Curso Tecnológico de Redes de Computadores 5º período Disciplina: Tecnologia WEB Professor: José Maurício S. Pinheiro V
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1 Curso Tecnológico de Redes de Computadores 5º período Disciplina: Tecnologia WEB Professor: José Maurício S. Pinheiro V Aula 2 Computação em Nuvem Desafios e Oportunidades A Computação em Nuvem surgiu da necessidade de se compartilhar ferramentas computacionais pela interligação dos sistemas, utilizando-se a Internet como principal meio de comunicação. Assim, os computadores conectados a web podem obter os dados na nuvem, existindo a possibilidade de todo o processamento ocorrer no servidor virtual, sendo os pc s simples terminais burros, ou seja, máquinas sem processamento, servindo apenas para mostrar as requisições dos usuários. A computação em nuvem pode ser encarada como um serviço de provisionamento de recursos de computação (computadores e armazenamento) que permite um aumento na capacidade de escalar dinamicamente os serviços nas redes de computadores e efetuar o armazenamento de dados de forma simples e transparente. Entretanto, esse serviço ainda apresenta um custo em TI muito elevado para muitas corporações e aspectos como segurança, políticas de controle, espaço de armazenamento, além da necessidade de filtrar redundâncias e inconsistências, devem ser observados visando prover um ambiente que ofereça um melhor serviço, evitando a incidência de vulnerabilidades e ameaças ao conteúdo das informações. 1. O que temos na Nuvem? A computação em nuvem permite desenvolver, implementar e gerenciar aplicativos em um ambiente virtual. Podem-se encontrar diferentes produtos incorporados neste modelo. Tem-se o conhecimento do projeto Eucalyptus ( desenvolvido pela universidade da Califórnia e o Enomalism, ( o eyeos ( todos baseados em software livre. Estes projetos têm a finalidade puramente exploratória, onde pesquisadores trabalham diretamente na tecnologia em nuvem, algo difícil de fazer com tecnologias fechadas e proprietárias. Outro produto que merece destaque é o sistema Google docs, um recurso do Google que funciona como um HD virtual, que proporciona criar e compartilhar trabalhos online. Também podem ser encontrados serviços diversos como a disposição de espaços para armazenamento de dados, ferramentas administrativas e gerenciais, tradutores on-line, softwares para entretenimento e até mesmo serviços de Data Center, para armazenamento de dados corporativos. É a própria nuvem destinada como serviço Web.
2 2. A Nuvem de Código Aberto O volume de serviços disponíveis na Computação em Nuvem só será possível graças a uma estrutura aberta open source, ou seja, softwares com código aberto. Uma grande vantagem desta tecnologia é a facilidade de modificação, correção e adaptação do código aberto conforme a necessidade e demanda dos usuários do sistema. Esta tecnologia aberta já está sendo usada em várias implementações de computação em nuvem, barateando os custos operacionais e reduzindo a dependência dos provedores de serviços na nuvem. Entretanto, é possível encontrar sistemas proprietários, onde a utilização do mesmo se dará de acordo com os termos contratuais do fornecedor. 3. O perigo nas Nuvens Os problemas da computação em nuvem são claros, sendo privacidade e segurança dois dos mais importantes. A questão da privacidade pode ser corrigida com o uso de criptografia e certificados digitais na Internet. Assim, a computação em nuvem colherá benefícios de todas as tecnologias (como Secure Sockets Layer, ou SSL) que tornam segura a Web de hoje. Há, também, preocupações sobre como armazenar dados e proteger o tráfego das informações no interior da nuvem. O risco de pane é possível devido a vários fatores, algumas deles são: grande volume de tráfego e requisições simultâneas, inviabilizando o acesso ao sistema; aplicativos imaturos, sem consistência e com falhas de segurança, dentre outras. Surge então a necessidade de grandes investimentos em TI, visando a segurança para o controle do fluxo e armazenamento destes conteúdos, evitando brechas de segurança e controlando o acesso a pessoas mal intencionadas. 4. Infraestrutura Com a evolução do modelo de computação em nuvem, as redes de computadores terão máquinas com uma configuração de hardware e software reduzida: uma placa-mãe, processador, RAM e pouca quantidade de espaço na memória persistente, rodando apenas um sistema operacional e um browser conectado à internet. Outra vantagem proporcionada é o processamento realizado através de servidores virtuais, ocorrendo distribuição de dados em toda a nuvem. 5. Serviços Web O armazenamento e a computação em nuvem convertem recursos físicos (como processadores e armazenamento) em recursos com escalabilidade e compartilháveis pela Internet, ou seja, computação e
3 armazenamento "como serviço". Assim, a computação em nuvem dá aos seus usuários acesso a recursos de computação e armazenamento sem que precisem saber onde tais recursos estão ou como são configurados. Esta tendência na utilização da Web com o intuito de integrar aplicações através da computação em nuvem tem produzido um aumento no número de serviços publicados e padronizados, atualmente conhecidos por Serviços Web (Web Services). Um serviço Web é uma maneira de expor uma funcionalidade de um sistema de informação e torná-la disponível através de padrões das tecnologias Web. Devido à padronização dos serviços Web, pode-se ter uma maior interoperabilidade entre os sistemas. Em conseqüência, novos contratos e potenciais clientes podem fazer negócios utilizando serviços Web, através da Internet. Por outro lado, com o intuito de integrar satisfatoriamente uma variedade de aplicações, a tecnologia dos Serviços Web, via computação em nuvem, necessita lidar com determinadas características: composições de diferentes serviços, confiabilidade e segurança. Isto explica o grande interesse na pesquisa de serviços Web confiáveis Tecnologias Básicas A arquitetura SOA (Service Oriented Architecture) propõe uma estrutura para a criação e utilização dos serviços Web como demonstrado na Figura 1. Figura 1 - Arquitetura SOA Primeiro, o provedor desenvolve um serviço e publica-o em um repositório (passo 1). O solicitante (ou cliente) localiza o serviço neste repositório (passo 2) e faz uma chamada a este serviço diretamente no seu provedor (passo 3). Com o intuito de estruturar esta arquitetura, algumas tecnologias básicas foram desenvolvidas e são atualmente utilizadas na descrição, publicação e invocação dos serviços Web. As principais tecnologias utilizadas nos serviços Web são: XML, SOAP, WSDL e UDDI. XML (extended Markup Language) - é a base de todas as outras tecnologias. É um subconjunto da SGML (Standard Generalized Markup
4 Language) e assim como o HTML (HyperText Markup Language) é baseado em tag s. Através desta linguagem é possível separar os dados da sua apresentação utilizando XSL (extensible StyleSheet Language), assim como utilizar mecanismos para validar o XML através do DTD (Document Type Declarations) e do XML Schema. O XML Schema é recomendado pela W3C (World Wide Web Consortium) e é o mecanismo de validação utilizado nos serviços Web. SOAP (Simple Object Access Protocol) - é protocolo de comunicação padrão dos serviços Web. Sua principal característica é que ele está associado a um protocolo de comunicação de mais baixo nível, como o HTTP (HyperText Transfer Protocol). Por ser um protocolo muito simples, ele não apresenta diversas características presentes nos sistemas distribuídos, como controle de transações e segurança. Por outro lado, problemas no tráfego de informações através de firewall foram erradicados, visto que o SOAP pode trafegar, por exemplo, através do HTTP. Todas as informações submetidas do cliente para o servidor e vice-versa utilizam o formato XML. WSDL (Web Service Description Language) - os serviços Web precisam ser descritos para que aplicações se comuniquem umas com as outras através da Internet. A descrição dos serviços é feita através desse padrão. Assim, um documento WSDL representa uma interface externa de um serviço Web. Além da descrição do serviço Web, a WSDL contém a localização física do serviço Web. UDDI (Universal Description, Discovery and Integration) criado com o intuito de concentrar as publicações dos serviços Web em repositórios únicos. Neste sentido, o UDDI passou a ser o repositório oficial de serviços Web, onde provedores publicavam os seus serviços e clientes os localizavam. A falta de mecanismos semânticos não permitiu que o UDDI fosse amplamente utilizado comercialmente. 6. Conclusão Atualmente, muitas empresas utilizam os conceitos de computação em nuvem e serviços Web para divulgar serviços na Web, armazenar e processar dados, garantindo assim uma maior interoperabilidade com clientes e parceiros. Por outro lado, muitas características desejáveis dos sistemas distribuídos, tais como confiabilidade e segurança, ainda não foram incorporadas aos padrões dessas tecnologias. Apesar disto, existe uma tendência cada vez maior da utilização dos serviços Web baseados na computação em nuvem para diversas aplicações, inclusive aquelas de missão crítica. Neste contexto, pesquisas estão sendo desenvolvidas com o intuito de aumentar a confiabilidade tanto do modelo de computação em nuvem quanto das composições de serviços Web.
5 As tecnologias apresentadas fornecem o alicerce dos serviços Web e permitem que novas características sejam incorporadas, aumentando assim sua utilização comercial. Dentre as principais inovações tecnológicas relacionadas aos serviços Web encontra-se a Web Semântica.
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