Boletim. Federal. Manual de Procedimentos. IPI - Conceitos e definições para. Para efeito de cumprimento das obrigações tributárias,
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- Talita Godoi Capistrano
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1 Boletim Manual de Procedimentos Federal IPI - Conceitos e definições para efeito de cumprimento das obrigações tributárias 1. INTRODUÇÃO Para efeito de cumprimento das obrigações tributárias, o contribuinte deve conhecer, além das normas operacionais, os principais conceitos e definições previstos no Regulamento do IPI, aprovado pelo Decreto n o 4.544/2002, os quais serão examinados neste texto. Por outro lado, a referência a estabelecimento comercial atacadista não alcança os estabelecimentos comerciais equiparados a industrial. (RIPI/2002, art. 518, II a V) 4. SEÇÃO A expressão seção, quando relacionada com o estabelecimento, diz respeito à parte ou dependência interna dele. (RIPI/2002, art. 518, VI) 2. FIRMA E EMPRESA As expressões firma e empresa, quando empregadas no sentido geral, compreendem as firmas em nome individual (atualmente empresário) e todos os tipos de sociedades, quer sob razão social, quer sob designação ou denominação particular. (RIPI/2002, art. 518, I) 3. FÁBRICA, FABRICANTE E ESTABELECIMENTO As expressões fábrica e fabricante são equivalentes a estabelecimento industrial. A expressão estabelecimento, em sua delimitação, refere-se ao prédio onde são exercidas as atividades geradoras de obrigações, nele compreendidos, unicamente, as dependências internas, os galpões e as áreas contínuas muradas, cercadas ou por outra forma isoladas, em que, normalmente, sejam executadas operações industriais, comerciais ou de outra natureza. Note-se que são considerados autônomos, para efeito de cumprimento das obrigações tributárias, os estabelecimentos, ainda que pertencentes a uma mesma pessoa física ou jurídica. 5. DEPÓSITO FECHADO Considera-se depósito fechado aquele onde não são realizadas vendas, mas apenas entregas por conta e ordem do depositante dos produtos Considera-se depósito fechado aquele onde não são realizadas vendas, mas apenas entregas por conta e ordem do depositante dos produtos. Considera-se, ainda, depósito fechado a área externa, delimitada, de estabelecimento fabricante de veículos automotores. Assim, não há como chamar de depósito fechado o recinto onde se realizam exposições, ainda que nele não sejam efetuadas vendas, tendo em vista que a expressão depósito fechado já indica a atividade exclusiva desse local (guarda de produtos). Não são incluídos, ainda, no conceito de depósito fechado os depósitos situados dentro do estabelecimento industrial, os quais, nesse caso, assumem a função pura e simples de seção, como referido no item 4. É necessário esclarecer que a empresa com mais de um estabelecimento poderá pretender transformar parte de um deles em depósito fechado, o que, em face da legislação, nada obsta, desde que dele resulte: Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/ Fascículo 33 PA 1
2 a) perfeito isolamento do local do depósito em relação ao estabelecimento do qual foi desmembrado; b) entrada própria; c) ausência de qualquer comunicação com o estabelecimento principal; d) configuração de depósito como estabelecimento autônomo, com inscrição própria no CNPJ. (RIPI/2002, art. 518, VII e VIII; Parecer Normativo CST n o 78/1973) 6. BENS DE PRODUÇÃO Consideram-se bens de produção: a) as matérias-primas; b) os produtos intermediários, inclusive aqueles que, embora não integrem o produto final, sejam consumidos ou utilizados no processo industrial; c) os produtos destinados a embalagem e acondicionamento; d) as ferramentas empregadas no processo industrial, excetuadas as manuais; e) as máquinas, os instrumentos, os aparelhos e os equipamentos (inclusive suas peças, partes e outros componentes) que se destinem ao emprego no processo industrial. (RIPI/2002, art. 519) 7. COMERCIANTE AUTÔNOMO Considera-se comerciante autônomo, ambulante ou não, a pessoa física, ainda que com firma individual (atualmente empresário), que habitualmente pratique atos de comércio, com o fim de lucro, em seu próprio nome, na revenda direta a consumidor, mediante oferta domiciliar, dos produtos que conduzir ou oferecer por meio de mostruário ou catálogo. (RIPI/2002, art. 521) 8. PRODUTO INDUSTRIALIZADO Considera-se produto industrializado aquele resultante de qualquer operação definida na legislação do IPI como industrialização, ainda que incompleta, parcial ou intermediária. (RIPI/2002, art. 3 o ) 9. INDUSTRIALIZAÇÃO Para efeito de aplicação do conceito mencionado no item anterior, considera-se industrialização qualquer operação que modifique a natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto ou, ainda, o aperfeiçoe para consumo. Caracteriza-se como industrialização a operação: a) que, exercida sobre matérias-primas ou produtos intermediários, importe na obtenção de espécie nova (transformação); b) que importe em modificar, aperfeiçoar ou, de qualquer forma, alterar o funcionamento, a utilização, o acabamento ou a aparência do produto (beneficiamento); c) que consista na reunião de produtos, peças ou partes e de que resulte um novo produto ou unidade autônoma, ainda que sob a mesma classificação fiscal (montagem); d) que importe em alterar a apresentação do produto pela colocação de embalagem, ainda que em substituição da original, salvo quando a embalagem colocada se destine apenas ao transporte da mercadoria (acondicionamento ou reacondicionamento); ou e) que, exercida sobre produto usado ou parte remanescente de produto deteriorado ou inutilizado, renove ou restaure o produto para utilização (renovação ou recondicionamento). São irrelevantes para caracterizar a operação como industrialização o processo utilizado para obtenção do produto, a localização e as condições das instalações ou dos equipamentos empregados. (RIPI/2002, art. 4 o ) 10. EMBALAGENS DE TRANSPORTE E APRESENTAÇÃO Quando a incidência do IPI estiver condicionada à forma da embalagem do produto, deverá ser entendida como embalagem de transporte aquela que atenda exclusivamente a esse fim e: a) seja feita em caixas, caixotes, engradados, barricas, latas, tambores, sacos, embrulhos e semelhantes, sem acabamento e rotulagem de função promocional; b) não objetive valorizar o produto em razão da qualidade do material nela empregado, da perfeição do seu acabamento ou da sua utilidade adicional; e 2 PA Manual de Procedimentos - Ago/ Fascículo 33 - Boletim IOB
3 c) tenha capacidade acima de 20 kg ou superior àquela em que o produto é comumente vendido, no varejo, aos consumidores. Embalagem de apresentação é aquela que não apresentar as características descritas como embalagem para transporte, não se caracterizando como tal aquela em que a natureza do acondicionamento e as características do rótulo atendam, apenas, a exigências técnicas ou outras constantes de leis e atos administrativos. (RIPI/2002, art. 6 o, 1 o e 2 o ) 11. PRODUTO ARTESANAL É considerado produto artesanal o que resultar do trabalho manual realizado por pessoa natural sem o auxílio ou a participação de terceiros assalariados e for vendido a consumidor diretamente ou por entidade da qual o artesão faça parte ou seja assistido por ela. Observe-se que, em alguns casos, se admite chamar de artesanais certas obras, mesmo que haja intervenção parcial de alguma máquina. Por outro lado, mesmo quando esse processo for repetido em numerosos exemplares, dificilmente se obterá absoluta identidade em todos eles, ao contrário do produto industrializado, em que uma eventual diferença constitui defeito de fabricação. (RIPI/2002, art. 7 o, I; Parecer Normativo CST n o 94/1977) 12. OFICINA Para que a operação realizada em oficina seja excluída do conceito de industrialização, a oficina deve ser entendida como o estabelecimento que empregue, no máximo, 5 operários, não disponha de capacidade superior a 5 quilowatts, caso utilize força motriz, e no qual o trabalho preponderante seja aquele que contribuir para o preparo do produto (para formação de seu valor) a título de mão de obra, no mínimo, com 60%. Observe-se que são oficinas somente os estabelecimentos onde se realizam habitual e profissionalmente operações industriais, com as instalações relativamente reduzidas. Tendo em vista, ainda, o princípio da autonomia dos estabelecimentos, não se enquadram no conceito de oficina os departamentos ou as seções de estabelecimento industrial, ainda que, isoladamente, satisfaçam as condições exigidas. (RIPI/2002, art. 7 o, II; Parecer Normativo CST n o 142/1975) 13. RELAÇÃO DE INTERDEPENDÊNCIA ENTRE EMPRESAS São consideradas interdependentes duas firmas: a) quando uma delas tiver participação na outra de 15% ou mais do capital social, por si, seus sócios ou acionistas, bem como por intermédio de parentes destes até o segundo grau e respectivos cônjuges, se a participação societária for de pessoa física; b) quando uma mesma pessoa fizer parte de ambas na qualidade de diretor ou sócio com funções de gerência, ainda que exercidas sob outra denominação; c) quando uma tiver vendido ou consignado à outra, no ano anterior, mais de 20%, no caso de distribuição com exclusividade em determinada área do território nacional, e mais de 50%, nos demais casos, do volume das vendas dos produtos tributados, de sua fabricação ou importação; d) quando uma delas, por qualquer forma ou título, for a única adquirente de um ou de mais de um dos produtos industrializados ou importados pela outra, ainda quando a exclusividade se refira a padronagem, marca ou tipo do produto; ou e) quando uma vender à outra, mediante contrato de participação ou ajuste semelhante, produto tributado que tenha fabricado ou importado. Não caracteriza a interdependência referida nas letras c e d a venda de matérias-primas e produtos intermediários destinados exclusivamente à industrialização de produtos do comprador. (RIPI/2002, art. 520) 14. ESTABELECIMENTO INDUSTRIAL Estabelecimento industrial é o que executa qualquer uma das operações de industrialização referidas no item 9, de que resulte produto tributado, ainda que de alíquota 0% ou isento. (RIPI/2002, art. 8 o ) 15. ESTABELECIMENTOS ATACADISTAS E VAREJISTAS Para efeito de aplicação da legislação do IPI, considera-se: a) estabelecimento comercial atacadista o que efetuar vendas: a.1) de bens de produção, exceto a particulares, em quantidade que não exceda a normalmente destinada ao seu próprio uso; Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/ Fascículo 33 PA 3
4 a.2) de bens de consumo em quantidade superior àquela normalmente destinada a uso próprio do adquirente; a.3) a revendedores; e b) estabelecimento comercial varejista o que efetuar vendas diretas a consumidor, ainda que realize vendas por atacado esporadicamente, considerando-se esporádicas as vendas por atacado quando, no mesmo semestre civil, o seu valor não exceder a 20% do total das vendas realizadas. (RIPI/2002, art. 14) 16. SUJEITO PASSIVO Sujeito passivo da obrigação tributária principal é a pessoa obrigada ao pagamento do imposto ou da penalidade pecuniária, considerando-se: a) contribuinte quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador; e b) responsável quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de expressa disposição de lei. Sujeito passivo da obrigação tributária acessória é a pessoa obrigada às prestações que constituam o seu objeto. (RIPI/2002, arts. 21 e 22) 17. CAPACIDADE TRIBUTÁRIA A capacidade jurídica para ser sujeito passivo da obrigação tributária decorre exclusivamente do fato de se encontrar a pessoa nas condições previstas em lei, no RIPI/2002 ou nos atos administrativos de caráter normativo destinados a completá-lo, como dando lugar à referida obrigação. (RIPI/2002, art. 30) 18. REINCIDÊNCIA Caracteriza reincidência específica a prática de nova infração de um mesmo dispositivo, ou de disposição idêntica da legislação do imposto, ou de normas contidas em um mesmo capítulo do RIPI/2002, por uma mesma pessoa ou pelo sucessor dentro de 5 anos da data em que houver passado em julgado, administrativamente, a decisão condenatória referente à infração anterior. (RIPI/2002, art. 479) 19. SONEGAÇÃO Sonegação é toda ação ou omissão dolosa tendente a impedir ou retardar, total ou parcialmente, o conhecimento por parte da autoridade fazendária: a) da ocorrência do fato gerador da obrigação tributária principal, sua natureza ou circunstâncias materiais; e b) das condições pessoais do contribuinte, suscetíveis de afetar a obrigação tributária principal ou o crédito tributário correspondente. (RIPI/2002, art. 480) 20. FRAUDE Fraude é toda ação ou omissão dolosa tendente a impedir ou retardar, total ou parcialmente, a ocorrência do fato gerador da obrigação tributária principal ou a excluir ou modificar as suas características essenciais, com o intuito de reduzir o montante do imposto devido e evitar ou diferir o seu pagamento. (RIPI/2002, art. 481) 21. CONLUIO Conluio é o ajuste doloso entre duas ou mais pessoas, naturais ou jurídicas, que visa a qualquer dos efeitos da sonegação e da fraude. (RIPI/2002, art. 482) 22. LANÇAMENTO Lançamento é o procedimento destinado à constituição do crédito tributário, que se opera de ofício ou por homologação mediante atos de iniciativa do sujeito passivo da obrigação tributária, com o pagamento antecipado do imposto e a devida comunicação à repartição da Secretaria da Receita Federal do Brasil (SRFB), observando-se que tais atos: a) compreendem a descrição da operação que lhe dá origem, a identificação do sujeito passivo, a descrição e a classificação do produto, o cálculo do imposto, com a declaração do seu valor e, sendo o caso, a penalidade prevista; e b) reportam-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e regem-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada. (RIPI/2002, art. 122) 4 PA Manual de Procedimentos - Ago/ Fascículo 33 - Boletim IOB
5 Estadual ICMS - Regime tributário especial do ICMS aplicável a contribuinte pessoa natural - Transportador alternativo de passageiros 1. INTRODUÇÃO Considerando a publicação no DOE PA de do Decreto n o 1.717/2009 e posteriormente do Decreto n o 1.812/2009 o Capítulo IX do RICMS- PA/2001 de que trata do Regime Tributário Especial de ICMS aplicável a Contribuinte Pessoa Natural, englobando neste tratamento Pessoa Natural - Comércio/Indústria e Pessoa Natural - Transportador Alternativo de Passageiros será alterado passando a tratar apenas de Pessoa Natural - Transportador Alternativo de Passageiros. Conforme o Decreto n o 1.812/2009 as alterações neste regime passarão a ter efeitos a partir do início de funcionamento do sistema que permite o procedimento especial de registro e legalização do Micro Empreendedor Individual (MEI), instituído pela Resolução n o 2/2009. Considerando as futuras alterações, trataremos neste procedimento do Regime Tributário Especial do ICMS em que é aplicável a contribuinte pessoa natural que realize prestações de serviços de transporte alternativo de passageiros, desde que, cumulativamente, seja autorizado pela Agência Estadual de Regulação e Controle de Serviços Públicos (ARCON) e solicite inscrição estadual no Cadastro de Contribuintes do ICMS da Secretaria de Estado da Fazenda, na condição de Transportador Alternativo de Passageiros. (RICMS-PA/2001, art. 87, I e II e Decreto n o 1.812/2009) 2. INGRESSO NO REGIME O contribuinte paraense, para participar do Regime Tributário Especial do ICMS, deverá solicitar o enquadramento juntamente com o pedido de inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS. O formulário de inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS e Opção pelo Regime Tributário Especial do ICMS será efetuado em formulário próprio aprovado pela Sefa. O enquadramento no mencionado regime produzirá efeitos a partir da data da concessão da inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS. O enquadramento neste regime não gera direito adquirido e será revisto e revogado de ofício, sempre que se comprove que o interessado não satisfazia ou deixou de satisfazer as condições para fruição desse tratamento tributário, sem prejuízo da cobrança do imposto devido e da aplicação das penalidades cabíveis. (RICMS-PA/2001, Anexo I, arts. 88 e 89, parágrafo único, e art. 103) 3. VEDAÇÕES AO INGRESSO NO REGIME Fica vedada a participação no Regime Tributário Especial do ICMS aplicável a contribuinte Pessoa Natural - Transportador Alternativo de Passageiros, a pessoa natural: a) que realize: a.1) armazenamento de mercadorias de terceiros; a.2) produção agropecuária; a.3) extração e comércio atacadista de madeira, minerais e produtos silvícolas; a.4) captura e comércio atacadista de pescado; b) que seja titular de firma individual ou participe do quadro societário de pessoa jurídica, contribuinte do ICMS; c) que possua outra atividade remunerada, mesmo que na condição de empregado. (RICMS-PA/2001, Anexo I, arts. 90, I, II, III) 4. PERDA DO DIRETO AO REGIME - IRREGULARIDADES O contribuinte paraense enquadrado no Regime Tributário Especial do ICMS perderá o direito à adoção deste tratamento, quando: a) o enquadramento for efetuado com uso de declarações inexatas ou falsas; b) não seja autorizado pela Arcon e não tenha solicitado inscrição estadual no Cadastro de Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/ Fascículo 33 PA 5
6 Contribuintes do ICMS da Sefa, na condição de Transportador Alternativo de Passageiros; c) incorrer na prática de infrações à legislação tributária, especialmente: c.1) aquisição reiterada de mercadoria sem documento fiscal ou acobertada por documento fiscal inidôneo; c.2) incorrer em qualquer situação prevista no tópico 3; c.3) não solicitar o desenquadramento, quando obrigado. (RICMS-PA/2001, Anexo I, art. 91, I, II, III, a, b, c ) 5. DESENQUADRAMENTO E BAIXA NO REGIME O desenquadramento do contribuinte enquadrado no Regime será realizado: a) voluntariamente; b) obrigatoriamente, quando incorrer em qualquer das situações excludentes constantes nesta matéria; c) de ofício, se o contribuinte: c.1) deixar de requerê-lo, quando obrigatório; c.2) comprovadamente, impedir, dificultar ou embaraçar a fiscalização, inclusive pela negativa, não justificada, de exibição ao Fisco de documentos que esteja obrigado a manter sob sua guarda; c.3) praticar crime contra a ordem tributária; c.4) incorrer em quaisquer das irregularidades mencionadas no tópico 4; c.5) deixar de recolher o imposto por 3 meses consecutivos ou 4 alternados. Nas hipóteses citadas nas letras a e b deste tópico, o desenquadramento deverá ser protocolizado, juntamente com a solicitação de baixa de sua inscrição conforme definido em ato do Secretário de Estado da Fazenda, nos seguintes prazos: a) a qualquer tempo, quando a baixa for voluntária; b) até o 10 o dia útil do mês subsequente, quando o desenquadramento for obrigatório. Ainda, nas hipóteses mencionadas nas letras a e b, o desenquadramento produzirá efeitos a partir da data da solicitação. O desenquadramento de ofício, sem prejuízo de outras medidas de fiscalização e de ação penal cabível, produzirá efeitos: a) a partir do mês em que ocorreu a prática da infração, para os casos previstos nas letras c.1 e c.2 ; b) a partir da data da solicitação de ingresso do contribuinte, tornando o pedido nulo, nos casos das letras c.3 e c.4 ; c) a partir do mês em que o contribuinte for notificado pelo Fisco, no caso da letra c.5. O ICMS incidente nas operações e prestações ocorridas após os efeitos do desenquadramento será considerado irregular e sujeito a cobrança, na forma da legislação estadual. A Sefa encaminhará à Arcon a relação dos contribuintes desenquadrados do Regime. (RICMS-PA/2001, Anexo I, arts. 92, 93, 94 e 95, parágrafo único, e art. 104) 5.1 Situação cadastral na hipótese de desenquadramento A inscrição estadual de contribuinte desenquadrado de ofício do Regime Tributário Especial do ICMS ficará na situação cadastral Suspenso - Sujeito à Inaptidão, nos termos do art. 154 do RICMS-PA/2001. (RICMS-PA/2001, Anexo I, art. 96, parágrafo único) 6. RECOLHIMENTO DO IMPOSTO O recolhimento mensal do imposto pelo contribuinte enquadrado no regime ora tratado corresponderá, além da taxa referente ao Documento de Arrecadação Estadual (DAE), ao valor fixo de R$ 15,00. O recolhimento deverá ser efetuado até o 10 o dia do mês subsequente ao mês de referência, em instituição bancária arrecadadora credenciada pela Sefa. O valor fixo de recolhimento do ICMS poderá ser atualizado ao final do exercício, para vigorar no ano seguinte, e seu ajuste será efetivado por meio de ato do titular da Sefa. 6 PA Manual de Procedimentos - Ago/ Fascículo 33 - Boletim IOB
7 O imposto deverá ser recolhido sob o código de receita (RICMS-PA/2001, Anexo I, art. 97, parágrafo único, art. 98, parágrafo único, e art. 102) 7. OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS O contribuinte enquadrado no Regime Tributário Especial do ICMS aplicável a contribuinte Pessoa natural - Transportador Alternativo de Passageiros fica dispensado do cumprimento de obrigações tributárias acessórias, exceto quanto: a) à inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS; b) ao porte da Ficha de Inscrição no Cadastro (FIC), quando estiver desempenhando suas atividades; c) à guarda dos documentos fiscais em ordem cronológica; d) utilização do livro Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrência, modelo 13, na hipótese de uso e emissão de Bilhete de Passagem Rodoviário, modelo 13. (RICMS-PA/2001, Anexo I, art. 99, I, II, III, IV) 8. BILHETE DE PASSAGEM RODOVIÁRIO O contribuinte enquadrado no mencionado Regime poderá, a seu critério, solicitar autorização para uso e emissão de Bilhete de Passagem Rodoviário, modelo 13, de que trata o art. 226 do RICMS-PA/2001. (RICMS-PA/2001, Anexo I, art. 100) 9. CRÉDITO DO IMPOSTO As prestações realizadas por contribuinte enquadrado no Regime aqui tratado não geram direito a crédito do ICMS. (RICMS-PA/2001, Anexo I, art. 101) 10. PENALIDADES Dentre as hipóteses de descumprimento das obrigações previstas na legislação e pertinente ao tema tratado nesta matéria, apurado mediante procedimento fiscal cabível, destacamos as seguintes multas passíveis de serem aplicadas ao infrator: a) exercer atividade sem a devida inscrição no cadastro fiscal do Estado, por mês ou fração de mês a multa será equivalente a 12 UPF-PA; b) omitir informações ou prestar informações inverídicas ao se inscrever ou ao requerer alterações no cadastro fiscal do Estado, por mês ou fração de mês a multa será equivalente a 6 UPF-PA; c) atrasar a escrituração de livro fiscal, a multa será equivalente a 6 UPF-PA por mês ou fração de mês e por livro. Nota A Unidade Padrão Fiscal do Estado do Pará (UPF-PA) para o exercício de 2009 foi fixada em R$ 1,9608. (RICMS-PA/2001, art. 729, IV, b, VII, a e b ) Municipal (Belém) ISSQN - Retenção do imposto 1. INTRODUÇÃO O contribuinte do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) é, em regra, o próprio prestador; no entanto, há casos em que a responsabilidade tributária é atribuída a terceiro que, embora vinculado ao fato gerador, não teria a obrigação de recolher o imposto correspondente ao serviço tomado senão por expressa previsão legal. Neste sentido, os municípios, mediante lei, podem atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador do ISSQN, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/ Fascículo 33 PA 7
8 supletivo do cumprimento total ou de parcela da referida obrigação, inclusive no que se refere à multa e aos acréscimos legais. Essa norma consta do art. 6 o, caput, da Lei Complementar n o 116/2003, que dispõe sobre o ISS em nível nacional. Os responsáveis pelo débito fiscal estão obrigados ao recolhimento integral do imposto, bem como da multa e dos acréscimos legais dele decorrentes, independentemente de sua retenção. Na esfera Municipal, o Código Tributário e de Rendas do Município de Belém, disciplinado pela Lei n o 7.056/1977, determina que o Poder Executivo poderá, nos casos indicados em lei, atribuir a qualidade de contribuinte àquele a quem for prestado o serviço, em substituição ao prestador deste, desde que o substituto seja contribuinte do ISSQN. Neste procedimento, abordaremos os casos em que a responsabilidade pelo recolhimento do imposto é transferida a terceiro e não ao contribuinte que realizou a prestação de serviço. (Lei Complementar n o 116/2003, art. 6 o ; Lei n o 7.056/1977, art. 31) 2. RESPONSÁVEIS PELA RETENÇÃO E RECOLHIMENTO DO IMPOSTO A responsabilidade pela retenção na fonte e recolhimento do ISSQN, excluídas as pessoas físicas não mencionadas neste procedimento, é atribuída a todas as pessoas referidas neste tópico, estabelecidas neste Município, compreendendo qualquer de seus estabelecimentos, seja matriz, filial, agência, posto, sucursal ou escritório, mesmo as que gozem de isenção ou imunidade, inclusive órgãos, empresas e entidades da administração pública direta e indireta, empresas individuais, condomínios, associações, sindicatos e cartórios notariais e de registro. Assim, os responsáveis pela retenção na fonte e recolhimento do ISSQN devido no Município de Belém são: a) os órgãos, empresas e entidades da administração direta e indireta da União, dos Estadosmembros e dos Municípios; b) a empresa concessionária de serviço público de fornecimento de energia elétrica, de água ou de telecomunicações; c) a instituição financeira ou equiparada autorizada a funcionar pelo Banco Central; d) as companhias aéreas ou seus representantes; e) a empresa de plano de saúde; f) a empresa ou entidade que administre ou explore loterias e outros jogos, apostas, sorteios, prêmios ou similares; g) a empresa ou clube de seguro e capitalização, bem como seu representante; h) o tomador ou intermediário de serviço proveniente do exterior do País ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior do País; i) o tomador de serviço, quando os serviços forem prestados por pessoa física que não fizer prova de sua inscrição mobiliária no Município; j) o tomador de serviço da pessoa jurídica que não emitir nota fiscal ou outro documento permitido pela legislação tributária municipal, ou quando desobrigada, não fornecer recibo no qual esteja expresso o número de sua inscrição no cadastro mobiliário no Município; k) o responsável, pessoa física ou jurídica, por ginásio, estádio, teatro, salão e congêneres quanto aos eventos neles realizados e, supletivamente, o promotor ou o patrocinador, pessoa física ou jurídica, quanto aos eventos por ele promovidos ou patrocinados; l) os tomadores ou intermediários dos serviços descritos na Lei n o 7.056/1977, conforme segue: Código Serviço 3.05 Cessão de andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas de uso temporário. Execução, por administração, empreitada ou subempreitada, de obras de construção civil, hidráulica ou elétrica e de outras 7.02 obras semelhantes, inclusive sondagem, perfuração de poços, escavação, drenagem e irrigação, terraplanagem, pavimentação, concretagem e a instalação e montagem de produtos, peças e equipamentos (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador de serviços fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS) Demolição Reparação, conservação e reforma de edifícios, estradas, pontes, portos e congêneres (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador dos serviços, fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS). 8 PA Manual de Procedimentos - Ago/ Fascículo 33 - Boletim IOB
9 Código Serviço 7.09 Varrição, coleta, remoção, incineração, tratamento, reciclagem, separação e destinação final de lixo, rejeitos e outros resíduos quaisquer Limpeza, manutenção e conservação de vias e logradouros públicos, imóveis, chaminés, piscinas, parques, jardins e congêneres Decoração e jardinagem, inclusive corte e poda de árvores Controle e tratamento de efluentes de qualquer natureza e de agentes físicos, químicos e biológicos Florestamento, reflorestamento, semeadura, adubação e congêneres Escoramento, contenção de encostas e serviços congêneres Limpeza e dragagem de rios, portos, canais, baías, lagos, lagoas, represas, açudes e congêneres Acompanhamento e fiscalização da execução de obras de engenharia, arquitetura e urbanismo Guarda e estacionamento de veículos terrestres automotores, de aeronaves e de embarcações Vigilância, segurança ou monitoramento de bens e pessoas Armazenamento, depósito, carga, descarga, arrumação e guarda de bens de qualquer espécie Espetáculos teatrais Exibições cinematográficas Espetáculos circenses Programas de auditório Parques de diversões, centros de lazer e congêneres Boates, taxi-dancing e congêneres Shows, ballet, danças, desfiles, bailes, óperas, concertos, recitais, festivais e congêneres Feiras, exposições, congressos e congêneres Bilhares, boliches e diversões eletrônicas ou não Corridas e competições de animais Competições esportivas ou de destreza física ou intelectual, com ou sem a participação do espectador Execução de música Fornecimento de música para ambientes fechados ou não, mediante transmissão por qualquer processo Exibição de filmes, entrevistas, musicais, espetáculos, shows, concertos, desfiles, óperas, competições esportivas, de destreza intelectual ou congêneres Recreação e animação, inclusive em festas e eventos de qualquer natureza Serviços de transporte de natureza municipal Fornecimento de mão de obra, mesmo em caráter temporário, inclusive de empregados ou trabalhadores, avulsos ou temporários, contratados pelo prestador de serviço Planejamento, organização e administração de feiras, exposições, congressos e congêneres. Serviços portuários, ferroportuários, utilização de porto, movimentação de passageiros, reboque de embarcações, rebocador escoteiro, atracação, desatracação, serviços de praticagem, capatazia, armazenagem de qualquer natureza, serviços acessórios, movimentação de mercadorias, serviços de apoio marítimo, de movimentação ao largo, serviços de armadores, estiva, conferência, logística e congêneres. Serviços aeroportuários, utilização de aeroporto, movimentação de passageiros, armazenagem de qualquer natureza, capatazia, movimentação de aeronaves, serviços de apoio aeroportuários, serviços acessórios, movimentação de mercadorias, logística e congêneres Serviços de terminais rodoviários, ferroviários, metroviários, movimentação de passageiros, mercadorias, inclusive suas operações, logística e congêneres. (Lei Complementar n o 116/2003, art. 6 o, I e II; Lei n o 7.056/1977, art. 29, I ao XII, 1 o ) 2.1 Serviços de propaganda e publicidade Em se tratando dos serviços de propaganda e publicidade, inclusive promoção de vendas, planejamento de campanhas ou sistemas de publicidade, elaboração de desenhos, textos e demais materiais publicitários, a retenção na fonte incidirá sobre o valor total pago à agência de publicidade e propaganda, ainda que os serviços tenham sido prestados por terceiros, excluído o valor referente à veiculação de publicidade e propaganda. (Lei n o 7.056/1977, art. 29, 5 o ) Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/ Fascículo 33 PA 9
10 2.2 Construtores e empreiteiros Fica atribuída aos construtores e empreiteiros principais de obras, hidráulicas ou de construção civil, a possibilidade pelo recolhimento na fonte do imposto devido pelas firmas subempreiteiras exclusivamente de mão de obra. No regime de construção por administração, ainda que os pagamentos relativos à mão de obra sejam de responsabilidade do condomínio, caberá ao construtor ou empreiteiro principal o recolhimento do imposto. O construtor ou empreiteiro principal que não desejar recolher o imposto ficará obrigado a comunicar tal fato à repartição competente no prazo de 30 dias após o início da obra. Para tanto, é necessário que o condomínio seja inscrito no Cadastro Fiscal do Município e assuma, por escrito, a responsabilidade pelo pagamento do imposto relativo à mão de obra e encargos sociais. O não cumprimento do mencionado prazo acarretará a aceitação da responsabilidade pelo pagamento do imposto, pelo construtor ou empreiteiro. As hipóteses de recolhimento do imposto pelo construtor ou empreiteiro principal não se aplica quando a subempreitada se referir a: a) serviços de raspagem, calafetagem e aplicação de resinas sintéticas em geral; b) serviços paralelos às obras hidráulicas ou de construção civil, tributados à alíquota de 5%. (Lei n o 7.056/1977, arts. 26, 27, 1 o e 2 o, e art. 28, I e II) 3. EXPLORAÇÃO DE MÁQUINAS E APARELHOS - SOLIDARIEDADE O proprietário do estabelecimento é solidariamente responsável pelo pagamento do imposto relativo à exploração de máquinas e aparelhos pertencentes a terceiros, quando instalados no referido estabelecimento. Na hipótese do não recolhimento do imposto pelo proprietário do estabelecimento, o mesmo estará sujeito a multa igual ao valor do imposto devido. (Lei n o 7.056/1977, art. 30, parágrafo único) 4. BASE DE CÁLCULO A base de cálculo do imposto corresponde ao preço do serviço. Na prestação dos serviços a que se referem os itens 7.02 e 7.05 da lista do tópico 2, o imposto será calculado sobre o preço do serviço deduzido da parcela de 50%, correspondente aos valores dos materiais nele empregado e das subempreitadas executadas no Município e já tributadas pelo mesmo imposto. Nos serviços de demolição de prédios, considera-se preço total da operação os recebimentos em dinheiro ou material proveniente da demolição, exceto nos contratos de construção civil, nos quais a empreitada principal execute e cobre a demolição englobadamente com contrato de construção. (Lei n o 7.056/1977, arts. 33 e 35, a, art. 36, parágrafo único; Instrução Normativa Sefin/GABS n o 2/2005) 5. RECOLHIMENTO DO IMPOSTO O ISSQN retido na fonte pagadora deverá ser recolhido, em favor da Fazenda Municipal de Belém, até o 10 o dia do mês subsequente ao pagamento, crédito, remessa ou entrega à retenção. (Portaria Sefin n o 327/2008, art. 4 o ) 6. DECLARAÇÃO FISCAL MENSAL DE SERVIÇOS (DFMS) São obrigadas a fornecer, por meio da DFMS, à Secretaria Municipal de Finanças, informações fiscais sobre os serviços prestados, intermediados e/ou tomados, as pessoas jurídicas de direito público e privado e os órgãos da administração pública direta de quaisquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, estabelecidos no Município de Belém. A DFMS deverá ser gerada e apresentada à Secretaria Municipal de Finanças, por meio de software específico, disponibilizado gratuitamente. O contribuinte poderá ter acesso ao software para geração e transmissão da DFMS, seu manual de operação e o formato dos arquivos de importação de documentos emitidos e recebidos no site belem.pa.gov.br/sefin. Além do download, a Prefeitura do Município de Belém disponibiliza o sistema em CD, gratuitamente, na Central de Atendimento ao Cidadão: Av. Presidente Vargas, 180. A DFMS deverá ser entregue, mensalmente, com ou sem movimento, até o dia 15 do mês subsequente ao de competência. (Decreto n o /2006, arts. 2 o e 7 o, 1 o e 8 o ) 10 PA Manual de Procedimentos - Ago/ Fascículo 33 - Boletim IOB
11 7. PENALIDADE Fica sujeito à multa de 50% do valor do imposto o contribuinte que não efetuar a retenção do imposto a que estiver obrigado. Caso o contribuinte não recolha aos cofres do Município, nos prazos regulamentares, o imposto retido na fonte, ficará, além das sanções penais cabíveis, sujeito à multa de 200% sobre o imposto a recolher. Entretanto, o contribuinte que, espontaneamente e antes de qualquer procedimento fiscal, recolher, até 30 dias após o término do prazo regulamentar, o imposto que tiver retido terá direito à redução de 50% da mencionada multa. (Lei n o 7.056/1977, art. 29, 2 o e 3 o, art. 80, XX) IOB Setorial ESTADUAL Setor oleiro-cerâmico - ICMS - Benefícios fiscais aplicáveis às operações realizadas pela indústria oleiro-cerâmica Como medida de incentivo ao Programa Minha Casa, Minha Vida para a construção de um milhão de moradias para famílias com renda de até 10 salários mínimos, em parceria com Estados, Municípios e iniciativa privada, o Governo do Pará editou o Decreto n o 1.642/2009, concedendo isenção do ICMS às saídas internas de telhas, tijolos, combogó, pisos cerâmicos e outros produtos fabricados no Estado pela indústria oleiro-cerâmica. O referido Decreto informa que a isenção será concedida no período de vigência do Programa Minha Casa, Minha Vida, instituído pela Medida Provisória n o 459/2009. Ao final do período mencionado, o contribuinte, em substituição ao regime normal de apuração do ICMS, poderá optar pelo crédito presumido, a ser utilizado na saída, interna ou interestadual, dos citados produtos, fabricados no Estado do Pará pela indústria oleiro-cerâmica, de modo que a carga tributária resulte em 5%. A empresa que optar por essa sistemática de tributação deverá comunicar sua decisão, por escrito, à Diretoria de Fiscalização (DFI) da Secretaria Executiva de Estado da Fazenda. A opção pelo crédito presumido veda ao contribuinte a apropriação de quaisquer outros créditos, exceto quanto ao aproveitamento de crédito relacionado ao Cheque-Moradia do Programa Nossa Casa. Não será exigido da indústria oleiro-cerâmica, que tiver optado pelo crédito presumido, o recolhimento do imposto correspondente à: a) diferença entre as alíquotas interna e interestadual na aquisição, em outra Unidade da Federação, de bens destinados ao Ativo Imobilizado ou ao uso e/ou consumo, vinculados ao processo produtivo; b) importação, do exterior, de máquinas e equipamentos sem similar nacional, destinados ao Ativo Imobilizado, vinculados ao processo produtivo. O benefício fiscal previsto na letra a aplica-se às aquisições dos bens discriminados no Anexo XXV do RICMS-PA/2001. Já o benefício fiscal indicado na letra b deverá ser solicitado pelo contribuinte mediante requerimento encaminhado à Delegacia Regional de circunscrição do estabelecimento interessado, que o remeterá ao Núcleo de Tributação e Estudos Econômicos (NTE) para análise. Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/ Fascículo 33 PA 11
12 Esse requerimento será instruído com laudo que comprove a ausência de similar nacional, a ser fornecido por entidade representativa do setor de abrangência nacional ou por órgão federal especializado. Outro benefício concedido às indústrias oleiro-cerâmicas diz respeito ao diferimento do recolhimento do ICMS devido nas aquisições internas de argila, englobadamente, na saída dos produtos industrializados promovida pela indústria oleiro-cerâmica. O estabelecimento remetente deverá abater, do preço da argila, o valor equivalente ao imposto que seria devido se não houvesse o diferimento, indicando-o expressamente na nota fiscal. E ainda, é permitido aos estabelecimentos industriais oleiro-cerâmicos pleitear tratamento tributário diferenciado mediante o cumprimento das exigências a seguir relacionadas: a) regularidade ambiental mediante licença expedida pelo órgão competente; b) Certificado de Inspeção Sanitária, expedido pelo órgão competente, quando for o caso; c) regularidade fiscal com a Fazenda Estadual; d) idoneidade cadastral no caso de operações pactuadas com o Banpará; e) apresentar à Secretaria Executiva de Indústria e Comércio e Mineração (Seicom), para aprovação, documentação comprobatória, acompanhada de cronograma de operação, de metas de investimentos, de produção, de faturamento e de empregos, relação de máquinas e equipamentos destinados ao Ativo Imobilizado e outras informações pertinentes. Essa documentação deverá ser apresentada, semestralmente, à Seicom, que deve informar, sistematicamente, à Secretaria Executiva de Estado da Fazenda, o cumprimento do estabelecido. Os benefícios fiscais previstos aplicam-se, exclusivamente, aos estabelecimentos industriais oleiro-cerâmicos, regularmente inscritos no Cadastro de Contribuintes do ICMS. (RICMS-PA/2001, Anexo I, arts. 160, 1 o e 2 o, 161, 1 o, 2 o e 3 o, 162, I e II, 1 o, 2 o e 3 o, 163 e 164, I, II, III, IV e V, parágrafo único; IOB Perguntas e Respostas IPI - Suspensão - Produtos do Capítulo 88 da TIPI 1) Ocorre a suspensão do IPI na saída de mercadoria do estabelecimento industrial destinada a estabelecimento com preponderância na fabricação de aparelhos espaciais e suas partes compreendidas no Capítulo 88 da TIPI? Há manutenção de crédito? Sim. Sairão do estabelecimento industrial com suspensão do IPI as partes e peças destinadas a estabelecimento industrial fabricante de produtos classificados no Capítulo 88 da TIPI, aprovada pelo Decreto n o 6.006/2006. As empresas adquirentes estão obrigadas a declarar ao vendedor, de forma expressa e sob as penas da lei, que elas atendem a todos os requisitos estabelecidos. A suspensão vincula o adquirente a informar ainda e sem formalização de processo, à DRF ou à Derat de seu domicílio fiscal, os produtos que elabora e as peças e partes que irá adquirir. Considera-se estabelecimento preponderantemente produtor aquele que, no ano-calendário imediatamente anterior ao da aquisição, teve receita bruta decorrente dos produtos, conforme o caso, superior a 60% da receita bruta total no mesmo período. A suspensão não impede a manutenção e utilização dos créditos pelo respectivo estabelecimento industrial remetente. (Instrução Normativa RFB n o 948/2009, arts. 11, I, 1 o e 3 o, 23 e 25) 12 PA Manual de Procedimentos - Ago/ Fascículo 33 - Boletim IOB
13 IPI - Componentes de autopropulsados - Suspensão na importação 2) Há suspensão do IPI na importação de chassis para fabricação de produtos autopropulsados, pelo industrial fabricante? Sim. Atendidas as demais disposições, serão desembaraçados com suspensão do imposto os componentes, chassis, carroçarias, acessórios, partes e peças, importados diretamente por estabelecimento industrial, destinados a emprego, pelo adquirente, na produção de componentes, chassis, carroçarias, acessórios, partes ou peças para industrialização dos produtos autopropulsados classificados nas posições 84.29, 84.32, 84.33, a e 87.11, da TIPI, aprovada pelo Decreto n o 6.006/2006. Nota-se que os componentes, chassis, carroçarias, acessórios, partes e peças produzidos pelo estabelecimento industrial adquirente estão relacionados nos Anexos I e II da Lei n o /2002. (Instrução Normativa RFB n o 948/2009, arts. 9 o e 10 o ) IPI - Elaboração de diversos produtos - Suspensão 3) Há suspensão do IPI para o estabelecimento industrial importador que se dedique, preponderantemente, à elaboração de produtos classificados nos Capítulos 2 a 4, 7 a 12, 15 a 20, 23 (exceto códigos e e Ex 01 do código ), 28 a 31 e 64, no código e , e nas posições a , da TIPI? Sim. As matérias-primas, os produtos intermediários e os materiais de embalagem importados diretamente por estabelecimento industrial fabricante preponderantemente, de produtos classificados nos Capítulos 2 a 4, 7 a 12, 15 a 20, 23 (exceto códigos e e Ex 01 do código ), 28 a 31 e 64, no código e , e nas posições a , da TIPI, serão desembaraçados com suspensão do imposto. Para tanto, o estabelecimento industrial deverá apresentar cópia, com recibo de entrega, que informou à DRF ou à Derat de seu domicílio fiscal os produtos que elabora e as matérias-primas, os produtos intermediários e os materiais de embalagem que irá adquirir no mercado externo. Considera-se estabelecimento preponderantemente produtor aquele que, no ano-calendário imediatamente anterior ao da aquisição, teve receita bruta decorrente dos produtos, conforme o caso, superior a 60% da receita bruta total no mesmo período, em relação a matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagem que forem utilizados. Para efeitos de receita bruta, considera-se: a) receita bruta total o produto da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado auferido nas operações de conta alheia; e b) receita bruta decorrente de exportações para o exterior o produto da venda para o exterior e para empresa comercial exportadora com o fim específico de exportação. (Instrução Normativa RFB n o 948/2009, arts. 21, 2 o, 23 e 24) PA/ICMS - Serviço de transporte - Ordem de Coleta de Cargas - Requisitos 4) Quando o transportador emitirá o documento de Ordem de Coleta de Cargas e quais são os seus requisitos básicos? A Ordem de Coleta de Cargas, modelo 20, será emitida por transportador que executar serviço de coleta de carga para acobertar o transporte em território paraense, desde o endereço do remetente até o seu estabelecimento, e conterá as seguintes indicações: a) denominação Ordem de Coleta de Cargas ; b) número de ordem, série e subsérie e o número da via; c) local e data da emissão; d) identificação do emitente: o nome, o endereço e os números de inscrição, estadual e no CNPJ; e) identificação do cliente: o nome e o endereço; f) quantidade de volumes a serem coletados; g) número e data do documento fiscal que acompanha a mercadoria ou bem; h) assinatura do recebedor; i) nome, endereço e os números da inscrição, estadual e no CNPJ, do impressor do documento; a data e a quantidade de impressão; o número de ordem do primeiro e do último documento impresso e respectivas série e subsérie; o número do PAIDF e da AIDF; a identificação da repartição fiscal da circunscrição do contribuinte e a data-limite para utilização. (RICMS-PA/2001, art. 244; Convênio Sinief n o 6/1989, art. 71) Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/ Fascículo 33 PA 13
14 PA/ICMS - Serviço de transporte - Ordem de Coleta de Cargas - Requisitos 5) Quando o transportador emitirá o documento de Ordem de Coleta de Cargas e quais são os seus requisitos básicos? A Ordem de Coleta de Cargas, modelo 20, será emitida por transportador que executar serviço de coleta de carga para acobertar o transporte em território paraense, desde o endereço do remetente até o seu estabelecimento, e conterá as seguintes indicações: a) denominação Ordem de Coleta de Cargas ; b) número de ordem, série e subsérie e o número da via; c) local e data da emissão; d) identificação do emitente: o nome, o endereço e os números de inscrição, estadual e no CNPJ; e) identificação do cliente: o nome e o endereço; f) quantidade de volumes a serem coletados; g) número e data do documento fiscal que acompanha a mercadoria ou bem; h) assinatura do recebedor; i) nome, endereço e os números da inscrição, estadual e no CNPJ, do impressor do documento; a data e a quantidade de impressão; o número de ordem do primeiro e do último documento impresso e respectivas série e subsérie; o número do PAIDF e da AIDF; a identificação da repartição fiscal da circunscrição do contribuinte e a data-limite para utilização. (RICMS-PA/2001, art. 244; Convênio Sinief n o 6/1989, art. 71) PA/ICMS - Serviço de transporte - Ordem de Coleta de Cargas - Destinação das vias 6) Qual a destinação das vias da Ordem de Coleta de Cargas? A Ordem de Coleta de Cargas será emitida, no mínimo, em 3 vias, que terão a seguinte destinação: a) a 1ª via acompanhará a mercadoria coletada desde o endereço do remetente até o do transportador, devendo ser arquivada após a emissão do respectivo Conhecimento de Transporte de Carga; b) a 2ª via será entregue ao remetente; c) a 3ª via ficará fixa ao bloco para exibição ao Fisco. (RICMS-PA/2001, art. 244, 5 o, I, II, III; Convênio Sinief n o 6/1989, art. 71, 6 o ) PA/ICMS - Serviço de transporte - Ordem de Coleta de Cargas 7) Na coleta de cargas, o transportador, além de emitir a Ordem de Coleta de Cargas, deverá também emitir o Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas (CTRC)? Não. Depois de recebida a carga no estabelecimento transportador, será emitido o conhecimento relativo ao transporte, desde o endereço do remetente até o local de destino. (RICMS-PA/2001, art. 244, 3 o ; Convênio Sinief n o 6/1989, art. 71, 5 o ) 14 PA Manual de Procedimentos - Ago/ Fascículo 33 - Boletim IOB
15 Informativo Eletrônico IOB IOB Atualiza Federal DEFESA DO CONSUMIDOR Emissão de declaração de quitação anual de débitos pelos prestadores de serviços públicos e privados - Obrigatoriedade Por meio da Lei n o /2009, foi determinada a obrigatoriedade de emissão e encaminhamento ao consumidor de declaração de quitação anual de débitos pelas pessoas jurídicas prestadoras de serviços públicos ou privados. A declaração, a qual compreenderá os meses de janeiro a dezembro de cada ano, deverá ser encaminhada ao consumidor por ocasião do envio da fatura a vencer no mês de maio do ano seguinte, ou no mês subsequente à completa quitação dos débitos do ano anterior ou dos anos anteriores, podendo ser emitida em espaço da própria fatura. Na declaração, deverá constar a informação de que ela substitui, para comprovação do cumprimento das obrigações do consumidor, as quitações dos faturamentos mensais dos débitos do ano a que se refere e dos anos anteriores. Para visualizar a íntegra do(s) ato(s) citado(s), acesse o conteúdo da Biblioteca Legislativa IOB, pelo link disponível no Site do Cliente. ICMS Substituição tributária - Protocolos firmados entre os Estados de Minas Gerais e do Rio de Janeiro - Aplicação pelo Estado do Rio de Janeiro a partir de 1 o Por meio do Despacho SE n o 240/2009, o Secretário Executivo do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) tornou público que o Estado do Rio de Janeiro somente aplicará as disposições dos Protocolos ICMS a seguir relacionados, firmados com o Estado de Minas Gerais, a partir de 1 o : a) n o 57/2009, que dispõe sobre a substituição tributária nas operações com bicicletas; b) n o 58/2009, que dispõe sobre a substituição tributária nas operações com brinquedos; b) n o 59/2009, que dispõe sobre a substituição tributária nas operações com colchoaria; b) n o 60/2009, que dispõe sobre a substituição tributária nas operações com ferramentas; b) n o 61/2009, que dispõe sobre a substituição tributária nas operações com artigos de papelaria; e b) n o 62/2009, que dispõe sobre a substituição tributária nas operações com produtos eletrônicos, eletroeletrônicos e eletrodomésticos. Nota De acordo com a cláusula décima dos Protocolos ICMS n o s 57 a 62/2009, as suas disposições originalmente produziriam efeitos a partir de 1 o Para visualizar a íntegra do(s) ato(s) citado(s), acesse o conteúdo da Biblioteca Legislativa IOB, pelo link disponível no Site do Cliente. Informativo - Ago/ N o 33 PA 1
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