O DIREITO DE ARREPENDIMENTO DO CONSUMIDOR DOMICILIADO NO BRASIL QUE REALIZA COMPRA PELA INTERNET COM EMPRESA PERTENCENTE À UNIÃO EUROPÉIA

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1 O DIREITO DE ARREPENDIMENTO DO CONSUMIDOR DOMICILIADO NO BRASIL QUE REALIZA COMPRA PELA INTERNET COM EMPRESA PERTENCENTE À UNIÃO EUROPÉIA Maria Laura Lopes Nunes Santos 1 RESUMO O artigo analisa o direito do consumidor em se arrepender-se da compra realizada pela internet a um fornecedor localizado na União Européia. PALAVRAS-CHAVE: Direito do consumidor. Comércio Eletrônico. Internacional. Consumidores. Brasil. União Européia. Direito Comunitário. Comunidade Européia. 1 INTRODUÇÃO O processo de globalização vem influindo fundamentalmente no desenvolvimento das atividades humanas, principalmente no tocante as relações comercias. Tal processo elimina obstáculos à livre circulação de mercadoria, porém por outro lado fragiliza a figura do contribuinte que não possui uma regulamentação especifica para a tributação nesse tipo de transação. Com o crescimento da internet, as relações de comércio foram facilitadas, fazendo com que as empresas e pessoas conectadas a essa rede, possam adquirir qualquer serviço ou bem sem sair de casa ou do escritório. O envolvimento dos consumidores nessa nova forma de contratar é cada vez maior, e por se tratar de uma nova forma de relacionamento comercial, verificou-se a necessidade de se criar ou adaptar uma regulamentação para essa prática que pudesse proteger juridicamente as partes envolvidas nas transações eletrônicas. 2 INTERNET O projeto Arpanet da agência de projetos avançados (Arpa) do Departamento de Defesa norte americano confiou em 1969, à Rand Corporation a elaboração de um projeto em que em caso de ataque russo não houvesse interrupção da corrente de comando dos Estados Unidos 2. Assim, apresentou-se pequenas redes locais, chamadas de Lan, 1 Mestranda. Professora da Faculdade das Atividades Empresariais de Teresina - FAETE. 2 PAESANI, Liliana Minardi. Direito e Internet. 3. Ed. São Paulo: Atlas, p

2 posicionadas em lugares estratégicos do país e coligadas por meio de redes de telecomunicação geográfica (WAN). Logo, no caso de ataque essa rede conexa, ligada a locais distantes, internet, inter networking, permitiriam a comunicação entre essas cidades coligadas 3. A internet teve seu avanço no ano de 1973, quando Vintor Cerf, do Departamento de Pesquisa avançada da Universidade da Califórnia e responsável pelo projeto, registrou o Protocolo de Controle da Transmissão Internet, seria um código que permitia que os programas incompatíveis pudessem comunicarem-se entre si 4. Atualmente, a internet é um meio de comunicação que permite um grande intercâmbio de informações entre pessoas de todo mundo. Porém, o grande elemento de propagação da internet no mundo foi o World Wide Web(WWW, ou w3 ou Web). A Web iniciou em 1989 no Laboratório Europeu de Física de altas energias, sendo formada por documentos cujo o texto, imagens e sons são evidenciados de forma particular e podem ser relacionados com outros documentos. Com um clique no mouse o usuário tem acesso a vários serviços, inclusive a compra de produtos sem sair de casa. 3 COMÉRCIO ELETRÔNICO Em 1966 a ONU através da Comissão das Nações Unidas para o Direito Comercial Internacional (Uncitral-United Nations Commission on Interncional Trade Law) sediado em Viena, Áustria. Órgão anexo à Assembléia Geral da ONU, foi criada com o objetivo de promover um trabalho de harmonização e unificação desse importante ramo do direito 5. No que se refere às transações comerciais realizadas em ambiente informático, a Comissão têm, desde seu 18.º período de trabalho no ano de 1985, recomendado à Assembléia Geral que os governos e organizações internacionais adotem medidas com a finalidade de garantir a segurança jurídica nesse tipo de 3 Idem. p.27 4 Ibidem.p.27 5 United Nations Commission on International Trade Law" - Comissão da ONU em Direito Comercial Internacional(em inglês). Traduz-se para o português em Comissão das Nações Unidas para o direito do Comercio Internacional. Tem como objetivo estudar os meios de harmonização e unificação do direito comercial.

3 transação. Em relação ao comércio eletrônico como hoje o conhecemos, a Comissão criou um grupo de trabalho a respeito, atendendo à solicitação da Assembléia Geral. Esse grupo logrou êxito em desenvolver diversos trabalhos de extrema importância, como por exemplo, a "Lei modelo para o Comércio Eletrônico e guia para incorporação ao direito interno" e a "Lei modelo sobre assinaturas eletrônicas e guia para incorporação ao direito interno No Brasil, ainda que a Lei Modelo da UNCINTRAL ter sido aprovada há mais de 10 anos, não há legislação específica para o Comercio Eletrônico, mas somente projetos de lei. Os projetos versam mais das questões do documento eletrônico, da assinatura digital, da certificação, das entidades certificadoras, e apenas uma pequena parte sobre comercio eletrônico e neste ponto, transfere ao próprio Código de Defesa do Consumidor regular a proteção. 6 São ao todo 24 projetos que versam, direta ou indiretamente sobre transações eletrônicas e seus principais requisitos de segurança. Alguns desses projetos são a PL n A/1993: define crimes praticados por meio de computadores relacionados à inviolabilidade de dados e informações, PL n 4.906/2001, que dispõe sobre o valor probante do documento eletrônico e da assinatura digital, regula a certificação digital e institui normas para as transações de comércio eletrônico. 7 Assim na falta de uma legislação especifica acerca do comercio eletrônico, utiliza-se o Código de Defesa do Consumidor, lei 8.078/90, que é um sistema aberto, um conjunto normativo flexível, composto por normas genéricas, suscetíveis de valoração e adaptação ao sistema fático. Seu âmbito de atuação vai além da relação contratual, pois cuida de situações pré e pós-contratuais 8. A proteção do consumidor pós-contratual será o foco do presente trabalho no tocante ao direito de arrependimento constante no art. 49 do diploma 9. Assim dispõe o art. 49 do CDC: O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 07 (sete) dias a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço, sempre que a contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente 6 LIMA, Eduardo Weiss Martins de Lima,op.cit.,p LIMA, Eduardo Weiss Martins de Lima., op.cit.,p 69 8 Código Brasileiro de Defesa do Consumidor comentado pelos autores do Anteprojeto.Forense, 2006, p.30 9 CANUT, Letícia. Proteção do Consumidor no Comercio Eletrônico. São Paulo: Juruá, 2007, p.8

4 por telefone ou a domicílio. Parágrafo único - Se o consumidor exercitar o direito de arrependimento previsto neste artigo, os valores eventualmente pagos, a qualquer título, durante o prazo de reflexão, serão devolvidos, de imediato, monetariamente atualizados. 10 Assim, percebe-se que a legislação brasileira protege o consumidor no tocante ao direito de arrependimento, uma vez que há possibilidade de desistência do contrato quando este realizado fora do estabelecimento comercial. Esta norma dar maior proteção aos consumidores que adquirem produtos e serviços fora do estabelecimento comercial do fornecedor, ou seja, seu alcance é mais restrito, pois parte do pressuposto que o consumidor de alguma forma sofre pressões por parte do vendedor para adquirir produtos ou serviços. Além disto, é a garantia para o consumidor que as relações sejam bemsucedidas, protegendo os consumidores de compras por impulso, ou efetuadas sob forte apelo publicitário e protegendo a própria declaração de vontade do consumidor, dando a oportunidade da mesma ser decidida e refletida com um pouco mais de cautela. O direito de arrependimento, também chamado direito de reflexão, existente com grandes semelhanças nos países da União Européia, sendo a França e Alemanha os pioneiros, e se dá pelo fato de que, o consumidor não analisou o produto para saber se este iria suprir suas expectativas e necessidades, tampouco testou o serviço, portanto sendo perfeitamente entendido que após este primeiro contato e análise, o consumidor queira desistir do negócio 11. O exercício do direito de arrependimento é irrestrito e incondicionado, pois independe da existência de qualquer motivo que o justifique, ou seja, no íntimo o consumidor pode até ter suas razões para desistir, mas elas não precisam ficar evidenciadas nem tampouco explicitadas. Procura-se estudar o direito de desistência, ou arrependimento do consumidor que contrata pela internet, ou seja, fora do estabelecimento comercial, porém com outro país, não abrangido pela nossa jurisdição. O tema resulta da contratação do consumidor no Brasil com empresa pertencente à União Européia. Em fazendo parte da Comunidade Européia, há uma 10 Código de Defesa do Consumidor Brasileiro art ALVES,Paulo Antonio.Implicações Jurídicas do Comercio Eletrônico no Brasil. Rio de Janeiro: Lumem Juris, p. 25

5 primazia do direito comunitário, portanto, faz se necessário à análise das normas comunitárias para conclusão do presente trabalho DIREITO COMUNITÁRIO A disciplina jurídica relativa à implementação do direito comunitário muitas vezes é colocada como ramo do direito internacional e os Tratados que as constituíram integrar-se-iam ao direito das Organizações Internacionais. Tendo em vista a dificuldade de enquadramento do direito comunitário com suas especificidades, sugere-se a sua colocação como um gênero novo, não passível de colocação nas disciplinas tradicionais. Assim, o Direito Comunitário se apresenta como um ordenamento autônomo, posto ser diferente tanto da ordem jurídica internacional, como da ordem jurídica dos Estados. Tal autonomia implica na não subordinação às leis constitucionais ou ordinárias dos Estados. 13 As características essênciais do direito comunitário apontada no livro de Paulo Borba Cassella, é de que por sua origem formal, integras o direito internacional público, resultante de Tratados internacionais, celebrados de modo tradicional, por sua natureza corresponde ao direito público interno, por seus fins, corresponde à concepção econômica e tem caráter transitório, propondo-se a orientar a unificação européia. 14 As normas comunitárias são integradas ao ordenamento jurídico dos Estados sem que sejam necessárias medidas nacionais de recepção, sendo, portanto aplicada pelos tribunais nacionais, já que o Tribunal de Comunidade dispõe apenas das competências específicas que lhe foram atribuídas. O Direito Comunitário poderia nota- ser definido como o ramo do direito cujo objeto é o de estudo dos Tratados constitutivos da União Européia, bem como a evolução jurídica resultante da regulamentação de caráter derivado, combinada com a aplicação jurisprudencial progressiva dos dispositivos desses mesmos Tratados. 12 GARCIA JÚNIOR, Armando Alvares. Lei Aplicável aos Contratos Internacionais. 2. Ed. São Paulo: Aduaneiras, 2006, p LOBO, Maria Teresa. Carcomo Ordenamento Jurídico Comunitário. Belo Horizonte: Del Rey, CASELLA Paulo Borba. União Européia: Instituições e Ordenamento Jurídico.São Paulo: LTR, 2002

6 Ao criar as Comunidades Européias, os Tratados de Roma instituíram no seu seio uma ordem jurídica própria, independente da dos Estado-membros, constituída por um complexo de normas hierarquizadas e coordenadas entre si. O Direito Comunitário possui como fundamento os Tratados constitutivos das Comunidades Européias, dos quais o mais importante é o Tratado de Roma de 1957, que instituiu a Comunidade Econômica Européia, com as alterações efetuadas desde então, sendo as mais recentes aquelas decorrentes do Tratado de Maastricht de O Direito Comunitário tem ainda como fundamento secundário, as normas provenientes dos órgãos de governo da Comunidade, no exercício de seus poderes executivo, legislativo e judiciário. O Direito Comunitário Europeu possui um Tribunal de Justiça da Comunidade Européia, que possui a finalidade de garantir a aplicação dos tratados, bem como as determinações dos órgãos que compõe a comunidade. O Tribunal de Justiça exerce grande influencia na integração européia, primeiro por possuir uma jurisdição constitucional, o que contribui para a manutenção do equilíbrio no plano institucional, em segundo plano por ser também um tribunal administrativo o que tem imposto respeito à legalidade comunitária, bem como tem também conseguido obrigar os Estados membros o cumprimento das determinações dos Tratados Comunitários, por fim age como tribunal cível e tribunal de trabalho. 5 RECONHECIMENTO DA PRIMAZIA DO DIREITO COMUNITÁRIO Primado do Direito comunitário sobre os Direitos nacionais decorre da transferência por parte dos Estados-Membros de certas parcelas de sua soberania em favor da Comunidade Européia. Esta característica do Direito Comunitário foi pela primeira vez realçada pelo Tribunal Europeu no caso Costa/ENEL e vem sendo reafirmada em uma série de novos julgados, inclusive em relação à primazia do Direito Comunitário sobre os Direitos Constitucionais nacionais

7 Salienta-se que os tratados europeus não determinaram o principio da primazia do direito comunitário. O principio foi primeiramente proclamado 1964 pelo Tribunal de Justiça Europeu no processo Costa-Enel de 15 de Julho de Neste processo, preparado em Milão,pretendia-se abordar a lei Italiana sobre a nacionalização da energia elétrica, e em que se denunciava que esta era antagônica com disposições do Tratado da Comunidade Européia. No entanto, o Juiz de Milão submeteu o processo ao Tribunal de Justiça das Comunidades Européias, baseado no Artº 234 do Tratado da Comunidade Européia que determinava que competiria ao tribunal de Justiça da CE decidir a título prejudicial sempre que uma questão desta natureza seja suscitada perante qualquer órgão jurisdicional de um Estado-Membro, esse órgão pode, se considerar que uma decisão sobre essa questão é necessária ao julgamento da causa, pedir ao Tribunal de Justiça que sobre ela se pronuncie, in verbis: Art. 234 O Tribunal de Justiça é competente para decidir, a titulo prejudicial: a) Sobre a interpretação do presente Tratado; b) Sobre a validade e a interpretação dos atos adotados pelas Instituições da Comunidade e pelo BCE; c) Sobre a interpretação dos estatutos dos organismos criados por ato do Conselho, desde que estes estatutos o prevejam Sempre que uma questão desta natureza seja suscitada perante qualquer órgão jurisdicional de um dos Estados Membros, esse órgão pode, se considerar que uma decisão sobre essa questão necessária ao julgamento da causa, pedir ao Tribunal de Justiça que sobre ela se pronuncie. Sempre que uma questão desta natureza seja suscitada em processo pendente perante um órgão jurisdicional nacional cujas decisões não sejam susceptíveis de recurso judicial previsto no direito interno, esse órgão é obrigado a submeter a questão ao Tribunal de Justiça. 18 O objeto do reenvio é o de obter da Corte a interpretação ou a apreciação da validade de uma norma comunitária, seja em relação aos atos adotados pelas instituições regulamentos, diretivas, decisões e pareceres, seja em relação aos acordos concluídos pela Comunidade. A decisão do Tribunal de Justiça das Comunidades Européias no caso Costa/ENEL é decisiva para fundamentar a primazia do Direito Comunitário. 17 idem 18

8 Consta no julgamento que o Tratado da CE institui uma ordem jurídica própria, integrada na ordem jurídica dos Estados-membros e que se impõe às suas jurisdições. E mais, que os Estados-membros, limitaram-se, embora em domínios restritos, os seus direitos soberanos e criaram, assim, um corpo de direito aplicável aos seus súbditos e a eles próprios. Aduz que: [ ] A força executiva do Direito Comunitário acrescenta o TJCE não poderia, com efeito, variar de Estado para Estado ao sabor das legislações internas ulteriores, sem por em perigo a realização das finalidades do Tratado [ ] ou provocar uma discriminação proibida pelo Artº7. 19 Logo, viu-se que a decisão do Tribunal de Justiça das Comunidades Européias não era apenas dirigida diretamente à ordem jurídica Italiana, mas a todos os Estados-membros. Assim, foi uma forma que o TJCE encontrou para se afirmar perante a Comunidade Européia e passar a mensagem de que prevalece sempre o Direito Comunitário. O segundo julgamento que serve de fundamento para a primazia do direito comunitário sobre o direito interno foi o Ac. Simmenthal de 9 de Março de 1978, no qual determina que é dever do juiz nacional desconsiderar qualquer fato eventualmente contrário a determinações comunitárias 20. Um Terceiro Acórdão foi o Ac. Internationale Handelsge-Sellschaft de 17 de Dezembro de 1970, em que o Tribunal enfrentou diretamente a questão da primazia do Direito Comunitário sobre a ordem constitucional interna, em relação ao tribunal alemão 21. Este Acórdão do Tribunal de Justiça das Comunidades Européias vem reafirmar o primado do Direito Comunitário sobre a ordem interna, declarando que: [ ] na verdade, ao direito resultante do tratado, emanado de uma fonte autônoma, não poderiam, em virtude da sua natureza, ser opostas em juízo regras do direito nacional, quaisquer que elas fossem, sob pena de perder o seu caráter comunitário e de ser posta em causa a base jurídica da própria Comunidade. 19 idem zhttp://

9 Mais recentemente, numa carta de 28 de Janeiro de 1997, a Comissão dos Assuntos Jurídicos e dos Direitos dos Cidadãos requereu autorização para elaborar um relatório sobre as relações entre o direito internacional público, o direito comunitário e o direito constitucional dos Estados-Membros. Deste relatório, surgiu uma resolução sobre as relações entre o direito internacional público, o direito comunitário e o direito constitucional dos Estados-Membros, a qual vem reafirmar a primazia do Direito Comunitário sobre o Direito dos Estados membros: 1 Salienta que o direito da União Europeia constitui uma ordem jurídica autónoma e recorda, a propósito, a jurisprudência do Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias relativa ao primado do direito comunitário sobre o direito nacional; 2 [...] 3 Recorda, por conseguinte, que, em virtude dessa autonomia, nenhuma disposição nacional poderá primar sobre o direito comunitário, sob pena de o mesmo perder o seu carácter e de se colocar em causa os próprios fundamentos da Comunidade; 4 Recorda que primado do direito comunitário significa, de acordo com a jurisprudência do Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias, a não aplicação do direito nacional contrário; 5 Salienta que todo o juiz nacional tem o dever de não aplicar qualquer acto jurídico nacional incompatível com o direito comunitário; 6 Salienta que o procedimento de decisão prejudicial, previsto no artigo do Tratado CE, assume uma importância relevante para a efectiva aplicação do primado do direito comunitário sobre o direito nacional e chama, em particular, a atenção para a jurisprudência CILFIT, que estabelece os critérios relativos à obrigatoriedade de consulta do TJCE por parte dos tribunais nacionais; 22 As normas comunitárias têm servido de suporte à prosperidade econômica e social do continente, além disso, traz imensos benefícios aos cidadãos. Assim, desde o início da segunda metade da década de 1990, os órgãos institucionais da U.E. (o Parlamente Europeu, o Conselho da União Européia e a Comissão Européia) têm trabalhado com o intuito de garantir incessantemente para trazer ao continente um marco regulatório supranacional no que tange ao um ambiente de segurança nas transações comerciais eletrônicas, por meio de regulamentos de proteção ao consumidor 23. Assim, a Comunidade Européia adota as diretivas do Parlamento Europeu e Conselho, os trabalhos comunitários a respeito começaram por volta do ano de DOC+XML+V0//PT 23 KLAUSNER, Direito do Consumidor no Mercosul e União Européia. São Paulo, Juruá, 2008,p.20.

10 1995, com os primeiros estudos publicados pela Comissão Européia. Já naquele ano foi aprovada a diretiva 95/46 CE sobre a privacidade dos dados pessoais e seu fluxo nas redes de computadores. Já em 1997 veio à lume a diretiva 97/7 CE sobre os contratos de consumo celebrados a distância, texto legal que pela primeira vez abordou as transações comerciais entre ausentes, notadamente aquelas celebradas pelo computador. Têm se ainda a Diretiva 2000/31/CE de , sobre o comércio eletrônico, em que visa a harmonizar as legislações dos Estados-Membros no que se refere ao comércio eletrônico, pois, segundo os padrões da U.E., os princípios de livre circulação de bens econômicos deveriam permanecer nas transações efetuadas pela rede mundial de computadores, a Internet. Merece destaque também a diretiva 93/13/CEE de , relativo á cláusulas abusivas e a comunicação da comissão (2007/C 40/01). 24 Ocorre que não há nenhuma diretiva acerca da proteção do consumidor no tocante ao direito de arrependimento. No entanto, atendendo aos objetivos do Parlamento Europeu que em 26 de maio de 1989, sob a coordenação do Prof. Giuseppe Gandolfi, foi produzido pela Accademia dei Giusprivatisti Europei, O Código Europeu dos Contratos, projeto preliminar, que ventilou a pesquisa para a redação de um código europeu privado 25. No Art 9, das tratativas com consumidores fora do estabelecimento comercial, determina-se que comerciante deve informar ao consumidor que conclui o contrato fora estabelecimento, e do seu direito de desistir do contrato, porém a proposta não apresenta o prazo para o arrependimento. Remete o consumidor as disposições comunitárias. 26 A Lei Portuguesa nº 29, de 22 de agosto de 1981 (Lei de Defesa do Consumidor) não dá ao consumidor o direito de arrepender-se quando a compra 24 Regulamento (CE) n.º 2006/2004, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 27 de Outubro de 2004, relativo à cooperação entre as autoridades nacionais responsáveis pela aplicação da legislação de defesa do consumidor. Comunicação da Comissão (2007/C 40/01) - nos termos do n.º 2 do artigo 5.º do Regulamento (CE) n.º 2006/2004 do Parlamento Europeu e do Conselho relativo à cooperação entre as autoridades nacionais responsáveis pela aplicação da legislação de defesa do consumidor às 8: Código Europeu dos Contratos, Accademia dei giusprivatisti europei. Academia tem sede empaiva, Itália, foi fundada em 1992 com objetivos de contribuir, por meio da investigação cientifica, para a unificação do direito privado na Europa. Seus membros fundadores são os Professores Alberto Trabucchi da Universidade de Padova, Franz Wieacker, da Universidade de Gottinga, André Tunc, da Universidade de Paris Panthéon- Sorbonne, Antonio Brancaccio, Primeiro Presidente da Corte de Cassação italiana(superior Tribunal de Justiça), José Luis de los Mozos, da Universidade de Valladolid, Peter Stein, da Universidade de Cambridge, e Giuseppe Gandolfi, da Universidade de Paiva. 26 Código Europeu dos Contratos, Accademia dei giusprivatisti europei, art. 9 e art.159.

11 consuma-se fora do estabelecimento do fornecedor. No seu art. 7º limita-se a dizer, a propósito de tal espécie de vendas, que: o consumidor tem direito à igualdade e à lealdade na contratação traduzidas nomeadamente: na inexigibilidade do pagamento de bens ou serviço e cujo fornecimento não tenha sido expressamente solicitado; no direito a ser indenizado pelos prejuízos que lhe tiverem sidos causados por bens ou serviços defeituosos, por assistência deficiente ou, geral, por violação do contrato de fornecimento. 27 Configurada qualquer uma das hipóteses aventadas no artigo sob análise, é o fornecedor obrigado a receber, de volta, o produto recebido e a devolver o que o consumidor lhe pagou. No Brasil, a possibilidade de arrepender-se da compra, conforme determina o art. 49 do CDC, garante ao consumidor tranqüilidade na transação comercial, posto que as publicidade no comércio eletrônico são bem elaboradas, deixando por vezes o usuário ofuscado e vulnerável a realizar uma compra sem necessidade. Ademais, não tem oportunidade de examinar o produto ou serviço, verificando suas qualidades e defeitos. Percebe-se a importância do estudo sobre o direito do consumidor eletrônico, pois sua hipossuficiência e os empecilhos diante da ausência de regulamentação da proteção dificultam a transação comercial 28. A regularização dessa atividade com leis específicas é indispensável para seu crescimento saudável. A criação de leis específicas dará segurança às empresas no sentido de que elas não sofrerão concorrências desleais de piratas da Net que não respeitam quaisquer direitos. 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS Assim, desde que haja uma relação intersubjetiva que integra um fornecedor, um consumidor, um bem e os serviços de consumo nas relações provenientes dos contratos eletrônicos, estará esta relação no âmbito de aplicação do Código de Defesa do Consumidor Lei Portuguesa nº 29, de 22 de agosto de 1981 (Lei de Defesa do Consumidor) 28 GARCIA JÚNIOR, Armando Alvares. Op.cit., p ALVES, Antonio Paulo, obra citada, p.73

12 Apesar de aparecer incontroversa concepção desse âmbito do Código de Defesa do Consumidor, representa um problema a questão do fornecedor estar domiciliado no estrangeiro, pois para uma corrente minoritária de acordo com o art. 9 da Lei de Introdução ao Código Civil, prevaleceria a lei estrangeira. Entretanto o Código de Defesa do Consumidor seria lei onde se funde disciplina de ordem pública, disciplinando especificamente as relações consumeristas. O Código de Defesa do Consumidor avoca, segundo as normas de hermenêutica, aquelas relações para o seu âmbito de aplicação. 30 No âmbito internacional existem leis que regulam as relações de consumo por meio eletrônico, no Brasil não há uma legislação especifica, utiliza-se subsidiariamente o Código de Defesa do Consumidor, por ser uma lei especifica para a relação de consumo, não necessariamente a eletrônica internacional. Em alguns países da Europa já possuem legislações acerca do comercio eletrônico e a proteção das partes envolvidas. A diretiva 97/7/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 20/05/97, trata da proteção dos consumidores em matéria de contratos à distância, visando-lhe assegurar o direito de rescisão. A Lei Modelo da UNCINTRAL procura unificar meios para a organização da relação de consumo pela internet, porém, não vislumbra a proteção ao consumidor. Assim, é importante o presente estudo tendo em vista a existência de mais de um sistema jurídico aplicável para a solução de eventual conflito entre as partes contratantes. ABSTRACT The article analyzes the consumer's right to regret the purchase is made through the internet from a supplier located in the European Union. KEYWORDS Right of the consumer. Electronic Commerce. International. Consumers. Brazil. European Union. Community law. European Community. REFERÊNCIAS ARIMA, Luís Eduardo Yatsuda. Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação stricto sensu em Direito da Universidade Católica de Brasília, tendo como orientador Professor Doutor Antônio Paulo Cachapuz de Medeiro. 30 ALVES, Antonio Paulo, obra citada, p.74

13 Brasília, BLUM, Rita Peixoto Ferreira. Direito do consumidor da internet. São Paulo: Quartier Latin, CANUT, Letícia. Proteção do consumidor no comércio eletrônico. São Paulo: Juruá. GARCIA JÚNIOR, Armando Alvares. Lei aplicável aos contratos internacionais. 2. Ed. São Paulo: Aduaneiras, KLAUSNER. Direito do consumidor no Mercosul e União Européia. São Paulo, Juruá, LIMA, Eduardo Weiss Martins de Lima. Proteção do consumidor brasileiro no comercio eletrônico internacional. São Paulo: Atlas, MEDEIROS, Antônio Paulo Cachapuz de. O poder de celebrar tratados: competência dos poderes constituídos para a celebração de tratados, à luz do direito internacional do direito comparado e do direito constitucional brasileiro. Porto Alegre: Sérgio Antônio Fabris Editor, PAESANI, Liliana Minardi. Direito e internet. 3. Ed. São Paulo: Atlas. São Paulo, Atlas P BRASIL. Código brasileiro de defesa do consumidor: comentado pelos autores do anteprojeto, Ada Pellegrini Grinover [et al.]. 7. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, Disponível em :< Acesso em: 31 out Disponível em: < Acesso em: 31 out Disponível em: < Acesso em 2 nov Disponível em : < ody=inta parlamento europeu. Acesso em: 2 nov Disponível em:

14 < inventario de todas as directivas européias>. Acesso em: 31 out

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