Fundo Para o Meio Ambiente Mundial

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1 Fundo Para o Meio Ambiente Mundial Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente PROJETO GESTÃO INTEGRADA E SUSTENTÁVEL DOS RECURSOS HÍDRICOS TRANSFRONTEIRIÇOS NA BACIA DO RIO AMAZONAS, CONSIDERANDO A VARIABILIDADE E MUDANÇA CLIMÁTICA OTCA/GEF/PNUMA Subprojeto II.1 Investigação dirigida sobre a compreensão da base de recursos naturais da bacia do Rio Amazonas Atividade II.1.1 Melhorar o conhecimento dos ecossistemas aquáticos amazônicos Foto: Pedro De Podestà Uchôa de Aquino Relatório Produto 4 Estudo consolidado e integrado dos trabalhos de campo com ênfase na pesca Brasília, Brasil 1

2 PROJETO GESTÃO INTEGRADA E SUSTENTÁVEL DOS RECURSOS HÍDRICOS TRANSFRONTEIRIÇOS NA BACIA DO RIO AMAZONAS, CONSIDERANDO A VARIABILIDADE E A MUDANÇA CLIMÁTICA OTCA/GEF/PNUMA Atividade II.1.1 Melhorar o conhecimento dos ecossistemas aquáticos amazônicos Relatório Produto 4 Estudo consolidado e integrado dos trabalhos de campo com ênfase na pesca Coordenador dos Componentes Cleber J. R. Alho Coordenação da Atividade Norbert Fenzl Consultor Pedro De Podestà Uchôa de Aquino Novembro/2013 2

3 AVALIAÇÃO DA PESCA RESUMO EXECUTIVO Há várias formas de se classificar as modalidades de pesca, uma vez que diferentes critérios como o número e profissionalização das pessoas envolvidas, a abrangência geográfica da pesca e sua operacionalização e o mercado a que se destina o pescado; podem ser adotados. De maneira geral, a pesca na bacia do Rio Amazonas pode ser classificada em três grandes categorias: pesca artesanal, pesca industrial e pesca amadora. A pesca artesanal caracteriza-se pela pouca organização e produtividade bastante variável ao longo do ano. É empregada tanto para subsistência quanto para fins comerciais. Essa modalidade de pesca é realizada ao longo de toda a bacia do Rio Amazonas. Os pescadores empenhados nessa modalidade geralmente residem próximos aos rios e regiões alagadas, locais utilizados nas pescarias. A pesca industrial caracteriza-se pela maior organização das relações de trabalho, o qual os pescadores possuem vínculo empregatício com os responsáveis pelas embarcações. A foz do Rio Amazonas é a principal região que essa modalidade é empregada. Os peixes capturados destinam-se às grandes industrias e centros de distribuição de alimentos. A pesca amadora não caracteriza-se pela renda oriunda do pescado, mas sim pelo seu caráter de lazer. A renda gerada por essa modalidade relaciona-se aos serviços direcionados ao turismo pesqueiro, como o transporte aos pontos de pesca e o aluguel de hospedagens e embarcações. As principais modalidades de pesca observadas ao longo da bacia do Alto Rio Xingu foram a pesca artesanal e a pesca amadora. A pesca artesanal é desempenhada por pessoas que moram nas cidades próximas aos rios e por ribeirinhos. Os principais apetrechos de pesca utilizados nas pescarias são anzóis de barrando (ou pinda) e varas com molinetes. Geralmente o transporte e as pescarias são realizadas em pequenas embarcações, com motores de pequena potencia. É interessante perceber que alguns dos pescadores profissionais, que utilizavam a pesca artesanal para seu sustento, passaram a ser incorporados aos serviços relacionados à pesca amadora. Pelo conhecimento da geomorfologia dos rios e da biologia e ecologia das diferentes espécies de peixes, esses pescadores são os principais guias para a prática da pesca amadora. A região do Alto Rio Xingu encontra-se no limite da fronteira agrícola no estado brasileiro do Mato Grosso. A chegada da agricultura promove grandes alterações ao ambiente natural e muitas delas relacionadas aos mananciais hídricos. A partir de relatos de moradores, que vivem nessa região a pelo menos 20 anos, é possível perceber a influência da ocupação humana e crescimento do desmatamento sobre os estoques pesqueiros. Ao longo dos trechos visitados foi possível visualizar a descaracterização dos ambientes naturais e crescimento da agricultura e pecuária. Foi comum também o relato por pescadores profissionais que a concentração de algumas espécies de interesse comercial ocorre principalmente em trechos no limite com o Parque Indígena do Xingu, região bastante preservada. Muito provavelmente, os estoques pesqueiros dentro dessa reserva são mantidos pela integridade de suas matas. Outra tipo de alteração ambiental que causa grandes impactos nos estoques pesqueiros é a construção de hidrelétricas. Além do desmatamento e alagamento de áreas de vegetação nativa, os barramentos para construção dos reservatórios alteram a ecologia desses trechos de rios. Durante os períodos migratórios de algumas espécies há concentração dos cardumes a jusante 3

4 dos barramentos. Essa maior disponibilidade e facilidade de captura, atrai pescadores que acabam pescando muitos exemplares chegando a extinguir localmente algumas espécies. O impacto gerado pela pesca é mais significativo quando direcionado aos juvenis e quando a pressão de pesca é crescente e sem regulamentação. Apesar de menos expressivo há também impactos gerados pela pesca amadora. Além das restrições impostas por leis quanto a quantidade e tamanho mínimo dos peixes, dos praticantes da pesca amadora soltar os exemplares que são capturados; a prática do turismo sem responsabilidade ambiental pode contribuir não apenas para a redução direta de estoques pesqueiros como também poluir os mananciais hídricos. Os principais impactos à atividade pesqueira na região do Baixo Rio Tocantins estão relacionados diretamente às alterações ambientais causadas pelo barramento deste rio, no entanto, outros impactos indiretos, como o aumento populacional humano, principalmente durante a construção da UHE Tucuruí, e a falta de fiscalização afetam os estoques pesqueiros. Além do desmatamento e alagamento de áreas de vegetação nativa, os barramentos para a construção dos reservatórios alteram a ecologia desses trechos de rios. Nos trechos barrados é comum a redução da riqueza de espécies de peixes, no entanto, nos primeiros anos após a construção das barragens, é observado o aumento de espécies piscívoras e a redução de espécies frugívoras e detritívoras. As espécies de peixes de maior porte, geralmente migratórias, passam a não mais ser encontradas acima dos reservatórios. Com a construção da UHE Tucuruí foi também observada uma redução na diversidade de espécies, no entanto, houve um expressivo aumento dos estoques pesqueiros na região a montante do barramento. Esse aumento se deu principalmente pelo estabelecimento de espécies mais adaptadas aos ambientes lênticos, tais como: o mapará (Hypophthalmus marginatus), os tucunarés (Cichla monoculus e Cichla spp.) e a pescada (Plagioscion squamosissimus). A diminuição dos estoques pesqueiros foi observada principalmente na região a jusante. Além da redução no volume d água, e com isso uma diminuição da diversidade e volume de hábitats, o funcionamento variável das turbinas e liberação de água do reservatório compromete o desenvolvimento de algumas espécies. As oscilações irregulares no nível da água expõe as ovas das espécies de peixes que utilizam as planícies alagadas para se reproduzir. Esse dessecamento promove mortalidade massiva, causando a redução da abundância das espécies. Desta forma, buscando evitar extinções locais, monitoramentos para avaliar quais espécies estão sofrendo com as oscilações da vazão são recomendados. A ausência de fiscalização, principalmente durante o período de defeso, também afeta a manutenção dos estoques pesqueiros. Da mesma forma que as pescas seletivas, a redução dos indivíduos reprodutivos interrompe o recrutamento dos anos subsequentes. A bacia Amazônica possui notório potencial hidrelétrico, representando uma importante riqueza nacional. A autossuficiência na produção de energia elétrica e o baixo custo de geração contribuem para o desenvolvimento econômico brasileiro, no entanto, é sempre importante avaliar a compatibilidade dos ganhos econômicos frente aos prejuízos ambientais e sociais. A exemplo da experiência adquirida na construção de diversas hidrelétricas fica evidente a necessidade do planejamento e articulação do setor energético com os demais setores envolvidos no desenvolvimento do país. 4

5 A bacia do Rio Negro destaca-se também pelo grande número de espécies apreciadas pela aquariofilia. São mais de 100 espécies exploradas comercialmente, das quais o Paracheirodon axelrodi contribui com mais de 80% dos indivíduos capturados. Ao longo do Médio Rio Negro é possível observar duas modalidades de pesca: a pesca artesanal (de subsistência, comercial e ornamental) e a pesca amadora ou esportiva. Na modalidade de pesca artesanal ornamental os pescadores, também chamados de piabeiros, capturam pequenos peixes ornamentais e os vendem para abastecer mercados de peixes de aquário. A região do médio Rio Negro destaca-se no cenário mundial como sendo um dos principais locais de captura desses peixes. Entre os países que mais compram peixes ornamentais da região de Barcelos, destacam-se: o Japão, Estados Unidos e Alemanha. Os piabeiros utilizam pequenas embarcações, como canoas a remo, para percorrerem igarapés e igapós à procura dessas espécies ornamentais. Em locais de pequena profundidade são instaladas armadilhas (por exemplo, o cacuri) ou são utilizados puçás nas capturas. Em seguida, esses peixes são acondicionados em bacias (chamadas localmente de casapas ) e transportados até embarcações maiores que irão distribuir aos exportadores. A espécie Paracheirodon axelrodi, que corresponde a aproximadamente 80% dos indivíduos capturados, é popularmente conhecida como cardinal e habita igarapés e igapós de águas pretas do médio e alto Rio Negro e da bacia do Rio Orinoco. O cardinal utiliza as extensas áreas alagadas durante o período chuvoso para alimentação, reprodução e abrigo; retornando à calha principal dos rios durante a época seca. Para a bacia do Rio Negro a porção média é considerada a que possui as melhores condições para essa espécie ser explorada de forma sustentável, uma vez que as populações apresentam maiores probabilidade de serem reestabelecidas. A pesca artesanal ornamental foi considerada uma das principais atividades econômicas de Barcelos, envolvendo, direta e indiretamente, quase 80% da população desse município. As exportações chegaram a 30 milhões de piabas ao ano, correspondendo a US$ 3 milhões/ano. No entanto, desde a última década, essa atividade encontra-se em declínio pela menor procura desses peixes de aquário pelos exportadores. Entre os motivos para essa redução pode ser o estabelecimento da produção das mesmas espécies em cativeiro, ou ainda, a coleta dessas espécies em outras áreas da bacia Amazônica. Com o declínio dessa atividade os piabeiros (pescadores empenhados na pesca de peixes ornamentais) passaram a exercer outras atividades, como pescadores comerciais e guias nas pescas amadoras. Apesar da grande extensão e abundância de pescado são observados frequentes conflitos envolvendo o pescado na região do médio Rio Negro. O principal motivo é a desorganização e falta de articulação entre os diversos atores empenhados nessa atividade. Há relatos também da redução dos estoques e falta de regulamentação adequada e fiscalização. Dentre as principais ameaças ambientais e conflitos de pesca que colocam em risco a sustentabilidade biológica e socioeconômicas da pesca nos três hotspots visitados durante os trabalhos de campo, destacam-se: Conflitos de pesca As medidas mitigadoras para esta ameaça ambiental compreendem: Mediação entre atores sociais para efetivo ordenamento das práticas pesqueiras; 5

6 Acordos de pesca implementados por governos ou iniciativas regionais e locais envolvendo os diferentes atores envolvidos; Desenvolvimento da pesca amadora em consonância com as demais práticas de pesca, assegurando a distribuição de renda e desenvolvimento social: o Capacitação de ribeirinhos como guias; o Divulgação dessa prática no exterior; o Divulgação da legislação relacionada ao licenciamento da pesca amadora; o Educação ambiental; Avaliação do efeito da modalidade pesca-e-solta sobre os estoques de peixes comerciais; Monitoramento dos estoques de peixes comerciais em locais de maior ocorrência de conflitos, como os observados para o alto Xingu e médio rio Negro. Efeito da sobrexplotação dos estoques pesqueiros As medidas mitigadoras para esta ameaça ambiental compreendem: Monitoramento dos estoques de peixes comerciais; Estabelecimento de cotos para número de indivíduos e tamanho desses indivíduos, compatíveis com a realizada ecológica (i.e., espécies encontradas e períodos reprodutivo) de cada região; Suspensão da pesca em regiões com indicação de sobrexplotação; Adequar os períodos de defeso à realidade da ecológica reprodutiva das espécies mais exploradas nas diferentes regiões; Incentivo à aquicultura com a utilização de espécies nativas da bacia Amazônica; Criação de áreas protegidas para os ambientes límnicos e Reservas Extrativistas. Declínio da pesca ornamental As medidas mitigadoras para esta ameaça ambiental compreendem: Incentivo às exportações dos peixes ornamentais; Adequação da legislação quanto às espécies a serem exportadas; Estudos populacionais (incluindo genéticos) para a viabilidade da espécie a ser explorada para a aquariofilia; Ordenamento da pesca ornamental. Efeito da deficiência da implementação da legislação sobre os estoques pesqueiros As medidas mitigadoras para esta ameaça ambiental compreendem: Aprimoramento dos períodos defesos e tamanhos dos indivíduos já estabelecidos para cada região; Aumentar a fiscalização sobre os tamanhos dos exemplares capturados e durante os períodos de defeso; 6

7 Aumentar a fiscalização sobre os apetrechos e embarcações empenhadas na pesca. Deficiência na correta interlocução entre os atores participantes das organizações sociais na subsistência pesqueira As medidas mitigadoras para esta ameaça ambiental compreendem: Capacitação de representantes e associações para viabilizar a implementação da gestão participativa; Incentivo ao estabelecimento das colônias de pescadores com representação local para os processos de gestão; Incentivos aos pescadores se filiarem em colônias de pesca. Implementação de modelos participativos de gestão dos recursos pesqueiros. 7

8 SUMÁRIO I. A BACIA AMAZÔNICA, UMA INTRODUÇÃO Pesca na bacia do Rio Amazonas Peixes da região do alto Xingu II. PESCA NO ALTO RIO XINGU Conflitos da atividade pesqueira no Alto Rio Xingu III. PESCA NO BAIXO RIO TOCANTINS Reservatório de Tucuruí Impactos das usinas hidrelétricas sobre os ecossistemas aquáticos Pesca Local Pesca artesanal Impactos da barragem de Tucuruí Conflitos da atividade pesqueira no Baixo Rio Tocantins IV. PESCA NO MÉDIO RIO NEGRO Peixes da bacia do Rio Negro Pesca local Pesca artesanal de subsistência Pesca artesanal comercial Pesca artesanal ornamental Pesca amadora Dispositivos legais Conflitos da atividade pesqueira no médio Rio Negro Ordenamento pesqueiro Síntese das principais ameaças ambientais e conflitos de pesca verificados nos hotspots visitados durante os trabalhos de campo LISTA DE FIGURAS Figura 1. Desmatamento da mata ciliar para agricultura alcançando a margem do Rio Coronel Vanick, região do alto Xingu. Figura 2. Plantação de soja alcançando na margem do Rio Coronel Vanick, região do alto Xingu. Figura 3. Desmatamento da mata ciliar para pecuária alcançando a margem do Rio Coronel Vanick, região do alto Xingu. 8

9 Figura 4. Conversão da vegetação natural em pasto para a pecuária alcançando a margem do Rio Sete de Setembro, região do alto Xingu. Figura 5. Áreas ao longo dos trechos visitados durante os trabalhos de campo, na bacia do Alto Rio Xingu, com vegetação natural substituída por agricultura ou pasto. Figura 6. Instalações de hospedagens voltadas ao turismo ambiental e à pesca amadora na região do alto Xingu. Figura 7. Embarcações utilizadas na pesca amadora no alto Xingu. Figura 8. Pesca amadora sendo realizada no Rio Sete de Setembro, região do alto Xingu. Figura 9. Desmatamento da mata ciliar e ocupação na margem do Reservatório de Tucuruí Figura 10. Porto de desembarque de peixe (Porto do Onze) próximo à cidade de Tucuruí, região do baixo Tocantins. Figura 11. Mercado de peixe na cidade de Tucuruí, local onde foram entrevistados pescadores e lideranças de pesca. Figura 12. Pescadores manipulando o pescado durante a pesca a jusante da barragem de Tucuruí. Figura 13. Acampamento de pesca às margens do reservatório de Tucuruí. Figura 14. Embarcações utilizadas para acondicionar e transportar o pescado aos mercados de peixe, região de Tucuruí. Figura 15. Margem de igarapé, localizada à jusante da barragem de Tucuruí, utilizada por espécies de peixes durante a reprodução. Figura 16. Cacuri, armadilha utilizada na captura de peixes ornamentais no médio Rio Negro. Figura 17. Pesca com puçá de peixes ornamentais no médio Rio Negro. Figura 18. Peixes ornamentais acondicionados em casapas durante o transporte. Figura 19. Paracheirodon axelrodi, espécie de peixe ornamental mais capturada no médio Rio Negro Figura 20. Vegetação nativa ao longo de toda bacia do Rio Negro, mostrando os pontos amostrados (vermelho), durante os trabalhos de campo. 9

10 I. A BACIA AMAZÔNICA, UMA INTRODUÇÃO Pesca na bacia do Rio Amazonas Os peixes são a principal fonte de proteína para grande parte da população na bacia do Rio Amazonas, ultrapassando 400 g de peixe por pessoa ao dia. Dados históricos relatam o consumo do pescado nessa bacia ocorrendo desde a pré-história (3.000 e a.c.). Atualmente, a pesca é uma das atividades mais tradicionais para a região. A pesca é também uma das principais atividades socioeconômicas da bacia do Rio Amazonas. Sendo fonte de alimento e renda, emprego e lazer, para um grande número de pessoas. Estimativas demonstram que a produção pesqueira da bacia Amazônica chegue a toneladas ao ano. No Brasil, por exemplo, os estados que mais contribuem para esse valor são o Amazonas ( t em 2010) e o Pará ( t em 2010) (Ministério da Pesca e Aquicultura, 2010). Os altos valores da produção pesqueira nesses estados podem ser explicados pelo grande porte dos cursos hídricos que drenam seus territórios. No entanto, apesar de apresentarem cursos d água com menores dimensões e menores estoques pesqueiros, as nascentes de rios que irão desaguar na calha principal do Rio Amazonas, contribuírem para a manutenção de populações de peixes, principalmente populações de peixes migradores. A preservação das regiões de cabeceiras, locais utilizados para a reprodução, alimentação e berçário de algumas espécies de peixes, é indispensável para a sustentabilidade da pesca. Apenas uma pequena parcela das espécies de peixes da bacia do Rio Amazonas é explorada comercialmente pela atividade pesqueira. De maneira geral, essas espécies de maior importância para o pescado possuem maior porte e ampla distribuição na bacia Amazônica. Entre elas destacam-se o tambaqui (Colossoma macropomum), o jaraqui (Semaprochilodus spp.), o matrinxã (Brycon amazonicus), o curimatã (Prochilodus nigricans), o pacu (Mylossoma spp., Myleus spp. e Metynnis spp.) e o tucunaré (Cichla spp.). Algumas dessas espécies já mostram sinais se sobrepesca em virtude dessa preferência nas capturas. No entanto, outras atividades humanas como o desmatamento das matas ciliares, pecuária em áreas de várzea e barramentos para construção de hidrelétricas, contribuem para aceleração da diminuição dos estoques pesqueiros. Desta forma, conhecer os diferentes atores sociais envolvidos na atividade pesqueira é fundamental para se realizar uma gestão que viabilize o uso dos recursos naturais de forma equitativa e responsável. Peixes da região do alto Xingu A bacia do Rio Xingu está completamente compreendida em terras brasileiras, correspondendo a um dos afluentes da margem direita do Rio Amazonas. Suas nascentes estão no estado brasileiro do Mato Grosso e compartilham divisores de águas com as ecorregiões do Tocantins-Araguaia, do Tapajos-Juruena e do Paraguai (Abell et al., 2008). A bacia tem extensão de 463,77 Km 2 e suas nascentes localizam-se em terras altas do Escudo Brasileiro. Para os cursos d água ao longo da bacia do Rio Xingu são catalogadas 142 espécies de peixes, das quais 36 são endêmicas (Albert et al., 2011). Grande parte desses endemismos ocorre nas cabeceiras do Rio Xingu, região também conhecida como Alto Xingu. A partir da composição das espécies é possível perceber o compartilhamento de fauna entre a bacia do Alto Xingu e suas bacias adjacentes (Carvalho & Albert, 2011). O evento geodispersor das capturas de cabeceiras mostra-se como um importante processo gerador desses padrões de distribuição de espécies de peixes entre os divisores de águas de bacias hidrográficas no centro do Brasil. As captura de 10

11 cabeceiras, por desviar o curso d`água de uma bacia hidrográfica para outra adjacente, são eventos biogeográficos que promovem a expansão da distribuição e o isolamento de populações de espécies aquáticas. Por exemplo, a presença da espécie Scoloplax distolothris nas bacias do Paraguai, do Araguaia e do Alto Xingu evidência esse compartilhamento de fauna. Recentemente foi dada maior atenção à bacia do Rio Xingu em função da construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Além de impactos socioeconômicos a construção dessa hidrelétrica pode gerar grandes alterações aos ecossistemas naturais. As alterações dos fluxos e ciclos sazonais de cheia e seca no trecho da construção da barragem podem gerar danos irreversíveis às comunidades de peixes. Muitas espécies migratórias teriam parte de seus ciclos de vida e/ou seus hábitats alimentares comprometidos podendo ser extintas localmente. A redução dessas espécies, muitas delas utilizadas como alimento, podem impactar a economia e subsistência de povos indígenas e ribeirinhos ao longo do Rio Xingu. II. PESCA NO ALTO RIO XINGU As principais modalidades de pesca observadas ao longo da bacia do Alto Rio Xingu foram a pesca artesanal e a pesca amadora. A pesca artesanal é desempenhada por pessoas que moram nas cidades próximas aos rios e por ribeirinhos. Os principais apetrechos de pesca utilizados nas pescarias são anzóis de barrando (ou pinda) e varas com molinetes. Dependendo da época do ano e o local onde será realizada a pesca, o qual irá interferirá na espécie de peixe a ser capturada, há preferência por um dos apetrechos. Normalmente, para a pesca de grandes bagres migratórios, como o filhote (Brachyplatystoma filamentosum), é utilizado anzóis de barranco, que permanecem instalados ao longo da noite, quando há maior atividade dos peixes. Peixes pequenos vivos, como exemplares de Gymnotus spp. e Leporinus spp., são as principais iscas usadas nessa modalidade de pesca. Geralmente o transporte e as pescas com vara são realizadas em pequenas embarcações (p.ex. voadeiras), com motores de pequena potencia. Os meses de maior produção pesqueira em grandes centros de pesca coincidem com o períodos de vazante dos rios. Manaus, por exemplo, possui pico de produção pesqueira nos meses de agosto e outubro, período de águas baixas (Santos et al., 2006). A partir de relatos de pescadores profissionais é percebido o mesmo padrão para a região do Alto Xingu. Algumas espécies, como a Brycon sp. e o Hydrolycus armatus, são as que apresentam maiores abundancias logo no final das chuvas. O defeso para os rios do estado do Mato Grosso na bacia do Rio Amazonas vai do dia 05 de novembro a 29 de fevereiro (Portaria n 48/2007 do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais e Renováveis IBAMA). Durante esse período é permitida apenas a pesca de subsistência com cota de captura de 3 kg ou um exemplar. Os pescadores profissionais durante o período de defeso recebem mensalmente do governo brasileiro o Seguro Defeso, no valor de um salario mínimo. Por serem mais apreciados pelo paladar e cada vez mais difíceis de serem capturadas, as espécies Colossoma macropomum e Brachyplatystoma filamentosum possuem maiores valores de mercado. O quilo dessas espécies pode chegar a R$ 20,00. Buscando controlar a redução excessiva da população dessas espécies algumas medidas legais são tomadas quanto às capturas. De acordo com a Lei estadual do Mato Grosso n 9.893, de 1 de março de 2013, os pescadores 11

12 profissionais, fora do período de defeso, podem capturar semanalmente 125 kg de pescado e durante o transporte ter acompanhado a Declaração de Pesca Individual (DPI). A Lei do estado do Mato Grosso n 9.895, de 07 de março de 2013, em seu anexo II, dispões sobre os tamanhos mínimos que algumas espécies de peixes precisam ter para serem capturadas na bacia Amazônica. Tabela 1. Tamanhos mínimos das espécies de peixes a serem capturadas na bacia Amazônica de acordo com o anexo II da Lei do estado do Mato Grosso n 9.895, de 07 de março de Nome Nome científico Medida Bicuda Boulengerella cuvieri 60 cm Cachorra Hydrolycus armatus 60 cm Caparari Pseudoplatystoma tigrinum 85 cm Pacu-caranha Myloplus torquatus 45 cm Pacu-prata Myleus spp. 30 cm Curimbatá Prochilodus nigricans 30 cm Dourada Brachyplatystoma flavicans 80 cm Matrinchã Brycon spp. 35 cm Pintado Pseudoplatystoma sp. 80 cm Piraíba/Filhote Brachyplatystoma filamentosum 100 cm Pirapitinga Piaractus brachipomus 45 cm Pirarara Phractocephalus hemiliopterus 90 cm Trairão Hoplias sp. 60 cm É interessante perceber que alguns dos pescadores profissionais que utilizavam a pesca artesanal para seu sustento passaram a ser incorporados aos serviços relacionados à pesca amadora. Pelo conhecimento da geomorfologia dos rios e da biologia e ecologia das diferentes espécies de peixes, esses pescadores são os principais guias para a prática da pesca amadora. Os apreciadores da pesca amadora em águas de interiores buscam locais pristinos para a prática dessa atividade. Essas regiões possuem comunidades nativas de peixes e exemplares de grande porte, os quais são mais apreciados durante as pescarias. A bacia Amazônica possui grande potencial para o desenvolvimento dessa modalidade de pesca por apresentar uma grande malha hídrica, em sua maioria, ainda preservada. Ao longo das margens dos trechos de rios visitados foi possível observar o crescimento de hospedagens (veja Figura 6) voltadas ao turismo ambiental e à pesca amadora. Essas instalações chegam a comportar 50 turistas e possuem estrutura voltada diretamente à pesca, com embarcações (veja Figura 7) e venda de apetrechos. Algumas hospedagens chegam a ter pista de 12

13 voo para transporte de turistas. Os aviões utilizados nesse tipo de transporte são de pequeno porte. Essas pistas de pouso são também utilizadas por agricultores durante a pulverização aérea de pesticidas nas plantações da região. Os pescadores amadores contratam embarcações com barqueiros e utilizando vara, molinetes ou carretilhas e iscas durante as pescarias (Foto 8). Dependendo da espécie de peixe pretendida e da época do ano, diferentes ambientes; como corredeiras, remansos, poços e lagos; são visitados e a pescaria é realizada durante o dia inteiro. Apesar de não ser realizada por todos os pescadores, mas uma prática comum é a soltura dos exemplares. O intuito principal desse tipo de pesca é o lazer; assim, o consumo do pescado nem sempre é a finalidade das pescarias. De acordo com a Lei estadual do Mato Grosso n 9.893, de 1 de março de 2013, os pescadores portadores da Carteira de Pescador Amador possui cota de captura e transporte de até 5 kg de pescado e um exemplar. Não podendo comercializar o produto das pescarias. Conflitos da atividade pesqueira no Alto Rio Xingu A região do Alto Rio Xingu encontra-se no limite da fronteira agrícola no estado brasileiro do Mato Grosso. A chegada da agricultura promove grandes alterações ao ambiente natural e muitas delas relacionadas aos mananciais hídricos. A partir de relatos de moradores, que vivem nessa região a pelo menos 20 anos, é possível perceber a influência da ocupação humana e crescimento do desmatamento sobre os estoques pesqueiros. Pescadores e mesmo ribeirinhos que não possuem atividades econômicas relacionadas à pesca relatam tanto a redução de algumas espécies de peixes comerciais quanto a redução das abundâncias de populações e tamanhos de exemplares. Ao longo dos trechos visitados foi possível visualizar a descaracterização dos ambientes naturais e crescimento da agricultura (Figuras 1 e 2) e pecuária (Figuras 3 e 4). Uma vista geral das áreas desmatadas ao longo dos trechos visitados por nós durante os trabalhos de campo, na bacia do Alto Xingu, pode ser evidenciada na Figura 5. Nessa figura é possível notar o contraste da região antropizadas, ao longo dos trechos visitados, com a vegetação natural encontrada dentro do limite do Parque Indígena do Xingu. O desmatamento da vegetação marginal em alguns trechos chegam a ultrapassar a faixa legal de preservação estipulada pela Resolução CONAMA 303/2002, o qual dispõe sobre parâmetros, definições e limites de Áreas de Preservação Permanente (APPs). De acordo com essa resolução brasileira as faixas marginais, medidas a partir do nível mais alto do rio, em projeção horizontal, devem ter largura mínima de: 30 m ao longo de cursos d água até 10 m de largura, 50 m ao longo de cursos d água com larguras entre 10 e 50 metros, ou 100 m ao longo de cursos d água com larguras entre 50 e 200 m. Esses valores de larguras são os observados para os rios visitados. Em 2004, as taxas de desmatamento para o estado do Mato Grosso era a maior para a Amazônia Legal ( Km 2 /ano) (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, 2012). Apesar na redução nessa taxa, em 2012, o Mato Grosso seguiu em segundo lugar com 777 km 2 desmatados. 13

14 Figura 1. Desmatamento da mata ciliar e agricultura alcançando a margem do Rio Coronel Vanick. Coordenadas: latitude -13, ; longitude -52, Foto: Pedro De Podestà Uchôa de Aquino. 14

15 Figura 5. Áreas ao longo dos trechos visitados, na bacia do Alto Rio Xingu, com vegetação natural substituída por agricultura ou pasto. 15

16 O desmatamento na bacia do Rio Amazônica, principalmente em regiões nas planícies de inundação, ocorre primeiramente para a retirada de madeira de lei. O desmatamento também ocorre por motivação para agricultura, pecuária e mineração. Muitas espécies de peixes utilizam essas planícies, durante as cheias, para alimentação, reprodução e abrigo. Sendo assim, a retirada dessa vegetação pode impactar as populações dessas espécies. A retirada dessas árvores faz com que haja maior entrada de luz nos ambientes aquáticos, dessa forma, há um incremento da produtividade primária (proliferação de algas). As espécies de peixes algívoras se beneficiam dessa situação, no entanto, não se sabe ao certo o efeito do aumento da população dessas espécies sobre os ecossistemas. Figura 2. Plantação de soja alcançando na margem do Rio Coronel Vanick. Coordenadas: latitude -13, ; longitude -52, Foto: Pedro De Podestà Uchôa de Aquino. A importância das matas preservadas na manutenção de populações de espécies nativas pode ser observada nas áreas visitadas. Foi comum o relato de pescadores profissionais que a concentração de algumas espécies de interesse comercial ocorre principalmente em trechos no limite com o Parque Indígena do Xingu, região bastante preservada. Muito provavelmente, os estoques pesqueiros dentro dessa reserva são mantidos pela integridade de suas matas. Um problema indireto da agricultura é a utilização de grandes quantidades de pesticidas para controle de pragas. Muitos dos pesticidas utilizados são compostos químicos que podem 16

17 contaminar lençóis freáticos, lagos e rios, e, além de causar desequilíbrios à fauna e flora de uma região, podem causar doenças em humanos. Problemas de memória, pele, câncer, depressão são alguns exemplos de enfermidades associadas à utilização e exposição de pessoas a esses agentes químicos. O estado do Mato Grosso, onde foi realizada a expedição de campo, é tido como o estado brasileiro que mais utiliza pesticidas. Estudos no município mato-grossense de Primavera do Leste indicaram a contaminação do solo e mananciais hídricos por pesticidas principalmente em momentos de maiores chuvas (Dores & De-Lamonica-Freire, 2001). Figura 3. Desmatamento da mata ciliar e pecuária alcançando a margem do Rio Coronel Vanick. Coordenadas: latitude -13, ; longitude -52, Foto: Pedro De Podestà Uchôa de Aquino. Outro tipo de alteração ambiental que causa grandes impactos nos estoques pesqueiros é a construção de hidrelétricas. Além do desmatamento e alagamento de áreas de vegetação nativa, os barramentos para construção dos reservatórios alteram a ecologia desses trechos de rios. Nos trechos barrados é comum a redução da riqueza e capturas de peixes. No entanto, nos primeiros anos após a construção das barragens é observado o aumento de espécies piscívoras e redução de espécies frugívoras e detritívoras. As espécies de peixes de maior porte, geralmente migradoras, passam a não serem mais encontradas acima dos reservatórios (Araújo-Lima & Ruffino, 2003). O desmatamento para a construção de hidrelétricas geram diferentes impactos (positivos e negativos) nas diversas espécies de peixes, no entanto, de maneira geral há perda de diversidade e redução drástica de espécies frugívoras. 17

18 Durante os períodos migratórios de algumas espécies há concentração dos cardumes a jusante dos barramentos. Essa maior disponibilidade e facilidade de captura, atrai pescadores que acabam pescando muitos exemplares, chegando a extinguir localmente algumas espécies. O impacto gerado pela pesca é mais significativo quando direcionado aos juvenis e quando a pressão de pesca é crescente e sem regulamentação. Um exemplo da captura excessiva de juvenis sobre a população da piramutaba (Brachyplatystoma vaillantii), dourada (Brachyplatystoma flavicans) e tambaqui (Colossoma macropomum) pôde ser observada na foz do Rio Amazonas. Apesar das leis brasileiras impedirem a captura de exemplares de pequeno porte (o qual representariam os juvenis dentro das populações de peixes) é comum eles serem pescados e comercializados em mercados de peixes (Barthem & Goulding, 1997). Figura 4. Pecuária alcançando a margem do Rio Sete de Setembro Coordenadas: latitude -13, ; longitude - 52, Foto: Pedro De Podestà Uchôa de Aquino. A utilização de novos tecnologias e apetrechos, como sonares e embarcações equipadas com freezers, contribuem para aumentar a eficiência da pesca. Assim, buscando evitar a sobrepesca em decorrência da utilização desses equipamentos, estratégias de manejo devem considerar esses avanços para tornar a pesca sustentável. Apesar de menos expressivo há também impactos gerados pela pesca amadora. Além das restrições impostas por leis quanto a quantidade e tamanho mínimo dos peixes, dos praticantes da pesca amadora soltar alguns peixes que são capturados, a prática do turismo sem responsabilidade ambiental pode contribuir não apenas para a redução de estoques pesqueiros 18

19 como também alterar os ecossistemas aquáticos como um todo. Uma das ações impactantes que essa forma de turismo pode gerar ao ambiente natural é o aumento de poluição, pelo descarte de lixo no leito dos rios. Para se garantir uma sustentabilidade da pesca amadora, em consonância ao desenvolvimento econômico e social, é necessário desenvolver uma estrutura turística associada aos demais atores do setor pesqueiro. Figura 6. Instalações de hospedagem voltadas ao turismo ambiental e à pesca amadora. Coordenadas: latitude - 12, ; longitude -52, Foto: Pedro De Podestà Uchôa de Aquino. 19

20 Figura 7. Embarcações utilizadas na pesca amadora no Alto Xingu. Coordenadas: latitude -13, ; longitude - 52, Foto: Pedro De Podestà Uchôa de Aquino. Figura 8. Pesca amadora sendo realizada no Rio Sete de Setembro. Coordenadas: latitude -12, ; longitude - 52, Foto: Pedro De Podestà Uchôa de Aquino. 20

21 III. PESCA NO BAIXO RIO TOCANTINS A bacia do Tocantins-Araguaia possui uma área total de Km 2 e sua maior porção, principalmente suas nascentes encontram-se no bioma Cerrado ( Km 2 ). Essa bacia nasce no Planalto Central Brasileiro e deságua no Rio Pará próximo ao estuário do Rio Amazonas. Sendo a maior bacia hidrográfica exclusivamente brasileira, se estende pelos estados do Pará, Maranhão, Mato Grosso, Tocantins, Goiás e o Distrito Federal. A bacia possui uma descarga média de m 3 /s, distribuídas entre os rios Tocantins (50%), Araguaia (45%) e Itacaiúnas (5%). O Rio Araguaia é o maior tributário dessa bacia, com km de extensão, o qual se encontra como Rio Tocantins acima da cidade de Marabá. O trecho da bacia do Rio Tocantins que se estende das cabeceiras, ao sul, até as corredeiras do Lajeado, no estado do Tocantins, caracteriza o Alto Rio Tocantins (1.060 km de extensão e 925 m de desnível). Os cursos d`água nas cabeceiras dessa bacia nascem nas encostas das chapadas e ao longo de seu percurso é comum a formação de corredeiras e cachoeiras. Esses trechos de pequeno porte frequentemente secam ou apresentam seus fluxos interrompidos durante os períodos de estiagem. As variações hidrogeológicas ao longo desses cursos formam uma variedade de ambientes e isolamentos as quais influenciam na distribuição da biota aquática. O trecho da bacia compreendido entre as corredeiras do Lajeado e as cachoeiras de Itaboca, no estado do Pará, caracteriza o Médio Rio Tocantins. Essa região tem uma extensão de 980 km, e desnível altitudinal de aproximadamente 150 m. Por fim, o trecho a partir das cachoeiras de Itaboca à foz, na junção com o Rio Pará, caracteriza o Baixo Rio Tocantins. Esse trecho tem uma extensão aproximada de 360 km e altitudes inferiores a 100 m. A pequena declividade da região permite a formação de remansos e extensas áreas alagadas. A composição da fauna aquática da bacia do Tocantins-Araguaia apresentam muitas similaridades com a da bacia Amazônica. Levantamentos ictiofaunísticos, principalmente relacionados às exigências legais para a construção de hidrelétricas, vêm mostrando sua grande diversidade. Dois processos distintos, ocorridos independentemente nos diferentes trechos da bacia, podem ter influenciado essa composição. Em sua porção inferior, nas terras baixas, há uma relativa conexão com o trecho do baixo Amazonas o que pode ter permitido a troca faunística entre essas bacias. Já na porção superior, caracterizada por terras altas de planalto, é comum a ocorrência de eventos de captura de cabeceira, fazendo com que a composição da fauna íctica seja compartilhada entre bacias adjacentes. Esse compartilhamento pode se dar ao sul pela bacia do Paraná-Paraguai, ao oeste pela bacia do Xingu e ao leste pela bacia do São Francisco. Grande parte da drenagem do Rio Tocantins está em uma região sobre intensa e recente ocupação humana. Esse processo gera grandes alterações sociais, econômicas e ambientais à região. Dentre as atividades que vêm crescendo destacam-se a extração de minérios e madeira, construção de malhas viárias, pecuária e agricultura. Em função do forte gradiente altitudinal desde suas cabeceiras, várias barragens, com a finalidade de geração de energia hidrelétrica, foram construídas ao longo da bacia do Tocantins-Araguaia. Apesar de uma menor variação altitudinal, no último grande desnível da região do Baixo Rio Tocantins, foi construída a primeira grande barragem na Amazônia brasileira: a Usina Hidrelétrica (UHE) Tucuruí. Essa usina por estar em uma região caracterizada pela pesca e abundância de peixes, se destaca quanto aos conflitos e impactos ambientais relacionados aos ecossistemas aquáticos. 21

22 Reservatório de Tucuruí Em setembro de 1984, com o barramento do Rio Tocantins, foi instalada a primeira grande usina hidrelétrica na Amazônia brasileira, a Usina Hidrelétrica (UHE) Tucuruí. A UHE Tucuruí encontra-se no estado do Pará, Brasil, e possui o maior potencial instalado para uma usina completamente brasileira. Os obras para construção do reservatório foram iniciadas em 1976 para finalmente a usina ser inaugurada oito anos depois. O enchimento do reservatório inundou uma área de aproximadamente km 2, fazendo com que alguns vilarejos que encontravam-se às margens do Rio Tocantins ficassem submersos. Famílias que ali moravam foram alocadas para novos povoados (por exemplo, Novo Repatriamento e Breu Branco). O reservatório possui aproximadamente 170 km de extensão e largura máxima de 40 km (média de 14,3 km). O local de maior profundidade fica próximo à barragem, chegando a 70 m. O reservatório possui forma dendrítica e em seu interior são observadas várias ilhas. Essas ilhas apresentam vegetação nativa ou são ocupadas por ribeirinhos. Impactos das usinas hidrelétricas sobre os ecossistemas aquáticos Os ecossistemas aquáticos vêm sofrendo rápidas e profundas transformações. As atividades humanas contribuem fortemente com essas transformações. Destruição de florestas (principalmente da vegetação ripária), construção de barragens, uso descontrolado de pesticidas e fertilizantes, introdução de espécies exóticas, entre outros, são interferências antrópicas sobre os ambientes aquáticos que ocasionam modificações na estrutura e nos processos desses ecossistemas. Essas modificações agem de forma diferenciada na capacidade de sobrevivência das diferentes populações de peixes. Para a construção de empreendimentos hidrelétricos, há a necessidade da interrupção e alagamento de trechos de rios. Esse barramento gera alterações nos processos ao longo dos ambientes límnicos. Alteração no fluxo natural dos ambientes lóticos, se tornando agora lênticos, ocasiona mudanças no nível e velocidade das águas modificando consideravelmente a estrutura das comunidades de peixes. Grandes extensões de vegetação nativa são inundadas e esse material orgânico, durante os primeiros anos após o enchimento dos reservatórios, entra em decomposição retirando grande quantidade de oxigênio da água. Essa água causa mortandade de peixes tanto a montante (no reservatório) quanto a jusante da barragem. A interrupção do fluxo natural também isolam populações impossibilitando o fluxo gênico. Fato este agravado, principalmente, quando o deslocamento de espécies de peixes migratórias fica comprometido. As espécies passam a não finalizar seu ciclo reprodutivo e, com isso, podem se tornar extintas regionalmente. A não manutenção da vazão mínima a jusante desses barramentos também altera o ciclo natural das águas que acompanha a sazonalidade das chuvas. Os efeitos dos barramentos variam bastante entre as regiões do mundo, pois além dos diferentes modelos de usinas, há uma grande variação das características físicas dos ambientes e composição de espécies. As rápidas amplitudes de variação da vazão, que ocorrem em função de momentos de maior utilização da energia elétrica (e.g., dias de maior funcionamento das indústrias), também comprometem a reprodução de algumas espécies a jusante dos barramentos. Havendo baixa variação altitudinal, a redução da vazão pode expor uma grande área deixando fora d água a ova de algumas espécies. 22

23 A construção de grandes empreendimentos, como a instalação de usinas hidrelétricas e ampliação da malha viária, aumentam a ocupação humana e o acesso ao longo dos rios. Com o crescimento populacional, a demanda sobre o pescado se torna cada vez maior. Recentemente, maior atenção foi dada aos impactos causados pela sobrepesca nos ambientes continentais. A falta de dados consistentes e a interação de outros impactos nos ambientes límnicos impedem com que a sobrepesca apresente-se relacionada ao declínio das populações de peixes. Pouco se sabe também das consequências da alteração dos tamanhos dos exemplares de uma espécie (principalmente a redução do tamanho) e da alteração da composição trófica. Pesca Local A bacia do Tocantins-Araguaia possui aproximadamente 371 espécies de peixes (Abell, et al., 2008), com expectativa de acréscimo desse valor com a ampliação de estudos nas regiões de cabeceira pouco exploradas. Essas espécies encontram-se distribuídas em 40 famílias, sendo dominada pelas famílias Characidae (73 espécies), Loricariidae (39) e Rivulidae (32). Essa bacia também se caracteriza pelo grande endemismo: 175 espécies de peixes. De acordo com Santos et al. (1984), a bacia do Baixo Rio Tocantins possui 270 espécies de peixes e 100 delas apresentam potencial de serem exploradas comercialmente. Antes da construção da UHE Tucuruí a região do Baixo Rio Tocantins apresentava um gradiente ecológico longitudinal, característico dos ambientes lóticos. Ao longo desse trecho eram observadas variações ambientais, principalmente na composição dos substratos, os quais influenciavam diretamente a distribuição das espécies. A região mais próxima à foz, estuário do Rio Amazonas, apresenta características de ambientes lênticos, além disso, a baixa altitude e a proximidade com o mar fazem com que os ciclos diários das marés também influenciem na dinâmica das comunidades de peixes. É possível, inclusive, observar a inversão do fluxo da água do Rio Tocantins nas proximidades da cidade de Cametá. Nessa região, pela redução do fluxo d água, há uma maior deposição de sedimentos contribuindo com a produtividade primária e, assim, uma maior quantidade de peixes. O ciclo anual de chuvas fazia com que extensas áreas às margens do Rio Tocantins ficassem alagadas e formassem grandes lagoas. A dinâmica natural de reprodução de algumas espécies de peixes da bacia Amazônica está relacionada diretamente à formação dessas extensas planícies inundáveis. Algumas espécies migradoras que formam grandes cardumes se concentram nessa região, destacando-se comercialmente o mapará (Hypophthalmus marginatus), o curimatã (Prochilodus nigricans) e a sardinha (Triportheus elongatus). O camarão-de-água-doce (Macrobrachium amazonicum) também é abundantemente encontrado e comercializado na região. 23

24 Figura 9. Desmatamento da mata ciliar e ocupação na margem do Reservatório de Tucuruí. Coordenadas: latitude - 3, ; longitude -49, Foto: Pedro De Podestà Uchôa de Aquino. Onde se encontra atualmente a barragem de Tucuruí havia um trecho de corredeiras, o qual permitia o estabelecimento de uma comunidade mais diversa, em função do aumento na heterogeneidade do ambiente. Apesar do encachoeiramento, as populações de peixes, principalmente aquelas migratórias, conseguiam se deslocar livremente. Entre essas espécies destacam-se: os pacus (Mylesinus paucisquamatus), os acaris (Baryancistrus niveatus e Pseudacanticus spinosus) e os aracus (Leporinus frederici e Anostomoides laticeps). Apesar dessa maior quantidade de espécies reofílicas a navegabilidade de embarcações utilizadas na pesca ficava comprometida pelo perigo oferecido pelas corredeiras. De acordo com Mérona et al., (2010), antes da construção da UHE Tucuruí, os pescadores da região do Baixo Rio Tocantins eram organizados em apenas três colônias, sendo poucos aqueles oficialmente afiliados. Haviam poucos mercados de peixes, destacando-se o mercado de Cametá com aproximadamente 600 toneladas de pescado ao ano. O acondicionamento dos peixes era realizado de forma rudimentar, isto é salga-seca, pois a produção de gelo apresentava preço elevado. Com o início das construções da UHE Tucuruí houve um expressivo aumento populacional humano, principalmente nas imediações da obra, no entanto, nesse primeiro momento não houve 24

25 aumento do consumo de pescado na região. Fato este provavelmente relacionado aos hábitos alimentares tradicionais não relacionados à pesca da população imigrante. Com a construção do reservatório, principalmente nos primeiros anos após o represamento do Rio Tocantins, houve mudanças expressivas na estruturação da comunidade de peixes tanto a montante quanto a jusante da barragem. A atividade pesqueira ao longo do Rio Tocantins também sofreu grandes alterações com a construção da UHE Tucuruí. Algumas espécies de peixes melhor adaptadas aos ambientes lênticos, além de conseguirem permanecer no reservatório tiveram expressivo aumento populacional, em especial o mapará (Hypophthalmus marginatus), os tucunarés (Cichla monoculus e Cichla spp.) e a pescada (Plagioscion squamosissimus). Essas espécies representam, atualmente, cerca de 70 a 75% do total de pescado do reservatório de Tucuruí (Santos et al., 2004). O mapará apresenta a maior representatividade desse pescado, correspondendo a cerca de 35 a 45%. Essa espécie pode ter se favorecido das novas características ecológicas decorrentes do barramento, como a maior disponibilidade de plâncton, e aumentado sua abundância. Além dessas espécies, outras 53 são exploradas ao longo do reservatório, sendo consumidas em mercados da região (Figura 10) e em outros estados brasileiros (por exemplo, Maranhão e Amazonas) (Santos et al., 2004). A produção do pescado no reservatório varia entre a toneladas ao ano. Pesca artesanal. A pesca artesanal é a principal modalidade observada no Baixo Rio Tocantins, ou seja, não há grandes investimentos e organização industrial durante o processamento do pescado. Essa pesca é desempenhada por pessoas que moram nas cidades próximas aos rios e por ribeirinhos. Grande parte das pescarias é desempenhada por pequenas embarcações (canoas com aproximadamente 7 m), denominadas rabetas (nome este relacionada ao motor de popa utilizado). Nessas canoas dois a três pescadores se revezam na manobra da embarcação, instalação dos apetrechos de pesca e manipulação do pescado. Dependendo do local onde a pescaria é realizada são montados acampamentos (Figura 13) e embarcações maiores, com estrutura para acondicionar o pescado (caixas de isopor com gelo, Figura 14), fazem seu transporte até os mercados (Figura 11). Essas embarcações maiores, que possuem motor de centro, também transportam suprimentos (combustível e alimento) das cidades aos pescadores acampados. 25

26 Figura 10. Porto de desembarque de peixe (Porto do Onze) próximo à cidade de Tucuruí. Coordenadas: latitude - 3, ; longitude -49, Foto: Pedro De Podestà Uchôa de Aquino. Figura 11. Mercado de peixe na cidade de Tucuruí, local onde foram entrevistados pescadores e lideranças de pesca. Coordenadas: latitude -4, ; longitude -49, Foto: Pedro De Podestà Uchôa de Aquino. 26

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