A CRISE ECONÔMICA A QUEBRA DO MODELO NEOLIBERAL

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1 A CRISE ECONÔMICA A QUEBRA DO MODELO NEOLIBERAL

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3 Do Liberalismo ao Neoliberalismo Liberalismo pode ser definido como um conjunto de princípios e teorias políticas, que apresenta como ponto principal a defesa da liberdade política e econômica. Neste sentido, os liberais são contrários ao forte controle do Estado na economia e na vida das pessoas.

4 O pensamento liberal teve sua origem no século XVII, através dos trabalhos sobre política publicados pelo filósofo inglês John Locke. Já no século XVIII, o liberalismo econômico ganhou força com as idéias defendidas pelo filósofo e economista escocêsadam Smith.

5 Princípios Básicos do Liberalismo - Defesa da propriedade privada; - Liberdade econômica (livre mercado); - Mínima participação do Estado nos assuntos econômicos da nação (governo limitado); - Igualdade perante a lei (estado de direito).

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7 - diminuição do tamanho do estado, tornando-o mais eficiente ( Estado Mínimo ); - posição contrária aos impostos e tributos excessivos (Maior poder de Compra); - aumento da produção, como objetivo básico para atingir o desenvolvimento econômico; - contra o controle de preços dos produtos e serviços por parte do estado, ou seja, a lei da oferta e demanda é suficiente para regular os preços (Mercado regula os preços); - a base da economia deve ser formada por empresas privadas; - defesa dos princípios econômicos do capitalismo ( Lei da Oferta e Procura ).

8 O Liberalismo de Estado O liberalismo vigorou até os anos 30, do século XX, e baseou-se na idéia defendida por Adam Smith a respeito do argumento da mão invisível, onde o próprio capitalismo continha mecanismos racionais e eficientes de auto-regulação das condições socioeconômicas de uma sociedade. Assim, para os liberalistas, o Estado deveria se limitar a apenas duas coisas: cumprir os contratos e garantir a propriedade privada.

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10 Essa mão invisível do capitalismo começou a ser criticada no final do século XIX, pois na verdade, a realidade vista era muito diferente da teoria liberalista. Neste caso, os mecanismos do capitalismo não eram racionais e eficientes no sentido de uma regulação social como a teoria pregava, talvez fossem apenas reguladores econômicos.

11 A teoria da mão invisível foi por água abaixo em um dos períodos mais difíceis da econômica mundial: a Crise de Nessa época, o mundo inteiro se interrogou a respeito da eficiência do capitalismo. Após a crise, uma coisa ficou certa: a mão invisível, ou seja, os supostos mecanismos autoreguladores do capitalismo não funcionavam.

12 O Estado Keynesiano Oferecendo uma saída para a crise vivenciada, John Maynard Keynes, em 1926, postulou sua teoria que rompia totalmente com a idéia liberalista do deixai fazer, afirmando que o Estado deveria sim, interferir na sociedade, na economia e em quais áreas achasse necessário. Assim, essa corrente baseada na intervenção do Estado, denominada Welfare State, reinou após o fim da Segunda Guerra Mundial, isso aliado ao fato da grande necessidade de recuperação dos países envolvidos na guerra.

13 NEW DEAL DE KEYNES A política de intervenção estatal começou a ser adotada primeiro nos Estados Unidos, com o anúncio pelo presidente Franklin Roosevelt de uma série de medidas, e que passaram a ser concretizadas em 1933/37. Dentre elas: controle sobre bancos e instituições financeiras; construção de obras de infra-estrutura para a geração de empregos e aumento do mercado consumidor;

14 concessão de subsídios e crédito agrícola a pequenos produtores familiares; criação de Previdência Social, que estipulou um salário mínimo, além de garantias a idosos, desempregados e inválidos; controle da corrupção no governo; saláriomínimo, do salário-desemprego, incentivo á criação de sindicatos para aumentar o poder de negociação dos trabalhadores e facilitar a defesa dos novos direitos instituídos. No setor industrial, a principal medida foi a redução da jornada do trabalho.

15 A partir do final dos anos de 1960, com a crise dos países centrais, ocasionada pela acumulação intensiva e uma regulação monopolista, o keynesianismo também deixou a desejar, pois problemas como inflação e instabilidade econômica tornaram-se reais. A partir daí, nasceu o novo liberalismo, ou neoliberalismo, estabelecendo certo limite ao Estado, afirmando que a garantia da liberdade econômica e política estava ameaçada pelo intervencionismo.

16 Na década de 1970 surgiu o neoliberalismo, que é a aplicação dos princípios liberais numa realidade econômica pautada pela globalização e por novos paradigmas do capitalismo.

17 Chicago Boys 25 jovens economistas chilenos que formularam a política econômica da ditadura do general Augusto Pinocht. Foram os pioneiros do pensamento Liberal, antecipando no Chile em quase uma década medidas que só mais tarde seriam adotadas por Margaret Thatcher no Reino Unido. Milton Friedman (The Miracle of Chile).

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19 O Neoliberalismo dos Anos 70 O capitalismo é uma religião laica fundada em dogmas que, historicamente, merecem pouca credibilidade. Um deles reza que a economia é regida pela "mão invisível" do mercado. Ora, em muitos períodos o sistema entrou em colapso, obrigando o governo a intervir na economia para regular o mercado. Eric Hobsbawm

20 Podemos definir o neoliberalismo como um conjunto de idéias políticas e econômicas capitalistas que defende a não participação do estado na economia. De acordo com esta doutrina, deve haver total liberdade de comércio (livre mercado), pois este princípio garante o crescimento econômico e o desenvolvimento social de um país. (Milton Friedman)

21 Nasceu, assim, o neoliberalismo, tendo como parteiro o Consenso de Washington (1989) - a globalização do mercado "livre" e, segundo conveniências, do modelo norte-americano de democracia ( jamais exigido aos países árabes fornecedores de petróleo e governados por oligarquias favoráveis aos interesses da Casa Branca).

22 Características do Neoliberalismo (princípios básicos): - mínima participação estatal nos rumos da economia de um país; - pouca intervenção do governo no mercado de trabalho; - política de privatização de empresas estatais; - livre circulação de capitais internacionais e ênfase na globalização; - abertura da economia para a entrada de multinacionais; - adoção de medidas contra o protecionismo econômico; - desburocratização do estado: leis e regras econômicas mais simplificadas para facilitar o funcionamento das atividades econômicas;

23 Como se instalou o Estado Neoliberal nos anos 80! O fortalecimento do movimento sindical e do socialismo real, sobretudo após a Segunda Guerra Mundial ( ), ameaçou o capitalismo liberal, que tratou de disciplinar o mercado através dos chamados Estados de Bem-Estar Social (previdência, leis trabalhistas, subsídios à saúde e educação etc.).

24 Esse caráter "social" do capitalismo durou até fins da década de 1970 e início da década seguinte, quando os EUA se deram conta de que era insustentável a conversibilidade do dólar em ouro. Durante a guerra do Vietnã, os EUA emitiram dólares em excesso e isso fez aumentar o preço do petróleo.

25 Tornou-se imperioso para o sistema recuperar a rentabilidade do capital. Em função deste objetivo várias medidas foram adotadas: golpes de Estado para estancar o avanço de conquistas sociais (caso do Brasil em 1964, quando foi derrubado o governo João Goulart), eleições de governantes conservadores (Reagan e Margareth Tatcher), cooptação dos social-democratas (Europa ocidental), fim dos Estado de Bem-Estar Social, utilização da dívida externa como forma de controle dos países periféricos pelos chamados organismos multilaterais (FMI, OMC etc.) e o processo de erosão do socialismo real no Leste europeu.

26 A CRISE DO CAPITAL Desde 2001, o mercado imobiliário americano vinha crescendo de forma acelerada. A causa disso foi a queda dos juros do Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano), que diminuíram para recuperar a economia, chegando até a 1% ao ano. Com isso a demanda por imóveis cresceu, incentivada pelos baixos juros nos financiamentos imobiliários e nas hipotecas. Em 2005, isso se tornou um ótimo negócio. Muitas pessoas compravam até mais de uma casa, com a intenção de revendê-las quando valorizassem.

27 As empresas financeiras especializadas no mercado imobiliário, para aproveitar o bom momento do mercado, passaram a atender o segmento "subprime". O cliente "subprime" é um cliente de renda muito baixa, por vezes com histórico de inadimplência e com dificuldade de comprovar renda. Esse empréstimo tem, assim, uma qualidade mais baixa --ou seja, cujo risco de não ser pago é maior, mas oferece uma taxa de retorno mais alta, a fim de compensar esse risco.

28 Em busca de rendimentos maiores, gestores de fundos e bancos compram esses títulos "subprime" das instituições que fizeram o primeiro empréstimo e permitem que uma nova quantia em dinheiro seja novamente emprestada, antes mesmo do primeiro empréstimo ser pago. Também interessado em lucrar, um segundo gestor pode comprar o título adquirido pelo primeiro, e assim por diante, gerando uma cadeia de venda de títulos.

29 Porém, se a ponta (o tomador) não consegue pagar sua dívida inicial, ele dá início a um ciclo de nãorecebimento por parte dos compradores dos títulos. O resultado: todo o mercado passa a ter medo de emprestar e comprar os "subprime", o que termina por gerar uma crise de liquidez (retração de crédito). O VALOR TOTAL DAS HIPOTECAS ULTRAPASSA US$ 12 TRILHÕES.

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31 A Depressão de 29 A Crise de 2008 A crise de 1929 foi uma crise de superprodução, isto é, as indústrias americanas produziam em grande escala e as exportações para a Europa diminuíram, pois os países recomeçaram a produção de produtos que importavam dos Estados Unidos, e, a grande conseqüência disso foi que o mercado interno se viu sufocado de produtos que ele não conseguia consumir. O ritmo de produção foi baixando e aumentando o número de desempregados. Os produtos agrícolas excedentes foram armazenados e fazendeiros tiveram suas propriedades hipotecadas, pois não suportaram as despesas com o armazenamento. Essa crise repercutiu na bolsa de Valores de Nova York onde as ações das grandes empresas americanas eram negociadas. Vários acionistas queriam vender suas ações, porém o número de vendas era superior ao número de compras, então os valores das ações baixaram cada vez mais, até que no dia 29 de outubro de 1929, a chamada terça-feira negra, tudo despencou.

32 A quebra da Bolsa arruinou os especuladores que sem crédito não conseguiram pagar seus débitos, provocando a falência de vários bancos. Os preços dos produtos industriais caíram e empresas faliram. Os salários baixaram e a quantidade de desempregados no país chegou a 14 milhões em Países no mundo todo sofreram com a crise de Bancos europeus foram fechados, o número de desempregados na Inglaterra e França aumentou. O Brasil teve suas exportações de café reduzidas afetando empresas ligadas ao café e os preços de todos os produtos primários foram rebaixados, e, para garantir o preço do café no mercado mundial, varias sacas foram queimadas.

33 Em 1929, os Estados Unidos adotavam o padrãoouro. Com seguidos déficits em sua balança comercial, os americanos tinham que transferir ouro para outros países. Com menos reservas em ouro, eram obrigados então a reduzir a quantidade de dólares na economia. Isso levou a uma brutal queda na liquidez da economia americana. Foi nesse ponto que surgiu o Banco Central americano (FED). O FED foi criado justamente para evitar problemas de liquidez, mas, ao invés de aumentar a liquidez do sistema, optou por reduzí-la. Foi esse o começo da RECESSÃO americana.

34 A DEPRESSÃO americana só começou com o segundo movimento errado do governo: restrições ao comércio internacional (com a idéia de melhorar a situação das empresas americanas) e maior poder de barganha aos sindicatos (com a idéia de melhorar a situação dos trabalhadores). As políticas públicas americanas, destinadas a aliviar os efeitos da crise, tiveram o efeito contrário e transformaram uma crise passageira numa depressão profunda. Até hoje algumas pessoas acreditam que a economia americana só se recuperou por causa da Segunda Guerra Mundial. Elas estão certas em parte, não porque a economia americana precisa da guerra (como argumentam), mas sim porque foi durante a guerra que as políticas públicas adotadas ao longo da década de 30 foram abandonadas. Somente após abandonar idéias erradas é que a economia americana se recuperou.

35 A Realidade da Crise Atualmente os Estados Unidos adotam o câmbio flexível (diferente do padrão-ouro de 1929). Essa é uma diferença importante, pois agora déficits comerciais (ao contrário de 1929) não são capazes de afetar severamente a liquidez da economia. Mas tal qual em 1929, o governo americano está transformando uma crise passageira numa depressão severa. As medidas de apoio ao setor financeiro logo se alastrarão para outros setores da economia. Restrições ao comércio internacional logo serão adotadas e compensações serão extendidas aos trabalhadores. O resultado disso será similar ao de 1929: o governo terá gerado mais outra brutal recessão.

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37 A CRISE GREGA (EURO) A crise da Grécia é resultado do endividamento público, que se aprofundou em razão da crise financeira mundial: sua dívida é maior que o próprio PIB. Em 2009, segundo estimativas, o país acumulou uma dívida de R$ 704 bilhões (300 bilhões de euros). Ou seja, fechou o ano devendo mais do que gerou de riquezas - em 2009, o PIB grego chegou a cerca de R$ 600 bilhões (255,3 bilhões de euros).

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39 UFG Critério de correção: Atendeu plenamente ao que foi solicitado a resposta do candidato que apresentou uma medida adotada pelos EUA para superar a crise dos anos 30 do século XX. Respostas parciais também foram consideradas e tiveram pontuação proporcional aos níveis de acerto. a) Uma medida adotada pelo EUA para superar a crise dos anos 30 do século XX, entre outras: intervenção do Estado na economia; adoção do New Deal (novo plano ou novo acordo) com aplicação das idéias keynesianas; aquisição de empresas e bancos pelo Estado mediante compra de ações; implementação de políticas de pleno emprego adotada pelo Estado com investimento em áreasde infraestrutura; regulação do sistema financeiro; planejamento estatal definindo áreas de investimentos para aquecer o consumo. (2,0 pontos)

40 b) Analisar a expressão metafórica fracasso da teologia de livre mercado considerando a ordem global na atualidade: Critério de correção: Atendeu plenamente ao que foi solicitado a resposta do candidato que analisou a expressão metafórica fracasso da teologia do mercado global, considerando a ordem global na atualidade mediante a abordagem da especulação do mercado imobiliário e as consequências advindas de políticas neoliberais associadas à intervenção estatal. A atual crise financeira mundial, desencadeada a partir dos Estados Unidos, teve origem na especulação no mercado imobiliário. Ela expressa as características de uma economia sem mecanismos estatais de regulação. Suas consequências resultam de políticas neoliberais que com a globalização pregavam a necessidade de um livre mercado em escala mundial, opondo-se às políticas que antes defendiam um maior controle do Estado sobre o capital financeiro mediante ações de planejamento voltadas para o bem-estar social. (3,0 pontos)

41 THE END???

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