LEILY MACEDO FIROOZMAND

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1 LEILY MACEDO FIROOZMAND AVALIAÇÃO DA MICRODUREZA SUPERFICIAL DA RESINA COMPOSTA FOTOPOLIMERIZADA POR APARELHO DE LUZ HALÓGENA E DE DIODO (LED) EM FUNÇÃO DE OPACIDADE E AÇÃO DO FLÚOR FOSFATO ACIDULADO Dissertação apresentada à Faculdade de Odontologia de São José dos Campos, Universidade Estadual Paulista, como parte dos requisitos para a obtenção do título de MESTRE, pelo Programa de Pós-Graduação em ODONTOLOGIA RESTAURADORA, Especialidade em Dentística.

2 LEILY MACEDO FIROOZMAND AVALIAÇÃO DA MICRODUREZA SUPERFICIAL DA RESINA COMPOSTA FOTOPOLIMERIZADA POR APARELHO DE LUZ HALÓGENA E DE DIODO (LED) EM FUNÇÃO DE OPACIDADE E AÇÃO DO FLÚOR FOSFATO ACIDULADO Dissertação apresentada à Faculdade de Odontologia de São José dos Campos Universidade Estadual Paulista, como parte dos requisitos para a obtenção do título de MESTRE, pelo Programa de Pós-Graduação em ODONTOLOGIA RESTAURADORA, Especialidade em Dentística. Orientadora: Prof a Titular Maria Amélia Máximo de Araújo São José dos Campos 2005

3 Que cada manhã seja melhor do que sua véspera, e cada novo dia mais rico que o dia anterior. Bahá u lláh Sois as árvores de Meu jardim; deveis dar frutos belos e maravilhosos, para que vós e outros sejam por eles beneficiados. Assim compete a cada um ocupar-se em ofícios ou profissões, pois o segredo da riqueza está nisso, ó homens de compreensão! Resultados dependem de meios e a graça de Deus vos será toda-suficiente. Árvores infrutíferas sempre foram e serão destinadas ao fogo Bahá u lláh

4 DEDICATÓRIA À Deus, Todo-Poderoso, que é suficiente para todas as coisas e acima todas de as coisas Báb Aos meus Pais, Farhad e Izaura cujos esforços dispenderam para a minha educação intelectual, moral e espiritual. Acreditando ser eu e minhas irmãs potêncialmente capazes de progredirmos e fazermos algo de bom para a humanidade. Sacrificaram-se e tiveram como objetivo de suas vidas, nos dar o melhor para o nosso desenvolvimento como seres humanos. A eles o meu mais sincero obrigado! À minhas irmãs, Lília e Leila que acompanham a minha trajetória, dividindo os momentos de nossas vidas. Pela admiração e carinho com que têm demonstrado. Obrigado por tudo que vocês têm me ensinado e ajudado.

5 AGRADECIMENTO ESPECIAL À ProfessoraTitular Maria Amélia Máximo de Araújo O meu profundo agradecimento, pela orientação precisa, disponibilidade e dedicação na condução deste trabalho; pelo exemplo de capacidade, iniciativa e organização. Agradeço pelo carinho recebido, e pela contribuição na minha vida pessoal e profissional.

6 AGRADECIMENTOS À grande amiga Andressa Pereira Kuwana, pelo companherismo, constante apoio, e sobre tudo pela inestimável amizade. Ao querido Giovani Meinez, pelo apoio e auxílio em todas as horas, carinho, incentivo e compreensão. Obrigada por ter dividido todos estes momentos comigo. À querida amiga Márcia Okamoto Patriota que dividiu muito dos momentos, acompanhando minhas dificuldades, os obstáculos a serem vencidos bem como as alegrias. Muito obrigada pela sua amizade. À querida amiga Márcia Maciel Menezes, que apesar destes últimos anos não termos tido um contato tão assíduo como era no passado, muito me apoiou. Tenho muito a agradecer por tudo que aprendi com a tua amizade e a tua pessoa. Ao amigo cirurgião dentista Antônio Carlos Longo pelo seu incentivo, sua compreensão, sua admiração e torcida pelo meu êxito profissional. Ao amigo Alexandre Rodrigues Silva, pelo auxílio nas inúmeras horas em que surgiram problemas no computador durante a redação deste trabalho. À todos os meus colegas e amigos da Pós-Graduação, Lia, Janaína, Patrícia Marra, Maristela, Teresa, Renato Palo, Paula Elaine, Carol, Samira pela amizade auxílio e carinho com que compartilhamos diversos momentos durante este período, bem como Cristiani, Valdeci, Patrícia Itocaso, Rodrigo, Thaís, por todos os momentos de apreensão e descontração que passamos juntos.

7 À querida Érica Cristina que prestou a sua ajuda e demostrou o seu constante carinho e admiração. Aos amigos Samira Afonso e Renato Palo, sendo solidários, amigos e generosos auxilliando no empréstimo de suas máquinas fotográficas, para que diversas pesquisas e até mesmo este trabalho pudesse ser ilustrado. Aos meus tios e tias que admiram o meu trabalho, me apoiam e demostram o seu singelo carinho e atenção. Aos meus queridos avós, que mesmo morando distante nunca deixaram de demostrar o seu amor, acreditando no meu potencial sempre incentivando e torcendo pelo meu progresso. A todos os meus amigos que direta ou indiretamente colaboraram com a execução desse trabalho e/ou acompanham a minha trajetória, tendo a sua importante influência em minha vida.

8 OUTROS AGRADECIMENTOS À Faculdade de Odontologia de São José dos Campos, na pessoa do Diretor Paulo Vilela Santos Júnior, pela oportunidade em continuar os meus estudos nesta faculdade que tanto admiro. À FAPESP pelo apoio, incentivo à pesquisa e auxílio financeiro para a realização deste trabalho. Aos todos os docentes desta Universidade, que acompanharam meu desempenho na graduação e agora estiveram presentes nesta etapa do meu desenvolvimento acadêmico, pela dedicação e pelos valiosos ensinamentos. Ao Sr. Nilton, representante da Gnatus pela sua constante gentileza e disponibilidade, fornecendo o aparelho de LED da (Gnatus) e recursos para a realização desta pesquisa. À Sra. Ângela de Brito Bellini, Diretora dos Serviços de Biblioteca e Documentação, pelo auxílio na revisão das normas de apresentção deste trabalho. Ao Professor Ivan Balducci, pela paciência e pronta colaboração para a análise estatística dos dados deste trabalho. Às funcionárias da secretaria de Pós Graduação, Rosemary, Erena e Maria Aparecida pela atenção e constantes esclarecimentos durante todo o curso.

9 9 Às funcionárias do Departamento de Odontologia Restauradora, em especial Josi, Michelle e Rosângela, por todos os auxílios prestados durante a execução de pesquisas. Às todas funcionárias da Biblioteca Profa. Leila Novaes, que tanto auxiliaram durante a aquisição de materiais literários, a fim de que sempre pudéssemos realizar pesquisas com um alto nível de qualidade. A todos os funcionários e pacientes da Faculdade de Odontologia de São José dos Campos da UNESP por terem auxiliado na minha formação como cirurgiã-dentista, colaborando para que, a cada dia, eu pudesse me tornar uma profissional melhor.

10 SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS LISTA DE ABREVIATURAS LISTA DE TABELAS RESUMO INTRODUÇÃO REVISÃO DA LITERATURA As resinas compostas Polimerização e fontes fotopolimerizadoras O efeito tópico dos fluoretos PROPOSIÇÃO MATERIAL E MÉTODO Descrição da matriz Confecção das pastilhas de resina composta Armazenagem e embutimento dos corpos-de-prova Polimento dos corpos-de-prova Leitura em microdurômetro Aplicação de FFA sobre a superfície e leitura final em microdurômetro Análise estatística RESULTADOS... 88

11 5.1 Análise estatística: profundidade de polimerização Análise estatística: ação do flúor DISCUSSÃO Discussão da metodologia Discussão dos resultados CONCLUSÕES REFERÊNCIAS ABSTRACT

12 LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 - Matriz de aço inoxidável FIGURA 2 - Aparelho fotopolimerizador de luz halógena XL 3000 (3M) 80 FIGURA 3 - Aparelho fotopolimerizador de LED Optilight LD II (Gnatus) 81 FIGURA 4 - Resinas compostas Esthet-X (Dentsply) nas cores A2 e A2-O FIGURA 5 - Esquema do delineamento experimental da metodologia FIGURA 6 - Pastilhas de resina composta embutidas em RAAQ FIGURA 7 - Leitura em microdurômetro FIGURA 8 - Desenho esquemático da pastilha de resina composta, divisão em quadrantes e indentações realizadas FIGURA 9 - Representação do ensaio de microdureza Vickers e diagrama esquemático da indentação FIGURA 10 - Gráfico das médias de microdureza para as oito condições experimentais estabelecidas pelas variáveis: aparelho, opacidade e profundidade de polimerização FIGURA 11 - Gráfico das médias de microdureza para as quatro condições experimentais estabelecidas pelas variáveis aparelho e opacidade FIGURA 12- Gráfico das médias de microdureza para as oito diferentes condições experimentais estabelecidas pelas variáveis: aparelho, opacidade e ação do FFA FIGURA 13 - Gráfico das médias de microdureza para as quatro diferentes condições experimentais estabelecidas pelas variáveis: opacidade e ação do FFA... 98

13 LISTA DE ABREVIATURAS ANOVA B/S BISGMA BME CIV FFA IL LED MEV QTH RAAQ TEGDMA TMPTMA UV Análise de variância Base / Superfície Bisfenol A glicidil metacrilato Benjoin-metiler Cimento de Ionômero de Vidro Flúor Fosfato Acidulado Intensidade de luz Diodo emissor de luz Microscopia Eletrônica de Varredura Quartzo Tungstênio Halogênio Resina Acrílica Ativada Quimicamente Trietilenoglicolmetacrilato Trimetilopropano-trimetacrilato Ultravioleta C Grau Celsius h Horas HV Dureza Vickers HK Dureza Knoop g Gramas min Minutos mm Milímetros Mpa Mega Pascal mw/ cm 2 Miliwatts por centímetro quadrado N Newton nm Nanômetro rpm Rotações por minuto s Segundos Tp Pico de temperatura de polimerização V Volts W Watts

14 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - LUZ HALÓGENA. Média (±desvio padrão) dos dados de microdureza sob as condições experimentais de opacidade e profundidade de polimerização Tabela 2 - LED. Média (±desvio padrão) dos dados de microdureza sob as condições experimentais de opacidade e profundidade de polimerização Tabela 3 - Média (±desvio padrão) dos dados de microdureza sob as condições experimentais de opacidade e utilização de aparelhos fotopolimerizadores Tabela 4 - ANOVA para os dados de microdureza Vickers obtidos Tabela 5 - Teste de Tukey (5%) para as condições experimentais referentes às variáveis: opacidade e profundidade de polimerização sob ação do aparelho de luz halógena Tabela 6 - Teste de Tukey (5%) para as condições experimentais referentes às variáveis: opacidade e profundidade de polimerização sob ação do aparelho de LED Tabela 7 - Teste de Tukey (5%) para as condições experimentais referentes às variáveis: opacidade e aparelho polimerizador..94 Tabela 8 - LUZ HALÓGENA. Média (±desvio padrão) dos dados de microdureza sob as condições experimentais de opacidade e ação do flúor

15 Tabela 9 - LED. Média (±desvio padrão) dos dados de microdureza sob as condições experimentais de opacidade e ação do flúor Tabela 10 - Média (±desvio padrão) dos dados de microdureza sob as condições experimentais de opacidade e de utilização de aparelhos polimerizadores Tabela 11 - ANOVA para os dados de microdureza (HV) obtidos Tabela 12 - Teste de Tukey (5%) para as condições experimentais referentes às variáveis opacidade e flúor... 99

16 FIROOZMAND, L. M. Avaliação da microdureza superficial da resina composta fotopolimerizada por aparelho de luz halógena e de diodo (LED) em função de opacidade e ação do flúor fosfato acidulado. 2005, 137f. Dissertação (Mestrado em Odontologia Restauradora, Especialidade em Dentística) Faculdade de Odontologia de São José dos Campos, Universidade Estadual, São José dos Campos, RESUMO O objetivo deste trabalho foi verificar a influência da opacidade de cor, tipos de aparelhos fotopolimerizadores (luz halogena X led azul) e aplicação tópica do FFA 1,23% na microdureza da resina composta. A resina composta Esthet-X (Dentisply), nas cores A2 e A2-O foram inseridas em uma matriz de açoinoxidável em cavidades de 5mm de diâmetro e 2mm de profundidade e fotopolimerizadas por aparelhos; de luz halogena, XL 3000 (3M) ou de LED azul, Optilight LD II (Gnatus), por 40s. Formaram-se 4 grupos com trinta amostras, sendo analisadas a superfície e a base das amostras. Estas foram armazenadas em água destilada, por 24h e posteriormente embutidas em RAAQ. Realizou-se a leitura da microdureza inicial em Microdurômetro Digital Vickers, utilizando 50g de carga por 30s de permanência. A seguir, foi aplicado o FFA 1,23% por 48 min e uma segunda leitura da microdureza foi realizada. O teste estatístico de ANOVA e Tukey (5%) demonstrou que a microdureza da superfície foi sempre maior que a da base. O aparelho de luz halógena apresentou maiores valores médios de microdureza da resina (57,61 HV) que o aparelho de LED (42,53 HV). Foram encontradas diferenças significantes entre os valores médios de microdureza ao se variar a opacidade, sendo que em profundidade, a resina A2- O apresentou os menores valores. A aplicação do FFA 1,23% promoveu menores valores de microdureza na resina. A opacidade da resina composta, o tipo e fonte polimerizadora, bem como a utilização tópica do FFA 1,23% influenciam no grau de microdureza resina. PALAVRAS-CHAVES: Resinas compostas; dureza; flúor; instrumentos odontológicos, aparelho fotopolimerizador; análise de variância.

17 1 INTRODUÇÃO A estética tem conquistado um importante papel em nossa sociedade, assim sendo, podemos observar uma grande valorização na utilização das resinas compostas visando satisfazer as necessidades estéticas no tratamento restaurador. Entretanto, para obtermos êxito neste procedimento, diversos requisitos devem ser observados a fim de garantirmos a longevidade da restauração e o sucesso clínico do tratamento restaurador adesivo direto. A introdução das resinas fotopolimerizáveis foi um marco na dentística restauradora por apresentar vantagens como: maior tempo de trabalho, maior resistência ao desgaste, estabilidade de cor e menor grau de porosidade, quando comparadas às resinas autopolimerizáveis. Os materiais fotopolimerizáveis apresentam maior estabilidade de cor em relação aos quimicamente polimerizados, sendo que as resinas quimicamente ativadas, não atingem a grande demanda de longevidade estética (SCHULZE et al. 56, 2003). Entretanto, a qualidade da polimerização das resinas compostas constitui um importante fator, influenciando diretamente as características finais do material restaurador. Assim, as propriedades mecânicas podem ser reduzidas, e a exposição a grandes intensidades de luz pode aumentar a microinfiltração marginal (ARAUJO et al. 1, 1997). A polimerização insuficiente das resinas compostas está entre uma das principais causas de insucesso clínico (PEREIRA 48, 1999), promovendo uma maior tendência ao manchamento e maior possibilidade de infiltração marginal pela incompleta polimerização das camadas mais profundas da

18 18 cavidade e o teor aumentado de monômeros residuais (ASMUSSEN 2, 1982; CORRER SOBRINHO et al. 12, 2000). É necessário que o material seja devidamente polimerizado, pois uma polimerização inadequada promove maior sorpção e solubilidade, diminuindo a microdureza do material, promovendo redução na longevidade e durabilidade da restauração (PEARSON & LONGMAN 50, 1989) Desta forma, a polimerização incompleta pode ser atribuída a fatores tais como; penetração insuficiente da luz incidente, distância entre a fonte de luz e a superfície da resina composta (ARAUJO et al. 1, 1997; MOSELEY et al. 43, 1986), direcionamento da luz, condições do aparelho fotopolimerizador (ARAUJO et al. 1, 1997; MOSELEY et al. 43, 1986), tempo de exposição à luz halógena, espessura das porções de resina (ATMADJA & BRYANT 4, 1990; PIRES et al. 51, 1993; RUEGGEBERG et al. 53,1994; VICENTINI et al. 69, 1996), cor da resina (FRIEDMAN & HASSAN 20, 1984; PEREIRA 48, 1999), tempo de polimerização (PIRES et al. 51, 1993), assim como o tipo de carga da resina composta (CUNHA et al. 14, 2001; LEONARD et al. 33, 2002; KOUPIS et al. 28, 2004). Aparelhos fotoativadores, indispensáveis para a realização de restaurações com resina composta, são freqüentemente introduzidos no mercado oferecendo a vantagem da redução do tempo clínico na fotoativação. Desta forma, torna-se necessária a realização de estudos a fim de avaliar a técnica utilizada e a diminuição do tempo de fotoativação, verificando se estas variações não acarretariam mudanças nas propriedades físico-mecânicas do material (CUNHA et al. 14, 2001). Por este motivo, Friedman & Hassan 20, em 1984 e Pires et al. 51, em 1993 investigaram a relação existente entre os diferentes valores de intensidade de luz dos aparelhos fotoativadores e os valores de microdureza, verificando a existência de uma relação direta, entre a intensidade de luz e a dureza superficial da resina composta. De acordo

19 19 com Hansen & Asmussen 23, em 1993 a dureza superficial não é um indicativo adequado de perfeita polimerização da resina, porque mesmo diante da pouca intensidade de luz, a superfície da restauração poderá apresentar-se dura, porém na região mais profunda poderá restar resina não polimerizada. Com a crescente exigência estética, os materiais restauradores vêm ganhando novas características a fim de reproduzir a estrutura dental com maior riqueza de detalhes. Existem alterações ópticas que ocorrem em materiais restauradores estéticos após a sua fotopolimerização e imersão em água, devendo estas alterações serem consideradas na seleção do material antes dos procedimentos clínicos (JOHNSTON & REISBICK 27, em 1997). Além do matiz, croma e valor que caracterizam a cor da resina composta, estas podem ser encontradas com tons de opacidade para melhor reprodução das estruturas de dentina. Friedman & Hassan 20, em 1984 observaram que as resinas com cores mais escuras tiveram menores valores de microdureza. Ribeiro et al. 52, em 2004 observaram que as resinas compostas opacas apresentaram menores valores de microdureza com o aumento da profundidade em relação às resinas translúcidas. De acordo com os resultados observados, é possível que os pigmentos de cor usados nos materiais possam agir filtrando seletivamente certos comprimentos de onda de luz emitida. Quanto aos tipos de aparelhos fotopolimerizadores, os convencionais possuem uma lâmpada, usualmente halógena, que emite luz branca. Essa luz passa por um filtro para remover regiões do espectro que não contribuem com o processo de polimerização. Se toda luz branca fosse liberada, seria absorvida, causando excessivo aquecimento do material e do elemento dental, podendo levar a uma agressão do tecido

20 20 pulpar e uma maior contração de polimerização da resina composta. O filtro promove a seleção da faixa de comprimento de onda desejado. A lâmpada convencional possui um filamento que, ao ser aquecido, emite uma luz branca de alta intensidade, promovendo uma grande emissão de radiação infravermelha. Grande parte da energia elétrica utilizada é convertida em calor e o efetivo rendimento diminui com o uso da lâmpada que precisa ser trocada de tempos em tempos. A lâmpada, refletor e filtro degradam devido às altas temperaturas e quantidades de calor produzido durante os ciclos de polimerização, resultando em redução da efetividade de polimerização em longo prazo (BARGHI et al. 6, 1994), comprometendo as propriedades físicas e aumentando o risco de falhas nas restaurações. Para contornar os problemas inerentes às lâmpadas halógenas, diodos emissores de luz (LEDs) vêm sendo estudados como fonte alternativa para a polimerização de materiais odontológicos (MILLS 41, 1995). O LED é constituído por uma junção formada por materiais semicondutores que determinam o tipo de luz emitida. O semicondutor a base de nitrito gálio emite uma luz específica de coloração azul quando a corrente elétrica é fornecida ao material. O LED é um tipo de luz divergente e não coerente como a luz halógena, porém, apesar de não ser monocromático, o seu espectro de emissão é bem mais estreito que o da luz comum. O fabricante afirma ser este um aparelho de boa utilidade clínica, pois apresenta vantagens em relação aos aparelhos de luz halógena, como: luz espectralmente mais seletiva que as lâmpadas convencionais; luz fria, não aquece a resina e o dente; equipamento compacto e simples; baixo consumo de energia; maior tempo de vida útil; não utiliza filtro; mantém constante a potência durante toda vida útil do LED. Porém, diversos trabalhos na literatura apontam divergência nos resultados de polimerização, variando de acordo com o modelo do aparelho utilizado.

21 21 Atualmente os aparelhos de LED já podem ser classificados através de gerações, como é citado nos trabalhos de Ernst et al. 18, em 2004 e Wiggins et al. 73, em Recentemente foram introduzidos aparelhos fotopolimerizadores híbridos, que combinam as fontes LED e quartzo tungstênio halogênio (QHT). Com esses aparelhos, a polimerização é iniciada por uma fonte de LED e depois completada por uma combinação de luz de ambas as fontes (CRAIG 13, 2004). A utilização de uma fonte de luz mais eficiente, com menor consumo de energia, induzindo menor aquecimento da resina e do remanescente dental, é uma alternativa extremamente atrativa. Outra variável que pode interferir na microdureza das resinas compostas é a aplicação tópica do flúor, empregado como auxiliar na prevenção de cáries e remineralização do esmalte (MEDEIROS & BRUM 40, 1998; WEI & YIU 72, 1993; PEREIRA 47, 2003) após condicionamento ácido, necessário na técnica adesiva de restauração. Nestes casos, restaurações de resina composta merecem maiores investigações já que a porosidade superficial destes materiais facilita a penetração de corantes, ácidos, acúmulo de placa dental e conseqüentemente a hidrólise. Papagiannoulis et al. 46, 1997 verificaram alterações nas características morfológicas na superfície da resina composta após o uso tópico de flúor e Yap et al. 77, em 2002 observaram uma redução significativa na microdureza da superfície da resina (TPH Spectrum), compômero (Dyract AP) e Giomer (Reactmer) quando tratadas com gel de flúor fosfato acidulado (FFA). Os fatores citados nos motivaram a elaborar uma pesquisa avaliando a microdureza da resina composta variando a opacidade, o aparelho fotopolimerizador e a ação do FFA.

22 2 REVISÃO DA LITERATURA Para melhor compreensão do assunto abordado, dividimos este capítulo em subitens, enfocando; as resinas compostas, polimerização e fontes fotopolimerizadoras, e o efeito tópico dos fluoretos sobre a resina composta. 2.1 As resinas compostas Asmussen 2, em 1982, estudou os fatores que afetam a dureza dos polímeros, em adição a resistência à tensão das resinas compostas foi medida e relacionada ao sistema catalítico do polímero. Foram realizados os testes de dureza Wallace e análise da força compressiva diametral. Para o teste de microdureza foram utilizadas as resinas quimicamente ativadas que formaram os grupos A1, A2 e A3 e as resinas fotoativadas formando os grupos A4 e A5. Os materiais das cinco séries apresentavam as seguintes composições. O grupo A1; o monômero consistia de 50 mol% BISGMA (Bisfenol A glicidil metacrilato) e 50 mol% TEGDMA (trietilenoglicolmetacrilato); no grupo A2; as misturas de monômero BISGMA TEGDMA continham 20, 30, 40, 50 ou 70 mol% TEGDMA; no grupo A3 o monômero consistia de 50 mol% BISGMA e variando a quantidade de TEGDMA e TMPTMA (Trimetilopropanotrimetacrilato); no grupo A4 o monômero consistia de 50 mol% BISGMA e 50 mol% TEGDMA, havia adição da canforoquinona; no grupo A5 também 50 mol% de BISGMA e TEGDMA e o monômero continha BME (benjoinmetileter), sendo que neste grupo havia uma alteração na quantidade e

23 23 tipo de aminas, peróxidos e inibidores. Foram confeccionadas amostras em forma de discos. As resinas quimicamente ativadas foram misturadas por 25s e inseridas no molde formando amostras com 1,5mm de diâmetro e 1,8mm de altura, já as resinas fotoativadas foram irradiadas por 1min com os aparelhos Translux (Kulzer) de luz visível ou Duralux UV-20 (Kulzer) de luz ultravioleta (UV) formando amostras com 5mm de diâmetro e 0,9mm de altura. Para cada amostra dez medidas da microdureza foram realizadas. A força compressiva diametral foi medida quanto ao número de resina composta quimicamente polimerizada. Estes dados foram determinados como descrito na Especificação n.27 da American Dental Association. Para cada combinação das pastas, cinco medidas foram realizadas e um valor médio foi registrado. Verificou-se que para uma determinada composição de monômero o valor de dureza Wallace aumentou com o acréscimo de inibidor, diminuindo com o aumento de peróxido, e não houve alterações com a mudança do conteúdo de amina. A dureza foi correlacionada com a quantidade de ligações duplas remanescentes no polímero. Os polímeros com base em BISGMA não mostraram variação na dureza quando o monômero originado variava em relação ao conteúdo monômero bi ou trifuncional diluído. Os polímeros fotopolimerizados apresentaram-se relativamente duros quando comparados com os materiais quimicamente polimerizados. A resistência à tração foi correlacionada com a quantidade de ligações duplas remanescentes na constituição do polímero. Watts et al. 71, em 1987, investigaram o desenvolvimento da dureza superficial em função do tempo de armazenamento em cinco resinas compostas fotopolimerizáveis para dentes anteriores. Foram confeccionadas amostras em moldes de politetrafluoroetileno que possuíam cavidades com 4mm de diâmetro e 2,5mm de profundidade. As resinas Silux (3M), Durafill (Kulzer), Visiodispers (ESPE), Prismafil (Caulk), Experimental (ICI Dental) foram utilizadas para a confecção das amostras que foram fotopolimerizadas por 20s seguindo instruções do

24 24 fabricante. Posteriormente, três grupos, contendo cinco amostras cada um, foram formados. Foram realizadas as cinco mensurações da dureza Knoop para cada amostra, utilizando uma carga de 2N com 20s de permanência, imediatamente após a confecção das amostras, após 15, 30, e 60min, 6h, 24h, uma semana e um mês. Cada um dos três grupos foi armazenado nas seguintes condições; 23 o C e 37 o C em ambiente seco e 37 o C em água destilada. Foram deteminadas a microdureza Knoop e calculadas as médias que foram analisadas estatisticamente. Foi verificado que a microdureza aumenta com o tempo, tendendo a atingir um máximo, geralmente após uma semana. A taxa de aumento da microdureza foi substancial após uma hora, em todos os casos e foi maior para as amostras armazenadas a 37 o C quando comparada com 23 o C. Estes resultados refletem a progressiva reação em cadeia cruzada da resina que continua após a fotoativação. As superfícies das amostras armazenadas em água apresentavam-se mais moles quando comparadas com as amostras secas. Diferenças entre os materiais devem ser atribuídas a diferenças composicionais e a quantidade de polimerização. Mandarino et al. 36, em 1992, analisaram através de testes de microdureza Vickers, a capacidade de polimerização de resinas compostas fotopolimerizáveis nas tonalidades de cor clara e escura. Foram utilizadas as resinas compostas de micropartículas Durafil (Kulzer), Heliosit (Vivadent) e uma resina de carga híbrida Herculite (Kerr), nas tonalidades de cor clara e escura. As amostras foram confeccionadas em uma matriz cilíndrica de aço inoxidável com 10mm de comprimento e 5mm de diâmetro. As resinas compostas foram polimerizadas com os aparelhos de luz visível, Translux (Kulzer), Heliosit (Vivadent) e Primelite (Dentsply) a 20, 40 e 60s de exposição. O material não polimerizado foi removido e desprezado. As amostras foram seccionadas no sentido do seu longo eixo para a realização das medidas de microdureza na porção interna da amostra. Foram realizadas três medidas de microdureza Vickers a cada milímetro de profundidade da porção interna da resina

25 25 composta. As indentações foram medidas e posteriormente calculada a média de microdureza a cada milímetro de profundidade. Quando comparada as médias de microdureza Vickers, as tonalidades de cor escuras de todas as resinas analisadas mostraram menor grau de microdureza que as tonalidades claras, quando testadas sob as mesmas condições. Foi possível concluir que os materiais com tonalidades de cor clara apresentaram maiores valores de microdureza que os de tonalidade escura, porém no primeiro milímetro de profundidade não houve diferença significativa entre as tonalidades de cor. Os melhores níveis de polimerização foram conseguidos no primeiro milímetro de profundidade, pois os próximos milímetros apresentaram uma relação indireta entre dureza e profundidade. Em 1995, Shortall et al. 57, utilizaram um penetrômetro para avaliar a profundidade de polimerização de uma gama de resinas compostas universal e analisar a influência da cor e opacidade na profundidade de polimerização. Foram analisadas as resinas Prisma AP.H. (Dentsply); Brilliant Enamel (Coltene); Brilliant Dentin (Coltene); Charisma (Kulzer); Herculite XRV Enamel (Kerr); Herculite XRV Dentin (Kerr); Pertac-Hybrid (ESPE); Z100 (3M) nas cores (A2, A3,5, C2), sendo que em alguns materiais foi possível encontrar variações de opacidade, onde foram testadas as variações para o esmalte e a dentina. As resinas compostas foram inseridas em um molde cilíndrico de aço inoxidável e fotopolimerizadas em sua superfície. Posteriormente, o molde foi invertido e posicionado centralmente abaixo do edentador de um penetrômetro digital para avaliar o nível de polimerização do cilindro. Cinco indentações foram realizadas para cada cor e produto testados. Foi verificado que para a cor C2 houve diferença significante entre todos os grupos, a não ser Brilliant Enamel x Prisma AP.H. e Herculite enamel, AP.H. x Herculite Enamel e Charisma, Herculite Enamel x Charisma (p>0,05). Para cada material e opacidade a profundidade de polimerização de A2 foi maior que A3,5. A não ser da resina Brilliant Dentin, Herculite XRV Enamel e Z100

26 26 onde a diferença da profundidade média entre a cor A2 e as outras duas cores foram sempre menores que 10%. Para os materiais com opacidade diferentes de esmalte e dentina, houve uma profundidade de polimerização estatisticamente significante maior para as resinas com opacidade para o esmalte em todas as cores testadas. A profundidade de polimerização dos materiais de opacidade para o esmalte foi sempre maior para as mesmas cores de dentina para os materiais dos mesmos fabricantes. Inokoshi et al. 25, em 1996, se propuseram a analisar a opacidade intrínseca e alteração de cor de três tipos de materiais restauradores utilizando um teste de aceleração. Foram utilizadas cinco resinas compostas polimerizadas quimicamente, Clearfil F (Kuraray), Clearfill FII (Kuraray), Concise (3M), Microrest AP (GC), Silar (3M), sete resinas fotopolimerizáveis APX (Kuraray), Charisma (Kulzer), Estio Lc (GC), Herculite XR (Kerr), Palfique Estelite (Tokuyama), Silux Plus (3M), Z100 (3M) e três cimentos de ionômero de vidro modificados por resina Fuji IILC (GC), Fuji II LC capsula (GC); Vitremer (3M) que foram dispostos em aneis acrílicos com 6mm de diâmetro e 1mm de espessura. Depois da polimerização, eles foram mantidos a 37 C por uma semana antes da mensuração. Foi realizado o teste de aceleração, que permite a determinação da alteração de opacidade e cor dos materiais restauradores, proposto por Asmussen (1981), onde as amostras são armazenadas a 60 C em água destilada por quatro semanas. Alterações de cor foram determinadas através de um analisador de cor e a proporção representando a opacidade foi calculada. Todas as resinas quimicamente polimerizadas testadas descoloriram a amarelo escuro ou marrom escuro após quatro semanas. A opacidade diminuiu em duas resinas de macropartículas. As resinas fotopolimerizadas descoloriram suavemente, mas sua alteração de opacidade foi insignificante. Todos os cimentos de ionômero de vidro modificados por resina testados mostraram um abrupto decréscimo na opacidade no seu estágio inicial, acompanhando de um

27 27 escurecimento do material. A diminuição na opacidade foi encontrada como sendo um fator de descoloração para os materiais restauradores estéticos, podendo ser causado por uma mudança no índice de refração na matriz destes materiais. Em 1997, Johnston & Reisbick 27, conduziram um estudo a fim de avaliar nove tipos de resinas compostas e três materiais restauradores de cimento de ionômero de vidro (CIV), verificando as diferenças de cores que ocorrem durante a fotopolimerização e após a imersão em água. Adicionalmente, a translucidez foi avaliada através do uso de um parâmetro de translucidez para cada um destes materiais. O parâmetro de translucidez foi calculado a partir da observação das cores em camadas de 2mm de espessura nas cores clara, média e escura dos materiais restauradores em fundos preto e branco. As cores destes materiais foram também calculadas, para camadas em um fundo de cor B2. O teste ANOVA foi usado para identificar fatores estatisticamente significantes para as diferentes cores e parâmetros de translucidez. Interação estatisticamente significante foi encontrada entre os produtos, cores e intervalos de tempo ou tempos estudados para ambas, diferença de cor e parâmetros de translucidez. Há relativamente uma alta variabilidade na alteração de luminosidade e translucidez, entre estes produtos, com o aumento de alguns materiais e a redução de outros, com fotopolimerização e subseqüente imersão em água. Hosoya 24, em 1999 estudou a influência dos tempos de fotopolimerização na alteração de cor de resinas compostas fotopolimerizaveis, acima de períodos de tempo especificados. Discos da resina composta fotopolimerizada, Silux Plus (3M) nas cores (U, Y, DY, L, G, UO, YO) com 10mm de diâmetro e 1mm de espessura foram preparados com 20, 40 e 120s de exposição de luz através de uma placa de vidro de 1mm espessura. As amostras foram armazenadas em saliva artificial a 37 C. Valores colorimétricos das amostras foram medidos imediatamente após a fotopolimerização e após seis meses por cinco

28 28 anos por um coletor de luz, e uma placa branca usando um espectofotometro rápido. O sistema de cor CIE 1976 L* a* b* foi utilizado para a determinação da diferença de cor. Para as amostras que ao analisar, possuiam um fundo branco, o E*ab de todas as cores aumentaram em três anos e seis meses por cinco anos, no tempo decorrido durante todos os tempos de polimerização. Entretanto, os valores a* b* para o tempo decorrido diferiu entre as cores e os tempos de fotopolimerização. Nos grupos em que o período de fotopolimerização foi de 20 a 120s, a porcentagem de opacidade de todas as cores aumentou em quatro ou cinco anos do tempo decorrido. A influência da intensidade de luz e cor de uma resina composta quanto ao grau de dureza Knoop foram analisados por Martins et al. 38, em Corpos-de-prova foram confeccionados utilizando-se matrizes de poliéster envoltas por um anel de cobre contendo uma cavidade padronizada de 6mm de diâmetro por 2mm de espessura. As cavidades foram preenchidas com a resina composta Fill Magic (Vigodent) nas cores A3, B3, C3, D3 e I, fotopolimerizadas através do fotopolimerizador Elipar Trilight (ESPE), calibrado para produzir três intensidades de luz diferentes: 450mW/cm 2, 800mW/cm 2 e uma intensidade de luz crescente de 100 a 800mW/cm 2. Foram confeccionados 90 corpos-de-prova com o tempo de exposição da resina à luz halógena de 40s. Os corpos-de-prova foram armazenados em tubos de ensaio com água destilada a 37 ± 1 C. Após este período, foram realizados os testes de dureza Knoop utilizando uma carga de 100g por 10s de permanência, na região de superfície e fundo. Os resultados mostraram que houve diferença estatística em relação a intensidade de luz, entretanto em relação a cor, não houve diferença estatística. Os autores concluíram que a cor da resina composta não influencia a dureza Knoop e que a intensidade progressiva promoveu os maiores resultados de dureza Knoop.

29 29 Em 2003, Schulze et al. 56, investigaram as alterações na cor e microdureza de cinco resinas, nas cores A2 e U, quimicamente ativadas, Isopast Variant (Vivadent), Alfacomp (Voco), Bisfil II (Bisco), Superlux P/Anterior (DMG), Permalute (Ultradent) e cinco resinas fotoativadas Helioprogress (Vivadent), Polofil (Voco), Pyramid Enamel (Bisco), Superlux Solar (DMG), Vitalescence (Ultradent) em função da aceleração do tempo a partir da exposição à luz. De cada material utilizado cinco amostras de resina foram embebidas em resina epóxia anteriormente a determinação da microdureza Knoop da superfície do espécime. Para a análise da cor com espectofotometro, três discos por resina foram preparados. Após a mensuração do valor inicial da cor da dureza Knoop, onde foi utilizada a carga de 500g, as mesmas amostras foram expostas a uma luz de arco de xenônio e água em uma máquina Weather-Ometer com energia radiante de 150KJ/m 2 por 122h. A microdureza e a cor foram novamente determinadas seguindo o tratamento de envelhecimento. Cada material apresentou um significante aumento na microdureza após o tratamento de envelhecimento (p< 0,05). Comparando as alterações na microdureza (em %) dos materiais fotoativados com os materiais quimicamente ativados, não foi encontrada diferença estatística. Perceptíveis diferenças de cor puderam ser observadas em todos os materiais. Três marcas mostraram pequenas diferenças E* = 1,6-2,2, enquanto quatro resinas tiveram E* variando de 6,2 a 15,5. Uma correlação significante entre os valores de microdureza e alteração de cor não pode ser estabelecida. 2.2 Polimerização e fontes fotopolimerizadoras Swartz et al. 64, em 1983, estudaram o efeito das variáveis; cor da resina, tempo de exposição à luz, distância da fonte emissora de luz da superfície da resina e a quantidade de polimerização através do

30 30 esmalte, na profundidade de polimerização de resinas compostas fotopolimerizáveis. As resinas compostas Prisma-Fil (Caulk/ Dentsply) e Visio-Dispers (3M) foram utilizadas para a confecção das amostras que foram inseridas em moldes cilíndricos de teflon com 7mm de diâmetro com alturas de 1, 2 e 3mm. Após a fotopolimerização de 20 e 40s com os respectivos aparelhos Prisma Light (Dentsply) e Elipar Light (3M) foi realizada a leitura da dureza Knoop da superfície e da base das amostras. Foram realizadas três indentações em cada região, utilizando-se a carga de 200g. Estas amostras foram posteriormente armazenadas em um recipiente a prova de luz à temperatura ambiente, e novas medidas de dureza Knoop foram feitas após 24h e sete dias. O efeito da distância da fonte de luz à superfície foi realizado colocando-se anéis de plástico com a espessura adequada sobre o molde que serviram de espaçadores entre a fonte de luz e a superfície da resina. Foram utilizadas as superfícies de esmalte, de dentes extraídos, e posicionados sobre os anéis de resina. As amostras foram seccionadas longitudinalmente e foram feitas indentações em incrementos de 0,5mm, a partir da interface de resina. Foi possível verificar que as resinas alcançaram o máximo de polimerização após 24h. A superfície da amostras em todos os casos apresentou maior dureza que a base sendo que com o aumento da espessura de resina houve uma diminuição da dureza da amostra. A resina Visio-Dispers (microparticulada) apresentou menores valores de dureza que Prisma-Fil (> 5µm). As cores mais claras apresentaram maior profundidade de polimerização que as mais escuras. Quando utilizado tempo de 40s de fotopolimerização houve um ligeiro aumento na dureza a 1 e 2mm, mas a polimerização da resina não foi atingida aos 3mm. A alteração da distância da fonte de luz à superfície da resina, nas cores mais claras, não afetou a polimerização da resina em distâncias inferiores a 3mm, porém nas cores escuras houve uma redução da dureza com o acréscimo da distância.

31 31 Friedman & Hassan 20, em 1984, elaboraram um estudo para avaliar a dureza da superfície e da base de resinas compostas, utilizando cinco diferentes aparelhos fotopolimerizadores. Foram utilizados os aparelhos Command (Kerr), Elipar (Premier Dental), Trans-Lux (Kulzer), Optilux (Demetron), e Prisma-Lite (Caulk) para fotopolimerizar as resinas Silux (3M) microparticulada nas cores universal e cinza e Prisma- Fil (Caulk) nas cores clara e cinza-marrom. As amostras foram confeccionadas em uma matriz de teflon quadrada com 2,5mm de espessura e com uma cavidade de 6,3mm de diâmetro. A fonte de luz foi posicionada, por 20s, diretamente sobre a resina. Após 2 min, foi realizado o teste de dureza Barcol, realizando-se três medições de dureza na superfície e na base das amostras. Os aparelhos com maior intensidade de luz proporcionaram maiores valores de dureza da resina composta. O aparelho Optilux que apresentava a maior intensidade de luz promoveu maiores valores de dureza para todas as cores de resinas utilizadas. Para ambos materiais as cores mais escuras resultaram em menores valores de dureza. Os aparelhos com maior intensidade de luz e ampla área de transmissão promoveram um aumento da dureza na base das amostras. Backer et al. 5, em 1985, estudaram seis aparelhos fotopolimerizadores e dez resinas compostas fotopolimerizáveis. O comprimento de onda dos aparelhos fotopolimerizadores 3M/LC System 3505 (3M), Translux (Kulzer), Heliomat (Vivadent), PR Lux 200 (Pierre Roland Prod Dent), Elipar (ESPE), Command II (Kerr), foi analisado espectroscopicamente e a intensidade de luz foi medida. Para a avaliação da profundidade de polimerização foi determinado o método em que era removido todo o material que podia ser removido após a fotopolimerização e medida a porção remanescente. Foi utilizado um molde com 6mm de espessura, formado por duas partes, que quando unidas formam quatro cilindros de 4mm de diâmetro. Antes da inserção da resina composta, foi posicionada uma matriz de poliéster entre as partes

32 32 do molde a fim de facilitar a posterior mensuração da profundidade de polimerização. As resinas Silux (3M), Durafil (Kulzer), Heliosit (Vivadent), Scintilux (Pierre Roland Prod Dent), Visio-Dispers (ESPE), Command Ultrafine (Kerr), Aurafill (Johnson & Johnson), Estilux Posterior (kulzer), Amalux (Pierre Roland Prod Dent), Heliomolar (Vivadent) em diversas cores foram inseridas no molde e fotopolimerizadas por 20, 40, 60 e 120s. Após a polimerização, as duas partes do molde foram separadas e as metades de cada amostra analisadas com o uso de uma sonda dental afiada a fim de limitar a área transicional entre a resina completa e incompletamente polimerizada. A parte não polimerizada foi removida e a porção remanescente medida com um paquímetro. Verificou-se que quatro dos aparelhos fotopolimerizadores possuíam filtros de transmissão o que explica a brusca queda na intensidade de luz em altos comprimentos de onda (aproximadamente 500nm). O pico dos comprimentos de onda variaram entre 459 a 496nm. O aparelho 3M/LC System 3505 apresentou a melhor intensidade de luz, apesar de ser equipado com uma lâmpada de 20W. Todos os produtos testados polimerizaram em profundidades de 3 a 6mm após 60s de exposição. A profundidade de polimerização variou conforme a cor, ou seja, mesmo tempo de irradiação para as resinas de cores mais claras polimerizou mais do que as mais escuras. Após 20s de exposição a resina Aurafill apresentou a maior profundidade de polimerização variando de 4 a 6mm. O mesmo foi notado com a resina para dentes posteriores, Estilux Posterior. Yearn 78, em 1985, fez um estudo de revisão dos principais fatores que determinam as características da polimerização e o comportamento das resinas compostas fotopolimerizáveis. Vários fatores envolvidos no processo precisam ser avaliados para que o método mais adequado de avaliação da profundidade de polimerização seja realizado, pois ai parece surgir as maiores diferenças nos valores mencionados pelos fabricantes. O que é necessário é um método que reproduza

33 33 fielmente in vitro, o que ocorre clinicamente. Os testes de raspagem, dureza e mensuração do grau de conversão da resina podem ser descritos na literatura. No teste de raspagem o material não polimerizado é removido, sendo medida a porção remanescente polimerizada, que foi tomada como a medida da profundidade de polimerização. Este teste não fornece a indicação da quantidade de polimerização o que é de grande importância nas áreas mais profundas próximas ao local onde foi removido o material não polimerizado. Observa-se que o material de que é feito o molde (metal, teflon e polipropileno) interferem na quantidade de polimerização do material. A medida da dureza Barcol, Knoop e Vickers nas várias profundidades da resina tem sido utilizada por diversos autores. Verifica-se que amostras confeccionadas em moldes de plástico apresentam valores de dureza maiores do que em moldes de metal, e por isso a qualidade da polimerização diminui rapidamente antes de se alcançar às profundidades indicadas pelo teste de raspagem. Verificou-se que o perfil obtido, usando-se moldes de metal indica uma próxima correlação do que ocorre na estrutura dental. A mensuração do grau de conversão fornece quantitativamente os níveis de conversão alcançados. Na literatura são apontados os métodos Espectroscopia Refletiva Interna Multipla e Espectroscopia Laser. Há porém, fatores que afetam a polimerização das resinas compostas, tais como, variação na composição do material, a quantidade de incidência de luz e manuseio pelo operador (tempo de exposição e distância da fonte de luz do material). Ferracane et al. 19, em 1986 estudaram a profundidade de polimerização de resinas compostas fotopolimerizáveis em relação a cor e translucidez usando o teste de microdureza e análise infravermelha. Foram utilizadas as resinas Prisma-Fine e Prisma-Fil (Caulk) nas cores L, LY, LG, LYG e Aura-Fill (Johnson & Johnson) nas cores L,Y, G, GB para a confecção das amostras. A resina foi inserida em moldes cilíndricos de alumínio com 4mm de diâmetro e 5mm de espessura e fotopolimerizados por 40s com o aparelho Prisma-lite (Caulk). As amostras foram

34 34 armazenadas a 37 o C por 24h em um recipiente a prova de luz. Três amostras de cada cor foram incluídas em resina epóxia e polidas antes da aferição da dureza Knoop, com a carga de 500g. O grau de conversão das ligações duplas de carbono para ligação simples foi analisado por um espectrômetro infravermelho. A translucidez foi determinada espectofotometricamente pela medida da transmissão (%T) de luz (λ = 470nm). A profundidade de polimerização foi determinada pelo teste de microdureza e grau de conversão, comparados favoravelmente com os resultados preditos através da comparação visual do guia de cores para a resina Prisma. A cor mais clara obteve maior profundidade de polimerização que as cores mais escuras. Entretanto, a cor mais escura da resina Aurafill teve uma profundidade de polimerização equivalente aquela, determinada pela dureza, para a cor mais clara. Os autores concluíram que a profundidade de polimerização das resinas pode ser menos dependente sobre a cor do que sobre outros fatores, tais como translucidez. Em 1986, Moseley et al. 43, realizaram um estudo com o objetivo de comparar as propriedades de cinco aparelhos fotopolimerizadores disponíveis comercialmente. Os aparelhos Elipar (ESPE), Heliomat (Vivadent), Prisma-Lite (L.D. Caulk), Translux (Kulzer), Ultra Novar (Demetron) foram analisados quanto à: a) emissão espectral; b) cronômetro de tempo, c) potência da luz x tempo; d) potência da luz x distância; e) intensidade de distribuição; f) avaliação do risco ultravioleta (UV). A irradiação espectral (mw/m 2 nm -1 ), a) - foi determinada usando dois espectroradiometros que cobriram completamente o espectro visível e ultravioleta. As leituras foram feitas com intervalos de 1nm na região visível de ( nm). Os valores de irradiação (W/m 2 ) foram calculados a partir de medidas espectrais, ou seja a soma dos componentes UV e visíveis, não incluindo os componentes infravermelhos. A exatidão do tempo de exposição, b) - indicado pelos aparelhos foi verificada pelo uso de um cronômetro. A variação da emissão de luz x tempo, c) - foi avaliada

35 35 pela mensuração da irradiação no comprimento de luz correspondendo à máxima intensidade. A potência da luz x tempo, d) - foi medida pelo comprimento de onda correspondendo a intensidade máxima com as distâncias de 2, 5, 10 e 20mm da fonte emissora de luz, sendo que três medidas foram realizadas e a médias dos valores foram analisadas. A intensidade de distribuição, e) foi analisada para detectar qualquer não homogeneidade na intensidade de luz através do guia de luz. Foram realizadas medidas, com o uso de uma tela de alumínio posicionada sobre uma fotocélula sensível à luz azul, numa distância de 1mm dos lados do guia de luz. A avaliação do risco de exposição UV, f) - foi realizada utilizando-se um radiômetro de Luz Actínica, que possui uma resposta espectral que iguala aproximadamente ao espectro de risco, definido pela American Conference of Governamental Hygienists - ACGI (1976). Verificou-se que todos os picos de emissão ficaram entre 400 e 500nm. Os cronômetros dos aparelhos apresentaram 20% de erro. A potência da luz foi traçada em função do tempo, e após 60s, variou de - 15 % a +38% a partir do tempo inicial. A diminuição na irradiação com distância, do final do guia de luz foi tal, que a irradiação a 20mm foi entre 20% a 40% daquela encontrada a 2mm. Foi encontrada uma significante falta de homogeneidade na distribuição de luz e o risco de exposição UV foi avaliado concluindo-se que nenhuma das fontes de luz apresentaram risco ao operador na utilização convencional. Takamizu et al. 65, em 1988, testaram fotopolimerizadores disponíveis comercialmente para avaliar a variação de intensidade de luz com diferentes linhas de voltagem e determinar a influência desta variação na profundidade de polimerização. Oito aparelhos fotopolimerizadores, tais como, Prismetics Lite (L D Caulk Co), VCL 300 (Demetron), Visilux (3M), Visilux-2 (3M), Elipar-2 (ESPE/Premier), Focus ACTIVATOR (Teledyne Getz), de emissão de luz por pistola e COE-Lite (Coe Lab.) e Heliomat-MF (Vivadent) de fio flexível de fibra óptica foram utilizados com bulbos e fios novos de fibra óptica. Previamente foi

36 36 realizada a mensuração da intensidade de luz em um radiômetro. Os aparelhos fotopolimerizadores foram ligados em um transformador com voltagem variável e a voltagem foi medida. A potência de cada aparelho foi medida após dez ciclos consecutivos de 20s, com 5s de intervalo entre eles e com três voltagens diferentes; 108V (-10%), 120V (normal), 132V (+10%). A resina composta Prisma Fill (Dentsply) nas cores (cinzamarrom, cinza escuro, amarelo escuro, amarelo-cinza claro, amarelo claro) foi utilizada para a realização das amostras, confeccionadas em moldes cilíndricos de metal com 8mm de diâmetro e com alturas de 2, 3 e 4mm. Os tempos de polimerização de 20 e 40s foram utilizados e três amostras foram feitas para cada grupo. As amostras foram armazenadas em um recipiente a prova de luz e armazenadas em temperatura ambiente. A profundidade de polimerização foi analisada após 1h, 24h e 1 semana, através da mensuração da dureza Knoop utilizando-se a carga de 200g. Três indentações foram feitas na superfície e na base de cada amostra. Puderam ser observados dois padrões comportamentais; um grupo foi sensível à variação de voltagem e o outro foi relativamente independente à variação de voltagem. Houve considerável diferença de intensidade entre os aparelhos polimerizadores. A dureza da base diminuiu com o aumento da espessura da amostra, e isto foi pronunciado quando utilizada uma menor voltagem e menor tempo de polimerização. As cores mais escuras da resina composta mostraram uma redução na profundidade de polimerização. Estes achados indicaram que melhores resultados de polimerização serão obtidos com máxima intensidade e uma voltagem regulada. Mandarino & Porto 37, em 1989 pesquisaram a microdureza Vickers de resinas compostas fotoativadas, bem como o uso de três lâmpadas, verificando o comprimento de onda e intensidade luminosa de cada um dos sistemas ópticos dos aparelhos. Foram analisados três aparelhos de luz visível, Translux (Kulzer), Heliomat (Vivadent), Primelite (Caulk/ Dentisply) com o tempo de exposição de 40s,

37 37 sendo que foi medido o comprimento de onda e intensidade luminosa de cada um dos sistemas ópticos. Foram empregadas três resinas compostas fotoativadas de tonalidade clara, sendo duas delas de micropartículas Durafill (Kulzer) e Heliosit (Vivadent) e uma com característica de carga híbrida Herculite (Sybron/ Kerr). Para a confecção das amostras, foi utilizada uma matriz metálica cilíndrica com uma cavidade de 10mm de comprimento por 5mm de diâmetro, que após a inserção, polimerização e remoção da resina do interior da matriz, o material não polimerizado foi desprezado. A amostra foi seccionada ao meio no sentido do seu longo eixo e incluída em uma barra de gesso. A avaliação foi realizada através do teste de dureza Vickers com carga de 50g e tempo de permanência de 30s, a cada milímetro de profundidade, na superfície interna dos corpos-de-prova. Foram realizados 45 corposde-prova, com um total de 810 medidas de dureza. Os dados obtidos foram submetidos ao modelo estatístico ANOVA, formando uma amostra com distribuição normal. Foi possível concluir até os 3mm de profundidade a dureza da resina composta não se alterou, sendo que a partir deste ponto houve uma relação inversa entre a dureza e profundidade. As resinas compostas apresentaram valores de dureza diferentes entre si e os três aparelhos empregados propiciaram o mesmo nível de dureza para todos os materiais. Alguns fatores que influenciam na profundidade de polimerização das resinas compostas fotopolimerizáveis, foram estudados por Atmadja & Bryant 4, em 1990, através da mensuração da dureza Knoop. As resinas P-30 (3M) híbrida, Prisma-Fil (Dentsply) fina macroparticulada, Heliomolar Radiopaca (Vivadent) microparticulada, Durafil (Kulzer) microparticulada foram utilizadas para a confecção das amostras que foram preparadas em moldes cilíndricos com 4mm de diâmetro e 1, 2, 3, 4 e 6mm de altura. A fonte de luz polimerizadora foi utilizada por 20, 40 e 60s. Posteriormente, foi realizado o teste de dureza Knoop utilizando-se uma carga de 200g. Três indentações foram

38 38 realizadas na superfície e na base das amostras que variaram de 1, 2, 3, 4 e 6mm de espessura. Após a obtenção dos dados, as amostras foram armazenadas em água num recipiente a prova de luz, em temperatura ambiente por 24h e uma semana. Os valores obtidos sugerem que 40s de exposição da luz fotopolimerizadora são preferíveis, clinicamente, que 20s. Em todas as resinas utilizadas a dureza diminuiu com o aumento da profundidade. A resina microparticulada foi a mais afetada pelo declínio da dureza com o aumento da profundidade, já a resina híbrida apresentou um declínio mais gradual. A redução da espessura do incremento foi o meio mais adequado de se obter uma adequada polimerização do que o aumento do tempo de exposição à luz. As resinas fotoativadas continuam a sua polimerização mesmo após a remoção da fonte de luz. As resinas compostas possuem diferentes valores de dureza superficial, variando de acordo com a composição do material. Vinha et al. 70, em 1990 verificaram a efetividade de cinco aparelhos fotopolimerizadores, em função das variações de voltagem e de cor de uma resina composta. A resina Silux (3M), nas cores L (clara) e DY (escura), foi utilizada para a confecção dos corpos-de-prova. Esta foi inserida em uma matriz de nylon onde foi possível obter-se corpos-deprova medindo 3 x 3 mm em cada lado por 6mm de altura. Os aparelhos Fibralux (Dabi Atlante), Primilite (Dentsply), Resilux (3M), Starlight (Funk), Translux (Kulzer) foram utilizados para a fotopolimerização da resina composta obedecendo ao tempo de 40s. Foi utilizado um transformador de voltagem para variar a voltagem de todos os aparelhos, para V 1 100V; V 2 105V; V 3 110V; V 4 115V; V 5 120V; V 6 125V; V 7 130V, e para estas medidas foi empregado um medidor de voltagem digital. A matriz internamente era milimetrada o que permitia, ao abrí-la, a demarcação de cada milímetro. Com estes corpos-de-prova foram realizados testes de microdureza Vickers, realizando-se três indentações a cada milímetro da amostra. Foi empregada a carga de 50g por 1min. Os valores encontrados mostram que houve diferença estatisticamente

39 39 significante entre os aparelhos testados, porém não se pôde afirmar que haja, estatisticamente, diferença significante entre as voltagens. Houve interferência da cor da resina nos resultados finais sendo que, os corposde-prova da cor L mostraram-se mais profundamente polimerizados do que aqueles da cor DY. Turbino et al. 67, em 1992, estudaram as variações de dureza Vickers de várias resinas fotopolimerizáveis, expostas por 20 e 40s e avaliaram se existem diferenças entre a dureza superficial obtida imediatamente após a polimerização e a obtida após 24h. As resinas compostas Silux (3M), U,Y,G, DY, L, UO; P-30 (3M) U, G, Y, EL; Heliosit (Vivadent) 30, 36, 22; Estilux P (Kulzer), L,YO, XR1; Durafill (Kulzer) L, B, G, S, U, YO, BO, GO, UO, LO; Herculite XR (Sybron/Kulzer) YS, DG, GS, DY, LS; Prisma-Fil (Denstply) LG, L,GB, LYG, LY, DG, DY; Ful-Fil (Dentsply) One; nas suas respectivas cores foram utilizadas. A partir de cada cor de resina, três amostras experimentais foram polimerizadas por 20s e outras três por 40s. A resina foi inserida em uma matriz de poliacetato com a dimensão de 3 x 4 x 3,5. Foram realizadas três medidas de dureza Vickers, utilizando uma carga de 50g por 30s de permanência, imediatamente após a polimerização. Posteriomente as amostras foram armazenadas em um recipiente à prova de luz, em temperatura ambiente por 24h. Decorrido este período novas mensurações de dureza Vickers foram realizadas. Os resultados mostraram uma diferença estatisticamente significante entre a dureza da resina imediatamente após a sua polimerização e após 24h, atingindo maiores valores após 24h de polimerização. Um significante aumento da dureza foi observado aos 40s quando comparado com 20s de exposição à luz polimerizadora. Hansen & Asmussen 23, em 1993, analisaram a relação entre a dureza superficial da resina composta fotopolimerizável e a profundidade de polimerização, utilizando vários aparelhos fotopolimerizadores. Os aparelhos novos Translux EC sem ponta (Kulzer), Visilux 2 (3M), Translux CL (Kulzer), Translux com ponta (Kulzer),

40 40 aparelhos velhos ou muito usados Visilux 2, Luxor n , Luxor n e aparelhos propositalmente danificados Command II, Heliomat foram utilizados neste estudo. Para cada aparelho 15 amostras foram confeccionadas com a resina Silux (3M) cor universal, utilizando-se um molde de Teflon de 3,6mm de diâmetro. A base dos espécimes permaneceu em íntimo contato com uma porção plana de dentina humana. As amostras foram irradiadas por 40s e armazenadas a 36,5 ± 0,5 o C por 7dias. Decorrido este período, foi realizada a mensuração da dureza Wallace, usando 1N de carga com o tempo de permanência de 60s, na superfície e na base. Foram realizadas cinco medidas para o cálculo da média de dureza Wallace da amostra. A profundidade de polimerização foi testada em cavidades preparadas em molares humanos extraídos. As cavidades cilíndricas que possuíam o diâmetro de 4,5mm e profundidade de 8 a 10mm foram preenchidas com a resina Silux (3M) e fotopolimerizadas por 40s com todos os aparelhos fotopolimerizadores. Após 5min, a superfície dental foi desgastada até expor a resina composta. O material não polimerizado foi removido e a resina remanescente foi medida com um paquímetro. Para cada aparelho fotopolimerizador estudado, quatro amostras foram examinadas. Foi verificado que não houve correlação entre a dureza superficial e a profundidade de polimerização. Mesmo os aparelhos de qualidade inferior foram capazes de polimerizar a superfície, com a mesma eficiência que os aparelhos com boa intensidade de luz. Pires et al. 51, em 1993, avaliaram a relação entre a intensidade de luz, a distância da fonte de luz e a resina composta, e a polimerização da resina indicada pela análise da microdureza. Amostras de 6mm de diâmetro e 2mm de espessura foram realizadas em um molde contendo em sua base discos polidos de dentina que foram utilizados para simular clinicamente o contato da resina com a parede dentinária do preparo cavitário. A resina Silux Plus (3M) foi utilizada sendo coberta com uma tira de poliéster e polimerizada por 40s pelo aparelho

41 41 fotopolimerizador Optilux 401 (Demetron). A fonte de luz foi posicionada em quatro distâncias: 0, 2, 6, e 12mm da superfície da resina. A intensidade de luz foi medida antes das amostras serem polimerizadas e a cada distância, por três radiômetros. Após 24h de armazenagem a superfície e a base das amostras foram polidas e três indentações para a avaliação da dureza Knoop foram realizadas utilizando a carga de 10g por 12s de permanência. Os resultados mostraram que as medidas de intensidade de luz, que diminuíram com o aumento da distância da fonte de luz à superfície do material, foram fortemente relacionadas com a dureza da resina, porém a dureza da superfície das amostras pareceu não ser afetada pela distância ou intensidade da fonte de luz. A intensidade de luz reduzida resultou em resinas com menor dureza, principalmente na base das amostras (2mm de profundidade). Os diferentes radiômetros utilizados promoveram indicações similares de mudanças de intensidade de luz nas diferentes distâncias de polimerização. Rueggeberg et al. 54, em 1993, analisaram o impacto relativo do tipo de partículas, cor da resina, tempo de exposição e a intensidade de luz na profundidade de polimerização de resinas fotopolimerizáveis nas profundidades previamente estabelecidas (superfície, 1, 2 e 3mm). Foram confeccionadas finas amostras com as resinas P-50 (3M) híbrida e Silux Plus (3M) microparticulada, nas cores universal e cinza. As amostras foram confeccionadas entre uma resina polimerizada posicionada na base e uma resina polimerizada acima, a fim de reproduzir o ambiente de polimerização dentro de um cilindro de resina, sendo que esta variava de posição promovendo espessuras diferentes da amostra. As amostras foram polimerizadas com o aparelho fotopolimerizador Optilux 401 (Demetron). Foi utilizado um transformador de voltagem e utilizadas as intensidades de luz de 800, 578, 400 e 233mW/cm 2. Estas amostras foram fotopolimerizadas por 20, 40, 60 e 80s e posteriormente armazenadas em um ambiente a prova de luz, por

42 42 24h. A conversão do monômero de cada amostra foi obtida por técnica de Espectroscopia Infravermelha. A análise de variância foi utilizada para determinar os fatores significantes que influenciaram a polimerização da resina em cada espessura estabelecida. Na superfície, o tipo de carga, o tempo de exposição e a cor da resina predominaram, respectivamente, como fatores de maior influência. A 1mm de profundidade, a ordem dos fatores de influência foram tempo de exposição, tipo da carga e intensidade luz. Aos 2mm ou mais, a grande influência na polimerização foi dada à intensidade de luz e tempo de exposição. A cor da resina e o tipo de carga exerceram mínima influência nestas profundidades. Ao polimerizar a resina composta, a diferença da cor (universal e cinza) não promoveu grande influência na polimerização da resina. Rueggeberg et al. 53, em 1994, analisaram o impacto da variação da intensidade de luz e tempo de exposição sobre a resina composta nas diferentes profundidades. Finas amostras de resina foram obtidas a partir de um dispositivo cilíndrico em que a amostra pôde ser confeccionada com 1, 2 e 3mm de profundidade a partir da superfície. Foram utilizadas as resinas P-50 (3M) híbrida e Silux Plus (3M) microparticulada nas cores universal e cinza. As amostras foram polimerizadas com o aparelho Optilux 401 (Demetron) utilizando-se as intensidades de luz de 800, 578, 400 e 233mW/cm 2. Estas amostras foram fotopolimerizadas por 20, 40, 60 e 80s e posteriormente armazenadas em um ambiente a prova de luz, por 24h. A polimerização das amostras nas diferentes condições estudadas foi determinada através da utilização de Esterescopia Infravermelha. Os resultados mostraram um evidente efeito na profundidade de polimerização da resina. Em profundidades maiores que 2mm, pobres resultados de polimerização foram encontrados, e a polimerização foi muito susceptível às mudanças na intensidade de luz e tempo de exposição. A partir destes resultados, tempo de exposição de 60s é recomendado quando utilizada a intensidade de luz de até 400mW/cm 2. Camadas incrementais de resina

43 43 não devem exceder a 2mm, sendo ideal 1mm. Intensidade de luz com valores inferiores a 233mW/cm 2 não devem ser usados por causa de suas pobres características de polimerização. Vicentini et al. 69, em 1996, estudaram a influência da intensidade de luz/tempo de exposição, sobre o grau de polimerização da resina composta, em vários níveis de profundidade da restauração. Amostras com 5mm de diâmetro por 2mm de espessura foram confeccionadas em matriz de cobre, com as resinas compostas Silux Plus U e Z 100 A3 (3M) cobertas com tira de poliéster e polimerizadas por 30, 60, 90 e 120s. Foi utilizado o aparelho fotopolimerizador Visilux 2 (3M), com 120mW/cm 2. Foram confeccionadas três amostras para cada tipo de material e tempo de exposição, totalizando 24 amostras. Estas foram armazenadas em umidade relativa de 100% a 37 o C, por 24h. Foi realizado o polimento das amostras, e a microdureza Knoop nas regiões de superfície e fundo das amostras foi determinada, sob carga de 50g por 30s de permanência. Foram realizadas cinco indentações na região de superfície e fundo das amostras. Os resultados foram submetidos ao teste de Tukey (p<0,05) e demonstraram que a dureza na região de superfície foi superior em relação a região de fundo para as duas resinas compostas, em todos os tempos de exposição. A resina Z100 (híbrida) apresentou valores de microdureza superiores ao Silux Plus (micropartículas), tanto na região de superfície como na base. Araújo et al. 1, em 1997, elaboraram um estudo cujo objetivo foi o de medir a intensidade de luz (IL) (mw/cm 2 ) e o calor desprendido de fotopolimerizadores, e verificar o tempo de uso dos aparelhos. Foram avaliados 105 aparelhos fotopolimerizadores de 16 diferentes modelos, sendo 60 considerados novos (menos de cinco anos) e 45 antigos. Para medir a IL dos aparelhos foi empregado o Radiômetro (Demetron Research Corp.) e para medir o calor gerado pelos aparelhos, empregamos o Calorímetro (Demetron Research Corp.) Os aparelhos foram ligados por 1min e feita as medidas de IL e calor por três vezes,

44 44 sendo considerada a média obtida entre elas. Foi realizada a análise estatística do qui-quadrado (c 2 ) sobre os dados obtidos. Houve uma relação favorável entre a alta intensidade de luz e aparelhos novos. Para os aparelhos com IL 300mW/cm 2 ou mais os percentuais de tempo de uso foram estatisticamente diferentes, ou seja, para os aparelhos novos, 75% apresentaram-se adequados e para os antigos apenas 11,1%. Houve relação favorável entre baixa irradiação de calor e alta intensidade de luz nos aparelhos novos. Pereira et al. 49, em 1997, avaliaram a capacidade de polimerização, por meio de testes de dureza Vickers, de uma única resina composta fotopolimerizável, em função de diferentes intensidades de luz e profundidades de polimerização. Foram selecionados 120 aparelhos fotopolimerizadores, de diferentes modelos e marcas comerciais, dos quais foram registrados os valores de intensidade de luz emitida, utilizando um radiômetro (Curing Radiometer- Demetron). Posteriormente, os aparelhos foram classificados em 12 grupos distintos, de acordo com o valor de intensidade de luz encontrado. Para a confecção das amostras, foi utilizada a resina Herculite XR (cor L Enamel) que foi inserida em um único incremento em uma matriz de poliacetato bipartida, com uma cavidade de 7mm de comprimento, 4mm de largura e 3mm de profundidade. Cinco repetições foram confeccionadas, para cada aparelho apresentando um determinado valor de intensidade de luz. As amostras foram polimerizadas por 40s e armazenadas à temperatura de 37±2 o C por 24h. Decorrido este período foi realizado o teste de dureza Vickers, realizando-se três impressões a cada milímetro de profundidade, totalizando-se a profundidade padrão de 4mm. Os resultados foram analisados estatisticamente pelo método não paramétrico de Kruskal- Wallis e de comparações múltiplas com nível de significância de 5%. Foi verificado que os aparelhos com maior intensidade de luz proporcionaram maior capacidade de polimerização da resina composta e que somente os aparelhos com 800mW/cm 2 de intensidade de luz proporcionaram

45 45 uniformidade de polimerização em até 4mm. Os valores máximos de dureza puderam ser obtidos com valores de intensidade de luz de 564,54; 628,21; 692,64 e 756,67mW/cm 2 para os 1 o, 2 o, 3 o e 4 o mm respectivamente. Foi possível comprovar a existência da relação direta entre a intensidade de luz e profundidade de polimerização. Mills et al. 42, em 1999, se propuseram a avaliar se um aparelho de LED pode produzir uma semelhante profundidade de polimerização que um aparelho de luz halógena ajustado para fornecer uma intensidade de luz de 300mWcm -2 e caracterizar a potência dos aparelhos fotopolimerizadores. Foi utilizado o aparelho de luz halógena Coltolux 4 (Coltene) e o aparelho de LED (Nichia Chemical Industries) contendo 25 LEDs azuis. Três tipos e resinas compostas indicadas para dentes anteriores e posteriores foram utilizadas, Silux Plus cor U, P50 cor U e Z100 MP cor A3,5 (3M). Um molde de aço inoxidável com 4mm de diâmetro e 6mm de profundidade foi preenchido com resina composta para a confecção das amostras que foram polimerizadas seguindo o tempo de exposição preconizado pelo fabricante. Seis amostras foram confeccionadas para cada aparelho utilizado. A profundidade de polimerização foi medida com o auxílio de um penetrômetro que consiste em uma agulha de 0,5mm conectada rigidamente a um peso de 1250g e a profundidade de polimerização pode ser diretamente lida através de um medidor. Os resultados mostraram que houve uma grande diferença entre a distribuição espectral dos aparelhos. A irradiação do aparelho de LED e do aparelho de luz halógena foi de 290mWcm -2 e 455mWcm -2 respectivamente. O aparelho de LED polimerizou todas as resinas compostas com uma significante profundidade de polimerização maior (p < 0,05) que o aparelho de luz halógena. O aparelho de LED com a irradiação de 64% do aparelho de luz halógena atingiu uma profundidade de polimerização significativamente maior. A distribuição espectral dos aparelhos de luz emitida deve ser considerada em adição a irradiação, bem como a performace indicada. Os autores concluíram que os

46 46 aparelhos de LED podem ter um potencial para o uso odontológico, pois sua performace não reduz significantemente com o tempo como ocorre com os aparelhos de luz halógena convencionais. Correr Sobrinho et al. 12, em 2000, realizaram um estudo a fim de avaliar a correlação entre a intensidade de luz emitida por aparelhos fotopolimerizadores e o tempo de exposição, no grau de polimerização de resinas compostas pela mensuração da dureza Knoop. Foram confeccionadas amostras com a resina composta Herculite XRV (Kerr), A3 de 5mm de diâmetro e 2mm de altura que foram preparadas em moldes de cobre, cobertas com tiras de poliester e polimerizadas por 30s com 50, 130, 180, 220, 280 e 520mW/cm 2 de intensidade de luz, utilizando os aparelhos Heliomat (Vivadent), Fibralux (Dabi-Atlante) e Visilux 2 (3M). A potência de todos os aparelhos foi medida utilizando-se um radiômetro (Demetron). As demais amostras foram fotopolimerizadas por 45, 60, 75, 90, 105, 120, 135, 150, 165 e 180s utilizando 130, 220 e 280mW/ cm 2. Os valores de dureza Knoop da superfície e da base das amostras foram medidas após 24h, utilizando 50g de carga e tempo de permanência de 30s. Foram realizadas cinco medidas em cada superfície e estabelecida a média da amostra. Os dados foram submetidos à análise estatística empregando o teste de Tukey. Os resultados indicaram que os aparelhos fotopolimerizadores com maior intensidade de luz apresentaram melhores valores de dureza Knoop tanto na superfície como na base das amostras, sendo que a superfície sempre apresentou melhores valores de dureza em relação à base, após 30s de exposição. Os valores obtidos na superfície foram estatisticamente superiores comparados com os valores da base (p< 0,05) para a intensidade de 130, 220 e 280mW/ cm 2 depois de 30, 45 e 60s de exposição. Em 2000, Jandt et al. 26, avaliaram a profundidade de polimerização e força compressiva de resinas compostas polimerizadas com aparelhos de LED ou aparelhos convencionais de luz halógena. As resinas compostas TPH Spectrum (Dentsply) nas cores A2 e A4 foram

47 47 fotopolimerizadas por 40s com o aparelho de luz halógena Spectrum (Dentsply) e um aparelho com 27 LEDs azuis (Nichia Chem. Ind.). A profundidade de polimerização foi medida a partir de dez amostras de 4mm de diâmetro e 8mm de profundidade com o uso de um penetrômetro. Os resultados foram comparados usando o teste estatístico t-student. Forças compressivas foram determinadas após 6 e 72h, para 6 amostras de 4mm de diâmetro e 6mm de profundidade para cada cor depois de ser polimerizada por 40s. Os grupos foram comparados estatísticamente usando o teste de ANOVA. O aparelho de luz halógena promoveu uma profundidade de polimerização significantemente maior (A2-6,40mm, A4-5,19mm) que o aparelho de LED (A2-5,33mm, A4-4,27mm). Ambos os aparelhos polimerizaram a resina composta mais profundamente do que o proposto pela ISO 4049 e o fabricante. O teste ANOVA mostrou que não houve diferença significante na força compressiva das amostras produzidas tanto com o aparelho de LED como de para o de luz halógena. Diferenças significantes na força compressiva das amostras armazenadas por 6 e 72h e amostras com diferentes cores foram confirmadas no teste estatístico. O espectro de luz de ambas as unidades diferiram fortemente. Enquanto o aparelho de luz halógena mostrou uma larga distribuição do comprimento de onda comum com pico de energia de 497nm, o aparelho de LED emitiu a maior quantidade de luz produzida a 465nm. O aparelho de LED produziu um total de 350mW/ cm 2 enquanto o aparelho de luz halógena produziu um total de irradiação de 755mW/ cm 2. Os resultados mostraram que ambos os aparelhos promoveram suficiente potência para ultrapassar as necessidades mínimas em relação às resinas compostas (profundidade de polimerização de acordo com ISO 4049 e força compressiva indicada pelo fabricante). A força compressiva das resinas compostas polimerizadas em condições laboratoriais com um aparelho de LED foram estatisticamente equivalentes àquelas polimerizadas com o aparelho de luz halógena convencional. Sendo que o aparelho de LED possui vantagens inerentes, tais como potência constante durante a vida

48 48 útil dos diodos e um grande potencial para alcançar uma qualidade de polimerização da resina satisfatória clinicamente. Santos et al. 55, em 2000, avaliaram a eficácia de dois aparelhos fotopolimerizadores do tipo pistola, de alta intensidade de luz, comparando com a de um aparelho a cabo, de baixa intensidade de luz, com tempo de exposição de 20 e de 40s em profundidades de 1 a 4mm. Foram utilizados os aparelhos tipo pistola, Optilight II (Gnatus) e XL 1500 (3M) e o Fibralux (Dabi Atlante) tipo cabo a 110V. A resina Z100 (3M) na cor A2 foi inserida em uma matriz bipartida de poliacetato que continha uma cavidade retangular de 6mm de profundidade, 4mm de largura e 3mm de altura. A hemimatriz foi preenchida com o material, coberta com uma lamínula de vidro e sobreposta com a outra metade da matriz, ficando apenas uma extremidade por onde se fazia a incidência da luz. Foram utilizados 20 e 40s de polimerização nas profundidades de 1, 2, 3 e 4mm, sendo realizada três repetições com três medidas para cada região. A parte a ser examinada foi aquela que havia estado em contato com a lamínula. Esta superfície foi milimetrada e levada ao microdurômetro Knoop utilizando-se uma carga de 50g pelo tempo de 45s. A cada milímetro foram realizados três ensaios de dureza nos 2mm centrais. Os resultados mostraram haver diferença estatísticamente significante entre os tempos, sendo que com 40s a dureza foi maior que a 20s, para as quatro diferentes profundidades. Para o fator aparelho, os dois aparelhos tipo pistola se comportaram superiores ao tipo cabo Fibralux, e entre eles, o XL 1500 promoveu dureza maior que Optilight II no tempo de polimerização de 40s. As profundidades de 1, 2, 3 e 4mm mostraram diferença estatística entre si, tendo sido encontrado maior dureza para as menores profundidades (p< 0,05). As propriedades flexurais de resinas compostas com três diferentes cores, polimerizadas com aparelhos de LED e de luz halógena, foram analisadas por Stahl et al. 63, 2000, tendo como objetivo explicar a efetividade dos aparelhos de LED em relação aos aparelhos de luz

49 49 halógena. Foi utilizado o aparelho de luz halógena Spectrum 201 R (Denstply) com 755mW/cm 2 e um aparelho contendo 27 LEDs (Nichia Chem. Ind.) com 350mW/cm 2. As resinas; TPH Spectrum (Denstply), Z100 (3M) nas cores A2 e A4 e Solitaire (Heraeus Kulzer) nas cores A2 e A3 foram utilizadas. As propriedades flexurais foram testadas de acordo com as normas ISO As amostras foram confeccionadas em moldes de aço inoxidável de 25 x 2 x 2mm de tamanho. Foram armazenadas por 24h em água antes dos testes mecânicos. Os resultados foram analisados utilizando o teste estatístico ANOVA. Na maioria dos casos não foram encontradas diferenças estatisticamente diferentes na força e módulo flexural entre as resinas compostas polimerizadas com o aparelho de luz halógena ou LED. Em 2000, Yap 76 estudou, através do teste de microdureza, o impacto da variação da profundidade da cavidade e o tempo da exposição de luz na efetividade de polimerização de duas resinas compostas. Analisou também, a afirmação dos fabricantes de que os seus materiais restauradores polimerizariam eficientemente em até 4 e 5mm quando expostos à luz por 40s. Foram utilizadas as resinas Ariston phc (Vivadent) e Surefil (Dentsply) na cor A2 que foram inseridas em moldes cilindricos de plástico com cavidades de 2 a 4mm de profundidade e 5mm de diâmetro. Cada amostra foi fotopolimerizada por 40s pelo fotopolimerizador Spectrum (Dentsply). Posteriormente, as amostras foram posicionadas para a análise da dureza Knoop, com a carga de 500g por 15s, empregada na superfície e base. As amostras foram complementarmente fotopolimerizadas em incrementos de 20s até que atingissem 120s de irradiação. A mensuração da dureza da superfície e base foi realizada a cada período de irradiação. Os resultados mostraram que a eficácia da polimerização diminuiu significativamente com o aumento da profundidade da cavidade em todos os tempos de exposição avaliados. Aumentando o tempo de exposição, aumenta-se a extensão de polimerização nas cavidades com 3 e 4mm. Os incrementos de resina

50 50 composta avaliados não devem ser maiores que 2mm para promover uniforme e máxima polimerização. Cunha et al. 14, em 2001 pesquisaram a influência de quatro métodos de fotoativação sobre a dureza Knoop de cinco resinas compostas Z100 (3M), TPH (Dentsply), Solitaire (Heraeus Kulzer), Alert (Jeneric - Pentron) e Wave (SDI). Cinco amostras cilindricas de 3mm de diâmetro por 5mm de altura foram preparadas em uma matriz bipartida para cada resina composta e cada método de ativação utilizado. A fotoativação foi realizada empregando-se quatro diferentes métodos: luz contínua (520mW/cm 2 por 40s); dupla intensidade de luz (150mW/cm 2 durante 30s); luz pulsátil (520mW/cm 2 por 60s) e por arco de plasma de Xenônio (2300 mw/cm 2 por 3 s), sendo posteriormente armazenadas por 24h a 37 o C. Foi realizada a mensuração da dureza Knoop utilizando-se uma carga de 50g por 30s. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e ao teste de Tukey (5%). Os resultados indicaram que a dureza na região de superfície foi maior do que a dureza nas profundidades de 1,5; 2,5 e 4mm e região de fundo, independentemente do tipo de resina e de método de fotoativação. O método de fotoativação por luz contínua e por dupla intensidade de luz não diferiu entre si, porém foram superiores aos métodos de fotoativação por luz pulsátil e por arco de plasma de Xenônio, independentemente da profundidade e do tipo de compósito. O compósito Z100 obteve o mais alto valor de dureza, seguido pelas resinas compostas Alert, TPH, Solitaire e Wave. Em 2001, Kurachi et al. 32, avaliaram a microdureza de uma resina composta polimerizada por cinco aparelhos de LED e uma comparação com aparelho fotopolimerizador convencional de luz halógena K&M (200R). O teste de microdureza foi usado para comparar a eficácia de ambos os tipos de fontes de luz. Nos aparelhos de LED utilizados foram empregados: (L2) dois LEDs, (L3) três LEDs, (L4) quatro LEDs, (L5) cinco LEDs ou (L6) seis LEDs azuis, estas séries de LEDs (Nichia Chem. Ind.) emitiam um pico de luz de 470 nm. A resina composta

51 51 Z100 (3M) na cor A3 foi polimerizada por 20, 40, 60, 120 e 180s com os aparelhos a base de LED e por 40s com o aparelho de luz halógena. As amostras de resina foram preparadas com 0,35; 1,25 e 1,8mm de espessura. Cinco amostras de cada grupo foram realizadas. A avaliação da microdureza Vickers foi realizada com três indentações para cada amostra, utilizando 50g de carga com 30s de tempo de permanência. Todas as amostras polimerizadas com os aparelhos a base de LED mostraram menores valores de microdureza quando comparadas as de luz halógena no tempo de polimerização de 40s. O aparelho com seis LEDs mostrou-se o mais eficiente dos aparelhos. Este apresentava a intensidade de luz de 79mW/ cm 2, enquanto o de luz halógena obteve a intensidade de luz de 475mW/cm 2. Para todos os aparelhos apresentados, maiores tempos de exposição ou uma camada mais fina de resina são necessários para se alcançar razoáveis valores de microdureza. Apesar das diferenças de irradiação quando comparada com a luz halógena, aparelhos a base de LED mostraram ser um promissor instrumento de polimerização. Lim et al. 34, em 2001, realizaram um estudo considerando a profundidade de polimerização de quatro resinas compostas usando três diferentes aparelhos fotopolimerizadores. Preparos circulares de classe I, com 5mm de profundidade e 4mm de diâmetro foram realizados em 120 molares extraídos. As resinas compostas Synergy (Coltene) resina compactável, Revolution (Kerr) resina flow, Vitalescence (Ultradent) resina microhíbrida, Z 100 (3M) resina híbrida foram utilizadas para a confecção dos corpos-de-prova. Todos os materiais foram fotopolimerizados seguindo as orientações do fabricante, com três diferentes aparelhos; VIP (Bisco) aparelho fotopolimerizador, Virtuoso (Dent Mat) arco de xenônio, Henry Schein Visible aparelho fotopolimerizador. As resinas foram fotopolimerizadas em incrementos de 5mm. Depois de inserida a resina e fotopolimerizada, o dente foi seccionado verticalmente e submetido ao teste de profundidade de

52 52 polimerização usando uma sonda periodontal, e dureza à penetração, utilizando uma sonda exploradora aplicando uma força penetrante à resina, registrando assim, onde a indentação ocorreu. Os resultados mostraram que a resina Synergy apresentou melhor profundidade de polimerização (4,4mm) e a resina Revolution apresentou a menor profundidade de polimerização (3mm) utilizando-se todos os aparelhos testados. Os aparelhos fotopolimerizadores VIP e Schein Visible apresentaram-se semelhantemente bons, na polimerização de todas as resinas, atingindo a média de 4,5mm de profundidade de polimerização. O aparelho fotopolimerizador Virtuoso apresentou os piores resultados obtendo, como média total, 2,4mm de profundidade de polimerização. A eficiência de polimerização de três aparelhos de LED com aparelhos de quartzo tungstênio halogênio (QTH) foi comparada por Leonard et al. 33, em 2002, através do teste de microdureza. A potência da densidade (intensidade) e emissão espectral de cada aparelho de LED foi comparado com o aparelho de QTH em ambas variações espectrais 380 a 520nm e 450 a 500nm. Moldes de politetrafluoretileno com 2mm de altura e 8mm de diâmetro foram usados para a confecção de cinco amostras, para cada combinação; tempo de exposição, tipo de resina composta; (microparticulada Silux Plus e híbrida Z 100 (3M)) e fotopolimerizadores de LED - Luma Cure (LumaLite), VersaLux (Centrix) com 7 LEDs, combinação de LED com luz halógena - ZAP Dual Curing (CMS) com 12 LEDs e o aparelho de luz halógena - Optilux 401 (Kerr/ Demetron). As amostras foram armazenadas a seco, em um recipiente a prova de luz, por 24h. Decorrido este período, realizou-se três medidas de dureza Knoop, utilizando 100g de carga com um tempo de permanência de 10s, na superfície e base das amostras, e calculou-se a média entre base/superfície (B/S). O valor de 80% foi indicado como satisfatório para a polimerização. A porcentagem da regressão linear versus tempo de exposição foi realizada e a equação resultante foi utilizada para predizer a exposição de tempo necessária para produzir uma porcentagem de 80%

53 53 entre B/S. A potência de densidade (potência/ unidade de área) dos aparelhos de LED e de QTH foi medida por um medidor de potência a laser em ambas as variações de espectro de luz ( nm) e a variação do espectro (entre 450 e 500nm) usando a combinação de filtros de ondas curtas e longas. Os resultados demostraram que a emissão do espectro dos aparelhos de LED refletiram mais a absorção do espectro do fotoiniciador comumente utilizado, canforoquinona. Especificamente, 95% do espectro de emissão VersaLux, 87% do LumaCure, 84% do ZAP LED, e 78% do ZAP combinação LED e QTH esteve entre 450 e 500nm. Em contraste, apenas 56% do espectro de emissão do aparelho de luz halógena Optilux 401 esteve dentro desta variação. Entretanto a densidade de potência entre 450 e 500nm foi ao menos quatro vezes maior para a luz halógena que o aparelho exclusivamente de LED. Como resultado, os aparelhos de LED necessitaram de 39 a 61s para polimerizar 2mm de espessura de resina híbrida e entre 83 a 131s para adequadamente polimerizar a resina de micropartículas. Por comparação, o aparelho QTH necessitou de apenas 21 e 42s para polimerizar a resina híbrida e de micropartículas, respectivamente. Os aparelhos de LED de primeira geração, neste estudo necessitaram de consideravelmente maior tempo de exposição que os aparelhos QTH para polimerizar adequadamente a resina composta híbrida e de micropartículas. Asmussen & Peutzfeldt 3, em 2003 avaliaram a dureza de uma resina composta em função da subsuperfície polimerizada, em amostras cilíndricas de vários diâmetros. A resina composta Charisma (Kulzer) foi inserida em um molde metálico de 6mm de altura, para a confecção de amostras, com 3, 4 e 6mm de diâmetro. Foi utilizado o aparelho fotopolimerizador XL 3000 (3M) por 20s para a fotopolimerização das amostras que foram armazenadas por 24h. Estas foram incluídas em uma resina autopolimerizável e realizou-se o teste de dureza Wallace, imprimindo 1N de força. A dureza Wallace mede a profundidade da penetração do diamante Vickers sobre determinada força. A dureza foi

54 54 determinada com intervalos de 0,5mm da superfície até a profundidade de 4mm. Para cada amostra uma série de medidas foi realizada e para cada diâmetro, 10 amostras foram analisadas. O teste de dureza na resina composta foi realizado em função da profundidade da subsuperfície de amostras cilíndricas de 3, 4 e 6mm de diâmetro. Verificou-se que a resina composta apresentava-se com menor dureza a 0,5mm de profundidade que a 1,0 e 1,5mm de profundidade, independente do diâmetro das amostras. As possíveis explicações seriam a inibição do oxigênio de polimerização e alta taxa de polimerização do material em pequenas profundidades de subsuperfícies. Pode-se também observar que, correspondendo com o aumento do diâmetro, as amostras ficavam significativamente com menor dureza nas profundidades de 3,0; 3,5 e 4,0mm respectivamente. Besnault et al. 7, em 2003 avaliaram o efeito, in vitro, da polimerização com LED versus Luz halógena nas propriedades mecânicas de três resinas compostas microhíbridas. As resinas compostas Tetric Ceram (Ivoclar/ Vivadent), Charisma (Kulzer), Z100 (3M) e dois aparelhos, Astralis 7 (Ivoclar/ Vivadent) de luz halógena e GC E Light (GC) de LED, contendo 64 LEDs, foram analisados. Seis modos de polimerização foram usados; a) Luz halógena, padrão 40s - 750mW/cm 2 ; b) LED, padrão 40s - 200mW/cm 2 ; c) LED, polimerização rápida 6s - 400mW/cm 2 ; d) LED, polimerização rápida 12s mw/cm 2 ; e) LED, polimerização gradual a 39s (20s de e 20s 350mW/cm 2 ); f) LED, turbo 10s 350 mw/cm 2. Foram confeccionadas amostras utilizando-se um molde de teflon com 6mm de diâmetro por 2mm de altura, perfazendo um total de trinta amostras por resina utilizada, divididas entre os seis grupos experimentais (n = 5). As amostras foram polidas e foram avaliadas a microdureza da superfície/ base e a força flexural. Foi utilizado um microdurômetro com indentador de diamante Vickers, com a carga de 200g por 30s de permanência, para a mensuração da microdureza na superfície e base das amostras. O teste de flexão foi

55 55 realizado através da mensuração da altura e largura das amostras. A comparação estatística foi feita usando o teste ANOVA e o teste de Fisher (p < 0,05). A resina Z100 apresentou as melhores propriedades em ambos os testes. Quanto a microdureza da superfície o aparelho de luz halógena apresentou valor semelhante àqueles obtidos com a polimerização gradual e os modelos padrão de polimerização do aparelho de LED para as resinas Tetric Ceram e Charisma. Para a resina Z100 os maiores valores foram obtidos com o aparelho de luz halógena. Em qualquer um dos materiais, curtos períodos de exposição (polimerização rápida 6s e turbo) exibiram pobres resultados. Em relação a microdureza da base, as amostras fotopolimerizadas com o aparelho de luz halógena apresentaram maiores resultados, mas com propriedades mecânicas bastante semelhante as alcançadas com a rápida polimerização (12s) com o aparelho de LED. A polimerização rápida (6s e turbo) forneceu os menores resultados. Quanto à força flexural, os resultados foram comparáveis àqueles obtidos pela microdureza da base. Os autores concluíram que a polimerização rápida a 12s, proposto pelo novo aparelho de LED parece ser um limiar entre 40s de polimerização e o modo de polimerização rápida, resultando em algumas interessantes propriedades mecânicas da resina em comparação com o aparelho de luz halógena, economizando, também, um considerável tempo gasto quando se usa a técnica incremental. Soh et al. 61, em 2003, analisaram a efetividade de polimerização de dois aparelhos de LED; Elipar FreeLight (FL) (3M) contendo 19 LEDs e GC e-light (EL) (GC) contendo 64 LEDs; um aparelho convencional de luz halógena Max (MX) (Dentsply); aparelho de luz halógena de alta intensidade Elipar TriLight (TL) (3M); e um de luz halógena de altíssima intensidade Astralis (AS) (Ivoclar-Vivadent) em variadas profundidades de cavidades. Dez modos de fotopolimerização foram estudados, entre eles: a) FLI- 400mW/cm 2, em 40s; b) FL mW/cm 2, 12s e 400 mw/cm 2, 28s; c) EL1-750mW/cm 2, 10 pulsos x

56 56 2s; d) EL2-350mW/cm 2, 40s; e) EL3-600mW/cm 2, 20 s; f) EL mW/cm 2, 20s e 600mW/cm 2, 20s; g) TL1-800mW/cm 2, 40s; h) TL mW/cm 2, 15s e 800 mw/cm 2, 25 s; i) AS1-1200mW/cm 2, 10s, j) MX- 400mW/cm 2, 40s. A resina Z100 (3M) na cor A2 foi utilizada para a confecção das amostras, em moldes com cavidades de 2 a 4mm de profundidade e 4mm de largura. A efetividade de polimerização de cada um dos modos de ativação foi determinada pela medida Knoop da superfície e da base das amostras com 2, 3 e 4mm, utilizando uma carga de 500g pelo tempo de permanência de 15s. Os resultados foram analisados usando o teste estatístico de ANOVA e Scheffe (p< 0,05). Na superfície, a média de dureza Knoop observada com os aparelhos de LED variaram de 55,42 ± 1,47 a 68,54 ± 1,46, enquanto que para a luz halógena estes valores variaram de 62,64 ± 1,87 a 73,14 ± 0,97. Na base, a média de dureza Knoop observada com LED e luz halógena variaram de 46,90 ± 1,73 a 66,46 ± 1,18 e 62,26 ± 1,93 a 70,50 ± 0,87, respectivamente. Diferença significante entre os valores de dureza da superfície e da base foi observada entre diferentes aparelhos de LED e de luz halógena. Embora a polimerização com a maioria dos modos de EL resultaram em dureza Knoop da superfície e da base significativamente menores dos aparelhos convencionais de luz halógena, não foi encontrada diferença estatisticamente significante entre os modos de ativação de FL. Por isso, a efetividade da polimerização com aparelhos de LED é produto dependente. Soh et al. 60, em 2003, continuando seus estudos, elaboraram um estudo onde compararam a efetividade de polimerização de dois aparelhos de LED; Elipar FreeLight (FL) (3M) contendo 19 LEDs e GC e-light (EL) (GC) contendo 64 LEDs; um aparelho convencional de luz halógena Max (MX) (Dentsply); aparelho de luz halógena de alta intensidade Elipar TriLight (TL) (3M); e um aparelho de luz halógena de muito altíssima intensidade Astralis (AS) (Ivoclar-Vivadent) em variadas profundidades de cavidades. Dez modos de fotopolimerização foram

57 57 analisados, entre eles: a) FLI- 400mW/cm 2, em 40s; b) FL mW/cm 2, 12s e 400mW/cm 2, 28s; c) EL1-750mW/cm 2, 10 pulsos x 2s; d) EL2-350mW/cm 2, 40s; e) EL3-600mW/cm 2, 20 s; f) EL mW/cm 2, 20s e 600mW/cm 2, 20s; g) TL1-800mW/cm 2, 40s; h) TL mW/cm 2, 15s e 800 mw/cm 2, 25s; i) AS1-1200mW/cm 2, 10s, j) MX- 400mW/cm 2, 40s. A resina Z100 (3M) na cor A2 foi inserida em moldes com cavidades de 2 a 4mm de profundidade e 4mm de largura para a confecção das amostras. A efetividade de polimerização de cada um dos modos de ativação foi determinada pela medida Knoop da superfície e da base das amostras com 2, 3 e 4mm, utilizando-se uma carga de 500g pelo tempo de permanência de 15s. Os resultados foram analisados usando o teste estatístico de ANOVA e Scheffe (p< 0,05). Verificou-se para todos os aparelhos que a efetividade de polimerização diminuiu com o aumento da profundidade da cavidade. A média da dureza para todos os aparelhos na profundidade de 2mm pareceu ser maior que a proporção 0,80 (base/ superfície). Os incrementos de resina avaliados não devem ser maiores que 2mm para obter efetiva polimerização para GC e-light. Aos 3mm, todos os aparelhos de luz halógena produziram uma dureza maior que 0,80 mas isto não ocorreu em alguns aparelhos de LED, e a 4mm a dureza média observada em todos os aparelhos polimerizadores foi menor que 0,80. Diferenças significantes nos valores de dureza Knoop da superfície e da base foram observadas entre diferentes modos de polimerização para o mesmo aparelho e aparelhos de LED e luz halógena. Enquanto a polimerização com a maioria dos modos de EL resultou em valores significantemente menores de dureza superficial e de base que o controle (MX) em todas as profundidades, o modo padrão do FL resultou em dureza Knoop maior na superfície e base, na profundidade de 3 e 4mm. A profundidade de polimerização com os aparelhos de LED foi, portanto, produto e modo dependente. Bennett & Watts 8, em 2004, avaliaram a performace de dois aparelhos de LED, em relação a sua potência espectral, irradiação e

58 58 profundidade de polimerização sobre resinas compostas, comparados a um aparelho convencional de QTH. Os aparelhos de LED Elipar Freelight 1 (3M) (LED 1), Ultralume 2 (Optident) (LED 2) e aparelho de luz halógena Optilux- 500 (Sybron-Kerr) (QTH 1) foram utilizados e para cada aparelho, usado um espectofotometro visível UV. A potência do espectro foi medida e a irradiação da luz emitida em função do detector de distância da luz. As resinas compostas Tetric Ceram (Vivadent), na cor A3, Tetric Ceram HB (Vivadent), cor A3, contendo um fotoiniciador adicional respondendo a aproximadamente 435nm, e Tetric Ceram Bleach L (Vivadent) foram utilizadas. Estas resinas compostas apresentam fórmula semelhante, mas diferem na concentração de seus iniciadores e/ ou opacidade. As amostras foram confeccionadas em moldes de aço inoxidável com 4mm de diâmetro e 6mm de altura e a luz polimerizadora foi fixada nas distâncias específicas de 0, 4 e 8mm com períodos de irradiação de 10, 20 e 40s. A profundidade de polimerização foi medida usando um calibrado penetrômetro digital em função da distância da fonte para os períodos ativação. Os resultados mostraram que cada aparelho liberou um pico no espectro visível da luz. O comprimento de onda máximo para o LED 1, LED 2 e QTH 1 foram 486,4; 458,2 e 495,2nm, respectivamente. Os valores de profundidade de polimerização variaram significativamente (p<0,001) com tempo de irradiação e distância da fonte à amostra para ambos os aparelhos de LED e QTH. A porcentagem de redução nos valores de profundidade de polimerização resultantes do LED versus irradiação pelo QTH aumentou com a distância da fonte/amostra. Os autores concluíram que os aparelhos de LED tiveram uma potência espectral de energia eficiente para as resinas convencionais, mas tiveram uma distância menor comparado com o aparelho de QTH, levando a uma redução na performace nas profundidades de polimerização. Os dados sugerem que os aparelhos de LED podem beneficiar grandemente um futuro desenvolvimento para promover um aumento na irradiação da luz emitida, permitindo um aumento nos valores de profundidade de

59 59 polimerização, especialmente quando polimerizados a partir de uma certa distância. Braga et al. 9, em 2004, avaliaram a microdureza da superfície e da base da resina composta Filtek Z250 (3M) fotoativada com dois tipos de fontes de luz (halógena e LED), variando também a potência oferecida pelo aparelho de LED. Foram confeccionados 15 corpos-deprova nas dimensões de 2mm de espessura por 6mm de diâmetro. O grupo G1 foi fotoativado com o aparelho de luz LED, Ultra Blue IS (DMS) com potência ajustada para 200mW/cm 2. O grupo G2 foi fotoativado com o aparelho de LED Ultra Blue IS (DMS) com potência de 600mW/cm 2. Para a fotoativação do grupo G3 utilizou-se o aparelho de luz halógena Optilight 600 (Gnatus) com potência aferida de 400mW/cm 2. Os corpo-deprova foram fotopolimerizados por 20s, e cada um deles teve as superfícies de topo e de base divididos em quatro quadrantes. Foi realizado o teste de microdureza com três impressões por quadrante, sendo os resultados submetidos a análise de variância. Os autores verificaram que o grupo G2 apresentou as maiores médias de microdureza (90,0HV na superfície e 79,0HV na base), sendo significativamente maior que os grupos G1 (71,9HV na superfície e 67,1HV na base) e G3 (62,3HV na superfície e 56,5HV na base). Observaram diferença estatisticamente significante na microdureza entre os grupos G1 e G3 e na superfície e base dos corpos-de-prova testados. Concluiram que o emprego de um aparelho de LED de alta potência implicou em valores de microdureza significativamente maiores quando comparados à fonte de luz halógena. Ciccone et al. 11, em 2004, avaliaram a influência de sistemas de fotopolimerização de LED Ultraled (Dabi Atlante) e de luz halógena XL 3000 (3M) na pesquisa superficial e profunda de resinas compostas Z 250 e P60 (3M); Charisma e Durafill (Heraeus Kulzer) em relação ao tempo de 0 e 24h e sete dias. Foram confeccionadas 80 amostras, empregando uma matriz de poliuretano preta com 2mm de

60 60 espessura e 3mm de diâmetro. As resinas foram inseridas na matriz em uma única porção, e ativadas por 40s. Realizaram-se os testes de microdureza (Knoop) e as amostras foram acopladas em placas palatais utilizadas por dez voluntários, os quais foram instruídos quanto ao regime de uso e higiene bucal destas. Outras medidas de microdureza foram feitas após 24h e sete dias da confecção das amostras. Os resultados obtidos foram submetidos à ANOVA e teste de Tukey (p< 0,05). A resina composta Z250 e a P60 apresentaram os melhores resultados, enquanto a Durafil as piores médias, sendo que para todas as amostras houve um aumento significativo após 24h. Em relação à profundidade de polimerização observou-se que microdureza do topo das amostras foi estatisticamente superior à base. Para os fotopolimerizadores, o sistema halógeno apresentou-se estatisticamente superior à base. Os autores concluíram que a microdureza foi influenciada pelo sistema de fotoativação e pela região avaliada, tendo o LED e a base apresentado os menores valores. Um aumento significativo na microdureza foi verificado após 24h para todos os materiais, sendo que as resinas compostas Z250 e P60 apresentaram os melhores resultados, independente do tipo de fotopolimerizador empregado. Ernst et al. 18, em 2004 analisaram a profundidade de polimerização de cinco aparelhos de LED azul comparando-os a três aparelhos de quartzo tungstênio halôgenio (QTH). Foram utilizados os aparelhos de LED de primeira geração: a) E-Light (GC) com 64 LEDs, a 40s; b) Elipar FreeLight (3M) com 19 LEDs, 40s; aparelhos de LED de alta potência; c) Elipar FreeLight 2 (3M), 20s e 40s; d) Ultra-Lume LED 2 (Ultradent), 20s e 40s; e) LEDemetron 1 (Kerr), 20s e 40s. Já os aparelhos de QTH convencionais testados foram: a) Optilux 501 (Kerr), modo padrão 20 e 40s, turbo 20 s; b) Elipar TriLight (3M), 40s; c) Astralis (Vivadent), 10 e 20s. Moldes de aço inoxidável com 5mm de diâmetro e altura variando de 1 a 5mm foram preenchidos com a resina composta híbrida Tetric Ceram (Vivadent) na cor A3. As amostras foram

61 61 polimerizadas com a distância de 7mm da base e as amostras que serviram de referência para a análise da microdureza foram polimerizadas em contato direto. As amostras de referência com a maior dureza superficial para todos os aparelhos medidos serviram de controle. A microdureza foi medida decorridos os 10min de exposição na superfície e base das amostras. A dureza superficial e de base na proporção 80% das amostras controle, polimerizadas à distância zero, foram definidas como clinicamente aceitáveis para polimerização segura. Os resultados mostraram que com as lâmpadas de QTH, a média máxima das amostras de resina composta que fotopolimerizaram-se suficientemente (proporção relativa da superfície 80%) foi: 3mm de espessura para o aparelho Optilux 501 modo padrão, 40s; 2,5mm para o Trilight, 40s e 1,5mm para Australis 10, 20s. A primeira geração dos aparelhos de LED FreeLight e GC e-light, ambos aplicados por 40s, e o Optilux 501 operado por 20s no modo padrão e turbo não puderam polimerizar suficientemente amostras com 1mm de espessura na distância de 7mm. Os aparelhos FreeLight 2 e o Ultra-Lume LED 2 polimerizaram amostras de resina até 2,5mm de espessura em 40s a proporção relativa de superfície 80%, enquanto que uma profundidade de polimerização não suficiente foi encontrada após 20s de tempo de exposição para o FreeLight 2. O LEDemetron 1 equipado com um guia de luz de 13/8mm alcançou a profundidade de polimerização de 2,0mm. Não foi achada diferença estatisticamente diferente entre Elipar FreeLight 2, Ultra-Lume LED 2, e LEDemetron 1 em seu potencial de polimerização a 40s ou 20s de exposição. Os autores concluíram que os aparelhos de LED de primeira geração FreeLight e E- Light não promovem clinicamente, suficiente profundidade de polimerização, enquanto que os aparelhos de LED de alta potência FreeLight 2, Ultra-Lume LED 2 e LEDemetron 1 mostraram um potencial de polimerização igual ao Optilux 501, aos 40s de exposição. Em 2004, Koupis et al. 28, compararam a profundidade de polimerização de resinas compostas modificadas por poliácidos

62 62 (compômeros) e de algumas resinas compostas em função da cor usando o método de raspagem e um penetrômetro. A profundidade de polimerização dos compômeros Hytac (3M), F2000 (3M), Glasiosite (VOCO), Dyract (Dentsply), Dyract AP (Dentsply), Compoglass F (Dentsply) e das resinas Durafill VS (Kulzer), Z100 (3M) nas cores A2 e A4 foram determinadas usando o método de raspagem baseado nas normas da ISO 4049:2000 e um penetrômetro digital. As amostras foram fotopolimerizadas (800mW/cm 2 por 40s) em uma matriz de aço inoxidável com 4mm de diâmetro e 10mm de espessura. Cinco amostras foram analisadas imediatamente após a polimerização e cinco armazenadas a seco à 22 o C e analisadas após 24h. A análise foi realizada através do teste de raspagem e com a utilização de um penetrômetro. Para ambos os métodos, a profundidade de polimerização foi independente após a polimerização (imediatamente e após 24h) (P 0,05), mas diferiram significativamente entre os materiais e as cores (P< 0,001), sendo que para todos os materiais a cor A2 apresentou maiores valores quando comparados com a cor A4. A análise de regressão demonstrou que não houve diferença significante sistemática ou proporcional entre os métodos de análise. A profundidade de polimerização, dos compômeros F2000 e Glasiosite, foi comparável à resina híbrida Z100, mas maiores que a profundidade de polimerização da resina microparticulada Durafill VS. Os compômeros Dyract AP, Dyract, Compoglass F e Hytac tiveram a profundidade de polimerização menor que a resina microparticulada. Machado et al. 35, em 2004, avaliaram a profundidade de polimerização em função do tipo de unidade de luz e tempo de exposição. As amostras foram preparadas usando uma resina composta microhíbrida Charisma (Kulzer) em matrizes cilíndricas com 4mm de diâmetro e 5mm de profundidade. Os valores de microdureza foram mensurados em 1, 2 e 3mm. Três unidades de luz foram usadas: dois LEDs (A) Elipar Free Light (3M) e (B) Ultraled (Dabi Atlante) e uma luz halógena (C) KL 3000 (3M). Para as três unidades de luz, cinco amostras foram fotoativadas por

63 63 40s. Amostras adicionais foram preparadas e fotoativadas por 20s, para as unidades de luz A e C. As amostras foram armazenadas em recipientes isentos de luz, por 24h a 37 ± 2 C. O teste de dureza Vickers foi realizado usando uma carga de 300g por 15s com o microdurômetro HMV- 2 Series Shimatzur Corporation. Seis impressões foram feitas para cada profundidade. Os dados foram estatisticamente analisados pelo ANOVA e teste de Tukey (p< 0,05). Para todas as profundidades, não houve diferenças entre as unidades de luz quando o tempo de 20s foi utilizado. O tempo de exposição de 40s produziu maiores valores de microdureza que 20s. Independente da unidade de luz e tempo de exposição, a microdureza diminuiu em função da profundidade (3 < 2< 1 mm). A unidade de luz halógena apresentou os maiores valores de microdureza se comparando as duas à base de LEDs. Os resultados permitiram concluir que a polimerização da resina composta não foi adequada a profundidades superiores a 2mm e que a unidade de luz halógena produziu maior dureza que as unidades à base de LEDs. Nomoto et al. 44, em 2004, avaliaram as características de dois tipos de aparelhos polimerizadores recentemente desenvolvidos; arco de plasma e LED, em comparação com o aparelho convencional de tungstênio-halôgenio. A intensidade de luz e a distribuição espectral da luz destes aparelhos, o aumento de temperatura do esmalte bovino e a profundidade de polimerização da resina exposta, em cada aparelho, foi investigada. Os aparelhos de luz halógena New Light- VL II (GC), plasma Apollo 95 E, Apollo 95 E Elite, Arc Light IIM, Credi II, Flipo, e de LED Elipar Free Light, LUXOMAX foram utilizados para polimerizar as resinas Clearfil AP-X (Kuraray), Z100 (3M), Z 250 (3M) nas cores A2 e C4 para a confecção de amostras. As resinas foram inseridas em moldes de aço inoxidável com cavidades cilíndricas de 4mm de diâmetro e 8mm de profundidade. O aparelho de LED polimerizou as amostras por 20, 40 ou 60s, o aparelho de arco de plasma por 3, 6 ou 9s e o de tungstêniohalogênio por 20s. Após as amostras serem armazenadas a 23 o C em

64 64 recipiente a prova de luz, o material não polimerizado foi removido e o restante foi medido com um micrômetro. A intensidade de luz e a profundidade de polimerização foram determinadas de acordo com os padrões da ISO. A distribuição espectral foi medida por um espectroradiômetro. O aumento da temperatura induzido pela irradiação foi medido usando um termopar. A intensidade de luz na faixa de nm emitidas pelo arco de plasma foi maior do que aquela de outros tipos de aparelhos. Luz na região UV-A foi emitida a partir de alguns aparelhos de arco de plasma. Os tempos de irradiação requeridos foram de 6 a 9s para os aparelhos de arco de plasma e 40 a 60s para os aparelhos de LED a fim de criar uma profundidade de polimerização igual àquela produzida pelos aparelhos de luz de tungstênio-halogênio com 20s de irradiação. A temperatura elevou-se com o aumento do tempo de irradiação para o aparelho polimerizador. O aumento de temperatura foi de 15 o C a 60 o C para o aparelho de arco de plasma, por volta de 15 o C para o aparelho convencional de luz halógena e abaixo de 10 o C para os aparelhos de LED. Ambos os aparelhos arco de plasma e aparelho de LED requerem maior tempo de irradiação que aqueles recomendados pelos seus respectivos fabricantes. Os profissionais devem ficar atentos ao aumento térmico potencial e o risco dos raios UV-A quando usado os aparelhos de arco de plasma. Em 2004, Ribeiro et al. 52, avaliaram a microdureza Knoop de resinas compostas em diferentes cores e profundidade usando luz LED e halógena. Foram confeccionadas 320 amostras com 2 x 3 x 6mm (largura X comprimento X altura) utilizando cinco resinas compostas de diferentes cores Esthet-X A2, A2O, WE E XL (Dentsply); Filtek Supreme A2E, A2B, A2D, VT/Z1OO A2 (3M); Point 4 A2, A2-Opaque, XL1, T1 (Kerr); Vitalescence A2, PF, TM (Ultradent). Para a fotopolimerização destas amostras foram utilizados os aparelhos de LED L.E.Demetron 1 (Kerr) e Elipar Free Light (3M) e os aparelhos de luz halógena Optilux 501 (Demetron) e VIP (Bisco). Foram realizadas mensurações da microdureza

65 65 nas profundidades de 0,2; 1; 2; 4 e 5mm (n=5). Através do teste estatístico ANOVA observou-se que os fatores profundidade, resina composta, fonte de luz e a interação resina composta/fonte de luz foram significativos (p< 0,001). A resina composta Z100 (controle) apresentou alta microdureza (média ± DP) a 0,2mm (74,65 ± 3,53), seguido por Supreme da dentina (49,8 ± 3,41 ao corpo 47,4 ± 5,77) e Esthet-X A2 (46,65 ± 6,6). A 5mm a resina Z100 apresentou maior dureza (48,3 ± 6,29), seguido por Supreme VT (42,1 ± 3,26). Vitalescence TM (33,2 ± 5,8), Point 4 XL1 (34,25 ± 4,83) e A2- Opaque (35,5 ± 3,65) apresentaram baixos valores de microdureza a 0,2mm. A 0,2mm, Optilux 501 apresentou maiores valores de microdureza, seguido pelo L.E.Demetron 1 e VIP. Em 5mm o L. E. Demetron e Optilux 501 foram superiores, o teste estatístico ANOVA da porcentagem dos valores de microdureza entre 0,2mm e 5mm revelaram todos os fatores significativos (p<0,001). Os autores concluíram que L.E.Demetron 1 apresentou melhores resultados a 5mm, seguido pelo Optilux 501, VIP e Free Light. As cores translúcidas tiveram menor perda de dureza a 5mm. Os LEDs foram eficazes na polimerização das resinas compostas a 2mm, mas a 5mm todos aparelhos foram deficientes. Cores opacas resultaram em baixos valores de microdureza a 5mm. Tsai et al. 66, em 2004, examinaram a profundidade de polimerização e microdureza superficial da resina composta Filtek Z250 (3M), quando polimerizadas com três aparelhos de LED, comparados com um aparelho de quartzo tungstênio halogênio (QTH) de alta intensidade e um aparelho convencional de quartzo tungstênio halogênio. Foram utilizados os aparelhos de LED, E-light (GC) com 64 LEDs; Elipar Freelight LED light (3M) com 19 LEDs e LED azul 475H (RF) com 7 LEDs, o aparelho de luz halógena de alta intensidade Optilux 501 (Kerr) e um aparelho convencional de luz halógena Sirona (SS). A resina composta híbrida Filtek Z250 (3M), nas cores B1, A3 e C4 foi inserida em um molde cilíndrico bipartido com 2,5mm de diâmetro e 10mm de

66 66 profundidade e polimerizada por 40s. Foram realizadas três medidas de dureza Vickers à distância de 1,0mm, nas dez amostras, para cada cor de resina composta utilizada. Verificou-se que os aparelhos QTH de alta intensidade e os aparelhos QTH tiveram maior profundidade de polimerização. Os três aparelhos de LED mostraram um desempenho similar em todos os parâmetros, e cada unidade ultrapassou os padrões da ISO 4049:2000 para profundidade de polimerização exceto pelo aparelho GC Elight e cor B1. Em relação à cor, os aparelhos de LED deram maior profundidade de polimerização para a cor A3, enquanto os aparelhos QTH e QTH de alta intensidade deram maior profundidade de polimerização com a cor C4. A microdureza superficial não foi significantemente diferente entre os aparelhos de LED e aparelhos convencionais de luz halógena, entretanto com o aumento da profundidade a microdureza reduziu mais rapidamente para os aparelhos de LED, especialmente em profundidades maiores que 3mm. Os autores concluíram que devido ao comportamento dos três aparelhos de LED, estes sistemas parecem apropriados para a aplicação clínica na polimerização de resinas compostas. Wiggins et al. 73, em 2004, analisaram a eficiência de polimerização e o pico de temperatura de polimerização (T p ) de um novo aparelho de luz emitida por diodo de alta potência HP LED. Os aparelhos de polimerização Elipar Free Light 2 - LED de alta potência com 1 LED, Elipar Free Light (3M) com 19 LEDs - LED de primeira geração, Elipar TriLight (3M) - convencional de luz halógena e Optilux luz halógena de alta intensidade, foram estudados. As resinas compostas; microparticulada Filtek A110 (3M), híbrida Filtek 250 (3M) e nanoparticulada Filtek Supreme (3M) foram inseridas em um molde cilíndrico metálico com 4mm de diâmetro e 6mm de comprimento e polimerizadas com o tempo recomendado pelo fabricante. Posteriormente, as amostras foram removidas do molde, a porção não polimerizada foi raspada com um instrumento plástico e a porção polimerizada

67 67 remanescente foi medida. Foram utilizadas cinco amostras de cada resina para cada aparelho estudado. A adesão da resina ao esmalte bovino foi avaliada pela mensuração da força de cisalhamento usando a técnica do condicionamento ácido. O pico da temperatura de polimerização (T p ) foi medido através de um termopar localizado na base da cavidade onde foram confeccionadas as amostras. Este registrou o aumento de temperatura durante a irradiação pelos aparelhos polimerizadores com o auxílio de um sistema de aquisição computadorizado, sendo considerado o pico da temperatura a máxima temperatura atingida. A densidade de energia do aparelho de LED de alta potência foi de 1000mW/cm 2 que foi comparável com aquela conseguida pelo aparelho de luz halógena de alta potência. A profundidade de polimerização e a adesão das três resinas após a polimerização pelo aparelho de LED de alta potência com 10s de exposição, foi equivalente ao valor obtido ao utilizar o aparelho de luz halógena de alta potência a 10s e os aparelhos de LED de primeira geração e convencional de luz halógena com 20s de exposição. As resinas polimerizadas com o aparelho LED de alta potência atingiram significativamente menores valores de T p do que o aparelho luz halógena de alta potência em equivalente grau de polimerização e exposição. Os autores concluíram que o aparelho de LED de alta potência (Elipar Free Light 2) polimerizou efetivamente a resina na metade do tempo de polimerização dos aparelhos de LED de primeira geração e convencional de luz halógena, e no mesmo tempo de exposição que o aparelho de luz halógena de alta potência, mantendo uma baixa T p. 2.3 O efeito tópico dos fluoretos O efeito da solução de FFA em restaurações de resina composta foi estudado por Yaffe & Zalkind 75, em 1981, através da

68 68 observação em Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV). Foram preparadas cavidades de classe V em 160 dentes extraídos que foram divididos em quatro grupos. Os grupos foram restaurados com as seguintes resinas compostas; Grupo-1 Restodent (Lee Pharmaceuticals), Grupo-2 Estilux (Kulzer), Grupo-3 Estilux com glaze (Kulzer), Grupo-4 Adaptic (Johnson & Johnson). As resinas quimicamente ativadas foram manipuladas, inseridas nas cavidades de classe V, sendo utilizada uma matriz de celulóide durante a polimerização. Não foi utilizado nenhum instrumento rotatório para o acabamento da restauração. Após a restauração cada grupo foi subdividido a fim de prover 20 amostras para o grupo experimental, que foi imerso por 10min em uma solução de fluoreto (2% NaF ± 0,1M H 3 PO 4 ph 4,5), e 20 amostras para o grupo controle que foi imerso em solução salina por 10min. Todas as amostras foram enxaguadas e armazenadas em solução salina até serem examinadas em MEV. As superfícies das restaurações de resinas compostas imersas na solução fluoretada apresentaram-se consideravelmente mais rugosas que aquelas imersas em solução salina. Concluíram que o fluoreto acidulado, aplicado sobre restaurações de resinas compostas produziu rugosidade irregular na superfície. Kula et al. 30, em 1983 analisaram o efeito in vitro do gel de FFA 1,23% sobre resinas compostas variando o tipo, a porcentagem e o tamanho das partículas de resina. Foram selecionadas as resinas compostas Silar e Concise (3M), Profile (SSWhite) baseando-se no tipo, porcentagem e tamanho das partículas. Todas as resinas foram manipuladas seguindo as orientações do fabricante. As resinas foram inseridas em blocos com 20mm de diâmetro e 2mm de espessura que ficaram dispostos entre placas de vidro. As amostras foram polidas com discos abrasivos em ambos os lados e armazenadas em água destilada em temperatura ambiente. Todas as amostras foram parcialmente cobertas com uma dupla camada de verniz. Dez amostras de cada resina utilizada foram secas, pesadas e imersas em 20ml de gel de FFA 1,23%

69 69 por 4min. As amostras foram enxaguadas com água destilada, limpas com ultra-som por 5min, secas e pesadas novamente. O processo de imersão foi repetido por cinco vezes. O grupo controle foi imerso em água destilada e também foram feitas as mensurações do peso das amostras. Amostras adicionais de cada resina foram realizadas para serem analisadas em MEV. A perda total de peso foi significativamente maior para todas as resinas quando imersas em FFA comparado com os seus grupos controle (p < 0,01). A perda de peso entre as resinas também foi estatisticamente significante (p < 0,01) sendo as de carga de vidro de estrôncio> quartzo> sílica. Ao MEV a resina com carga de sílica apresentou pequena alteração da superfície, a resina com carga de quartzo apresentou uma menor alteração associada com discretas áreas com perdas de partículas, e a resina com carga de estrôncio exibiu extensas alterações quando expostas ao FFA 1,23%. Concluíram que o gel de FFA 1,23% in vitro causou significativa perda de peso nas resinas analisadas comparadas com os seus grupos controle e uma maior rugosidade superficial foi encontrada na resina com carga de estrôncio do que as resinas com carga de quartzo ou sílica. Estas diferenças devem ser devido a variação de tamanho, tipo e porcentagem de partículas de carga. Em 1986, Kula et al. 31, analisaram através de inspeção visual e MEV a degradação da resina composta com diferentes partículas de carga. As resinas compostas contendo diferentes partículas de carga, P-30 (3M), Prisma-Fil (Caulk/ Dentsply), Ful-Fil (Caulk), Command Ultrafine (Kerr), Visar-Fil (Den-Mat, Inc.), Command (Kerr), Estilux (3M), Profile, Silar (3M), Silux (3M), Durafill (Kulzer), Heliosit (Vivadent), Aura- Fill (Johnson & Johnson), seguindo as orientações do fabricante, foram inseridas em blocos metálicos de 20mm de diâmetro por 2mm de altura ou 6mm de diâmetro por 2mm de altura. As resinas compostas de polimerização quimica, permaneceram sobre pressão entre 2 placas de vidro em temperatura de 22 a 24 o C, pelo tempo preconizado pelo

70 70 fabricante e as resinas fotopolimerizáveis foram fotoativadas por 40s em cada lado. As amostras foram polidas após 24h, para expor as partículas de carga e permitir uma melhor avaliação das superfícies pelo microscópio. A metade da superfície de cada amostra foi vedada com esmalte de unha. Duas amostras de cada material foram imersas em FFA gel 1,23% por 4min para simular clinicamente a aplicação tópica do fluoreto, irrigadas com água e limpas com ultra-som por 5min. Este procedimento foi realizado por cinco vezes e posteriormente as amostras foram analisadas em MEV. Amostras de estudos anteriores foram selecionadas para estabelecer o grau das variações visuais, sendo estabelecidas como; a) sem alteração, b) questionável alteração, c) visível alteração porém menos que d), e d) visível alteração. Verificaram que após a imersão em FFA 1,23% houve alterações na refletividade da resina composta que variaram de acordo com as partículas de carga presentes nas resinas compostas. As resinas com partículas de vidro de zinco, vidro de bário boroaluminiosilicato, e misturas de vidro bário boroaluminiosilicato e sílica ou lítio alumínio silicato e vidro de bário revelaram as maiores alterações visuais. Enquanto as resinas com sílica, lítio alumínio silicato, vidro de estrôncio e uma mistura de bário alumínio silicato e lítio alumínio silicato mostraram visível, porém mais limitada, alteração superficial. Concluíram que 4min de imersão em gel de FFA 1,23% causou perceptível alteração na refletividade superficial das resinas compostas testadas, sendo que o grau de alteração visual esteve aparentemente relacionado com o tipo e tamanho de partículas de carga da resina. Papagiannoulis & Tzoutzas 46, em 1997, propuseram-se a avaliar o efeito da aplicação tópica de agentes fluoretados, utilizados em consultório ou em tratamento caseiro, nas características morfológicas superficiais e de composição das resinas compostas. Foram utilizados os fluoretos: a) Act (Johnson & Johnson) - 0,05% NaF; b) Phosflur (Colgate) - 0,44% NaF; c) Gel II (Colgate) - 0,5% NaF + 0,75% H 3 PO 3 ; d) Prevident

71 71 (Oral-B) - 1,1% NaF; e) Stop (Oral-B) - 0,4% SnF 2 ; f) Butler APF (Butler) - 1,23% FFA; g) Nupro (Johnson & Johnson) - 2,0% NaF; h) Omni Gel & Rinse (Omni Prod.) - 0,31% FFA + 1,64% SnF 2. As resinas compostas testadas foram Brilhant DI (Coltene), Heliomolar Ro (Vivadent), Herculite XRV (Kerr) e P-50 (3M). O ph dos fluoretos foi mensurado quando recebido e depois da diluição em água na proporção de volume de 1:3. As resinas compostas foram submetidas ao tratamento com fluoretos até um número total de aplicações, simulando o equivalente a quatro anos de tratamento. As mudanças produzidas nas características morfológicas da superfície e composição das restaurações foram avaliadas pela Reflectância Espectroscopica Infravermelha, MEV e Microanálise Radiográfica. Verificaram que todos os fluoretos apresentavam ph acídico que não foi significamente alterado após a diluição, exceto o Stop, que exibiu uma significante redução no ph. Todos os fluoretos aumentaram a quantidade de água frouxamente ligada a matriz da resina composta. O gel de FFA Butler foi o mais agressivo para as resinas compostas Brilliant DI e Herculite XRV, levando a excessiva degradação da superfície, porosidade, destruição da interface da matriz/ carga, dissolução da carga e desaglutinação. Uma redução na extensão das ligações remanescentes C=C foram observadas em Herculite XRV depois do tratamento com o FFA Butler, já Phosflur, Gel II, e Prevident apresentaram um leve efeito. O tratamento do Brillant DI e Herculite XRV com Omni Gel & Rince resultaram na formação de uma estável camada precipitada rica em bário, fósforo, estanho, oxigênio e flúor. A resina P-50 foi severamente afetada na interface matriz-resina depois do tratamento com Stop, enquanto Omni Gel & Rinse induziram menores alterações na superfície. Heliomolar Ro foi o material menos afetado independente do tipo de fluoreto utilizado. Kula et al. 29, em 1997 realizaram um estudo in vitro a fim de comparar o efeito profissional e da aplicação caseira tópica de fluoretos, no peso, resistência ao desgaste e aparência superficial de uma resina composta contendo partículas de carga de bário,

72 72 boroaluminiosilicato e vidro. Foram realizadas cinqüenta amostras com a resina Ful-Fil (Caulk) que possui partículas de vidro de bário boroaluminiosilicato e sílica. A resina foi inserida em um molde metálico com 2,5mm de altura e 18mm de diâmetro e fotopolimerizada por 40s com o aparelho Elipar (ESPE). As amostras foram polidas e armazenadas em água destilada, a o C. Foram formados cinco grupos controle contendo dez amostras cada, que foram secas pesadas individualmente e imersas em 0,5% FFA; 1,1% NaF; 0,4% SnF 2 ; 1,23% FFA ou água por 6min, lavadas com água destilada, secas e re-pesadas. Este procedimento foi repetido por dez vezes. As amostras foram armazenadas em água destilada até que fossem analisadas. Foram realizados estudos de desgaste utilizando um aparelho automático formado por pino/ disco, agindo por aproximadamente 30h em cada amostra. O pino agia em média com uma carga de 10Mpa e os discos rotacionavam a 27rpm. A profundidade do desgaste foi medida por duas sondas de pontas de rubi ligadas a transformadores. Seguindo os estudos de desgaste, as superfícies das amostras foram visualmente avaliadas usando MEV. As mudanças no peso foram analisadas para as diferenças significantes utilizando o teste estatístico ANOVA e teste de variação múltipla de Ducan (p= 0,01). Em seus resultados observaram significante diferença na perda de peso das amostras tratadas com diferentes agentes fluoretados. FFA 1,23% = FFA 0,5% > SnF 2 0,4% > NaF 1,1% = água (p 0,0001). Diferença significante na profundidade de desgaste inicial (S 1 ) ocorreu nas seguintes amostras: FFA 1,23% > NaF 1,1% = FFA 0,5% (p = 0,04). Através de MEV observaram variáveis trajetórias de desgaste na superfície das amostras. Nas superfícies das amostras fora da trajetória de desgaste foi suave para aqueles tratados com água ou com NaF; nas superfícies fora da trajetória de desgaste das amostras tratadas com FFA 1,23% mostraram extensiva perda de partículas de carga. Aplicação tópica de FFA 1,23% causou extensa perda de partículas da resina, enquanto NaF 1,1% causou menores perdas. Embora diferenças

73 73 estatisticamente significante foram detectadas na resistência ao desgaste, estudos clínicos fazem-se necessários para determinar o efeito dos fluoretos tópicos nas propriedades da resina. Soeno et al. 59, em 2000 investigaram as alterações na superfície de resinas compostas quando exposta ao FFA. Uma resina de micropartículas, Silux Plus (3M), e quatro híbridas, Clearfil AP-X (J. Morita); Lite-Fil IIA (Shofu); Palfique Estelite (Tokuyama); Progress (Kanebo) foram separadamente tratadas com dois agentes de FFA, Fluorident Gel (Premier Dental) e Floden A (Sunstar Corp.). Foram obtidas 75 amostras, sendo que para cada material foram realizadas 15 amostras. Um terço das amostras foram tratadas com Fluordent Gel o outro terço com Floden por 30min e o terço restante foi considerado como controle. Alterações superficiais da rugosidade foram determinadas com um analisador de superfície, e padrões de relevo foram observados usando um MEV. Os valores obtidos foram comparados utilizando o teste de ANOVA e de Ducan. Nas superfícies dos materiais resinosos híbridos contendo carga de macropartículas inorgânicas foram encontradas, geralmente, maiores rugosidades do que nas resinas microparticuladas apesar do tratamento com FFA, materiais de macropartículas inorgânicas em dois dos compósitos híbridos demonstraram visível padrão de condicionamento gerados pela utilização do FFA. Em 2001, Turssi et al. 68, preocupados com a alteração morfológica da superfície dos cimentos ionômero de vidro modificados por resina e das resinas modificadas por poliácidos frente à aplicação tópica do flúor, analisaram a influência da aplicação tópica do fluoreto de sódio (NaF) neutro e do gel de flúor fosfato acidulado (FFA), por 4 min, sobre estes materiais. Trinta amostras cilíndricas padronizadas foram aleatoriamente obtidas de dois cimentos de ionômero de vidro modificados por resina, Fuji II LC Improved (GC) e Photac-Fill Aplicap (ESPE) e de duas resinas modificadas por poliácidos Dyract (Dentsply/ Caulk) e F2000 (3M), resultando num total de 120 amostras. Foi realizado

74 74 o acabamento e polimento das amostras com discos de óxido de alumínio, após uma semana e realizado o tratamento da superfície com os géis de fluoreto, ou água destilada como controle. Estas manobras foram realizadas por quatro vezes, intercalados com oito ciclos de ph, ou seja, ciclos de desmineralização e remineralização, simulando elevados desafios cariogênicos. A avaliação micromorfológica da superfície foi realizada através de fotomicrografias realizadas por cinco avaliadores previamente calibrados. O teste de Kruskal-Wallis não mostrou diferença significante entre o grupo controle e o grupo experimental do Fuji II LC Improved e Dyract. Já o Photac-Fil Aplicap mostrou menor alteração micromorfológica do que o grupo tratado com água destilada, ao contrário dos tratados com NaF neutro e FFA que não revelaram diferenças estatísticas entre si. Para F2000, não houve diferença estatística entre as superfícies tratadas com NaF neutro e água destilada, a maior degradação ocorreu com a aplicação do FFA. Os autores concluíram que ambos, os cimentos de ionômero de vidro modificados por resina e as resinas modificadas por poliácidos mostraram comportamento irregular em relação a sua micromorfologia, quando submetidos à aplicação do FFA. Os efeitos da aplicação tópica de fluoretos na microdureza da resina TPH Spectrum (Dentsply), de um compômero Dyract AP (Dentsply) e um CIV-MR Reactmer (Shofu) foram estudados por Yap & Mok 76, em Trinta amostras de cada material foram confeccionadas e armazenadas em água destilada a 37 C por uma semana. Estas foram aleatoriamente divididas em cinco grupos formados por seis amostras e tratados por 36h a 37 C com um dos seguintes materiais; água destilada, espuma de FFA 1,23%, gel de FFA 1,23% e gel de fluoreto estanhoso 0,4%. As amostras tratadas foram subseqüentemente submetidas ao teste de microdureza Knoop com carga de 500g por 15s de permanência. Os resultados foram analisados usando o teste de ANOVA e teste de Scheffe (p< 0,05). Os efeitos da aplicação

75 75 tópica do flúor na dureza superfícial foi material dependente. Para todos os materiais, tratados com gel e espuma de FFA, foi encontrada significante redução na microdureza da superfície quando comparado com o grupo controle. Valores de dureza Knoop (HK) após exposição ao gel de FFA foram consistentemente menores e variaram de 4,53 a 15,97HK comparados aos valores de dureza Knoop do grupo controle que variaram de 32,88 a 47,47HK. A dureza superficial do compômero foi também significantemente reduzida após a exposição da espuma de flúor neutro. As resinas contendo bário boroalumínio silicato parecem ser mais susceptíveis ao efeito do FFA. Portanto, o uso da aplicação profissional tópica dos fluoretos, especialmente espuma e gel de FFA, podem deteriorar em longo prazo a durabilidade de materiais restauradores a base de resina composta. Outros estudos passaram a ser conduzido a fim de avaliar a efetiva ação dos agentes fluoretados na estrutura do esmalte. Delbem et al. 15, em 2002, avaliaram o efeito in vitro do tempo da aplicação do flúor gel, acidulado ou neutro, na resistência do esmalte a desmineralização e absorção do flúor. Cento e noventa e dois blocos de esmalte humano foram usados neste estudo e 144 foram tratados com flúor gel, acidulado ou neutro, por 1 ou 4min. Noventa e seis blocos tratados com flúor e 24 blocos de controle foram submetidos a um alto desafio cariogênico atráves da utilização de soluções des-remineralizantes com phs diferentes. Depois de serem submetidos ao ciclo de ph, a desmineralização do esmalte foi avaliada por um microdurômetro com 50g de carga aplicada e 30s de permanência, na superfície e em corte transversal da amostra. A concentração do flúor nos blocos de esmalte foram também determinados depois da remoção de uma camada de esmalte através do condicionamento ácido. Em seus resultados verificaram que o flúor acidulado em gel formou mais flúor no esmalte que o gel neutro (p<0,05), e foi mais eficiente na redução da desmineralização dos blocos de resina submetidos ao desafio cariogênico que o gel neutro

76 76 (p<0,05). Concluíram que o tempo de aplicação foi significante em relação à absorção do flúor, mas isto não se traduziu em maior resistência do esmalte em relação à desmineralização.

77 3 PROPOSIÇÃO Avaliar a microdureza da resina composta variando-se os seguintes fatores: a) opacidade da resina composta; b) equipamento de fotopolimerização; e c) ação do flúor tópico na superfície da resina composta.

78 4 MATERIAL E MÉTODO Foram confeccionados 120 corpos-de-prova em forma de pastilhas, utilizando a resina composta com ou sem agente opacificador, fotopolimerizados por fonte de luz halógena ou LED azul conforme passaremos a descrever a seguir detalhadamente. 4.1 Descrição da matriz Foi utilizada uma matriz de aço inoxidável para a confecção dos corpos-de-prova (Figura 1). Esta matriz bipartida possuía uma divisão central que permitia a movimentação das duas porções e que quando unidas formavam na superfície seis pequenas cavidades circulares com 5mm de diâmetro por 2mm de profundidade. Em sua base, existia uma gaveta que permitia a colocação de uma lâmina de vidro para microscopia, utilizada com o objetivo de obtermos pastilhas de resina composta com base plana e polida.

79 79 FIGURA 1 - Matriz de aço inoxidável 4.2 Confecção das pastilhas de resina composta Preparada a matriz, a resina composta microhíbrida Esthet-X (Dentsply) foi inserida no interior das cavidades, em uma única porção (CUNHA et al. 14, 2001; PEREIRA 48, 1999), com auxílio de uma espátula antiaderente. Uma lâmina de vidro foi posicionada com leve pressão sobre a cavidade preenchida pela resina composta. Todos os cuidados foram tomados para evitar a inclusão de bolhas de ar durante a inserção do material na cavidade a fim de obtermos uma superfície plana e uniforme do material, facilitando o registro da microdureza superficial. Foram utilizados dois aparelhos, para a polimerização das pastilhas de resina composta, sendo um de luz halógena e outro de luz emitida por diodo (LED). O aparelho de luz halógena utilizado foi o XL 3000 (3M Dental Materials) (Figura 2), com 550mW/cm 2, medido pelo radiômetro Curing Radiometer Model 100 (Demetron Research Corporation USA). Foi utilizado também, o aparelho de LED Optilight LD II (Gnatus) (Figura 3) formado por 1 LED que produz a intensidade de

80 80 luz de 95,5mW/cm 2 e potência de 48,0m/W medido através de um medidor de potência, modelo Melles Griot-Broadband Power/ Energy (Meter 13PE M001). Após a seleção do aparelho polimerizador, a cavidade foi preenchida com a resina composta Esthet-X (Dentsply) nas cores A2 e A2-O (Figura 4). O aparelho de luz halógena fotopolimerizou sessenta corpos-de-prova, sendo trinta na cor A2 e 30 na cor A2-O e o aparelho de LED azul polimerizou, também, trinta amostras na cor A2 e 30 na cor A2- O. Desta forma, obteve-se quatro grupos que foram posteriormente analisados isoladamente (Figura 5). FIGURA 2 - Aparelho fotopolimerizador de luz halógena XL 3000 (3M)

81 81 FIGURA 3 - Aparelho fotopolimerizador de LED Optilight LD II (Gnatus) FIGURA 4 - Resinas compostas Esthet-X (Dentsply) nas cores A2 e A2-O

82 AMOSTRAS RC RC RC RC A2 A2-O A2 A2-O halogena, (30) halogena (30) LED (30) LED (30) 15 AMOSTRAS SUPERFÍCIE 15 AMOSTRAS - BASE LEITURA EM MICRODURÔMETRO RC RC RC RC A2 A2-O A2 A2-O halogena (15) halogena (15) LED (15) LED (15) FFA 1.23% 2ª LEITURA NO MICRODURÔMETRO TOTAL DE AMOSTRAS: 120 TOTAL DE LEITURAS: 2160 FIGURA 5 - Esquema do delineamento experimental da metodologia

83 83 A fotopolimerização da resina composta foi realizada aplicando-se a ponta ativa do aparelho fotopolimerizador sobre a lâmina de vidro. Os tempos de exposição à luz foram de 40s de irradiação, monitorados sempre com o auxílio de um cronômetro. As pastilhas confeccionadas com a resina composta Esthet-X (Dentsply) apresentavam dimensões finais de 5mm de diâmetro e 2mm de profundidade. 4.3 Armazenagem e embutimento dos corpos-de-prova Os corpos-de-prova foram mantidos em água destilada à temperatura ambiente, por 24h (CUNHA et al. 14, 2001; PEREIRA 48, 1999) em um recipiente envolto por papel de alumínio a fim de evitar uma sobre polimerização do material pela iluminação ambiente (PEREIRA 48, 1999). Decorrido este período os corpos-de-prova foram embutidos em Resina Acrílica Ativada Quimicamente (RAAQ) incolor. Metade dos corpos-deprova de cada grupo, ou seja, 15 pastilhas ficaram com a superfície, que recebeu incidência direta da luz, exposta na superfície dos blocos de resina acrílica e as demais com a base voltada para o observador. A leitura da microdureza foi realizada após o período de 24h de armazenamento. 4.4 Polimento dos corpos-de-prova Os corpos-de-prova receberam acabamento e polimento com lixas d água seqüênciais de granulação 400, 600, 800, 1200 e 4000 por 30s em cada amostra, em politriz a 600rpm com refrigeração, a fim de corrigir as imperfeições deixadas ao embutir o material e promover uma lisura superficial adequada para a leitura da microdureza.

84 Leitura em microdurômetro Os blocos de resina acrílica contendo os corpos-de-prova devidamente identificados (Figura 6) foram levados ao aparelho Microdurômetro Digital Vickers, modelo FM Future Tech, equipado com diamante Vickers de forma piramidal (Figura 7). Para cada impressão utilizou-se uma carga de 50g, associada ao tempo de 30s de permanência (MANDARINO & PORTO 37, 1989; TURBINO et al. 67, 1992), tempo e carga também utilizado por autores que utilizaram o teste de dureza Knoop (VICENTINI et al. 69, 1996; CORRER SOBRINHO et al. 12, 2000; CUNHA et al. 14, 2001). Foi medida a microdureza da superfície da resina, onde houve incidência direta da luz e na base do corpo-de-prova, isto é, a 2mm de profundidade. FIGURA 6 - Pastilhas de resina composta embutidas em RAAQ

85 85 FIGURA 7 - Leitura em microdurômetro Os corpos-de-prova foram divididos em quatro quadrantes, delimitados com o auxílio de uma lâmina de bisturi. Em cada quadrante foram realizadas três indentações e obtida a média referente ao quadrante analisado (Figura 8). M1 M2 M4 M3 M FINAL = M1+M2+M3+M4 FIGURA 8 - Desenho esquemático da pastilha de resina composta, divisão em quadrantes e indentações realizadas

86 86 Desta forma, a partir de doze indentações realizadas, foi obtida a média da microdureza do corpo-de-prova. Os resultados de microdureza registrados (Figura 9) foram analisados estatisticamente e as médias calculadas para cada grupo estudado. Pirâmide de diamante de base quadrada 136 Diagonal da indentação FIGURA 9 - Representação do ensaio de microdureza Vickers e diagrama esquemático da indentação 4.6 Aplicação de FFA sobre a superfície e leitura final em microdurômetro Após a leitura inicial da microdureza, os corpos-de-prova receberam a aplicação tópica do flúor fosfato acidulado 1,23%, Flúor-Gel Odahcam (Dentsply), por 48 min, sobre a superfície das pastilhas, onde houve exposição direta da luz halógena ou LED. O período de 48 min foi estipulado, simulando a condição de uso do FFA 1,23% num tratamento intensivo de prevenção durante um ano, ou seja, aplicações de 4min por sessão, ao longo de três semanas com intervalos de três em três meses (GUEDES-PINTO, et al. 22, 2000; CAMERON & WILMER 10, 2001; Mc DONALD & AVERY 39, 2001), resultando em um período final de 48min/ ano. Desta forma, uma segunda leitura foi realizada a fim de obtermos os dados referentes à superfície tratada com o FFA 1,23%.

87 Análise estatística Foi realizada a média das três leituras em cada quadrante e posteriormente a média do corpo-de-prova, nas diferentes condições experimentais propostas para o cálculo da análise estatística, efetuada em duas partes. Na primeira, foi considerada a influência da profundidade de polimerização (superfície e base) e, na segunda, a influência da aplicação tópica do flúor fosfato acidulado (ausência e presença). Em ambas realizou-se o teste estatístico da análise de variância de medidas repetidas (ANOVA); onde a profundidade de polimerização e ação do flúor foram os fatores repetidos. A influência do aparelho polimerizador (Luz Halógena e LED) e da opacidade (A2 e A2-O) foi considerada, juntamente com o fator repetido, em ambas as partes. O estudo do efeito interação foi conduzido por meio do gráfico de médias e pelo teste de comparação múltipla de médias (teste de Tukey). Neste experimento, cuja unidade experimental é o corpode-prova de resina, obteve-se em cada parte 120 dados a serem analisados sob o esquema fatorial tipo 2 x 2 x 2. Ou seja, oito condições experimentais sob 15 repetições. O nível de significância escolhido foi o valor convencional de 5%.

88 5 RESULTADOS 5.1 Análise estatística: profundidade de polimerização Nesta primeira parte, vamos considerar a influência da posição sob a ação dos aparelhos utilizados sob condição de ausência (resina A2) e de presença (resina A2-O) da opacidade do material. A estatística descritiva dos dados obtidos nessas condições experimentais estão apresentados nas tabelas mostradas a seguir (Tabelas 1, 2 e 3). Tabela 1 - LUZ HALÓGENA. Média (±desvio padrão) dos dados de microdureza sob as condições experimentais de opacidade e profundidade de polimerização Posição A2 Opacidade A2-O (média±dp) Superfície 61,50±2,34* 66,28±3,43 63,89±3,78 Base 54,18±3,24 48,51±4,90 51,34±4,99 (média±dp) 57,84±4,65 57,39±9,94 * n =15 por célula

89 89 Tabela 2 - LED. Média (±desvio padrão) dos dados de microdureza sob as condições experimentais de opacidade e profundidade de polimerização Posição Opacidade (média±dp) A2 A2-O Superfície 61,56±3,05* 61,57±3,82 61,56±3,40 Base 33,97±7,54 13,01±6,99 23,49±12,83 (média±dp) 47,77±15,12 37,29±25,31 * n =15 por célula Tabela 3 - Média (±desvio padrão) dos dados de microdureza sob as condições experimentais de opacidade e utilização de aparelhos fotopolimerizadores Opacidade HALÓGENA Aparelho LED (média±dp) A2 57,84±4,65* 47,77±15,12 52,80±12,20 A2-O 57,39±9,95 37,29±25,31 47,34±21,59 (média±dp) 57,61±7,70 42,51±21,33 n* =15 por célula Verifica-se, com as informações acima, que as condições experimentais apresentam mesma dispersão; valores próximos de desvio padrão. E, também, que os valores médios de microdureza para a superfície são superiores aos valores obtidos na base, independentemente do aparelho utilizado. Quando se aplica o teste ANOVA para estudarmos a influência das variáveis: aparelho polimerizador, opacidade do material e

90 90 da profundidade de polimerização na resina composta verifica-se que o efeito conjunto dessas três variáveis é estatisticamente significante, Tabela 4. Tabela 4 - ANOVA para os dados de microdureza Vickers obtidos Fonte de variação gl SQ QM F p Aparelho (A) , ,80 322,57 0,0001* Opacidade (O) 1 894,20 894,20 42,24 0,0001* A x O 1 754,90 754,90 35,66 0,0001* Resíduo I ,50 21,20 Posição (P) , ,80 793,18 0,0001* A x P , ,60 201,76 0,0001* O x P , ,70 76,40 0,0001* A x O x P 1 207,90 207,90 8,58 0,0049* Resíduo II ,60 24,20 Total ,10 *p<0,05 O relacionamento entre a opacidade e a profundidade de polimerização depende do tipo de aparelho utilizado. Para o aparelho fotopolimerizador de luz halógena, observa-se na Figura 10, que a profundidade de polimerização indicada pela diferença (valor da superfície - valor da base) para a resina A2 (61,50-54,18 = 7,32HV) é menor que para a A2-O (66,28-48,51 = 17,77 HV). Para o aparelho polimerizador de LED, essa discrepância dos valores encontrados para as resinas A2 (61,56-33,97 = 27,59 HV) e A2-O (61,57-13,01 = 48,56 HV) ocorrem de forma mais acentuada.

91 91 FIGURA 10 - Gráfico das médias de microdureza para as oito condições experimentais estabelecidas pelas variáveis: aparelho, opacidade e profundidade de polimerização Para o aparelho de luz halógena, o relacionamento entre a opacidade e a profundidade de polimerização, é considerado numa comparação entre as médias das quatro condições experimentais por meio do teste de comparação múltipla de Tukey (5%). O resultado do teste de Tukey (5%), Tabela 5, indica que (i) os valores médios obtidos nas superfícies e nas bases das resinas A2 e A2-O diferem entre si; (ii) os valores médios obtidos nas superfícies para as resinas A2 e A2-O diferem dos valores médios obtidos nas bases.

92 92 Tabela 5 - Teste de Tukey (5%) para as condições experimentais referentes às variáveis: opacidade e profundidade de polimerização sob ação do aparelho de luz halógena Resina Profundidade de polimerização Média Grupos Homogêneos A2-O base 48,51 A A2 base 54,18 B A2 superfície 61,50 C A2-O superfície 66,28 D Para o aparelho de LED, o relacionamento entre a opacidade e a profundidade de polimerização, é considerado numa comparação entre as médias das quatro condições experimentais. O teste de Tukey (5%) indica que (i) os valores médios obtidos nas superfícies das duas diferentes resinas, quanto à opacidade, não diferem entre si; (ii) os valores médios obtidos nas bases das duas diferentes resinas, quanto à opacidade diferem entre si; (iii) o valor médio obtido na superfície para a resina A2 difere do valor médio obtido na base; (iv) o valor médio obtido na superfície para a resina opaca A2-O difere do valor médio obtido na base. De modo esquemático essas comparações são apresentadas na Tabela 6.

93 93 Tabela 6 - Teste de Tukey (5%) para as condições experimentais referentes às variáveis: opacidade e profundidade de polimerização sob ação do aparelho de LED Resina Profundidade de polimerização Média Grupos Homogêneos A2-O base 13,01 A A2 base 33,97 B A2 superfície 61,56 C A2-O superfície 61,57 C O relacionamento entre o aparelho e a opacidade, independentemente da influência da profundidade de polimerização, é considerado numa comparação entre as médias das quatro condições experimentais, Figura 11. FIGURA 11 - Gráfico das médias de microdureza para as quatro condições experimentais estabelecidas pelas variáveis aparelho e opacidade.

94 94 Por meio do teste de comparação múltipla de Tukey (5%), Tabela 7, verifica-se que as condições experimentais onde houve a influência da luz halógena o comportamento foi semelhante. O mesmo comportamento não pode ser verificado quando utilizado o aparelho de LED. Tabela 7 -Teste de Tukey (5%) para as condições experimentais referentes às variáveis: opacidade e aparelho polimerizador Aparelho Resina Média Grupos Homogêneos Led A2-O 37,29 A Led A2 47,77 B Halógena A2-O 57,39 C Halógena A2 57,84 C 5.2 Análise estatística: ação do flúor Nesta segunda parte, iremos considerar a influência do flúor sobre a resina composta conforme a ação dos aparelhos utilizados sob condição de ausência e de presença da opacidade do material. A estatística descritiva dos dados nessas condições experimentais é apresentada nas tabelas 8, 9 e 10, mostradas a seguir.

95 95 Tabela 8 - LUZ HALÓGENA. Média (±desvio padrão) dos dados de microdureza sob as condições experimentais de opacidade e ação do flúor Flúor A2 Opacidade A2-O (média±dp) Ausência 61,50±2,34* 66,28±3,43 63,89±3,77 Presença 50,70±2,51 53,06±4,78 51,88±3,94 (média±dp) 56,10±5,98 59,67±7,87 * n =15 por célula Tabela 9 - LED. Média (±desvio padrão) dos dados de microdureza sob as condições experimentais de opacidade e ação do flúor Flúor A2 Opacidade A2-O (média±dp) Ausência 61,53±3,05* 61,57±3,82 61,56±3,40 Presença 54,07±2,45 52,47±2,78 53,27±2,69 (média±dp) 57,81±4,68 57,02±5,67 * n =15 por célula

96 96 Tabela 10 - Média (±desvio padrão) dos dados de microdureza sob as condições experimentais de opacidade e de utilização de aparelhos polimerizadores Opacidade HALÓGENA Aparelho LED (média±dp) A2 56,10±5,98* 57,81±4,67 56,95±5,39 A2-O 59,67±7,86 57,02±5,67 58,34±6,93 (média±dp) 57,88±7,16 57,42±5,17 n* =15 por célula Verifica-se, com as informações acima, que as condições experimentais apresentam mesma dispersão; valores próximos de desvio padrão. E, também, que os valores médios de microdureza na ausência do flúor fosfato acidulado são superiores aos valores obtidos sob ação do flúor, independentemente do aparelho utilizado. Quando se aplica o teste ANOVA para estudarmos a influência das variáveis: aparelho polimerizador, opacidade do material e ação do flúor na resina composta verifica-se, Tabela 11, que o efeito conjunto dessas três variáveis não é estatisticamente significante; porém, foi estatisticamente significante o efeito conjunto de duas variáveis.

97 97 Tabela 11 - ANOVA para os dados de microdureza (HV) obtidos Fonte de variação gl SQ QM F p Aparelho (A) 1 6,50 6,50 0,41 0,5247 Opacidade (O) 1 57,88 57,88 3,65 0,0612 A x O 1 142,79 142,79 9,01 0,0040* Resíduo I ,87 15,85 Flúor (F) , ,86 596,63 0,0001* A x F 1 103,56 103,56 20,00 0,0001* O x F 1 30,34 30,34 5,86 0,0188* A x O x F 1 1,23 1,23 0,24 0,6282 Resíduo II ,02 5,18 Total ,05 *p<0,05 FIGURA 12- Gráfico das médias de microdureza para as oito diferentes condições experimentais estabelecidas pelas variáveis: aparelho, opacidade e ação do FFA.

98 98 O relacionamento entre a opacidade e a ação do flúor independe do tipo de aparelho utilizado. Para o aparelho fotopolimerizador de luz halógena, observa-se na Figura 12, que a redução da microdureza devido à ação do flúor (FFA) (diferença dos valores: ausência - presença) para a resina A2 (61,50-50,70 = 10,80HV) é próxima daquela encontrada para a resina A2-O (66,28-53,06 = 13,32 HV). Um comportamento semelhante é verificado para o aparelho polimerizador de LED; resina A2 (61,53-54,07 = 7,46 HV) e A2-O (61,57-52,47 = 9,10 HV). Tendo em vista que o efeito interação das três variáveis é estatisticamente não significante considera-se, agora, o relacionamento da opacidade sob a ação do flúor (FFA) que está representado pelo gráfico de médias, Figura 13. FIGURA 13 - Gráfico das médias de microdureza para as quatro diferentes condições experimentais estabelecidas pelas variáveis opacidade e ação do FFA.

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