FERTILIZANTES POTÁSSICOS, CÁLCICOS E MAGNESIANOS
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- Sebastião Fernandes
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1 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ LSO Adubos e Adubação FERTILIZANTES POTÁSSICOS, CÁLCICOS E MAGNESIANOS Prof. Dr. Paulo Sergio Pavinato Prof. Dr. Rafael Otto Aula 6
2 Requerimento pelas culturas K > Ca > Mg Fonte: Havlin et al. (1999)
3 PRODUÇÃO DE FERTILIZANTES POTÁSSICOS 33,4 milhões de t de K 2 O China 1,9 (5,6%) Jordânia 1,1 (3,2%) EUA 0,78 (2,3%) Espanha 0,47 (1,4%) Reino Unido 0,43 1,3%) Chile O,41 1,2% Brasil 0,39 1,2% Israel 2,1 (6,4%) Canadá 10,9 (32,6%) Alemanha 3,6 (10,8%) Marrocos = 16,9 Bielorússia 5,0 (14,9%) Rússia 6,4 (19,1%) Fonte: ANDA, 2009.
4 RESERVAS MUNDIAIS DE POTÁSSIO 8,3 bilhões t de K 2 O 230 anos BASES DE RESERVAS MUNDIAIS DE POTÁSSIO 17,8 bilhões t de K 2 O 494 anos Alemanha 0,85 4,8% Brasil 0,6 3,4% Israel 0,58 3,2% Jordânia 0,58 3,2% China 0,45 2,5% EUA 0,3 1,7% Outros 0,28 1,7% Bielorússia 1,0 5,6% Rússia 2,2 12,3% Canadá 11,0 61,6% Fonte: USGS, 2009
5 Fonte: Vale, 2009.
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7 PRINCIPAIS ORIGENS DAS IMPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE POTÁSSIO 32% 16% 19% 18% 12% 3% - Outros Fonte: ANDA/IFA
8
9 O PESO DAS IMPORTAÇÕES NO SUPRIMENTO 9
10 ORIGEM DO POTÁSSIO Todos os depósitos comerciais de potássio são de fontes marinhas: 1. Mares antigos (enterrados) 2. Depósitos de águas salgadas (salmouras)
11 Formação Evaporação pelo calor do sol Lago vai-vem Depósito de potássio
12 Mineral Composição Conteúdo K 2 O (%) Cloretos Alguns minerais comuns contendo potássio Silvinita KCl.NaCl 28 Silvita KCl 63 Carnalita KCl.MgCl 2.6H 2 O 17 Kainita 4KCl.4MgSO 4.11H 2 O 18 Sulfatos Polihalita K 2 SO 4.2MgSO 4.2CaSO 4.2H 2 O 15 Langbeinita K 2 SO 4.2MgSO 4 22 Schoenita K 2 SO 4.MgSO 4.4H 2 O 23 Nitratos Salitre KNO 3 46 Fonte: IPNI, 2009
13 Obtenção dos Adubos Potássicos 1) Mineração convencional Poços e galerias carvão Profundidade: m 2) Mineração por dissolução Injeção de uma salmoura (KCl + NaCl) Bombeamento da solução para a superfície Profundidade > 1600m 3) Evaporação de águas salgadas Mar morto (Israel) Great Salt Lake (USA)
14 Minas de potássio - Depósitos profundos - Técnicas especiais de mineração Depósito de K - Profundidade pode limitar acesso Fonte: IPNI, 2009
15 Obtenção dos Adubos Potássicos 1) Mineração convencional de jazidas de potássio Abertura de poço até a camada de sais potássicos
16 - Abertura de galerias laterais (horizontais) - Remoção do minério das paredes das galerias com escavadeiras ou explosivos Fonte: IPNI, 2009
17 São utilizados vários tipos de equipamentos (depende do tipo de formação geológica) Fonte: IPNI, 2009
18 - Transporte com vagões ou correias transportadoras, e até a superfície por elevadores Fonte: IPNI, 2009
19 - Trituração e peneiramento. Nessa fase o produto tem apenas 10-20% K 2 O Fonte: IPNI, 2009
20 - Limpeza e deslamagem Potássio é lavado e agitado com uma solução salina saturada para remover argila e impurezas Fonte: IPNI, 2009
21 - Separação do KCl do NaCl por flotação (amida) A amida reveste o KCl mas não o NaCl Bolhas de ar se agrupam à amida e o KCl flutua, enquanto o NaCl se decanta no fundo Fonte: IPNI, 2009
22 - Separação do KCl do NaCl por flotação (amida) Os minerais contendo K flutuam nas células de flotação e são retirados Fonte: IPNI, 2009
23 Etapa final - Secagem - Compactação - Moagem -O bloco compactado é moído e peneirado até o tamanho desejado (<2,0 mm) Fonte: IPNI, 2009
24 Cristalização Processo para produzir KCl totalmente solúvel - Quente: KCl é dissolvido em água fervente para dissolver NaCl e KCl, permitindo cristalização e separação Forma granular - Frio: Solubilidade do KCl é menor em baixas temperaturas do que o NaCl, permitindo cristalização e separação Forma solúvel Fonte: IPNI, 2009
25 Obtenção dos Adubos Potássicos 2) Mineração por dissolução Usada quando a mina é muito profunda (>1200 m), quando o depósito é irregular ou está submerso. - Água salina aquecida é injetada na mina e circula para dissolver minerais potássicos das paredes da mina - Bomdas submersas succionam a solução para tanques de evaporação - Cristalização e decantação Fonte: IPNI, 2009
26 Exemplo de mineração por dissolução Fonte: IPNI, 2009
27 Obtenção dos Adubos Potássicos 3) Evaporação de águas salgadas Fonte: IPNI, 2009
28 Armazenamento
29 Transporte
30 PRINCIPAIS RECURSOS DE POTÁSSIO NO BRASIL Potássio da Amazônia (Fazendinha e Arari) 71 milhões t de KCl Potássio de Sergipe Silvinita Taquari Vassouras KCl = 6 milhões t 625 mil t/ano encerra em 2016 Santa Rosa de Lima KCl = 7 milhões t Sem previsão 300 mil t/ano 20 anos Carnalita Recurso total in situ 1,2 milhão t/ano Após anos Fonte: Vale, 2009
31 Mina de Cloreto de Potássio Taquari-Vassouras, Rosário do Catete, Sergipe
32 MINA DE TAQUARI-VASSOURAS
33 Novos projetos - Vale Projeto Carnalita (Sergipe Brasil) - 1,2 mi t -1 ano -1 KCl Projeto Kronau (Saskatchewan, Canadá) estudo de pré-viabilidade - 2,9 mi t -1 ano -1 KCl Projeto Rio Colorado (Província de Mendoza - Argentina) - após ,3 mi t -1 ano -1 (CANCELADO EM MAR/2013) Explorar jazidas na Amazônia (Fazendinha e Arari)
34 Características dos Principais Adubos Potássicos Propriedades KCl K 2 SO 4 K-MAG KNO 3 KNO 3 NaNO 3 K 2 O (%) S (%) MgO (%) N (%) Cl (%) Na (%) Índice salino Cor Branco Róseo Branco Branco Róseo Branco Róseo
35 Fontes alternativas de K Cinzas vegetais K 2 O% Madeira 5-25 Palha de café Casca de arroz 1-2 Torta de algodão 8-30 Resíduo de melaço Outros resíduos K 2 O% Vinhaça 0,30
36 INTERPRETAÇÃO DE ANÁLISE DE SOLO Com base no teor no solo A) Resina (São Paulo) Teor Muito baixo Baixo Médio Alto Muito alto Produção Relativa % >100 >100 Teor de K Resina mmol c dm ,7 0,8 1,5 1,6 3,0 3,1 6,0 > 6,0 Fonte: Raij et al. (1997) 1,0 mmol c dm -3 K = 96 kg ha -1 de K 2 O
37 INTERPRETAÇÃO DE ANÁLISE DE SOLO Com base no teor no solo B) Mehlich (solos do cerrado) Interpretação CTC < 4,0 CTC 4,0 mg kg -1 K Baixo Média 16 a a 50 Adequado 31 a a 80 Alto > 40 > 80 Fonte: Vilela et al. (2004) CTC = cmol c dm -3 cmol c dm -3 (K) = mg/kg (K) 390
38 INTERPRETAÇÃO DE ANÁLISE DE SOLO Proporção de bases na saturação da CTC Ca ++ > Mg ++ > K + - Série Liotrópica V% K%T Mg%T Ca%T Fonte: Vitti, G.C.
39 RESUMO: Fontes de K
40 RESUMO: Fontes de K
41 RESUMO: Fontes de K (Mg)
42 RESUMO: Fontes de K e N
43 FERTILIZANTES CÁLCICOS E MAGNESIANOS
44 INTERPRETAÇÃO DE ANÁLISE DE SOLO A) Resina (São Paulo) Fonte: Raij et al. (1997) Teor Ca 2+ trocável Mg 2+ trocável mmol c dm -3 Baixo Médio Alto > 7 > 8 B) Cerrado (Mehlich) Fonte: Sousa & Lobato (2004)
45 Fontes de Ca e Mg CALCÁRIOS Escolha pelo teor de Mg no solo Maioria culturas Mg 5,0 mmol c dm -3 ou 0,5 cmol c dm -3 Quando Mg < 5,0 mmol c dm -3 Usar: Calcário com mais magnésio Quando Mg > 5,0 mmol c dm -3 Usar: Calcário mais barato
46 RESUMO: Fontes de Ca e Mg Calcários CaCO 3.MgCO % CaO 5-15% MgO Economia Correção da acidez Fornecimento de Ca e Mg
47 RESUMO: Fontes de Ca Gesso agrícola CaSO 4 26% CaO (20% Ca) 15% S Economia Neutralização do Al Fonte de S Óxido de magnésio 54-58% Mg Ex: Q-MAG (Magnesita)
48 RESUMO: Fontes de Ca e Mg Óxido de Magnésio Calcinação do calcário 95%MgO (55% Mg) Alto PRNT kg ha -1 MgO Produto comercial: QMAG
49 RESUMO: Outras fontes Ca Mg Superfosfato simples (20% CaO) Superfosfato triplo (10% CaO) Termofosfato magnesiano (30% CaO) Nitrato de cálcio (26% CaO) Termofosfato magnesiano (16% MgO) K-Mag (18% MgO) Multifosfato magnesiano (5% MgO) Kieserita (27% MgO) Sulfato de magnésio (16% MgO)
50 Quanto mais eu treino mais eu tenho sorte. Tiger Woods Obrigado
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