram o Sistema de Comunicação de Governo do Poder Executivo Federal SICOM, contendo demonstrativo analítico das despesas com ações de publicidade e propaganda, detalhado por publicidade institucional, legal, mercadológica, de utilidade pública e patrocínios, foram registradas informações no item 15 do Relatório de Gestão, sem, contudo, apresentar o detalhamento previsto na DN-TCU nº 127/2013. Registra-se que não houve a validação pontual das informações apresentados no Relatório de Gestão em relação ao item específico. b) Em relação ao conteúdo previsto no item 15, a ser informado por órgãos ou entidades que executam acordos de cooperação internacional, com a contratação de consultores na modalidade produto, foram registradas informações no item 27 do Relatório de Gestão, no formato previsto na Portaria TCU nº 175/2013. Registra-se que o Projeto em relação ao qual foram apresentadas informações no Relatório de Gestão, Projeto OEI BRA 09/002, foi objeto de análise pela CGU, em ação de controle específica, cujo relatório, Relatório nº , encontra-se em fase de elaboração. c) Em relação ao conteúdo previsto no item 29, conteúdo específico a ser apresentado pela Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte, contemplando (i) demonstrativo de obras atrasadas ou paralisadas ao longo do exercício, executadas no âmbito do contrato de prestação de serviço firmado entre o Ministério do Esporte e a Caixa Econômica Federal CAIXA e (ii) informações sobre o acompanhamento das ações sob responsabilidade da CAIXA, foram apresentadas informações no item 41 do Relatório de Gestão. No entanto, os registros apresentados no Relatório de Gestão não contemplam a totalidade das informações previstas, vez que o demonstrativo de obras atrasadas ou paralisadas não apresenta o objeto do contrato de repasse, tampouco as providências adotadas e os resultados advindos das providências adotadas; não existe referência a que data estaria relacionada a situação do ajuste, de forma que se pudesse validar que existe registro da posição de cada obra em 31/12/2013. Em relação ao acompanhamento das ações sob responsabilidade da CAIXA, as informações apresentadas não contemplam dados de efetivo acompanhamento pelo Ministério do Esporte em relação à atuação da CAIXA enquanto entidade mandatária. 147

148 As informações apresentadas limitam-se a consolidar valores de empenhos efetuados, por UF, quantidade e valor total, valores de desembolsos efetuados, também por UF, quantidade e valor total, e, ainda, informações acerca de restos a pagar processados e não processados. #/Fato# INFORMAÇÃO Avaliação quanto à implementação das recomendações registradas no Relatório de Auditoria Anual de Contas referente ao exercício de Fato Quanto à avaliação do cumprimento das recomendações da CGU, o escopo de análise considerou exclusivamente as recomendações expedidas no âmbito da Auditoria Anual de Contas referente ao exercício anterior, qual seja, gestão Assim, verificou-se que não foram expedidas recomendações à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte, no âmbito da auditoria anual de contas, ainda no exercício de Essa situação decorre de pedido de postergação de prazo, em 2013, por parte do Ministério do Esporte ao Tribunal de Contas da União, para entrega do processo de contas. O Relatório de Auditoria Anual de Contas referente à gestão 2012 da Secretaria- Executiva do Ministério do Esporte, Relatório n , foi enviado pela CGU à SE/ME, em sua versão definitiva, no dia 07/01/2014, por meio do Aviso n 9/2014/GM/CGU-PR, de maneira a cumprir os prazos legais estipulados no processo. Uma vez que as recomendações consignadas neste Relatório se referiram ao exercício de 2012 e que a SE/ME somente tomou conhecimento dessas informações no exercício de 2014, e considerando o escopo de análise definido, não há recomendações expedidas pela CGU a serem monitoradas no âmbito deste Relatório. A seguir são listadas as constatações consignadas no Relatório de Auditoria Anual de Contas n , referente à gestão da Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte no exercício de 2012, assim como as recomendações emanadas pela CGU neste documento. Registra-se que, quanto à exposição dessas constatações e respectivas recomendações neste Relatório, o gestor se manifestou, em resposta ao Relatório Preliminar, por meio do Ofício n 465/2014/SE-ME, de 12/08/2014, informando: Solicita-se especial atenção no sentido de exclusão do item "Informação ", buscando compatibilizar o tratamento do assunto conforme tratado em Reunião de Busca Conjunta de Soluções e registrado na Análise Gerencial (pg. 26) do Relatório Preliminar de Auditoria. No entanto, apesar de ter havido sinalização, por parte da CGU, quanto à análise de pertinência sobre a exclusão dessa Informação durante a Reunião de Busca Conjunta de Soluções, decidiu-se pela manutenção da exposição das recomendações referentes ao exercício de 2012, uma vez que estas se referem a ações ainda em vigor e, de modo geral, relacionadas às recomendações consignadas neste Relatório e relacionadas à gestão do exercício de Constatação Estrutura de controles e de pessoal insuficientes para o gerenciamento, bem como para o tratamento das prestações de contas de renúncias tributárias no âmbito da Lei de Incentivo ao Esporte. 148

149 Recomendação 1: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que intensifique os esforços no sentido de adequar a força de trabalho efetiva da equipe responsável pela gestão dos recursos pertinentes às renúncias tributárias, buscando soluções para suprir as deficiências de pessoal do Departamento de Incentivo e Fomento ao Esporte. Recomendação 2: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que reavalie os sistemas gerenciais em utilização, bem como a adequação dos sistemas utilizados às suas reais necessidades, de forma a evitar o controle por meio de planilhas eletrônicas geridas por cada setor. Recomendação 3: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que formalize as rotinas e os fluxos de realização das atividades relacionadas à Lei de Incentivo ao Esporte, fazendo publicar norma contemplando a consolidação das definições efetuadas. Constatação Ausência de segregação de funções entre a Comissão Técnica da Lei de Incentivo ao Esporte e o Departamento de Incentivo e Fomento ao Esporte da Secretaria-Executiva. Recomendação 1: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que proponha mudanças nos normativos vigentes relativos à Lei de Incentivo ao Esporte, de forma a afastar a disfunção de acúmulo de atividades entre os membros da Comissão Técnica da Lei de Incentivo ao Esporte e os responsáveis pelas análises relacionadas no âmbito do Departamento de Fomento e Incentivo ao Esporte. Constatação Contratação emergencial de empresa de eventos sem atendimento pleno das condições preliminares contidas no Parecer CONJUR/ME nº 71/2012, de 20/07/2012. Recomendação 1: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que planeje adequadamente as contratações a serem realizadas, que devem ser precedidas de levantamento das reais necessidades do órgão. Recomendação 2: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que implemente controles internos administrativos de forma a impedir o prosseguimento de processos de contratação sem o prévio atendimento a todas as condições e recomendações exaradas pela Consultoria Jurídica desse Ministério. Recomendação 3: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que formalize as rotinas e os fluxos de procedimentos a serem realizados nas aquisições, incluindo a utilização efetiva de "checklists" a serem incluídos em todos os processos, com atesto do atendimento de todos os requisitos, por servidor responsável por essa verificação. Recomendação 4: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que apure as responsabilidades quanto ao processo de contratação sem o pleno atendimento às condições prescritas pela Consultoria Jurídica/ME. Recomendação 5: Diante das fragilidades das propostas de preços levadas em consideração para formação do valor de referência dos serviços contratados e de justificação da escolha do fornecedor, demonstrar a adequabilidade dos valores contratados. 149

150 Constatação Contratação emergencial de empresa de eventos contemplando serviços prestados antes do início da vigência do ajuste. Recomendação 1: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que planeje adequadamente as contratações a serem realizadas, que devem ser precedidas de levantamento das reais necessidades do órgão e formalizadas em tempo hábil para a realização dos serviços contratados. Recomendação 2: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que implemente controles internos administrativos de forma a impedir o prosseguimento de processos de contratação que possuam a previsão de realização de serviços previamente à formalização contratual. Recomendação 3: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que formalize as rotinas e os fluxos de procedimentos a serem realizados nas aquisições, incluindo a utilização efetiva de "checklists" a serem incluídos em todos os processos, com atesto do atendimento de todos os requisitos, por servidor responsável por essa verificação. Recomendação 4: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que apure eventual ocorrência de serviços não prestados, procedendo-se aos devidos ressarcimentos. Recomendação 5: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que apure fatos e responsabilidades pela contratação intempestiva que ensejou a prestação de serviços antes da vigência do contrato, levando-se em consideração os fatos consignados no subitem Constatação Processo de cotação e de seleção da empresa contratada com realização de procedimento sem previsão legal e em desacordo com o Parecer CONJUR/ME nº 71/2012, de 20/07/2013. Prejuízo ao princípio da segregação de funções. Recomendação 1: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que planeje adequadamente as aquisições a serem realizadas, que devem ser precedidas de levantamento das reais necessidades do órgão e formalizadas em tempo hábil para a realização dos serviços contratados, observando os procedimentos definidos na Lei de Licitações. Recomendação 2: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que formalize as rotinas e os fluxos de procedimentos a serem realizados nas aquisições, incluindo a utilização efetiva de "checklists" a serem incluídos em todos os processos, com atesto do atendimento de todos os requisitos, por servidor responsável por essa verificação. Recomendação 3: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte a apuração dos fatos, considerando que existem divergências entre os registros constantes do processo de contratação e as informações apresentadas em resposta ao Relatório Preliminar de Auditoria. Constatação Detalhamento insuficiente na descrição dos itens incluídos no escopo do Contrato nº 022/2012, impossibilitando a verificação da adequação dos preços cotados aos preços praticados no mercado. 150

151 Recomendação 1: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que planeje adequadamente as aquisições a serem realizadas, que devem ser precedidas de levantamento das reais necessidades do órgão e formalizadas em tempo hábil para a realização dos serviços contratados, observando os procedimentos definidos na Lei de Licitações e o necessário detalhamento dos itens a serem adquiridos ou de serviços a serem prestados. Recomendação 2: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que incremente os controles internos administrativos de forma a impedir o prosseguimento de processos de aquisição sem o prévio atendimento a todas as condições e recomendações exaradas pela Consultoria Jurídica desse Ministério. Recomendação 3: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que formalize as rotinas e os fluxos de procedimentos a serem observados nas aquisições, incluindo a utilização efetiva de "checklists" a serem incluídos em todos os processos, com atesto do atendimento de todos os requisitos, por servidor responsável por essa verificação. Recomendação 4: Recomenda-se à Secretaria-Executiva a apuração de responsabilidades no que tange à contratação emergencial de empresa de eventos para prestação de serviços, inclusive, de engenharia, sem o mínimo detalhamento necessário à verificação da adequação dos preços cotados aos preços praticados no mercado. Constatação Formalização de instrumento contratual a despeito de ausência de justificativa de preços, com descumprimento do inciso III do Art. 26 da Lei nº 8.666/93, de jurisprudência do TCU e de recomendações expressas no PARECER Nº 135/2012/CONJUR-ME/CGU/AGU, de 06/12/2012. Recomendação 1: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que incremente os controles internos administrativos de forma a impedir o prosseguimento de processos de aquisição sem o prévio atendimento a todas as condições e as recomendações exaradas pela Consultoria Jurídica desse Ministério. Recomendação 2: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que formalize as rotinas e os fluxos de procedimentos a serem realizados nas aquisições, incluindo a utilização efetiva de "checklists" a serem incluídos em todos os processos, com atesto do atendimento de todos os requisitos, por servidor responsável por essa verificação. Recomendação 3: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que promova a apuração de responsabilidades dos agentes que deram causa à contratação por dispensa de licitação a despeito de ausência de justificativa de preços. Constatação Deficiências na condução da contratação e na formalização do Contrato nº 49/2012, ocasionando o posterior sobrestamento da execução do contrato, com a consequente inefetividade das ações a ele relacionadas. Inobservância às recomendações da CONJUR/ME Recomendação 1: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que planeje adequadamente as aquisições a serem realizadas, que devem ser precedidas de levantamento das reais necessidades do órgão. 151

152 Recomendação 2: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que incremente os controles internos administrativos de forma a impedir o prosseguimento de processos de aquisições sem o prévio atendimento a todas as condições e recomendações exaradas pela Consultoria Jurídica desse Ministério. Recomendação 3: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que formalize as rotinas e os fluxos de procedimentos a serem realizados nas aquisições, incluindo a utilização efetiva de "checklists" a serem incluídos em todos os processos, com atesto do atendimento de todos os requisitos, por servidor responsável por essa verificação. Recomendação 4: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que conclua a avaliação em curso no Ministério cujo objetivo é a identificação dos produtos eventualmente entregues pela contratada, identificando os valores relacionados aos produtos entregues, a adequação dos valores praticados e a funcionalidade dos produtos entregues, informando à CGU acerca dos resultados de tais apurações. Recomendação 5: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que apure os fatos e as responsabilidades relacionadas à contratação em análise e à respectiva execução contratual. Constatação Deficiência no planejamento de compra de passagens aéreas, resultando em aquisições antieconômicas. Recomendação 1: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que aprimore os processos relacionados à aquisição de passagens aéreas, visando ao cumprimento dos prazos estabelecidos na Portaria MPOG nº 505, de 29/12/2009, bem como à maior economicidade nas suas aquisições. Recomendação 2: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte, no que diz respeito às solicitações de viagem emitidas no seu âmbito de atuação, que planeje adequadamente as viagens a serem realizadas, a fim de que as solicitações de aquisições de passagens aéreas respeitem o prazo mínimo de 10 dias, conforme disposto na Portaria MPOG nº 505, de 29/12/2009. Recomendação 3: Recomenda-se à Secretaria-Executiva que implemente controles internos no sentido de evitar a aquisição de passagens aéreas solicitadas com prazo inferior a 10 dias. Constatação Ausência de estudos, projetos ou levantamento de necessidades, para estabelecer os quantitativos a serem adquiridos mediante a adesão à ata do TRT, caracterizando deficiências de planejamento e de gestão da aquisição por parte do ME. Recomendação 1: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que planeje adequadamente as aquisições a serem realizadas, que devem ser precedidas de levantamento das reais necessidades do órgão, com o devido registro desse planejamento na instrução do processo de aquisição. Recomendação 2: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte, caso permaneça vigente a Ata de Registro de Preços ora em análise, e considerando parecer da Consultoria Jurídica/ME, conforme apontado na manifestação encaminhada ao Relatório Preliminar, que avalie a oportunidade e a conveniência de 152

153 manutenção da referida Ata no lapso temporal até seu término, adotando as medidas cautelares cabíveis. Constatação Inobservância da recomendação da CONJUR/ME relativa à verificação da conformidade em relação aos quantitativos registrados na Ata de Registro de Preços, em atendimento ao Acórdão TCU nº 1.233/2012-Plenário. Recomendação 1: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que incremente os controles internos administrativos de forma a impedir o prosseguimento de processos de aquisição sem o prévio atendimento a todas as condições e recomendações exaradas pela Consultoria Jurídica desse Ministério. Recomendação 2: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que formalize as rotinas e os fluxos de procedimentos a serem realizados nas aquisições, incluindo a utilização efetiva de "checklists" a serem incluídos em todos os processos, com atesto do atendimento de todos os requisitos, por servidor responsável por essa verificação. Recomendação 3: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que promova a apuração de responsabilidades pela formalização contratual em desacordo com o Art. 8º, 3º, do Decreto nº 3.931/01, e com a recomendação da CONJUR/ME. Constatação Cotação de preços para comprovação de conformidade aos preços de mercado em que uma das empresas consultadas possui vínculo com a empresa contratada. Recomendação 1: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que certifique-se quanto à adequação dos preços praticados no âmbito do contrato. Recomendação 2: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que, ante as informações de ligação entre as empresas, promova apuração de fatos no que tange à infração à Cláusula Nona do Contrato. Recomendação 3: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que, caso constatada inadequação dos preços praticados no âmbito do contrato, promova ações cabíveis no sentido do ressarcimento ao erário dos valores pagos a maior. Constatação Impropriedade no estabelecimento do prazo contratual, previsto para durar durante todo o período de garantia, de 60 meses Recomendação 1: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que incremente os controles internos administrativos de forma a impedir o prosseguimento de processos de aquisição sem o prévio atendimento a todas as condições e recomendações exaradas pela Consultoria Jurídica desse Ministério. Recomendação 2: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que formalize as rotinas e os fluxos de procedimentos a serem realizados nas aquisições, incluindo a utilização efetiva de "checklists" a serem incluídos em todos os processos, com atesto do atendimento de todos os requisitos, por servidor responsável por essa verificação. Recomendação 3: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte, previamente a qualquer aquisição vinculada à Ata de Registro de Preços ora em 153

154 análise, visto o prazo de fornecimento limitar-se a 1 (um) ano após a assinatura da mesma, não se confundindo tal prazo com a garantia de 60 (sessenta) meses do fornecedor, que se certifique junto à Consultoria Jurídica/ME acerca de tal possibilidade. Constatação Inclusão, pelo Ministério do Esporte, no Termo de Referência da Adesão à Ata de Registro de Preços, de itens não registrados pelo TRT/18ª Região à empresa Homeoffice. Recomendação 1: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que formalize as rotinas e os fluxos de procedimentos a serem realizados nas aquisições, incluindo a utilização efetiva de "checklists" a serem incluídos em todos os processos, com atesto do atendimento de todos os requisitos, por servidor responsável por essa verificação. Recomendação 2: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que promova a apuração de responsabilidades dos que deram causa à inclusão indevida de itens que não constavam da Ata de Registro de Preços adjudicada à empresa Homeoffice pelo TRT/18ª Região, à qual o ME aderiu. Constatação Realização de atividades, por parte de funcionários terceirizados, cuja execução é restrita aos servidores integrantes do quadro permanente do ME. Recomendação 1: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que implemente controles internos administrativos que possibilitem a obtenção de informações gerenciais necessárias ao acompanhamento adequado dos contratos firmados. Recomendação 2: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que promova a adequação da quantidade de servidores púbicos efetivos qualificados a trabalhar na Unidade, com o intuito de desenvolver suas atividades-fim estipuladas no Regimento Interno. Constatação Deficiência no controle gerencial de informações acerca das terceirizações realizadas no âmbito do Ministério do Esporte. Recomendação 1: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que promova melhoria nos controles internos administrativos para que tenha capacidade de obter informações gerenciais necessárias ao acompanhamento adequado dos contratos firmados. Constatação Disponibilização de informações incompletas acerca da aplicação de recursos públicos em contratos de terceirização de mão-de-obra no âmbito do Ministério do Esporte. Recomendação 1: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que, por ocasião da próxima inserção de dados no Sistema disponibilizado pela CGU, encaminhe informações completas à Controladoria Geral da União, em atendimento ao Ofício Circular nº 268/2009/SE/CGU-PR, de 11/08/2009, e em relação à totalidade dos contratos de terceirização de mão de obra mantidos pelo Ministério no período a que se refere a inserção de dados. Constatação Realização de pagamentos e instrução dos processos respectivos sem contemplar documentos que deveriam acompanhar as Notas Fiscais de prestação de serviço. Acompanhamento e fiscalização deficientes do contrato. 154

155 Recomendação 1: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que promova melhoria em seus mecanismos de controles internos administrativos, de forma que os processos de pagamento sejam instruídos com todos os documentos e/ou informações necessários à comprovação da execução do serviço relacionado, observando a necessidade de que sejam contemplados os documentos previstos contratualmente. Constatação Pagamento de serviços de profissionais no Brasil, para prestação de serviços de relações públicas, com valor por hora/homem acima do valor de mercado, quando comparado com outras contratações no âmbito da administração pública federal. Recomendação 1: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que realize a decomposição do valor hora/homem para prestação dos serviços de relações públicas conforme obrigação legal imposta pela IN/MPOG nº 02/2008, promovendo, em seguida, a apuração de valores a serem eventualmente ressarcidos, bem como a repactuação dos valores contratados, considerando o levantamento efetuado através da planilha, os preços praticados no âmbito de outros contratos mantidos com órgãos federais para a prestação de serviços de mesma natureza, bem como valores referenciais de mercado. Recomendação 2: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte, caso não se concretize a repactuação de preços, que instaure novo procedimento licitatório para a contratação de serviços de relações públicas, prevendo a apresentação pelas licitantes da planilha de preços decompondo o valor da horahomem, conforme obrigação legal imposta pela IN/MPOG nº 02/2008, considerando ainda os preços praticados no âmbito de outros contratos mantidos com órgãos federais para a prestação de serviços de mesma natureza e valores referenciais de mercado para determinação do custo estimado da licitação. Constatação Apresentação de proposta pela contratada, para a subcontratação de serviços de terceiros, cujo signatário nela identificado não reconhece sua validade. Recomendação 1: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que acompanhe a finalização do procedimento administrativo instaurado, adotando as providências necessárias à aplicação das sanções cabíveis à contratada em função da apresentação de proposta de preços que não foi reconhecida pelo signatário nela identificado, bem como de empresa que não atua efetivamente no mercado. Recomendação 2: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que elabore e implemente procedimentos internos voltados a atestar a veracidade, a razoabilidade e a economicidade das propostas apresentadas pela contratada, como definido contratualmente, instruindo o processo correspondente com a documentação decorrente desta verificação. Constatação Ausência de planejamento na compra de passagens aéreas, o que resultou em aquisições antieconômicas. Recomendação 1: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que adote medidas de adequado planejamento das viagens a serem realizadas, a fim de que as solicitações de aquisição de passagens aéreas respeitem o prazo mínimo de 10 dias, conforme disposto na Portaria MPOG nº 505, de 29/12/2009, repassando expressamente e formalmente tal orientação à empresa contratada. 155

156 Recomendação 2: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que, para os casos excepcionais, quando não for possível a aquisição de passagens com antecedência mínima de 10 dias, justificar a inviabilidade do cumprimento do prazo citado, com anuência da autoridade máxima do Ministério do Esporte, conforme disposto na Portaria MPOG nº 505, de 29/12/2009. Constatação Ausência de planejamento estratégico elaborado para a Unidade. Recomendação 1: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que elabore seu planejamento estratégico. Constatação Deficiência na definição dos macroprocessos finalísticos da Secretaria-Executiva e ausência de indicadores para mensuração de resultados. Recomendação 1: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que elabore seu planejamento estratégico. Recomendação 2: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que a partir da elaboração do planejamento estratégico da Unidade, defina indicadores que possibilitem o acompanhamento do seu desempenho, bem como do órgão, enquanto gestor responsável pela Política Nacional de Esporte. Constatação Inexistência de atuação do Comitê Estratégico de TI na Unidade para a priorização das ações e investimentos de TI e para a busca de alinhamento entre as atividades de TI. Recomendação 1: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que, por meio da Coordenação-Geral de Tecnologia da Informação - CGTI/DGI, elabore cronograma para a realização de reuniões pelo Comitê Estratégico de Tecnologia da Informação e Comunicação. Recomendação 2: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que, por meio da Coordenação-Geral de Tecnologia da Informação - CGTI/DGI, defina rotinas e procedimentos para orientar a atuação do Comitê Estratégico de Tecnologia da Informação e Comunicação, de forma a favorecer a sua atuação. Recomendação 3: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que avalie, junto às unidades que possuem representantes designados para compor o Comitê Estratégico de Tecnologia da Informação e Comunicação, a pertinência de substituição dos representantes designados, de forma que os mesmos estejam em condições de posicionar-se acerca de assuntos estratégicos. Recomendação 4: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que adote providências junto ao Presidente do Comitê Estratégico de Tecnologia da Informação e Comunicação com o objetivo de propiciar condições para a realização de reuniões do Comitê, favorecendo a efetividade de sua atuação. Constatação Ausência de instância específica (Comitê Gestor da Segurança da Informação) responsável pela implementação da Política de Segurança da Informação e Comunicações no Ministério do Esporte. Recomendação 1: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que efetive a criação e a aprovação de Comitê Gestor de Segurança da Informação no Ministério do Esporte, atribuindo-lhe a responsabilidade de elaboração, de 156

157 revisão e de gestão da Política de Segurança da Informação e Comunicações (POSIC) e do Plano Diretor de Segurança da Informação - (PDSI). Recomendação 2: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que, por meio da Coordenação-Geral de Tecnologia da Informação - CGTI/DGI, elabore rotinas e procedimentos para orientar a atuação do Comitê, de forma a favorecer a efetividade de sua atuação. Constatação Realização de atos de gestão de Tecnologia da Informação por funcionários terceirizados. Recomendação 1: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que adeque os quadros de pessoal do Órgão, de forma a prover a área de Tecnologia da Informação com servidores capacitados para a gestão de processos de TI. Recomendação 2: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que oriente a área responsável pela gestão de TI no âmbito do Ministério que se abstenha de delegar a funcionários terceirizados atribuições próprias de servidores públicos. Recomendação 3: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que elabore levantamento dos funcionários terceirizados contratados para o desempenho de atividades da área de TI, certificando-se acerca das atividades por eles individualmente desenvolvidas e, para os funcionários terceirizados que estejam desempenhando atividades de gestão de TI, providencie a adequação da situação, de forma que tais atividades venham a ser desempenhadas por servidores públicos. Constatação Utilização inadequada de metodologia de desenvolvimento de software. Recomendação 1: Recomenda-se que a Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte, por meio da Coordenação-Geral de Tecnologia da Informação - CGTI/DGI, observe os preceitos delineados na IN ME n 01/2011, ou na norma que venha a substituí-la, conforme registrado na manifestação do gestor, utilizando adequadamente a metodologia de desenvolvimento de software estabelecido nesta norma. Recomendação 2: Recomenda-se que a Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte, por meio da Coordenação-Geral de Tecnologia da Informação - CGTI/DGI, elabore e formalize procedimentos operacionais relacionados à implementação e ao acompanhamento das diferentes fases de desenvolvimento de software, contemplando, entre outros, os procedimentos relacionados ao planejamento da contratação, à designação de fiscais, à atuação dos fiscais, à formalização de Ordens de Serviço, e à formalização e instrução dos processos de pagamento. Constatação Deficiência de controles internos inerentes à gestão de Tecnologia da Informação. Recomendação 1: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que adeque os quadros de pessoal do Órgão, de forma a prover a área de Tecnologia da Informação com servidores capacitados para a gestão de TI. Recomendação 2: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que promova capacitação contínua da equipe responsável pela gestão da Tecnologia 157

158 da Informação, especialmente no que tange ao acompanhamento e à fiscalização de contratos. Recomendação 3: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que formalize as rotinas e os fluxos de realização das atividades pertinentes à gestão da Tecnologia da Informação. Constatação Fragilidades nos controles internos administrativos da Secretaria- Executiva do Ministério do Esporte. Recomendação 1: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que formalize as rotinas e os fluxos de realização das atividades, de forma a viabilizar a implementação de mecanismos de controle interno administrativos efetivos. Recomendação 2: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que promova capacitação dos servidores visando a disseminação de mecanismos de controles internos administrativos, de responsabilidade de todos os servidores, em todos os níveis de gestão. Constatação Inobservância das orientações constantes da IN SLTI/MPOG nº 01/2010, relativa aos critérios de sustentabilidade ambiental na aquisição de bens pela Administração Pública Federal. Inobservância do requisito de admissibilidade da contratação registrado em Parecer pela CONJUR/ME. Recomendação 1: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que incremente os controles internos administrativos de forma a impedir o prosseguimento de processos de aquisições sem o prévio atendimento a todas as condições e recomendações exaradas pela Consultoria Jurídica desse Ministério. Recomendação 2: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que formalize as rotinas e os fluxos de procedimentos a serem realizados nas aquisições, incluindo a utilização efetiva de "checklists" a serem incluídos em todos os processos, com atesto do atendimento de todos os requisitos, por servidor responsável por essa verificação. Recomendação 3: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que implemente rotinas efetivas voltadas ao cumprimento das diretrizes de sustentabilidade ambiental para as contratações a serem realizadas pelo Ministério. Constatação Ausência de procedimentos adequados de controle e de cobrança de prestações de contas de transferências voluntárias concedidas. Atuação ineficiente, insuficiente e intempestiva da Unidade responsável pela análise das prestações de contas de transferências voluntárias. Reincidência em falhas identificadas em auditorias anuais de contas de exercícios anteriores. Recomendação 1: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que formalize as rotinas e os fluxos de procedimentos a serem realizados nos processos de transferências voluntárias incluindo a utilização efetiva de "checklists" a serem incluídos em todos os processos, com atesto do atendimento de todos os requisitos, por servidor responsável por essa verificação. Recomendação 2: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que adeque a força de trabalho com o objetivo de estruturar a equipe responsável 158

159 pela análise das prestações de contas das transferências voluntárias, a fim de diminuir o passivo de processos aguardando análise. Recomendação 3: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que elabore diagnóstico detalhado da situação dos convênios cujas prestações de contas encontram-se pendentes de análise e, na sequência, elabore plano de ação e cronograma para o tratamento do passivo de prestação de contas pendentes de análise. Recomendação 4: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que promova apuração de fatos e responsabilidades no que tange aos convênios não registrados no SIAFI. Constatação Inconsistências de publicação no Diário Oficial da União de Termos de Cooperação firmados pelo Ministério do Esporte. Recomendação 1: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que divulgue, em meio oficial, os extratos dos termos de cooperação firmados por esta pasta, no prazo de até 20 (vinte) dias a contar da respectiva assinatura, a fim de prover eficácia aos ajustes firmados. Recomendação 2: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que adote controles internos administrativos voltados ao acompanhamento da divulgação, em meio oficial, dos extratos dos termos de cooperação firmados por esta pasta, de forma a mitigar o risco de ocorrerem inconsistências como as apontadas. Recomendação 3: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que elabore levantamento dos termos de cooperação firmados pelo Ministério e não publicados e que providencie a publicação dos mesmos. #/Fato# CONSTATAÇÃO Inexistência de providências tempestivas por parte da Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte voltadas à instauração de procedimentos disciplinares a partir de recomendações constantes de relatórios da CGU. Fato A partir de análise dos dados registrados no Sistema CGU-PAD e de informações preliminares apresentadas pela Corregedoria Setorial das Áreas da Cultura e do Esporte, bem como das informações prestadas pelo Ministério do Esporte em resposta aos questionamentos efetuados durante os trabalhos de auditoria as quais indicam que houve a instauração de dois procedimentos disciplinares no exercício de 2013, (i) um referente à sindicância investigativa para apurar denúncia de assédio moral e (ii) outro relativo à investigação preliminar não relacionada a fatos apontados em relatório da CGU, verificou-se a falta de adoção de providências tempestivas pela Secretaria- Executiva, no sentido de promover apuração de responsabilidades a partir de irregularidades registradas em Relatórios elaborados pela Controladoria-Geral da União. Nos exercícios de 2012 e de 2013, por exemplo, não foram identificadas quaisquer instaurações de procedimentos em decorrência de recomendações efetuadas em 159

160 relatórios de auditoria, em que pese a existência de diversos registros nesse sentido. Em levantamento não exaustivo de relatórios de auditoria anual de contas expedidos pela CGU, referentes às contas dos exercícios de 2010 e de 2011, e contendo recomendações de apuração de responsabilidade, identificam-se as situações de pendências de instauração de procedimentos disciplinares constantes do Quadro a seguir. Quadro: Situações de pendências de instauração de procedimentos administrativos disciplinares em decorrência de trabalhos de auditoria anual de contas da CGU, exercícios de 2010 e de Assunto Relatório Constatação Recomendações , Auditoria RECOMENDAÇÃO 001: Anual de Contas Recomenda-se ao SE/ME, gestão 2009 Processo / : contratação da empresa Adler Assessoramento Empresarial e Representações Ltda., em caráter emergencial, por dispensa de licitação, para prestação de serviços de engenharia, visando à adaptação das instalações do Edifício Bittar II, situado no SEPN 511, Bloco A, na Asa Norte, Brasília- DF (Contrato, nº 27/2009, assinado em 18/03/2009). AHK Câmara de Comércio e Indústria Brasil Alemanha, objetivando a participação do Ministério do Esporte na Conferência Comercial Esportiva ISPO 2009, em Munique Alemanha para divulgação da candidatura da cidade do Rio de Janeiro à sede das olimpíadas de Indícios de infrações disciplinares relacionadas à análise, aprovação e fiscalização de projetos beneficiados pelo instrumento de fomento criado pela Lei de Incentivo ao Esporte. Necessidade de apuração pela Secretaria-Executiva do ME quanto aos Projetos Fortalecimento do Hipismo e Fortalecimento do Hipismo Instauração de Sindicância , Auditoria Anual de Contas SE/ME, gestão , Auditoria Anual de Contas SE/ME, gestão CONSTATAÇÃO: (023) Licitação e contratação de serviços de engenharia sem projeto básico; quantificação e orçamentação dos serviços e sem indicação dos profissionais técnicos habilitados CONSTATAÇÃO: (018) Pendência de providências quanto à apuração dos fatos que levaram à aceitação de documentação insuficiente para a comprovação dos preços da proposta do contrato n.º 15/2009. Constatações a CONSTATAÇÃO: (016) Perda de rendimentos no valor de R$ ,62 por falta de aplicação de recursos verificada nos processos nº / Fortalecimento do Hipismo 2008 e nº / Fortalecimento do Hipismo Ministério do Esporte que sejam adotadas as providências cabíveis para apuração de responsabilidades pela licitação e contratação de serviços de Engenharia sem os competentes projetos, em confronto com os artigos 6º, IX; e 7º, 2º, II da Lei 8.666/93. RECOMENDAÇÃO 002: Recomenda-se ao Ministério do Esporte que apure os fatos relacionados à atuação da Assessoria Técnica que efetuou a análise da proposta, quanto à aceitação de documentos e declarações insuficientes para comprovar compatibilidade de preços com o mercado CONSTATAÇÃO: (016) RECOMENDAÇÃO: 002 Recomenda-se ao Ministério do Esporte que adote providências para a apuração das razões que levaram ao fato apontado, bem como da responsabilidade pela falta de providências quanto à aplicação financeira dos recursos captados CONSTATAÇÃO: (084) RECOMENDAÇÃO 001: 160

161 Investigativa pelo órgão quanto a outros Projetos CONSTATAÇÃO: (084) Proponente apresentou o projeto Fortalecimento do Hipismo 2008 (processo nº / ) para captação de recursos de incentivo fiscal com a omissão de informação referente à venda de cotas de patrocínio e cobrança de ingressos no valor estimado de 18 milhões CONSTATAÇÃO: (085) Utilização do projeto "Fortalecimento do Hipismo " - Processo nº / para executar metas previstas e não concluídas no projeto Fortalecimento do Hipismo processo / CONSTATAÇÃO: (086) Pagamento de despesas anteriores à aprovação do projeto para captação de recursos no valor estimado de R$ ,75. Recomenda-se ao Ministério do Esporte: a) adote providências com vistas à apuração dos fatos quanto a suposta inobservância pelo patrocinador das prescrições do art. 10 e 11 da Lei /2006; RECOMENDAÇÃO: 002 Recomenda-se ao Ministério do Esporte que adote providências para a apuração das razões que levaram ao fato apontado, bem como da responsabilidade pela aprovação do projeto Fortalecimento do Hipismo 2008 em desacordo com artigo 21 da Portaria ME n.º166/2008, bem como pela aprovação da prestação de contas do projeto em desconformidade ao preceituado na legislação CONSTATAÇÃO: (085) RECOMENDAÇÃO: 002 Recomenda-se ao Ministério do Esporte que adote providências para a apuração das razões que levaram ao fato apontado, bem como da responsabilidade pela aprovação do projeto Fortalecimento do Hipismo para execução de metas previstas e não concluídas no projeto Fortalecimento do Hipismo Adler Assessoramento Empresarial e , Auditoria Anual de Contas CONSTATAÇÃO: CONSTATAÇÃO: (086) RECOMENDAÇÃO: 002 Recomenda-se ao Ministério do Esporte que adote providências para a apuração das razões que levaram ao fato apontado, bem como da responsabilidade pela liberação de recursos para pagamento de despesas de evento já ocorrido. RECOMENDAÇÃO: (001) 161

162 Representações Ltda., Pregão n.º 22/2010 (Contrato n.º 80/2010). ISO EXPERT INTERNACIONAL LTDA - Processo n.º / , da Licitação na modalidade Pregão Eletrônico Registro de Preços de n.º 16/2010, modalidade menor preço, levada a efeito pelo Ministério do Esporte, cujo objeto era o direito de preferência na contratação de serviço de detecção, prevenção e reação a fraudes e uso indevido de marcas do Ministério do Esporte - Contrato n.º 37/2010. ACECO TI LTDA. Processo n.º / referente a celebração do Contrato n.º 07/2010, cujo objeto ora em análise, é a Contratação de empresa para a prestação de serviços de montagem e instalação de ambiente de alta disponibilidade denominado Sala Cofre Possíveis irregularidades relacionadas a contratos celebrados pelo Ministério do Esporte para apoio ao gerenciamento para a organização e realização da Copa do Mundo de Futebol FIFA 2014: Contratos nº. 53/09 - Consórcio Copa; nº. 60/10 Calandra Soluções S.A.; e nº. 01/11 - FGV SE/ME, gestão 2010 (006) Evidências de introdução de exigências no Edital do Pregão n.º 22/2010, restritivas à competitividade, resultando em favorecimento à contratada , Auditoria Anual de Contas CONSTATAÇÃO: SE/ME, gestão 2010 (008) Prática de preços de até 407% acima do mercado na contratação de empresa para prestação de serviços de monitoramento da internet , Auditoria Anual de Contas SE/ME, gestão , Auditoria Anual de Contas SE/ME, gestão CONSTATAÇÃO: (022) Aceite e pagamento de serviços prestados de proteção a marcas em desacordo com o previsto no instrumento contratual CONSTATAÇÃO: (023) Aquisição da "Sala- Cofre" por valores até 99,7% maiores em relação aos preços pagos por outros órgãos da Administração Pública Federal Constatação Celebração de aditivos contratuais que resultaram em acréscimo de 81% do valor original do contrato Constatação Inconsistências verificadas na análise da documentação disponibilizada pelo Consórcio, para comprovação de utilização da mão de Apurar os fatos e as responsabilidades sobre as evidências de restrição à competitividade com direcionamento do Pregão n.º 22/2010 à empresa CNPJ / Constatação nº RECOMENDAÇÃO: (002) Apure os fatos e as responsabilidades que levaram à contratação de serviços por preços superiores em 407%. Constatação nº RECOMENDAÇÃO: (002) Recomenda-se à SPOA/ME que apure as responsabilidades pelo pagamento dos serviços de proteção das marcas da Copa do Mundo 2014 e das Olimpíadas Rio 2016 em desacordo com o estabelecido no Contrato n.º 37/2010. RECOMENDAÇÃO: (002) Recomenda-se à SPOA/ME a apuração dos fatos, referentes à pesquisa de preços, que deu causa à celebração do Contrato n.º 07/2010 por valores de até 99,7% maiores em relação aos preços pagos por outros órgão de Administração Pública Federal Constatação Recomendação 2: Recomenda-se ao Ministério do Esporte a apuração de responsabilidades pela autorização da aditivação do Contrato com o Consórcio Copa 2014, sem a efetiva comprovação da sua real necessidade e inobservando os limites estabelecidos na Lei nº 8666/93 para a formalização de aditivos 162

163 obra cobrada do Ministério do Esporte Constatação Inconsistências nas Planilhas do Quadro de Acompanhamento Contratual, relativas ao fator K aplicado sobre a remuneração dos profissionais disponibilizados pelo Consórcio Copa Não comprovação dos custos de mão de obra utilizada Constatação Descumprimento de Cláusula Contratual quanto à exigência de habilitação e de registro nos respectivos conselhos de classe de todos os profissionais alocados na prestação dos serviços. contratuais Constatação Recomendação 1: Apurar responsabilidades dos que deram causa às impropriedades apontadas, no que diz respeito à inobservância das recomendações da Consultoria Jurídica do Ministério do Esporte, bem como em relação às deficiências de acompanhamento e de fiscalização do citado contrato, com o atesto de notas fiscais sem a documentação necessária Constatação Recomendação 6: Apurar reponsabilidades daqueles que deram origem às irregularidades apontadas, tanto na formalização do Contrato, pelo descumprimento das recomendações da Consultoria Jurídica do Ministério do Esporte e de orientações do Tribunal de Contas da União, quanto na fiscalização da execução do Contrato e atesto das Notas Fiscais sem a devida documentação comprobatória relacionada às subcontratações efetivadas, bem como pelos pagamentos efetuados Constatação Recomendação 1: Recomenda-se ao Ministério do Esporte a apuração de responsabilidades dos que deram causa às impropriedades apontadas, vez que não houve observância à recomendação da Consultoria Jurídica do Ministério do Esporte acerca da necessidade de registro nas entidades de classe dos profissionais alocados para a prestação 163

164 VR Comércio de Calçados Ltda. Processo nº / Pregão Eletrônico SRP nº 10/2010, referente ao Registro de Preços para aquisição de materiais esportivos para o Programa Segundo Tempo (Ata de Registro de Preços nº 20/2010) Encomendas e Transportes de Cargas Pontual Ltda. Processo nº / , referente ao Registro de Preços para o direito de preferência na contratação de serviços especializados em Logísticas de Transporte e Distribuição de Mercadorias para o Programa Segundo Tempo. Contrato nº 33/ , Auditoria Anual de Contas SNEED/ME, gestão , Auditoria Anual de Contas SNEED/ME, gestão Constatação Revisão de preço concedida sem a devida comprovação do desequilíbrio econômico-financeiro da proposta Constatação Descaracterização da Ata de Registro de Preços com pagamento indevido de kits de materiais esportivos no montante de R$ , Constatação Pagamento indevido de percentual sobre valor de armazenagem dos kits a título de garantia de estoque, no montante total de R$ ,86, e ausência de apólice de seguro referente à garantia de estoque Constatação Prorrogação de contrato com quantitativo além do limite máximo fixado na respectiva Ata de Registro de Preços. de serviços no âmbito do Contrato com o Consórcio Copa Constatação Recomendação 1: Apure os fatos e as responsabilidades que levaram à concessão do reequilíbrio econômicofinanceiro referente ao Registro de Preços para aquisição de materiais esportivos para o Programa Segundo Tempo, observando-se as recomendações do subitem deste Relatório Constatação Recomendações: Recomendação 1: Apurar os fatos e as responsabilidades que levaram à descaracterização da Ata de Registro de Preços nº 20/2010 com pagamento indevido de kits de materiais esportivos no montante de R$ ,10, observando-se os fatos relatados no subitem deste Relatório Constatação Recomendações: Recomendação 1: Apurar os fatos e as responsabilidades sobre as evidências de pagamento indevido, no valor de R$ ,86, a título de garantia de estoque Constatação Recomendações: Recomendação 1: Apurar os fatos e as responsabilidades sobre as evidências de pagamento indevido, no valor de R$ ,26 além da quantidade inicial contratada com relação aos itens Garantia de Estoque e Armazenagem e Movimentação. Fonte: elaborado a partir de informações de monitoramento da Corregedoria Setorial das Áreas de Cultura e de Esporte, referente a relatórios de auditoria anual de contas, atualizado em 28/05/

165 Registre-se que, no exercício de 2014, no mês de maio, houve a instauração de 3 procedimentos disciplinares a partir de solicitação da Corregedoria Setorial das Áreas de Cultura e de Esporte e em decorrência do acompanhamento por ela realizado, conforme apresentado no Quadro a seguir. Salienta-se que as instaurações ocorreram restando poucos dias para a incidência da prescrição referente à penalidade expulsiva. Quadro: Relação de procedimentos administrativos disciplinares instaurados pelo Ministério do Esporte em maio/2014, a partir de monitoramento e acompanhamento efetuado pela Corregedoria Setorial das Áreas de Cultura e de Esporte Procedimento Portaria de instauração Processos relacionados Portaria nº 7, de 28/05/2014, DOU de / /05/2014 Processo Portaria nº 8, de 28/05/2014, DOU de / ; Administrativo 29/05/ / Disciplinar Portaria nº 9, de 28/05/2014, DOU de / /05/2014 Fonte: elaborado a partir de informações publicadas no Diário Oficial da União, Seção 2, nº 101, de 29/05/2014 Registra-se que o Relatório de Inspeção Correcional nº 01/2010, elaborado pela Corregedoria Setorial das Áreas da Cultura e do Esporte, encaminhado ao Ministério do Esporte por meio do Ofício nº 40957/2010/CGU-PR, em 14/12/2010, trouxe recomendações relacionadas a este assunto, conforme a seguir transcrito: À vista das análises e constatações, e considerando que, dentre os objetivos permanentes da Corregedoria-Geral da União, ressalta-se o estabelecimento das diretrizes e promoção do desenvolvimento do Sistema de Correição do Poder Executivo Federal, consignamos abaixo as recomendações ao Ministério do Esporte. (...) 7) Cumprimento das recomendações desta Corregedoria Setorial e da Secretaria Federal de Controle Interno, no tocante à apuração de responsabilidades relativas aos indícios de irregularidades identificados. 9) Providências quanto ao cadastramento, com a maior brevidade possível, no Sistema de Gestão de Processos Administrativos Disciplinares CGU/PAD, desenvolvido por esta Controladoria-Geral da União CGU, da integralidade dos Processos Disciplinares instaurados, consoante estabelecido pela Portaria/CGU nº , de 25 de julho de 2007, bem como a realização da atualização em tal Sistema de processos já cadastrados. 10) Efetivação da instauração de procedimento apuratório tão logo se tenha conhecimento de eventuais irregularidades, conforme preceitua o artigo 143 da Lei 8.112/90, bem como a promoção do regular e célere andamento dos processos, evitando-se assim o advento do instituto da prescrição, bem como eventual prejuízo no levantamento das informações, dos documentos e dos depoimentos dos servidores envolvidos. 11) Estabelecimento de acompanhamento rotineiro dos Processos de Sindicância e dos Processos Administrativos Disciplinares pendentes de instauração e em andamento, de forma a evitar situações similares às ocorridas com o Processo nº / , de acordo com análise contida no Anexo III-A deste Relatório. 165

166 Assim, considerando o exposto, verifica-se que não existem providências tempestivas ou planejamento por parte da Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte para o atendimento às recomendações da CGU relacionadas à apuração de responsabilidades. Destaca-se que, no âmbito do Ministério do Esporte, existe delegação de competência ao Secretário-Executivo, por meio da Portaria nº 36, de 07/02/2003, publicada no D.O.U. em 17/02/2003, para designar comissão de procedimentos disciplinares. #/Fato# Causa Falta de adoção de providências tempestivas pelo Secretário-Executivo do Ministério do Esporte visando ao atendimento de recomendações da CGU relacionadas à apuração de responsabilidades, considerando a existência de delegação de competência para designar comissão de procedimentos disciplinares, por meio da Portaria nº 36, de 07/02/2003, publicada no D.O.U. em 17/02/2003. #/Causa# Manifestação da Unidade Examinada Em resposta ao Relatório Preliminar, encaminhado em 18/06/2014, o gestor manifestouse, por meio do Ofício n 465/2014/SE-ME, de 12/08/2014, informando o seguinte: (...) Dentre as questões registradas no Relatório Preliminar de Auditoria e analisadas na Reunião de Busca Conjunta de Soluções, destacam-se iniciativas essenciais para a melhoria da gestão, que serão aprofundadas em manifestação anexa a este oficio: (...) - Decisão de criar unidade especifica de correição para gerenciar, instaurar e conduzir apurações disciplinares. Destaca-se que entre 2013 e 2014 foram instaurados 08 (oito) processos de apuração. (...). O gestor manifestou-se, também, por meio do documento intitulado Manifestação, encaminhado por meio do Ofício n 465/2014/SE-ME, de 12/08/2014, informando o seguinte, no que diz respeito à adoção de medidas saneadoras: Antecipa-se entendimento de que as inconsistências apontadas são passiveis de medidas saneadoras e, quanto às recomendações de cunho estruturante, com vistas ao aprimoramento da gestão assume-se o compromisso com: (...) l) elaboração de plano de ação para as futuras instaurações de procedimentos administrativos disciplinares, contendo cronograma previsto de instauração pactuado com a CGU; (...) Em item específico da citada Manifestação, relacionado ao registro , é 166

167 informado: Solicita-se que seja excluído o item e transformado em informação o item classificado como constatação, buscando compatibilizar o tratamento do assunto conforme tratado em Reunião de Busca Conjunta de Soluções e registrado na Análise Gerencial (pg. 26) do Relatório Preliminar de Auditoria: O Relatório de Auditoria Anual de Contas referente à gestão 2012 da Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte, Relatório n , foi enviado pela CGU à SE/ME no dia 07101/2014, por meio do Aviso nº 9/2014/GM/CGU-PR, de maneira a cumprir os prazos legais estipulados no processo. Uma vez que as recomendações consignadas neste Relatório se referiram ao exercício de 2012 e que a SE/ME somente tomou conhecimento dessas informações no exercício de 2014, e considerando o escopo de análise definido, não há recomendações expedidas pela CGU a serem monitoradas no âmbito deste Relatório. Adicionalmente, foi anexada à manifestação cópia do Memorando-Circular nº 14/2014/SE-ME, de 18/07/2014, identificado como Anexo 10, por meio do qual a Chefe de Gabinete da Secretaria-Executiva solicita às unidades do Ministério a indicação de quatro servidores de cada área para participação em capacitação envolvendo o tema Processo Administrativo Disciplinar. #/ManifestacaoUnidadeExaminada# Análise do Controle Interno A manifestação apresentada pelo gestor está contida em diferentes documentos encaminhados por meio do Ofício n 465/2014/SE-ME, de 12/08/2014. Inicialmente, no corpo do citado Ofício foi indicado que houve a instauração, entre os exercícios de 2013 e de 2014, de 8 processos de apuração, sem precisar a que tipo de apuração referem-se tais processos ou apresentar documentação comprobatória. De acordo com informação disponibilizada por meio do Ofício nº 456/2014/SE-ME, de 06/08/2014, que encaminha à Corregedoria Setorial das Áreas de Cultura e de Esporte, entre outros documentos, o Memorando n 01/2014-GP/ME, que contempla relação dos procedimentos disciplinares instaurados no âmbito do Ministério do Esporte, o quantitativo de processos instaurados nos exercícios de 2013 e de 2014 decorrentes de recomendações constantes de relatórios de auditoria da CGU corresponde, respectivamente, a zero e 3 processos. Houve a instauração de 3 processos em 2013 (2 sindicâncias investigativas e 1 investigação preliminar), no entanto, a instauração desses processos não decorre de recomendações de relatórios de auditoria. Assim, a informação de que houve a instauração de 8 processos nos exercícios de 2013 e de 2014 não está sustentada por documentação que possibilite sua confirmação. Quanto à solicitação de classificação do registro como Informação, a demanda não procede, considerando a argumentação apresentada, vez que as pendências de instauração de procedimentos referem-se a recomendações de apuração de responsabilidades que estavam pendentes de instauração no exercício de 2013, conforme relação exemplificativa constante do Quadro inserido na descrição do Fato. As recomendações de apuração de responsabilidades decorrentes do Relatório de Auditoria Anual de Contas nº , referente à auditoria anual de contas, gestão 167

168 2013, da Secretaria-Executiva não foram registradas neste item, embora o citado relatório contemple recomendações nesse sentido. O levantamento de pendências de instauração de procedimento disciplinar, conforme quadro apresentado no campo Fato, tem por base os relatórios nº , , e Em relação à situação específica relatada, de inexistência de providências tempestivas voltadas à instauração de procedimentos disciplinares a partir de recomendações constantes de relatórios da CGU, não foram apresentadas justificativas capazes de descaracterizar o apontamento efetuado e, como consequência, passíveis de modificação do teor do registro ou de sua caracterização como constatação. #/AnaliseControleInterno# Recomendações: Recomendação 1: Efetuar o levantamento de todas as recomendações de apuração de responsabilidade constantes de relatórios de auditoria da CGU, independente da origem do trabalho e não se restringindo àqueles de auditoria anual de contas, registrando o número do processo de apuração relacionado, quando houver, e indicando a motivação para a pendência de instauração, quando pertinente. Recomendação 2: Para as situações de pendência de instauração, elaborar plano de ação para as futuras instaurações de procedimentos administrativos disciplinares, contendo cronograma previsto de instauração. Recomendação 3: Avaliar a pertinência de criação de unidade específica de correição, de modo que tal área possa gerenciar, instaurar e conduzir as apurações disciplinares, bem como coordenar o Sistema CGU-PAD CONSTATAÇÃO Estrutura de pessoal deficiente para o cadastramento de informações no Sistema de Gestão de Processos Disciplinares por parte do Ministério do Esporte. Fato Com o objetivo de verificar se, no exercício de 2013, havia estrutura de pessoal suficiente para o cadastramento de informações e o gerenciamento do Sistema de Gestão de Processos Disciplinares no âmbito do Ministério do Esporte, solicitou-se à Secretaria-Executiva do Ministério que disponibilizasse a relação de pessoal responsável pela utilização do Sistema de Gestão de Processos Disciplinares CGU- PAD. Por meio do Ofício nº 166/2014/SE-ME, de 21/03/2014, a Secretaria-Executiva informou que a responsabilidade pela coordenação do Sistema CGU-PAD reside na pessoa de servidor, designado pela Portaria nº 179/2010, sendo que já está sendo providenciada a designação do Administrador Principal e usuários administradores, na forma ditada pela Portaria nº 16/2007, em substituição aos anteriores, cujos dados serão repassados oportunamente. 168

169 Em consulta ao Sistema CGU-PAD, em 07/05/2014, verificou-se que 4 servidores do Ministério do Esporte foram treinados para serem cadastradores do referido Sistema. Em reunião realizada com representantes da Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte e com o Coordenador do Sistema CGU-PAD no âmbito do Ministério, foi informado que nenhum desses servidores pertencia, no exercício de 2013, à estrutura de pessoal para a gestão do Sistema. Ressalta-se que, segundo a Portaria CGU nº 1.043, de 24/07/2007 cabe ao Coordenador do sistema CGU-PAD indicar ao órgão central um servidor ou empregado que será o administrador principal do CGU-PAD no órgão. A ausência de estrutura de pessoal adequada e capaz de permitir o gerenciamento das informações dos procedimentos disciplinares instaurados no Ministério do Esporte pode acarretar a intempestividade da inserção das informações no Sistema CGU-PAD, contrariando a função precípua do Sistema que é armazenar e disponibilizar, de forma rápida e segura, as informações sobre os processos disciplinares instaurados no âmbito dos órgãos e entidades públicas do Poder Executivo Federal. Diante do exposto, verificou-se que, durante o exercício de 2013, o Ministério do Esporte contava com apenas o Coordenador do Sistema como responsável pela gestão do sistema CGU-PAD, e, portanto, sem estrutura de pessoal adequada para gerenciar os procedimentos disciplinares instaurados, conforme disciplinado na Portaria CGU nº 1.043/2007. #/Fato# Causa O Coordenador do Sistema CGU-PAD não providenciou a indicação de servidores responsáveis pela alimentação do citado Sistema, os quais teriam atribuição de inclusão de informações no Sistema dos procedimentos disciplinares instaurados no Ministério do Esporte. O Secretário-Executivo do Ministério do Esporte não adotou as providências necessárias para a designação de servidores para apoio às atribuições do Coordenador do Sistema CGU-PAD. #/Causa# Manifestação da Unidade Examinada Em resposta ao Relatório Preliminar, encaminhado em 18/06/2014, o Secretário- Executivo manifestou-se, por meio do Ofício n 465/2014/SE-ME, de 12/08/2014, informando o seguinte: Dentre as questões registradas no Relatório Preliminar de Auditoria e analisadas na reunião de Busca Conjunta de Soluções, destacam-se iniciativas essenciais para a melhoria de gestão, que serão aprofundadas em manifestação anexa a este ofício: (...) Decisão de criar unidade especifica de correição para gerenciar, instaurar e conduzir apurações disciplinares. Destaca-se que entre 2013 e 2014 foram instaurados 08 (oito) processos de apuração. 169

170 Adicionalmente, o gestor manifestou-se, no documento intitulado Manifestação, encaminhado por meio do Ofício n 465/2014/SE-ME, de 12/08/2014, informando o seguinte: (...) antecipa-se entendimento de que as inconsistências apontadas são passíveis de medidas saneadoras e, quanto às recomendações de cunho estruturante, com vistas ao aprimoramento da gestão assume-se o compromisso com: (...) m) criação de unidade específica de correição; (...) Especificamente, em relação a essa constatação, a Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte não se manifestou, porém, identificou-se em resposta específica ao item a seguinte informação: Informa-se que foram designados quatro servidores para atuarem como usuários do Sistema CGU-PAD e apoiarem o Coordenador do sistema no gerenciamento de informações sobre os procedimentos disciplinares instaurados no Ministério do Esporte. Ato contínuo será providenciada a devida capacitação dos servidores para operação do Sistema CGU-PAD. #/ManifestacaoUnidadeExaminada# Análise do Controle Interno A manifestação apresentada pelo gestor informa a intenção de melhorar a gestão da área correcional do Ministério do Esporte, no entanto, nenhuma providência foi adotada, no exercício de 2013, com relação à designação de servidores para apoio à área correcional do Ministério. Ressalta-se que anteriormente só existia um servidor cadastrado como usuário do sistema CGU-PAD e a designação de novos servidores para atuarem como usuários do referido Sistema somente ocorreu em agosto de 2014, conforme se verifica a partir das informações constantes da tabela a seguir: CPF Perfil Situação Inclusão *** ** Administrador Cadastrador Consulta Ativo 07/08/2014 *** ** Consulta Bloqueado *** ** Cadastrador Consulta Ativo 14/08/2014 *** ** Cadastrador Consulta Bloqueado

171 *** ** Cadastrador Consulta Ativo 14/08/2014 *** ** Cadastrador Consulta Ativo 25/04/2012 *** ** Cadastrador Consulta Ativo 14/08/2014 Assim, em que pesem as informações apresentadas pelo Ministério do Esporte, o cadastramento de servidores para a atualização do Sistema CGU-PAD somente se concretizou em agosto/2014, após o encaminhamento da manifestação ao Relatório Preliminar. #/AnaliseControleInterno# Recomendações: Recomendação 1: Estabelecer estrutura de pessoal capaz de gerenciar as informações de procedimentos disciplinares instaurados no Ministério do Esporte, com a consequente designação formal dos responsáveis pela inserção de informações no Sistema CGU- PAD. Recomendação 2: Providenciar a capacitação dos profissionais designados para inserção de informações no Sistema CGU-PAD CONSTATAÇÃO Ausência de registros no Sistema CGU-PAD de atos relacionados aos procedimentos disciplinares instaurados pelo Ministério do Esporte. Fato No intuito de verificar se, no exercício de 2013, foram registradas no sistema CGU- PAD as informações referentes aos procedimentos disciplinares instaurados no âmbito do Ministério do Esporte, solicitou-se à Secretaria-Executiva/ME que disponibilizasse a relação de todos os processos administrativos instaurados no Ministério do Esporte, contendo o número do processo, a data de instauração e a situação em que se encontrava. Por meio do Ofício nº 166/2014/SE-ME, de 21/03/2014, a Secretaria-Executiva informou que, no exercício de 2013, foi instaurada uma sindicância pertinente a suposto assédio moral (processo n / , datado de 24/06/2013), e um procedimento de investigação preliminar (processo nº / , datado de 05/06/2013), ambos em fase de julgamento e cadastrados no sistema CGU- PAD. Verificou-se que os 2 processos citados pelo gestor encontravam-se registrados no Sistema CGU-PAD. No entanto, a situação informada pelo gestor ambos em fase de julgamento não reflete a situação à época verificada no referido Sistema que era de procedimentos instaurados. 171

172 Nos termos do 3º do art. 1º da Portaria CGU nº 1.043, de 24/07/2007, as informações sobre os atos relacionados aos procedimentos disciplinares instaurados deverão ser registradas no prazo de 30 dias a contar de sua ocorrência. Verifica-se, portanto, que apesar do baixo número de procedimentos disciplinares instaurados no exercício de 2013, o Ministério do Esporte somente registrou a instauração dos procedimentos disciplinares no referido Sistema, porém, não registrou os demais atos, fato que contraria a principal função do Sistema CGU-PAD que é armazenar e disponibilizar, de forma rápida e segura, as informações sobre os processos disciplinares instaurados no âmbito dos órgãos e entidades públicas do Poder Executivo Federal. Diante das situações apontadas, verifica-se que, no exercício de 2013, o Ministério do Esporte não registrou tempestivamente os atos relacionados aos procedimentos disciplinares instaurados conforme determinado pela legislação, tendo somente cadastrado os procedimentos no Sistema CGU-PAD. #/Fato# Causa Falhas nos Controles Internos Administrativos do Ministério do Esporte referentes aos registros no Sistema CGU-PAD dos atos relacionados aos procedimentos disciplinares instaurados. #/Causa# Manifestação da Unidade Examinada Em resposta ao Relatório Preliminar, encaminhado em 18/06/2014, o Secretário- Executivo manifestou-se, por meio do Ofício n 465/2014/SE-ME, de 12/08/2014, informando o seguinte: Dentre as questões registradas no Relatório Preliminar de Auditoria e analisadas na reunião de Busca Conjunta de Soluções, destacam-se iniciativas essenciais para a melhoria de gestão, que serão aprofundadas em manifestação anexa a este ofício: (...) Decisão de criar unidade especifica de correição para gerenciar, instaurar e conduzir apurações disciplinares. Destaca-se que entre 2013 e 2014 foram instaurados 08 (oito) processos de apuração. Adicionalmente, o gestor manifestou-se, no documento intitulado Manifestação, encaminhado por meio do Ofício n 465/2014/SE-ME, de 12/08/2014, informando o seguinte: (...) antecipa-se entendimento de que as inconsistências apontadas são passíveis de medidas saneadoras e, quanto às recomendações de cunho estruturante, com vistas ao aprimoramento da gestão assume-se o compromisso com: (...) m) criação de unidade específica de correição; 172

173 (...) Especificamente, em relação a essa constatação, a Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte assim se manifestou: Informa-se que foram designados quatro servidores para atuarem como usuários do Sistema CGU-PAD e apoiarem o Coordenador do sistema no gerenciamento de informações sobre os procedimentos disciplinares instaurados no Ministério do Esporte. Ato contínuo será providenciada a devida capacitação dos servidores para operação do Sistema CGU-PAD. #/ManifestacaoUnidadeExaminada# Análise do Controle Interno A manifestação apresentada pelo gestor informa a intenção de melhorar a gestão da área correcional do Ministério do Esporte, no entanto, nenhuma providência foi tomada no exercício de 2013 com relação ao aperfeiçoamento da gestão do Sistema CGU-PAD. Conforme relatado no item deste Relatório, a designação dos servidores para atuarem como usuários do Sistema CGU-PAD somente ocorreu em agosto de Com relação à instauração de processos de apuração informados pelo gestor, ressalta-se que, no exercício de 2013, foram instaurados somente 3 processos, todos relacionados a procedimentos investigativos (2 sindicâncias investigativas e 1 investigação preliminar). Diante do exposto verifica-se que as justificativas apresentadas pelo gestor não elidem as falhas apontadas. #/AnaliseControleInterno# Recomendações: Recomendação 1: Definir sistemática para inserção no Sistema CGU-PAD, dentro do prazo legal estabelecido, de 30 dias, de todos os atos relacionados aos procedimentos disciplinares instaurados pelo Ministério do Esporte. Recomendação 2: Inserir no Sistema CGU-PAD, dentro do prazo legal estabelecido, todos os atos relacionados aos procedimentos disciplinares instaurados pelo Ministério do Esporte Avaliação dos Controles Internos Administrativos CONSTATAÇÃO Insuficiência de controles internos para atingimento dos objetivos estratégicos do órgão. Fato Em relação ao Sistema de Controle Interno da Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte verificaram-se fragilidades em diversas áreas de gestão da Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte, como nas áreas de licitações, de gestão de contratos e de 173

174 transferências concedidas, assim como de projetos relacionados à Lei de Incentivo ao Esporte. Os problemas identificados na gestão da Unidade, com consequente reflexo na gestão do Ministério do Esporte, mostram-se recorrentes, considerando o exposto nas últimas Auditorias Anuais de Contas realizadas no órgão, de forma que essas fragilidades nos controles internos dos Macroprocessos de Apoio têm, no fim, impacto nos Macroprocessos Finalísticos, e, desse modo, nos próprios resultados esperados das políticas públicas sob a responsabilidade da Pasta. A partir da avaliação dos controles internos por área de gestão e do apoio aos macroprocessos finalísticos, avaliou-se os componentes ambiente de controle, avaliação de risco, procedimentos de controle, informação e comunicação e monitoramento, de forma a verificar a conformidade da gestão da Secretaria- Executiva do Ministério do Esporte com os pressupostos definidos pelo COSO (Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission), em busca das melhores práticas de governança corporativa. Dos exames efetuados quanto ao aspecto ambiente de controle, observaram-se falhas na forma como o órgão estrutura e atribui alçadas e responsabilidades, com ausência de rotinas devidamente padronizadas e formalizadas de processos de trabalho, resultando em subjetividade na atuação do gestor. Ademais, verificou-se que o Regimento Interno do Ministério do Esporte está desatualizado. Quanto ao aspecto avaliação de risco, não foram identificadas ações estruturadas do gestor no sentido de identificar eventos em potencial que poderiam impactar na realização de seus objetivos. Registre-se que resta prejudicada essa avaliação devido à ausência da definição de indicadores de gestão refletindo-se na dificuldade de identificação, de avaliação e de tratamento dos riscos. Quanto ao componente procedimentos de controle, foram identificadas falhas e/ou lacunas normativas no trâmite dos processos de transferências voluntárias, nos processos licitatórios e de contratações e no trâmite dos processos de projetos da Lei de Incentivo ao Esporte. Fatos que comprometem negativamente as políticas públicas executadas pelo Ministério do Esporte. Quanto ao aspecto Informação e Comunicação, verifica-se dificuldade de produção de informações gerenciais e existência de assimetria de informações entre os setores da Unidade. O componente monitoramento apresentou deficiência do acompanhamento e do controle das atividades da Unidade com o objetivo de diminuir riscos e de implementar melhorias, evidenciada pela ausência de normativos definindo responsabilidades no âmbitos das transferências voluntárias. Dessa forma, verificam-se fragilidades na gestão da Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte no tocante aos controles internos, com impacto no atingimento dos objetivos estratégicos da Unidade. #/Fato# Causa Inadequação dos controles internos administrativos mantidos pela Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte. 174

175 #/ManifestacaoUnidadeExaminada# Deficiência de pessoal e da estrutura organizacional do Ministério do Esporte. #/Causa# Manifestação da Unidade Examinada Em resposta ao Relatório Preliminar, encaminhado em 18/06/2014, o gestor manifestouse, no documento intitulado Manifestação, encaminhado por meio do Ofício n 465/2014/SE-ME, de 12/08/2014, informando o seguinte: (...) Antecipa-se entendimento de que as inconsistências apontadas são passiveis de medidas saneadoras e, quanto às recomendações de cunho estruturante, com vistas ao aprimoramento da gestão assume-se o compromisso com: (...) p) formalização de rotinas e os fluxos de realização das atividades, de forma a viabilizar a implementação de mecanismos de controle interno administrativos efetivos; (...) Em item específico da citada Manifestação, relacionado ao registro , é informado: Com o objetivo de formalizar rotinas e fluxos de realização de atividades e viabilizar a implementação de mecanismos de controles internos efetivos foram adotadas as seguintes medidas: - contratação da Escola Superior de Administração Fazendária - ESAF, vinculada ao Ministério da Fazenda, para realização de cursos de capacitação dos servidores do Ministério do Esporte nos temas "Elaboração de Editais e Termos de Referência" e "Fiscalização de contratos". Entende-se que tal capacitação é premissa necessária para avançar no aprimoramento da gestão da área, por intermédio da formalização de fluxos e rotinas e outras medidas que serão implementadas. - publicação da Portaria nº 17, de 17/07/2014 (Anexo II), instituindo o CGAAP Comitê de Gestão, Acompanhamento e Análise de Prestação de Contas que, dentre outras atribuições, apontará medidas para o aprimoramento da gestão de convênios. - constituição de Grupo de Trabalho com objetivo de analisar as atividades da Comissão Técnica da LIE e do DIFE, propondo mudanças nos normativos vigentes, caso necessário, e elaborar proposta para definição dos fluxos de realização das atividades relacionadas à Lei de Incentivo ao Esporte, considerando a regulamentação da Portaria ME nº 120/2009 e demais normativos vigentes (Portaria nº 29, de 31 de Julho de 2014, publicada no Boletim de Serviço Extraordinário de 01/08/ (Anexo 08). 175

176 Análise do Controle Interno A manifestação apresentada pelo gestor contempla as providências em adoção para a melhoria dos controles internos administrativos da Unidade, tendo sido citados a realização de qualificação na temática contratos, a criação de grupo de trabalho para o diagnóstico e a elaboração de plano de ação para o tratamento do passivo de prestação de contas de convênios e projetos da LIE pendentes de análise conclusiva e a criação de grupo de trabalho para o aperfeiçoamento dos normativos relacionados à Lei de Incentivo ao Esporte. Destaca-se que não foram apresentados elementos ou justificativas com o intuito de contrapor ou de descaracterizar o registro efetuado. #/AnaliseControleInterno# Recomendações: Recomendação 1: Formalizar as rotinas e os fluxos de realização das atividades, de forma a viabilizar a implementação de mecanismos de controle interno administrativos efetivos. 4.2 CONTROLES EXTERNOS ATUAÇÃO DO TCU/SECEX NO EXERCÍCIO INFORMAÇÃO Não houve determinações do TCU dirigidas à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte ou a unidades que componham a sua estrutura com determinação de acompanhamento pela SFC ou pela CGU, no exercício de Fato Trata-se de avaliação da atuação da Secretaria-Executiva ou por unidades que componham a sua estrutura na implementação de recomendações e de determinações contidas em Acórdãos do Tribunal de Contas da União exarados no exercício de 2013 e em relação aos quais exista determinação de acompanhamento pelo órgão de controle interno. Em pesquisa ao sítio do Tribunal de Contas da União TCU, no endereço não foram identificados acórdãos emitidos pelo TCU, durante o exercício de 2013, com determinação de acompanhamento, pela Secretaria Federal de Controle Interno ou pela Controladoria-Geral da União, das providências para cumprimento das recomendações efetuadas à Secretaria Executiva do Ministério do Esporte ou por unidades que componham a sua estrutura. #/Fato# 5 GESTÃO OPERACIONAL 5.1 AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS RESULTADOS DA MISSÃO INSTITUCIONAL 176

177 CONSTATAÇÃO Ausência de indicadores de gestão definidos para mensuração dos resultados da Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte. Fato Em exame ao Relatório de Gestão da Secretaria-Executiva, encaminhado via sistema ao Tribunal de Contas da União, em 25/04/2014, verificou-se a ausência de indicadores de gestão definidos para a mensuração dos resultados da Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte. No referido documento, apenas dois capítulos fazem referência ao assunto, 3.6 Indicadores para Monitoramento e Avaliação do Modelo de Governança e efetividade dos Controles Internos, o qual informa que Não foram estabelecidos indicadores no âmbito do Departamento de Gestão Interna, além do capítulo Indicadores de Gestão da Renúncia de Receita, que não traz nenhum texto. Quando questionado sobre os indicadores de gestão da Unidade, por meio da SA n /002, de 17/03/2014, o gestor informou, por meio do Ofício n 199/2014/SE- ME, de 31/03/2014: A UJ não possui Indicadores de desempenho que possa mensurar de forma consistente a efetividade de sua gestão, contudo no exercício foram feitas reuniões com o Ministério do Planejamento relativas à criação de indicadores de desempenho da Unidade. No Fórum SPOA de 25/10/ foi feito um levantamento entre as SPOA, sobre alguns temas piloto para verificar os indicadores de gestão a serem implementados nos Ministérios. Portanto, a definição de tais indicadores, não é um problema particular do Ministério do Esporte, esta discussão está sendo levada inclusive em conjunto com a Secretaria de Gestão Pública - MP para uma padronização de indicadores de gestão, inclusive na área de recursos humanos. Considera-se que indicadores isolados, por ministério, não servem de parâmetro de comparação para que se possa mensurar quesitos na área de desenvolvimento institucional. Embora haja um esforço deste ME, que contribuirá, de forma consistente, com o estabelecimento de indicadores, junto ao Ministério do Planejamento e Orçamento, logo que tenhamos concluído os produtos previstos no Módulo 8 do contrato administrativo n 47/2012, que se encontra em execução e prevê o desenvolvimento de um sistema de indicadores de acompanhamento da Política Nacional do Esporte e, por conseguinte, de indicadores de desempenho da gestão que abrangerá Gestão de Pessoas; Gestão de Transferências; Gestão de Compras e Contratações; Gestão do CPGF; Gestão de Passivos sem previsão Orçamentária; Gestão de TI; Gestão do Patrimônio Imobiliário; e Gestão de Renúncias Tributárias, após a realização do processo de reconfiguração estratégica. (grifos não contidos no texto original) Registra-se que tal situação já havia sido apontada no Relatório de Auditoria Anual de Contas n , referente à gestão da Secretaria-Executiva em 2012, ocasião em que o Ministério do Esporte também havia indicado que a entrega do produto previsto no Módulo 8 do Contrato n 47/2012, firmado com o CGEE, sanearia a ausência de 177

178 #/Fato# indicadores de gestão na UJ e do Plano Estratégico da Pasta, aspectos de gestão que estão diretamente relacionados. Neste Relatório, foram consignadas as seguintes recomendações: Recomendação 1: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que elabore seu planejamento estratégico. Recomendação 2: Recomenda-se à Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte que a partir da elaboração do planejamento estratégico da Unidade, defina indicadores que possibilitem o acompanhamento do seu desempenho, bem como do órgão, enquanto gestor responsável pela Política Nacional de Esporte. Importa mencionar que o Ministério do Esporte apenas tomou conhecimento dessas recomendações em janeiro de 2014, de forma que não seria possível cumpri-las durante o exercício de 2013 pela SE/ME. Uma vez que as recomendações consignadas neste Relatório se referiram ao exercício de 2012 e que a SE/ME somente tomou conhecimento dessas informações no exercício de 2014, não houve ações a serem executadas, por parte da UJ no exercício de 2013, a fim de atender às recomendações emanadas pela CGU referentes à gestão de Mesmo diante de tal fato, o Contrato n 47/2012, firmado com o CGEE, esteve vigente durante todo o exercício de 2013, havendo tempo hábil para que o trabalho desenvolvido fosse formalizado e tivesse maturidade suficiente para que constasse, mesmo que em parte, no Relatório de Gestão da SE/ME referente ao exercício de Apesar de ser informado, no Relatório de Gestão, o andamento dos trabalhos desenvolvidos pelo CGEE em prol do levantamento das informações necessárias para a definição do Plano Estratégico do Ministério do Esporte e, por conseguinte, para a definição dos indicadores de gestão da Pasta, não foram apresentados produtos, mesmo que parciais, de tal Planejamento e da definição de indicadores de gestão. Assim, a partir da execução do contrato nº 47/2012, firmado com o CGEE, seriam definidos indicadores de gestão no âmbito do Ministério do Esporte, ocasião em que os seguintes aspectos devem ser considerados: Completude: capacidade de representar, com a maior proximidade possível, a situação que a UJ pretende medir e de refletir os resultados das intervenções efetuadas na gestão; Comparabilidade: capacidade de proporcionar medição da situação pretendida ao longo do tempo, por intermédio de séries históricas; Confiabilidade: confiabilidade das fontes dos dados utilizados para o cálculo do indicador, avaliando, principalmente, se a metodologia escolhida para a coleta, processamento e divulgação é transparente e reaplicável por outros agentes, internos ou externos à unidade; Acessibilidade: facilidade de obtenção dos dados, elaboração do indicador e de compreensão dos resultados pelo público em geral; Economicidade: razoabilidade dos custos de obtenção do indicador em relação aos benefícios para a melhoria da gestão da unidade. 178

179 #/ManifestacaoUnidadeExaminada# Causa Inexistência de iniciativas suficientes pela Diretora de Planejamento e de Gestão Estratégica e pelo Secretário-Executivo voltadas à tempestiva definição de indicadores de gestão para a mensuração dos resultados da Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte. #/Causa# Manifestação da Unidade Examinada Em resposta ao Relatório Preliminar, encaminhado em 18/06/2014, o gestor manifestouse, no documento intitulado Manifestação, encaminhado por meio do Ofício n 465/2014/SE-ME, de 12/08/2014, informando o seguinte: (...) Antecipa-se entendimento de que as inconsistências apontadas são passiveis de medidas saneadoras e, quanto às recomendações de cunho estruturante, com vistas ao aprimoramento da gestão assume-se o compromisso com: (...) q) definição dos indicadores de gestão para a mensuração dos resultados da Secretaria Executiva do Ministério do Esporte; (...). Em item específico da citada Manifestação, relacionado ao registro , é informado: O Ministério do Esporte iniciou em 2013, com apoio do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos - CGEE (Contrato n 47/2012) estudos para subsidiarem o reposicionamento estratégico a luz da realização dos megaeventos esportivos. Este estudo é fundamental para a elaboração de indicadores de acompanhamento da Politica Nacional do Esporte, considerando aspectos macro (avaliação permanente do Governo Federal), intermediários (aspectos legais) e micro (gestão interna). Conforme informado pelo DPGE (Memorando n 42/2014/CGPAG/OPGE/SE/ME Anexo 12), o cronograma das atividades prevê a definição de tais indicadores de resultado de gestão da Secretaria Executiva em novembro/14. Como informação adicional destaca-se que o referido contrato fora objeto de sobrestamento para medidas saneadoras, por intermédio de despacho do Secretário Executivo do ME, e que o cronograma foi retomado em Agosto de Análise do Controle Interno A manifestação apresentada pelo gestor ratifica informação anterior no sentido de que indicadores de desempenho serão definidos a partir de um contexto de planejamento mais amplo, no escopo de contratação voltada ao reposicionamento estratégico do Ministério do Esporte. É destacado que o cronograma de atividades em 179

180 desenvolvimento no âmbito do contrato em questão prevê que indicadores sejam definidos a partir do mês de novembro de Destaca-se que não foram apresentados elementos ou justificativas com o intuito de contrapor ou de descaracterizar o registro efetuado. #/AnaliseControleInterno# Recomendações: Recomendação 1: Promover junto à consultoria especializada contratada, a definição dos indicadores de gestão para a mensuração dos resultados da Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte. Recomendação 2: Implementar os indicadores de gestão que vierem a ser desenvolvidos para a mensuração dos resultados da Secretaria-Executiva do Ministério do Esporte. 6 GESTÃO DO SUPRIMENTO DE BENS/SERVIÇOS 6.1 CONVÊNIOS DE OBRAS, SERVIÇOS E DE SUPRIMENTO AVALIAÇÃO DAS TRANSFERÊNCIAS CONCEDIDAS INFORMAÇÃO Análise da gestão das transferências voluntárias concedidas no que diz respeito à atuação da Secretaria-Executiva. Fato Trata-se da análise da atuação da Secretaria-Executiva na gestão das transferências voluntárias concedidas pelo Ministério do Esporte, no presente caso, mediante convênio. Com o objetivo de verificar como está definida a gestão da Secretaria-Executiva na condução dos processos de convênios celebrados, solicitou-se ao Ministério do Esporte que disponibilizasse informações referentes às rotinas de gestão dessas transferências voluntárias no âmbito da SE/ME. A partir das respostas encaminhadas pelo gestor, foi elaborado fluxograma das etapas do processo de formalização e execução de convênio no âmbito do Ministério do Esporte que foi apresentado aos gestores e validado em reunião realizada em 07/05/2014. Para melhor visualização do fluxo dos processos de convênios no âmbito do Ministério do Esporte, optou-se por subdividí-lo em 3 etapas: 1ª etapa: Análise das propostas e formalização do processo; 2ª etapa: Monitoramento (acompanhamento e fiscalização) da execução; 3ª etapa: Análise das prestações de contas. 180

181 Fluxograma: 1ª etapa - Análise das propostas e formalização do processo Proponente / Convenente Secretaria Finalística Secretaria Executiva Departamento de Gestão Interna Secretaria Executiva Departamento de Planejamento e Gestão Estratégica Consultoria Jurídica Encaminha Proposta; Insere Documentação SICONV no Analisa a proposta; Verifica a documentação inserida no SICONV, Emite parecer técnico; Consulta disponibilidade financeira. Analisa a aderência do objeto do convênio com a prioridade estratégica do ME. (CGPAG*) Emite nota de empenho. (CEORF***) Verifica a disponibilidade orçamentária. (CGCOF**) Pesquisa a regularidade do convenente. (CGCONV****) Emite parecer sobre a legalidade do instrumento de convênio. Atende às recomendações da CONJUR; Encaminha o parecer CONJUR à área finalística (CGCONV****) Envia o termo de convênio para assinaturas; Publica o extrato do Termo de Convênio no DOU; Emite Nota Técnica concordando com o pagamento para o convenente. (CGCONV****) Autoriza a continuidade do processo de pagamento (Diretor) Gera ordem bancária; Efetua registro no SIAFI/SICONV (CEORF***) Encaminha Ofício ao convenente informando o pagamento;. (CGCONV****) CGPAG* - Coordenação-Geral de Planejamento e Acompanhamento de Gestão CGCOF** - Coordenação-Geral de Orçamento e Finanças CEORF*** - Coordenação de Orçamento e Finanças CGCONV**** - Coordenação-Geral de Gestão de Convênios Fonte: elaborado pela equipe de auditoria com base nas informações apresentadas pelo gestor e validado junto à SE/ME em reunião realizada em 07/05/

182 Fluxograma: 2ª etapa - Monitoramento (acompanhamento e fiscalização) da execução Proponente / Convenente Secretaria Finalística Secretaria Executiva Departamento de Gestão Interna Secretaria Executiva Departamento de Planejamento e Gestão Estratégica Consultoria Jurídica Insere informação execução SICONV da no Monitora, acompanha e fiscaliza a execução; Solicita inserção de informações no SICONV. Fonte: elaborado pela equipe de auditoria com base nas informações apresentadas pelo gestor e validado junto à SE/ME em reunião realizada em 07/05/2014 Fluxograma: 3ª etapa - Análise das prestações de contas Proponente / Convenente Secretaria Finalística Secretaria Executiva Departamento de Gestão Interna Secretaria Executiva Departamento de Planejamento e Gestão Estratégica Consultoria Jurídica Insere prestação de contas no SICONV para análise Verifica cumprimento do objeto (execução física e atingimento dos objetivos) Analisa a prestação de contas financeira; Fonte: elaborado pela equipe de auditoria com base nas informações apresentadas pelo gestor, e validado junto à SE/ME em reunião realizada em 07/05/2014 Ao analisar o trâmite dos processos de convênios no Ministério do Esporte, verifica-se que a Secretaria-Executiva não participa das análises iniciais para a formalização das avenças, do monitoramento, do acompanhamento, da fiscalização e da análise técnica do cumprimento do objeto conveniado, funções essas desenvolvidas pelas secretarias finalísticas do Ministério. No entanto, participa ativamente na operacionalização desse trâmite por intermédio do Departamento de Planejamento e Gestão Estratégica, no que diz respeito à verificação da disponibilidade orçamentária e, principalmente, por intermédio do Departamento de Gestão Interna, responsável pelas demais etapas. Diante das informações apresentadas, verifica-se que a Secretaria-Executiva possui atribuições predominantemente ligadas à operacionalização financeira das transferências voluntárias, tendo como finalidade apoiar as secretarias finalísticas do Ministério. Tal função não diminui a importância, tampouco a responsabilidade da Secretaria-Executiva no processo, uma vez que cabe a ela a verificação da adequação financeira da execução dos convênios celebrados pelas secretarias finalísticas. #/Fato# CONSTATAÇÃO Fragilidades dos normativos vigentes relacionados ao tratamento das transferências voluntárias no âmbito do Ministério do Esporte. 182

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