APRESENTAÇÃO DE ACÇÃO DE FORMAÇÃO NAS MODALIDADES DE ESTÁGIO, PROJECTO, OFICINAS DE FORMAÇÃO E CÍRCULO DE ESTUDOS

Transcrição

1 Assinatura CONSELHO CIENTIFICO-PEDAGÓGICO DE FORMÇÃO CONTINUA APRESENTAÇÃO DE ACÇÃO DE FORMAÇÃO NAS MODALIDADES DE ESTÁGIO, PROJECTO, OFICINAS DE FORMAÇÃO E CÍRCULO DE ESTUDOS An 2-B N.º Formulário de preenchimento obrigatório, a anexar à ficha modelo ACC 2 1. DESIGNAÇÃO DA ACÇÃO DE FORMAÇÃO EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE: DA PREVENÇÃO DE COMPORTAMENTOS DE RISCO À EDUCAÇÃO PARA A SEXUALIDADE 2. RAZÕES JUSTIFICATIVAS DA ACÇÃO: PROBLEMA/NECESSIDADE DE FORMAÇÃO IDENTIFICADO Sendo a saúde um conceito positivo, um recurso quotidiano que implica um estado completo de bem-estar físico, social e mental e não apenas a ausência de doença e/ou enfermidade (OMS, 1993), a Educação para a Saúde deve ter como finalidade a preservação da saúde individual e colectiva. Nesta perspectiva, em contexto escolar, Educar para a Saúde consiste em dotar as crianças e os jovens de competências, conhecimentos, atitudes e valores que os ajudem a fazer opções e a tomar decisões adequadas à sua saúde e ao tal bem-estar físico, social e mental. Educação para a Saúde pode ser definido como "um processo baseado em regras científicas que se serve de oportunidades educacionais programadas, para permitir que os indivíduos isoladamente ou em conjunto tomem e influenciem decisões fundamentais sobre assuntos relacionados com a saúde" (CMEPCE, 1988). O projecto que se apresenta na modalidade de oficina baseia-se, fundamentalmente, em metodologias activas e participativas com a elaboração e aplicação de materiais pedagógicos. A sua aplicação requer a preparação específica dos docentes, enquanto agentes privilegiados de educação para a saúde. Pelas suas características, esta temática requer, para além da transmissão de informação, o desenvolvimento de valores conducentes à promoção de estilos de vida saudáveis, na ausência dos quais toda a educação para a prevenção se torna inútil. Ao optar-se pela "Modalidade de Oficina", procurou-se uma modalidade de formação contínua predominantemente realizada segundo componentes do saber-fazer prático ou processual, e orientada para delinear ou consolidar procedimentos de acção ou produzir materiais de intervenção, concretos e identificados, definidos pelo conjunto de participantes como a resposta mais adequada ao aperfeiçoamento das suas intervenções educativas; assegurar a utilidade dos produtos obtidos na oficina, para a transformação das práticas; reflectir sobre as práticas desenvolvidas; e construir novos meios processuais ou técnicos. 3. DESTINATÁRIOS DA ACÇÃO Docentes do 1º, 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico de todas as áreas curriculares.

2 4. COMPETÊNCIAS A ADQUIRIR E/OU DESENVOLVER Uma oficina em Educação para a Saúde visa promover a construção e o desenvolvimento de conhecimentos, práticas e atitudes neste domínio, com vista à formação dos docentes para uma intervenção em contextos educativos. A Promoção e Educação para a Saúde integra um vasto conjunto de temas que vão desde os aspectos físicos e mentais (no plano individual), até aos sociais e ambientais (num plano mais colectivo). Deste modo, os pilares base da formação integrarão uma abordagem de temas e conteúdos que visam promover a saúde e o bem-estar, sobretudo na área da sexualidade, e a reflexão sobre a actuação na prevenção de comportamentos de risco (sobretudo ao nível da infecção pelo VIH/SIDA e de substâncias aditivas), bem como o desenvolvimento de competências pessoais e sociais. Assim, pretende-se que os formandos sejam capazes de: Adquirir conceitos de educação para a saúde; Conhecer os princípios e dimensões de uma Escola Promotora de Saúde; Desenvolver estratégias e metodologias que visem a adopção de práticas promotoras de saúde; Adquirir competências que lhes permitam uma abordagem curricular dos temas abordados, com especial incidência na área da sexualidade das crianças e jovens; Conhecer os mecanismos psicológicos da criança e do jovem; Reflectir acerca das competências pessoais e sociais dos indivíduos; Reconhecer a importância da promoção da saúde e da prevenção de comportamentos de risco no desenvolvimento de estilos de vida saudáveis das crianças e jovens; Conceber e aplicar um Plano de Integração Curricular de Educação para a Saúde. 5. CONTEUDOS DA ACÇÃO (Práticas Pedagógicas e Didácticas em exclusivo, quando a acção de formação decorre na modalidade de estágio ou Oficina de Formação) Promoção e Educação para a Saúde: conceitos e dimensões de uma Escola Promotora de Saúde; o Legislação e princípios orientadores; o Estratégias diversificadas na abordagem da Educação para a Saúde; Competências pessoais e sociais: o Auto-conceito/ auto-estima; o Comunicação interpessoal, verbal e não-verbal; o Relações interpessoais (cooperação, competição, dependências, tomada de decisões, resolução de conflitos, ); o Treino de competências e tipologias de comportamento (assertivo, passivo, manipulador e agressivo) o Motivações ocultas Sexualidade e Educação Sexual: o Conceito e dimensões da sexualidade o Características de desenvolvimento psico-sexual das crianças e jovens o Mitos, crenças, atitudes e valores na sexualidade o Objectivos e conteúdos da Educação Sexual o Educação Sexual em meio escolar: diferentes modelos de abordagem o Estratégias de resolução de problemas Vamos falar sobre Drogas Noções Gerais sobre Drogas; Utilização de Medicamentos; Álcool e tabaco; o Prevenção do consumo de Substâncias Lícitas e Ilícitas o Factores de risco / factores de protecção Estratégias de intervenção em sala de aula: a relação pedagógica e a utilização de metodologias activas e participativas. Metodologia de Projecto: breve abordagem.

3 6. METODOLOGIAS DE REALIZAÇÃO DA ACÇÃO 6.1. Passos Metodológicos A acção está organizada para uma Oficina de Formação de 25 horas presenciais e 25 horas não presenciais para trabalho autónomo de elaboração e implementação de um projecto de integração curricular de alguns temas de Educação para a Saúde. As sessões terão um carácter predominantemente prático, com alguns momentos expositivos/demonstrativos. Alguns aspectos dignos de realce: 1 - Actividades iniciais de apresentação da acção de formação, do grupo/turma e de Quebra-Gelo ; 2 Sessões de trabalho informativas/participativas que se desenrolam em sessões de três horas e que incluem pelo menos um momento de debate para cada um dos temas. Cada um dos módulos termina com um conjunto de actividades práticas que têm por objectivo consolidar os conhecimentos sobre os conteúdos tratados e também experienciar metodologias e actividades de trabalho com os alunos, tendo em vista a construção do projecto final; 3 Algumas actividades são desenvolvidas a partir da utilização de diferentes técnicas e metodologias participativas e activas (Brainstorming, role-playing, simulações, estudo de casos, trabalhos de grupo, ) dirigidas ao auto-conhecimento através da relação com o outro (expressão de emoções, sentimentos, etc) e reforçando, portanto, competências pessoais e sociais. Nestas actividades, para além da abordagem dos temas de educação para a saúde, far-se-á uma reflexão no domínio da comunicação e das atitudes e comportamentos das crianças e jovens. 4 Como trabalho final (a elaborar nas sessões não presenciais), cada formando terá que elaborar um Projecto de Integração Curricular de Educação para a Saúde, pelo que será feita uma abordagem teórica ao tema da Metodologia de Projecto. 5 Na última sessão, far-se-á a apresentação dos projectos e proceder-se-á ao preenchimento dos registos de avaliação Período de realização da acção: durante o ano escolar Número de sessões previstas por mês: Número de horas previstas por cada tipo de sessões: Sessões presenciais conjuntas 25 Sessões de trabalho autónomo 25

4 7. APROVAÇÃO DO ÓRGÃO DE GESTÃO E ADMINISTRAÇÃO DA ESCOLA (Caso de Modalidade de Projecto) (Artº 7º, 2 RJFCP) Data: / / Cargo: Assinatura: 8. CONSULTOR CIENTÍFICO-PEDAGÓGICO OU ESPECIALISTA NA MATÉRIA(Art.25º-A, 2 c) RJFCP) Nome: (Modalidade de Projecto e Círculo de Estudos) delegação de competências do Conselho Científico Pedagógico da Formação Contínua (Artº 37º f9 RJFCP) SIM Não Nº de acreditação do consultor: 9. REGIME DE AVALIAÇÃO DOS FORMANDOS Obrigatoriedade de frequência de 2/3 das horas presenciais. Trabalhos práticos (individuais e em grupo) e reflexões efectuadas, a partir das e nas sessões presenciais de acordo com os critérios previamente estabelecidos, classificados nas escola de 1 a 10, conforme indicado na Carta Circular CCPFC 3/2007 Setembro 2007, com a menção qualitativa de: 1 a 4,9 valores Insuficiente; 5 a 6,4 valores Regular; 6,5 a 7,9 valores Bom; 8 a 8,9 valores Muito Bom; 9 a 10 valores - Excelente. 10. FORMA DE AVALIAÇÃO DA ACÇÃO a) pelos formandos: resposta a um inquérito elaborado para o efeito; b) pelo formador: resposta a um inquérito elaborado para o efeito; c) pelo Centro de Formação: elaboração de um relatório global de avaliação com base nos instrumentos avaliativos utilizados por formandos e formador.

5 11. BIBLIOGRAFIA FUNDAMENTAL ABRANTES, Paulo, MENDES, Maria Luísa Sobral, Currículo Nacional do Ensino Básico Competências Essenciais, Ministério da Educação DEB, Lisboa, Setembro ALFERES, V. R. A pedagogização do sexo. Revista Portuguesa de Pedagogia, 30 (1), OMS/UNESCO/ONUSIDA, Educação para a Saúde na Escola para a prevenção da SIDA e de outras DST, Lisboa, 3 vol - CNLCS, Dez CAMPOS, Bártolo (Coord.) (1990). Psicologia do Desenvolvimento e Educação de Jovens. Vol. I e II. Universidade Aberta. Lisboa. CCPES - Promover a Saúde da Juventude Europeia,, Lisboa, 1999, Editorial do Ministério da Educação CCPES/CNLCS - Saúde na escola desenvolvimento de competências preventivas, 5-7 anos e 8-10 anos, Lisboa, Editorial do Ministério da Educação, 2002/2003. FRADE, A.; MARQUES, A.; ALVERCA, C.; VILAR, D. Educação Sexual na Escola - Guia para Professores, Formadores e Animadores, Texto Editora, Lisboa HARIMAGUADA (Proj). Educación Sexual en la Escuela. ICE. Salamanca LÓPEZ, F.; FUERTES, A. Para comprender la Sexualidad. Ed. Verbo Divino. Espanha. 5ª Edição LOUREIRO, I. (Coord.) O que é a Saúde na Escola. Edição do Ministério da Educação e do Ministério da Saúde. Lisboa MATOS, M. G (Coord). Programa de Promoção de Competências Sociais. Edição do PPES. S/d. MATOS, M.; SIMÕES C.; CARVALHOSAS, S. (Org). Desenvolvimento de Competências de Vida na Prevenção do Desajustamento Social. Edição do Instituto de Reinserção Social ME/MS/APF Educação Sexual em Meio Escolar. Linhas Orientadoras. Lisboa ROSA, Isabel; QUEIROZ, Cristina. Atenção! Educar Segurança. Instituto de Inovação Educacional e Escola Superior de Educação de Setúbal SPRINTHALL N. & SPRINTHALL, R. Psicologia Educacional, Lisboa, Editora McGRAW-HILL, Lda VAZ, Júlio (Coord.). Educação Sexual na Escola, Universidade Aberta. Lisboa Outros: Documentação e materiais disponíveis em Legislação sobre Educação para a Saúde; Diversos materiais (brochuras, vídeos, software, maletas pedagógicas) e textos de apoio apresentados pelo formador.