Alegre. Câmara Municipal. de Porto PROC. N. 5555/05 P.L.L. N. 261/05 EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

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Paula Mendes Álvaro
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1 EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS Breve Histórico da Paróquia São João Batista Levantamento de dados da realização da Festa do Padroeiro Dados coletados através do Livro Tombo e depoimentos Organização: Lucas Bernardes Volpatto As movimentações para a criação de uma comunidade religiosa começaram no ano de 1870, com as duas irmãs conhecidas como as irmãs fumaça, Clara e Felicidade Maria da Silva. A segunda doou o terreno e a primeira pediu autorização para o bispo. Juntaram esmolas para a construção de uma capela que foi concluída em Em 1916, um ano antes de começarem as festividades ao padroeiro, segundo o livro tombo manuscrito pelo primeiro padre da igreja, na época, Pe. Cleto Benvegnú, tornara-se capela. Um ano depois o Pe. Cleto Benvegú assume como Cura e em 1919 tornou-se paróquia, saindo do curato de São Pedro e de Nossa Senhora dos Navegantes e tendo sob jurisdição toda a zona norte. História do Templo: Em 21/02/1926 acontecia a missa inaugural da matriz de São João Batista. O templo idealizado pelo fundador da Paróquia Cônego Cleto Bevengnú teve sua pedra fundamental lançada em 14 de janeiro de 1923, mas mesmo após a inauguração só foi finalizada anos mais tarde. A Capela primitiva construída em 1871 que serviu a comunidade do último arrabalde ao norte da cidade resistiu à matriz servindo como sala de aula onde se ministrava catequese e as aulas nos primórdios do Ginásio Santa Terezinha até agosto de 1931 quando foi demolida. Atualmente a paróquia participa ativamente da evolução do bairro. A comunidade paroquial, além da dimensão religiosa e evangelizadora, continua dedicando-se ao social através de suas 32 pastorais, serviços e movimentos. A paróquia é sede da Diaconia, que leva o nome da co-padroeira, Nossa Senhora do Rosário. Realiza, anualmente, a tradicional novena de São João Batista e a procissão pelas ruas do bairro. * famosa casa que elaborou vitrais das principais igrejas, como a do Santíssimo e Santa Teresinha na José Bonifácio e são Pedro. Fontes: Álbum do cinqüentenário da Paróquia São João -Diário de Notícias, Folha da Tarde

A segunda doou o terreno e a primeira pediu autorização para o bispo. Juntaram esmolas para a construção de uma capela que foi concluída em 1874.

2 -2- Dados levantados referentes à Festa do Padroeiro Segundo pesquisas feitas em jornais, livro tombo e depoimentos de antigos paroquianos, dos quais pais e avós foram de importância para a consolidação da comunidade paroquial, a festa e a procissão de São João Batista sempre mobilizaram o bairro e atraiu fiéis de outros arrabaldes da cidade. Em 1917, a população do bairro, rudemente urbanizado, contava com 2680 habitantes, sendo católicos. Como era um bairro operário composto por vilas e de indústrias, logo cresceu chegando na década de 20 com 6000 habitantes, sempre contando com o apoio da paróquia que continuamente deu assistência a classe operária. : As festividades do padroeiro tiveram início logo após a posse do Cônego Cleto Benvegnú como cura da comunidade. Dia 24 de junho de 1917 a festa do padroeiro foi realizada com procissão pelas ruas do bairro. Sem festeiros e com a i- magem do padroeiro recém adquirida não havia mobilizado fieis além da freguesia de São João do Passo d Areia.

Em 1917, a população do bairro, rudemente urbanizado, contava com 2680 habitantes, sendo 2.500 católicos.

3 -3- Às margens da estrada do Passo d Areia, como era chamada a avenida Benjamin Constant, o templo acompanhou toda a evolução do bairro, de mesmo nome, viu as diligências serem trocadas pelos bondes e esses pelos ônibus, a pavimentação das ruas e a demolição dos casarões e serviu de abrigo aos desolados da enchente de 1941 que inundou a cidade e afetou em grandes proporções o bairro. A paróquia, desde o princípio, dedicou-se ao social: foi criada a Sociedade Caritativa São João que prestava serviços médicos e de amparo a população operária, fundou colégios como o atual La Salle São João (1928) e o extinto Ginásio para meninas Santa Terezinha (1931) e ainda hoje mantém uma escola de reforço para crianças carentes, a Escolinha São José Maria Escrivá. O templo eclético com tendência neo-românica possui planta em cruz, arcos, pilastras capelas, coro, belos vitrais da Casa Genta*, rosáceas e apesar de ter sofrido diversas alterações no seu belo interior que era composto por púlpito, três retábulos em madeira e afrescos nas paredes e nas abóbadas de aresta a igreja ainda se destaca como um dos templos católicos mais bonitos, um monumento para a Zona Norte. Sua torre se destaca imponente na paisagem do bairro com 32 m de altura podendo ser vista de diversas partes e é a mais alta obra em alvenaria do Bairro, serve como ponto de referência e determina o final da Av. Benjamin Constant e o início da Avenida Assis Brasil.

A paróquia, desde o princípio, dedicou-se ao social: foi criada a Sociedade Caritativa São João que prestava serviços médicos e de amparo a população operária, fundou colégios como o atual La Salle

4 -4- Nos anos que se seguiram, a festa de São João foi crescendo paralelamente ao progresso do bairro. Existem registros no livro Tombo que evidenciam bem a dedicação da comunidade a este evento de fé. Quando o tempo impossibilitava a realização da festa, principalmente a da procissão, adiava-se o evento mas nunca deixando de realizá-lo.

Existem registros no livro Tombo que evidenciam bem a dedicação da comunidade a este

5 -5- A festa de São João realizou-se anualmente até meados da década de 60*, não se sabendo qual foi o motivo que a fez cessar (dado ainda em pesquisa). A festa mobilizava o bairro: além das celebrações religiosas, com uma festa junina tradicional, fogos, sorteios e fogueira, com o tempo e com a eletricidade, até um parque infantil com roda gigante era implantado na praça que existiu em frente ao templo. No final da década de noventa é retomada a tradição da festa de São João Batista, após uma campanha que mobilizou fiéis para o restauro da imagem de 1926 que, após inúmeras reformas no interior do templo, havia sido esquecida. Foi mandado construir um andor com baldaquim e foi retomada com toda a pompa e tradição, digna de uma procissão. A Festa consistia, e permanece desse modo até hoje, em novena e procissão pelas ruas do bairro que terminava com uma missa campal, com festa junina realizada na esplanada do Shopping Bourbon Assis Brasil. A cada ano que se realiza a novena de São João Batista, mais adeptos foram surgindo, mobilizando um público de mais de 600 pessoas por missa durante as nove noites e chegando a quase 1000 na noite da procissão. Enfim, a festa do padroeiro de uma comunidade religiosa é a máxima expressão de fé, devoção e de amor pela comunidade. A Festa de São João Batista a- tualmente é uma das maiores festa religiosas da zona norte e é, com certeza, um grande ato de amor e patriotismo do bairro São João. *data que se supõe Fontes: Livro Tombo Fotos: Reproduções do Acervo da Paróquia - Lucas Volpatto

era implantado na praça que existiu em frente ao templo.

6 -6- FESTA DE SÃO JOÃO BATISTA Ato de Fé e patriotismo no Bairro São João Na certeza do mérito da iniciativa, rogamos o apoio dos nobres Pares para a sua aprovação. Sala das Sessões, 13 de setembro de VEREADOR PROFESSOR GARCIA /js

rogamos o apoio dos nobres Pares para a sua aprovação.

7 PROJETO DE LEI Inclui no Calendário de Eventos Oficiais a Festa de São João Batista, realizada pela Paróquia São João Batista, anualmente, no sábado mais próximo ao dia 24 de junho. Art. 1º Fica incluída no Calendário de Eventos Oficiais a Festa de São João Batista, realizada pela Paróquia São João Batista, anualmente, no sábado anterior ou posterior mais próximo ao dia 24 de junho. Art. 2º O Município colaborará na realização do evento, por meio de seus órgãos pertinentes, na medida de suas possibilidades. Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

1º Fica incluída no Calendário de Eventos Oficiais a Festa de São João Batista, realizada pela Paróquia São João Batista, anualmente, no

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