Normas e Critérios Gerais de Avaliação. Cursos Profissionais
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- Gabriel Henrique Clementino Garrido
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1 Normas e Critérios Gerais de Avaliação Cursos Profissionais O formador deve orientar toda a sua atividade didática no sentido de promover o sucesso educativo do formando através de planificações contextualizadas, estratégias e atividades motivadoras, privilegiando um ensino ligado à prática, uma relação empática com os formandos e a utilização de instrumentos de avaliação fiéis e válidos. Nos termos do disposto Decreto Lei nº 139/2012, de 5 de julho, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 91/2013, 10 de julho e pelo Decreto-Lei n.176/2014, de 12 de dezembro e na Portaria n.º 74-A, de 15 de fevereiro, com as alterações introduzidas pela portaria 59-C/2014, de 7 de março e pela portaria n.º165-b/2015, de 3 de junho, o Conselho Pedagógico definiu as seguintes normas e critérios de avaliação: 1- Caráter da avaliação A avaliação assume um caráter predominantemente formativo e contínuo, adequando-se à estrutura modular dos cursos profissionais. 2 - Finalidades da Avaliação A avaliação dos processos de aprendizagem e do desempenho dos formandos visa: a) Fornecer indicações ao formando acerca dos seus progressos, dificuldades e resultados de aprendizagem, em ordem a favorecer a reorientação do seu comportamento discente; b) Estimular o desenvolvimento global do formando na definição do seu projeto de vida pessoal e profissional; c) Certificar as capacidades, conhecimentos, competências, atitudes e comportamentos adquiridos; d) Fornecer indicações ao formador acerca da qualidade e eficácia dos processos de ensino-aprendizagem, em ordem a favorecer a sua melhor adequação aos objetivos do curso e às características dos formandos. 3 - Objeto da Avaliação A avaliação tem por objeto: a) O grau de consecução dos objetivos gerais do curso e das metas constantes dos programes de cada disciplina e do plano de formação em contexto de trabalho, nomeadamente no que respeita à aquisição dos conhecimentos e ao domínio das técnicas, bem como à sua aplicação a novas situações; b) O grau de desenvolvimento das competências identificadas no perfil de desempenho à saída do curso; c) O grau de desenvolvimento das seguintes competências transversais ao plano de estudos de todos os cursos: capacidade de comunicação, de iniciativa, de trabalho em equipa, de concretização de teorias e projetos, criatividade, inovação, organização e método. Página 1 de 6
2 d) As atitudes reveladas pelo formando, nomeadamente o empenhamento e o esforço, a autonomia, a responsabilidade, a solidariedade, o desejo de aprender, o espírito de abertura à mudança e à inovação e o respeito pelo direito à diferença A avaliação dos formandos tem em conta: a) As condições em que decorreu o processo de ensino-aprendizagem; b) A assiduidade e a pontualidade dos formandos. 4 Intervenientes 4.1- Intervêm na avaliação: os formandos, o formador, o conselho de formadores da turma, o diretor de turma, o diretor de curso, o formador orientador da formação em contexto de trabalho, o monitor designado pela entidade de acolhimento, os órgãos e estruturas de gestão e de coordenação pedagógica da escola, o encarregado de educação dos formandos menores, os representantes das associações empresariais, os representantes das associações profissionais e sindicais, personalidades de reconhecido mérito na área de formação profissional ou nos setores profissionais afins aos cursos; 4.2- O formando e o formador são intervenientes diretos na avaliação relativa aos módulos de cada disciplina; 4.3- O conselho de turma intervém na avaliação global do formando; 4.4- O diretor de turma mantém informação atualizada acerca do desempenho e da progressão do formando, fornece essa informação ao formando, aos pais e encarregados de educação e ao conselho de turma; estimula o formando e dinamiza a procura e a efetivação de estratégias e atividades conducentes à ultrapassagem de dificuldades e atrasos, participando também no Júri da prova de avaliação profissional (PAP); 4.5- Os departamentos curriculares intervêm na definição dos objetivos curriculares essenciais e dos critérios específicos de avaliação a aplicar nas disciplinas que os integram; 4.6- O diretor de curso participa no Júri da PAP e na definição dos critérios gerais e específicos de avaliação, sendo responsável pela sua adequação ao perfil de formação do curso respetivo; 4.7- Os representantes das associações empresariais, profissionais e sindicais participam nos júris da PAP; 5- Modalidades e momentos 5.1- A avaliação processa-se segundo as seguintes modalidades: - Avaliação diagnóstica - Avaliação formativa - Avaliação sumativa A avaliação de diagnóstico é da responsabilidade do formador e tem lugar no início de cada módulo, em ordem a averiguar o domínio pelo formando dos pré-requisitos para aprendizagem desse módulo A avaliação formativa tem lugar: a) De forma sistemática e contínua ao longo do processo de ensino aprendizagem, com a intervenção do formador e do formando. Página 2 de 6
3 b) Após o final de cada período letivo e orientada para a avaliação global do formando em reunião do conselho de turma A avaliação sumativa tem lugar: a) No final de cada módulo, com a participação do formador e do formando. b) No momento da conclusão de todos os módulos de uma disciplina e no final do curso, em reunião do conselho de turma. c) No final da formação em contexto de trabalho e no momento da realização da prova de aptidão profissional 6 Procedimentos da Avaliação Formativa 6.1 A avaliação formativa concretiza-se pela aplicação de instrumentos variados, adequados às aprendizagens a desenvolver e às metodologias de ensino utilizadas Das conclusões da avaliação formativa, sistemática e contínua, levada a cabo pelo formador ao longo do processo de ensino aprendizagem, será dado conhecimento oralmente ao formando pelo formador Caso desta avaliação resulte a constatação de grandes dificuldades do formando relativamente à aquisição de aprendizagens e ao desenvolvimento de competências, deve o formador fazer o diagnóstico da situação, identificando as carências e os obstáculos que a causam, com vista à planificação e implementação das estratégias e atividades mais adequadas à superação das dificuldades e problemas Da situação anteriormente descrita, deve o formador dar conhecimento ao respetivo diretor de turma Após o fim de cada período escolar são convocadas reuniões dos conselhos de turma destinadas a proceder a uma avaliação global da turma e de cada formando Esta avaliação exprime-se qualitativamente e a sua síntese ficará a constar da ata da reunião, no que respeita à situação global da turma, e na ficha individual do formando, no que se lhe refere especificamente. 6.7 Da informação relativa a cada formando deve constar: a) a descrição do seu perfil de evolução, com referência às capacidades de aquisição e aplicação de conhecimentos, de iniciativa, de comunicação, de trabalho em equipa, de organização, de articulação com o meio e de concretização de projetos; b) as principais dificuldades evidenciadas, com indicações relativas a atividades de remediação; c) a progressão registada em cada disciplina Destas reuniões resulta a definição de medidas que consubstanciem uma atuação concertada dos formadores em relação à turma e particularmente aos casos mais problemáticos, bem como a eventual reformulação das metodologias utilizadas, em ordem a favorecer a sua melhor adequação ao trajeto dos formandos. 7 Procedimentos de Avaliação Sumativa 7.1- A avaliação sumativa traduz-se na formulação de um juízo globalizante sobre as aprendizagens realizadas e as competências adquiridas pelo formando, processando-se, em cada disciplina, de acordo com os critérios específicos definidos pelo departamento curricular e aprovados pelo conselho pedagógico. Página 3 de 6
4 7.2- O formador deve diversificar os instrumentos de avaliação tendo em conta a especificidade de cada formando e as características da turma A avaliação sumativa de final de módulo deve ter em conta as competências e as atitudes referidas no ponto Com vista à formalização da avaliação sumativa de cada módulo, o formador promove a auto e heteroavaliação dos formandos A avaliação sumativa exprime-se na escala de 0 a 20 valores considerando-se aprovado em cada módulo o formando cuja classificação seja igual ou superior a 10 valores Apenas as classificações iguais ou superiores a 10 valores são objeto de registo em pauta Quando, em resultado da avaliação sumativa, a classificação do formando for inferior a 10 valores deve o formador elaborar e apresentar ao formando um plano de recuperação do qual constem as aprendizagens não realizadas, as metodologias de trabalho a usar e a modalidade da avaliação de recuperação a que será sujeito. 7.8-Antes de o formando ser sujeito a nova avaliação, compete ao formador, recorrendo ao processo de avaliação formativa, averiguar dos progressos feitos na aquisição das aprendizagens em falta. Esta averiguação precede a marcação da avaliação de recuperação Sempre que, pelo grande atraso verificado no acompanhamento do módulo, pela natureza das dificuldades evidenciadas pelo formando ou pela situação específica da turma, seja impossível ao formador orientar o formando no cumprimento das atividades de recuperação no espaço das aulas normais, devem realizar-se aulas extra para esse efeito, combinando formador e formando o respetivo dia e hora No decorrer do ano letivo será facultada aos formandos a possibilidade de realizarem uma avaliação de recuperação para cada módulo em atraso, devendo a mesma ter lugar no prazo de 20 dias úteis, em período letivo, exceto no último módulo de cada disciplina de cada ano letivo, em que o formando terá até cinco dias úteis, para este efeito, a seguir à conclusão do módulo em causa Os momentos de realização da avaliação de recuperação de cada módulo são negociados entre o formador e os formandos em causa, respeitando o prazo definido Uma vez acordado entre formador e formandos o momento de realização da avaliação de recuperação não deve haver lugar a adiamentos, exceto se for constatada a existência de motivos que verdadeiramente o justifiquem A avaliação de recuperação deve incidir apenas sobre os objetivos e conteúdos que o formando revelou não dominar aquando do primeiro momento de avaliação sumativa, podendo assumir formas diversas Os instrumentos de recolha de dados destinados à avaliação de recuperação são decididos pelo formador e deles deve ser dado conhecimento, antecipadamente, ao formando. Página 4 de 6
5 As informações recolhidas pelo formador no âmbito da avaliação de recuperação são conjugadas com os dados referentes à avaliação das aprendizagens em que o formando já tinha obtido sucesso, de acordo com o definido pelos critérios de avaliação da disciplina Os formandos que não concluam os módulos na oportunidade referida nas alíneas anteriores terão de recorrer à época de recuperação de módulos, em setembro No ano terminal do curso decorrerão ainda duas épocas especiais de recuperação de módulos, para efeitos de conclusão, em fevereiro e em julho As avaliações de recuperação a realizar nas épocas especiais são referenciadas à totalidade dos objetivos e conteúdos de cada módulo, sendo a natureza das provas, o tempo de duração e a respetiva matriz propostas pelo departamento curricular e aprovadas pelo conselho pedagógico As inscrições nas provas de recuperação da época especial de fevereiro decorrem até ao final da primeira semana de aulas do referido de janeiro As inscrições nas provas de recuperação da época especial de julho decorrem no prazo de dois dias úteis a contar da afixação das pautas do terceiro período As inscrições nas provas de recuperação a realizar em setembro decorrem no prazo de dois dias úteis a contar da afixação dos resultados da época de julho O calendário das provas a realizar na época de recuperação e as matrizes das mesmas são afixadas até quinze dias antes do início da época em causa A classificação obtida nas provas de recuperação realizadas nas épocas de fevereiro, julho e setembro corresponde à classificação do módulo em causa, sendo necessária a obtenção da classificação mínima de 10 valores para aprovação. O presente documento tem por base o disposto na legislação vigente: - Decreto Lei nº 139/2012, de 5 de julho, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 91/2013, 10 de julho e pelo Decreto-Lei n.176/2014, de 12 de dezembro. - Portaria n.º 74-A, de 15 de fevereiro, com as alterações introduzidas pela portaria 59-C/2014, de 7 de março e pela portaria n.º165-b/2015, de 3 de junho - Decreto - Lei nº 3/2008, de 7 de janeiro, alterado pela Lei n.º 21/2008, de 12 de maio. Aprovado, em reunião do conselho pedagógico, realizada no dia 29 de outubro de A Presidente do Conselho Pedagógico Maria Luísa Vieira Ribeiro da Maia Bandeirinha Página 5 de 6
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