SONAE INDÚSTRIA, SGPS, S.A.

Transcrição

1 SONAE INDÚSTRIA, SGPS, S.A. Sede social: Lugar do Espido, Via Norte, Maia, Portugal Matriculada na Conservatória do Registo Comercial da Maia Número Único de Matrícula e de Identificação Fiscal Capital Social: euros Sociedade Aberta Maia, Portugal, 11 de Maio de 2011: A Sonae Indústria apresenta os Resultados Consolidados não-auditados do 1º trimestre de 2010 (1T10), os quais foram elaborados de acordo com as Normas Internacionais de Reporte Financeiro (IFRS - International Financial Reporting Standards). Destaques do Desempenho Financeiro Comparando o 1T11 com o 4T10: o Volume de Negócios aumentou 10%, alcançando 352 milhões de Euros o EBITDA recorrente recuperou para 18 milhões de Euros o Prejuízos reduziram de 23 para 21 milhões de Euros Comparando o 1T11 com o 1T10: o Volume de Negócios aumentou 10%, de 320 para 352 milhões de Euros o Margem EBITDA recorrente recuperou 3pp alcançando 5% o Prejuízos reduziram 40%, de 35 para 21 milhões de Euros 1T10 (milhões de euros) 4T10 1T11 1T11 / 1T10 1T11 / 4T10 Volume de negócios consolidado % 10% EBITDA (6) % 78% EBITDA excluindo items não-recorrentes % 23% Margem EBITDA % excluindo items não-recorrentes 2,2% 4,5% 5,0% Resultado Líquido atribuível aos Accionistas (35) (23) (21) 40% 10% Dívida Líquida Consolidada (10%) 2% Sonae Indústria, SGPS, SA Sociedade Aberta Capital Social Matriculada na C.R.C. Maia sob o nº único de matrícula e identificação fiscal Lugar do Espido Via Norte Apartado Maia Portugal Telefone (+351) Fax (+351)

2 Mensagem de Carlos Bianchi de Aguiar, Presidente Executivo Durante o 1T11 e conforme esperado, conseguimos recuperar parte do EBITDA perdido durante o 4T10, apesar dos custos de produção crescentes. Este é o resultado do aumento dos volumes vendidos, que se traduziu num aumento de 10% do volume de negócios, aliado a uma maior eficiência operacional. Globalmente, temos assistido a uma melhoria das condições de mercado, principalmente na Alemanha e em França, embora a América do Norte tenha começado o ano abaixo das nossas expectativas. Os programas de eficiência que estão em curso e que foram reforçados pela nova organização estão a dar os resultados esperados. A meta que estabelecemos, no início de 2011, de atingir 20 milhões de Euros de redução de custos através de aumentos de eficiência em processos e em melhorias industriais, está a ser alcançada. O volume de vendas durante o 1T11, quando comparado com o 4T10, aumentou 8% e a utilização da capacidade instalada melhorou, alcançando 77%, o maior valor trimestral desde 2007, sendo um sinal claro da tendência positiva que temos vindo a assistir. Além disso, este índice de utilização cresceu significativamente no último trimestre, atingindo um pico em Março. Do lado dos custos, os da madeira aumentaram ligeiramente, e os dos produtos químicos aumentaram 5% por metro cúbico, o que nos impediu de alcançar uma margem de contribuição superior. O fundo de maneio aumentou 17 milhões de euros durante o 1T11, devido ao crescimento do volume de vendas em Março e à sazonalidade do saldo de clientes. Este efeito levou a um nível de dívida líquida de 729 milhões de euros, em comparação a 718 no final de O ciclo de tesouraria, melhorou 2 dias desde o final do ano de 2010, e 22 dias quando comparado com 1T10. Conforme já anunciado em Abril, refinanciamos 50 milhões de euros, com vista a adaptar melhor o nosso perfil de amortização da dívida à geração esperada de cash-flow. Estou confiante, de que estamos a fazer o que tem que ser feito para aproveitar as oportunidades futuras. Conto com a nossa equipa, bem como com os nossos clientes, accionistas, bancos, fornecedores e outros stakeholders para ajudar a tornar a Sonae Industria uma empresa líder em sustentabilidade e na criação de valor. Análise por Área Geográfica Península Ibérica A Península Ibérica continuou a enfrentar condições de mercado adversas, particularmente devido à situação macroeconómica e às consequentes medidas de austeridade que estão a provocar uma fraca procura. As licenças de construção para novas habitações em Portugal 2/8

3 estão ainda abaixo dos valores do ano passado (9% 1 em termos homólogos) e a recuperar lentamente em Espanha (3% 2 acima do ano passado). O volume de vendas a partir da Península Ibérica no 1T11, em relação ao 4T10, recuperou 2%, e o volume de negócios aumentou 5% para 98 milhões de euros. Adicionalmente, a utilização da capacidade instalada aumentou 4pp, o que permitiu uma melhor diluição dos custos fixos. Consequentemente, a margem EBITDA recorrente recuperou 2pp. No entanto, este aumento de margem EBITDA teria sido maior se não tivéssemos sido negativamente afectados pelo aumento dos custos das matérias-primas, nomeadamente madeira e químicos. Mn Volume de Negócios e Margem EBITDA Recorrente Península Ibérica ,5% 9,2% 9,3% 6,7% 4,6% 1T10 2T10 3T10 4T10 1T11 Comparando 1T11 com 1T10, o volume de vendas da Península Ibérica aumentou 2%, e o volume de negócios subiu 7%. No entanto, a margem EBITDA recorrente manteve o mesmo nível, devido aos custos de produção terem sido 9% mais elevados. Europa Central (Alemanha, França e Reino Unido) Na Europa Central, a actividade tem vindo a aumentar, impactando positivamente o volume de negócios. Adicionalmente, o EBITDA recorrente está a recuperar o que demonstra a eficácia do processo de reestruturação implementado. 1 Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Abril 2011 (para o período entre Dez. e Fev.) 2 Fonte: Ministerio de Fomento, Abril 2011 (para o período entre Dez. e Fev.) 3/8

4 Mn Volume de Negócios e Margem EBITDA Recorrente Europa Central ,7% 1,1% -0,1% 1,5% -4,7% 1T10 2T10 3T10 4T10 1T11 Na Alemanha, as licenças de construção para novos edifícios foram, no período de Nov. a Jan. de 2011, 9% 3 acima do período homólogo, o que indica uma ligeira recuperação. Durante o 1T11, comparado com o 4T10, o volume de vendas subiu 7% e a utilização da capacidade aumentou 10pp. O volume de negócios cresceu 15% mas a margem EBITDA recorrente manteve-se ao mesmo nível devido aos custos mais elevados dos químicos. Comparando 1T11 com 1T10, o volume de vendas aumentou 7% e o volume de negócios subiu 20%. Este efeito, combinado com uma maior eficiência operacional levou a um aumento na margem EBITDA recorrente de 7pp, apesar de custos variáveis mais elevados. Em França, a procura de produtos para construção e mobiliário continua fraca, havendo no entanto algumas tendências positivas, como é o caso das licenças de construção de novas habitações que subiram 14% 4 em Jan. Março 2011, quando comparado com o mesmo período do ano anterior. Comparando o 1T11, com o 4T10, o volume de vendas recuperou 46% e a utilização da capacidade atingiu 73%. Isto permitiu-nos uma melhor diluição dos custos fixos, o que impactou positivamente a margem EBITDA recorrente. Comparando 1T11 com 1T10, o volume de vendas aumentou 10% e o volume de negócios subiu 13% numa base comparável (excluindo volume de negócios gerado pela fábricas de Lure 5 ), o que combinado com medidas de reestruturação implementadas nos permitiu recuperar 4pp na margem EBITDA recorrente. No Reino Unido, as medidas de austeridade decretadas pelo governo, ainda estão a contrair a procura. No entanto, as encomendas para novas habitações recuperaram 40% 6 em Out. - Dez. 2010, apesar dos níveis muito baixos de comparação. No 4T10, ocorreu um acidente fatal na 3 Fonte: German Federal Statistical Office, Abril Fonte: Service économie statistiques et prospective (Ministère de l'écologie, de l'energie, du Développement durable et de l'aménagement du territoire), Abril A fábrica de Lure foi vendida em Abril de Fonte: Office for National Statistics UK, Abril /8

5 fábrica do Reino Unido o que interrompeu a actividade de produção normal nos meses de Dezembro e Janeiro. Como resultado, a utilização da capacidade foi baixa durante o 1T11. No entanto, durante Fevereiro e Março conseguimos recuperar parte da margem perdida em Janeiro e atingir break-even do EBITDA recorrente no 1T11. Na Europa Central, do 4T10 para o 1T11, o volume de negócios aumentou 17% para 195 milhões de Euros e a margem EBITDA recorrente recuperou 1,6pp, tendo sido beneficiada pelos maiores volumes de vendas. Quando comparando 1T11 com 1T10, apesar de termos vendido a fábrica de Lure que representava 11% da capacidade de produção nesta região, o volume de negócios subiu 12% e a margem EBITDA recorrente recuperou 6,3pp, o que ilustra a eficácia do processo de reestruturação implementado. Resto do Mundo (Canadá e África do Sul) Mn Volume de Negócios e Margem EBITDA Recorrente Resto do Mundo ,8% 17,0% 18,8% 16,3% 12,7% 1T10 2T10 3T10 4T10 1T11 O desempenho no Canadá e África do Sul, reflecte a conjugação de distintas tendências do mercado e dos impactos específicos, o que dificulta comparações directas. Na América do Norte, a construção de novas habitações caiu 9% 7 nos EUA e 4% 8 no Canadá, o que demonstra um abrandamento do mercado quando comparado com Consequentemente, o volume de vendas no 1T11 está 6% abaixo do 1T10, apesar de ter recuperado 7% relativamente ao 4T10. O volume de negócios (em moeda local) ficou 6% acima do 4T10. Do lado das matérias-primas, os custos de produtos químicos por metro cúbico, subiram significativamente durante este trimestre, não só devido ao aumento dos 7 Fonte: RISI Abril 2011 (entre Janeiro e Março em relação ao mesmo período do ano transacto) 8 Fonte: Canada Mortgage and Housing Corporation, Abril 2011 (entre Janeiro e Fevereiro, em relação ao mesmo período do ano transacto) 5/8

6 preços da resina, mas também ao arranque da produção de produtos CARB 2 9, que utilizam mais produtos químicos. Este efeito levou a uma queda na margem EBITDA recorrente. O volume de negócios no 1T11 em moeda local está 4% abaixo quando comparado com 1T10, o que combinado com custos variáveis mais elevados, levou a uma queda na margem EBITDA recorrente de 1pp. Na África do Sul, as licenças de construção residencial registaram um decréscimo de 3% 10. O volume de vendas e o volume de negócios em moeda local no 1T11 quando comparado com o 4T10 diminuíram 7%, o que está em linha com a sazonalidade habitual das vendas. O menor nível de produção, combinado com custos variáveis muito mais elevados, levou a um declínio da margem EBITDA. Comparando o 1T11 com o 1T10, o volume de vendas aumentou 7% e o volume de negócios (em moeda local) subiu 4%. No entanto, a margem EBITDA recorrente foi fortemente impactada pelo aumento dos custos de produção, nomeadamente madeira e electricidade. O Volume de Negócios no Resto do Mundo no 1T11 manteve-se estável, quando comparado com o 4T10, totalizando 62 milhões de Euros e a margem de EBITDA recorrente caiu 4pp para 13%. Esta redução na margem de EBITDA recorrente é o resultado da sazonalidade na África do Sul durante o 1º trimestre e de custos variáveis mais elevados em ambos os países. Comparando 1T11 com 1T10, o volume de negócios aumentou 7%, e a margem de EBITDA recorrente diminuiu 3pp para 13%, devido a custos mais elevados. Análise Financeira no 1T11 Mn Volume de Negócios e Margem EBITDA Recorrente Consolidada ,0% 2,2% 6,5% 4,5% 5,0% 1T10 2T10 3T10 4T10 1T11 9 CARB 2 (do departamento California Air Resources Board da California Environmental Protection Agency) é uma norma que obriga a produção de painéis de madeira com baixas emissões de formaldeído 10 Fonte: Statistics South Africa, Abril 2011 (entre Dezembro e Fevereiro, relativamente ao período homólogo) 6/8

7 No 1T11, o Volume de Negócios Consolidado atingiu 352 milhões de Euros, o que representa uma recuperação de 10% face ao 4T10. No entanto, o aumento do custo das matérias-primas manteve a margem EBITDA recorrente num nível semelhante. Comparando com o 1T10, o Volume de Negócios Consolidado no 1T11 subiu 10% apesar da redução de 7% da capacidade instalada e da perda de 2% do volume de vendas. A margem de EBITDA Recorrente recuperou 3pp alcançado 5% do Volume de Negócios, ilustrando a eficácia do processo de reestruturação implementado. 1T10 (milhões de euros) 4T10 1T11 1T11 / 1T10 1T11 / 4T10 Volume de negócios consolidado % 10% Outros Proveitos Operacionais (58%) (34%) EBITDA (6) % 78% EBITDA excluindo items não-recorrentes % 23% Margem EBITDA % excluindo items não-recorrentes 2,2% 4,5% 5,0% Amortizações e depreciações (29) (21) (22) 25% (6%) Provisões e Perdas de Imparidade (3) (9) (7) (117%) 18% Resultados Operacionais (24) (13) (7) 69% 44% Encargos Financeiros Líquidos (11) (12) (11) (5%) 5% Dos quais Juros Líquidos (5) (6) (6) (17%) 2% Dos quais Descontos Financeiros Líquidos (3) (3) (3) (1%) 12% Resultados antes de Impostos (35) (25) (19) 47% 26% Impostos (0) 1 (3) (472%) (278%) Dos quais Impostos Correntes (0) (1) (1) (778%) 9% Resultado Líquido atribuível aos Accionistas (35) (23) (21) 40% 10% Os juros líquidos no 1T11 estão ligeiramente abaixo dos valores de 4T10, devido ao impacto positivo da diminuição de descontos concedidos. No 1T11, o Activo Fixo aumentou 6 milhões de Euros, essencialmente em resultado de investimentos de manutenção, segurança, saúde e ambientais. 7/8

8 (milhões de euros) T 11 Activos Não Correntes Imobilizações Corpóreas Goodwill Impostos Diferidos Activos Outros Activos Não Correntes Activos Correntes Existências Clientes Caixa e Investimentos Outros Activos Correntes Total do Activo Capitais Próprios Interesses Minoritários 1 1 Capitais Próprios + Interesses Minoritários Dívidas a Terceiros CP MLP Fornecedores Outros Passivos Total do Passivo Total do Passivo, Capitais Próprios e Interesses Minoritários Durante o 1T11, o fundo de maneio 11 aumentou em 17 milhões de Euros, devido principalmente ao efeito sazonal normal da conta de clientes. Consequentemente, a dívida líquida aumentou em 11 milhões de euros. Quando comparando com o 1T10, conseguimos diminuir o fundo de maneio em 30 milhões de euros. Este efeito combinado com o cash gerado pela venda da fábrica de Lure em Abril de 2010, levou a uma queda da dívida líquida de 82 milhões de euros. Perspectivas futuras Esperamos uma contínua subida da margem EBITDA, com base num forte desempenho na região da Europa Central. Adicionalmente, a optimização das nossas operações, apoiada pela organização matricial implementada, deverá trazer ainda mais ganhos de eficiência. Esperamos continuar a desalavancagem, restringindo os investimentos e controlando o fundo de maneio. O Conselho de Administração 11 Fundo de Maneio = Existências + Clientes - Fornecedores 8/8