Famalicão. Nuno Rodolfo da Nova Oliveira da Silva, Economista com escritório na

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1 Exmo(a). Senhor(a) Doutor(a) Juiz de Direito da 2ª Secção de Comércio da Instância Central de Vila Nova de Famalicão J1 Processo 4736/14.0T8VNF Insolvência de Prosperblue, Lda V/Referência: Data: Nuno Rodolfo da Nova Oliveira da Silva, Economista com escritório na Quinta do Agrelo, Rua do Agrelo, nº 236, Castelões, em Vila Nova de Famalicão, contribuinte nº , Administrador da Insolvência nomeado no processo à margem identificado, vem requerer a junção aos autos do relatório a que se refere o artigo 155º do C.I.R.E., bem como o respectivo anexo (inventário). Mais informo que não foi elaborada a lista provisória de créditos prevista no artigo 154º do CIRE, uma vez que vai ser junto aos autos a relação de credores a que alude o artigo 129º do CIRE. P.E.D. O Administrador da Insolvência (Nuno Oliveira da Silva) Castelões, 6 de janeiro de 2015 Página 1 de 1

2 I Identificação do Devedor Prosperblue, Lda., sociedade comercial por quotas com sede na Rua Dr. Fernão de Ornelas, nº 47, 3º Esquerdo, Sala V, freguesia de Funchal (Sé), concelho de Funchal, com o NIPC , tendo por objecto social o comércio por grosso e a retalho; actividades de importação e exportação; actividades de consultoria na área dos recursos humanos, informática e programação, contabilidade, gestão, fiscalidade, promoção imobiliária e jurídica; construção, engenharia civil, arquitectura, publicidade e design; armazenagem e actividades auxiliares de transporte; actividades de agências de viagens. A sociedade, constituída em 26 de Outubro de 2012, encontra se matriculada na Conservatória do Registo Comercial sob o número e tem actualmente a seguinte estrutura societária: Sócios Valor da Quota Francisco Manuel Martins Fernandes ,00 Sheila Maria Ngueve Cristovão Kapose ,00 Total ,00 1 Página

3 A gerência da sociedade está atribuída em exclusivo ao sócio Francisco Manuel Martins Fernandes, desde a sua constituição. A sociedade obriga se pela intervenção de um gerente. II Actividade do devedor nos últimos três anos e os seus estabelecimentos (alínea c) do nº 1 do artigo 24º do C.I.R.E.) O estabelecimento da sociedade insolvente situava se na Avenida Dr. Mário Soares, nº 2870, 3º Direito, freguesia de Joane, concelho de Vila Nova de Famalicão. O local em causa era objecto de arrendamento. A sociedade, em Outubro de 2013, alterou a sua sede social para o Funchal, apenas e só com o intuito de obter os benefícios fiscais que são concedidos às entidades com sede na Zona Franca da Madeira, sendo que sempre operou na freguesia de Joane, concelho de Vila Nova de Famalicão. A sociedade dedicava se, em especial, ao comércio de materiais de construção, como também à prestação de serviços de consultoria nas áreas de recursos humanos e de projectos de arquitectura. O seu maior volume de negócios provinha da exportação para o mercado angolano, trabalhando quase em exclusivo para um único cliente, a sociedade Imosul, Lda. 1, com quem tinha um acordo de exclusividade em Portugal. A sociedade ainda prestava serviços de consultoria na área dos recursos humanos, nomeadamente na pré selecção de pessoal para trabalhar em Angola. Contudo, a perda abrupta e sem aviso prévio do seu principal cliente e parceiro de negócios, a sociedade Imosul Lda., veio ditar o início das dificuldades. Assim, a sociedade viu se confrontada com uma situação difícil, devido: a) Ao desaparecimento, no início do ano de 2014, do seu parceiro/cliente e que causou que a sociedade tivesse sofrido uma queda no volume de negócios, necessário para manter toda a sua estrutura comercial; b) Ao atraso no pagamento por parte dos seus clientes; 1 Sociedade comercial com sede em Angola e cujo actividade está ligada ao sector da construção 2 Página

4 c) Às dificuldades sentidas na angariação de novos clientes no imediato, após a queda abrupta no número de encomendas e volume de negócios. Estas situações levaram a que a sociedade deixasse de conseguir cumprir com as suas obrigações, nas datas em que eram devidas. Como se pode verificar pelos dados contabilísticos, as consequências da perda do seu principal cliente foram brutais: Rubricas Variação 2013/2012 (out-dez) (jan-out) Variação 2014/2013 Variação 2014/2012 Vendas e serviços prestados , , , ,33% , ,14-94,74% ,77 99,85% CMVeMC , , , ,95% 4 921, ,70-99,70% ,25-93,63% Fornecimentos e serviços externos , , , ,61% , ,62-92,01% ,33 329,83% Gastos com pessoal , , , ,17% , ,07-58,80% ,31 436,93% Outros rendimentos e ganhos 120, , , ,87% ,84-100,00% -120,00-100,00% Outros gastos e perdas 209, , , ,64% ,13-100,00% -209,28-100,00% Resultado Operacional , , ,52-228,87% ,72-100,00% ,80-100,00% Resultado antes de impostos , , ,34-228,84% ,54-100,00% ,80-100,00% Resultado Líquido do Período , , ,10-215,77% ,20-100,00% ,90-100,00% Activo , , ,94-50,25% ,82-100,00% ,76-100,00% Activos fixos tangíveis , , ,33 76,93% ,32-100,00% ,99-100,00% Activos intangíveis 5 158, , ,85-40,71% ,27-100,00% ,12-100,00% Inventários , , ,14 3,30% ,82-100,00% ,68-100,00% Cientes 0, , ,50 #DIV/0! , ,27-84,60% ,23 #DIV/0! Adiantamento a fornecedores ,90 0, ,90-100,00% 0, ,90-100,00% Estado e outros Entes Públicos , , ,60 7,65% ,85-100,00% ,25-100,00% Outras contas a receber 693,00 0,00-693,00-100,00% 0,00-693,00-100,00% Diferimentos 2 042, , ,73 139,19% ,07-100,00% ,34-100,00% Caixa e depósitos bancários , , ,49-97,63% ,99-100,00% ,48-100,00% Passivo , , ,14-54,58% ,52-100,00% ,66-100,00% Fornecedores , , ,91 282,27% , ,77-64,89% ,14 34,20% Adiantamento de clientes ,75 0, ,75-100,00% 0, ,75-100,00% Estado e outros Entes Públicos 5 122, , ,89 390,20% ,35-100,00% ,46-100,00% Accionistas/sócios 2 817, , ,87 107,74% ,75-100,00% ,88-100,00% Financiamentos obtidos 0, , ,42 #DIV/0! ,42-100,00% 0,00 Outras contas a pagar 5 977, , ,52 925,64% ,65-100,00% ,13-100,00% Capital Próprio , , ,20-388,34% ,30-100,00% ,90-100,00% Resultados transitados , ,90 #DIV/0! ,90-100,00% 0,00 Perante esta brutal redução no volume de negócios, a gerência da sociedade ainda tomou medidas para reduzir os custos fixos de funcionamento, nomeadamente 3 Página

5 através da redução do número de colaboradores, e tentou encontrar potenciais interessados nos seus produtos/serviços. Contudo, o plano fracassou e tal não se mostrou suficiente para assegurar a liquidez necessária para honrar todos os compromissos, sendo patente que para o actual volume de negócios a sociedade fica aquém do seu ponto crítico de vendas. Tudo isto em conjunto, e perante o facto de que a sociedade se encontrava sem encomendas e sem grandes perspectivas de melhoria nas condições de procura neste sector, viu se obrigada a proceder ao despedimento do seu pessoal ao serviço em Maio de 2014, tomando posteriormente a decisão de se apresentar à insolvência em Novembro. Considerando o que atrás foi exposto, promoveu se no passado dia 12 de Novembro o encerramento antecipado nos termos do artigo 157º do CIRE. III Estado da contabilidade do devedor (alínea b) do nº 1 do artigo 155º do C.I.R.E.) A contabilidade da sociedade encontra se processada até ao final do mês de Outubro de 2014, tendo sido cumpridas as obrigações declarativas daí emergentes. Pela análise que foi feita da contabilidade, tudo indica que esta reflecte uma imagem verdadeira e apropriada da sua situação patrimonial e financeira. IV Perspectivas futuras (alínea c) do nº 1 do artigo 155º do C.I.R.E.) Por vontade da gerência da sociedade e do Administrador da Insolvência, foi promovido no passado dia 12 de Novembro o encerramento antecipado do seu estabelecimento, o que, por si, evidencia a falta de vontade em propor aos credores um plano de recuperação que preveja a manutenção da actividade. Perante o que acima foi referido, deverão os credores deliberar no sentido da ratificação da decisão do encerramento do estabelecimento da sociedade insolvente e, consequentemente, deliberar a liquidação do seu activo. 4 Página

6 Castelões, 6 de Janeiro de 2015 O Administrador da Insolvência (Nuno Oliveira da Silva) 5 Página

7 Processo nº 4736/14.0T8VNF da Instância Central de Vila Nova de Famalicão 2ª Secção de Comércio J1 Inventário (Artigo 153ºdo C.I.R.E.)

8 Inventário (artigo 153º do C.I.R.E.) Relação dos bens e direitos passíveis de integrarem a massa insolvente: Verba Descrição da Verba Valor 1 1 estante lacada em cinza mate com 3 portas 150, secretária lacada em cinza e azul mate, com módulo aberto e 4 gavetas 260, cadeiras rotativas 80, cadeiras fixas de costa alta 160, sofás de um lugar 40, sofá Delano 180, UPS's 60, computadores 150, impressora da marca HP Laserjet color CP1525N 20, ar condicionados da marca Vulcano 220, mesa de reuniões 140, cofre monobloco 130, móvel com frigorífico e microondas 140, monitores da marca Asus de 19" 120, multifunções da marca Epson Pro 10, multifunções da marca HP Deskjet 10, móvel 150, secretária em forma de "L" 140, móvel de 4 portas 80, veículo de passageiros da marca BMW, mod. SÉRIE 1, com 1995cm³ e 85kW, com a matrícula 54 JE 46, de Maio de ,00 Total dos bens inventariados ,00 Castelões, 6 de Janeiro de 2015 O Administrador da Insolvência (Nuno Oliveira da Silva) 1 Página