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1 SECOVI SC Sede em Balneário Camboriú REVISTADA HABITAÇÃO SECOVI/SC DIRECIONADO ÀS EMPRESAS DE COMPRA, VENDA E LOCAÇÃO, INCORPORADORES, LOTEADORAS, SHOPPING CENTERS, SÍNDICOS E ADMINISTRADORES DE CONDOMÍNIOS ANO 05 EDIÇÃO 30 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA MAIO/JUNHO 2015 Legenda: Centro Cultural Benjamin Gallotti Foto: Emerson Leal IMPRESSO FECHADO PODE SER ABERTO PELA ECT Capa Tijucas, 155anos dehistória Shopping Tijucasreceberá shoppingcom conceito PremiumOutlet Pesquisa Cenáriodo MercadoImobiliário detijucas Maio/2015

2 Editorial Índice 03 Base Territorial e Indicadores Econômicos 04 Mercado Imobiliário: Mercado imobiliário sofre impacto devido às novas regras de financiamento da Caixa Econômica Federal 06 Mercado Condominial: Práticas sustentáveis ganham destaque nos condomínios 10 Pesquisa: Cenário do Mercado Imobiliário: Tijucas - Maio/ Loteamento: Nova Lei de Responsabilidade Territorial e Urbanística para Santa Catarina 12 Legislação: O Associado Pergunta e a Assessoria Jurídica do Secovi/SC Responde 14 Capa: Tijucas, 155 anos de história 16 Manutenção: Manutenções preventivas no inverno 18 Shopping: Tijucas receberá shopping com conceito premium outlet 20 Entrevista: Pedro Wähmann, presidente da CBCSI e do Secovi Rio 22 Participações 24 Geral 26 Agenda PalavradoPresidente Caros leitores, Neste mês de junho, a Revista da Habitação comemora cinco anos. Nesse período somam-se 30 edições publicadas, com mais de 120 mil tiragens distribuídas para nossos representados e parceiros. É com orgulho que percebo que esse meio de veiculação, que foi idealizado em minha gestão, já está concretizado e sendo referência no setor. Tenho consciência que o caminho para conquistar a excelência requer ainda mais empenho, por isso aproveito para solicitar a você, que acompanha as reportagens publicadas na Revista da Habitação, para que contribua com suas sugestões, temas que gostaria que fossem abordados para que possamos de forma gradativa aprimorar ainda mais este importante canal. Nesta edição, selecionamos pautas que estão em evidência no setor, como por exemplo, a alteração das regras de financiamentos de imóveis usados pela CAIXA. Para tanto, consultamos profissionais do mercado a respeito do impacto que essas mudanças estão causando no mercado imobiliário. Com foco na sustentabilidade, elaboramos uma matéria com informações e dicas para condomínios que buscam o aprimoramento sustentável em suas ações e instalações, contribuindo para reduzir custos e também para a preservação ambiental. E por falar em aprimoramento, aproveito para reforçar que as inscrições da Campanha Condomínio Destaque por Excelência 2015 já estão abertas. Todos os condomínios podem se inscrever, podendo conquistar a certificação de excelência emitida pelo sindicado. Aproveite o conteúdo da revista, boa leitura! Sérgio Luiz dos Santos Presidente do Secovi/SC SECOVI/SC (47) Rua 3.160, nº 533 1º andar Centro Balneário Camboriú Santa Catarina Atendimento: De segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e 13h às 18h. Missão: Representar e defender os interesses das categorias, colaborando com a qualificação e modernização empresarial e impulsionando a evolução da habitação no estado de Santa Catarina. Visão: Ser reconhecido pelos seus representados pelo trabalho desempenhado em prol do desenvolvimento da categoria. Valores: Ética, pessoas, representatividade, inovação, pioneirismo, transparência, associativismo e conhecimento. PRODUÇÃO A Revista da Habitação é uma publicação do Secovi/SC. A entidade não se responsabiliza pelo conteúdo de artigos e colunas assinadas, bem como das entrevistas especiais, matérias publicitárias e anúncios. Tiragem: exemplares Periodicidade: Bimestral Circulação: Santa Catarina e Região EXPEDIENTE Responsável, Redação, Planejamento Gráfico e Diagramação Assessoria de Comunicação do Secovi/SC Fernanda Medeiros (CONRERP 4ª Reg. nº 3516) - assessoria@secovi-sc.com.br Nathalia Pinho (MTB/RS JP) - assessoria2@secovi-sc.com.br Anúncios: (47)

3 Editorial GARUVA TRÊS BARRAS ITAPOÁ MAFRA CANOINHAS CAMPO ALEGRE SÃO BENTO DO SUL PORTO UNIÃO DIONÍSIO CERQUEIRA IRINEÓPOLIS SÃO LOURENÇO D'OESTE ITAIÓPOLIS MAJOR VIEIRA BELA VISTA DO TOLDO JOINVILLE SCHROEDER GUARUJÁ DO SUL PAPANDUVA CAMPO ERÊ PRINCESA NOVO HORIZONTE GALVÃO SÃO BERNARDINO CORUPÁ ARAQUARI JARAGUÁ DO SUL GUARAMIRIM MONTE CASTELO BALNEÁRIO BARRA DO SUL MATOS COSTA SÃO JOSÉ DO CEDRO CORONEL MARTINS ANCHIETA SÃO DOMINGOS SANTA TEREZINHA DO PROGRESSO SALTINHO GUARACIABA IRATI PARAÍSO BARRA TIGRINHOS BONITA ROMELÂNDIA SÃO MIGUEL DA BOA VISTA SUL BRASIL BARRA VELHA JARDINÓPOLIS DESCANSO BELMONTE OURO VERDE ENTRE RIOS BOM JESUS DOUTOR PEDRINHO FAXINAL DOS GUEDES PINHALZINHO IRACEMINHA SANTA TEREZINHA ÁGUAS FRIAS LAJEADO GRANDE XANXERÊ VARGEÃO PONTE SERRADA SALTO VELOSO CORONEL FREITAS NOVA ITABERABA CORDILHEIRAXAXIM ALTA CUNHATAÍ VARGEM BONITA ÁGUA DOCE VITOR MEIRELES RIO DAS ANTAS ARROIO TRINTA SANTA CECÍLIA PALMITOS RIQUEZA CAIBI MONDAÍ SÃO CARLOS ÁGUAS DE CHAPECÓ CHAPECÓ GUATAMBU XAVANTINA ARVOREDO IOMERÊ CATANDUVAS NAVEGANTES BLUMENAUGASPAR GUABIRUBA BRUSQUE RIO DO OESTE MIRIM DOCE MONTE CARLO RIO DO SUL LONTRAS PORTO BELO BOTUVERÁ LAURENTINO LACERDÓPOLIS POUSO REDONDO ERVAL VELHO CURITIBANOS ITÁ BRUNÓPOLIS SÃO CRISTÓVÃO DO SUL CAPINZAL PRESIDENTE NEREU TROMBUDO AURORA CENTRAL BRAÇO DO AGRONÔMICA TROMBUDO OURO PERITIBA CAMBORIÚ ITAPEMA PONTE ALTA DO NORTE FREI ROGÉRIO IBIAM CONCÓRDIA PAIAL ITAJAÍ BALNEÁRIO CAMBORIÚ APIÚNA TAIÓ JOAÇABA HERVAL D'OESTE INDAIAL ASCURRA PRESIDENTE IBIRAMA GETÚLIO LUZERNA JABORÁ ILHOTA RODEIO DONA EMMA FRAIBURGO IBICARÉ ARABUTÃ PENHA JOSÉ BOITEUX WITMARSUM TANGARÁ SEÁRA CAXAMBU DO SUL TIMBÓ VIDEIRA PINHEIRO PRETO IPUMIRIM RIO DO CAMPO SALETE TREZE TÍLIAS IRANI LINDÓIA DO SUL PLANALTO ALEGRE PIÇARRAS BENEDITO NOVO LEBON REGIS NOVA ERECHIM SAUDADES TUNÁPOLIS IPORÃ DO OESTE LUIZ ALVES POMERODE CAÇADOR MACIEIRA PASSOS MAIA UNIÃO DO OESTE MAREMA SANTA HELENA SÃO JOÃO DO ITAPERIÚ MASSARANDUBA IPUAÇU SERRA ALTA MODELO FLOR DO SERTÃO TIMBÓ GRANDE CALMON FORMOSA DO SUL SANTIAGO DO SUL QUILOMBO MARAVILHA BANDEIRANTE ABELARDO LUZ VIDAL RAMOS PONTE ALTA AGROLÂNDIA ZORTÉA BOMBINHAS TIJUCAS NOVA TRENTO GOVERNADOR CELSO RAMOS CAMPOS NOVOS IPIRA PIRATUBA CANELINHA SÃO JOÃO BATISTA LEOBERTO LEAL ITUPORANGA MAJOR GERCINO ATALANTA VARGEM IMBUIA ANTÔNIO CARLOS BIGUAÇU PETROLÂNDIA OTACÍLIO COSTA Base Territorial ABDON BATISTA FLORIANÓPOLIS ANGELINA CHAPADÃO DO LAGEADO PALMEIRA CELSO RAMOS SÃO PEDRO DE ALCÂNTARA SÃO JOSÉ CORREIA PINTO SÃO JOSÉ DO CERRITO ANITA GARIBALDI ALFREDO WAGNER BOCAINA DO SUL CERRO NEGRO CAMPO BELO DO SUL RANCHO ÁGUAS MORNAS QUEIMADO PALHOÇA STO. AMARO DA IMPERATRIZ BOM RETIRO LAGES Abdon Batista, Agrolândia, Agronômica, Água Doce, Águas Mornas, Alfredo Wagner, Anchieta, Angelina, Anita Garibaldi, Anitápolis, Antônio Carlos, Arroio Trinta, Atalanta, Aurora, Balneário Arroio do Silva, Balneário Camboriú, Balneário Gaivota, Balneário Piçarras, Bandeirante, Barra Velha, Bela Vista do Toldo, Bocaina do Sul, Bom Jardim da Serra, Bom Retiro, Bombinhas, Botuverá, Braço do Trombudo, Brunópolis, Brusque, Caçador, Calmon, Camboriú, Campo Belo do Sul, Campos Novos, Canelinha, Capão Alto, Capinzal, Catanduvas, Celso Ramos, Cerro Negro, Chapadão do Lageado, Correia Pinto, Curitibanos, Dona Emma, Doutor Pedrinho, Ermo, Erval Velho, Fraiburgo, Frei Rogério, Guabiruba, Herval D'Oeste, Ibiam, Ibicaré, Ibirama, Imbuia, Iomerê, Irineópolis, Itajaí, Itapema, Ituporanga, Joaçaba, José Boiteux, Lacerdópolis, Lages, Laurentino, Lebon Régis, Leoberto Leal, Lontras, Luiz Alves, Luzerna, Macieira, Major Gercino, Major Vieira, Massaranduba, Matos Costa, Mirim Doce, Monte Carlo, Monte Castelo, Navegantes, Nova Trento, Otacílio Costa, Ouro, Palmeira, Papanduva, Paraíso, Penha, Petrolândia, Pinheiro Preto, Ponte Alta, Ponte Alta do Norte, Porto Belo, Pouso Redondo, Presidente Getúlio, Presidente Nereu, Princesa, Quilombo, Rancho Queimado, Rio das Antas, Rio do Campo, Rio do Oeste, Rio do Sul, Rio Rufino, Salete, Salto Veloso, Santa Cecília, Santa Terezinha do Progresso, Santiago do Sul, São Bonifácio, São Carlos, São Cristóvão do Sul, São João Batista, São João do Itaperiú, São Joaquim, São José do Cedro, São José do Cerrito, São Pedro de Alcântara, Serra Alta, Sul Brasil, Taió, Tangará, Tijucas, Timbó Grande, Treviso, Treze Tílias, Trombudo Central, União do Oeste, Urubici, Urupema, Vargem, Vargem Bonita, Vidal Ramos, Videira, Vitor Meireles, Witmarsum e Zortéa. CAPÃO ALTO PAINEL ANITÁPOLIS RIO RUFINO PAULO LOPES SÃO BONIFÁCIO URUBICI URUPEMA SANTA ROSA DE LIMA GAROPABA RIO FORTUNA SÃO MARTINHO GRÃO PARÁ IMBITUBA BRAÇO DO NORTE ARMAZÉM SÃO JOAQUIM SÃO LUDGERO BOM JARDIM DA SERRA ORLEANS IMARUÍ GRAVATAL LAURO MÜLLER PEDRAS GRANDES TUBARÃO TREVISO CAPIVARI DE BAIXO LAGUNA URUSSANGA SIDERÓPOLIS COCAL DO SUL JAGUARUNA NOVA VENEZA CRICIÚMA IÇARA FORQUILHINHA TIMBÉ DO SUL MORRO GRANDE MELEIRO MARACAJÁ TURVO ARARANGUÁ JACINTO MACHADO ERMO BALNEÁRIO ARROIO DO SILVA SOMBRIO SANTA ROSA DO SUL BALNEÁRIO GAIVOTA PRAIA GRANDE SÃO JOÃO DO SUL PASSO DE TORRES Indicadores Econômicos IGPM IGPM INPC Mês Ano 12M. Ano Mês IPCA IPCA Mês Ano 12M Maio * 0,41 * R$1.449, Abril 0,71 1,17 0,71 R$1.442, Março 1,32 0,98 1,51 R$1.433,13 Mês INPC CUB/SC Ano 12M. *Valores não divulgados até o fechamento desta revista. 03

4 MercadoImobiliário MERCADOIMOBILIÁRIOSOFREIMPACTO DEVIDOÀSNOVASREGRASDEFINANCIAMENTO DACAIXAECONÔMICAFEDERAL O mercado imobiliário é considerado hoje um dos pilares da economia brasileira, pois contribui com a geração de empregos, investimentos e para o fluxo financeiro. Além disso, está ligado diretamente ao sonho de muitas pessoas, o da casa própria. Existem muitas políticas habitacionais e facilidades de créditos que favorecem a concretização desse sonho, e o financiamento imobiliário é umas das formas mais utilizadas na hora da compra de um imóvel. No entanto, o cenário está sofrendo alterações em função de recentes mudanças nas regras de financiamento da Caixa Econômica Federal. As novas regras começaram a vigorar no dia 4 de maio e já está provocando mudanças no panorama do mercado imobiliário. Conforme as novas regras, pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH), o financiamento máximo passou de 80% para 50% do valor do imóvel. Pelo Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), o financiamento passou de 70% para 40% do valor. Segundo o diretor de vendas da Brognoli Negócios Imobiliários, Marcos Alcauza, as alterações já estão impactando no mercado, pois a maioria dos negócios se dava através de financiamento e essas mudanças inviabilizam muito deles. A principal alteração diz respeito à proporção do preço imóvel a ser financiado. Antes se financiava até 90% do valor do imóvel e isso foi reduzido para 50%. Além disso, os juros subiram e as análises cadastrais passaram a ser mais rígidas, ressalta. Segundo declarações feitas por representantes da Caixa, a intenção é estimular a oferta de crédito habitacional em moradias novas. No entanto, o fato da caderneta de poupança do banco ter registrada uma saída de R$ 11,43 bilhões em março também pode ter contribuído para as mudanças. Agora o consumidor que pretende comprar um imóvel usado pelo SFH terá que dar uma entrada mínima de 50% do valor do imóvel e pelo SFI a entrada passa para 60% do valor, antes da alteração as entradas poderiam ser de 20% e 30% respectivamente. Para Marcos, o novo sistema irá fazer com que as pessoas esperem mais para adquirir seu imóvel. As famílias terão que poupar perto de 50% de um imóvel para poder adquiri-lo, diferente de poupar 10 a 20% por cento. Além disso, os juros mais caros fazem muitos que hoje tem condição de comprar esperar para ver se os juros abaixem no futuro, já que assumir uma taxa alta hoje significa pagá-la por trinta anos, explica Alcauza. As mudanças não refletem apenas no consumidor final, as imobiliárias também sentem o impacto que as alterações estão gerando no mercado de imóveis. As imobiliárias vêm suas vendas caírem e devem cortar custos e reduzir investimentos. Assim, o mercado de oferta de serviços de vendas de imóveis deverá sofrer uma readequação, se retraindo pela primeira vez nos últimos anos para adequar-se a realidade da demanda atual, declara Marcos. Ainda de acordo com Marcos, o mercado de imóveis novos também poderá sofrer uma desaceleração em função da oferta e demanda. Não acredito em alterações de preço de imóveis novos, pois as margens da indústria da construção não permite isso, porém haverá um aumento na desaceleração nos números de lançamentos, de forma a adequar a oferta à demanda, afirma. O diretor de vendas explica ainda que a Caixa poderia ter usado estratégia diferente para minimizar o impacto dos recursos da poupança. Se o problema é o volume de disponibilidade de recursos na poupança o governo poderia minimizar o impacto destas mudanças aumentando o limite de preço para financiamento com recursos do FGTS, que hoje no estado é no máximo R$ ,00 e deveria ser pelo menos R$ ,00, explica. FinanciamentoporBancoPrivado O financiamento através de bancos privados pode ser uma alternativa para quem quer comprar um imóvel usado, mas não possui o dinheiro suficiente para a entrada em função das regras da CAIXA. Porém neste caso, o consumidor deve ficar atento aos juros que costumam ser mais altos. Muitos interessados tem migrado para os bancos particulares, porém estes também aumentaram taxas e mudaram parâmetros de aprovação de cadastros, aproveitando o momento de fraqueza da CEF para emprestar com maior rentabilidade e segurança, finaliza Marcos. 04

5 MercadoImobiliário BANCOS CAIXA BANCO DO BRASIL BRADESCO HSBC SANTANDER ITAÚ O limite de financiamento passou de 80% para 50% para imóveis de até R$750 mil. Acima desses valores, o percentual máximo caiu de 70% para 40%. Os juros passaram a variar de 9% para 9,45% para o SFH. Para o SFI, de 10,5% a 11 % ao ano. É financiado até 80% do valor da unidade nova ou usada, e a taxa de juros máxima anual subiu de 9,9% para 10,4% Também financia até 80% de novos ou usados. Para os avaliados em até R$750 mil, as taxas de juros são de 9,6% ao ano. Acima desse valor, os juros ficam em 10,3% ao ano. PARA VALORES ATÉ R$750 MIL (SAC) Como era na Caixa Concede igualmente empréstimos de até 80% do valor do imóvel e as taxas dependem do relacionamento com o cliente. O prazo máximo é de 30 anos. Como ficou na caixa Financia até 80% da unidade nova ou usadas e cobra juros a partir de 10,1% ao ano. Em outro banco (privado) onde a taxa de juros é maior Tempo 10 anos 10 anos 10 anos Valor do Imóvel R$650 mil R$650 mil R$650 mil Entrada 20% (R$130 mil) 50% (R$325 mil) 20% (R$130 mil) Valor Financiado 80% (R$520 mil) 50% (R$325 mil) 80% (R$520 mil) Taxas de Juro ao Ano 9,45% +TR 9,45% + TR 10% (Taxa Média) Primeira Parcela R$8.428,33 R$5.267,71 R$8.666,67 Última Parcela R$4.367,46 R$2.729,66 R$4.369,44 Total Pago em Financiamento R$ ,50 R$ ,19 R$ ,67 Total Pago pelo Imóvel R$ ,50 R$ ,19 R$ ,67 PARA VALORES ACIMA DE R$750 MIL (SAC) Como era na Caixa Como ficou na caixa O percentual de financiamento máximo é de até 70%. As taxas de juros variam de acordo com o relacionamento com o cliente. Em outro banco (privado) onde a taxa de juros é maior Fonte: Bancos e Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (ANEFAC) Tempo 10 anos 10 anos 10 anos Valor do Imóvel R$1 milhão R$1 milhão R$1 milhão Entrada 30% (R$300 mil) 60% (R$600 mil) 30% (R$300 mil) Valor Financiado 70% (R$700 mil) 40% (R$400 mil) 70% (R$700 mil) Taxas de Juro ao Ano 11% 11% 11% Primeira Parcela R$12.250,00 R$7.000,00 R$12.250,00 Última Parcela R$5.886,81 R$3.363,89 R$5.886,81 Total Pago em Financiamento R$ ,33 R$ ,33 R$ ,33 Total Pago pelo Imóvel R$ ,33 R$ ,33 R$ ,33 05

6 MercadoCondominial PRÁTICASSUSTENTÁVEISGANHAM DESTAQUENOSCONDOMÍNIOS Legenda: Aproveitamento de água da chuva em condomínio de Itapema/SC A preservação ambiental é um tema que vem conquistando espaço nas discussões nas diversas esferas. Termos como sustentabilidade, mobilidade e condomínio verde, são algumas das expressões que já estão sendo utilizadas com bastante frequência pela sociedade. A consciência ecológica tem gerado um impacto tão grande na mentalidade da população que a Organização das Nações Unidas (ONU) criou até o Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado no dia 5 de junho. A data comemorativa visa promover e incentivar ações de preservação ao meio ambiente, e tem contribuído para que cada vez mais as pessoas compreendam a necessidade de poupar recursos para preservar o futuro sadio do planeta. Diante desse cenário grande parte das construtoras já está elaborando projetos de empreendimentos sustentáveis, mas a dúvida que rodeia os moradores de condomínio onde a edificação é mais antiga - e que não estão ainda Legenda: Horta Vertical em Condomínio Imagens: Arquivo Secovi/SC preparados sustentavelmente, é o que pode ser feito para tornar o condomínio sustentável. Muitos condôminos e síndicos acreditam que não é possível implantar práticas sustentáveis em seu condomínio, alguns acreditam que o processo irá custar caro, que será difícil alterar os hábitos dos moradores, entre outras preocupações. É verdade que algumas mudanças requerem um pouco mais de investimento, sendo necessário um planejamento financeiro, mas também é possível aplicar algumas mudanças que são fáceis de incluir no cotidia- 06

7 MercadoCondominial no do condomínio, e essas pequenas mudanças já são suficientes para minimizar o impacto gerado ao meio ambiente, confira: MobilizarosCondôminos O primeiro passo é mobilizar os condôminos para ação, pois é fundamental ter o apoio dos moradores para que a implantação do projeto tenha sucesso. O tema pode ser colocado na pauta de uma assembleia, onde o síndico pode expor dados sobre os benefícios da adoção das práticas sustentáveis, e os impactos que ela pode gerar tanto para o meio ambiente, como para o condomínio. O segundo passo é realizar um planejamento das ações que podem ser executadas, e assim definir um cronograma de implantação para que o projeto não fique apenas no papel. E por fim, sempre é importante mostrar os primeiros resultados, incentivando os condôminos a continuarem adotando as práticas sustentáveis. OpçõesparaImplantarnoCondomínio Separamos algumas opções fáceis e rápidas de serem implantadas, e que são economicamente viáveis. As dicas são do administrador e colunista do site Direcional Condomínios, Ricardo Karpat, publicadas no jornal Correio 24 horas. Reciclagem do Óleo de Cozinha: Os empreendimentos podem fazer junto aos condôminos para que o óleo seja separado e destinado para venda ou troca por produtos de limpeza. Após o processo de reciclagem, o óleo pode servir para geração de biodiesel, ração animal, sabão ou fabricação de tintas. Churrasqueira Ecológica: Possui o sistema de aquecimento a gás em rochas vulcânicas, não produz fuligem e não consome carvão vegetal. Cuidados com a Piscina: Usar uma lona ou capa para cobrir a piscina quanto está fora de uso pode reduzir a evaporização de 30% a 50%. Porque isso é importante? A evaporação pode ser inimiga dos condomínios quando falamos de conservação da água de piscinas. Transformar Lixo em Adubo Orgânico: Mais uma atividade indicada é a compostagem, processo que transforma a matéria orgânica do lixo em adubo. A compostagem evita o despejo de materiais em aterros sanitários, o que diminui a poluição do solo e também reduz o custo de transporte de lixo, custo na manutenção dos jardins e na compra de adubo. Aproveitamento de Água da Chuva: Pode ser utilizado para rega de jardins e limpeza da área comum. O sistema é bastante simples, basta coletar a água das calhas no telhado do prédio e armazená-la em uma cisterna que pode ser instalada em uma área livre do condomínio, passando por um sistema de filtragem. Vantagem: diminuição na conta de água e esgoto. Lâmpadas Led: Todas as lâmpadas do condomínio devem ser LED, já que reduzem o consumo de energia em até 90% quando comparadas às incandescentes, além de terem uma durabilidade estimada em 30 vezes mais. Iluminação Geral: Áreas como garagens, escadarias e halls devem possuir sensores de presença, evitando que esses ambientes fiquem com as luzes acesas durante longos períodos desnecessariamente. Decoração: Todos os moradores gostam de estar em um local bonito e aconchegante. E, para isso, o condomínio também deve dispor de itens sustentáveis. Decore com produtos de reaproveitamento. 5ª Campanha Condomínio Destaque por Excelência Inscreva seu condomínio gratuitamente, você só tem a ganhar! Solicite sua inscrição pelo telefone (47) ou através do secovi-sc@secovi-sc.com.br. Consulte o regulamento no site Valorize seu condomínio. Participe! 07

8 MercadoCondominial Comunicação: Uma boa ideia é montar um mural com dicas de sustentabilidade. Selecione informações fáceis e práticas, que podem ser aplicadas no dia a dia de cada um. Medidores individuais: Eles são uma opção para diminuir as contas de gás e água. Isso porque cada morador deverá arcar os próprios gastos. Consequentemente, com a busca por valor menor, o consumo também diminui. A economia de água pode chegar a 50%. Tecnologia: Esteja sempre atento as novidades de sustentabilidade em condomínios e casas. Esse é um mercado que pode ajudar muito na hora de decidir o que é melhor para a economia, e preservação do meio ambiente. Baixe aplicativos e procure informações na internet. Mas, sempre confirme a procedência das informações com pessoas especialistas no assunto. Telhados e Fachadas Pintadas de Cores Claras: Coberturas escuras absorvem 80% do calor externo, já as de cor refletem até 90% da luz solar. Sendo assim, no caso de fachadas e telhados não ecológicos, o calor é transmitido para toda a edificação, fazendo seus moradores utilizarem muito mais o ar condicionado, emitindo gases e gerando custos extras de energia. Moderação na Hora de Regar Plantas: Não regue plantas muitas vezes, mesmo que esteja no verão ou que o calor esteja forte. Converse com um jardineiro e verá que pode prejudicar a planta. Além disso, com essa atitude você gasta mais do que o necessário de água. O melhor horário é durante a noite ou primeiras horas da manhã: a redução da evaporação chega a 30%, dependendo da localização. Vazamentos: Verifique a estrutura do prédio. Inspecione pelo menos uma vez. Vazamentos podem causar grandes problemas ao longo do tempo, além de gerar um aumento considerável na conta de água do prédio. Reutilização da Água: As chamadas águas de uso nobre (banho e pias) podem ser reutilizadas em lavagem de pisos, descargas, entre outros, contribuindo para a conservação de um recurso natural essencial. Para tanto é necessário a implantação de uma estação de tratamento de água. A ação resulta em diminuição da conta de água e esgoto. Aquecimento do Chuveiro a Gás: Converse com os moradores. Essa opção é muito recomendada, por garantir a redução do consumo de energia elétrica nos apartamentos. Além disso, há mais economia na conta. Coleta Seletiva de Lixo: A coleta seletiva consiste em separar o lixo orgânico dos recicláveis. Essa prática acelera o processo nas indústrias de reciclagem. Ideal que estejam disponíveis aos moradores latões de cores diferentes para descarte de papel, alumínio, plástico e orgânico; Reciclagem: Diminui a poluição do solo, água e ar. Evita o desmatamento, melhora a limpeza da cidade, evita o entupimento de bueiros e enchentes, reduz consumo de energia, promove a economia para indústrias, evita o esgotamento dos recursos naturais, aumenta a vida útil dos aterros sanitários, reduz os custos da limpeza urbana, gera empregos. Os condomínios de grande porte conseguem vender o lixo separado para reciclagem por uma quantidade significativa. Lixo Eletrônico: Segundo a ONU, nosso país gera cerca de 360 mil toneladas desse tipo de lixo, que inclui pilhas, baterias, celulares e até computadores velhos. Incentive os moradores a jogarem esse lixo fora e um lugar adequado. Depois, leve para empresas que trabalham com o mesmo. Não Lave Calçadas: A rua e a calçada não devem ser lavadas com a mangueira do seu prédio. Oriente os funcionários do condomínio a abandonarem este hábito, pois é uma prática desnecessária. Certificação Leadership in Energy and EnvironmentalDesign(LEED) A certificação Leed é uma forma de um empreendimento comprovar que está enquadrado como uma construção verde. No Brasil, o órgão responsável pela certificação Leed de condomínios verdes é o Green Building Council Brasil (GBC). De acordo com a organização, o Brasil é o quarto país em número de empreendimentos certificados no mundo. Para conseguir uma certificação Leed é necessário atender alguns requisitos que remetem a uma pontuação, como por exemplo, espaço sustentável, qualidade ambiental, inovação e processos, créditos de prioridade regional e eficiência do uso da água, energia e materiais. Interessados em participar podem acessar o site da GBC ( e conferir como inscrever o seu condomínio. 08

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10 Pesquisa CENÁRIODOMERCADOIMOBILIÁRIO: TIJUCAS-MAIO2015 O Secovi/SC apresenta, nesta edição da revista, a análise do valor médio do m² dos imóveis novos e usados ofertados no município de Tijucas. Os dados utilizados neste estudo foram extraídos das ofertas disponíveis nos sites das imobiliárias do município e região durante o mês de maio. Os dados foram analisados pelo departamento de pesquisa do sindicato e auditados pelo Instituto de Pesquisa Datacenso ,27 Valormédiodom²poráreaútil 2.249, ,95 De acordo com os resultados obtidos, observa-se que na análise por tipo de imóvel ofertado, o valor médio do m² por área útil da Casa de Alvenaria com quatro dormitórios é 19% maior que o m² do sobrado com dois dormitórios , ,64 Sobrado - 2 Dorm Casa de Alvenaria - 2 Dorm Casa de Alvenaria - 3 Dorm Apartamento - 2 Dorm Casa de Alvenaria - 4 Dorm Valormédiodom²porregião 1.285, , , , , ,34 Nota-se que analisando a região das ofertas, o valor médio do m² por área útil dos imóvel localizados na região Areais é 64% mais caro que os imóveis localizados na região Praça. Praça Joaia 15 de Universitário Centro Areias Novembro Percentualdostiposdeimóveis ofertadosparaavendanomêsdemaio emtijucas O gráfico ao lado apresenta o percentual dos tipos de imóveis ofertados para a venda no mês de maio em Tijucas. De acordo com os resultados, nota-se que o tipo de imóvel que apresentou maior percentual de oferta foi Terreno, seguido de Apartamento com dois dormitórios. 9% 4% 14% 14% 18% 22% 19% Terreno Apartamento - 2 Dorm Casa de Alvenaria - 3 Dorm Casa de Alvenaria - 2 Dorm Sobrado - 2 Dorm Casa de Alvenaria - 4 Dorm Outros 10

11 Loteamento NOVALEIDERESPONSABILIDADETERRITORIAL EURBANÍSTICAPARASANTACATARINA As entidades de Santa Catarina estão buscando a elaboração de uma política estadual de responsabilidade territorial urbana para o estado. Em 2014, os Sindicatos da Habitação do Estado de Santa Catarina (Secovis), juntamente com o Conselho Regional dos Corretores de imóveis de Santa Catarina (CRECI/SC) e Sindicato dos Corretores de Imóveis do Estado de Santa Catarina (Sindimóveis), apresentaram a minuta do projeto de Lei de Responsabilidade Territorial Urbana no estado de Santa Catarina, cujo texto visa contribuir para a construção de uma política estadual de responsabilidade territorial urbana. A minuta foi apresentada em uma reunião, ocorrida em agosto de 2014, onde foi apresentada para o secretário de Estado de Planejamento, Murilo Flores; para o presidente da Fundação do Meio Ambiente (FATMA), Alexandre Waltrick; e para o gerente de Planejamento Urbano da Secretaria de Planejamento, Flávio Rene Brea Victoria. No entanto, as entidades ainda aguardam o retorno e parecer do secretário Murilo Flores. O vice-presidente do Secovi Oeste, Ademir Roque Sander, que também estava presente na reunião, explica que a minuta da nova legislação foi completada após a promulgação da nova Legislação Ambiental Federal LEI Nº , DE 25 DE MAIO DE 2012, e das modificações que o estado de Santa Catarina fez recentemente na sua lei estadual, por meio do Código Ambiental Estadual LEI Nº , DE 21 DE JANEIRO DE Destacamos que na minuta da nova legislação de responsabilidade territorial, se permite 10 formas urbanísticas legais de se ocupar o solo catarinense, e ainda contempla nova regulamentação para os planos diretores, sistema de tratamento de esgotos domiciliares, esclarece e disciplina os acessos aos empreendimentos, esclarece Sander. Roque complementa explicando que foi entregue uma minuta, com um estudo de nova legislação com 81 artigos e com outra conotação, focando no fato de que todos são responsáveis por ocupar o solo onde moramos no caso o solo catarinense. Destacamos que na minuta da nova legislação de responsabilidade territorial, se permite 10 formas urbanísticas legais de se ocupar o solo catarinense, e ainda contempla nova regulamentação para os planos diretores, sistema de tratamento de esgotos domiciliares, esclarece e disciplina os acessos aos empreendimentos, explica Sander. Outro ponto que cabe destacar, devido à importância e inovação na minuta proposta pelas entidades, é o capítulo sobre o controle social das cidades sobre as ligações de água, energia e outros serviços públicos. De acordo com o diretor de urbanização do Secovi Florianópolis/Tubarão, José Bittencourt Furtado, muitas novas regulamentações foram propostas para facilitar que as cidades cresçam ordenadamente e de forma planejada. Essas medidas estão baseadas na liberdade e prerrogativas que a Constituição Federal dá aos estados pelo art. 24 e as cidades pelo art.30, e se fazem necessárias, visto que é fundamental modernizar as leis pelo Estado, que ajuda automaticamente na organização territorial dos municípios, reforça José. 11

12 O Legislação? associadopergunta 1)Éválidaaconvençãocoletivadocondomínioquepossuicláusuladeunanimidade,paraalteraçãodaformaderateio dasdespesascondominiais? eaassessoriajurídicadosecovi/sc RESPONDE Muitos condomínios são anteriores à vigência do Código Civil (Lei /2002), e isso implica que a convenção do condomínio foi elaborada com base na Lei 4.591/1964. A partir disso, inúmeras normas convencionais estão em disparidade com a atual legislação, eis que, o Código Civil passou também a legislar sobre condomínio, direitos e deveres dos condôminos, convenção, quórum para assembleias, administração do condomínio etc. É nessa disparidade que vários administradores, síndicos e condôminos se veem em conflito, pois surge a dúvida da validade das normas convencionais, ou seja, vale a Convenção do Condomínio com base na Lei 4.591/1964 ou as normas previstas no Código Civil? O primeiro questionamento a ser feito é se o Código Civil revogou ou não a Lei 4.591/1964, chamada lei do condomínio. Ainda que parte dos juristas entenda que a parte da Lei 4.591/1964 que trata de condomínios esteja totalmente revogada, este não é o entendimento adotado pela maioria dos Tribunais, inclusive o Superior Tribunal de Justiça (STJ) vejamos: "PROCESSUAL CIVIL E CIVIL - CONDOMÍNIO - TAXAS CONDOMINIAIS - MULTA CONDOMINIAL DE 20% PRE- VISTA NA CONVENÇÃO, COM BASE NO ARTIGO 12, 3º, DA LEI 4.591/64 - REDUÇÃO PARA 2% QUANTO À DÍVIDA VENCIDA NA VIGÊNCIA DO NOVO CÓDIGO CIVIL - REVO- GAÇÃO PELO ESTATUTO MATERIAL DE 2002 DO TETO ANTERIORMENTE PREVISTO POR INCOMPATIBILIDA- DE - VIOLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL - INOCORRÊN- CIA - MULTA PROTELATÓRIA - ADEQUAÇÃO À ESPÉCIE. 1 - In casu, a Convenção Condominial fixou a multa, por atraso no pagamento das cotas, no patamar máximo de 20%, o que, à evidência, vale para os atrasos ocorridos antes do advento do novo Código Civil. Isto porque, o novo Código trata, em capítulo específico, novas regras para os condomínios. 2 - Assim, por tratar-se de obrigação periódica, renovando-se todo mês, a multa deve ser aplicada em observância à nova situação jurídica constituída sob a égide da lei substantiva atual, prevista em seu art. 1336, 1º, em observância ao art. 2º, 1º, da LICC, porquanto há revogação, nesse particular, por incompatibilidade, do Documento: RELATÓRIO E VOTO art. 12, 3º, da Lei 4.591/64. Destarte, a regra convencional, perdendo o respaldo da legislação antiga, sofre, automaticamente, os efeitos da nova, à qual não se pode sobrepor. 3 - Perfeitamente adequada à espécie a multa aplicada em face do caráter eminentemente protelatório do recurso, porquanto, como ressaltado pelo decisum, além de ter o recorrente suscitado Incidente de Uniformização, incabível, no caso, já que se tratava de mera faculdade do magistrado, manejou embargos de declaração com o mesmo fim. 4 - Recurso não conhecido." (4ª Turma, REsp n SP, Rel. Min. Jorge Scartezzini, unânime, DJU de )(grifou-se) Analisando a jurisprudência percebe-se que nos artigos onde a Lei 4.591/1964 é contrária ao Código Civil o seu texto se encontra revogado, isto é, quando o Código Civil tratar do mesmo assunto de forma diversa daquela prevista na lei de condomínios, aplica-se o Código Civil, haja vista a incompatibilidade em particular com a norma de ordem pública. Ademais, a convenção do condomínio com cláusula que contenha quórum de unanimidade para alteração do seu texto, foi elaborada com base no art. 25, parágrafo único da Lei 4.591/1964 vejamos: Art. 25 [...] Parágrafo único. Salvo estipulação diversa da Convenção, esta só poderá ser modificada em assembleia geral extraordinária, pelo voto mínimo de condôminos que representem 2/3 do total das frações ideais. A lei de condomínios previa como regra geral para alterar o texto da convenção do condomínio o quórum mínimo de 2/3, salvo disposição em contrário na própria convenção, ou seja, permitia um quórum diferenciado além daquele previsto legalmente, por isso a cláusula de unanimidade. Contudo, com a vigência do Código Civil a partir de janeiro de 2003, parte da legislação que trata de condomínios foi alterada, e, naquilo que o Código Civil legislou de forma diversa, aplica-se o Código a partir da sua vigência. Ressalvados os atos jurídicos constituídos anteriormente aos quais se aplicará o disposto na lei 4591/1964, 12

13 Legislação exemplo das multas de mora de 20% que se aplicam nas despesas condominiais firmadas até dez/2002, e a partir de jan./2003 aplica-se o percentual previsto no art. 1336, 2º do CC, isto é, 2%. Conforme art do CC: Art A validade dos negócios e demais atos jurídicos, constituídos antes da entrada em vigor deste Código, obedece ao disposto nas leis anteriores, referidas no art , mas os seus efeitos, produzidos após a vigência deste Código, aos preceitos dele se subordinam, salvo se houver sido prevista pelas partes determinada forma de execução. Já o parágrafo único do art. 2035, CC, deixa claro que a convenção do condomínio não se sobrepõe ao disposto no Código Civil, essencialmente quando suas normas convencionais estão em confronto com as normas de ordem pública prevista no Código Civil. Parágrafo único. Nenhuma convenção prevalecerá se contrariar preceitos de ordem pública, tais como os estabelecidos por este Código para assegurar a função social da propriedade e dos contratos. Nesse sentido o Superior Tribunal de Justiça já pacificou o seguinte entendimento: Condomínio. Multa. Aplicação do art , 1º, do Código Civil de Precedentes da Corte. 1. Já assentou esta Terceira Turma que a natureza estatutária da convenção de condomínio autoriza a imediata aplicação do regime jurídico previsto no novo Código Civil, regendo-se a multa pelo disposto no respectivo art , 1º (REsp nº /RS, de minha relatoria, DJ de 1º/7/05). 2. Recurso especial conhecido e provido. (REsp /SP, Rel. Ministro CARLOS ALBERTO MENEZES DI- REITO, TERCEIRA TURMA, julgado em 16/03/2006, DJ 01/08/2006, p. 432) (grifou-se) Voltando a cláusula de unanimidade para alteração da convenção condominial, a mesma encontra óbice no art do Código Civil, que atualmente prevê o quórum de 2/3 dos condôminos para alteração da convenção. Consoante decisão proferida em Recurso Especial, pelo Ministro Paulo de Tarso Sanseverino: Nem tudo o que a convenção do condomínio estabelecer poderá fazer lei entre os condôminos, mormente se ela ferir a legislação ou a lógica. Conforme ensina João Batista Lopes, ao citar o civilista José Roberto Neves Amorim: Deve, pois, a convenção condominial estar em sintonia com a lei, porque, apesar da autonomia dos condôminos em auto regulamentar suas condutas (interna corporis), jamais poderão perder de vista as leis editadas pelo poder público, cuja obediência se impõe pelo princípio da supremacia da ordem pública sobre as deliberações privadas. (Condomínio, Editora Revista dos Tribunais, 10ª edição, página 95) (grifou-se) Portanto, não se pode permitir a petrificação das cláusulas da convenção condominial, ainda que estejam consolidadas há tempo entre os condôminos, pois de fato seria sobrepor normas da esfera privativa às normas de ordem pública o que fere o ordenamento jurídico brasileiro. Dessa forma, a convenção do condomínio deve sempre observar a legislação vigente, sendo que naquilo que o poder público legislar de forma diversa a norma convencional já existente, a convenção perde sua validade naquele particular (cláusulas contrárias à lei), aplicando imediatamente a nova disposição legal. Nesse sentido é a jurisprudência predominante: RECURSO ESPECIAL. CONDOMÍNIO. AÇÃO ANULATÓ- RIA DE ASSEMBLEIA. ALTERAÇÃO DA CONVENÇÃO CONDOMINIAL. MODIFICAÇÃO DA FORMA DE RA- TEIO DAS DESPESAS. RESPEITO AO QUORUM LEGAL. ARTIGO DO CÓDIGO CIVIL. CLÁUSULAS DE IR- REVOGABILIDADE E IRRETRATABILIDADE. INSUBSIS- TÊNCIA. CONVENÇÃO DE CONDOMÍNIO. NATUREZA ESTATUTÁRIA. REGIME JURÍDICO DO NOVO CÓDIGO CIVIL. APLICAÇÃO IMEDIATA. 1. Obedecido ao quórum de 2/3 (dois terços) exigido pela legislação de regência (artigo do Código Civil) para a alteração da convenção condominial, válida é a sua modificação. 2. Insubsistência das cláusulas de irrevogabilidade e irretratabilidade previstas na convenção por ensejar desarrazoado engessamento da vontade dos condôminos e da soberania das deliberações assembleares. 3. Legítima a eleição da forma de rateio (na proporção da fração ideal) conforme a novel legislação (artigo 1.336, inciso I, do Código Civil de 2002). 4. Tendo em vista a natureza estatutária da convenção de condomínio, que autoriza a aplicação imediata do regime jurídico previsto no novo Código Civil, não há espaço para falar em violação do direito adquirido ou do ato jurídico perfeito. 5. Recurso especial não provido. (REsp /RS, Rel. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, Rel. p/ Acórdão Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEI- RA TURMA, julgado em 16/12/2014, DJe 05/02/2015) (grifou-se) André Henrique Bräscher (OAB/SC ) Morgana Schoenau da Silva (OAB/SC ) Tire suas dúvidas enviando um para o setor jurídico do Secovi/SC - juridico@secovi-sc.com.br 13

14 Capa TIJUCAS,155ANOS DEHISTÓRIA Legenda: Vista aérea de Tijucas Fotos: Divulgação Com uma localização estratégica às margens da BR 101, situada próxima de dois aeroportos e dois portos, a cidade de Tijucas encontra-se em um cenário de franco desenvolvimento econômico, apresentando também um forte potencial turístico. A cidade que foi colonizada por açorianos e europeus completa no dia 13 de junho 155 anos de história. Situada na região da Grande Florianópolis, a 50 km da capital catarinense, possui uma área de quase 278 km², com uma população de cerca de 30 mil habitantes, conforme IBGE De acordo com Nelson Zunino Duarte, Diretor de Controle Interno da Prefeitura de Tijucas, a economia da cidade tem como base as indústrias, como a de cerâmica de revestimento, estrutural, decoração, com produção de materiais para a construção civil; além do setor agrícola, destacando a produção de arroz, alimentícia, pecuária; transporte e logística e comércio em geral. Além disso, a cidade vem apresentando um desenvolvimento econômico nos últimos anos em função do forte turismo das cidades vizinhas e o impulso na construção civil favorecida principalmente pelo incentivo de programas do Governo Federal. O desenvolvimento da cidade é percebido também pelo aumento de sua população. De acordo com o portal Atlas Brasil, entre 2000 e 2010 a população de Tijucas cresceu a uma taxa média anual de 2,80%, enquanto no Brasil foi de 1,17%, no mesmo período. Neste período, a taxa de urbanização do município passou de 79,62% para 83,99%. Um dos fatores que podem ter estimulado esse aumento populacional é a instalação de indústrias e grandes empresas na cidade que estimularam a geração de 14

15 Capa novos empregos, como a Portobello, Mosarte e Primor. O setor imobiliário também está ganhando destaque no município, onde a procura de construtoras e investidores está sendo notável. É um forte mercado com contínuos lançamentos. As maiores construtoras do estado estão presentes com empreendimentos locais. Atende-se em média um empreendedor por dia querendo discutir sobre novos empreendimentos, sobre tudo os ligados a potencialidade náutica, explica Duarte. O turismo é outro segmento que está sendo explorado gradativamente pela cidade. Entre os tipos de turismo que podem ser explorados, destaque-se: o Turismo Cultural e Histórico, Turismo de Aventura, Turismo de Compras e de Eventos. AtrativosTurísticos Rio Tijucas: Tradicional rio do Estado de Santa Catarina, que nasce em Boa Vista e desagua no Oceano Atlântico. É utilizado para prática do rafting, pesca e passeios. Centro Cultural Benjamin Gallotti: Edificado em 1898, o casarão foi doado pelo munícipio em Em 2002 foi tombado como Património histórico de Santa Catarina. Hoje abriga também o Museu Tijucas, servindo também de espaço para comemorações artísticas e culturais. Celeiro do Carro Antigo: Atração turística, dedicada a todos que desejam conhecer algo mais sobre a história dos transportes, com um acervo de veículos antigos. Trilhas: A cidade possui trilhas propícias para prática de esportes do gênero, principalmente utilizadas por jeepeiros e motocross. Festa do Divino Espírito Santo: Evento oficial da cidade que acontece sempre no início de junho. A Festa do Divino Espírito Santo é uma tradição que chegou com os imigrantes portugueses, no final do século 18 e tem marcado a história religiosa e cultural de nossa cidade até os dias de hoje. Ainda de acordo com Duarte, a prefeitura possui projetos turísticos com o intuito de qualificar a infraestrutura da cidade, entre eles destaca-se a Praça do Pescador, que será construída junto a rampa de acesso ao Rio de Tijucas, favorecendo os praticantes de Jet Ski, lanchas e pesca artesanal. SegurançaPública Por ser uma cidade com localização estratégica e facilidade logística, a cidade é alvo de oportunistas para prática de delitos. Para dificultar a ação de bandidos, a prefeitura estuda projeto de monitoramento. Hoje está em processo de definição um programa de monitoramento e controle capaz de identificar ação delituosa nas principais áreas urbanas do município, com possibilidade de interação com as empresas privadas de segurança, os principais estabelecimento comerciais e o Centro de Monitoramento e Controle, explica Duarte. Além disso, o governo municipal possui outros projetos que irão contribuir para aprimorar cada vez mais a cidade, como por exemplo, a conclusão da rede de saneamento, prevista para o fim deste ano. Considerado um dos principais elementos sinalizadores do desenvolvimento, o saneamento instalado, além do ganho direto na saúde pública, capacita Tijucas para captação de investimentos e empreendimentos mundiais. São investidores que buscam locais com potencial e que tenham qualidade de vida compatível com a dos países desenvolvidos, reforça Duarte. A saúde Publica e a Educação, também caminham para a obtenção dessa aprovação mundial. 15

16 Manutenção MANUTENÇÕESPREVENTIVAS NOINVERNO No inverno é comum o aparecimento de trincas, fissuras e manchas nas edificações. Elas surgem em decorrência das oscilações de temperatura, que provocam a movimentação dos materiais. No entanto, o melhor momento para tratar dessas patologias é na época mais fria do ano, onde o período de chuvas é menor. Especialistas afirmam que com as chuvas de verão é possível identificar possíveis infiltrações e telhas rachadas, e no período de inverno é propício para realizar a correção desses danos. Já a arquiteta e urbanista, Waleska Standke, explica que independente da estação do ano, é preciso se atentar aos sinais durante o ano todo, e fazer os consertos por etapas e sem pressa. Uma programação financeira anual e um bom profissional envolvido dando suporte técnico, são as melhores soluções na hora de programar qualquer reforma ou manutenção nos condomínios. Sempre indico a contratação de um engenheiro ou arquiteto que trabalhe na área de reformas e manutenções para ajudar na criação de um cronograma de manutenção anual, explica. De acordo com a arquiteta, os materiais vão perdendo as propriedades com o passar do tempo, ocasionando as patologias, que são muito comuns em alvenarias, madeira, metal ou gesso. É impossível evitar que elas apareçam, e como não temos como evitá-las é necessário adotar medidas de prevenção. A manutenção preventiva é sempre a solução em todos os casos e não é somente pintar e cobrir as pequenas fissuras, isso é jogar a sujeira pra debaixo do tapete e causar problemas maiores no futuro, pois elas voltam se for usado um produto errado, esclarece Waleska. Algumas manutenções precisam ser feitas todos os meses, como por exemplo, o cuidado com acabamentos metálicos de inox, vidros, iluminação, jardins, elevadores e 16

17 Manutenção outros equipamentos eletrônicos. No caso dos jardins, é possível encaixar no orçamento anual a presença de um jardineiro ou empresa de paisagismo sem que o custo fique alto, apenas programando para que a beleza do jardim esteja presente o ano todo. Já as piscinas, podem ser efetuadas as manutenções no inverno, e assim não irá prejudicar o uso dos condôminos durante o verão. Essas manutenções preventivas devem ser incluídas com antecedência no programa financeiro do condomínio, para poder executar preventivamente todos os serviços durante o ano todo. A arquiteta acredita que para corrigir preventivamente as pequenas fissuras pode-se apenas pintá-las com tinta emborrachada. Já em casos de manchas, é necessária uma limpeza com água sanitária, aguardar a secagem e posteriormente pintar, sem esquecer-se de verificar o motivo da umidade que causou a mancha, pois ela pode voltar poucos meses depois e o dinheiro foi gasto em vão. A dica que a arquiteta repassa para os síndicos, é que eles devem num primeiro momento chamar um profissional qualificado para visitar o local e realizar um diagnóstico. O profissional, em conjunto com o síndico, poderá definir um cronograma que contemple todas as manutenções necessárias para a edificação. E assim juntos, eles podem verificar a necessidade e urgência dos reparos, separar as áreas mais usadas em cada época do ano para não causar incômodo ou privar os moradores de utilizar determinadas áreas quando seriam as melhores épocas, explica Waleska. Edifícios e casas precisam ser observados durante todo o tempo e normalmente não adianta esperar o problema aparecer para tomar providencias. Uma revisão geral nos apartamentos pode custar muito pouco se programada e dividida entre todos. Preste atenção nas reclamações dos condôminos, muitas vezes aquele vazamento no banheiro que afeta o seu vizinho de baixo está avisando que as conexões de esgoto precisam ser revistas. Acontece também daquele banheiro que ainda tem o revestimento antigo e que precisa ser reformado, neste caso específico, os rejuntes entre as peças de cerâmica ou porcelanato são uma espécie de impermeabilizador, que ajuda a proteger a laje da umidade das áreas molhadas e ele pode estar ressecado, ou nem existir mais, finaliza. Legenda: Patologia em Condomínio Imagens: Arquivo Secovi/SC Legenda: Manutenção de Fachada em Condomínio 17

18 Shopping TIJUCASRECEBERÁSHOPPING COMCONCEITOPREMIUMOUTLET Legenda: Projeto do premium outlet Imagens: Divulgação A cidade de Tijucas irá ganhar um empreendimento no formato premium outlet de 30 mil m², que está sendo construído pela Iguatemi Empresa de Shopping Centers. O empreendimento, que terá um investimento total de R$ 147,1 milhões, já tem previsão de entrega para abril de O conceito de premium outlets é bastante enraizado no público brasileiro com poder de compra, que já costuma consumir marcas diferenciadas com desconto nos principais premium outlets do exterior. E a escolha pela região se deu através da área de influência, onde agrega 33 municípios, totalizando uma população de 2.1 milhões de habitantes, dos quais 46,3% dos domicílios pertencem as classe A e B. Desde 2003, a Iguatemi Empresa de Shopping Centers passou a investir nesse formato de empreendimento, quando ingressou no segmento com o pioneiro Platinum Outlet, localizado em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul. Em 2015, a companhia está expandindo o modelo para as demais regiões do Brasil, e além de Tijucas, já foi anunciado um outro empreendimento para o estado de Minas Gerais. SantaCatarina O empreendimento terá localização privilegiada a apenas 39 km do Shopping Iguatemi Florianópolis e a 29 km de Balneário Camboriú, destino turístico que atrai milhares de visitantes por ano. O trecho da BR-101 compreendido entre Joinville e Florianópolis é uma das áreas mais propícias à instalação de um Outlet no Brasil. Além dos sólidos dados socioeconômicos, existe um intenso e qualificado apelo turístico na região, tanto para lazer como para negócios. Nesta região, 18

19 Shopping Legenda: Projeto do premium outlet encontra-se Blumenau, que sedia a tradicional festa Oktoberfest; Porto Belo, conhecida pela atracagem de navios de cruzeiros; Penha, onde está localizado o Parque Beto Carrero, que recebe 1,5 milhão de visitantes/ano, além de outros municípios, como por exemplo, Itajaí e Bombinhas. Outro relevante fator positivo à região é a boa infraestrutura rodoviária, portuária e aeroportuária instalada, com estradas bem conservadas e duplicadas, aeroportos de Navegantes e Hercílio Luz, Porto de Itajaí e Porto Belo. Além disso, a região é um importante polo industrial, com produção alimentícia, metalúrgica, de cerâmica e engenharia, além de relevante produção vestuária. IguatemiEmpresadeShoppingCenters A Iguatemi tem uma vantagem competitiva intrínseca em operar premium outlets no Brasil, dado o relacionamento com as principais marcas nacionais e internacionais, além do posicionamento da marca Iguatemi e a sua forte presença regional nas cidades mais adensadas das regiões Sul e Sudeste do país, com maior concentração do público A e B e, portanto, maior propensão à valorização das marcas diferenciadas. De acordo com um estudo realizado pela Jones Lang Lasalle, acima de 50% dos consumidores brasileiros que frequentam shoppings centers no Brasil pertencem às classes A e B. No caso dos premium outlets, o consumo é quase que exclusivamente direcionado ao público A e B, que procura essencialmente bons preços, mas também a exclusividade das boas marcas. Adicionalmente, a Iguatemi possui forte presença na região Sul do Brasil, através de outros quatro shoppings, o Iguatemi Porto Alegre, Praia de Belas, Iguatemi Florianópolis e o Platinum Outlet. Imobiliária Renascença Ltda. CRECI J Libera Leduc Wazlawick Heitor Wazlawick (47) (47) ª Avenida, nº esquina Rua Balneário Camboriú/SC renascenca.camboriu@terra.com.br 19

20 Entrevista EntrevistacomPedroWähmann,queé presidentedosecovirioedacâmara BrasileiradeComércioeServiços Imobiliários(CBCSI)-câmaradecomércio daconfederaçãonacionaldocomércio debens,serviçoseturismo(cnc). SECOVI/SC: O mercado imobiliário no Brasil passou por um crescimento bastante acelerado nos últimos cinco anos, impulsionado pelas facilidades de créditos e estabilidade econômica. Como você avalia esse crescimento? Pedro: Não há duvida de que a expansão do crédito imobiliário e a estabilidade econômica que propiciou a prática de juros mais baixos para os financiamentos imobiliários, que são concedidos a prazos longos, foram fatores determinantes para o crescimento do mercado imobiliário. Além disso, tivemos condições gerais da economia nacional bastante positiva, e, lamentavelmente, por políticas econômicas equivocadas do Governo, nos encontramos em um momento econômico bastante difícil. SECOVI/SC: Existe uma corrente que defende a chamada bolha imobiliária. Qual sua opinião a respeito? Pedro: Houve muita especulação em torno de uma bolha imobiliária que nunca existiu. Talvez pelo ocorrido em passado recente, principalmente, na economia dos Estados Unidos e da Espanha. Mas as características no Brasil sempre foram muito diferentes. O financiamento nunca representou mais do que 70% ou 80 % do valor do imóvel, e a participação do volume de crédito imobiliário no PIB do Brasil é modesta em comparação com os países citados. SECOVI/SC: Diante do cenário atual, você acredita que o mercado imobiliário possa perder investidores para o mercado financeiro, por considerá-lo mais atrativo? Pedro: Com a taxa de juros básica elevada como atualmente, a renda de aluguéis fica em desvantagem se comparada ao rendimento das aplicações financeiras, e é possível que alguns investidores prefiram a comodidade de deixar seus recursos aplicados nos bancos em fundos financeiros ou renda fixa. O próprio elevado volume de saques da caderneta de poupança seguramente reflete migração de recursos para ativos financeiros mais atraentes. SECOVI/SC: Alguns especialistas mencionam um excesso de estoque no mercado imobiliário, porém se estima que o país possui ainda um déficit habitacional muito alto e uma população jovem economicamente ativa que busca por moradias. Em função disso acredita que a demanda por imóveis no Brasil é crescente? Pedro: A demanda por imóveis no Brasil será sempre crescente e os fatores apontados na pergunta são indicativos da minha afirmação. Teremos ciclos como já vivenciamos outras vezes. Fato é que, para desenvolvimento mais acelerado, o mercado imobiliário requer financiamento a juros baixos, o que no momento está faltando. SECOVI/SC: A mudança no perfil da população brasileira está influenciando o crescimento do mercado imobiliário? Pedro: Influencia sim. Examinando as faixas etárias da 20