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1 FICHA TÉCNICA facebook.com/manuscritoeditora 2018 Direitos reservados para Letras & Diálogos, uma empresa Editorial Presença, Estrada das Palmeiras, 59 Queluz de Baixo Barcarena Título original: A Linguagem Secreta do Teu Nome Autora: Ana Sequeira Copyright Ana Sequeira, 2018 Copyright Letras & Diálogos, 2018 Revisão: Florbela Barreto/Editorial Presença Capa: Vera Espinha/Editorial Presença Fotografia da autora: Pedro Trindade Paginação, impressão e acabamento: Multitipo Artes Gráficas, Lda. ISBN: Depósito legal n.º /17 1.ª edição, Lisboa, fevereiro, 2018

2 índice Introdução PARTE I 1. A linguagem secreta dos teus números A arte de sermos únicos A primeira história a minha A Numerologia Como funciona a Numerologia? O nome a música que existe em nós Como calcular a energia do nome? O mundo exterior O mundo interior A personalidade Os números Zero Um Dois Três

3 4 Quatro Cinco Seis Sete Oito Nove Onze Vinte e dois Assinatura A segunda história a da Joana Exercícios PARTE II 2. As letras do teu nome Outros tons A força que existe em ti Tabela de Intensidade Intensidade, excessos e ausências Um Dois Três Quatro Cinco Seis Sete Oito Nove Planos de Expressão Exercícios

4 PARTE III 3. Os nomes próprios e os apelidos Partes de nós O percurso individual e a herança familiar 125 O nome próprio O segundo nome Os apelidos Exercícios PARTE IV 4. O nome ao serviço do Caminho de Vida As escolhas da alma O Caminho de Vida Os recursos e as oportunidades Número de maturidade Exercícios Estudo de caso Epílogo Agradecimentos

5 1. a linguagem secreta dos teus números 1.1 A arte de sermos únicos Tu és único. Nenhuma outra pessoa pode dar ao mundo aquilo que só tu podes dar. Não existe momento mais especial do que aquele em que a alma decide embarcar numa nova viagem. Motivada por uma nova experiência, e pela vontade de trazer ao mundo algo muito especial e único, a alma mune -se das condições ideais para que essa viagem seja extraordinária. Em primeiro lugar, surge a definição da intenção dessa viagem. Define -se um propósito para a caminhada e os contornos que ela pode e deve assumir. Depois de equacionadas todas as hipóteses, o plano está traçado «Já sei aquilo de que o mundo precisa e qual a melhor forma de a minha experiência de vida ser disso exemplo!» Surge, então, a escolha do Caminho de Vida a jornada de evolução da alma, o seu propósito individual ao serviço do coletivo. Definido o caminho, é tempo de definir um outro elemento imprescindível à viagem a identidade! «Que pessoa vou ser? 23

6 Quais as minhas características, gostos, talentos e espaços de aprendizagem? Como vou reagir perante as oportunidades e as adversidades? De que vou ter medo? Como vou mostrar -me ao mundo? Em que situações vou autossuperar -me? Em que vou transformar -me para completar esta jornada?» Tal como no processo de escolha do caminho, também no processo de definição do «eu» nada é deixado ao acaso. A escolha da pessoa que somos ao nascimento, com todas as características virtudes e defeitos, garante que estamos perfeitamente equipados para os desafios a que nos propusemos. Todo este caminho é um processo de relembrar e redescobrir esta escolha feita pela nossa alma. No momento do nascimento, toda esta escolha fica reservada na nossa memória inconsciente. À luz da nossa alma, tudo está certo. Da nossa perspetiva humana, há que reaprender e voltar a apaixonarmo -nos pela pessoa que decidimos ser. 1.2 A primeira história a minha Recordo, hoje, com um sorriso o momento em que deparei com um dos princípios fundamentais da Numerologia o Princípio da Unicidade. Segundo este princípio, a nossa existência obedece a um padrão harmonioso em que se cruzam recursos internos com o caminho que nos propusemos fazer. Quer isto dizer que não existem falhas ou imperfeições: a pessoa que somos, com todas as suas características físicas, mentais e emocionais, é a pessoa ideal para percorrer esta viagem chamada Vida. De uma forma muito simples e direta, este princípio diz -nos que temos em nós tudo aquilo de que necessitamos para materializar a vida que escolhemos viver, e, ainda, fazê -lo de forma graciosa, feliz e num movimento evolutivo. Somos a nossa primeira e única escolha. Somos o início de um projeto em expansão e aperfeiçoamento e, ao mesmo tempo, o ponto de chegada e realização. 24

7 Ninguém pode viver a nossa vida por nós, tal como não nos é possível viver outro caminho que não este que estamos a viver. Podemos tentar, mas o fracasso é garantido. Podemos insistir, e fazê -lo até toda uma vida, mas isso apenas nos afasta daquilo que é o objetivo primeiro do nosso nascimento. Além disso, este princípio fala ainda da importância que a nossa vida, e a forma como a escolhemos viver, afeta a de todos os que nos rodeiam. Fazemos parte de um projeto coletivo em que cada um de nós desempenha uma função muito específica. A energia do todo é o resultado da energia das partes. Em última instância, viemos para trazer ao mundo aquilo que está em falta e, quando em equilíbrio, somos uma peça fundamental na harmonia do Universo. Imaginando um grande puzzle, a pessoa que somos, com toda a sua bagagem e vivências, ocupa um lugar insubstituível e importante no desenho final. Viemos para deixar o mundo um lugar melhor, vivenciando todos os desafios que a vida nos propõe, crescendo nos contrastes e movimentos de contração, experienciando a dificuldade de sermos o nosso melhor numa realidade tão imperfeitamente perfeita. Viemos para ser divinamente humanos e, assim, deixar um rasto de amor no mundo. Que visão tão linda quanto desafiante, verdade? Confesso: no início custou -me aceitar este princípio. Por muito que me parecesse uma perspetiva interessante e até nobre, uma parte cética, ou defensiva, de mim resistia a olhar para mim mesma e para a minha vida como uma peça única e perfeita. Talvez por nunca ter sentido no meu coração que a minha vida pudesse ser uma viagem tão magnífica e, muito menos, que tivesse em mim algo assim tão especial para partilhar com os outros. Para mais, os desafios, tão humanos, pelos quais aqueles que me rodeavam passavam colocavam alguma descrença nesta visão. 25

8 Como seria possível a Numerologia falar de harmonia quando temos de lidar com a deceção constante de todas as injustiças e imperfeições da vida? Como é possível a Numerologia dizer que temos em nós tudo aquilo de que necessitamos, quando todos os dias passamos provações e por caminhos que nos trazem tristeza e frustração? No entanto, por muito que encontrasse resistência em mim, habitava no meu coração a vontade de comprovar este princípio. Uma parte de mim queria acreditar com toda a força nesta perspetiva tão mais positiva e inspiradora. Aceitar este princípio colocava -me totalmente responsável pela minha vida e, consequentemente, por aquilo que me acontecia. Aceitar este princípio implicaria igualmente um maior respeito pelas vivências e pelos desafios dos outros. Mas, acima de tudo, aceitar este princípio implicaria que, se me encontrava em sofrimento, insistindo em caminhos que não me faziam feliz, não teria outra opção senão dedicar -me a conhecer -me em profundidade para poder honrar esta pessoa que tinha decidido ser. Conhecer quem sou, o que tenho em mim e aquilo de que sou capaz para transformar positivamente a minha experiência humana e inspirar, por exemplo, quem se cruza comigo. Algo estava mal e tinha de perceber o porquê. A aprendizagem deste e demais princípios da Numerologia só aconteceu com a prática diária e em contexto terapêutico. E o meu primeiro caso... fui eu! Ama todas as partes de ti, para melhor aceitares as diferenças dos outros. Durante muito tempo, tanto quanto aquele que me levou a descobrir a Numerologia, vivi em profundo conflito interno. Sempre me conheci como uma pessoa sonhadora, idealista e disponível para ajudar os outros. Mesmo com todas as desilusões a que ia 26

9 estando sujeita perante as imperfeições no mundo, nunca deixei de acreditar no ser humano e no poder transformativo do amor. Ultrapassando, por vezes, o limite das minhas possibilidades, e até com alguma intransigência, acreditava profundamente nesta minha visão e mantinha -a viva contra tudo e todos. Sempre fui a primeira a chegar onde era necessária ajuda e via nessas situações a oportunidade de me mostrar útil, de poder contribuir e de deixar a minha marca de amor onde imperava a dor. Ainda que fosse em pequena escala, acreditava que havia em mim a responsabilidade de viver o exemplo de uma vida íntegra e compassiva e... de mudar os outros, se a sua felicidade dependesse dessa mudança. Por outro lado, e apesar de toda a minha disponibilidade para ajudar, havia uma parte de mim que se fechava ao mundo, tornando -me completamente inacessível. Constrangia -me imaginar- -me não estar à altura dos desafios da vida, não conseguir compreender o porquê das coisas que me aconteciam e não dominar o que se passava dentro de mim. Ao viver isolada do mundo e mantendo os meus questionamentos para mim, garantia que as minhas dúvidas e inseguranças internas não fossem percetíveis do exterior, prevenindo -me eu própria de ser foco de desilusão. Ao tentar controlar a minha vida, acabava por viver limitada e tão longe de todas as possibilidades de realmente experienciar a magia de estar viva. Estes meus dois lados competiam e desequilibravam -se. Ao mesmo tempo que queria salvar o mundo, resistia a ser ajudada. Idealizava um mundo em que as pessoas viviam em harmonia e em amor, mas eu própria era incapaz de me amar nos meus defeitos e incapacidades. A verdade que tanto insistia em impor ao mundo era a mesma verdade que me impedia de estar em paz comigo e com o meu lado humano. O meu lado humanamente imperfeito. Ao iniciar o estudo da Numerologia, e perante todos os seus princípios, a grande questão impôs -se. Qual a verdadeira natureza 27

10 deste conflito? Como é que um lado de mim, que acredito ser tão nobre para com o mundo, consegue ser tão autodestrutivo? O que me faz viver em tanta resistência comigo mesma? O que me impede de viver em equilíbrio? Qual a solução? De forma surpreendente (ou não!), os meus números deram- -me a resposta. Mais precisamente os números do meu nome. É incrível a forma que a Numerologia tem de nos colocar frente a frente com as nossas sombras, ao mesmo tempo que, de modo tão compassivo e amoroso, nos permite olhar para tudo aquilo que podemos ser. Ao fazer os cálculos do meu nome de nascimento percebi não só as forças que se opunham como também a oportunidade de as pôr a vibrar em harmonia e, assim, eu própria viver em paz comigo e com o mundo. Bastava que ambos os meus lados se permitissem inspirar e influenciar para que o equilíbrio fosse encontrado. No que toca aos números, é o mesmo que dizer que bastava que o meu 9 que tanto quer corrigir e salvar o mundo se deixasse influenciar pelo meu 7 que quer perceber tudo e proteger -se de ser julgado na sua verdade, e vice -versa. Quando compreendi esta dinâmica, percebi, inclusivamente, que a melhor forma de estar ao serviço do mundo (tal como o meu 9 pedia) não era forçando a minha verdade (como o 7 tendia a fazer), mas descobrindo primeiro uma forma de abrir o meu coração ao exterior, sem receio de me sentir inadequada, julgada ou posta em causa (7 em equilíbrio). Só assim poderia encontrar uma filosofia de vida que servisse de inspiração a um mundo mais harmonioso e cheio de amor (9 em equilíbrio). Com esta descoberta, compreendi também algo importante e intrínseco ao ser humano que considero serem as três fases e estados do desenvolvimento humano. Essas três fases distinguem- -se mediante o estado de consciência que apresentamos no que toca ao conhecimento da nossa natureza. 28

11 1. O que penso ser? Nesta fase, tudo o que fazemos e alcançamos na vida espelha as ideias que temos sobre nós. A verdade é que não nascemos com a consciência da escolha da nossa alma, e nem sempre somos motivados a fazê -lo. Poucos de nós cresceram a serem incentivados a ir para além dos seus medos e, muito menos, a fazer aquilo com que sempre sonharam, sobretudo se esses sonhos saem da norma ou do convencional. Ao mantermo -nos neste estado, nem sequer nos permitimos desviar a cortina que nos abre a visão para o campo de todas as possibilidades. É um estado redutor daquilo que a nossa alma tem como plano para esta vida, em que a ideia que construímos sobre nós dita a nossa capacidade de nos desafiarmos e de sermos mais e melhores. 2. O que sou capaz de fazer? Neste segundo estado, a cortina já foi desviada e estamos preparados para ver algo mais sobre nós. Arriscamos mais, ousamos o que nos motiva, fazemos cursos e lemos livros. Tudo em prol da libertação de uma vida pouco preenchida. De qualquer forma, este é ainda um estado controlado. O medo de não ser compreendido ou aceite faz -nos manter a zona de conforto e arriscar apenas aquilo que sabemos dar -nos garantias de poder funcionar. Este é dos estados de consciência que mais nos provocam ansiedade, frustração e desilusão «Aquilo que eu poderia fazer, mas que não é possível.» 3. Quem realmente sou? Este é o passo da verdadeira autodescoberta e manifestação da nossa essência. Libertamo -nos das resistências e permitimos que a nossa Luz se manifeste no mundo. É a abertura total ao que sempre esteve dentro de nós e a verdadeira forma de amor -próprio o amor incondicional pela pessoa que somos. 29