Professor Rafael Tarefa 04
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- Miguel Andrade
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1 Professor Rafael Tarefa 04 Parte O Monumento à Independência, localizado em São Paulo, foi criado em 1922 para as comemorações do centenário da emancipação política brasileira. O projeto vencedor, sem a aprovação unânime da comissão julgadora, foi alterado e teve de incluir episódios e personalidades vinculados ao processo da independência, tais como: na lateral esquerda do monumento, passaram a figurar os inconfidentes mineiros (1789); na lateral direita, os revolucionários pernambucanos (1817). Na face frontal, permaneceram as esculturas Independência ou Morte e Marcha Triunfal da Nação Brasileira. Os contextos políticos nos quais são criados os monumentos interferem na valorização de determinadas interpretações sobre as experiências históricas por eles representadas. As mudanças realizadas no projeto original do Monumento à Independência expressam o seguinte interesse das autoridades governamentais da época: a) reconhecimento da liderança de D. Pedro nas lutas pela autonomia b) culto à identidade nacional instituída pela centralização monárquica c) alusão ao ideário republicano presente em episódios anteriores ao grito do Ipiranga d) valorização da participação popular no processo de separação entre Brasil e Portugal 02. Ouvi, ó Povos, o grito, Que vamos livres erguer; O Brasil sacode o jugo, Independência ou Morrer. Congresso opressor jurara Nossos povos abater: Em seu despeito amamos Independência ou Morrer. Depois de trezentos anos Livre o Brasil vai viver: Deve a Pedro a Liberdade, Independência ou morrer. Independência ou morrer. Poesia anônima, publicada pela Tipografia do Diário no ano de 1822, Rio de Janeiro. Apud: CARVALHO, José Murilo de, BASTOS, Lúcia & BASILE, Marcelo (Orgs.). Guerra literária: panfletos da Independência ( ). Belo Horizonte: Editora UFMG, 2014, v.
2 História Avaliação Produtiva No cenário político em que a poesia acima foi elaborada, as relações entre Brasil e Portugal agravaram-se devido à/ao a) tentativa das Cortes portuguesas de recolonizar o Brasil. b) objetivo das elites brasileiras de expulsar o Príncipe Regente. c) expectativa dos liberais portugueses em fortalecer o Absolutismo. d) esforço dos deputados escravistas para criar a Constituição cidadã. 03. Sobre o Primeiro Reinado brasileiro ( ), assinale as afirmações corretas e marque a soma: 01) o rápido crescimento econômico do país após a independência, baseado na consolidação do café como principal produto nacional de exportação, garantiu a estabilidade política que caracterizou o reinado de D. Pedro I. 02) ao estabelecer o sufrágio censitário, a primeira Constituição brasileira, promulgada em 1824, sustentava a tese liberal de que todos os homens nascem livres e iguais. 04) a Confederação do Equador, que eclodiu no Nordeste em 1824, foi um movimento revolucionário de tendência liberal, separatista e republicana. 08) a oposição interna contra D. Pedro I reduziu-se com a conquista da província Cisplatina, ocorrida após a guerra travada entre 1825 e 1828 que resultou na separação da República da Banda Oriental do Uruguai. 16) após a ruptura definitiva com Portugal em setembro de 1822, grupos políticos alinhados com a Corte portuguesa resistiram ao comando de D. Pedro I em algumas províncias do império. a) 20 b) 12 c) 07 d) 03 e) A história da construção do Estado brasileiro na primeira metade do século XIX foi a história da tensão entre unidade e autonomia. Por outro lado, no interior do Estado, de elites com fortes vínculos com os interesses de sua região de origem e ao mesmo tempo comprometidas com uma determinada política nacional, pautada pela negociação destes interesses e pela manutenção da exclusão social, marcou não apenas o século XIX, como também o século XX. Através do parlamento essas elites regionais têm imposto uma determinada dinâmica para o jogo político que se materializa na imensa dificuldade de empreender reformas sociais profundas. Dolhnikoff, Miriam. O pacto imperial. As origens do federalismo no Brasil. São Paulo: Globo, 2005, p De acordo com o ponto de vista apresentado no texto, a) a história brasileira é marcada por práticas de tolerância política acentuadas nas últimas décadas com a redemocratização do país. b) o parlamento é a única instituição política imune aos interesses e ao controle das elites regionais brasileiras. c) as profundas reformas sociais só foram possíveis graças às transformações políticas ocorridas na primeira metade do século XIX no Brasil. d) a dinâmica política do Estado nacional se constituiu com base em negociações entre as elites regionais e a exclusão social de outros setores. e) as características descritas sobre o Estado revelam a supremacia do Poder Judiciário sobre o Poder Legislativo na história política brasileira. 05. Art. 92. São excluídos de votar nas Assembleias Paroquiais: Os menores de vinte e cinco anos, nos quais não se compreendam os casados, e Oficiais militares que forem maiores de vinte e um anos, os Bacharéis Formados e Clérigos de Ordens Sacras. Os Religiosos, e quaisquer que vivam em Comunidade claustral. Os que não tiverem de renda líquida anual cem mil réis por bens de raiz, indústria, comércio ou empregos. Constituição Política do Império do Brasil (1824). Disponível em: Acesso em: 27 abr (adaptado). A legislação espelha os conflitos políticos e sociais do contexto histórico de sua formulação. A Constituição de 1824 regulamentou o direito de voto dos cidadãos brasileiros com o objetivo de garantir a) o fim da inspiração liberal sobre a estrutura política brasileira b) a ampliação do direito de voto para maioria dos brasileiros nascidos livres. c) a concentração de poderes na região produtora de café, o Sudeste brasileiro. d) o controle do poder político nas mãos dos grandes proprietários e comerciantes. e) a diminuição da interferência da Igreja Católica nas decisões político-administrativas 2
3 Exercícios Complementares 06. O texto abaixo se refere à construção da identidade nacional no Brasil no decorrer do século XIX, sobretudo a partir dosegundo Reinado. Por oposição ao negro, que lembrava a escravidão, o indígena permitia identificar uma origem mítica e unificadora. (...). A natureza brasileira também cumpriu função paralela. Se não tínhamos castelos medievais, templos da Antiguidade ou batalhas heroicas para lembrar, possuíamos o maior dos rios, a mais bela vegetação. (...). Por mais que tenha partido de D. Pedro I e de Bonifácio a tentativa de elaborar (...) uma ritualística local, foi com D. Pedro II e seu longo reinado que se tornaram visíveis a originalidade do protocolo e o projeto romântico de representação política do Estado. SCHWARCZ, Lilia. As barbas do Imperador, p.140 De acordo com o trecho anterior e com os seus conhecimentos, a identidade nacional no século XIX foi construída a) tendo como base as referências europeias existentes nas províncias que formavam o Brasil antes da Independência do país. b) a partir de um processo de longa duração, que se valeu do uso de aspectos naturais e de elementos simbólicos locais que pretendiam representar a Nação. c) de forma consensual e harmônica, considerando a heterogeneidade dos diferentes povos que formavam o país. d) por meio da valorização da herança africana e dos costumes da África, continente ao qual o país estava diretamente ligado pelo Atlântico Sul. e) com o objetivo de reproduzir no país recém-independente as mesmas características existentes em Portugal. 07. Em 7 de setembro de 1822 o Brasil tornava-se independente. O filho do rei de Portugal, Pedro, proclamou a independência, instituiu o governo monárquico no Brasil e se intitulou como o imperador do país, D. Pedro. Sobre o governo desse líder no Brasil, é CORRETO afirmar que: a) Já em 1822, Dom Pedro I instituiu a Bandeira e o Hino Nacional. Apesar de várias tentativas republicanas posteriores tentarem modificá-los, o povo brasileiro sempre se identificou com a Bandeira e o Hino Nacional, institucionalizados até hoje sem nenhuma alteração. b) Em 1840, Dom Pedro I abdicou ao trono e voltou para Portugal por temer um golpe pelos fazendeiros e militares republicanos. Além de seu poder, D. Pedro I temia por sua vida e por sua família. c) Instituiu um governo de quatro poderes: o poder executivo, o legislativo, o judiciário e o moderador. Através do poder moderador, o imperador controlava as demais instituições. d) Em março de 1831, uma festividade em comemoração ao governo de D. Pedro I acabou em combate com soldados portugueses que viviam no Brasil e queriam deportar o imperador. Este conflito ficou conhecido como Noite das Garrafadas. e) Ao abdicar de seu trono, D. Pedro I deixou como governante o tutor de seu filho, José Bonifácio, como regente do Brasil até D. Pedro II alcançar a maioridade. Mesmo com tentativas de derrubá-lo, Bonifácio permaneceu no poder até
4 História Avaliação Produtiva 08. Observe o quadro. O quadro apresenta: a) as transformações institucionais originárias da reforma constitucional de 1834, chamada de Ato Adicional. b) a mais importante reforma constitucional do Brasil monárquico, com a instituição da eleição direta a partir de c) a reorganização do poder político, determinada pela efetivação do Brasil como Reino Unido a Portugal e Algarves, em d) a organização de um parlamentarismo às avessas, em que as principais decisões derivavam do poder legislativo. e) a organização do Estado brasileiro, segundo as determinações da Constituição outorgada de A Confederação do Equador contou com a participação de diversos segmentos sociais, incluindo os proprietários rurais que, em grande parte, haviam apoiado o movimento de independência e a ascensão de D. Pedro I ao trono. A necessidade de lutar contra o poder central fez com que a aristocracia rural mobilizasse as camadas populares, que passaram então a questionar não apenas o autoritarismo do poder central, mas o da própria aristocracia da província. Os líderes mais democráticos defendiam a extinção do tráfico negreiro e mais igualdade social. Essas ideias assustaram os grandes proprietários de terras que, temendo uma revolução popular, decidiram se afastar do movimento. Abandonado pelas elites, o movimento enfraqueceu e não conseguiu resistir à violenta pressão organizada pelo governo imperial. FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 1996 (adaptado). Com base no texto, é possível concluir que a composição da Confederação do Equador envolveu, a princípio, a) os escravos e os latifundiários descontentes com o poder centralizado. b) diversas camadas, incluindo os grandes latifundiários, na luta contra a centralização política. c) as camadas mais baixas da área rural, mobilizadas pela aristocracia, que tencionava subjugar o Rio de Janeiro. d) as camadas mais baixas da população, incluindo os escravos, que desejavam o fim da hegemonia do Rio de Janeiro. e) as camadas populares, mobilizadas pela aristocracia rural, cujos objetivos incluíam a ascensão de D. Pedro I ao trono. 4
5 Exercícios Complementares 10. Após a Independência, integramo-nos como exportadores de produtos primários à divisão internacional do trabalho, estruturada ao redor da Grã- Bretanha. O Brasil especializou-se na produção, com braço escravo importado da África, de plantas tropicais para a Europa e a América do Norte. Isso atrasou o desenvolvimento de nossa economia por pelo menos uns oitenta anos. Éramos um país essencialmente agrícola e tecnicamente atrasado por depender de produtores cativos. Não se poderia confiar a trabalhadores forçados outros instrumentos de produção que os mais toscos e baratos. O atraso econômico forçou o Brasil a se voltar para fora. Era do exterior que vinham os bens de consumo que fundamentavam um padrão de vida civilizado, marca que distinguia as classes cultas e naturalmente dominantes do povaréu primitivo e miserável. (...) E de fora vinham também os capitais que permitiam iniciar a construção de uma infraestrutura de serviços urbanos, de energia, transportes e comunicações. Paul Singer. Evolução da economia e vinculação internacional. In: I. Sachs; J. Willheim; P. S. Pinheiro (Orgs.). Brasil: um século de transformações. São Paulo: Cia. das Letras, 2001, p. 80. Levando-se em consideração as afirmações acima, relativas à estrutura econômica do Brasil por ocasião da independência política (1822), é correto afirmar que o país: a) se industrializou rapidamente devido ao desenvolvimento alcançado no período colonial. b) extinguiu a produção colonial baseada na escravidão e fundamentou a produção no trabalho livre. c) se tornou dependente da economia européia por realizar tardiamente sua industrialização em relação a outros países. d) se tornou dependente do capital estrangeiro, que foi introduzido no país sem trazer ganhos para a infraestrutura de serviços urbanos. e) teve sua industrialização estimulada pela Grã-Bretanha, que investiu capitais em vários setores produtivos. Parte As imagens reproduzem quadros de D. João VI e de seu filho D. Pedro I nos respectivos papéis de monarcas. A arte do retrato foi amplamente utilizada pela nobreza ocidental, com objetivos de representação política e de promoção social. No caso dos reis, essa era uma forma de se fazer presente em várias partes do reino e, sobretudo, de se mostrar em majestade. A comparação das imagens permite concluir que a) as obras apresentam substantivas diferenças no que diz respeito à representação do poder. b) o quadro de D. João VI é mais suntuoso, porque retrata um monarca europeu típico do século XIX. c) os quadros dos monarcas têm baixo impacto promocional, uma vez que não estão usando a coroa, nem ocupam o trono. d) a arte dos retratos, no Brasil do século XIX, era monopólio de pintores franceses, como Debret. e) o fato de pai e filho aparecerem pintados de forma semelhante sublinha o caráter de continuidade dinástica, aspecto político essencial ao exercício do poder régio. 5
6 História Avaliação Produtiva 02. Sobre a situação econômica e financeira do Brasil durante o Primeiro Reinado, é INCORRETO afirmar que a) o Brasil passava por uma forte crise no comércio de exportação, devido à queda das suas vendas externas de açúcar no mercado Europeu. b) a situação brasileira se agravou na medida em que, depois do declínio da produção aurífera colonial, a Inglaterra perdeu o interesse de ser parceira comercial do Brasil. c) o imperador D. Pedro I fazia gastos excessivos e não voltados ao desenvolvimento econômico, como o financiamento da Guerra da Cisplatina, além de existirem problemas na arrecadação de impostos. d) o café, que seria o grande produto brasileiro de exportação no século XIX, ainda não ocupava espaço significativo no comércio exterior do país. e) havia grande carência em transportes que, aliada às dimensões continentais do território brasileiro, dificultava a integração econômica do novo país e o adequado aproveitamento de suas riquezas naturais. 03. A Confederação do Equador contou com a participação de diversos segmentos sociais, incluindo os proprietários rurais que, em grande parte, haviam apoiado o movimento de independência e a ascensão de D. Pedro I ao trono. A necessidade de lutar contra o poder central fez com que a aristocracia rural mobilizasse as camadas populares, que passaram então a questionar não apenas o autoritarismo do poder central, mas o da própria aristocracia da província. Os líderes mais democráticos defendiam a extinção do tráfico negreiro e mais igualdade social. Essas ideias assustaram os grandes proprietários de terras que, temendo uma revolução popular, decidiram se afastar do movimento. Abandonado pelas elites, o movimento enfraqueceu e não conseguiu resistir à violenta pressão organizada pelo governo imperial. FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 1996 (adaptado). Com base no texto, é possível concluir que a composição da Confederação do Equador envolveu, a princípio, a) os escravos e os latifundiários descontentes com o poder centralizado. b) diversas camadas, incluindo os grandes latifundiários, na luta contra a centralização política. c) as camadas mais baixas da área rural, mobilizadas pela aristocracia, que tencionava subjugar o Rio de Janeiro. d) as camadas mais baixas da população, incluindo os escravos, que desejavam o fim da hegemonia do Rio de Janeiro. e) as camadas populares, mobilizadas pela aristocracia rural, cujos objetivos incluíam a ascensão de D. Pedro I ao trono. 04. Após o retorno de uma viagem a Minas Gerais, onde Pedro I fora recebido com grande frieza, seus partidários prepararam uma série de manifestações a favor do imperador no Rio de Janeiro, armando fogueiras e luminárias na cidade. Contudo, na noite de 11 de março, tiveram início os conflitos que ficaram conhecidos como a Noite das Garrafadas, durante os quais os brasileiros apagavam as fogueiras portuguesas e atacavam as casas iluminadas, sendo respondidos com cacos de garrafas jogadas das janelas. VAINFAS, R. (Org.). Dicionário do Brasil Imperial. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008 (adaptado). Os anos finais do I Reinado ( ) se caracterizaram pelo aumento da tensão política. Nesse sentido, a análise dos episódios descritos em Minas Gerais e no Rio de Janeiro revela a) estímulos ao racismo. b) apoio ao xenofobismo c) críticas ao federalismo d) repúdio ao republicanismo. e) questionamentos ao autoritarismo. 05. A crise política do I Império Brasileiro, que resultou na abdicação de D. Pedro I, teve como cerne a disputa entre a inclinação centralista-absolutista do monarca e a defesa do federalismo pelas elites econômicas regionais. A renúncia do imperador em 1831 resultou: a) na transferência de poder às elites regionais e aos regentes, ordem política que se mostrou frágil e abriu caminho para levantes oposicionistas e populares. b) na transformação imediata de Pedro II em monarca do Reino Português na linha de sucessão da Casa de Bragança. c) no fortalecimento de movimentos separatistas regionais, em desacordo com a manutenção do regime monárquico e da escravidão d) no surgimento de grupos políticos republicanos, que seriam embrionários do movimento que promoveu a Proclamação da República em e) na emergência de uma identidade nacional brasileira, em oposição a qualquer posição de mando de autoridades portuguesas em território nacional. 6
7 Exercícios Complementares 06. Observe a charge a seguir: É correto afirmar que a charge acima faz referência a) à Constituição de 1824, na qual destacamos, entre outros aspectos, a criação do Poder Moderador de uso exclusivo do imperador que também era chefe do Legislativo e do Judiciário. b) ao período das Regências, mais precisamente a Regência Una do Padre Diogo Feijó a qual se caracterizou por ser de orientação mais liberal e descentralizadora. c) ao início do Segundo Reinado, quando D. Pedro II sobe ao poder, a partir de um arranjo político entre Liberais e Conservadores que ficou conhecido como Golpe da Maioridade. d) ao período das Regências, destacando-se o momento da implantação da Regência Una que substitui a Regência Trina Provisória de 1831, tendo a frente o Padre Diogo Feijó. e) à convocação da Assembleia Constituinte de 1823, a qual foi dissolvida pelos Conservadores no que ficou conhecido como noite da agonia, por se tentar limitar os poderes do imperador. 07. A maior preocupação vinha, porém, da base do exército, formada por gente mal paga, insatisfeita e propensa a aliar-se ao povo nas rebeliões urbanas. Uma lei de agosto de 1831 criou a Guarda Nacional, em substituição às antigas milícias. A ideia consistia em organizar um corpo armado de cidadãos confiáveis, capaz de reduzir tantos excessos do governo centralizado, como as ameaças das classes perigosas. Compunham obrigatoriamente a Guarda Nacional, como regra geral, todos os cidadãos com direito de voto nas eleições primárias que tivessem entre 21 e 60 anos. Fonte: FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Editora USP, A Guarda Nacional foi uma força militar criada durante a regência que expressava a a) centralização do poder de repressão b) incorporação das elites agrárias no controle da ordem local. c) tentativa popular de defender o Estado das inúmeras revoltas. d) tomada do poder pelos cidadãos de baixa renda, revoltados com o Exército. e) união do Exército com os cidadãos de alta renda na defesa do Estado. 08. Sob o ponto de vista das ideias, foram diversas as correntes políticas que atuaram no período regencial no Brasil ( ). Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, os integrantes e suas posições político-ideológicas. a) Os cabanos situavam-se na região norte do país, eram administradores das províncias, corporações do exército local e elite dos comerciantes portugueses; defendiam o retorno da família imperial. b) Os farroupilhas eram pequenos proprietários rurais e comerciantes, representavam o setor mais conservador do grupo dos chimangos; postulavam o retorno da monarquia com a imposição de medidas centralizadoras. c) Os liberais exaltados eram proprietários rurais, integrantes do exército e classe média urbana, que defendiam a descentralização do poder imperial e a autonomia das províncias. d) Os liberais moderados, ou chimangos, eram comerciantes portugueses, aristocratas e integrantes da alta patente do exército, que defendiam a volta do ex-imperador e a autonomia das províncias. e) Os restauradores, ou caramurus, eram membros do setor rural abolicionista e intelectuais da classe média; defendiam as reformas socioeconômicas que visavam à expulsão do ex-imperador. 7
8 História Avaliação Produtiva 09. Os literatos de todo o Brasil saberão, pela leitura de nossos estatutos, que os sócios deste Instituto não só meditam organizar um monumento de glória nacional, aproveitando muitos rasgos históricos que dispersos escapam a voragem dos tempos, mas ainda pretendem abrir um curso de história e geografia do Brasil, além dos princípios gerais, para que o conhecimento das coisas da pátria mais facilmente chegue à inteligência de todos os brasileiros. Este ramo de estudo, tão necessário a civilização dos povos, faltava aos nossos patrícios. BARBOSA, Januário da Cunha. Discurso no IHGB in: Registro do IHGB, A fundação, em 1838, do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHG teve como seus objetivos fundamentais a) contribuir para a formação de uma identidade nacional brasileira através de um projeto elitista, urbano e pautado nas ideias liberais. b) encorajar os segmentos rurais da região sudeste a compor um movimento nacionalista, mas que mantivesse o trabalho escravo. c) ampliar os debates historiográficos para a composição de uma história regional que valorizasse a matriz africana para a formação social brasileira. d) sustentar a necessidade de uma nova colonização portuguesa sobre o Brasil capaz de reforçar a presença da Igreja Católica em todo o território nacional. e) valorizar a pluralidade de produções historiográficas que estudaram a formação social brasileira e destacar a importância do índio e do africano internacionalmente. 10. Queremos Pedro II, Ainda que não tenha idade. A nação dispensa a Lei E viva a maioridade. As ações pela antecipação da maioridade, expresso na quadrinha popular do século XIX, confirma a esperança de superação da crise vigente durante o Período Regencial. Sobre o golpe da maioridade podemos afirmar: a) Este ato significou a diminuição das atribuições de D. Pedro II, e uma tentativa de solucionar a crise social e econômica que atingia as províncias do norte do país b) A proposta da antecipação da maioridade do imperador foi apresentada pelos liberais para solucionar a crise política vivida pelo país. c) O golpe da maioridade foi uma manobra dos conservadores para antecipar a maioridade de D. Pedro, o qual assume o poder aos 17 anos. d) O golpe da maioridade ocorre no momento em que os problemas sociais que marcaram o período regencial: fome, seca e estagnação das culturas tradicionais tinham sido totalmente superados. e) A medida foi apresentada no momento em que a revoltas regenciais foram reprimidas pelos governos locais com ajuda do governo central. 8
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