Nº de fevereiro de 2012

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1 LEIA NO PANORAMA GERAL Nº de fevereiro de 212 É ano de cooperar LEIA NESTA EDIÇÃO Uva: Redução no volume colhido, mas alta qualidade na produção Aqui você encontra: Panorama geral Condições meteorológicas Grãos Hortigranjeiros Criações Análise dos preços semanais ater/rs-ascar Rua Botafogo, Porto Alegre/RS Fone: (1) Fax: (1) Elaboração: Gerência de Planejamento - GPL Núcleo de Informações, Análise e Planejamento - NIP Impresso na ater/rs Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte PANORAMA GERAL É ano de cooperar A Organização das Nações Unidas (ONU) estipulou 212 como o Ano Internacional do Cooperativismo, mais um indicativo da relevância desse modelo para a sociedade e para os cidadãos. O Rio Grande do Sul é pioneiro no Brasil nessa forma de organização, e conta hoje com cooperativas que abrangem os mais diferentes setores, desde a produção leiteira até a concessão de crédito, algumas das quais já são centenárias. A Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), através de seu Departamento de Cooperativismo, e a ater/rs-ascar, cientes da importância desse tema, iniciaram no último ano um ambicioso projeto de apoio às cooperativas. A iniciativa situa-se dentro de uma proposta mais ampla: o Programa Gaúcho de Cooperativismo Rural, fruto do debate do Grupo de Trabalho do Cooperativismo Rural do Rio Grande do Sul, criado pelo Decreto nº 47.96/211 com o intuito de qualificar as economias de base familiar e cooperativa. Entre o conjunto dos oito projetos que o compõe, destaca-se o Programa de Extensão Cooperativa, que, em nível estadual, é coordenado na ater/rs-ascar pelo colega Neimar Damian Peroni, e prevê a aplicação de uma metodologia de gestão inicialmente adotada pelo Programa de Extensão presarial, mas que foi adaptada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) para atender às particularidades das organizações rurais. Através da criação de cinco unidades, em diferentes pontos do Estado, as instituições apoiam a organização e a gestão, sobretudo, das pequenas e médias cooperativas. Os escritórios contam com profissionais multidisciplinares das áreas administrativa, sociológica, agronômica e contábil. O diagnóstico da situação atual já começou a ser aplicado em 18 cooperativas, e a meta é abranger 7 até o final de 212. Para dar andamento a esse trabalho, na próxima semana serão realizadas reuniões regionais com as cooperativas, seguindo o cronograma: dia 28 de fevereiro em Ijuí, 29 em Frederico Westphalen, dia 1º de março em Erechim e 2 em Santa Cruz do Sul. A opção da ater/rs-ascar e da SDR de contribuir para o assessoramento à gestão e para a organização das cooperativas faz parte de uma proposta de atuação para além da porteira da propriedade. Com isso, assumimos o desafio de apoiar integralmente a organização das cadeias produtivas. Gervásio Paulus Diretor técnico da ater/rs

2 BRASIL AMPLIA POTENCIAL DE COMÉRCIO COM A CHINA A China vai aumentar o número de frigoríficos brasileiros autorizados a vender carnes suína, bovina e de aves, com o comprometimento em finalizar o processo de habilitação de novos frigoríficos para essa exportação. Também se trabalha a ampliação das áreas autorizadas a exportar tabaco e milho. Essas articulações seguem na Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban), que é um mecanismo de negociação entre os dois países. Os governos querem se reforçar e estão prontos para resolver problemas relacionados à inspeção que impeçam o comércio bilateral de alimentos e produtos agrícolas. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) espera que 1 novos estabelecimentos de suínos sejam autorizados a exportar para a China ainda no primeiro semestre de 212. O serviço de inspeção veterinário chinês está analisando a documentação e vai decidir se aprova esses estabelecimentos com base nos relatórios de ações, o que deve ser concluído até junho de 212. A autoridade chinesa comprometeu-se, além disso, a acelerar a revisão de documentos para habilitação de mais nove estabelecimentos para exportar carne bovina àquele país. O governo do China também acolheu 47 questionários de estabelecimentos avícolas brasileiros, que estão em fase de verificação. Serão organizadas missões de inspeção a esses estabelecimentos de aves até o próximo mês de abril. Os requisitos fitossanitários para a exportação de folhas de tabaco para a China encaminham-se para a finalização da etapa de habilitação de Estados brasileiros. No que tange ao milho, o governo chinês vai enviar uma equipe de especialistas ao Brasil, em março próximo, para realizar visitas nas áreas de produção. Fonte Portal do Ministério de Desenvolvimento Agrário CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS NA SEMANA DE 16 a /212 Na última semana, uma forte massa de ar quente predominou no Estado. No período de 17 a 2 de fevereiro, a presença do ar quente e úmido fez com que fossem registradas temperaturas acima de 3ºC na maior parte das regiões. algumas áreas da Metade Oeste, as temperaturas ficaram em torno de 4ºC. Nessas condições, chuvas em forma de pancadas, típicas de verão, ocorreram em pontos isolados do Estado e temporais foram registrados em algumas localidades. Entre os dias 21 e 22 de fevereiro, a passagem de uma frente fria provocou chuva na maior parte do Estado. De forma geral, os volumes totais de chuva foram baixos. No entanto, nas regiões Noroeste e na região Metropolitana, em menos de 24h, foram registrados valores entre mm (Cruz Alta) e 79 mm (Porto Alegre). Os maiores volumes de chuva acumulados no período (17 a 23 de fevereiro) ocorreram nas estações do INMET de Porto Alegre (96 mm), Ibirubá (8 mm), Santana do Livramento (76 mm), Santa Rosa (61 mm), Cruz Alta (66 mm) e Uruguaiana (6 mm). PREVISÃO METEOROLÓGICA PARA SEMANA DE a 1/3/212 O deslocamento de áreas de instabilidade a partir do norte da Argentina e do Paraguai mantém o final de semana (2 e 26 de fevereiro) com muitas nuvens e chuva na maior parte do Estado. No sábado (2/2), há risco de ocorrência de temporais, rajadas de vento e eventual queda de granizo nas regiões do Alto Vale do Uruguai, do Planalto Médio, na Região Central e na Serra do Nordeste. No domingo (26/2), a previsão é de que a chuva persista nas regiões Norte e Nordeste. Ao longo desse dia, a chegada de massa de ar mais seco tende a diminuir a nebulosidade em praticamente todas regiões. Na segunda-feira (27/2), a presença do ar seco e frio garante o tempo firme. Durante a madrugada, a previsão é de temperaturas mais baixas (valores 2

3 inferiores a ºC na Campanha e na Serra do Sudeste). Na terça-feira (28/2), a chuva retorna, atingindo de forma isolada a região do Estado que faz fronteira com a Argentina. Na quarta-feira (29/2), a presença de áreas de instabilidade provoca chuva em todo Estado e novamente há possibilidade de ocorrência de temporais, rajadas de vento e eventual queda de granizo nas regiões Oeste e na Metade Norte. A previsão indica que a chuva deve persistir até quinta-feira (1/3). Como é possível observar no mapa, os volumes acumulados no período ( a 1/3) deverão ser maiores na Metade Norte e no Oeste. Nos regionais de Santa Rosa, Ijuí e em parte dos regionais de Santa Maria e de Passo Fundo, os volumes previstos serão superiores a 8 mm (máximo de 13 mm). Para o regional de Erechim, há previsão de volumes de chuva entre 6 e 8 mm, assim como para as regiões Central e da Serra do Nordeste. Na Metade Sul (regionais de Bagé e de Pelotas), os volumes de chuva previstos serão menores (abaixo de 3 mm) na maior parte das áreas e, na região que faz fronteira com o Uruguai, há previsão de volumes inferiores a mm. No período ( a 1/3), as temperaturas terão um padrão típico de outono: valores entre 16ºC e 2ºC na madrugada e em torno de 3ºC no período da tarde. atinge percentuais maiores, a produtividade média alcançada até o momento gira ao redor dos 6.7 kg/ha, ante uma expectativa inicial, para essa região, de 7. kg/ha. Já em Cacequi, na região Central, a colheita iniciou com uma produtividade menor (6.2kg/ha) e com uma qualidade de grãos baixa, na faixa de 4% de grãos inteiros, fruto da pouca disponibilidade de água para irrigação durante o ciclo. O desenvolvimento e a sanidade dessas lavouras são considerados normais. Nesse sentido, as últimas chuvas ocorridas nos últimos dias nas principais zonas de produção, localizadas principalmente na parte Centro-Sul do Estado, têm ajudado os rios e riachos a aumentar a disponibilidade de água para a irrigação, o que dá uma sobrevida às áreas que estavam sendo prejudicadas pela forte estiagem. atual RS - Arroz Plantio % % % % Germinação/Des. veget. % 18% 7% 12% Floração 3% 37% 22% 29% Enchimento de grãos 42% 34% 2% 29% Maduro e por colher 13% 8% 17% 13% Colhido % 3% 2% 3% Fonte: ater/rs-ascar termos de comercialização, o produto se manteve praticamente estável, com a cotação média da saca de kg variando apenas -,19% no período, ficando em R$ 26,6. Ar r oz - P r eço M édi o P ago ao P r odut or - R$ / saca kg 2 9, 3 3, 3 8 3, 2, 2 6, 6 2 6, 1 1 2, , R $ 2, 1,, Mês ger al O b s : S e ma n a A t u a l, S e ma n a A n t e r i o r e M ês A n t e r i o r : V a l o r N o mi n a l A n o A n t e r i o r e M éd i a s ( ) : C o r r i g i d a s I G P - D I Fonte: CEMETRS - Fepagro P r eço M édi o Ar r oz em 23 de f ever ei r o = R$ 26, 6 ( kg) GRÃOS Arroz - A cultura começa a entrar em fase de colheita com mais intensidade, alcançando, em termos estaduais, % do total da área, tendo ainda cerca de 13% já maduros e por colher. São Borja, Itaqui, Maçambará e Agudo, onde a colheita % V a r i a ção p e r c e n t u a l e m r e l a ção à , 3 3, 1 7 -, , 6-1 4, 2 2 anter i or M ês anter i or Ano anter i or M édi a ger al M édi a f ever ei r o 3

4 Feijão - Prosseguiu a colheita da 1ª safra de feijão no Estado, avançando e devendo estar finalizada no início do mês de março. As chuvas que voltaram a cair em boa parte das regiões produtoras não influirão no resultado da safra, pois restando apenas % da área a ser efetivada, e estando nas fases conclusivas, não mais afetará no rendimento final. Essas precipitações que melhoraram a capacidade de umidade do solo possibilitam, nas áreas mais prejudicadas com a estiagem, a semeadura da safrinha, que ainda não tem previsão de área definida. atual RS - Feijão 1ª safra Plantio % % % % Germinação/Des. veget. % % % % Floração % % % % Enchimento de grãos % 1% 3% % Maduro e por colher % 14% 6% 7% Colhido 9% 8% 91% 88% Fonte: ater/rs-ascar Os negócios mantêm-se aquecidos, com pequenos aumentos semanais. Nessa semana, a saca de 6 kg do feijão-preto teve seu preço médio no RS definido em R$ 86,, subindo mais 2,37% em relação à semana, mesmo assim, ficou 8,8% abaixo do valor médio para o mês de fevereiro. Fei j ão - P r eço M édi o P ago ao P r odut or - R$ / saca 6 kg Milho - Devido às condições adversas registradas ao longo do ciclo da cultura, com a deficiência hídrica se acentuando a partir de meados de novembro passado, há muita oscilação nos rendimentos alcançados nesta safra. O que foi semeado em agosto de 211 vem obtendo produtividades próximas a sacos/ha (6 mil kg) em algumas áreas. Naquilo que foi semeado após o mês de setembro, esses rendimentos baixam para 3,6 mil kg/ha, ou mesmo para 1,8 mil kg/ha, dependendo da área. termos estaduais, porém, a média vem se mantendo em torno dos 2,7 mil kg/ha. No momento, a área colhida representa 36% do total cultivado, existindo ainda 2% já maduros e por colher. atual RS - Milho Plantio % % 99% 99% Germinação/Des. veget. % 14% 16% 1% Floração % 13% 12% 12% Enchimento de grãos 24% 26% 27% 26% Maduro e por colher 2% 17% 18% 19% Colhido 36% 3% 27% 28% Fonte: ater/rs-ascar Mesmo com uma produção abaixo da expectativa, o grão não tem se alterado de maneira significativa em termos de preço., com poucos negócios devido aos feriados de carnaval, a cotação média teve ligeira baixa de,6% na saca de 6 kg, passando para R$ 26,73. R $, 9, 8, 7, 6,, 4, 3, 8 6, 8 4, 8 4, 6 3 Mês 7 4, 8 4 ger al 8 3, , 9 M i l ho - P r eço M édi o P ago ao P r odut or - R$ / saca 6kg 3, 2 6, , , 8 8 2, 1 3 2, 2, 8 2 1, 3 1 O b s : Se ma n a A t u a l, S e ma n a A n t e r i o r e M ês A n t e r i o r : V a l o r N o mi n a l R $ 2, A n o A n t e r i o r e M éd i a s ( ) : C o r r i g i d a s I G P - D I 1,, P r eço M édi o Fei j ão em 23 de f ever ei r o = R$ 86, ( 6kg) passada Mês Ano ger al f ever eir o O b s : O b s : S e ma n a A t u a l, Se ma n a A n t e r i o r e M ês 2 V ar i ação per cent ual em r el ação à... 1, 8 A n t e r i o r : V a l o r N o mi n a l A n o A n t e r i o r e M éd i a s ( ) : 1 % 2, 3 7 2, 2 1 3, ant erior - 8, 8 Mês ant erior Ano geral f evereiro 4

5 Fonte: ater/rs-ascar % 1 - P r eço M édi o M i l ho em 23 de f ever ei r o = R$ 26, 73 ( 6 kg) -, 6, 1 V ar i ação per cent ual em r el ação à... 6, , 1 2, 4 3 Mês Ano ger al f ever eir o uma semana de poucos negócios devido aos feriados, a saca de 6 kg teve pequena variação de +,6% no preço médio estadual, passando a custar R$ 43,7. Mês Ano geral fevereiro passada Soja - A falta de chuvas, a baixa umidade do solo e as altas temperaturas verificadas em boa parte do último período agravaram a situação de algumas lavouras, aumentando os danos e baixando a perspectiva de um rendimento satisfatório dessas lavouras. Júlio de Castilhos, por exemplo, a estimativa de perda ultrapassa os 4% em algumas áreas, sendo que em Tupanciretã esse percentual chega, em alguns casos, a 6% sobre o esperado inicialmente (algo como 2,7 mil kg/ha). A diversidade na qualidade das lavouras é uma tônica na presente safra. No mesmo município, há lavouras em bom estado e outras em precárias condições. De maneira geral, as plantas se encontram com porte baixo e reduzido número de vagens, o que pode comprometer os rendimentos no final. No momento, a maioria das lavouras encontra-se em fase de enchimento de grão, alcançando 6% do total e tendo, ainda, 3% em floração. Nesse sentido, o retorno das chuvas deverá ajudar o enchimento de grãos, porém, o que se visualiza na maioria das lavouras é a baixa fixação de flores e vagens. Mesmo onde as plantas cresceram devido às chuvas ocorridas no período entre novembro e fevereiro, o número de vagens é pequeno. Nesse cenário, os cultivares precoces foram os mais prejudicados. atual RS - Soja Plantio % % % % Germinação/Des. veget. % 12% 2% 6% Floração 3% 4% 3% 32% Enchimento de grãos 6% 48% 62% 61% Maduro e por colher % % 1% 1% Colhido % - -! "#$%" P r e ço M éd i o So j a e m 2 3 d e f e v e r e i r o = R $ 4 3, 7 ( 6 k g ), 6 1, 4 4-7, 8 9 HORTIGRANJEIROS Olerícolas V a r i a ção p e r c e n t u a l e m r e l a ção à... Alho - A semana foi mais um período favorável para a devida cura da produção que se encontra estocada nos galpões da região da Serra. O toalete, ou seja, o preparo dos bulbos para comercialização através do corte das raízes e da haste floral, a retirada de capas externas do bulbo e a classificação do mesmo, encontra-se em ritmo lento, em decorrência da concentração de esforços dos agricultores na colheita da safra da uva. Somente % da produção foram comercializados, sendo um reflexo da pífia valoração e do lento fluxo mercadológico. Os preços mantêm-se estagnados. Os valores médios estão em R$ 2,7/kg para os tipos (calibres) 6 e 7, em R$ 2, para o, em R$ 1,7 para o 4, em R$ 1,/kg para o calibre 3 e em R$,/kg para o tipo indústria. 4, 6 4 2, 4 Mês Ano ger al f ever eir o

6 Tomate - Essa cultura também foi beneficiada pelas condições do tempo na Serra gaúcha, restringindo a incidência de fitomoléstias e, consequentemente, as aplicações fitossanitárias. A safra do tarde com plantas na terceira florada está com bom desenvolvimento. Os preços sofreram pequenas oscilações: as variedades Longa Vida estão sendo comercializadas a R$ 12,, a variedade Saladete, a R$ 2,, e a variedade Gaúcho, a R$ 3, (valores para a caixa de 2 kg). Frutícolas Caqui - O início da colheita da safra foi através da variedade Chocolatinho, cultivada nos locais de clima mais quente, ou seja, nos vales dos maiores rios da Serra, Caí e Antas. razão da estiagem, as plantas apresentam-se com débeis carregadores (brotos produtivos) e frutos de calibre reduzido. A maturação também ocorre de forma antecipada e, principalmente, com totalidade de frutas ao mesmo tempo. Porém, a doçura das mesmas está bastante elevada. O preço médio percebido na propriedade foi estabelecido em R$ 1,2/kg. Uva - O período está bastante favorável para a complementação da maturação e da colheita da safra, atingindo seu apogeu. A variedade Bordô está em fase de conclusão e a Isabella (Isabel) está no auge do recolhimento. As plantas apresentam ótima sanidade, ressentindo-se pela escassa umidade do solo. contrapartida, o quadro climático é favorável para a manutenção da sanidade das bagas e concentração de açúcar e outros componentes para o fabrico de derivados de alta qualidade. O setor prevê redução em 1% no volume da produção, comparativamente à safra, em decorrência do granizo de dezembro e da atual estiagem, podendo alcançar cerca de 6. t. CRIAÇÕES Forrageiras - Os campos nativos, com as últimas chuvas, melhoraram sensivelmente a rebrota e, em consequência, a qualidade, mas ainda com baixa disponibilidade de massa verde. As pastagens cultivadas de verão, tanto a anual como as perenes, tiveram um melhor desenvolvimento, aumentando sua capacidade de suporte e qualidade. As pastagens continuam em recuperação após as chuvas, mesmo que esparsas da última semana. Bovinocultura de corte - O rebanho encontra-se em condições satisfatórias, embora os campos nativos estejam com um desenvolvimento vegetativo muito pequeno. algumas regiões, percebe-se que a irregularidade das chuvas prejudica as pastagens, o que já vem ocasionando perda de peso nos animais em algumas situações. As condições sanitárias são boas na maioria dos casos, mas permanecem os cuidados com a verminose e com o controle do carrapato e da mosca do chifre, que têm aumentado sua incidência. O período é de pouca comercialização e o preço está estável. Bovinocultura de leite - Com as últimas chuvas e a melhora da disponibilidade de pasto e, em consequência, das condições nutricionais do rebanho, espera-se uma reversão na queda da produção ocorrida nos últimos meses e que chegou, em alguns casos, até 6%. As prefeituras estão começando a colocar em prática seus programas de pastagens de inverno, ou seja, estão aceitando as inscrições dos produtores para fazerem suas reservas de sementes, além de organizarem o calendário de utilização das patrulhas mecanizadas. Enquanto isso, os produtores continuam o fornecimento de ração, o que ocasiona um aumento de custo de produção. Os preços do leite continuam sem alterações significativas apesar da situação, com o preço médio do litro estável em R$,7. Todavia, a queda na produção tem pressionado os preços para cima em alguns municípios como, por exemplo, Agudo (R$,91) e Toropi, (R$,8). Ovinocultura - As condições nutricionais do rebanho são boas, apesar da deficiência na capacidade de suporte das pastagens. Apesar da incidência de verminose e também de ataques de ectoparasitas, o estado geral do rebanho é considerado bom. A comercialização apresenta tendência de diminuição devido à falta de oferta de cordeiros para abate, além da diminuição na procura após os festejos de fim de ano, o que derrubou o preço do cordeiro na maioria das regiões produtoras. A maioria do rebanho já foi esquilado, sendo que na Fronteira Oeste e na Campanha já está se iniciando o período de encarneiramento das fêmeas. 6

7 PRODUTOS ANÁLISE DOS PREÇOS SEMANAIS RECEBIDOS PELOS PRODUTORES UNIDADE SEMANA ATUAL 23.FEV.12 SEMANA ANTERIOR 16.FEV.12 MÊS ANTERIOR 26.JAN.12 ANO ANTERIOR MÉDIAS DOS VALORES DA SÉRIE HISTÓRICA FEV.11 GERAL FEVEREIRO ARROZ kg 26,6 26,11 2,26 23, 29,3 3,38 FEIJÃO 6 kg 86, 84, 84,63 74,84 83,19 94,9 MILHO 6 kg 26,73 26,88 26,69 2,13 2,8 21,31 SOJA 6 kg 43,7 42,83 42,46 46,76 41,16 42,4 SORGO 6 kg 2,97 2,73 21,27 19,23 17,12 17,24 TRIGO 6 kg 23,86 23,7 23,67 2,7 27,6 27,23 BOI kg v 3,2 3,21 3,24 3,39 2,71 2,61 VACA kg v 2,92 2,91 2,94 2,99 2,43 2,3 SUÍNO kg v 2,21 2,22 2,21 2,42 2,34 2,3 CORDEIRO kg v 3,61 3,66 3,83 3,9 2,68 2,68 LEITE litro,7,7,69,67,9,6 P e r í o d o 2/2-24/2 13/2-17/2 23/1-27/1 21/2-2/2 - - Fonte dos dados/elaboração: ater/rs-ascar. Índice de correção: IGP-DI (FGV). NOTA: atual, e Mês são preços correntes. Ano e s dos valores da série histórica são valores corrigidos. geral é a média dos preços mensais do quinquênio 26-2 corrigidos. A última coluna é a média, para o mês indicado, dos preços mensais corrigidos, da série histórica OBS.: 1) Bovinos e ovinos com prazo de pagamento de 2 e 3 dias. 2) Leite: preço bruto. 3) SI indica Sem informação. ST indica Sem transação.