PRINCIPAIS PONTOS VISITADOS

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1 PRINCIPAIS PONTOS VISITADOS BRASIL Parque Nacional Lagoa do Peixe/RS: uma grande planície costeira, recortada por lagoas de água salgada, forma um ambiente ideal para o santuário de aves migratórias do Círculo Polar Ártico. Considerado um dos mais importantes do hemisfério sul, que, na primavera (setembro), acolhe uma população de até 40 milhões de pássaros de diversas espécies. É interessante observar que, após este trecho, a BR 101 é de areia, também conhecida como Estrada do Inferno... URUGUAI Punta del Este: Balneário no litoral do Uruguai e o principal pólo turístico do país. Vários cassinos e excelente estrutura para milionários. Colônia: reconhecida pela UNESCO como Patrimônio cultural da humanidade, às margens do Rio de la Plata, a cidade ainda conserva restauradas, sua antiga muralha e a ponte levadiça, bem como suas ruas e construções datadas do ano de 1.680, com empedradas moradias, atualmente transformadas em museus, no centro histórico. ARGENTINA Buenos Aires é a grande metrópole e capital da Argentina, com mais de 10 milhões de habitantes (praticamente um terço do país), está situada junto ao Rio de la Plata. Fundada em por Pedro de Mendoza, foi a primeira cidade da região a atingir 1 milhão de habitantes. Com a chegada de milhares de imigrantes europeus, de Espanha, Itália, Alemanha no século XIX e início do século XX, a cidade cresceu rapidamente, tendo surgido bairros novos e pobres, como La Boca, onde os imigrantes viviam em condições precárias. Desta vida conturbada dos imigrantes e a interação social com os porteños (habitantes de Buenos Aires), nasceu o Tango, cujo mais famoso intérprete e compositor foi Carlos Gardel. Atualmente Buenos Aires é cosmopolita e sofisticada. O centro da cidade é dominado pelas avenidas e boulevards coloniais de grande amplitude como a Avenida 9 de Julho (considerada a mais larga do mundo com 120 metros de largura) e outras adjacentes. Na Avenida 9 de Julho, além de inúmeros cafés elegantes e esplanadas, situa-se o imponente Teatro Cólon de 1908 em estilo renascentista. No cruzamento com a Avenida Corrientes, existe um enorme obelisco com 67 metros de altura. A Plaza de Mayo é famosa por ali se situar a Casa Rosada, um bonito edifício renascentista que é a sede do governo da Argentina. Também nesta praça fica a Catedral Metropolitana de Buenos Aires, um edifício neoclássico do século XVIII onde estão os restos mortais do libertador General San Martín. Daí parte a Avenida de Mayo, com seus edifícios coloniais e, ao fim, chega-se à Plaza del

2 Congresso, onde fica o Palácio do Congresso argentino (o Parlamento), um imponente edifício de 1906 em estilo neoclássico com colunas coríntias e uma cúpula majestosa. Uma das ruas mais famosas do centro é a Cale Flórida, uma agitada rua peatonal com comércio intenso e animação de rua. No início da Avenida 9 de Julho fica o bairro do Retiro, onde se destaca a bonita estação ferroviária, a principal da cidade. Também perto do centro, descendo o Paseo Cólon, fica San Telmo, um bairro antigo, de ruas estreitas, pátios coloniais e um cheiro boêmio, traduzido nos melhores clubes de Tango de Buenos Aires, como o "El Viejo Almacén", considerado um dos templos do tango, com shows todas as noites. La Boca é um bairro popular que alberga ainda algumas classes baixas de Buenos Aires. O clube de futebol mais popular da cidade, o Boca Juniores, tem ali o seu estádio o pequeno La Bomboneira. Mas La Boca atrai os turistas devido ao Caminito, uma rua peatonal com as casas feitas de mantos de zinco pintados das mais alegres cores. Vendedores de artesanato, pintores e cantores/dançarinos de tango dão também um maior colorido àquela zona. Recoleta e Palermo são os dois bairros ricos de Buenos Aires, onde habitam as classes alta e média alta. Na Plaza Recoleta fica a igreja mais antiga da cidade, a Basílica Nuestra Señora del Pilar, construída por jesuítas em O Cemitério da Recoleta é alvo de peregrinações para visitar o túmulo de Eva Péron, a Evita querida dos argentinos. Puerto Madero é um conjunto de antigas docas do porto do Rio de la Plata, que foram transformadas em modernos restaurantes, cinemas e escritórios. Península Valdes: situada ao oeste da província argentina do Chubut, próxima à cidade balneária de Puerto Madryn, que está a 1371 Km ao sul de Buenos Aires. São 220 Km desde Puerto Madryn a Puerto Pirâmide, o único povoado da península, e mais 233 Km em estrada de rípio (cascalho) para fazer o circuito largo que contorna todo o parque passando pela Punta Norte, Caleta Valdés e Punta Delgada. A Reserva Integral Península Valdés, declarada patrimônio da humanidade pela UNESCO em 98, é um santuário com diversificada vida selvagem, composta principalmente por uma grande variedade de pássaros, baleias francas, orcas, lobos e elefantes marinhos, guanacos e ñandues (emas), zorros, peludos, etc. A vegetação é rala e espinhosa, própria de climas desérticos. Em sua área também se encontra o ponto mais baixo da América do Sul, Salinas Grandes, um grande lago de sal situado 40 metros abaixo do nível do mar, no coração desértico da península. Logo na entrada da reserva há um centro de interpretação. Dali pode-se fazer uma visita para a Isla de los Pájaros. Ao sul vale o passeio a Pinguinera de Punta Tombo, área natural protegida onde vivem quase um milhão de Pingüins de Magalhães e um dos poucos locais onde os visitantes podem circular livremente entre os animais. Monumento Natural Bosques Petrificados: localizado próximo à cidade de Puerto Deseado. Há 150 milhões de anos, o lugar era um bosque de araucária e outras vegetações que foram devoradas pelas lavas de vulcões e ficaram fossilizadas. As camadas de elementos externos aderidas desapareceram com a ação dos ventos e da

3 água, dando lugar a uma paisagem fantasmagórica de troncos petrificados com até 35m de altura e três metros de diâmetro. Impressionante e triste imaginar como uma floresta verde de araucárias gigantes e lindas pode ter se transformado em um grande deserto... Pq Nacional Monte Leon: trata-se de um parque novo, com colônias de Cormorões, Gaivotas, Pingüins e outras 20 espécies de aves costaneiras e marinhas, além de um grupo de lobos marinhos de 1 pelo. Na maré baixa, é possível visitar a gruta, que compõe um belo cenário fotográfico. Ushuaia. La Tierra del Fuego é um conjunto de ilhas, circunscritas entre canais e fiordes quase sempre margeados pelas altas montanhas do extremo sul da Cordilheira dos Andes. A capital da província é Ushuaia, a cidade mais austral e meridional do mundo ou o "fim do mundo", numa latitude de 54º S. Tem habitantes e é um dos principais centros urbanos de toda a Patagônia. Fica situada junto ao Canal de Beagle e em frente das Islas Navarino chilenas onde fica o Cabo Horn. Ushuaia é uma cidade visitada por viajantes de todo o mundo. Existe por isso também um conjunto de serviços e comércio disponíveis na cidade. Subindo para o Glaciar, pode-se apreciar a fantástica vista do Canal de Beagle e das montanhas em redor. Uma das atrações da cidade é o Museu do Fim do Mundo, onde funcionava um importante presídio. De Ushuaia saem inúmeros cruzeiros que exploram o Canal de Beagle e a Antártica... O Parque Nacional Tierra del Fuego fica 12 km a oeste de Ushuaia fazendo fronteira com o Chile. O Parque Nacional é um templo da natureza com montanhas, glaciares, rios, lagos e floresta. O seu limite ocidental é, de fato, o Canal Beagle e nessas encostas sobre o mar, alguns dos cenários mais bonitos avistam-se na Baía Ensenada e na Baía Lapataia. Com efeito, depois de cruzar a ponte sobre o Rio Lapataia, chega-se a uma interessante zona onde várias caminhadas podem ser feitas. El Calafate é uma pequena cidade de 6000 habitantes na Patagónia argentina. É a base para todas as excursões ao Parque Nacional los Glaciares, ou mais especificamente ao Glaciar Perito Moreno. Tem uma atmosfera cosmopolita devido aos visitantes de todo o mundo, mas também pelos serviços e comércio que são oferecidos no seu pequeno centro urbano, onde predominam as pequenas casas rústicas e a venda de artesanato. O Glaciar Perito Moreno está inserido no Parque Nacional los Glaciares (criado em 1937 com uma superfície de 6000 km2) e, como o Glaciar Grey no Chile, pertence aos 300 km de Campos de Hielo Sur (a maior extensão de gelos permanentes do mundo fora da Antártida). Este Glaciar é um dos raros glaciares em todo o mundo que está em avanço. Tem 70 m de altura sobre o Lago Argentino na parte mais alta. Um espetáculo único para se apreciar do mirador é a explosão do gelo e o desprender de blocos enormes que caem estrondosamente nas águas do lago, provocando um forte estrondo e formando icebergs. El Chaten, capital nacional do trekking, situada ainda dentro do Parque Nacional Los Glaciares, inclui o imponente maciço rochoso Fitz Roy (3.405m, nosso amigo...). Na

4 língua indígena tehuelche, Chaltén quer dizer "Fazedor de Nuvens" devido às difíceis condições climáticas que tem essa região localizada entre o desértico pampa e o gelo continental. Esse pequeno vilarejo sobrevive do turismo com uma pequena infraestrutura, abrigando todos os anos centenas de alpinistas e viajantes para desfrutar suas riquezas naturais. São bosques com lagoas verde-esmeralda beirando as íngremes agulhas de granito, que transmitem imponência e mistério. As duas cadeias - Basicamente dividem-se em duas cadeias montanhosas, a do Fitz Roy e a do Cerro Torre, separadas por um glaciar. Cada cadeia é formada por várias agulhas cujos pontos culminantes ultrapassam os 3 mil metros de altitude. O clima é instável, com ventos que podem atingir 130km/h. É interessante estar informado com relação à direção dos ventos, tipos de nuvens, temperatura e o controle da pressão atmosférica através de altímetros. As temperaturas não passam de quinze negativos no verão, em seus momentos mais frios. A Patagônia possui um dos piores climas de nosso planeta! Mas se tiver a sorte de estar por algumas horas pendurado em suas paredes, certamente será um dos momentos mais especiais e inesquecíveis de sua vida! Cueva de Las Manos, uma interessante galeria de arte rupestre. Próximo ao enorme povoado de Bajo Caracoles, a arte na pré-história e as primeiras formas de comunicação. O homem pré-histórico deixou gravado nas rochas seu cotidiano, seus desejos e medos, seus sonhos, o trabalho, acontecimentos importantes na aldeia, cenas de caça, dança a família, os elementos da natureza e os animais, numa expressão artística simples, mas cheia de significado. Nesta caverna encontram-se centenas de gravações de mãos além de ricas gravuras multicoloridas. Mais intrigante do que a técnica pictórica é a certeza de que nossos ancestrais das neves eram capazes de se adaptar a temperaturas abomináveis... Neste local, pode-se também apreciar a beleza natural do Vale do Rio Pinturas. Las Leñas Mendonza: Vem gente de todo canto passar uma semana na companhia de enólogos, visitando bodegas e, por supuesto, degustando tintos, das uvas Malbec, e brancos, da Sauvignon Blanc, os melhores da região. Quarta maior cidade da Argentina, Mendoza tem tudo que nós não temos para fazer um bom vinho: clima semelhante ao mediterrâneo, solo adequado, pouca chuva e a Cordilheira dos Andes como vizinha - o que torna o ar ainda mais seco. Além disso, serve como exemplo de como se tornar uma cidade bonita numa região árida. Mendoza fica quase em um deserto: os Andes não deixam atravessar nada que venha do Pacífico - a não ser os chilenos. A cidade inteira é regada pelo degelo das montanhas por um eficaz e centenário sistema de canais. Ruas arborizadas garantem o frescor e a sombra até nos dias mais tórridos. A água da cordilheira também alimenta os vinhedos. Alguns estão a 1400 metros de altitude, para aproveitar melhor o degelo que corre pela encosta. Sozinha, a Província de Mendoza responde por 70% da produção de vinhos argentinos. É o maior complexo vinícola da América Latina, apesar dos esforços chilenos. Calcula-se que existam cerca de 1200 bodegas em Mendoza, das quais 100 estão abertas ao público. É maravilhoso

5 poder degustar um bom bife de chorizo, na ótima companhia do melhor vinho argentino! CHILE Puerto Natales: cidade base para o acesso ao monumental Parque Nacional Torres del Paine, sem dúvida, um dos lugares mais bonitos que vimos... A estrada segue por uma bela planície. De repente, no meio de um terreno totalmente plano, surge a visão mais impressionante de todo o percurso. Nada mais do que um imenso maciço com picos de até metros de altitude... Surgidos no meio do nada, como se tivessem saído do centro da Terra naquele exato instante. A história conta que esta visão só foi possível quando, à milhares de anos, o degelo de uma crosta glacial com mais de metros de espessura desvendou, este, que é considerado o maciço rochoso mais novo do nosso planeta, o maciço Paine. O maciço Paine é especial, devido ao conjunto de montanhas distintas, sempre cobertas de neve, que o compõe: A primeira, Cuernos del Paine, possui picos retorcidos. A segunda e que batizou o lugar, Torres del Paine, tem a forma de três grandes dedos de granito, que emanam uma energia intrigante de magia e mistério. Por último as montanhas mais altas e ao mesmo tempo as que apresentam contornos mais normais, Paine Grande e Cerro Fortaleza, ambas com mais de metros de altitude. Parque Nacional Torres Del Paine possui hectares de área e, em 1978 foi declarado Reserva da Biosfera pela Unesco. O parque é extremamente bem organizado e possui mais de 250 km de trilhas demarcadas. As Torres aparecem abruptamente acima de um vale singular que abriga lagos incrivelmente azuis, rios, cachoeiras e cascatas, geleiras enormes, florestas impenetráveis e ainda espécies raras de plantas e animais. Carreteira Austral: além de um bom casaco para o frio, é preciso muita disposição, concentração e atenção para guiar horas seguidas em estrada de cascalho, estreita, que apesar de ser de mão dupla, só tem uma pista central para ambos os sentidos, passando bem pertinho de altos penhascos e ainda com um belo visual de tirar o fôlego para atrapalhar... Por tudo isso, são poucos os chilenos que ousam dirigir na Carretera Austral. A estrada avança, na vertical, ao longo dos 1350 quilômetros (apenas 200 deles asfaltados) na mais remota região do país. Iniciada em 1976, a estrada teve seu último trecho terminado apenas em O objetivo da complicada rodovia (só de explosivos foram necessárias 500 toneladas) era firmar a soberania nacional em um território pouquíssimo explorado, evitando que a vizinha Argentina crescesse os olhos para a região. Uma preocupação tipicamente militar, nota-se. O nome oficial da estrada, aliás, deixa isso bem claro: Camino Longetudinal Austral Presidente Augusto Pinochet Ugarte. A maior cordilheira do planeta, acompanha a estrada em paralelo, ao longo de todo o camino. A Carretera também leva o viajante a lagos de azul profundo, a fiordes de águas esmeraldas e a imponentes florestas de carvalho A região da Patagônia Chilena conta com 2000 lagos e 4800 rios. Só pra se ter uma idéia, a rodovia atravessa o Parque Nacional Queulat, com sua exuberante vegetação, lotada de

6 Brincos de Princesa, com bichões e beija-flores. E pra todo o lugar que se olha, água em abundância! Tem, inclusive uma geleira suspensa o Ventisqueiro. Sim, ela fica no alto, monumental, apoiada nas encostas de duas montanhas do Parque Nacional. O curioso é que, devido às mudanças na temperatura do planeta, a geleira vem derretendo pouco a pouco, formando uma ininterrupta cachoeira gelada. É interessante notar que existem regiões com milhares de árvores destruídas, mas por aqui, o desmatamento não é causado pela ação humana, mas sim pela própria natureza! Os estragos se devem à inesperada ação do Vulcão Hudson. No triste 13 de agosto de 2001, a violenta erupção cobriu parte da região com até 1 metro de cinzas. A escuridão causada pelo fenômeno rendeu aos nativos uma frase de efeito: "Foram três dias que foram noites". Nesse ponto do trajeto, o piso da Carretera Austral parece asfalto. Engano. Não passa de cinza compactada. Por aqui também tem muito lugar pra pescaria: a água é tão transparente e as trutas tão graúdas que dá para vê-las passando por baixo do barco. Há quem se dê por satisfeito e volte desse ponto para Puerto Montt. Quem faz essa opção é um motorista prudente. As principais atrações da Carretera Austral já terão sido percorridas. Problema: a partir desse trecho da Carretera a dicreta infra-estrutura que havia rareia de vez, a ponto de se tornar imprescindível levar no porta-malas suprimento de gasolina em galões. O agravante: os precipícios da estrada, à beira do Rio Bravo, são belíssimos - mas arrepiantes. Não dirija nesse trecho de noite por dinheiro nenhum. Tampouco se arrisque se houver chuva forte. O prêmio para a aventura, depois de novamente recorrer a uma balsa, será chegar à Vila O'Higgins. Sim, um outro vilarejo, só que a poucos quilômetros do mítico Campo de Gelo do Sul. Não haverá nenhum guia a quem dizer buenos- dias. Mas você terá chegado ao extremo da emoção de desbravar o continente. E também ao extremo da inesquecível Carretera Austral.