H FISC ALIZ AÇ ÃO DE PORTA-CONTÊINERES
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- Luca Camilo Van Der Vinne
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1 A P Ê N D I C E H FISC ALIZ AÇ ÃO DE PORTA-CONTÊINERES ETAPAS DA FISCALIZAÇÃO A fiscalização de Veículos Porta-es - VPC (também chamados containers ou contentores) está dividida nas etapas abaixo listadas, que serão melhor especificadas nas páginas seguintes: 1 Verificar se o VPC é apropriado para o transporte 2 Verificar se existe a simbologia exigida pelo INMETRO no VPC 3 Verificar se as dimensões do contêiner exigem Autorização Especial de Trânsito (AET) 4 Verificar o estado dos Dispositivos de Fixação do (DIF) e se estão corretamente travados 5 Autuar (se for o caso) 1 - Verificar se o VPC é apropriado para o transporte - Conforme o art. 2º da Res. 564/15, somente poderão transitar nas vias terrestres abertas à circulação pública transportando contêineres, os veículos especialmente fabricados ou adaptados para este tipo de transporte, que atendam aos requisitos da Resolução (TODOS, independentemente da data da adaptação); - No caso de conjuntos, a exigência só existe para os reboques e semirreboques; - A maneira mais fácil de saber se o caminhão simples, reboque ou semirreboque é adequado, é verificando o campo ESPÉCIE/TIPO no CRLV. No exemplo a seguir, trata-se de um CHASSI PORTA CONTÊINER: - Conforme a Port. 96/15 do DENATRAN, que estabelece o Anexo I da Res. 291/08 (Classificação de Veículos conforme TIPO/MARCA/ESPÉCIE), os veículos que poderão ser autorizados para o transporte de contêineres são os seguintes: CAMINHÃO REBOQUE SEMIRREBOQUE Dupla Linear Container/ Carroc Aber/ Cab Dupla Conteiner/Carroc Aber/Cab. Linear Prancha Conteiner/ Cab Dupla Prancha Conteiner/Cab. Linear Suplementar / Container/ Carroc Aber/ Cab Suplementar Prancha Conteiner/ Cab Suplementar Caso o veículo esteja transportando contêiner e não possua as adaptações, deverá ser autuado com base no art. 230*IX (falta de equipamento obrigatório), pela ausência dos Dispositivos de Fixação do (DIF); - Caso o veículo esteja transportando contêiner, possua as adaptações, mas não seja da espécie/tipo adequado, deverá ser autuado com base no art. 230*VII (característica alterada), conforme determina o único ao art. 3º da Res. 292/08. (VER TABELA AO FINAL DO APÊNDICE) Marcelo Dullius Saturnino 13ª edição
2 2 - Verificar se existe a simbologia exigida pelo INMETRO no VPC - Conforme o art. 5º da Res. 564/15, para circularem nas vias públicas, os veículos deverão ter afixados em sua estrutura uma plaqueta ou selo de Identificação de Certificação do Fabricante ou Adaptador, acreditado pelo INMETRO. Os modelos atuais são dados pelas Portarias 158/05 e 285/07 do INMETRO, devendo ser fabricadas em alumínio, com a dimensão de 90 x 165mm, e instaladas em lugar visível na estrutura do veículo, normalmente nas faces laterais do chassi. - Conforme a Portaria 01/89 do DENATRAN, a plaqueta não deverá ser exigida para os veículos fabricados/adaptados até 23/09/1988, visto não haver na época o correspondente regulamento; - Para conjuntos, a exigência só existe para os reboques e semirreboques; - Caso o veículo fabricado/adaptado a partir de 24/09/1988 esteja transportando contêiner, mesmo tendo a e as adaptações, a falta da plaqueta deverá ser autuada com base no art. 237 (falta de inscrição); (VER TABELA AO FINAL DO APÊNDICE) MODELO DE PLAQUETA PARA VEÍCULOS FABRICADOS ESPECIALMENTE PARA O TRANSPORTE: MODELO DE PLAQUETA PARA VEÍCULOS ADAPTADOS POSTERIORMENTE: - Além do VPC, cada um dos Dispositivos de Fixação do (DIF) deverá ter sua própria plaqueta de certificação, cujo modelo atual é dado pela Portaria 284/07 do INMETRO. - Porém, essa regra só vale para os veículos fabricados/adaptados a partir de 19/1/2008, não havendo infração específica para sua falta. Marcelo Dullius Saturnino 13ª edição
3 3 - Verificar se as dimensões do contêiner exigem Autorização Especial de Trânsito (AET) - Conforme a Res. 564/15, O trânsito de veículos transportadores de contêineres com altura superior a 4,40m e inferior ou igual a 4,60m, somente poderá ocorrer mediante AET, concedida pela autoridade com circunscrição sobre a via pública a ser utilizada, com prazo de validade máximo de 1 (um) ano. No caso de combinação de veículos, a AET será fornecida somente à(s) unidade(s) rebocada(s)., com prazo de validade máximo de 1 ano; - Na hipótese da altura do contêiner sobre o veículo ultrapassar 4,60 m, também será necessária AET, a qual poderá ser fornecida ou não, e provavelmente para uma única viagem; - A exceção acima deve-se aos contêineres do tipo HC (High Cube), destinados a cargas de alto volume e baixo peso. Esses equipamentos tem cerca de 0,30 m a mais na altura do que os contêineres normais, totalizando 2,90 m; - Conforme demonstra a figura abaixo, os contêineres HC possuem um alerta indicando a maior altura, no caso 9,6 pés (sistema inglês) contra 8,6 pés dos normais. - Existem diversos tipos de contêineres, para as mais diversas aplicações. São divididos em dois grupos principais, os de 20 pés (~6 m) e os de 40 pés (~12 m) de comprimento; - Seguem alguns modelos: Marcelo Dullius Saturnino 13ª edição
4 4 - Verificar o estado dos Dispositivos de Fixação do (DIF) e se estão corretamente travados - Os Dispositivos de Fixação do (DIF), também conhecidos como travas giratórias ou twist locks (encaixe macho), servem para fixar o contêiner, através dos dispositivos de canto ou corner castings/fittings (encaixe fêmea), sobre o veículo transportador, evitando a queda ou escorregamento durante o transporte; - Existem vários tipos. Porém, todos tem o mesmo princípio de funcionamento, dada a padronização dos encaixes existentes nos quatro cantos dos contêineres; - Muitos condutores não usam o DIF para, no caso de acelerações laterais muito elevadas, haja o tombamento apenas do contêiner e não o veículo, o que induz a uma condução menos cuidadosa; - Caso o veículo esteja transportando contêiner, e não esteja com os DIF em boas condições e devidamente travados nos quatro cantos, deverá haver autuação baseada no art. 230*IX (equipamento ineficiente ou inoperante); (VER TABELA AO FINAL DO APÊNDICE) - Se for constatado que a falha ou desleixo está gerando, ou colocou (em caso de acidente), grave risco a incolumidade de outrem, o condutor poderá ser enquadrado no art. 132 do CP (crime de perigo); As travas podem estar em duas posições: perpendiculares ao veículo (travadas), ou longitudinais ao veículo (soltas). Marcelo Dullius Saturnino 13ª edição
5 5 - Autuar (se for o caso) IRREGULARIDADE PROCEDIMENTOS ENQUADRAMENTO CAMPO OBSERVAÇÕES DO AIT - DIF(s) faltando - DIF(s) aberto(s) por negligência 1 - regularizar no local ou reter o veículo no pátio do posto até que seja providenciado o transbordo para veículo adequado; veículo para outro local. 1 - se o motivo for defeito em algum dos dispositivos, preferencialmente reter o veículo no pátio do posto até que seja providenciado o transbordo para veículo adequado; veículo para outro local; 3 - se o travamento não tiver sido realizado por negligência do condutor, o mesmo poderá ser enquadrado no art. 132 do CP (expor outrem a perigo iminente); / 230*IX SEM equipamento obrigatório / 230*IX com equipamento obrigatório ineficiente ou inoperante - Veículo x, cor y, transportando contêiner, transitando sem as adaptações exigidas pela Resolução 564/15 do CONTRAN, com risco iminente de queda da carga; - Veículo retido conforme e-drv nº x, face o art. 269, 1º, do CTB. contêiner, transitando com os 4 DIFs abertos, com risco iminente de queda da carga, em desacordo com a Res. 564/15 do CONTRAN; - Regularizado /ou/ Veículo retido conforme e- DRV nº x, face o art. 269, 1º, do CTB. Nota: originalmente a antiga Res. 725/88 remetia esta infração ao art. 89*XXX*P do CNT, equivalente hoje ao 230*XVIII do CTB (mau estado de conservação, comprometendo a segurança) - DIF(s) aberto(s) ou mal travado(s) por defeito - espécie/tipo incorreta no CRLV - com adaptações, independentemente da época em que foram feitas - com/sem a plaqueta do INME- TRO 1 - se o motivo for defeito em algum dos dispositivos, preferencialmente reter o veículo no pátio do posto até que seja providenciado o transbordo para veículo adequado; veículo para outro local; 3 - se o travamento não tiver sido realizado por negligência do condutor, o mesmo poderá ser enquadrado no art. 132 do CP (expor outrem a perigo iminente); 1 - reter o CRLV, liberando o veículo para regularização, conforme art. 270 e 274 do CTB; 2 - a critério, caso a alteração ofereça risco demasiado, face o art. 269, 1º, do CTB, o veículo poderá ser recolhido a depósito (item 61 do MPO-003); 3 - entretanto, a melhor opção para regularização é fazer o transbordo para outro veículo / 230*XVIII em MAU ESTADO de conservação, comprometendo a segurança / 230*VII com CARACTERÍSTI- CA ALTERADA contêiner, transitando com os dois DIFs dianteiros defeituosos (não fecham), com risco iminente de queda da carga, em desacordo com a Res. 564/15 do CONTRAN; - Regularizado /ou/ Veículo retido conforme e- DRV nº x, face o art. 269, 1º, do CTB. - Veículo x, cor y, foi adaptado para o transporte de contêiner sem autorização do DETRAN, em desacordo com a Resolução 292/08 do CONTRAN; - No CRLV consta que é do tipo carroceria aberta ; - Regularizado /ou/ CRLV nº x, retido conforme RRD nº x /ou/ Veículo retido conforme e-drv nº x, face o art. 269, 1º, do CTB do CTB. Nota: originalmente a antiga Res. 725/88 remetia esta infração ao art. 89*XXX*L do CNT, equivalente ao art. 230*V do CTB (sem estar devidamente licenciado). com altura total (veículo + carga) superior a 4,40m (ou mesmo vazio) - - fabricado ou adaptado a partir de 24/09/ sem a plaqueta do INME- TRO 1 - preferencialmente reter o veículo no pátio do posto até que seja providenciado o transbordo para veículo adequado ou apresentação da AET. Caso contrário, remover para depósito, face o art. 269, 1º, do CTB, e item 61 do MPO-003; 1 - reter o CRLV, liberando o veículo para regularização, conforme art. 270 e 274 do CTB. 2 - considerando que a responsabilidade de colocação da plaqueta é do fabricante ou adaptador do implemento, e muitas vezes os mesmos ficam situados em locais distantes ou outros estados, essa infração não será de simples resolução. Sugiro avaliar a possibilidade de liberar a regularização no destino / 231*IV Transitar com o veículo e/ou carga com suas dimensões superiores aos limites estabelecidos legalmente SEM AET / 237 Transitar com o veículo em desacordo com as especificações, e com falta de INSCRIÇÃO e SIM - BOLOGIA necessárias à sua identificação, quando exigidas pela legislação - Veículo x, cor y, transportando contêiner, totalizando 4,50m de altura, sem AET, em desacordo com a Res. 564/15 do CONTRAN; - Regularizado /ou/ CRLV nº x, retido conforme RRD nº x /ou/ Veículo retido conforme e-drv nº x, face o art. 269, 1º, do CTB. contêiner, sem a plaqueta de identificação, em desacordo com a Res. 564/15 do CONTRAN; - CRLV nº x, retido conforme RRD nº x. Nota: originalmente a Res. 725/88 remetia esta infração ao art. 89*XXX*L do CNT, equivalente ao art. 230*V do CTB (sem estar devidamente licenciado). Marcelo Dullius Saturnino 13ª edição
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