Relatório de Atividades 2012

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1 Administração Regional de Saúde do Centro, IP ACeS Baixo Mondego I Cuidados ACeS Baixo Mondego III Qualidade ACeS Baixo Vouga II ACeS ACeS Cova da Beira Estratégia ACeS Dão Lafões II Ética ACeS Pinhal Interior Norte I Rede ACeS Pinhal Litoral I ULS da Guarda, EPE Realidade Missão Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE Hospital Arcebispo João Crisóstomo Centro Hospitalar Baixo Vouga, EPE População Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE Equidade Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE Região Centro Centro Hospitalar Tondela Viseu, EPE Excelência Transparência Planeamento Desempenho Hospital Luciano de Castro ACeS Dão Lafões I Centro Hospitalar Leiria Pombal, EPE Eficiência ACeS Baixo Mondego II Saúde ACeS Baixo Vouga I Acesso ACeS Baixo Vouga III Hospitais SNS Recursos ACeS Dão Lafões III Indicadores ACeS Pinhal Interior Norte II Necessidades ACeS Pinhal Litoral II Instituto Português de Oncologia de Coimbra Francisco Gentil, EPE ULS de Castelo Branco, EPE Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro Rovisco Pais Hospital Dr. Francisco Zagalo Administração

2 CONSELHO DIRETIVO DA ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DE SAÚDE DO CENTRO, IP José Manuel Azenha Tereso (Presidente) Fernando José Ramos Lopes de Almeida (Vice-presidente) Luís Manuel Militão Mendes Cabral (Vogal) Maria Augusta Mota Faria da Conceição (Vogal) COORDENAÇÃO ESTRATÉGICA Fernando José Ramos Lopes de Almeida COORDENAÇÃO OPERACIONAL Maurício Loureiro Alexandre COORDENAÇÃO TÉCNICA Unidade de Estudos e Planeamento (coordenadora: Isabel Pechincha) Catarina Orfão Fernanda Ferreira Isabel Pechincha Unidade de Investigação e Planeamento em Saúde (coordenador: Eugénio Cordeiro) Sandra Lourenço Com a colaboração dos diretores de departamento, coordenadores de unidades orgânicas e responsáveis regionais pelos programas de saúde.

3 NOTA PRÉVIA A missão das administrações regionais de saúde consiste em assegurar, no respetivo âmbito territorial, o acesso das populações a cuidados de saúde de qualidade. A resposta do sistema de saúde regional pressupõe, nos termos da legislação em vigor, o ajustamento dos recursos disponíveis às necessidades em saúde e em serviços de saúde da população regional e, mais especificamente, dos sub-grupos vulneráveis e de risco que a integram. Tal pressuposto é particularmente premente no atual contexto económico-financeiro nacional, decorrente de um quadro de assistência financeira internacional. Importa, pois, a par da evidência em efetividade de uma qualquer intervenção em saúde (individual, comunitária ou populacional) assegurar a evidência de eficiência esta última essencial à sustentabilidade do sistema de saúde. O ano que aqui relatamos foi caraterizado por uma reorganização interna da ARS Centro, culminando, a 29 de novembro, com a publicação da portaria que constituiu os novos agrupamentos de centros de saúde (ACeS) deste instituto público (portaria n.º 394-A/ de 29 de novembro). O princípio conformador deste processo reorganizacional, que se traduziu na concentração dos 14 agrupamentos previamente existentes em 6 novos agrupamentos de centros de saúde, baseou-se na identidade geodemográfica com as NUTS de nível III como facilitadora da articulação interinstitucional e criadora da escala necessária à eficiência dos cuidados. Sendo os cuidados de saúde primários cuidados de proximidade, a facilitação da articulação com os parceiros comunitários, dos quais se destacam as autarquias, assume um papel essencial na efetividade destes mesmos cuidados. Daí a importância de um âmbito territorial da rede de cuidados de saúde primários (ACeS) semelhante ao estatisticamente determinado para unidades territoriais de nível III. Houve, assim, necessidade de gerir alguns constrangimentos legislativos decorrentes do decreto-lei n.º 28/2008 de 22 de fevereiro, entretanto revisto pelo decreto-lei n.º 253/ de 27 de novembro. Desta forma, a entrada em funcionamento dos novos ACeS só se realizou em dezembro de, com a nomeação dos seus diretores executivos. Por outro lado, a integração dos serviços regionais do Centro do ex-idt tem vindo a ser processada de forma a não perturbar a qualidade assistencial dos cuidados na área dos abusos e dependências, sem, contudo, deixar de atentar às especificidades assistenciais e da população utente destes serviços. A par da reorganização interna da ARS Centro, o ano de foi marcado pela reforma hospitalar. Sendo a rede hospitalar do SNS responsável por boa parte dos gastos setoriais em saúde, foi preocupação do Conselho Diretivo da ARS Centro promover uma visão integrada e em rede, visando a eficiência alocativa dos serviços e unidades hospitalares e a criação da escala necessária à qualidade e segurança dos cuidados neste âmbito. A articulação a montante com a ACSS e a jusante com as unidades hospitalares, coloca as ARS numa posição charneira para, em conformidade com as suas atribuições legais, assegurar o acesso à prestação de cuidados de saúde de qualidade desde a promoção e proteção da saúde até aos cuidados de fim de vida.

4 Emergem, assim, os cuidados continuados, numa população envelhecida e carente de respostas de saúde e sociais totalmente integradas. A consolidação da rede de cuidados continuados integrados da região Centro não significa, bem pelo contrário, a ausência de garantia da sustentabilidade financeira das unidades a criar e em funcionamento. Desta forma, e não obstante os constrangimentos nacionais prevalentes, foi possível alargar de forma modesta, é certo, mas sustentável - a rede de cuidados continuados integrados da região Centro. O presente documento descreve os resultados alcançados pela ARS Centro no ano de. Resultados que, mais do que indicadores de processo, se pretendem traduzidos em indicadores de saúde e, mais especificamente, em ganhos em saúde. A região Centro pode-se orgulhar dos seus indicadores de saúde, espelho de um SNS e de um sistema de saúde regional organizado em torno do cidadão e tendo no cidadão a sua razão primordial de existência. É, pois, devido um agradecimento a todos quantos, a um nível individual e institucional, possibilitaram estes resultados (agrupamentos de centros de saúde, hospitais, EMACICAD, rede de cuidados continuados), na certeza de que é possível fazer ainda melhor, em prol da saúde das populações da região Centro. José Manuel Azenha Tereso Presidente do Conselho Diretivo

5 Índice CAPÍTULO I OBJETIVOS ESTRATÉGICOS QUADRO DE AVALIAÇÃO E RESPONSABILIZAÇÃO CAPÍTULO II A REGIÃO DE SAÚDE DO CENTRO MISSÃO E ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA ARSC TERRITÓRIO E POPULAÇÃO Estrutura Etária Índice de Envelhecimento e de Dependência INDICADORES DE SAÚDE Esperança de vida à nascença Morbilidade Hospitalar Caraterização por ACeS Diagnósticos Específicos Mortalidade Infantil REDE DE CUIDADOS DE SAÚDE E (RE) ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS Cuidados de Saúde Primários Cuidados de Saúde Hospitalares Cuidados Continuados Integrados CARATERIZAÇÃO ECONÓMICO FINANCEIRA Informação Contabilística e Financeira Proveitos e Ganhos Custos e Perdas Publicidade Institucional BALANÇO SOCIAL CAPÍTULO III PRODUÇÃO DE CUIDADOS DE SAÚDE PRODUÇÃO EM CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS Utentes Inscritos e Utilizadores Indicadores Indicadores de Produtividade Indicadores de Acesso Taxa de utilização global de consultas médicas Administração Regional de Saúde do Centro, I.P. 1

6 Taxa de utilização de consultas de planeamento familiar Percentagem de consultas ao utente pelo próprio médico de família Visitas domiciliárias médicas Visitas domiciliárias de enfermagem Indicadores de Qualidade Diagnóstico precoce (THSPKU) em recém-nascidos até ao 7º dia de vida Primeiras consultas realizadas até ao 28º dia de vida Percentagem de primeiras consultas no primeiro trimestre de gravidez Percentagem de diabéticos com pelo menos 3 registos de HbA1C nos últimos 12 meses Indicadores de Eficiência Percentagem do consumo de medicamentos genéricos em embalagens Custo médio de medicamentos faturados por utilizador do SNS Custo médio de MCDT faturados por utilizador do SNS Indicadores de Desempenho PRODUÇÃO EM CUIDADOS DE SAÚDE HOSPITALARES Consultas Internamento Atendimentos Urgentes Produção Cirúrgica Partos PRODUÇÃO EM CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS CAPÍTULO IV ÁREAS DE INTERVENÇÃO EM SAÚDE PROGRAMA DE PREVENÇÃO E CONTROLO DA DIABETES PROGRAMA PARA AS DOENÇAS ONCOLÓGICAS Programa de Rastreio do Cancro da Mama Programa de Rastreio do Cancro do Colo do Útero Programa de Rastreio do Cancro do Cólon e Recto PROGRAMA PARA AS DOENÇAS CÉREBRO-CARDIOVASCULARES Programa de Hipocoagulação Vias verdes Coronária e Acidente Vascular Cerebral Telemedicina aplicada às Doenças Cardiovasculares Cartão de Risco Cardiovascular Programa SMILES Outras Ações PROGRAMA REGIONAL PARA A PROMOÇÃO DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL PROGRAMA NACIONAL DE PREVENÇÃO E CONTROLO DO TABAGISMO Administração Regional de Saúde do Centro, I.P. 2

7 6. PROBLEMAS LIGADOS AO ÁLCOOL PROGRAMAS DE PROMOÇÃO DA SAÚDE EM MEIO ESCOLAR Programa Nacional de Saúde Escolar Projeto Regional + Contig - Prevenção do Suicídio em contexto escolar Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral PROGRAMA DE SAÚDE OCUPACIONAL PROGRAMA DE GESTÃO AMBIENTAL Programa de Águas Balneares REDE DE LABORATÓRIOS DE SAÚDE PÚBLICA PROGRAMA DE PREVENÇÃO E CONTROLO DE DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS Sistemas de vigilância das doenças transmissíveis Sistema de Alerta e Resposta Apropriada Doenças de Declaração Obrigatória Plano Regional de Prevenção e Controlo da Infeção VIH / SIDA Programa de Prevenção e Luta contra a Tuberculose Programa Nacional de Controlo da Infeção Programa Nacional de Vacinação Cobertura vacinal Campanha de vacinação contra as infeções por vírus do papiloma humano Contratualização da cobertura do PNV Vacinação atempada Inoculações de vacinas do Programa Nacional de Vacinação Vacinação contra a gripe sazonal 2011/ OUTRAS ÁREAS ESPECÍFICAS Projeto Sistemas de Informação de Certificados de Óbito Consultas de Medicina do Viajante Juntas Médicas PROGRAMA REGIONAL DE CAPACITAÇÃO E LITERACIA COMISSÃO REGIONAL DA SAÚDE DA MULHER, DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE CAPÍTULO V AUTOAVALIAÇÃO Administração Regional de Saúde do Centro, I.P. 3

8 Índice de Figuras Figura 1 - Organograma da ARSC 19 Figura 2 - Âmbito territorial da Região de Saúde do Centro em vigor até 29/11/ 20 Figura 3 - Âmbito territorial da Região de Saúde do Centro em vigor a partir de 30/12/ 21 Figura 4 - A NUTS II Centro (NUTS 1999 modificada) e respetivas NUTS III 22 Figura 5 - RNCCI na Região Centro 48 Figura 6 - Organograma PRPAS 116 Figura 7 - Percentagem de população abrangida pelo projeto pão.come na Região Centro em 118 Figura 8 - Concelhos com e sem declaração obrigatória de doença na Região Centro, em 154 Figura 9 - Taxa de incidência de tuberculose de declaração obrigatória na Região de Saúde do Centro 154 Figura 10 - Incidência TB por ACeS, 162 Índice de Gráficos Gráfico 1 - Variação populacional intercensitária na Região de Saúde do Centro (%) 24 Gráfico 2 - População residente na Região de Saúde do Centro, por grupo etário 26 Gráfico 3 - Pirâmide etária da população residente na Região de Saúde do Centro 26 Gráfico 4 - Total de internamentos hospitalares por ACeS e ULS em 2011 e 29 Gráfico 5 - Peso dos internamentos por ACeS e ULS, ocorridos em 30 Gráfico 6 - Variação percentual dos internamentos ocorridos em em relação a Gráfico 7 - Variação percentual dos internamentos por diagnósticos 33 Gráfico 8 - Média de idades por diagnóstico em 33 Gráfico 9 - Percentagem de internamentos por género em 34 Gráfico 10 - Evolução da taxa de mortalidade infantil de 2007 a Gráfico 11 - Taxas de natalidade, mortalidade infantil, fetal e perinatal na Região Centro 35 Gráfico 12 - Evolução dos proveitos em 2011 e ( ) 50 Gráfico 13 - Evolução dos recebimentos em 2011 e ( ) 51 Gráfico 14 - Evolução dos encargos assumidos em 2011 e ( ) 52 Gráfico 15 - Evolução de encargos com subcontratos em 2011 e ( ) 52 Gráfico 16 - Evolução dos encargos em dívida em 2011 e ( ) 53 Gráfico 17 - Pirâmide etária dos trabalhadores da ARSC 54 Gráfico 18 - Distribuição dos trabalhadores da ARSC por tipo de vínculo 55 Gráfico 19 - Distribuição dos trabalhadores da ARSC por categoria profissional 55 Gráfico 20 - Pirâmide etária dos profissionais médicos e de enfermagem efetivos na ARSC 56 Gráfico 21 - Percentagem dos trabalhadores segundo o nível de antiguidade 56 Gráfico 22 - Pirâmide etária dos utentes inscritos na Região Centro em 59 Gráfico 23 - Variação percentual dos utentes inscritos e utilizadores em 2011 vs 60 Gráfico 24 - Percentagem de utentes inscritos com/sem médico de família em 62 Administração Regional de Saúde do Centro, I.P. 4

9 Gráfico 25 - Número de consultas de Saúde Pública realizadas em 67 Gráfico 26 - Variação da taxa de utilização global de consultas médicas 68 Gráfico 27 - Variação da taxa de utilização de consultas de planeamento familiar 69 Gráfico 28 - Variação da percentagem de consultas ao utente pelo próprio médico de família 70 Gráfico 29 - Variação da taxa de visitas domiciliárias médicas por inscritos 71 Gráfico 30 - Variação da taxa de visitas domiciliárias de enfermagem por inscritos 72 Gráfico 31 - Variação da percentagem de diagnóstico precoce em recém-nascidos até ao 7º dia de vida 73 Gráfico 32 - Variação da percentagem de primeiras consultas realizadas até ao 28º dia de vida 74 Gráfico 33 - Variação da percentagem de primeiras consultas no primeiro trimestre de gravidez 75 Gráfico 34 - Variação da percentagem de diabéticos com pelo menos 3 registos de HbA1C 76 Gráfico 35 - Variação da percentagem do consumo de embalagens de medicamentos genéricos 78 Gráfico 36 - Variação do custo médio de medicamentos faturados por utilizador do SNS 79 Gráfico 37 - Variação do custo médio de MCDT faturados por utilizador do SNS 80 Gráfico 38 - Distribuição das consultas realizadas 82 Gráfico 39 - Variação da taxa de ocupação por instituição hospitalar 88 Gráfico 40 - Variação da demora média por instituição hospitalar 88 Gráfico 41 - Distribuição das intervenções realizadas por tipo 90 Gráfico 42 - Evolução do número de doentes em LIC de 2005 a na Região do Centro 92 Gráfico 43 - Evolução do tempo médio de espera para cirurgia de 2005 a na Região do Centro 93 Gráfico 44 - Evolução da taxa bruta de natalidade ( ) 94 Gráfico 45 - Prevalência da hiperglicémia intermédia em Portugal em Gráfico 46 - Percentagem de inscritos com diagnóstico de diabetes 99 Gráfico 47 - Percentagem de diabéticos com compromisso de vigilância 100 Gráfico 48 - Percentagem de utentes com diabetes, com pelo menos um exame dos pés 101 Gráfico 49 - Percentagem de diabéticos com pelo menos 2HbA1C nos últimos 12 meses 102 Gráfico 50 - Número de padarias intervencionadas no âmbito do projeto pão.come em 118 Gráfico 51 - Evolução do número de padarias aderentes ao projeto pão.come 119 Gráfico 52 - Número de análises realizadas no âmbito do pão.come em 119 Gráfico 53 - Número de cantinas incluídas no projeto pão.come, por fase do projeto 120 Gráfico 54 - Número de restaurantes incluídos no projeto sopa.come, por fase do projeto 121 Gráfico 55 - Saúde Oral na Saúde Infantil SOSI 137 Gráfico 56 - Saúde Oral Crianças e Jovens SOCJ 137 Gráfico 57 - Saúde Oral Crianças e Jovens, por coortes 137 Gráfico 58 - Referenciação Higienista Oral 138 Gráfico 59 - Saúde Oral Crianças e Jovens (idades intermédias) SOCJi 138 Gráfico 60 - Saúde Oral na Gravidez SOG 138 Gráfico 61 - Saúde Oral nas Pessoas Idosas SOPI 139 Gráfico 62 - Saúde Oral em utentes com VIH 139 Gráfico 63 - Taxa de novos casos de infetados notificados durante o ano de, por distrito 157 Gráfico 64 - Taxa de seropositivos para o VIH, por CAD, por rastreados em 159 Administração Regional de Saúde do Centro, I.P. 5

10 Gráfico 65 - Evolução da taxa de incidência da tuberculose na Região Centro, 2009 a 162 Gráfico 66 - Casos de tuberculose na Região Centro por localização em 164 Gráfico 67 - Proveniência dos utentes em 179 Gráfico 68 - Patologia dos utentes em 180 Índice de Quadros Quadro 1 - Objetivos de Eficácia e Indicadores - QUAR 14 Quadro 2 - Objetivos de Eficiência e Indicadores - QUAR 14 Quadro 3 - Objetivos de Qualidade e Indicadores - QUAR 15 Quadro 4 - Recursos Humanos Planeados vs Executados - QUAR 15 Quadro 5 - Recursos Financeiros Planeados vs Executados - QUAR 16 Quadro 6 - Resumo comparativo do território e população da Região do Centro e da NUTS II Centro 22 Quadro 7 - Evolução da população residente na Região de Saúde do Centro 23 Quadro 8 - População residente na Região de Saúde do Centro, por grupo etário 25 Quadro 9 - Índices demográficos (envelhecimento e dependência) em 2001 e Quadro 10 - Evolução da esperança de vida à nascença, por NUTS III 28 Quadro 11 - Caraterização dos doentes internados por ACeS e ULS em 31 Quadro 12 - Evolução dos indicadores de saúde na Região Centro e Continente, nos últimos 5 anos 35 Quadro 13 - Rede de cuidados de saúde da ARSC em 36 Quadro 14 - Caraterização das USF segundo o modelo de funcionamento 39 Quadro 15 - Unidades de Saúde Familiar na Região Centro em 40 Quadro 16 - Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados na Região do Centro em 41 Quadro 17 - Unidades de Cuidados na Comunidade na Região do Centro em 43 Quadro 18 - Rede Hospitalar da ARSC 45 Quadro 19 - Lotação praticada nos Hospitais da Região Centro em 2011 e 46 Quadro 20 - Lotação de Psiquiatria nos Hospitais da Região Centro em 2011 e 46 Quadro 21 - Camas da RNCCI na Região Centro em 31/12/ 47 Quadro 22 - Utentes inscritos e utilizadores na Região de Saúde do Centro em 2011 e 60 Quadro 23 - Utentes inscritos sem médico de família atribuído, por ACeS e ULS em 2011 e 61 Quadro 24 - Produção dos CSP na Região de Saúde do Centro em 2011 e 63 Quadro 25 - Primeiras Consultas de Medicina Geral e Familiar realizadas em 64 Quadro 26 - Consultas Totais de Medicina Geral e Familiar realizadas em 65 Quadro 27 - Consultas Totais realizadas em 66 Quadro 28 - Número de consultas de Outras Especialidades realizadas em, por ACeS/ULS 67 Quadro 29 - Taxa de utilização global de consultas médicas em 2011 e 68 Quadro 30 - Taxa de utilização de consultas de planeamento familiar em 2011 e 69 Quadro 31 - Percentagem de consultas ao utente pelo próprio médico de família em 2011 e 70 Quadro 32 - Visitas domiciliárias médicas por inscritos em 2011 e 71 Quadro 33 - Taxa de visitas domiciliárias de enfermagem em 2011 e 72 Administração Regional de Saúde do Centro, I.P. 6

11 Quadro 34 - Taxa de realização do diagnóstico precoce em 2011 e 73 Quadro 35 - Primeiras consultas realizadas até ao 28º dia de vida em 2011 e 74 Quadro 36 - Percentagem de primeiras consultas de gravidez no primeiro trimestre em 2011 e 75 Quadro 37 - Percentagem de diabéticos com pelo menos 3 registos de HbA1C nos últimos 12 meses 76 Quadro 38 - Percentagem do consumo de medicamentos genéricos em 2011 e 77 Quadro 39 - Custo médio de medicamentos faturados por utilizador do SNS em 2011 e 78 Quadro 40 - Custo médio de MCDT faturados por utilizador em e 2011 ( ) 80 Quadro 41 - Quadro resumo dos indicadores de desempenho da Região Centro em 2011 e 81 Quadro 42 - Consultas realizadas nas Unidades Hospitalares da Região Centro em 2011 e 82 Quadro 43 - Peso das consultas realizadas via CTH no total de primeiras consultas realizadas em 84 Quadro 44 - Peso das consultas realizadas via CTH, em por tipo de prioridade 84 Quadro 45 - Número de pedidos a aguardar consulta em 31/12/ 85 Quadro 46 - Tempo médio de resposta previsto (dias) para consulta a 31/12/ 86 Quadro 47 - Número de doentes saídos nos Hospitais da Região de Saúde do Centro em 2011 e 87 Quadro 48 - Atendimentos em urgências nos hospitais da Região de Saúde do Centro em 2011 e 89 Quadro 49 - Número de intervenções cirúrgicas realizadas em 2011 e 90 Quadro 50 - Percentagem de cirurgias de ambulatório nos Hospitais da Região Centro em e Quadro 51 - Número de doentes inscritos em lista de espera para cirurgia a 31/12/ 92 Quadro 52 - Tempo médio de espera para cirurgia a 31/12/ nos Hospitais da Região Centro 93 Quadro 53 - Partos realizados na Região de Saúde do Centro em 2011 e 94 Quadro 54 - Atividade desenvolvida na RNCCI 95 Quadro 55 - Anos Potenciais de Vida Perdidos por diabetes mellitus 98 Quadro 56 - Utentes com diabetes e com consulta registada na ARSC em 99 Quadro 57 - Alguns indicadores da diabetes nas USF da Região Centro em 103 Quadro 58 - Diagnóstico (rastreio) Sistemático e Tratamento da Retinopatia Diabética na Região Centro 104 Quadro 59 - Taxas de mortalidade padronizadas por tumor maligno da mama feminina por hab. 105 Quadro 60 - Taxas de incidência padronizadas por tumor maligno da mama feminina por hab. 105 Quadro 61 - Taxas de participação no rastreio do cancro da mama na última volta (2011/12) 106 Quadro 62 - Indicadores de rastreio do cancro da mama 107 Quadro 63 - Taxas de mortalidade padronizadas por tumor maligno do colo uterino por hab. 108 Quadro 64 - Taxas de incidência padronizadas por tumor maligno do colo uterino por hab. 108 Quadro 65 - Cobertura e resultados do rastreio do cancro do colo uterino na volta de 2010/ Quadro 66 - Taxas de mortalidade padronizadas por tumor maligno do cólon e recto por hab. 110 Quadro 67 - Taxas de incidência padronizadas por tumor maligno do cólon e recto por hab. 110 Quadro 68 - Avaliação do rastreio do cancro do cólon e recto (2011/12) 111 Quadro 69 - Número de análises realizadas no âmbito do projeto sopa.come em 121 Quadro 70 - Número total de determinações realizadas, em 122 Quadro 71 - Consultas de cessação tabágica realizadas em 124 Quadro 72 - Total das primeiras consultas realizadas em 125 Quadro 73 - Frequência e caraterização dos utentes em 125 Administração Regional de Saúde do Centro, I.P. 7

12 Quadro 74 - Total de consultas seguintes realizadas em 125 Quadro 75 - Número total de consultas de cessação tabágica efetuadas entre 2006 e 126 Quadro 76 - Monitorização dos indicadores de execução em saúde escolar 131 Quadro 77 - Número de profissionais aderentes em 136 Quadro 78 - Atividades realizadas de Saúde no Trabalho, em 140 Quadro 79 - Avaliação do indicador Gestão da Qualidade do Ar 144 Quadro 80 - Avaliação do Plano Estratégico do Baixo Carbono e ECO.AP nos Hospitais e ACeS 145 Quadro 81 - Número de GLEC na ARSC e respetivo número de formações 145 Quadro 82 - Análise e Parecer de Águas Balneares e Zona Envolvente 148 Quadro 83 - Doenças de Declaração Obrigatória, na Região de Saúde do Centro, de 2010 a 153 Quadro 84 - Casos acumulados e óbitos por infeção VIH na área geográfica da ARSC, por distrito 156 Quadro 85 - Teste de rastreio do VIH realizados pelos CAD da Região Centro em 158 Quadro 86 - Avaliação das metas de 159 Quadro 87- Casos novos de tuberculose na Região Centro, por distrito em 161 Quadro 88 - Casos novos de tuberculose na Região Centro, por ACeS em 161 Quadro 89 - Cobertura de TOD, em 163 Quadro 90 - Casos novos de TB, por nacionalidade, 163 Quadro 91 - Casos novos de TB notificados em, por país de origem 163 Quadro 92 - Cobertura vacinal Vacinas do PNV coortes de nascidos no ano da avaliação 168 Quadro 93 - Cobertura vacinal Vacinas do PNV coortes de nascidos de 14, 15, 16, 17, 18, 25 e Quadro 94 - Cobertura vacinal Campanha de vacinação contra infeções por vírus do papiloma humano 169 Quadro 95 - Avaliação cumprimento do PNV aos 2, 7 e 14 anos 170 Quadro 96 - Avaliação da vacinação atempada a crianças vacinadas com 3 meses 170 Quadro 97 - Mapa de inoculações da Região Centro em Total de doses por vacina 170 Quadro 98 - Vacinação contra a gripe sazonal 2011/ Profissionais de saúde 171 Quadro 99 - Vacinação contra a gripe sazonal 2011/ Lares de idosos 171 Quadro Vacinação contra a gripe sazonal 2011/ RNCCI 172 Quadro Vacinas administradas no 4 CVI da Região de Saúde do centro em 175 Quadro Consultas do viajante efetuadas nos CVI em 176 Quadro Continente de destino dos viajantes por CVI em 176 Quadro Prescrições de embalagens de antimaláricos e de antifúngicos em 177 Quadro Caraterização das situações nosológicas constantes do grupo membro/apar. de locomoção 180 Quadro Caraterização do resultado das deliberações da Junta Médica 181 Quadro Indicadores propostos para as UCF 187 Quadro Avaliação Final do QUAR Lista de Nomenclaturas ACeS - Agrupamentos de Centros de Saúde ACSS - Administração Central do Sistema de Saúde Administração Regional de Saúde do Centro, I.P. 8

13 ADENE - Agência para a Energia ADSE - Direção-Geral de Proteção Social aos Funcionários e Agentes da Administração Pública ARS - Administrações Regionais de Saúde ARSC - Administração Regional de Saúde do Centro, IP AVC - Acidente Vascular Cerebral BCG - Bacilo de Calmette e Guérin CAD - Centro de Aconselhamento e Deteção Precoce de VIH CCI - Comissão de Controlo da Infeção CDP - Centro de Diagnóstico e Pneumológico CHM - Campanha de Higiene das Mãos CHUC - Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE CMRRC - Rovisco Pais - Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro Rovisco Pais CNSMCA - Comissão Nacional para a Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente CRSMCA - Comissão Regional da Saúde, da Mulher, da Criança e do Adolescente CSP - Cuidados de Saúde Primários CTH - Consulta a Tempo e Horas DC - Departamento de Contratualização DDM2 - Projeto Data Dose Med2 DDO - Doenças de Declaração Obrigatória DGS - Direcção-Geral da Saúde DPOC - Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica DSP - Departamento de Saúde Pública e Planeamento ECCI - Equipas de Cuidados Continuados Integrados ECG - Eletrocardiograma ECO.AP - Programa de Eficiência Energética na Administração Pública ECR - Equipa de Coordenação Regional de Cuidados Continuados Integrados EMACICAD - Equipa Multidisciplinar para a Área de Coordenação da Intervenção nos Comportamentos EPE - Entidade Pública Empresarial ERA - Equipa Regional de Apoio aos Cuidados de Saúde Primários FSE - Fornecimento e Serviços Externos GLEC - Gestor Local de Energia IACS - Infeção Associada aos Cuidados de Saúde IDT - Instituto da Droga e da Toxicodependência, IP IMTT - Instituto de Mobilidade e dos Transportes Terrestres, IP INE - Instituto Nacional de Estatística INEM - Instituto Nacional de Emergência Médica INSA - Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge IPSS - Instituições Particulares de Solidariedade Social ITN - Instituto Tecnológico e Nuclear JM - Juntas Médicas Administração Regional de Saúde do Centro, I.P. 9

14 LIC - Lista de Inscritos para Cirurgia LPCC - Liga Portuguesa Contra o Cancro LSP - Laboratórios de Saúde Pública MCDT - Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica NCA - Núcleo de Comportamentos Aditivos NUTS - Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos OMS - Organização Mundial da Saúde PDF - Plataforma de Dados de Saúde PEBC - Plano Estratégico do Baixo Carbono PF - Planeamento Familiar PHEPA - Cuidados de Saúde Primários Projeto Europeu sobre o Álcool PLA - Problemas Ligados ao Álcool PNCI - Programa Nacional de Controlo da Infeção PNPCT - Programa para a Prevenção e Controlo do Tabagismo PNPSO - Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral PNS - Plano Nacional de Saúde PNSE - Programa Nacional de Saúde Escolar PNV - Plano Nacional de Vacinação POPH - Programa Operacional Potencial Humano PREVADIAB - Hiperglicemia Intermédia em Portugal PRPAS - Programa Regional para a Promoção da Alimentação Saudável QUAR - Quadro de Avaliação e Responsabilização RCCR - Programa de Rastreio do Cancro do Cólon e Reto RCCU - Programa de Rastreio do Cancro do Colo do Útero RCM - Programa de Rastreio do Cancro da Mama RNCCI - Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados SAP - Serviço de Atendimento Permanente SIADAP1 - Sistema de Avaliação do Desempenho dos Serviços da Administração Pública SIARS - Sistema de Informação das ARS SICA - Sistema de Informação para a Contratualização e Acompanhamento SICO - Sistemas de Informação de Certificados de Óbito SIGLIC - Sistema Informático de Gestão da Lista de Inscritos para Cirurgia SIRAPA - Sistema Integrado de Registo da Agência Portuguesa do Ambiente SISO - Sistema de Informação de Certificados de Óbito SNS - Serviço Nacional de Saúde SOCI - Saúde Oral em Saúde Infantil SOCJ - Saúde Oral Crianças e Jovens SOCJi - Saúde Oral Crianças e Jovens (idades intermédias) SUB - Serviço de Urgência Básica SVIG-TB - Sistema de Vigilância do Programa de Tuberculose Administração Regional de Saúde do Centro, I.P. 10

15 TB - Tuberculose TBDO - Tuberculose de Declaração Obrigatória TH - Consulta a Tempo e Horas TOD - Toma Observada Direta UAG - Unidade de Apoio à Gestão UC - Unidade de Convalescença UCC - Unidade de Cuidados na Comunidade UCF - Unidades Coordenadoras Funcionais UCFih - Unidades Coordenadoras Funcionais Inter-Hospitalares UCIC - Unidades de Cuidados Intensivos Coronários UCP - Unidade de Cuidados Paliativos UCSP - Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados UIPS - Unidade de Investigação e Planeamento em Saúde ULDM - Unidade de Longa Duração e Manutenção ULS - Unidade Local de Saúde UMDR - Unidade de Média Duração de Reabilitação UNL - Universidade Nova de Lisboa URAP - Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados USF - Unidade de Saúde Familiar USP - Unidade de Saúde Pública Lista de Sinais Convencionais cont. - continuação hab. - habitantes i. e. - isto é Km 2 - quilómetro quadrado n.º - número % - percentagem - permilagem p. p. - pontos percentuais trim. - trimestre - valor em euros - variação var. - variação vs - versus - decréscimo - aumento Administração Regional de Saúde do Centro, I.P. 11

16 Capítulo I Objetivos Estratégicos

17 1. Quadro de Avaliação e Responsabilização A avaliação de desempenho da Administração Regional de Saúde do Centro, I.P. (ARSC) é efetuada com base no Sistema de Avaliação do Desempenho dos Serviços da Administração Pública (SIADAP 1), a qual assenta no Quadro de Avaliação e Responsabilização (QUAR). No âmbito das atribuições e competências que estão acometidas à ARSC, foram definidos pelo Conselho Diretivo, para o período os seguintes objetivos estratégicos: Melhorar a acessibilidade das populações aos cuidados de saúde; Implementar na região os programas prioritários do Plano Nacional de Saúde (PNS) ; Incrementar a prevenção e controlo da doença crónica; Incrementar a saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente; Melhorar a qualidade de gestão da ARSC promovendo uma política de contenção de custos, otimização de recursos e modernização administrativa. Para a sua concretização foram definidos 21 objetivos operacionais, de modo a abranger as várias áreas funcionais da organização e repartidos pelos parâmetros de eficácia, eficiência e qualidade. Nos quadros infra apresentam-se as metas fixadas e os resultados alcançados em cada indicador. No capítulo V do presente relatório procede-se à autoavaliação que a ARSC faz ao seu desempenho, dando cumprimento ao disposto na Lei n.º 66-B/2007, de 28 de dezembro. Administração Regional de Saúde do Centro, I.P. 13

18 Objetivos de Eficácia e Indicadores Quadro 1 - Objetivos de Eficácia e Indicadores - QUAR 1. Número de USF's e UCSP's em funcionamento na região 2. ACES's com USF em funcionamento na região 3. Validação dos regulamentos internos dos ACES e sua aprovação pelo Conselho Diretivo (meses) Oop 2. Assegurar cobertura por Médico de Familia a pelo menos 91% dos utentes inscritos (OE 1) 4. Número de utentes sem médico de família na região OBJETIVOS DE EFICÁCIA E INDICADORES OOp 1. Implementação da nova organização dos cuidados de saúde primários (DL 28/2008) através da entrada em funcionamento dos ACES e suas Unidades Funcionais AVALIAÇÃO FINAL Meta Resultado Classificação Superou Não atingiu 11 `0 Não atingiu Superou OOp3. Promover a vigilância e controlo das doenças cardiovasculares na população da região 5. Percentagem de USF's e UCSP's que aplicam o programa de hipocoagulação (controlo utente) 6. Percentagem de diabéticos vigiados em CSP com um valor de Hb1c 6,5 OOp4: Manter a capacidade de oferta em resposta hospitalar programada 7. Percentagem de cirurgias em ambulatório, relativamente ao total de cirurgias programadas 8. Percentagem de primeiras consultas médicas hospitalares, relativamente ao total de consultas hospitalares OOp5: Promover a formação profissional dos trabalhadores da ARSC 9. Proporção de profissionais de saúde que obtiveram formação na respetiva área profissional OOp6: Preparar o Sistema de Informação do Certificado de Óbito (SICO) em modo de produção 10. Taxa de participação dos médicos na formação de formadores na fase experimental 11. Início da fase experimental do SICO (meses) 80% 85% Atingiu 50% 50% Atingiu 49% 52% Superou 30% 29% Atingiu 33% 33% Atingiu 90% 100% Superou Atingiu Objetivos de Eficiência e Indicadores Quadro 2 - Objetivos de Eficiência e Indicadores - QUAR 13. Taxa média de ocupação das camas em CCI OBJETIVOS DE EFICIÊNCIA E INDICADORES OOp7: Otimização dos recursos humanos e materiais nos cuidados de saúde em RCCI, incrementando a utilização custo-efetiva 12. Número de camas disponíveis em RCCI a (convalescença, média e longa duração) OOp8: Implementação de política de prevenção secundária da doença oncológica, incrementando a utilização custo-efetiva 14. Percentagem de mulheres em idade elegível que realizam rastreio do cancro do colo do útero Resultado Classificação Atingiu 91% 92% Atingiu 57% 58% Atingiu 15. Percentagem de unidades de saúde da região com programa de rastreio do cancro do colo do útero 100% 100% Superou 16. Percentagem de mulheres em idade elegível que realizam rastreio do cancro da mama 67% 68% Atingiu 17. Percentagem de unidades de saúde da região com programa de rastreio do cancro da mama 100% 100% Superou OOp9: Promoção de política rigorosa de contabilidade e cobrança de receitas 18. Percentagem da taxa de cobrança de taxas moderadoras devidas nas unidades de saúde 19. Redução em 8% dos custos e perdas através da melhoria da monitorização, C. Interno e riscos orçamentais 85% 100% Superou 92% 81% Superou 20. Redução em 20% da despesa com horas extraordinárias 80% 80% Atingiu OOp10: Implementação do sistema de gestão de custo de transportes na ARSC Meta AVALIAÇÃO FINAL 21. Redução do custo de transportes com doentes em um terço da faturação verificada em % 54% Atingiu OOp11: Melhorar a política de gestão de recursos humanos e materiais na ARSC 22. Implementação de sistema biométrico de controlo de assiduidade 23. Assegurar a revisão e atualização do cabaz das unidades da ARSC 24. Promover a regularização material e registral dos imóveis, propriedade desta instituição (meses) 25. Implementação de sistema de monitorização das necessidades em recursos humanos (meses) 70% 8% Não atingiu 85% 91% Superou Atingiu 10 N/Implementado Não atingiu OOp12: Aumentar a utilização de medicamentos genéricos na região 26. Percentagem de bem. de medicamentos genéricos vendidas relativamente ao total de embalagens receitadas 31% 34% Superou OOp13: Estabelecimento de novas parcerias com o INEM para gestão otimizada de recursos 27. Número de meios integrados, de novo, em Serviços de Urgência 5 9 Superou Administração Regional de Saúde do Centro, I.P. 14

19 Objetivos de Qualidade e Indicadores Quadro 3 - Objetivos de Qualidade e Indicadores - QUAR AVALIAÇÃO FINAL OBJETIVOS DE QUALIDADE E INDICADORES Meta Resultado Classificação OOp14: Prom oção de um a política de vigilância em saúde m aterno-infantil e de adolescentes 28. Taxa de cobertura em saúde materna nos centros de saúde da região 62% 81% Superou 29. Taxa de cobertura em saúde infantil (1º ano de vida) nos centros de saúde da região 78% 85% Superou 30. Precocidade da primeira consulta de saúde infantil (<28 dias) 72% 84% Superou 31. Percentagem de mulheres a quem é disponibilizada contraceção de longa duração após IG, no SNS 20% 14% Atingiu 32. Percentagem de ACES que disponibilizam contraceção de emergência 85% 85% Atingiu 33. Percentagem de Hospitais EPE que têm consulta específica de PF para adolescentes 60% 75% Superou 9 8 Atingiu 11 8 Superou 36. Taxa de cobertura vacinal BCG, VHB, DTPa, VIP, Hib, e MenC aos 2 anos de idade 96% 97% Atingiu 37. Taxa de cobertura vacinal de VASPR1 aos 2 anos de idade 96% 99% Superou 38. Taxa de cobertura vacinal DTPa e VIP aos 7 anos de idade 96% 98% Superou 39. Taxa de cobertura vacinal de VASPR2 aos 7 anos de idade 96% 98% Superou 82% 91% Superou 3 2 Atingiu Superou OOp15: Prom oção de acesso a consultas de Planeam ento Fam iliar OOp16: Im plem entar o rastreio do cancro do colon e reto (CCR) em 80% dos ACES's para cidadãos dos 50 aos 70 anos de idade 34. Número de ACES's em programa de rastreio CCR OOp17: Avaliar o grau de satisfação dos utentes com os serviços de CSP 35. Realização de inquérito de satisfação aos utentes em Cuidados de Saúde Primários (meses) OOp18: Prom over a aplicação do Program a Nacional de Vacinação (PNV) garantindo o controlo ou elim inação das doenças alvo da vacinação OOp19: Prom over a vacinação contra a gripe sazonal 40. Taxa de cobertura vacinal em idosos institucionalizados OOp20: Im plem entação de Unidades de Saúde Mental Com unitária 41. Número de unidades de saúde mental comunitária na região OOp21:Auditar o Program a Nacional de Prom oção da Saúde Oral 42. Número de crianças observadas em pelo menos 5 ACES Recursos Humanos Quadro 4 - Recursos Humanos Planeados vs Executados - QUAR Desvio ④ ⑤ N.º efetivos Executados Planeados 31/12/ ⑤=①x④ N.º efetivos vs executados ① Pontuação DGS ( p r evisão QU A R ) ③ Planeados ③=①x② Dirigentes - Direção Superior Dirigentes - Direção Intermédia (1ª e 2ª) e Chefes de Equipa Médicos Enfermeiros Técnicos Superiores (inclui Especialistas de Informática) Técnicos Superiores de Saúde Diagnóstico e Terapéutica Assistentes Técnicos Assistentes Operacionais DESIGNAÇÃO Outros Total ② N.º efetivos Administração Regional de Saúde do Centro, I.P. 15

20 Recursos Financeiros Quadro 5 - Recursos Financeiros Planeados vs Executados - QUAR DESIGNAÇÃO Orçamento Previsto ( ) Orçamento Real ( ) Execução Orçamental ( ) Desvio ( ) Orçamento de Funcionamento Despesas com Pessoal Aquisições de Bens e Serviços Outras Despesas Correntes PIDDAC Outros Total Administração Regional de Saúde do Centro, I.P. 16

21 Capítulo II A Região de Saúde do Centro ① Missão e Estrutura Organizacional da ARSC ② Território e População ③ Indicadores de Saúde ④ Rede de Cuidados de Saúde e (re) organização dos Serviços ⑤ Caraterização Económico Financeira ⑥ Balanço Social Administração Regional de Saúde do Centro, I.P. 17

22 1. Missão e Estrutura Organizacional da ARSC A ARSC é um instituto público integrado na administração indireta do Estado, dotado de autonomia administrativa, financeira e património próprio. É dirigida por um conselho diretivo, constituído por um presidente, um vice-presidente e dois vogais, possuindo no âmbito da sua área geográfica de atuação as atribuições elencadas no Decreto-Lei n.º 22/ de 30 de janeiro. A ARSC tem como missão garantir à população da respetiva área geográfica de intervenção o acesso à prestação de cuidados de saúde de qualidade, adequando os recursos disponíveis às necessidades em saúde, respeitando as regras de equidade, cumprindo e fazendo cumprir o PNS e as leis e regulamentos em vigor. Em, a organização interna da ARSC é composta por cinco departamentos e um gabinete: Departamento de Saúde Pública e Planeamento (DSP), Departamento de Contratualização, Departamento de Estudos, Recursos Humanos e Administração Geral, Departamento de Gestão Financeira, Departamento de Instalações e Equipamentos e Gabinete Jurídico e do Cidadão conforme a deliberação n.º 754/2010 de 26 abril 2010 ( Regulamento Interno da ARSC ). Como se pode observar no organigrama da ARSC (figura 1), existem também duas unidades orgânicas flexíveis: Unidade de Planeamento, integrada no Departamento de Saúde Pública e Planeamento e a Unidade de Administração Geral do Departamento de Departamento de Estudos, Recursos Humanos e Administração Geral. Administração Regional de Saúde do Centro, I.P. 18

23 Figura 1 - Organograma da ARSC Conselho Diretivo Gabinete Jurídico e do Cidadão Conselho Consultivo Fiscal Único Equipa de Projeto e Acessorias Especializadas Assesoria Especializada para a Farmácia e Medicamento Assessoria Especializada em Informação e Comunicação Assesoria Especializada em Relações Públicas Assessoria Especializada para Assistência Técnica a Projetos e Investimentos Departamento de Saúde Pública e Planeamento Departamento de Contratualização Departamento de Estudos, Recursos Humanos e Administração Departamento de Gestão Financeira Departamento de Instalações e Equipamentos Unidade de Planeamento Unidade de Administração Geral Para além dos serviços centrais, a ARSC integra serviços desconcentrados - os Agrupamentos de Centros de Saúde (ACeS), com autonomia administrativa e sujeitos ao seu poder de direção. Os serviços desconcentrados, em vigor até 29 de novembro de, foram criados ao abrigo da Portaria n.º 274/2009, de 18 de março e correspondem aos seguintes ACeS: Baixo Mondego I, Baixo Mondego II, Baixo Mondego III, Baixo Vouga I, Baixo Vouga II, Baixo Vouga Administração Regional de Saúde do Centro, I.P. 19

24 III, Cova da Beira, Dão Lafões I, Dão Lafões II e Dão Lafões III, Pinhal Interior Norte I, Pinhal Interior Norte II, Pinhal Litoral I, Pinhal Litoral II. Figura 2 - Âmbito territorial da Região de Saúde do Centro em vigor até 29/11/ Na sequência da reorganização dos ACeS integrados na ARSC, em vigor desde 30 de novembro de e, conforme disposto na Portaria n.º 394-A/ de 29 de novembro, este instituto público passou a abranger 6 ACeS: Baixo Mondego; Baixo Vouga; Cova da Beira; Dão-Lafões; Pinhal Interior Norte; Pinhal Litoral. Administração Regional de Saúde do Centro, I.P. 20

25 O âmbito territorial da Região de Saúde do Centro compreende ainda duas Unidades Locais de Saúde (ULS): ULS da Guarda, EPE, criada em 1 de outubro de 2008, integra o Hospital de Sousa Martins (Guarda), o Hospital de Nossa Senhora da Assunção (Seia) e os centros de saúde de Guarda, Seia, Gouveia, Manteigas, Fornos de Algodres, Celorico da Beira, Trancoso, Sabugal, Pinhel, Mêda, Almeida e Figueira de Castelo Rodrigo. ULS de Castelo Branco, EPE, criada em 1 de janeiro de 2010, integra o Hospital Amato Lusitano (Castelo Branco) e os centros de saúde dos ACeS da Beira Interior Sul (Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Penamacor e Vila Velha de Ródão) e do Pinhal Interior Sul (Oleiros, Proença-a-Nova, Sertã e Vila de Rei). Figura 3 - Âmbito territorial da Região de Saúde do Centro em vigor a partir de 30/11/ Administração Regional de Saúde do Centro, I.P. 21

26 2. Território e População A Região de Saúde do Centro corresponde, territorialmente, à NUTS II Centro prevista no Decreto-Lei n.º 244/2002, de 5 de novembro, com as alterações introduzidas pela Lei n.º 21/2010, de 23 de agosto (migração do concelho de Mação para o âmbito territorial da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo). Subdivide-se em 10 NUTS de nível III e atualmente integra 77 concelhos, distribuídos por Km 2, correspondendo a 26% do território de Portugal Continental (figura 4; quadro 6). Figura 4 - A NUTS II Centro (NUTS 1999 modificada) e respetivas NUTS III Quadro 6 - Resumo comparativo do território e população da Região de Saúde do Centro e da NUTS II Centro POPULAÇÃO Área (Km 2 ) População Residente 2011 Densidade Populacional % População Continente N.º NUTS III N.º Concelhos Região de Saúde do Centro % Centro (NUTS 2002) % F o nte: IN E e D ecreto -Lei n.º 244/ 2002 de 5 de no vembro Administração Regional de Saúde do Centro, I.P. 22

27 Os resultados dos Censos 2011 contabilizam residentes no âmbito territorial da Região de Saúde do Centro correspondendo a 17% da população residente no Continente e a uma densidade populacional de 75 habitantes/km 2 (quadro 6). Quadro 7 - Evolução da população residente na Região de Saúde do Centro POPULAÇÃO População Residente Variação Populacional Densidade Populacional Continente ,3% 1,8% 113 Região Saúde do Centro ,5% -2,1% 75 Baixo Mondego I ,9% -2,6% 259 Baixo Mondego II ,6% -1,4% 123 Baixo Mondego III ,3% -3,4% 90 Baixo Vouga I ,0% -2,3% 146 Baixo Vouga II ,7% 5,1% 276 Baixo Vouga III ,0% 0,2% 282 Cova da Beira ,5% -6,1% 64 Dão-Lafões I ,8% 6,2% 196 Dão-Lafões II ,7% -9,5% 46 Dão-Lafões III ,5% -6,2% 85 Pinhal Interior Norte I ,4% -2,7% 52 Pinhal Interior Norte II ,6% -10,3% 47 Pinhal Litoral I ,6% -1,9% 88 Pinhal Litoral II ,6% 5,7% 184 ULS Castelo Branco ,0% -5,3% 21 ULS Guarda ,3% -10,3% 30 F o nte: IN E - C enso s 2001 e 2011 (excluído M ação) O ACeS Pinhal Litoral II é o mais populoso, logo seguido do Baixo Mondego I e do Baixo Vouga II. Os ACeS com maior densidade populacional correspondem ao Baixo Vouga II e III e ao Baixo Mondego I. Mais de metade dos habitantes da Região de Saúde do Centro, 57%, reside nos ACeS do Litoral. No período intercensitário , observou-se um decréscimo populacional de 2,1% na região, em resultado da perda de efetivos populacionais na maioria dos ACeS - fenómeno mais acentuado no interior da região (gráfico 1). Administração Regional de Saúde do Centro, I.P. 23

28 Gráfico 1 - Variação populacional intercensitária na Região de Saúde do Centro (%) Fonte: INE - Censos 2001 e Estrutura Etária Em 2011, 23% da população residente na Região de Saúde do Centro tinha mais de 65 anos e apenas 13% tinha menos de 15 anos de idade. O grupo etário dos 25 aos 64 anos representa 54% da população residente. Confirmado a tendência de duplo envelhecimento (de base e de topo) evidenciada nas últimas décadas, no período intercensitário registou-se um decréscimo de 12% de crianças e jovens (idade inferior a 15 anos) e um aumento de 14% de idosos (mais de 65 anos). A diminuição mais notória de efetivos ocorreu nos adultos jovens entre os 15 e os 24 anos ( 27%) (quadro 8). Administração Regional de Saúde do Centro, I.P. 24

29 Quadro 8 - População residente na Região de Saúde do Centro, por grupo etário POPULAÇÃO N.º 2001/2011 N.º 2001/2011 N.º 2001/2011 N.º 2001/2011 TOTAL Continente % % % % Região Saúde do Centro % % % % Baixo Mondego I % % % % Baixo Mondego II % % % % Baixo Mondego III % % % % Baixo Vouga I % % % % Baixo Vouga II % % % % Baixo Vouga III % % % % Cova da Beira % % % % Dão-Lafões I % % % % Dão-Lafões II % % % % Dão-Lafões III % % % % Pinhal Interior Norte I % % % % Pinhal Interior Norte II % % % % Pinhal Litoral I % % % % Pinhal Litoral II % % % % ULS Castelo Branco % % % % ULS Guarda % % % % F o nte: IN E - C enso s 2001 e 2011 ( excluido M ação) Na maior parte dos ACeS e nas ULS, a estrutura etária é semelhante à da região, embora a prevalência dos idosos (mais de 65 anos) seja maior no interior (Pinhal Interior Norte II e nas ULS) (gráfico 2). Administração Regional de Saúde do Centro, I.P. 25

30 Gráfico 2 - População residente na Região de Saúde do Centro, por grupo etário Fonte: INE - Censos 2011 (excluído Mação) A pirâmide etária da população residente (gráfico 3) apresenta um estreitamento na base, consequente do declínio da população jovem e um alargamento nas faixas etárias medianas, características dos países afetados pelo envelhecimento, através do aumento do número de idosos. Gráfico 3 - Pirâmide etária da população residente na Região de Saúde do Centro Fonte: INE - Censos 2011 (excluído Mação) Administração Regional de Saúde do Centro, I.P. 26

31 2.2. Índice de Envelhecimento e de Dependência Em 2011, o índice de envelhecimento na Região de Saúde do Centro foi de 169% tendo aumentado em todas as unidades administrativas. As ULS e o ACeS Pinhal Interior Norte II são as unidades territoriais mais envelhecidas, com índices de envelhecimento superiores a 250%. Este cenário de envelhecimento da população reflete-se no aumento do índice de dependência de idosos, que se mantém superior ao do Continente. Consistentemente, o índice de dependência de jovens confirma a diminuição verificada nas últimas décadas. Atendendo a que os índices de dependência têm como denominador a população em idade ativa (dos 15 aos 64 anos), a sua evolução traduz um peso cada vez maior dos idosos (65 e mais anos) na população em idade ativa (quadro 9). Quadro 9 - Índices demográficos (envelhecimento e dependência) em 2001 e 2011 ÍNDICES Índice de Envelhecimento (%) / /2011 Indíce de Dependência Total (%) Jovens (%) Idosos (%) / /2011 Continente 104,5 130,6 25% 47,7 51,6 8% 23,3 22,4-4% 24,4 29,2 20% Região Saúde do Centro 130,8 168,5 29% 52,7 56,4 7% 22,8 21,0-8% 29,9 35,4 18% Baixo Mondego I 122,9 159,3 30% 44,8 49,5 11% 20,1 19,1-5% 24,7 30,4 23% Baixo Mondego II 156,5 185,3 18% 52,0 57,1 10% 20,3 20,0-1% 31,8 37,1 17% Baixo Mondego III 136,9 190,0 39% 50,7 59,1 16% 21,4 20,4-5% 29,3 38,7 32% Baixo Vouga I 112,9 152,4 35% 49,2 54,3 10% 23,1 21,5-7% 26,1 32,8 26% Baixo Vouga II 86,1 116,3 35% 45,4 47,8 5% 24,4 22,1-9% 21,0 25,7 22% Baixo Vouga III 82,3 117,2 42% 47,2 49,4 5% 25,9 22,8-12% 21,3 26,7 25% Cova da Beira 153,4 209,0 36% 54,5 59,5 9% 21,5 19,3-10% 33,0 40,3 22% Dão-Lafões I 89,5 122,0 36% 47,1 51,3 9% 24,8 23,1-7% 22,2 28,2 27% Dão-Lafões II 139,4 195,2 40% 61,6 64,3 4% 25,7 21,8-15% 35,8 42,5 19% Dão-Lafões III 146,3 200,1 37% 57,5 63,2 10% 23,4 21,1-10% 34,2 42,1 23% Pinhal Interior Norte I 147,9 183,9 24% 59,9 61,1 2% 24,2 21,5-11% 35,7 39,6 11% Pinhal Interior Norte II 200,3 255,0 27% 65,0 70,7 9% 21,6 19,9-8% 43,4 50,8 17% Pinhal Litoral I 125,3 170,4 36% 54,1 60,9 13% 24,0 22,5-6% 30,1 38,4 27% Pinhal Litoral II 89,5 119,1 33% 45,7 49,9 9% 24,1 22,8-6% 21,6 27,1 26% ULS Castelo Branco 231,4 265,7 15% 67,4 69,7 3% 20,3 19,1-6% 47,1 50,6 7% ULS Guarda 184,6 253,0 37% 62,4 66,7 7% 21,9 18,9-14% 40,5 47,8 18% F o nte: IN E - C enso s 2001 e 2011 Administração Regional de Saúde do Centro, I.P. 27

32 3. Indicadores de Saúde 3.1. Esperança de vida à nascença A esperança de vida à nascença é um indicador positivo de saúde que reflete o estado geral de saúde duma população. A esperança média de vida à nascença na Região Centro (NUTS II, 2002) é atualmente de 79,9 anos (ambos os sexos), evidenciando uma evolução favorável nos últimos anos, ligeiramente superior à do Continente. No contexto das NUTS III que integram a NUTS II Centro, a esperança de vida à nascença varia entre 77,7 anos no Pinhal Interior Sul e 80,6 anos no Pinhal Litoral (quadro 10). Quadro 10 - Evolução da esperança média de vida à nascença, por NUTS III ESPERANÇA MÉDIA DE VIDA Continente 78,7 78,9 79,2 79,4 79,7 Região de Saúde do Centro 78,9 79,1 79,4 79,6 79,9 Baixo Mondego 79,4 79,6 79,6 79,7 79,8 Baixo Vouga 79,3 79,4 79,4 79,6 80,1 Beira Interior Norte 78,6 78,9 79,0 79,3 80,0 Beira Interior Sul 78,4 78,9 79,0 79,0 79,0 Cova da Beira 79,3 79,4 79,1 79,3 79,5 Dão-Lafões 79,0 79,1 79,5 79,9 80,2 Médio Tejo 78,8 79,2 79,7 79,8 80,1 Oeste 78,4 78,7 78,7 78,9 79,0 Pinhal Interior Norte 78,3 78,8 79,2 79,4 79,6 Pinhal Interior Sul 77,3 77,8 77,2 77,2 77,7 Pinhal Litoral 79,2 79,5 79,7 80,0 80,6 Serra da Estrela 78,0 78,5 77,9 78,5 78,9 Fonte: INE - Metodologia Anos, por Local de residência (NUTS ) Notas: 1. A NUTS III - Pinhal Interior Sul incluí Mação, que atualmente não pertence à Região de Saúde do Centro 2. A NUT 2002 incluí as NUTS Oeste e Médio Tejo, que atualmente não integram a Região de Saúde do Centro 28

33 3.2. Morbilidade Hospitalar Caraterização por ACeS Relativamente à caraterização da morbilidade hospitalar, nomeadamente, a nível do internamento, salienta-se o facto de existirem alguns episódios de internamento sem ACeS atribuído. No ano de estes episódios tiveram um peso de 6,7% no total de episódios, e no ano de 2011, um peso de 6,9%. No gráfico seguinte, é possível observar a distribuição dos internamentos por ACeS e ULS: Gráfico 4 - Total de internamentos por ACeS e ULS em 2011 e Fonte: Base de Dados CIDES 29

34 Os ACeS Pinhal Litoral II, Baixo Mondego I e o Baixo Vouga II são os que apresentam um maior número de internamentos. Relativamente ao peso que estes três ACeS tiveram no total de episódios de internamentos ocorridos em, 11,8% correspondiam a internamentos com origem no ACeS Pinhal Litoral II; 9,7% correspondiam a internamentos com origem no ACeS Baixo Mondego I e 7,8% dos internamentos tiveram origem no ACeS Baixo Vouga II. Os ACeS Baixo Vouga III, Pinhal Interior Norte II, Pinhal Litoral I, são os que apresentam um menor número de internamentos, em, correspondendo a uma proporção de 2,3%, 2,4% e de 3,4%, respetivamente. Gráfico 5 - Peso dos internamentos por ACeS e ULS, no total de internamentos ocorridos em Fonte: Base de Dados CIDES Em termos de variação percentual em, relativamente ao ano de 2011 verificou-se um aumento do número de episódios em três ACeS, a saber, Pinhal Interior Norte II ( 4,1%), Baixo Mondego II ( 1,3%) e na ULS de Castelo Branco EPE ( 0,2%). Assistiu-se a um decréscimo do número de episódios em todos os restantes ACeS, assinalando-se que as maiores descidas correspondem aos ACeS do Dão Lafões II ( 36,9%), da ULS Guarda EPE ( 20,2%) e do Dão Lafões I ( 15,9%). 30

35 Gráfico 6 - Variação percentual dos internamentos ocorridos em em relação a 2011 Fonte: Base de Dados CIDES Em, o maior peso dos internamentos ocorridos corresponderam à população do sexo feminino, com um peso de 54,4%, e a uma média de idades de 55 anos. Salienta-se que no ano de 2011, o peso da população foi semelhante ao que se verificou no ano de, no entanto, a média de idades situava-se nos 54 anos. No quadro seguinte é possível observar a caraterização dos doentes internados na Região Centro, por ACeS e ULS no ano de. Quadro 11 - Caraterização dos doentes internados por ACeS e ULS em ACeS/ULS % Masculino % Feminino Média de idades Baixo Mondego I 44,6% 55,4% 53 Baixo Mondego II 46,0% 54,0% 57 Baixo Mondego III 47,0% 53,0% 55 Baixo Vouga I 45,5% 54,5% 53 Baixo Vouga II 44,8% 55,2% 49 Baixo Vouga III 45,1% 54,9% 57 Cova da Beira 46,5% 53,5% 60 Dão-Lafões I 43,0% 57,0% 51 Dão-Lafões II 44,4% 55,6% 57 Dão-Lafões III 46,5% 53,5% 57 Pinhal Interior Norte I 45,4% 54,6% 54 Pinhal Interior Norte II 47,5% 52,5% 61 Pinhal Litoral I 47,8% 52,2% 57 Pinhal Litoral II 44,8% 55,2% 53 ULS Castelo Branco 47,0% 53,0% 56 ULS Guarda 46,1% 53,9% 58 Sem ACeS atribuido 45,8% 54,2% 45 Região de Saúde do Centro 45,6% 54,4% 55 Fonte: Base de Dados CIDES 31

36 3.2.2 Diagnósticos Específicos Do total de internamentos ocorridos em e em 2011 efetuou-se uma análise com maior pormenor relativamente aos seguintes diagnósticos: Enfarte Agudo de Miocárdio, Acidente Vascular Cerebral (AVC), Diabetes, Neoplasias Malignas, Cancro da Mama Feminina, Cancro do Colo do Útero, Cancro do Cólon e Reto, Doenças Infeto Contagiosas, SIDA, SIDA (portador), Tuberculose, Gripe, Evitáveis por vacinação, Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) e Asma, Pneumonia. Evidenciam-se alguns pressupostos que estão na base da análise: 1 - Todos os diagnósticos acima referidos ocorreram em internamento, independentemente de se tratarem de diagnósticos principais ou não. 2 - O valor referente às neoplasias malignas não inclui as neoplasias malignas referentes aos cancros da mama feminina, do colo do útero e do cólon reto, uma vez que estes diagnósticos foram isoladamente objeto de análise. 3 - O valor referente às doenças infeto contagiosas não inclui a sida, a tuberculose nem a gripe, uma vez que estes diagnósticos foram isoladamente objeto de análise. 4 - Os diagnósticos em análise correspondem a 45,3% do total de internamentos que ocorreram no ano de, e correspondem a 43,2% do total de internamentos que ocorreram no ano de Segundo os códigos da Classificação Internacional de Doenças, 9ª revisão, Modificação Clínica, os procedimentos considerados em cada um dos diagnósticos, foram: Enfarte Agudo de Miocárdio a Acidente Vascular Cerebral e 430 a e a e 436 Diabetes a Neoplasias Malignas a e a e a e a Cancro da Mama Feminina a e e Cancro do Colo do Útero a e Cancro do Cólon e Reto a e a e a e Doenças Infeto contagiosas e a e e a e a e a e e a e e e a e a e a e a e e e a e a e a e a e e a e a e e a e a e a e a e e a e 037 e e a e 124 e a e a e a e e e 071 e SIDA.042 SIDA (portador) V08 Tuberculose a Gripe a e a Evitáveis por vacinação a e e a e V02.61 e a e a e a e a e o37 e e a e Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica e Asma a , a 492.8, a e 496 Pneumonia 485, 486, a 480.9, 481, a , a , a , 112.4, a ,

37 Gráfico 7 - Variação percentual dos internamentos por diagnósticos ocorridos em em relação a 2011 Fonte: Base de Dados CIDES Em termos de variação percentual em, relativamente ao ano de 2011, verificouse um aumento de episódios com diagnóstico de SIDA (portador) ( 14,0%), DPOC e Asma ( 4,2%), Diabetes ( 2,2%) e Pneumonia ( 0,9%). Assistiu-se a um decréscimo do número de episódios em todos os restantes diagnósticos, assinalando- -se que as maiores descidas correspondem à Gripe ( 26,8%); SIDA ( 14,3%) e Tuberculose ( 14,2%). Relativamente à média de idades, é nos internamentos por DPOC/Asma e por AVC em que se verifica o número mais elevado de idade, 76 anos. Em contrapartida, os internamentos por SIDA e por Gripe correspondem a doentes com idades que se situam no grupo etário dos 40 anos. Gráfico 8 - Média de idades por diagnóstico em Fonte: Base de Dados CIDES 33

38 Da observação do gráfico seguinte (gráfico 9), é possível analisar a distribuição por género em cada um dos diagnósticos. Excluindo-se os diagnósticos do Cancro da Mama Feminina e o Cancro do Colo do Útero, destacam-se, os diagnósticos cuja distribuição é mais díspar, nomeadamente na Gripe (73,4% dos internamentos relativos a homens e 26,6% relativos a mulheres) e na Tuberculose (67,9% dos internamentos relativos a homens e 32,1% relativos a mulheres). Gráfico 9 - Percentagem de internamentos por sexo em Fonte: Base de Dados CIDES 3.3. Mortalidade Infantil A taxa de mortalidade infantil é um dos indicadores de saúde mais sensíveis, sendo utilizado para medir o nível assistencial e de condições gerais de vida de uma região. Em nasceram, no âmbito territorial jurisdicional da ARSC, nados- -vivos (menos 627 do que em 2011), tendo ocorrido 42 óbitos infantis (i.e., com menos de 1 ano de idade). Relativamente ao ano de 2011, a taxa de mortalidade infantil da região foi de 2,9, um valor substancialmente inferior ao do todo continental e nacional (3,1 ). 34

39 Gráfico 10 - Evolução da taxa de mortalidade infantil de 2007 a 2011 Fonte: INE - Censos 2001 e 2011 Gráfico 11 - Taxas de natalidade, mortalidade infantil, fetal e perinatal na Região Centro (NUTS 1999) de 2007 a 2011 Fonte: INE - Censos 2001 e 2011 Relativamente à taxa bruta de mortalidade, a Região Centro tem apresentado ao longo dos últimos anos valores superiores aos verificados no Continente, inversamente, a taxa bruta de natalidade é inferior na Região Centro. Quadro 12 - Evolução dos indicadores de saúde na Região Centro e Continente, nos últimos 5 anos ANO Continente Taxa Bruta de Mortalidade ( 0 /00) Região Centro (NUTS 2002) Natalidade por residência da mãe (por habitantes)* Continente Região Centro (NUTS 1999) Mortalidade infantil por residência da mãe (por nados-vivos) Continente Região Centro (NUTS 1999) Mortalidade neonatal por residência da mãe (por nados-vivos) Continente Região Centro (NUTS 1999) ,8 11,3 9,6 8,1 3,4 3,2 2,0 1, ,8 11,4 9,8 8,2 3,3 3,7 2,1 2, ,8 11,2 9,3 7,8 3,6 2,6 2,4 2, ,9 11,4 9,6 8,2 2,5 1,9 1,6 1, ,8 11,3 9,1 7,8 3,1 2,9 2,4 2,3 Fonte: INE; DGS * Estimativa da população residente (média) de cada um dos anos em referência 35

40 4. Rede de Cuidados de Saúde e (re) organização dos Serviços A rede de cuidados de saúde primários da Região de Saúde do Centro inclui 84 centros de saúde, sendo 20 integrados nas ULS de Castelo Branco e Guarda e os restantes 64 nos ACeS da ARSC. As unidades funcionais dos ACeS asseguram, nos termos legais, a prestação de cuidados de saúde primários à população da sua área geodemográfica (quadro 13). A rede hospitalar do Serviço Nacional de Saúde (SNS) está organizada em 5 centros hospitalares, 2 hospitais centrais especializados, 1 hospital distrital, 3 hospitais de nível 1 e 3 hospitais integrados em ULS. Quadro 13 - Rede de cuidados de saúde da ARSC em ACES CENTRO DE SAÚDE HOSPITAIS (por localização geográfica) Baixo Mondego I Baixo Mondego II Baixo Mondego III Baixo Vouga I Baixo Vouga II Baixo Vouga III Celas Condeixa-a-Nova Eiras Fernão de Magalhães Norton de Matos Penacova S. Martinho do Bispo Santa Clara Figueira da Foz Montemor-o-Velho Soure Cantanhede Mealhada Mira Mortágua Águeda Anadia Oliveira do Bairro Sever do Vouga Albergaria-a-Velha Aveiro Ílhavo Vagos Estarreja Murtosa Ovar Centro Hospitalar Universitário de Coimbra, EPE Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil, EPE Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE Hospital Arcebispo João Crisóstomo Centro de Medicina e Reabilitação da Região Centro Rovisco Pais - Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE Hospital Visconde de Salreu Hospital Dr. Francisco Zagalo 36

41 (cont.) ACES CENTRO DE SAÚDE HOSPITAIS (por localização geográfica) Cova da Beira Dão-Lafões I Dão-Lafões II Dão-Lafões III Belmonte Covilhã Fundão Viseu 1 Viseu 3 Aguiar da Beira Castro Daire Oliveira de Frades São Pedro do Sul Sátão Vila Nova de Paiva Vouzela Carregal do Sal Mangualde Nelas Penalva do Castelo Santa Comba Dão Tondela Centro Hospitalar da Cova da Beira, EPE Centro Hospital Tondela-Viseu, EPE - - Pinhal Interior Norte I Pinhal Interior Norte II Arganil Góis Lousã Miranda do Corvo Oliveira do Hospital Pampilhosa da Serra Tábua Vila Nova de Poiares Alvaiázere Ansião Castanheira de Pera Figueiró dos Vinhos Pedrogão Grande Penela - - Pinhal Litoral I Pombal Centro Hospitalar Leiria-Pombal, EPE Pinhal Litoral II Arnaldo Sampaio Batalha Gorjão Henriques Centro Hospitalar Leiria-Pombal, EPE Marinha Grande Porto de Mós 37

42 (cont.) ULS CENTRO DE SAÚDE HOSPITAIS (por localização geográfica) Castelo Branco Castelo Branco Idanha-a-Nova Oleiros Penamacor Proença-a-Nova Sertã Vila de Rei Vila Velha de Rodão Hospital Amato Lusitano Guarda Almeida Celorico da Beira Figueira de Castelo Rodrigo Fornos de Algodres Gouveia Guarda Manteigas Meda Pinhel Sabugal Seia Trancoso, Hospital Sousa Martins Hospital Nossa Senhora da Assunção Fonte: ARSC 4.1. Cuidados de Saúde Primários Os cuidados de saúde primários (CSP) são o primeiro nível de acesso dos cidadãos à prestação de cuidados de saúde, assumindo importantes funções de promoção da saúde e prevenção da doença, prestação de cuidados na doença e ligação a outros serviços para a continuidade dos cuidados. O Decreto-Lei n.º28/2008, introduziu um novo modelo organizativo e de gestão da rede de prestação de cuidados através da criação dos ACeS. Os ACeS são serviços de saúde com autonomia administrativa, constituídos pelas seguintes unidades funcionais: Unidades de saúde familiar (USF); Unidade de cuidados de saúde personalizados (UCSP); 38

43 Unidade de cuidados na comunidade (UCC); Unidade de saúde pública (USP); Unidade de recursos assistenciais partilhados (URAP); Outras unidades ou serviços, propostos pela respetiva ARSC, e aprovados por despacho do Ministério da Saúde, e que venham a ser considerados como necessários. Unidades de Saúde Familiar (USF) As USF são unidades funcionais dos ACeS que surgem de um movimento organizativo voluntário de um conjunto de profissionais de saúde e visam, a par das UCSP, a prestação de cuidados de saúde individuais. Em entraram em funcionamento 2 novas USF na Região de Saúde do Centro: Fernando Namora e Rainha S. Isabel (ACeS Baixo Mondego I). Assim, a 31 de dezembro de encontravam-se em atividade 36 USF, 22 das quais a funcionar em modelo A e 14 a funcionar de acordo com o modelo B (quadro 14). Quadro 14 - Caraterização das USF segundo o modelo de funcionamento USF 2011 N.º % N.º % 2011/ Modelo A % Modelo B % Total % F o nte: ER A O ano em que foi criado um maior número de USF foi 2008, assistindo-se a uma diminuição progressiva, porventura explicável pela escassez de recursos humanos médicos e pelo caráter auto-organizativo destas unidades funcionais. O ACeS do Baixo Mondego I (7 USF), Baixo Vouga II (5 USF) e Dão Lafões I (5 USF) são aqueles que detêm o maior número de USF em funcionamento, conforme indica o quadro

44 Quadro 15 - Unidades de Saúde Familiar na Região de Saúde do Centro em ACES/ULS CENTRO DE SAÚDE Entrada em funcionamento Modelo A Modelo B Baixo Mondego I Baixo Mondego II Baixo Mondego III Baixo Vouga II Baixo Vouga III Condeixa Briosa Cruz de Celas CelaSaúde Mondego Fernando Namora Rainha S. Isabel S.Julião Vitasaurium Buarcos Marquês de Marialva As Gândaras Progresso e Saúde Moliceiro Santa Joana Beira Ria Flor do Sal Rainha D. Tereza Barrinha João Semana S. João de Ovar Alpha Grão Vasco Infante D. Henrique Dão-Lafões I Viriato Lusitana Viseu Cidade Dão-Lafões II Lafões Montemuro Dão-Lafões III Estrela do Dão Pinhal Interior Norte I Pinhal Litoral II Serra da Lousã Trevim-Sol Santiago D. Dinis Condestável ULS Guarda A Ribeirinha Fonte: ERA 40

45 Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) As UCSP, à semelhança das USF, prestam cuidados personalizados individualizados de saúde, garantindo as suas acessibilidades, continuidade e globalidade. Em, estavam em funcionamento 82 UCSP. Quadro 16 - Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados na Região de Saúde do Centro em ACeS/ULS Baixo Mondego I Baixo Mondego II Baixo Mondego III Baixo Vouga I Baixo Vouga II Cova da Beira CENTRO DE SAÚDE Entrada em funcionamento Fernão de Magalhães Penacova Figueira da Foz Norte Figueira da Foz Sul Figueira da Foz Urbana Soure Montemor-o-Velho Mealhada Cantanhede Mira Mortágua "Juíz de Fora" Oliveira do Bairo I Águeda I Águeda V Oliveira do Bairro II Águeda II Anadia III Anadia I Sever do Vouga Agueda IV Agueda III Ilhavo I Ilhavo II Albergaria-a-Velha Aveiro I Aveiro II Vagos I Vagos II Belmonte Covilhã Fundão Tortozendo Dão-Lafões I D.Duarte Aguiar da Beira 1.º trimestre 2010 Castro Daire 1.º trimestre 2010 Dão-Lafões II S.Pedro do Sul 1.º trimestre 2010 Sátão 1.º trimestre 2010 Vila Nova de Paiva 1.º trimestre 2010 Vouzela 1.º trimestre

46 (cont.) ACeS/ULS CENTRO DE SAÚDE Entrada em funcionamento Dão-Lafões III Pinhal Interior Norte I Pinhal Litoral I ULS Castelo Branco Campo-Caramulo Canas de Santa Maria Canas de Senhorim Carregal do Sal Mangualde Penalva do Castelo Santa Comba Dão Tondela Terras de Azurara Arganil Góis Lousã-Serpins Miranda do Corvo Oliveira do Hospital Pampilhosa da Serra Tábua Vila Nova de Poiares Pombal Oeste Marquês São Martinho Oleiros Penamacor Proença-a-Nova Sertã UCSP I UCSP II UCSP III UCSP IV UCSP V Vila de Rei Vila Velha de Rodão ULS Guarda CS Almeida CS Celorico CS Figueira de Castelo Rodrigo CS Fornos de Algodres CS Gouveia CS Guarda CS Manteigas CS Meda CS Pinhel CS Sabugal CS Seia CS Trancoso Fonte: ACeS, ULS 42

47 Unidades de Cuidados na Comunidade (UCC) As UCC foram regulamentadas pelo Despacho n.º 10143/2009, de 16 de abril e têm como missão a prestação de cuidados de saúde e apoio psicológico e social de âmbito domiciliário e comunitário, especialmente às pessoas, famílias e grupos mais vulneráveis, em situação de maior risco ou dependência física e funcional ou doença que necessite de acompanhamento próximo. Estas equipas atuam, ainda, na educação para a saúde, na integração em redes de apoio à família e na implementação de unidades móveis de intervenção, garantindo a continuidade e qualidade dos cuidados prestados. Resultando de um processo de candidatura com a respetiva autorização e homologação pelo Conselho Diretivo da ARSC, em iniciaram a sua atividade 4 UCC, conforme quadro infra, sendo que no total existiam em funcionamento 13 UCC. Quadro 17 - Unidades de Cuidados na Comunidade na Região de Saúde do Centro em ACeS/ULS CENTRO DE SAÚDE Entrada em funcionamento Baixo Mondego II Soure Farol do Mondego Baixo Vouga I Vouga Baixo Vouga II Albergaria-a-Velha Cova da Beira Belmonte Dão-Lafões II Castro Daire Mirante do Seixo Dão-Lafões III Nelas Arouce Pinhal Interior Norte I Pedra da Sé-Tábua Torre de Sinos Por Poiares ULS Guarda Seia Fonte: ACeS, ULS 43

48 Unidades de Saúde Pública (USP) As USP abrangem toda a área geográfica do ACeS e têm como competências elaborar informação e planos no domínio da saúde pública, proceder à vigilância epidemiológica, gerir e monitorizar programas de saúde no âmbito da prevenção, promoção e proteção da saúde e ainda colaborar no exercício das funções de autoridade de saúde. Nos termos da legislação em vigor, as USP detêm a missão de observatório de saúde da área geodemográfica correspondente ao ACeS em que se integram, dotando desta forma, os decisores de informação em saúde necessária à tomada de decisão. Em 31/12/ encontravam-se em funcionamento 17 USP, correspondentes à totalidade dos 14 ACeS da ARSC e às ULS da região. A ULS de Castelo Branco dispõe de duas destas unidades. Unidades de Recursos Assistenciais Partilhados (URAP) Estas unidades, criadas ao abrigo do Decreto-Lei n.º 28/2008 de 22 de fevereiro, abrangem todo o território do ACeS (à semelhança das USP) e prestam serviços de consultoria e assistenciais às outras unidades funcionais, organizando ainda as ligações funcionais com os serviços hospitalares. A 31/12/ encontravam-se em funcionamento e devidamente formalizadas, 15 destas unidades funcionais. Unidades de Apoio à Gestão (UPA) A 31/12/ a ARSC dispunha de 14 unidades de apoio à gestão em funcionamento. Estas unidades, criadas ao abrigo da alínea f) do número 1 do artigo 7º do Decreto-Lei n.º 28/2008 de 22 de fevereiro, prestam apoio administrativo e geral ao diretor executivo, ao conselho clínico e de saúde e às demais unidades funcionais do ACeS. 44

49 4.2. Cuidados de Saúde Hospitalares A rede hospitalar da ARSC é constituída desde 1 de abril de 2011 por 5 centros hospitalares, 2 hospitais centrais especializados (Instituto Português de Oncologia de Coimbra e o Centro de Medicina Física e Reabilitação da Região Centro Rovisco Pais (CMRRC - Rovisco Pais), 1 hospital distrital (Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE), 3 hospitais de nível 1 e 3 hospitais integrados em duas ULS (Hospital Sousa Martins e Hospital de Seia e Hospital Amato Lusitano) totalizando 21 entidades prestadoras de cuidados hospitalares do SNS, correspondentes a 13 instituições. Quadro 18 - Rede Hospitalar da ARSC HOSPITAIS EPE Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE Centro Hospitalar Leiria-Pombal, EPE Centro Hospital Tondela-Viseu, EPE Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE ENTIDADES INTEGRADAS Hospital Distrital de Águeda Hospital Infante D. Pedro, EPE Hospital Visconde Salreu de Estarreja Hospital Distrital da Covilhã Hospital Distrital do Fundão Hospital Distrital de Pombal Hospital de Santo André, EPE Hospital Cândido de Figueiredo Hospital São Teotónio, EPE Centro Hospitalar de Coimbra, EPE Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra Hospitais da Universidade de Coimbra, EPE Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE Instituto Português de Oncologia de Coimbra Francisco Gentil, EPE Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE Hospital Amato Lusitano Hospital Sousa Martins Hospital Nossa Senhora da Assunção HOSPITAIS SPA Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro Rovisco Pais - Tocha Hospital Arcebispo João Crisóstomo - Cantanhede Hospital Doutor Francisco Zagalo - Ovar Hospital José Luciano de Castro - Anadia Fonte: ARSC 45

50 A lotação praticada a dezembro de (excluindo berçário, quartos particulares e camas de cuidados continuados) corresponde a camas. O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE (CHUC), a maior entidade hospitalar do País, destaca-se com um total de camas, correspondentes a 39% da lotação praticada na região. Relativamente a 2011, observou-se um decréscimo regional global da lotação praticada de 5%. Quadro 19 - Lotação praticada nos Hospitais da Região Centro em 2011 e HOSPITAIS Δ 2011/ 2011 Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE Centro Hospitalar Leiria- Pombal, EPE Centro Hospital Tondela-Viseu, EPE Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro Rovisco Pais Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE = Hospital Doutor Francisco Zagalo - Ovar Instituto Português de Oncologia de Coimbra Francisco Gentil, EPE Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE Região de Saúde do Centro F o nt e : S IC A Do total de camas, 248 são destinadas a doentes da psiquiatria (forense, residentes e reabilitação psicossocial) conforme quadro infra. Quadro 20 - Lotação de Psiquiatria nos Hospitais da Região Centro em 2011 e Forenses Residentes Reabilitação Psicossocial Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE Centro Hospitalar Leiria-Pombal, EPE Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE Região de Saúde do Centro HOSPITAIS F o nt e: SIC A 46

51 4.3. Cuidados Continuados Integrados A Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) foi criada através do Decreto-Lei n.º 101/2006 de 6 de junho. A sua implementação tem vindo a ser realizada de uma forma sustentada e baseada na integralidade, globalidade, interdisciplinaridade, intersetorialidade (setores social e da saúde), inserção na comunidade, qualidade e continuidade assistencial, garantindo o princípio da autonomia e desenvolvendo a participação da família, fomentando a permanência das pessoas no seu domicílio e assente na metodologia do trabalho por objetivos. Em dezembro de a lotação da RNCCI na ARSC atinge camas em unidades de internamento (mais 59 camas em relação a 2011). De acordo com o estimado, representa quase 60% das necessidades relativas à população com mais de 65 anos. Existem quatro tipos de unidades que se diferenciam segundo as tipologias: Unidades de Convalescença (UC), Unidades de Média Duração e Reabilitação (UMDR), Unidades de Longa Duração e Manutenção (ULDM) e Unidades de Cuidados Paliativos (UP). Quadro 21 - Camas da RNCCI na Região Centro em 31/12/ DISTRITO/TIPOLOGIA UC UMDR ULDM UP TOTAL Aveiro Castelo Branco Coimbra Guarda Leiria Viseu Região de Saúde do Centro F o nte: Gestcare C C I, Relativamente ao número de lugares no domicílio, cuja prestação de cuidados é efetuada pelas Equipas de Cuidados Continuados Integrados (ECCI), existem 33 equipas com capacidade para 630 lugares. 47

52 A figura 5 apresenta a distribuição geográfica na Região Centro em termos de unidades de internamento e equipas domiciliárias de cuidados continuados integrados. Figura 5 - RNCCI na Região Centro UP UC UMDR ULDM ECCI 48

53 5. Caraterização Económico-Financeira Na sequência da publicação dos novos estatutos da ARSC, através da Portaria n.º 164/ de 22 de maio, foi implementado um novo modelo organizacional, com reestruturação dos serviços centrais e desconcentrados. Estas alterações estruturais, tiveram como objetivo, a racionalização de recursos (humanos, materiais e financeiros) repercutindo-se diretamente ao nível da prestação de cuidados de saúde. Em, face a este novo cenário organizativo, os ACeS revelaram-se na prática, o cerne da reestruturação prevista. De facto parte importante desta reorganização, foi concretizada através da fusão dos ACeS, que de um total de 14 no início do ano passaram a 6 em 30 de novembro de. De igual forma merece relevo a integração do Instituto da Droga e da Toxicodependência, IP, (IDT), resultante da aplicação do Decreto-Lei n.º 124/2011 de 29 de dezembro. Assim, desde o início de, foi preparada a reorganização estrutural da ARSC, IP e adotadas algumas medidas indispensáveis a uma transição organizativa bem sucedida, sem prejuízo para o bom funcionamento dos serviços e criando condições para a maximização de ganhos nos serviços prestados, com economias de escala obtidas através da redução das estruturas administrativas e da maior concentração dos recursos disponíveis Informação Contabilística e Financeira O ano de foi marcado pela revisão de regulamentos e de normas internas, dos quais se destaca o regulamento dos fundos de maneio e a redefinição de competências das unidades orgânicas e respetivos intervenientes, bem como adoção de procedimentos administrativos e financeiros no cumprimento de nova legislação, da qual se destaca a Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso publicada através da Lei n.º 8/ de 21 de fevereiro e regulamentada pelo Decreto-Lei n.º 127/ de 21 de junho. Por outro lado, tendo por objetivo o controlo dos encargos do exercício económico, assumidos por cada ACeS, manteve-se o princípio de centralização dos 49

54 procedimentos de autorização da despesa, à semelhança do que se tinha verificado no ano anterior, bem como a atribuição de fundos permanentes por ACeS, para fazer face a despesas inadiáveis e urgentes, nomeadamente despesas de funcionamento (reembolsos a utentes, consumos de eletricidade, água, combustíveis, oxigénio e pequenas reparações). No que respeita à utilização dos fundos disponíveis, foi feito um trabalho intenso de recuperação dos prazos de pagamento, dando-se prioridade à liquidação de toda a faturação validada, vencida ou vincenda, do qual resultou um valor de encargos em dívida a transitar para o ano seguinte, manifestamente inferior ao que havia transitado de 2011 para. No que respeita a dívidas de terceiros, as rubricas de maior ênfase reportam-se a subsistemas de saúde, no qual se destaca a ADSE. De facto, com a alteração do processo de financiamento dos custos resultantes da prestação de serviços aos utentes da ADSE, constatou-se uma atitude de reserva por parte desta entidade, em relação à assunção do pagamento de dívidas anteriores a Proveitos e Ganhos Proveitos Os proveitos e ganhos atingiram no período em análise, o valor de , que representa um aumento de 3,04% face ao período homólogo ( ). Esta situação decorre, principalmente do aumento dos valores na rubrica Outros Proveitos, superiores ao mesmo período do ano transato, 468,2% ( ). Este relevante aumento em, deve-se à contabilização de ,89 na rubrica proveitos extraordinários, no âmbito do processo de regularização de dívidas às entidades EPE. Gráfico 12 - Evolução dos Proveitos em 2011 e ( ) Fonte: ARSC 50

55 Recebimentos vs Cobranças No que toca aos recebimentos, em verifica-se um acréscimo de cerca de 4,9% ( ) face o período homólogo 2011, conforme se demonstra no gráfico seguinte. Gráfico 13 - Evolução dos recebimentos em 2011 e ( ) Fonte: ARSC O acréscimo de recebimentos é caraterizado essencialmente pelo aumento das cobranças na rubrica 712 Prestação de Serviços, o que representa em cerca 97,8% dos proveitos enquanto em 2011 representava somente 85,7%. No que respeita às cobranças, em termos globais enquanto em 2011 ficaram por cobrar 6,7% dos proveitos, em o nível de cobranças foi menor tendo ficado por cobrar 9,1% dos proveitos Custos e Perdas Encargos Assumidos A nível dos custos e perdas constata-se, conforme pode ser confirmado no gráfico apresentado, comparando as importâncias assumidas entre os períodos em análise, uma variação percentual favorável de 15,9% ( ,38 ). 51

56 Gráfico 14 - Evolução dos encargos assumidos em 2011 e ( ) Fonte: ARSC Da análise das principais rubricas, destaca-se claramente como rubrica dominante na estrutura dos custos a rubrica Fornecimentos e Serviços Externos (FSE) - -Subcontratos, com um peso relativo de 65,01% em 2011 e 70,6% em. Esta rubrica apresenta um decréscimo de 8,6%, correspondendo em termos de valor, a ( ). Este decréscimo é consubstanciado pelos encargos de subcontratos de maior peso, nomeadamente: prescrição de medicamentos, cuidados farmacêuticos e diabetes. Gráfico 15 - Evolução de encargos com subcontratos em 2011 e ( ) Fonte: ARSC Em o encargo com medicamentos regista um decréscimo de cerca de 11,9% a que corresponde em valor ( ). 52

57 Encargos em Dívida No que concerne aos encargos em dívida, verifica-se em um decréscimo de cerca de 70,9%, ( ) tal como é possível observar no gráfico seguinte. Gráfico 16 - Evolução dos encargos em dívida em 2011 e ( ) Fonte: ARSC Esta variação é caraterizada por um acréscimo no volume de pagamentos dos encargos, sobre os quais se destacam as seguintes rúbricas: Subcontratos ,7% 92,4% Correções relativas a anos anteriores 66,6% 82,6% 5.4. Publicidade Institucional Durante o ano de, a ARSC registou na rubrica Publicidade e Propaganda, um gasto com 344,44, valor este significativamente inferior ao do ano 2011, o que representa um decréscimo de 95,4%. 53

58 6. Balanço Social A 31/12/, de acordo com as regras para a construção do Balanço Social, existiam trabalhadores (menos 66 trabalhadores relativamente a 2011) em funções na ARSC (sede e serviços desconcentrados) dos quais 79% do sexo feminino e 21% do sexo masculino. A idade dos trabalhadores estava compreendida entre os 20 e os 69 anos, sendo que a maioria tinha mais de 45 anos de idade (62%) e o grupo etário com uma maior proporção de efetivos é o dos 55 a 59 anos (23%). A idade média dos trabalhadores, à data em questão, é de 48 anos. Gráfico 17 - Pirâmide etária dos trabalhadores da ARSC Fonte: ARSC Para além destes, existiam 17 trabalhadores em prestação de serviços (avença), todos eles com idade compreendida entre os 20 e 49 anos. Considerando a modalidade de vinculação, 99% dos trabalhadores detinha Contratos de Trabalho em Funções Públicas, dos quais 86% por tempo indeterminado e 14% a termo resolutivo (certo e incerto). Os restantes trabalhadores estavam em Comissão de Serviço no âmbito da Lei sobre regimes Vinculação, Carreiras e Remunerações, em Cargo Político Mandato e no âmbito do Código do Trabalho. 54

59 Gráfico 18 - Distribuição dos trabalhadores da ARSC por tipo de vínculo Fonte: ARSC As carreiras médicas e de enfermagem são as mais prevalentes, correspondendo a 53% dos trabalhadores da ARSC. A proporção de assistentes técnicos e de assistentes operacionais é também notória, com cerca de 38% dos trabalhadores. Gráfico 19 - Distribuição dos trabalhadores da ARSC por categoria profissional Fonte: ARSC Entre as carreiras mais prevalentes (enfermeiros e médicos), a maioria dos médicos tinha mais de 50 anos de idade (61%) e a distribuição por sexos era equivalente. No que respeita aos enfermeiros, 79% tinham idades inferiores a 50 anos e na sua maioria eram do sexo feminino (88%). 55

60 Gráfico 20 - Pirâmide etária dos profissionais médicos e de enfermagem efetivos na ARSC Fonte: ARSC Em mobilidade geral encontravam-se 71 trabalhadores (mais 11 trabalhadores relativamente a 2011), designadamente 50 em cedência de interesse público e 20 em mobilidade interna, predominantemente pertencentes às carreiras de enfermagem e assistente técnico. O nível médio de antiguidade dos trabalhadores na respetiva carreira era de cerca de 20 anos de serviço. Considerando as carreiras mais prevalentes, é de referir que 41% dos médicos trabalha há mais de 30 anos na carreira e cerca de 68% dos enfermeiros tem menos de 20 anos de serviço; por outro lado, 35% dos assistentes técnicos tem mais de 30 anos de serviço. Gráfico 21 - Percentagem dos trabalhadores segundo o nível de antiguidade Fonte: ARSC 56

61 No ano de, a saída de trabalhadores foi mais significativa nas carreiras de assistente operacional (27%), assistente técnico (26%) e médica (25%), tendo ocorrido maioritariamente (em 45% dos casos) por motivos de reforma/aposentação. As ausências ao trabalho dos profissionais da ARSC totalizaram dias em, menos 4% relativamente ao ano anterior, e deveram-se principalmente a doença (57%) e a proteção na parentalidade (19%). O total de encargos com pessoal no ano de somou (excluem-se os encargos com a entidade patronal) e destinou-se essencialmente ao pagamento da remuneração base (81%) e suplementos remuneratórios (15%). De entre os encargos com suplementos remuneratórios, destaca-se o pagamento de trabalho extraordinário (52%) e o pagamento de outros suplementos remuneratórios (25%). Cerca de 60% dos suplementos remuneratórios foram pagos a médicos, devido principalmente a trabalho extraordinário (49%) e a outros suplementos remuneratórios (25%). Os enfermeiros auferiram 22% dos suplementos remuneratórios pelos mesmos motivos dos médicos (57% e 30% respetivamente por trabalho extraordinário e outros suplementos remuneratórios). Os encargos com prestações sociais representaram 4% das despesas com pessoal em, 87% dos quais devidos a subsídio de refeição, seguindo-se o pagamento do abono de família (6%) e os subsídios no âmbito da parentalidade (5%). Em registaram-se 58 acidentes de trabalho (55 acidentes no local de trabalho e 3 In Itinere), e em 45% houve necessidade de baixa do funcionário. Dos acidentes de trabalho resultaram 417 dias de trabalho perdidos. Não foram declarados casos de incapacidade permanente relativamente aos trabalhadores vítimas de acidente de trabalho, no entanto, a 16 funcionários foi considerada incapacidade temporária. No âmbito das atividades de medicina no trabalho efetuaram-se 96 exames médicos, totalizando os encargos correspondentes No que diz respeito a ações de formação profissional no ano de, registaram-se participações, internas, e na sua maioria com duração inferior a 30 horas (83%). As despesas com formação (suportadas pelo orçamento do serviço) somaram e tiveram a participação de enfermeiros, médicos, técnicos superiores de saúde, assistentes técnicos, assistentes operacionais, técnicos superiores, dirigentes e técnicos de diagnóstico e terapêutica, sendo as participações mais representativas as dos enfermeiros (34%), médicos (29%) e técnicos superiores de saúde (20%). 57

62 Capítulo III Produção de Cuidados de Saúde ① Produção em Cuidados de Saúde Primários ② Produção em Cuidados de Saúde Hospitalares ③ Produção em Cuidados Continuados Integrados 58

63 1. Produção em Cuidados de Saúde Primários 1.1. Utentes Inscritos e Utilizadores Em dezembro de, a Região de Saúde do Centro tinha um total de utentes inscritos, 85% dos quais inscritos nos serviços desconcentrados da ARSC (ACeS). Olhando à caraterização dos utentes inscritos (gráfico 22), a faixa etária dos anos é a que apresenta maior volume de utentes para ambos os géneros. Nas mulheres, o grupo etário com menor volume situa-se nos 0-4 anos e nos homens, nas idades superiores aos 85 anos. Gráfico 22 - Pirâmide etária dos utentes inscritos na Região Centro em Fonte: SIARS Comparativamente ao ano anterior verificou-se uma diminuição de 0,9% do número inscritos o que corresponde a menos utentes (quadro 22). 59

64 Quadro 22 - Utentes inscritos e utilizadores na Região de Saúde do Centro em 2011 e ACeS/ULS Total de Inscritos Total de Utilizadores Taxa de Utilização / / Global Baixo Mondego I ,1% ,3% 65,7% Baixo Mondego II ,2% ,0% 66,2% Baixo Mondego III ,8% ,3% 73,1% Baixo Vouga I ,6% ,2% 70,1% Baixo Vouga II ,3% ,1% 67,0% Baixo Vouga III ,8% ,5% 71,6% Cova da Beira ,0% ,8% 60,1% Dão-Lafões I ,1% ,2% 64,7% Dão-Lafões II ,3% ,4% 75,1% Dão-Lafões III ,2% ,7% 66,5% Pinhal Interior Norte I ,1% ,1% 76,7% Pinhal Interior Norte II ,4% ,6% 74,0% Pinhal Litoral I ,9% ,3% 64,3% Pinhal Litoral II ,3% ,9% 63,5% ULS Castelo Branco ,6% ,0% 69,9% ULS Guarda ,6% ,1% 68,8% Região de Saúde do Centro ,9% ,1% 67,9% F o nte: SIA R S Em dezembro de, o número de utentes utilizadores dos CSP foi de , tendo sofrido um pequeno decréscimo relativamente a dezembro de 2011 (-2,1%). Em termos de taxa de utilização global, o ACeS Pinhal Interior Norte I é aquele em que a proporção de utilizadores é maior (76,7%, sendo a média regional de 67,9%), em contrapartida do ACeS do Pinhal Litoral II onde se verifica a menor taxa de utilização, 63,5%. Gráfico 23 - Variação percentual dos utentes inscritos e dos utentes utilizadores em vs 2011 Fonte: SIARS 60

65 Relativamente aos utentes inscritos o comportamento entre 2011 e é sempre o de decréscimo, em todos os ACeS, no entanto, relativamente aos utentes utilizadores existem ligeiros acréscimos no ACeS Dão Lafões I ( 0,2%) e Baixo Mondego I ( 0,3%). A maioria dos utentes inscritos nos CSP tem médico de família atribuído (92%), no entanto, é de salientar que dos utentes sem médico de família atribuído e que representam 8% do total de inscritos nesta região, 0,2% não têm médico de família por opção. Quadro 23 - Utentes inscritos sem médico de família atribuído, por ACeS e ULS em 2011 e ACeS/ULS Inscritos sem médico de família Total de inscritos % inscritos sem médico/total inscritos / / 2011 Baixo Mondego I ,1% ,1% 11,9% 9,2% Baixo Mondego II ,6% ,2% 6,6% 7,6% Baixo Mondego III ,7% ,8% 5,5% 9,0% Baixo Vouga I ,3% ,6% 15,0% 11,9% Baixo Vouga II ,9% ,3% 6,0% 4,0% Baixo Vouga III ,0% ,8% 3,8% 2,0% Cova da Beira ,5% ,0% 9,2% 9,0% Dão-Lafões I ,2% ,1% 12,2% 13,3% Dão-Lafões II ,7% ,3% 5,8% 5,3% Dão-Lafões III ,7% ,2% 21,6% 24,0% Pinhal Interior Norte I ,4% ,1% 5,9% 3,6% Pinhal Interior Norte II ,3% ,4% 6,2% 5,9% Pinhal Litoral I ,3% ,9% 6,3% 10,3% Pinhal Litoral II ,1% ,3% 12,7% 9,4% ULS Castelo Branco ,6% ,6% 0,9% 1,1% ULS Guarda ,2% ,6% 3,7% 1,3% Região de Saúde do Centro ,7% ,9% 8,7% 7,8% F o nte: SIA R S Verifica-se que a proporção de utentes sem médico de família é notoriamente mais elevada no ACeS Dão-Lafões III (24%), em oposição à ULS Castelo Branco, que regista a menor proporção de utentes sem médico de família (1,1%). 61

66 Gráfico 24 - Percentagem de utentes inscritos com e sem médico de família em Fonte: SIARS 1.2. Indicadores Passam-se a descrever os indicadores que medem a performance do trabalho desenvolvido na área dos CSP Indicadores de Produtividade Indicadores de Acesso Indicadores de Qualidade Indicadores de Eficiência Indicadores de Desempenho 62

67 Indicadores de Produtividade Em realizou-se um total de consultas na Região de Saúde do Centro observando-se uma diminuição de 8,4% relativamente ao ano anterior, o que se traduziu em menos consultas. Em virtude do encerramento de alguns Serviços de Atendimento Permanente (SAP), o número de atendimentos nestes serviços e afins foi o que apresentou a maior descida (-18,7%). Quanto aos atos de enfermagem, verificou-se um aumento de 10,8% comparativamente ao período homólogo (quadro 24). Quadro 24 - Produção dos CSP na Região de Saúde do Centro em 2011 e ACeS/ULS / Consultas Programadas e Não Programadas (Inclui SAP e Afins) ,4% Atendimentos em SAP e Afins ,7% 1 as consultas MGF ,5% Domicílios ,8% Atos de Enfermagem ,8% F o nte: SIA R S Considerando apenas as consultas de medicina geral e familiar (MGF), realizaramse em um total de consultas na região, o que correspondeu a uma diminuição de 6,2% em relação ao ano anterior. Em, as primeiras consultas corresponderam a 26% do total (diminuição de 4,5% em relação ao ano anterior). No que diz especificamente respeito aos ACeS, estes apresentam uma diminuição de 7% do total de consultas de MGF em relação ao ano anterior, o que em termos absolutos representa um decréscimo de consultas. 63

68 Quadro 25 - Primeiras Consultas de Medicina Geral e Familiar realizadas em Prim eiras Consultas de Medicina Geral e Fam iliar ACeS/ULS S a úde M a t e rna Baixo Mondego I Baixo Mondego II Baixo Mondego III Baixo Vouga I Baixo Vouga II Baixo Vouga III Cova da Beira Dão-Lafões I Dão-Lafões II Dão-Lafões III Pinhal I nterior Norte I Pinhal Interior Norte II Pinhal Litoral I Pinhal Litoral II ULS Castelo Branco ULS Guarda Região de Saúde do Centro / ,7% -7,7% -1,5% -20,1% -11,4% -17,0% -4,4% -0,6% -5,4% -9,9% -6,1% 15,1% -28,3% 7,2% 0,6% -3,3% -6,9% P la ne a m e nt o F a m ilia r / ,9% 1,2% -11,2% 5,6% 4,0% -0,7% 2,7% -0,2% -2,6% -6,1% -7,2% -2,4% -21,9% 2,8% 13,3% 16,9% 1,3% S a úde Inf a nt il a t é 13 a no s / ,2% 7,4% -7,7% -9,6% -6,1% -6,8% -0,9% -0,5% -15,4% -11,0% -2,4% -6,6% -15,9% -7,5% -0,3% 0,6% -4,9% S a úde J uv e nil 14 a o s 18 a no s F o nt e : S IA R S / ,6% 1,0% -9,6% -8,1% -8,4% -4,4% -1,3% -0,2% -15,6% -13,1% -2,7% -7,1% -19,3% -8,9% -2,2% -1,7% -6,2% S a úde do A dult o T o tal P rim e ira s c o ns ult a s / ,2% 8,0% -5,8% -15,0% -9,1% -0,6% -1,9% 0,4% -6,3% -11,0% -3,5% -2,3% -19,5% -8,2% 2,1% -0,6% -5,0% / ,0% 7,1% -6,7% -12,7% -7,4% -1,7% -1,4% 0,2% -7,5% -10,7% -3,6% -2,7% -19,5% -7,1% 2,7% 0,7% -4,5%

69 Quadro 26 - Consultas Totais de Medicina Geral e Familiar realizadas em Consultas Totais de Medicina Geral e Familiar ACeS/ULS Baixo Mondego I Baixo Mondego II Baixo Mondego III Baixo Vouga I Baixo Vouga II Baixo Vouga III Cova da Beira Dão-Lafões I Dão-Lafões II Dão-Lafões III Pinhal Interior Norte I Pinhal Interior Norte II Pinhal Litoral I Pinhal Litoral II ULS Castelo Branco ULS Guarda Região de Saúde do Centro Saúde M aterna / -12,3% 8,5% -2,5% 0,6% 14,9% -2,3% -3,5% 13,1% 0,9% -2,5% -16,8% 24,2% -17,2% 16,0% -0,2% -0,1% 1,3% R evisão P uerpério / 16,7% -17,2% 5,6% 8,2% 15,1% 5,4% -47,6% -15,1% -26,5% 9,2% 9,7% 21,8% 0,0% -9,4% -15,2% -7,0% -1,0% = P laneamento F amiliar / -0,2% 3,7% -17,2% 10,7% -0,6% -3,0% 1,0% -6,8% -6,0% -6,6% -11,7% -13,7% -24,1% -4,6% 13,0% 18,0% -1,6% Saúde Infantil até 13 ano s / 1,1% 8,3% -12,0% -0,4% -3,1% -9,9% 0,9% -2,5% -18,4% -5,2% 1,5% -6,6% -5,1% -2,4% 1,5% 4,0% -2,6% F o nte: SIA R S 65 Saúde Juvenil do s 14 ao s 18 ano s / -3,8% -1,1% -19,0% -2,5% -7,9% -11,5% -0,3% -2,9% -19,3% -12,8% -4,5% -13,4% -18,9% -9,2% -4,8% -1,8% -7,8% Saúde do A dulto / -6,1% 2,0% -14,6% -5,1% -8,1% -9,1% -4,5% -6,6% -8,8% -9,1% -6,2% -7,1% -10,4% -7,6% -5,0% -3,8% -6,7% T o tal de co nsultas / -5,4% 2,5% -14,4% -4,3% -7,0% -8,9% -3,9% -5,9% -9,6% -8,8% -5,9% -7,1% -10,9% -7,0% -4,0% -2,6% -6,2%

70 Quadro 27 - Consultas Totais realizadas em Consultas Totais ACeS/ULS M GF Baixo Mondego I Baixo Mondego II Baixo Mondego III Baixo Vouga I Baixo Vouga II Baixo Vouga III Cova da Beira Dão-Lafões I Dão-Lafões II Dão-Lafões III Pinhal Interior Norte I Pinhal Interior Norte II Pinhal Litoral I Pinhal Litoral II ULS Castelo Branco ULS Guarda Região de Saúde do Centro / -5,4% 2,5% -14,4% -4,3% -7,0% -8,9% -3,9% -5,9% -9,6% -8,8% -5,9% -7,1% -10,9% -7,0% -4,0% -2,6% -6,2% SA P e A fins / -19,6% -19,4% -7,5% -37,3% -26,5% -14,4% -16,7% -4,9% -20,4% -10,1% -21,8% -27,8% -13,6% -29,0% -18,7% C o nsultas D o micilio (médico ) / -1,1% 1,8% -31,9% 5,3% 12,6% -16,1% -34,2% 4,0% -2,6% -5,8% 7,4% 9,0% 33,6% -2,2% -17,3% 5,8% -0,8% Outras Especialidades / 14,8% * * * 22,3% * * -40,7% -36,5% 23,5% * * * * -36,4% * 69,3% F o nte: SIA R S N o ta: * = C o rrespo ndem a variaçõ es superio res a 200,00% As consultas de Outras Especialidades referem-se a consultas de: Estomatologia/Medicina Dentária; Nutrição; Oftalmologia; Ortopedia; Pneumologia; Psicologia; Psiquiatria; Saúde Pública. A Saúde Pública foi a especialidade que realizou maior número de consultas ( consultas), realizando 66% do total de consultas de Outras Especialidades. 66

71 Gráfico 25 - Número de consultas de Saúde Pública realizadas em Fonte: SIARS O quadro infra, espelha a desagregação do número de consultas de Outras Especialidades, realizadas pelos ACeS/ULS. Quadro 28 - Número de consultas de Outras Especialidades realizadas em, por ACeS/ULS Outras Especialidades DESIGNAÇÃO N.º de C o nsultas A C es/ ULS Estomatologia/Medicina Dentária Baixo Vouga II, Dão-Lafões I e III Nutrição 7 Dão-Lafões II Oftalmologia Baixo Mondego I Ortopedia 264 Baixo Mondego I Pneumologia 185 Dão-Lafões I Psicologia Baixo Mondego I Psiquiatria Baixo Mondego I, Dão-Lafões III e ULS Castelo-Branco Saúde Pública Todos os ACeS/ULS Região de Saúde do Centro F o nte: SIA R S 67

72 Indicadores de Acesso Taxa de utilização global de consultas médicas A taxa de utilização global de consultas médicas em na Região de Saúde do Centro foi de 67,9%, correspondendo a uma diminuição em 0,8 p. p., comparativamente com o ano anterior (quadro 29 e gráfico 26). Quadro 29 - Taxa de utilização global de consultas médicas em 2011 e 2011 ACeS/ULS Baixo Mondego I Baixo Mondego II Baixo Mondego III Baixo Vouga I Baixo Vouga II Baixo Vouga III Cova da Beira Dão-Lafões I Dão-Lafões II Dão-Lafões III Pinhal I nterior Norte I Pinhal Interior Norte II Pinhal Litoral I Pinhal Litoral II ULS Castelo Branco ULS Guarda Região de Saúde do Centro 2011/ N.º Ut iliza do re s N.º Ins c rit o s T a xa de Ut iliza ç ã o N.º Ut iliza do re s N.º Ins c rit o s T a xa de Ut iliza ç ã o ,5% ,7% ,6% ,2% ,9% ,1% ,5% ,1% ,5% ,0% ,9% ,6% ,6% ,1% ,5% ,7% ,9% ,1% ,9% ,5% ,7% ,7% = ,7% ,0% ,9% ,3% ,3% ,5% ,7% ,9% ,1% ,8% ,7% ,9% F o nt e : S IA R S Gráfico 26 - Variação da taxa de utilização global de consultas médicas Fonte: SIARS 68

73 Taxa de utilização de consultas de planeamento familiar Em, o número de mulheres em idade fértil (15-49 anos) inscritas nas unidades funcionais da Região de Saúde do Centro era de , correspondendo a uma diminuição de 2% em relação ao ano de O número de mulheres com pelo menos uma consulta médica de planeamento familiar (PF) tem vindo a aumentar, tendo-se verificado uma taxa de crescimento positiva de 0,6 p.p. em relativamente ao ano anterior (quadro 30). Quadro 30 - Taxa de utilização de consultas de planeamento familiar em 2011 e 2011 ACeS/ULS Baixo Mondego I Baixo Mondego II Baixo Mondego III Baixo Vouga I Baixo Vouga II Baixo Vouga III Cova da Beira Dão-Lafões I Dão-Lafões II Dão-Lafões III Pinhal Interior Norte I Pinhal Interior Norte II Pinhal Litoral I Pinhal Litoral II ULS Castelo Branco ULS Guarda Região de Saúde do Centro N.º de mulheres em idade fértil com consulta médica de PF (15 aos 49 anos) N.º de mulheres inscritas com idade fértil Taxa de utilização N.º de mulheres em idade fértil com consulta médica de PF (15 aos 49 anos) ,1% 29,1% 29,1% 24,9% 31,3% 21,2% 13,7% 31,4% 19,0% 14,2% 22,6% 16,4% 20,6% 18,5% 18,2% 12,8% 22,5% N.º de mulheres Taxa de 2011/ inscritas com utilização idade fértil ,6% 27,0% 27,2% 27,5% 33,3% 20,7% 16,1% 31,6% 16,6% 13,7% 21,5% 14,8% 20,7% 19,8% 21,2% 17,3% 23,1% F o nte: SIA R S Gráfico 27 - Variação da taxa de utilização de consultas de planeamento familiar Fonte: SIARS 69

74 Percentagem de consultas ao utente pelo próprio médico de família Em realizaram-se consultas médicas na Região de Saúde do Centro realizadas pelo médico de família atribuído, correspondendo a uma diminuição de 12,9% relativamente ao período homólogo do ano anterior. Verificou-se que 75,3% destas consultas são presenciais com o médico de família, traduzindo, assim, um aumento em relação a 2011 (quadro 31). Quadro 31 - Percentagem de consultas ao utente pelo próprio médico de família em 2011 e 2011 ACeS/ULS Baixo Mondego I Baixo Mondego II Baixo Mondego III Baixo Vouga I Baixo Vouga II Baixo Vouga III Cova da Beira Dão-Lafões I Dão-Lafões II Dão-Lafões III Pinhal I nterior Norte I Pinhal I nterior Norte II Pinhal Litoral I Pinhal Litoral II ULS Castelo Branco ULS Guarda Região de Saúde do Centro N.º de consultas m édicas presenciais c/m édico de fam ília N.º de consultas m édicas no período em análise % N.º de consultas m édicas presenciais c/m édico de fam ília N.º de consultas m édicas no período em análise % / ,6% 78,9% 68,0% 72,7% 79,8% 71,5% 73,9% 79,2% 72,6% 67,7% 64,6% 67,4% 88,1% 71,8% 76,8% 76,2% ,1% 78,6% 64,2% 78,4% 83,4% 73,3% 76,0% 79,8% 73,3% 62,8% 65,8% 71,0% 90,5% 71,9% 78,1% 77,5% ,1% ,3% F o nt e : S IA R S Gráfico 28 - Variação da percentagem de consultas ao utente pelo próprio médico de família Fo nte: SIARS 70

75 Visitas domiciliárias médicas No ano de realizaram-se consultas médicas no domicílio, o que corresponde a um valor de 12,0 visitas por utentes inscritos. Quadro 32 - Visitas domiciliárias médicas por inscritos em 2011 e 2011 ACeS/ULS Baixo Mondego I Baixo Mondego II Baixo Mondego III Baixo Vouga I Baixo Vouga II Baixo Vouga III Cova da Beira Dão-Lafões I Dão-Lafões II Dão-Lafões III Pinhal Interior Norte I Pinhal Interior Norte II Pinhal Litoral I Pinhal Litoral II ULS Castelo Branco ULS Guarda Região de Saúde do Centro N.º de consultas dom iciliárias m édicas Taxa visitas/1.000 inscritos N.º de consultas dom iciliárias m édicas Taxa visitas/1.000 inscritos ,4 16,1 12,2 10,2 12,1 22,2 2,3 19,0 14,3 7,2 10,1 5,6 5,3 7,5 2,9 16,9 11, ,7 17,1 8,6 11,2 14,0 19,2 1,6 20,3 14,8 7,0 11,3 6,4 7,4 7,5 2,5 18,6 12,0 2011/ = F o nt e: SIA R S Gráfico 29 - Variação da taxa de visitas domiciliárias médicas por inscritos Fonte: SIARS 71

76 Visitas domiciliárias de enfermagem Realizaram-se em, consultas domiciliárias de enfermagem, correspondendo a um valor de 126,4 visitas por inscritos. Este valor apresenta uma tendência crescente relativamente a Quadro 33 - Taxa de visitas domiciliárias de enfermagem em 2011 e 2011 ACeS/ULS N.º de consultas dom iciliárias Taxa visitas/1.000 inscritos N.º de consultas dom iciliárias Taxa visitas/1.000 inscritos Baixo Mondego I Baixo Mondego II Baixo Mondego III Baixo Vouga I Baixo Vouga II Baixo Vouga III Cova da Beira Dão-Lafões I Dão-Lafões II Dão-Lafões III Pinhal I nterior Norte I Pinhal I nterior Norte II Pinhal Litoral I Pinhal Litoral II ULS Castelo Branco ULS Guarda Região de Saúde do Centro ,0 143,9 157,9 110,5 113,4 182,9 50,2 128,5 124,1 81,4 136,5 100,7 96,3 86,5 117,4 131,6 119, ,4 145,5 162,9 107,3 120,4 175,5 68,8 134,5 128,7 73,8 134,1 104,4 125,1 114,2 127,1 148,6 126,4 2011/ F o nt e : S IA R S Gráfico 30 - Variação da taxa de visitas domiciliárias de enfermagem por inscritos Fonte: SIARS 72

77 Indicadores de Qualidade Diagnóstico precoce (THSPKU) em recém-nascidos até ao 7º dia de vida Em verificou-se um aumento da proporção de recém-nascidos com registo de diagnóstico precoce (até ao 7º dia de vida), em relação ao ano anterior. Não obstante a diminuição do número de nascimentos (2011 = ; = ), este indicador reflete a melhoria da qualidade dos registos. Quadro 34 - Taxa de realização do diagnóstico precoce em 2011 e 2011 ACeS/ULS Baixo Mondego I Baixo Mondego II Baixo Mondego III Baixo Vouga I Baixo Vouga II Baixo Vouga III Cova da Beira Dão-Lafões I Dão-Lafões II Dão-Lafões III Pinhal I nterior Norte I Pinhal I nterior Norte II Pinhal Litoral I Pinhal Litoral II ULS Castelo Branco ULS Guarda Região de Saúde do Centro Recém nascidos com registo de diagnóstico precose Total de recém Taxa de nascidos que realização com pletaram 7 dias de vida Recém nascidos com registo de diagnóstico precose Total de recém Taxa de nascidos que realização com pletaram 7 dias de vida 2011/ ,4% 85,9% 80,8% 88,3% 83,3% 87,5% 58,4% 93,1% 94,1% 57,9% 54,9% 75,4% 82,8% 91,9% 86,6% 71,0% ,6% 80,2% 83,3% 92,8% 88,3% 92,1% 66,7% 92,9% 89,6% 64,1% 68,0% 74,5% 83,6% 92,0% 81,9% 89,6% ,8% ,2% F o nt e : S IA R S Gráfico 31 - Variação da percentagem de diagnóstico precoce (THSPKU) em recém-nascidos até ao 7º dia de vida Fonte: SIARS 73

78 Primeiras consultas realizadas até ao 28º dia de vida Em realizaram-se primeiras consultas médicas neonatais (até aos 28 dias de vida) na Região de Saúde do Centro, tendo-se observado um aumento de 2,3% comparativamente ao período homólogo. Pese embora a diminuição de consultas, a percentagem de primeiras consultas sobre o número de recém-nascidos apresenta um aumento de 5,4% comparativamente a Quadro 35 - Primeiras consultas realizadas até ao 28º dia de vida em 2011 e 2011 ACeS/ULS Baixo Mondego I Baixo Mondego II Baixo Mondego III Baixo Vouga I Baixo Vouga II Baixo Vouga III Cova da Beira Dão-Lafões I Dão-Lafões II Dão-Lafões III Pinhal I nterior Norte I Pinhal I nterior Norte II Pinhal Litoral I Pinhal Litoral II ULS Castelo Branco ULS Guarda Região de Saúde do Centro Prim eiras consultas m édicas realizadas até ao 28º dia de vida N.º de recém nascidos que com pletaram 28 dias % de prim eiras consultas realizadas até ao 28º dia Prim eiras consultas m édicas realizadas até ao 28º dia de vida N.º de recém nascidos que com pletaram 28 dias % de prim eiras consultas realizadas até ao 28º dia ,4% ,8% ,4% ,0% ,3% ,3% ,4% ,5% ,4% ,9% ,7% ,3% ,5% ,6% ,8% ,2% ,6% ,3% ,2% ,0% ,9% ,8% ,5% ,8% ,6% ,5% ,1% ,3% ,9% ,9% ,7% ,9% ,7% ,1% 2011/ F o nt e : S IA R S Gráfico 32 - Variação da percentagem de primeiras consultas realizadas até ao 28º dia de vida Fonte: SIARS 74

79 Percentagem de primeiras consultas no primeiro trimestre de gravidez Em realizou-se um total de primeiras consultas de gravidez (primeiro trimestre de gravidez), tendo havido um aumento em relação ao ano anterior. Em existiam grávidas inscritas no âmbito territorial da ARSC, correspondendo a um acréscimo de 3,1% em relação ao ano anterior. A percentagem de primeiras consultas, no decurso do primeiro trimestre de gravidez, na Região de Saúde do Centro foi de 78,0%. Quadro 36 - Percentagem de primeiras consultas de gravidez no primeiro trimestre em 2011 e 2011 ACeS/ULS Baixo Mondego I Baixo Mondego II Baixo Mondego III Baixo Vouga I Baixo Vouga II Baixo Vouga III Cova da Beira Dão-Lafões I Dão-Lafões II Dão-Lafões III Pinhal I nterior Norte I Pinhal I nterior Norte II Pinhal Litoral I Pinhal Litoral II ULS Castelo Branco ULS Guarda Região de Saúde do Centro N.º de prim eiras consultas de gravidez Total de grávidas inscritas % prim eiras consultas no 1.º Trim ,1% 81,2% 85,7% 81,6% 82,9% 80,8% 76,7% 84,2% 82,1% 78,6% 85,5% 88,5% 84,2% 78,2% 79,6% 77,1% 81,3% N.º de prim eiras consultas de gravidez Total de grávidas inscritas % prim eiras consultas no 1.º Trim ,3% 85,7% 89,3% 82,1% 86,7% 83,7% 77,1% 89,0% 83,4% 87,1% 82,8% 82,8% 82,2% 79,3% 85,3% 83,3% 83,9% 2011/ F o nt e : S IA R S Gráfico 33 - Variação da percentagem de primeiras consultas no primeiro trimestre de gravidez Fonte: SIARS 75

80 Percentagem de diabéticos com pelo menos 3 registos de HbA1C nos últimos 12 meses Em existia um total de utentes diabéticos que apresentavam pelo menos 3 registos de HbA1C na Região de Saúde do Centro. Este indicador apresenta um discreto aumento (0,8 p.p.) relativamente ao ano anterior. Verificou-se também um aumento de 7,7% dos utentes com compromisso de vigilância no programa de diabetes, comparativamente a Quadro 37 - Percentagem de diabéticos com pelo menos 3 registos de HbA1C nos últimos 12 meses em 2011 e 2011 ACeS/ULS Baixo Mondego I Baixo Mondego II Baixo Mondego III Baixo Vouga I Baixo Vouga II Baixo Vouga III Cova da Beira Dão-Lafões I Dão-Lafões II Dão-Lafões III Pinhal Interior Norte I Pinhal Interior Norte II Pinhal Litoral I Pinhal Litoral II ULS Castelo Branco ULS Guarda Região de Saúde do Centro N.ºde utentes com pelo m enos 3 registos de HbA1C N.º de utentes N.ºde N.º de utentes % diabéticos com utentes com com pelo com prom isso com pelo com prom isso m enos 3 de vigilância no m enos 3 de vigilância no registos de program a de registos de program a de HbA1C diabetes HbA1C diabetes % diabéticos com pelo m enos 3 registos de HbA1C 2011/ ,8% ,3% ,9% ,8% ,9% ,7% ,6% ,0% ,5% ,9% ,5% ,3% ,0% ,5% ,4% ,1% ,2% ,4% ,2% ,7% ,1% ,3% ,8% ,0% ,2% ,0% ,8% ,7% ,6% ,5% ,4% ,3% ,0% ,8% F o nt e : S IA R S Gráfico 34 - Variação da percentagem de diabéticos com pelo menos 3 registos de HbA1C nos últimos 12 meses Fonte: SIARS 76

81 Indicadores de Eficiência Percentagem do consumo de medicamentos genéricos em embalagens Considerando fundamental, na melhoria da eficiência e sustentabilidade financeira do SNS o aumento da prescrição de medicamentos genéricos, a atual política do medicamento visa ampliar esta medida, igualmente contemplada no Memorando de Entendimento: Medida Incentivar os médicos, a todos os níveis do sistema, tanto público como privado, a prescrever genéricos e os medicamentos de marca que sejam menos dispendiosos. Medida Remover todas as barreiras à entrada de genéricos, especialmente através da redução de barreiras administrativas/legais, com vista a acelerar a sua comparticipação. No ano de a proporção de embalagens de medicamentos genéricos, relativamente ao total de medicamentos faturados na Região de Saúde do Centro, foi de 34,5%, variando entre o mínimo de 30,6% no ACeS da Cova da Beira e o máximo de 36,3% no ACeS do Pinhal Interior Norte I. Tal representa uma evolução positiva de 3,4 p. p. em relação ao ano anterior, traduzindo uma tendência crescente de prescrição deste tipo de medicamento. Quadro 38 - Percentagem do consumo de medicamentos genéricos em 2011 e ACeS/ULS Baixo Mondego I Baixo Mondego II Baixo Mondego III Baixo Vouga I Baixo Vouga II Baixo Vouga III Cova da Beira Dão-Lafões I Dão-Lafões II Dão-Lafões III Pinhal Interior Norte I Pinhal Interior Norte II Pinhal Litoral I Pinhal Litoral II ULS Castelo Branco ULS Guarda Região de Saúde do Centro 2011 N.º de N.º total de em balagens de em balagens % m edicam entos de m edicam entos genéricos m edicam ento genéricos faturadas s faturados N.º de N.º total de em balagens de em balagens % m edicam entos de m edicam entos genéricos m edicam ento genéricos faturadas s faturados 2011/ ,8% ,1% ,8% ,3% ,0% ,6% ,3% ,2% ,9% ,4% ,3% ,2% ,6% ,6% ,5% ,0% ,2% ,4% ,4% ,4% ,8% ,3% ,2% ,8% ,5% ,7% ,3% ,6% ,1% ,1% ,6% ,5% ,8% ,5% F o nt e : S IA R S 77

82 Gráfico 35 - Variação da percentagem do consumo de embalagens de medicamentos genéricos Fonte: SIARS Custo médio de medicamentos faturados por utilizador do SNS O custo médio de medicamentos faturados por utilizador, em, foi de 191,3 na Região de Saúde do Centro, variando entre o mínimo de 149,2 no ACeS Dão Lafões I e o máximo de 248,8 no ACeS Pinhal Interior Norte II e correspondendo a uma diferença de 19 p.p. relativamente ao ano anterior. Quadro 39 - Custo médio de medicamentos faturados por utilizador do SNS em 2011 e 2011 ACeS/ULS Baixo Mondego I Baixo Mondego II Baixo Mondego III Baixo Vouga I Baixo Vouga II Baixo Vouga III Cova da Beira Dão-Lafões I Dão-Lafões II Dão-Lafões III Pinhal Interior Norte I Pinhal Interior Norte II Pinhal Litoral I Pinhal Litoral II ULS Castelo Branco ULS Guarda Região de Saúde do Centro Custo total com medicamentos faturados Custo N.º de médio por utilizadores utilizador ( ) ,6 236,2 223,3 219,0 196,0 179,2 227,6 168,0 201,4 230,6 211,6 265,2 232,9 194,9 226,5 222,4 210,3 Custo total com medicamentos faturados Custo N.º de médio por utilizadores utilizador ( ) ,2 221,9 202,8 200,4 176,9 169,7 201,6 149,2 188,1 216,3 192,7 248,8 203,2 177,9 198,8 199,4 191,3 2011/ F o nte: SIA R S 78

83 Gráfico 36 - Variação do custo médio de medicamentos faturados por utilizador do SNS Fonte: SIARS Custo médio de MCDT faturados por utilizador do SNS Em o custo médio de meios complementares de diagnóstico e terapêutica (MCDT) faturados por utilizador foi de 47,3 na Região de Saúde do Centro, variando entre o mínimo 27,7 na ULS da Guarda e o máximo de 58,8 no ACeS do Baixo Vouga II. Relativamente ao ano anterior, e em termos de diferença percentual homóloga, verificase um pequeno aumento de cerca de 0,7 p.p. nos custos médios de MCDT por utilizador no total da Região Centro. Este aumento na despesa associada é mais acentuado se considerarmos apenas os ACeS, serviços desconcentrados da ARSC (0,9 p.p.). Foi no ACeS do Pinhal Litoral I que se verificou, a maior diminuição do custo total de MCDT faturados (12,2 p.p.), seguindo-se-lhe imediatamente o ACeS do Pinhal Litoral II, com uma redução de 3,3 p.p. (quadro 40). No que diz respeito às ULS, o custo médio de MCDT por utilizador foi inferior à média regional, correspondendo mesmo a ULS da Guarda EPE à estrutura sub-regional de saúde em que se verificou a maior redução relativamente a 2011 (15 p.p.). 79

84 Quadro 40 - Custo médio de MCDT faturados por utilizador em 2011 e ( ) ACeS/ULS Baixo Mondego I Baixo Mondego II Baixo Mondego III Baixo Vouga I Baixo Vouga II Baixo Vouga III Cova da Beira Dão-Lafões I Dão-Lafões II Dão-Lafões III Pinhal Interior Norte I Pinhal Interior Norte II Pinhal Litoral I Pinhal Litoral II ULS Castelo Branco ULS Guarda Região de Saúde do Centro 2011 Custo Custo total N.º de médio por de MCDT utilizadores utilizador faturados ( ) Custo Custo total N.º de médio por de MCDT utilizadores utilizador faturados ( ) 2011/ , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,3 F o nte: SIA R S Gráfico 37 - Variação do custo médio de MCDT faturados por utilizador do SNS Fonte: SIARS 80

85 Indicadores de Desempenho No presente subcapítulo destacam-se não só os indicadores até aqui apresentados, mas também outros indicadores com elevado impacto no desempenho desenvolvido ao longo do ano de. Assim, no quadro 41 é possível analisar o desempenho da Região de Saúde do Centro através dos resultados alcançados relativamente aos seus valores máximos e mínimos obtidos, tal como o valor médio da região. Quadro 41 - Quadro resumo dos indicadores de desempenho da Região de Saúde do Centro em 2011 e INDICADOR / Mínimo Média Máximo Mínimo Média Máximo Mínimo Média Máximo Acesso Taxa de utilização global de consultas médicas 60,6 69,5 76,7 60,1 66,6 76,7-0,5-2,9 Taxa de utilização de consultas de planeamento familiar (mulheres anos) 13,7 22,7 31,4 13,7 22,5 33,3-0,2 1,9 Percentagem de consultas presenciais com médico de família 64,6 74,3 88,1 62,8 74,8 90,5-1,8 0,5 2,4 Taxa visitas domiciliárias médicas/1.000 inscritos 2,3 11,2 22,2 1,6 11,5 20,3-0,7 0,3-1,9 Taxa visitas domiciliárias enfermagem/1.000 inscritos 50,2 119,2 182,9 68,8 125,5 175,5 18,6 6,3-7,4 Qualidade Taxa de realização do diagnóstico precoce até ao 7º dia de vida do recém-nascido 54,9 79,9 94,1 64,1 82,5 92,9 9,2 2,6-1,2 Percentagem de primeiras consultas na vida efetuadas até aos 28 dias 64,9 79,5 91,6 74,0 84,1 90,3 9,1 4,6-1,3 Taxa de cobertura de 1ª consultas na vida realizadas até aos 28 dias 63,3 78,1 90,9 70,7 85,1 92,2 7,4 7,0 1,3 Taxa de cobertura de saúde materna 50,3 79,4 100,0 53,9 80,9 98,0 3,6 1,5-2,0 Percentagem de primeiras consultas de gravidez no primeiro trimestre 76,7 82,2 88,5 77,1 83,8 89,3 0,4 1,6 0,8 Percentagem de grávidas com revisão puerpério efetuado 22,0 39,5 65,8 23,9 44,4 69,7 1,9 4,9 3,9 Percentagem de utentes com PNV atualizado aos 14 anos 90,8 95,9 98,1 92,8 96,3 98,6 2,0 0,4 0,5 Percentagem de utentes com PNV atualizado aos 7 anos 92,4 96,2 99,0 95,0 97,1 98,8 2,6 0,9-0,2 Percentagem de utentes com PNV atualizado aos 2 anos 92,1 96,5 99,2 94,0 97,0 98,8 1,9 0,5-0,4 Taxa de cobertura em rastreio organizado do cancro do colo do útero (25-64 anos) na população elegível (**) Taxa de cobertura em rastreio organizado do cancro da mama (45-69 anos) na população elegível (**) 37,0 55,9 77,0 40,3 57,6 77,0 3,3 1,7 54,1 68,9 79,9 55,5 69,2 77,8 1,4 0,3-2,1 Percentagem de diabéticos com pelo menos 3 registos de HbA1C registada nos últimos 12 meses Percentagem de consumo de medicamentos genéricos em embalagens, no total de embalagens de medicamentos Eficiência 10,0 40,1 58,9 15,5 41,8 60,9 5,5 1,7 2,0 25,6 30,8 33,8 30,6 34,5 36,3 5,0 3,7 2,5 Custo médio de medicamentos faturados por utilizador 168,0 213,0 265,2 149,2 194,8 248,8-18,8-18,2-16,4 Custo médio de MCDT faturados por utilizador 34,7 46,6 58,2 35,6 48,5 62,1 0,9 1,9 3,9 F o nte: IN E; SIA R S; (*) P ro grama de Vacinação ; (**) Liga P o rtuguesa C o ntra o C ancro 81

86 2. Produção em Cuidados de Saúde Hospitalares 2.1. Consultas Em realizaram-se um total de consultas hospitalares, correspondente a um acréscimo de 0,8% relativamente ao ano anterior, e que se traduz na realização de mais consultas do que no período homólogo. Relativamente às primeiras consultas, no conjunto das unidades hospitalares da região, houve um aumento incipiente (0,3%) comparativamente ao ano anterior. A proporção das primeiras consultas no total de consultas (primeiras e seguintes) foi de 28,2%, valor ligeiramente inferior ao alcançado em Quadro 42 - Consultas realizadas nas Unidades Hospitalares da Região de Saúde do Centro em 2011 e HOSPITAIS Primeiras Consultas % de Primeiras Consultas Total de Consultas Δ Δ 2011/ 2011/ Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE ,7% ,2% Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE ,4% ,2% Centro Hospitalar Leiria-Pombal, EPE ,7% Centro Hospital Tondela-Viseu, EPE ,3% Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE Δ 2011/ ,6% 32,5% -0,5% 30,7% 30,7% -0,2% ,8% 34,3% 34,3% 0,1% ,8% 31,0% 31,8% 2,5% ,6% 3,8% 23,9% 23,4% -2,1% Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro Rovisco Pais ,8% ,7% 42,8% 46,7% 9,0% Hospital Arcebispo João Crisóstomo ,2% ,0% 45,9% 46,8% 2,0% Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE ,3% ,6% 30,0% 29,4% -1,9% Hospital Doutor Francisco Zagalo ,5% ,1% 30,9% 32,2% 4,4% Hospital José Luciano de Castro ,0% ,8% 37,8% 37,7% -0,3% Instituto Português de Oncologia de Coimbra Francisco Gentil, EPE ,3% ,5% 17,9% 16,9% -5,8% Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE ,8% ,8% 31,1% 30,1% -3,1% Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE ,9% ,8% 36,8% 39,2% 6,5% Região de Saúde do Centro ,3% ,8% 28,4% 28,2% -0,5% número de F o nte: SIC A N o ta: Incluem-se as consultas médicas (inclusive de Psiquiatria) e não médicas Gráfico 38 - Distribuição das consultas realizadas Comparativamente a 2011, o consultas subsequentes evidencia um aumento de 1%, e o número de primeiras consultas um aumento de 0,3%, o que representa um acréscimo de e de consultas, respetivamente. Fonte: SICA 82

87 Consulta a Tempo e Horas A Consulta a Tempo e Horas (CTH) assenta num sistema eletrónico de referenciação (Alert Data Warehouse CTH - ADW-CTH) dos pedidos de primeira consulta de especialidade hospitalar. O sistema informático CTH contém toda a informação relativa aos pedidos de consulta, desde o momento do seu registo no sistema informático até que fique concluído. Ao CTH são reconhecidos os seguintes benefícios: Transparência no processo de marcação de primeira consulta de especialidade hospitalar no SNS; Triagem clínica nos hospitais com atribuição de níveis de prioridade às situações dos utentes; Uniformização do tratamento da informação sobre o acesso à primeira consulta de especialidade hospitalar; Maior eficácia e eficiência na resposta das instituições prestadoras de cuidados e maior facilidade na comunicação entre os profissionais de saúde; Agilização dos processos que interferem no percurso do utente até à consulta, tendo em vista a diminuição do tempo nas várias fases; Melhor orientação dos utentes para a consulta da especialidade de que necessitam. O alargamento dos pedidos e agendamento eletrónico das primeiras consultas, via CTH, constitui uma das linhas prioritárias de intervenção. O crescimento do número de pedidos eletrónicos no ano de foi de 5,7% e a relação entre as primeiras consultas realizadas nos hospitais e o número de pedidos via eletrónica foi de 23%, ou seja, do total de primeiras consultas realizadas ( consultas), consultas tiveram como referência o sistema CTH. No quadro 43 é possível observar o peso destas consultas em cada uma das instituições. 83

88 Quadro 43 - Peso das consultas realizadas via CTH no total de primeiras consultas realizadas em HOSPITAIS Total de primeiras consultas realizadas na Instituição Peso das primeiras consultas realizadas via CTH Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE ,1% Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE ,2% Centro Hospitalar Leiria-Pombal, EPE ,6% Centro Hospital Tondela-Viseu, EPE ,6% Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE ,6% Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro Rovisco Pais ,7% Hospital Arcebispo João Crisóstomo ,1% Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE ,4% Hospital Doutor Francisco Zagalo ,4% Hospital José Luciano de Castro ,5% Instituto Português de Oncologia de Coimbra Francisco Gentil, EPE ,1% Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE ,5% Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE ,0% Região de Saúde do Centro ,0% F o nte: A D W-C T H O médico triador tem como função definir diferentes níveis de prioridade clínica, tendo em consideração as orientações assinaladas pelo médico assistente no que diz respeito ao tempo máximo que o utente deverá aguardar pela primeira consulta de especialidade hospitalar. Apresenta-se no quadro 44, as consultas realizadas por tipo de prioridade. Quadro 44 - Peso das consultas realizadas via CTH em por tipo de prioridade HOSPITAIS N.º de consultas realizadas via CTH Peso das consultas realizadas por tipo de prioridade Muito Prioritárias realizadas dentro do tempo Prioritárias realizadas dentro do tempo Prioridade Normal realizadas dentro do tempo Realizadas fora do tempo Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE ,7% 4,9% 43,4% 51,1% Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE ,2% 3,6% 94,7% 1,6% Centro Hospitalar Leiria-Pombal, EPE ,2% 10,7% 62,1% 26,0% Centro Hospital Tondela-Viseu, EPE ,5% 5,1% 48,7% 45,7% Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE ,0% 7,4% 68,1% 23,4% Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro Rovisco Pais 246 1,6% 6,9% 90,7% 0,8% Hospital Arcebispo João Crisóstomo ,7% 10,9% 75,9% 12,6% Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE ,4% 7,5% 88,8% 3,2% Hospital Doutor Francisco Zagalo ,2% 5,0% 79,5% 15,3% Hospital José Luciano de Castro ,0% 2,4% 90,7% 6,8% Instituto Português de Oncologia de Coimbra Francisco Gentil, EPE ,5% 20,6% 72,6% 0,3% Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE ,3% 6,7% 80,9% 11,1% Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE ,1% 13,0% 42,8% 42,1% Região de Saúde do Centro ,1% 7,6% 62,6% 28,7% F o nte: A D W-C T H 84

89 Do total de consultas realizadas por via do sistema eletrónico no total da região, destacase que 71,3% das consultas foram realizadas dentro do tempo. O Instituto Português de Oncologia de Coimbra é a instituição que apresenta melhores resultados, uma vez que 99,7% das consultas realizaram-se em tempo adequado. Quadro 45 - Número de pedidos a aguardar consulta em 31/12/ HOSPITAIS N.º de Pedidos a aguardar consulta 2011 Δ 2011/ ,2% Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE ,2% Centro Hospitalar Leiria-Pombal, EPE ,1% Centro Hospital Tondela-Viseu, EPE ,7% Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE ,3% Hospital Arcebispo João Crisóstomo ,6% Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE ,9% Hospital Doutor Francisco Zagalo ,2% Hospital José Luciano de Castro ,9% Instituto Português de Oncologia de Coimbra Francisco Gentil, EPE ,5% Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE ,2% Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE ,5% Região de Saúde do Centro ,3% Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro Rovisco Pais F o nte: A D W-C T H À data de 31/12/, existiam pedidos a aguardar consulta, o que representa um aumento de 17,3% comparativamente ao período homólogo. Relativamente ao tempo médio de resposta média (em dias), ou seja, o tempo que medeia entre o pedido de primeira consulta hospitalar e o dia de realização da consulta, é possível observar no quadro 46 os respetivos valores por instituição hospitalar. Salientase que, para efeitos de análise, no caso dos Centros Hospitalares e da ULS da Guarda EPE, foram contabilizados os tempos por cada uma das instituições que os integram. 85

90 Quadro 46 - Tempo médio de resposta previsto (dias) para consulta a 31/12/ HOSPITAIS Tempo médio de resposta previsto (dias) Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE: - Hospital Distrital de Águeda 142,9 Hospital Visconde Salreu 121,0 Hospital Infante D. Pedro 200,0 Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE 93,1 Centro Hospitalar Leiria-Pombal, EPE: - Hospital Santo André 106,3 Hospital Distrital Pombal 75,7 Centro Hospital Tondela-Viseu, EPE: - Hospital Cândido de Figueiredo 208,1 Hospital São Teotónio 179,2 Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE: - Hospitais da Universidade de Coimbra 139,6 Hospital Geral 158,1 Hospital Pediátrico 149,1 Maternidade Bissaya Barreto 81,4 Maternidade Daniel de Matos 36,6 Hospital Psiquiátrico Sobral Cid 93,4 Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro Rovisco Pais 54,0 Hospital Arcebispo João Crisóstomo 81,9 Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE 87,3 Hospital Doutor Francisco Zagalo 227,9 Hospital José Luciano de Castro 106,9 Instituto Português de Oncologia de Coimbra Francisco Gentil, EPE 67,0 Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE 146,2 Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE: - Hospital de Nossa Senhora da Assunção 99,0 Hospital Sousa Martins 138,6 F o nte: A D W-C T H 86

91 2.2. Internamento No que diz respeito aos episódios de internamentos em, existiram episódios a que corresponderam um total de dias de internamento. Relativamente ao ano de 2011 o número de episódios decresceu ligeiramente - isto é, 0,5%, o que corresponde a menos 905 episódios. Quadro 47 - Número de doentes saídos nos hospitais da Região de Saúde do Centro e respetivos dias de internamento em 2011 e N.º de Doentes Saídos HOSPITAIS (sem transferências internas) Δ 2011/ 2011 Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE ,2% Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE ,8% Centro Hospitalar Leiria-Pombal, EPE ,0% Centro Hospital Tondela-Viseu, EPE ,8% Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE ,1% ,9% Instituto Português de Oncologia de Coimbra Francisco Gentil, EPE Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro Rovisco Pais Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE Hospital Doutor Francisco Zagalo N.º de Dias de Internamento Δ 2011/ ,4% ,7% ,6% ,3% ,5% ,2% 13,8% ,4% 19,4% ,1% ,5% ,7% ,0% ,4% ,7% Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE ,5% Região de Saúde do Centro ,5% ,9% F o nte: SIC A N o ta: Não são considerados os serviços de Berçário, Quartos Particulares, Lar de Doentes, Cuidados Continuados Integrados, Psiquiatria(Curta Duração, Residentes, Reabilitação Psicossocial e Forenses) Praticou-se em uma lotação de camas na região, que em comparação com 2011 representam menos 257 camas (vide quadro 19). Do total de camas, 248 são destinadas a doentes da psiquiatria (forenses, residentes e reabilitação psicossocial). Em, os hospitais da Região de Saúde do Centro registaram uma taxa de ocupação de 78,4% (excluindo o CMRRC-Rovisco Pais), assistindo-se a um acréscimo de 1,7%, comparativamente a A demora média na região foi de 7,9 dias (excluindo o CMRRC-Rovisco Pais). É possível observar nos dois gráficos seguintes (gráficos 39 e 40), os resultados obtidos relativamente a estes dois indicadores por instituição hospitalar. 87

92 Gráfico 39 - Variação da taxa de ocupação por instituição hospitalar Fonte: SICA O Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE e o Centro Hospitalar da Cova da Beira, EPE foram as unidades hospitalares que apresentaram as taxas de ocupação mais elevadas, 89,3% e 83,0%, respetivamente. Gráfico 40 - Variação da demora média por instituição hospitalar Fonte: SICA O Hospitalar Dr. Francisco Zagalo (Ovar) e a ULS da Guarda, EPE foram as instituições hospitalares que apresentaram as demoras médias mais elevadas, 9,59 dias e 8,84 dias, respetivamente. 88

93 2.3. Atendimentos Urgentes O total de atendimentos em urgências em foi de , assistindo-se a um decréscimo de 8,0% face ao período homólogo e que se traduz em menos urgências. Verificou-se uma descida generalizada em toda a região no atendimento em urgências, tendo sido o CHUC, o Centro Hospitalar Baixo Vouga, EPE e o Centro Hospitalar Tondela Viseu, EPE as instituições hospitalares que apresentaram, em termos relativos, os maiores decréscimos, ou seja, , e atendimentos, respetivamente. Quadro 48 - Atendimentos em urgências nos hospitais da Região de Saúde do Centro em e 2011 HOSPITAIS Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE N.º de Atendim entos nas Urgências Δ 2011/ ,8% Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE ,6% Centro Hospitalar Leiria-Pombal, EPE ,8% Centro Hospital Tondela-Viseu, EPE ,0% Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE ,5% Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE ,8% Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE ,2% Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE ,1% ,0% Região de Saúde do Centro F o nt e : S IC A A melhoria da acessibilidade aos CSP pode ter contribuído para o decréscimo do número de atendimentos em urgência. 89

94 2.4. Produção Cirúrgica Assistiu-se em, por comparação a 2011, a um aumento da produção cirúrgica de 1,3% que se traduz na realização de mais intervenções. Por tipo de intervenção, assistiu-se em a: Acréscimo do número de intervenções na produção programada em 1,0%, realizando-se mais intervenções do que em 2011; aumento em 4,1% na cirurgia de ambulatório diminuição de 2,1% na cirurgia convencional Acréscimo do número de intervenções urgentes em 2,4%, ou seja, realizaram-se mais 487 intervenções do que no período homólogo. Quadro 49 - Número de intervenções cirúrgicas realizadas em 2011 e HOSPITAIS * Cirurgia Convencional * Cirurgia Δ Am bulatório 2011/ Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE ,3% Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE ,5% Centro Hospitalar Leiria-Pombal, EPE ,5% Centro Hospital Tondela-Viseu, EPE ,6% Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE ,0% Hospital Arcebispo João Crisóstomo Δ 2011/ Cirurgia Urgente ,7% ,5% ,1% ,0% Δ 2011/ Total de Cirurgias Δ 2011/ ,1% ,1% -9,4% ,6% 3,2% ,7% -0,1% ,1% ,0% ,7% ,3% ,7% ,7% ,1% ,4% ,0% ,8% Hospital Doutor Francisco Zagalo ,9% ,8% ,5% Hospital José Luciano de Castro Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE ,7% ,7% Instituto Português de Oncologia de Coimbra Francisco Gentil, EPE ,2% ,5% ,9% Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE ,7% ,6% ,8% ,9% Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE ,8% ,9% ,7% ,3% Região de Saúde do Centro ,1% ,1% ,4% 1,3% F o nt e : S IC A Le ge nda : * = c irurgia ba s e + a dic io na l Do total de intervenções realizadas, a cirurgia de Gráfico 41 - Distribuição das intervenções realizadas por tipo ambulatório é o tipo de cirurgia com maior peso, 43%, seguida da cirurgia convencional e da cirurgia urgente com proporções de 40% e 17%, respetivamente. Fonte: SICA 90

95 A cirurgia de ambulatório correspondeu a 51,8% do total de cirurgias programadas em nos hospitais da Região de Saúde do Centro, o que reflete a melhoria na taxa de ambulatorização. Quadro 50 - Percentagem cirurgia de ambulatório nos Hospitais da Região de Saúde do Centro em 2011 e 2011 Δ 2011/ Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE 48,4% 51,6% Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE 40,2% 36,2% Centro Hospitalar Leiria-Pombal, EPE 56,6% 48,9% Centro Hospital Tondela-Viseu, EPE 50,2% 58,3% HOSPITAIS Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE 42,5% 48,1% Hospital Arcebispo João Crisóstomo 100,0% 100,0% - Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE 68,7% 51,4% Hospital Doutor Francisco Zagalo 71,8% 74,0% Hospital José Luciano de Castro 100,0% 100,0% - Instituto Português de Oncologia de Coimbra Francisco Gentil, EPE 36,0% 34,6% Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE 43,4% 45,9% Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE 57,2% 61,0% Região de Saúde do Centro 50,2% 51,8% F o nt e : S IC A Lista de Espera para Cirurgia a 31/12/ As questões relacionadas com o acesso aos cuidados de saúde são críticas quanto ao sucesso da política regional e nacional de saúde. Planear e dimensionar a oferta e orientar a procura é uma tarefa essencial, básica e estruturante no âmbito das competências regionais. Em, a dimensão da Lista de Inscritos para Cirurgia (LIC) desceu 10,1%, o que corresponde a uma diminuição de doentes relativamente ao período homólogo. Apenas os Centros Hospitalares Baixo Vouga EPE, Leiria Pombal EPE e a ULS da Guarda EPE vêm a sua lista de espera aumentar em, como é possível observar no quadro seguinte. O CHUC é a instituição da Região Centro com maior dimensão de doentes inscritos em lista de espera, isto é, 45% dos doentes em LIC são da responsabilidade daquela instituição. 91

96 Quadro 51 - Número de doentes inscritos em lista de espera para cirurgia a 31/12/ HOSPITAIS N.º de doentes em lista de espera 2011 Δ 2011/ % na dim ensão da Região ,9% 13,1% Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE ,0% 2,5% Centro Hospitalar Leiria-Pombal, EPE ,7% 8,1% Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE Centro Hospital Tondela-Viseu, EPE ,4% 14,7% Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE ,3% 45,0% ,4% 0,5% Hospital Arcebispo João Crisóstomo ,4% 4,1% Hospital Doutor Francisco Zagalo ,9% 0,8% Hospital José Luciano de Castro ,3% 0,1% Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE Instituto Português de Oncologia de Coimbra Francisco Gentil, EPE ,8% 1,9% Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE ,0% 3,4% Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE ,6% 5,8% Região de Saúde do Centro ,1% 100,0% F o nt e : S IG LIC No gráfico seguinte, é possível observar a evolução do número de doentes em LIC desde Desde esse ano que a tendência tem sido decrescente com exceção do ano de 2011 em que se verifica um acréscimo relativamente a Porém, em é retomada a tendência decrescente. Gráfico 42 - Evolução do número de doentes em LIC de 2005 a na Região de Saúde do Centro Fonte: SIGLIC 92

97 Quadro 52 - Tempo médio de espera (meses) para cirurgia a 31/12/ nos Hospitais da Região Centro HOSPITAIS Tempo médio de espera (meses) Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE 6,8 Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE 4,1 Centro Hospitalar Leiria-Pombal, EPE 3,9 Centro Hospital Tondela-Viseu, EPE 11,4 Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE 9,6 Hospital Arcebispo João Crisóstomo 2,3 Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE 6,8 Hospital Doutor Francisco Zagalo 3,5 Hospital José Luciano de Castro 2,2 Instituto Português de Oncologia de Coimbra Francisco Gentil, EPE 3,3 Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE 5,0 Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE 9,2 Região de Saúde do Centro 8,4 F o nte: SIGLIC Na região, o tempo médio de espera para cirurgia a 31/12/ era de 8,40 meses. Destacam-se o CHUC, o Centro Hospitalar de Tondela Viseu EPE e a ULS da Guarda, EPE por apresentaram tempos médios de espera superiores à média da região, com tempos respetivos de 11,40, 9,60 e 9,20 meses. No gráfico 43, é possível observar a evolução do tempo médio de espera para cirurgia, na região ao longo dos tempos. Salienta-se que o valor obtido em, isto é, 8,4 meses de tempo médio de espera é um resultado que apenas foi ultrapassado nos anos de 2005 e de Nos restantes anos foram obtidos sempre melhores resultados. Gráfico 43 - Evolução do tempo médio de espera (meses) para cirurgia de 2005 a na Região de Saúde do Centro Fonte: SIGLIC 93

98 2.5. Partos Nos últimos anos, a taxa de natalidade tem apresentado uma tendência decrescente, no nosso país. Como é possível observar no gráfico seguinte, a taxa de natalidade em Portugal tem vindo a diminuir desde os anos 60. Gráfico 44 - Evolução da taxa bruta de natalidade ( ) Fonte: Pordata Na Região de Saúde do Centro, em, verificou-se uma diminuição do número de nascimentos em 7,1%, o que se traduziu em menos 971 nascimentos relativamente ao período homólogo. Quadro 53 - Partos realizados na Região de Saúde do Centro em 2011 e Cesarianas HOSPITAIS 2011 Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE Centro Hospitalar Leiria-Pombal, EPE Δ 2011/ Total de Partos Δ 2011/ ,9% ,9% -10,6% ,0% -3,0% Cesarianas/Total Partos ,2% 31,2% 34,0% 32,7% -9,7% 28,7% 30,9% ,9% ,6% 28,7% 32,3% Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE ,6% ,8% 28,0% 29,0% Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE ,7% ,9% 22,4% 26,5% Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE Região de Saúde do Centro ,2% ,4% 36,3% 36,7% ,4% ,1% 29,1% 30,6% Centro Hospital Tondela-Viseu, EPE F o nte: SIC A Pese embora a diminuição verificada no número de cesarianas, comparativamente ao mesmo período homólogo, verifica-se um acréscimo do seu peso no total de partos em. 94

99 3. Produção em Cuidados Continuados Integrados Em o valor médio mensal da taxa de ocupação das unidades de convalescença, média duração e reabilitação, longa duração e manutenção e paliativos foi de, respetivamente, 93%, 95%, 96% e 83% valores similares aos do ano anterior. A taxa de ocupação das ECCI, embora tenha crescido face ao período anterior, apresenta um valor ainda considerado insuficiente (44%), donde se conclui haver necessidade de um melhor acompanhamento destas equipas. O número de doentes assistidos, que inclui os doentes transitados de 2011 e os admitidos em, aumentou 8% face ao período homólogo do ano anterior, tendo, na prática, a RNCCI na Região Centro prestado cuidados a doentes. Quadro 54 - Atividade desenvolvida na RNCCI INDICADORES UC UMDR ULDM UP ECCI Taxa de Ocupação Demora Média Utentes Assistidos % 94% 96% 84% 30% 93% 95% 96% 83% 44% F o nte: Gestcare C C I, A intervenção da Equipa de Coordenação Regional de Cuidados Continuados Integrados continuará a ter por base uma estratégia de proximidade, que se concretiza, por um lado, pelo acompanhamento sistemático e periódico das unidades prestadoras de cuidados continuados e, por outro, pela criação de espaços formativos e reflexão aos elementos das várias equipas que integram a Rede, nomeadamente as Equipa Coordenadora Local e Equipa de Gestão de Altas. 95

100 Capítulo IV Áreas de Intervenção em Saúde ① Programa de Prevenção e Controlo da Diabetes ② Programa para as Doenças Oncológicas ③ Programa para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares ④ Programa Regional para a Promoção da Alimentação Saudável ⑤ Programa para a Prevenção e Controlo do Tabagismo ⑥ Problemas Ligados ao Álcool ⑦ Programas de Promoção da Saúde em Meio Escolar ⑧ Programa de Saúde Ocupacional ⑨ Programa de Gestão Ambiental ⑩ Rede de Laboratórios de Saúde Pública ⑪ Programa de Prevenção e Controlo de Doenças Transmissíveis ⑫ Outras Áreas Específicas ⑬ Programa Regional de Capacitação e Literacia ⑭ Comissão Regional da Saúde, da Mulher, da Criança e do Adolescente 96

101 1. Programa de Prevenção e Controlo da Diabetes A diabetes mellitus é uma doença crónica, cada vez mais frequente na nossa sociedade. Além de incapacitante para o doente, a sua prevalência aumenta com a idade. As pessoas com diabetes podem vir a desenvolver uma série de complicações passíveis de prevenção e controlo, mediante um controlo rigoroso da hiperglicemia, da hipertensão arterial, da dislipidémia, entre outros, bem como de uma vigilância periódica dos órgãos mais sensíveis (retina, nervos, rim, coração, etc). Dada a frequente associação da diabetes com a hipertensão arterial e o colesterol elevado, o controlo destes dois fatores de risco faz parte integrante do controlo da diabetes. Em Portugal, entre 2000 e 2010, o consumo de medicamentos para a diabetes tem vindo a aumentar significativamente - cerca de 24%, em termos da dose diária definida/1.000 habitantes/dia. As razões apontadas são, para além do aumento da prevalência da doença, o aumento do número e da proporção de pessoas tratadas, bem como as dosagens médias utilizadas nos tratamentos. Epidemiologia da diabetes - A prevalência da diabetes em 2011 foi de 12,7% na população portuguesa com idades compreendidas entre os 20 e os 79 anos, o que corresponde a um total de aproximadamente mil indivíduos. Em 7,2% da população portuguesa referida, esta já havia sido diagnosticada e em 5,5% ainda não tinha sido diagnosticada. Prevalência da diabetes em Portugal e prevalência ajustada 12,70% da população total 7,20% da população total 5,50% da população total Taxa de Prevalência da Diabetes Diagnosticada e Não Diagnosticada População total anos (Prevalência Ajustada à população em 2011) Taxa de Prevalência da Diabetes Diagnosticada População total 2011 Taxa de Prevalência da Diabetes Não Diagnosticada População total 2011 Fonte: PREVADIAD SPD; OND Fonte: Amostra ECOS 2010; DEP-INSA Fonte: Amostra ECOS 2010;DEP-INSA Prevalência da hiperglicemia intermédia - A hiperglicemia intermédia em Portugal, em 2011, atinge 26,4% da população portuguesa com idades compreendidas entre os 20 e os 79 anos (2 088 mil indivíduos), desagregada conforme consta no gráfico

102 Gráfico 45 - Prevalência da hiperglicémia intermédia em Portugal em 2011 Quadro 55 - Anos Potenciais de Vida Perdidos (APVP) por diabetes mellitus em Portugal Continental e na Região de Saúde do Centro INDICADOR Portugal Continental Região Centro Portugal Continental Região Centro Portugal Continental Região Centro Portugal Continental Região Centro Portugal Continental Região Centro Nº de Anos Potenciais de Vida perdidos (APVP) por Diabetes (População <70 Anos) Fonte: INE; Óbitos por Causas de Morte; Tratamento OND Cuidados de Saúde Primários Em, na rede de CSP da ARSC encontravam-se registados utentes com diabetes, sendo nas UCSP e nas USF, num universo de utentes registados (com uma prevalência de 67,9 por inscritos). 98

103 Quadro 56 - Utentes com diabetes e com consulta registada na ARSC em CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS N.º de Consultas de Diabetes Utentes com Diabetes com Consulta Registada USF ,7% UCSP ,6% Total ,6% Fonte: SIARS Indicadores de qualidade e efetividade nos Cuidados de Saúde Primários A. No que diz respeito à percentagem de inscritos com diagnóstico diabetes, verificou-se um aumento (0,5%) relativamente ao ano de 2011, no conjunto dos ACeS e ULS da Região de Saúde do Centro. Os ACeS Pinhal Litoral II e Dão Lafões I são os que apresentam o valor mais baixo (5,6%) e o Pinhal Interior Norte II, o mais elevado (8,1%). O ACeS Cova da Beira foi o que apresentou uma maior variação (1,4%). Gráfico 46 - Percentagem de inscritos com diagnóstico de diabetes Fonte: ARSC 99

104 B. Em, verificou-se um aumento de 1,5% de utentes diabéticos com compromisso de vigilância, relativamente a 2011, na Região de Saúde do Centro. Esta variação é observada pelo aumento do número de utentes com compromisso de vigilância (9,9%) e de utentes diagnosticados (7,7%). No ACeS Cova da Beira verificou-se o valor mais baixo (62,2%) e no ACeS Baixo Mondego II o mais elevado (84,6%). No que respeita à variação 2011-, esta situa-se entre os 4,1% positivos no ACeS Pinhal Litoral II e os 3,2% negativos no ACeS Cova da Beira. Gráfico 47 - Percentagem de diabéticos com compromisso de vigilância Fonte: ARSC 100

105 C. Observou-se um aumento na percentagem de utentes com diabetes, com pelo menos um exame dos pés (3,4%), no ano de, resultante de um maior aumento do número de utentes vigiados com pelo menos um registo de exame aos pés (16,3%) do que do número de utentes com compromisso de vigilância (9,9%). No ACeS Cova da Beira verificou-se o valor mais baixo (26,3%) e no ACeS Dão Lafões I, o mais elevado (88,7%). No que respeita à variação 2011-, esta situa-se entre os 23,7% positivos do ACeS Pinhal Litoral I e os 5,6% negativos do ACeS Baixo Mondego II. Gráfico 48 - Percentagem de utentes com diabetes, com pelo menos um exame dos pés no ano Fonte: ARSC 101

106 D. Em, verificou-se um aumento de 2,7% de diabéticos com pelo menos 2HgbA1c nos últimos 12 meses, relativamente ao ano anterior. O ACeS Cova da Beira verificou o valor mais baixo (24%) e o ACeS Baixo Vouga II, o mais elevado (72,9%). No que respeita à variação 2011-, esta situa-se entre os 11,5% positivos do ACeS Pinhal Interior Norte II e os 6,3% negativos do ACeS Baixo Mondego II. Gráfico 49 - Percentagem de diabéticos com pelo menos 2HbA1C nos últimos 12 meses Fonte: ARSC 102

107 Quadro 57 - Alguns indicadores da diabetes nas USF da Região Centro em INDICADORES N.º % Diagnóstico de DM (T89 ou T90) na lista de problemas, com estado ativo Com pelo menos 2 consultas médicas (contato direto) ,7 Com pelo menos 2 registos de pressão arterial ,3 Com pelo menos 2 registos de resultados de HbA1c (MCDT c/ código A531) ,7 Com pelo menos 1 registo de HbA1c < 8, ,3 Com pelo menos 1 registo de resultado de microalbuminúria ,3 Com pelo menos 1 registo de colesterol total; C-HDL e triglicerídeos ,4 Fonte: ARSC Nota: Informação relativa a 36 USF Implementação de consultas autónomas e multidisciplinares da diabetes nas Unidades de Saúde e Hospitais Conforme as orientações do Conselho Diretivo da ARSC, todos os médicos de família deverão dispor de um período do seu horário para consultas de diabetes - autónomas, em equipa de pelo menos médico e enfermeiro e, se possível, com outros profissionais necessários ao tratamento e gestão da diabetes tipo 2 (caso de nutricionistas e psicólogos). Praticamente todos os hospitais da Região Centro têm consultas de pé diabético, havendo alguns que têm em funcionamento hospital de dia de diabetes. A nível dos CSP, tem-se incentivado a consulta de pé diabético. Para tal procedeu-se à aquisição de material (cadeiras de podologia, micromotores, fresas e restante material). Diagnóstico (rastreio) sistemático e tratamento da retinopatia diabética na Região Centro A prevalência de retinopatia diabética em diabéticos tipo 1 é de cerca 40%, enquanto em diabéticos tipo 2 é de 20%. A faixa etária mais atingida situa-se entre anos, sendo o sexo feminino mais afetado. Estão envolvidos no rastreio sistemático da retinopatia diabética todos os centros de saúde do âmbito territorial da ARSC, à exceção do ACeS Cova da Beira e da ULS da Guarda. O tratamento da retinopatia diabética, com laser, é realizado nos serviços de 103

108 oftalmologia das seguintes instituições hospitalares: Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE, CHUC, Centro Hospitalar de Tondela-Viseu, EPE, Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE e ULS de Castelo Branco, EPE. Em foram realizadas retinografias, no âmbito do diagnóstico sistemático da retinopatia diabética. Quadro 58 - Diagnóstico (rastreio) Sistemático e Tratamento da Retinopatia Diabética na Região Centro ANO Rastreios Utilizados Doentes que necessitam tratamento Resultados Doentes que não necessitam de tratamento ,3% ,7% ,1% ,9% ,2% ,8% Fonte: ARSC Articulação com as unidades prestadoras de cuidados de saúde Em todos os ACeS, USF, UCSP e Hospitais, as respetivas direções designaram um profissional ou equipa de profissionais responsáveis para funcionarem como interlocutores em matérias relacionadas com o Programa de Prevenção e Controlo da Diabetes. Cabe, igualmente, a estes profissionais assegurar a implementação local do programa (deteção de carência e necessidades, levantamento da situação e dos recursos, adaptação e definição das estratégias locais e acompanhamento da respetiva implementação). A Equipa Coordenadora Regional do Programa de Diabetes deslocouse aos ACeS para se inteirar do desenvolvimento do Programa, tendo realizado em cinco reuniões de trabalho com os responsáveis dos ACeS (diretores executivos ou seus representantes). 104

109 2. Programa para as Doenças Oncológicas 2.1. Programa de Rastreio do Cancro da Mama (RCM) Enquadramento Em Portugal, o tumor maligno da mama é aquele que apresenta maior incidência no sexo feminino, sendo a segunda causa de morte oncológica neste sexo. Em 2008, a taxa de incidência padronizada (população padrão mundial) era de 60,0 por e em 2010, a taxa de mortalidade padronizada (população padrão europeia) era de 20,1 por (média europeia de 22,6 por ) 2 Na Região Centro, à semelhança do que acontece em Portugal, tem-se verificado um aumento da mortalidade e incidência por cancro da mama (quadros 59 e 60), salientando-se, no entanto, que a Região Centro apresenta taxas de mortalidade inferiores às nacionais. Quadro 59 - Taxas de mortalidade padronizadas por tumor maligno da mama feminina por habitantes, (padronização pelo método direto, população padrão europeia) TAXA Portugal 18, ,8 20,2 20,1 Centro 18, ,4 19,6 Fonte: INE Quadro 60 - Taxas de incidência padronizadas por tumor maligno da mama feminina por habitantes, Região Centro, (padronização pelo método direto, população padrão europeia) INCIDÊNCIA In situ 1,3 5,1 6,3 7,2 6,7 9,7 Invasivo 73,7 60,6 68,7 72,5 71,7 81,3 Total 75,0 65,7 75,0 79,7 78,4 91,0 Fonte: Registo Oncológico Regional do Centro 1 European Comission (EC). Eurostat: Cause of deaths statistics. Luxembourg: EC;. 2 International Agency for Research on Cancer (IARC). Globocan 2008: Fast Stats. Lyon: IARC;

110 O RCM é da responsabilidade executiva da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), abrange todos os concelhos da Região Centro desde 2001, tendo sido rastreadas na última volta (2011/12) 67,9% das mulheres residentes com idades compreendidas entre os 45 e 69 anos. Resultados Na última volta de rastreio aumentou o número de mulheres convidadas e rastreadas, verificando-se uma maior participação no grupo de mulheres que participaram anteriormente no rastreio (83,6 %) (quadro 61). Quadro 61 - Taxas de participação no rastreio do cancro da mama na última volta (2011/12) ACeS/ULS Mulheres convidadas Mulheres rastreadas Cobertura (%) Participação Global (%) Baixo Mondego I ,5 52,7 Baixo Mondego II ,5 62,0 Baixo Mondego III ,1 64,2 Baixo Vouga I ,5 68,8 Baixo Vouga II ,3 63,9 Baixo Vouga III ,0 68,8 Cova da Beira ,6 67,5 Dão Lafões I ,0 70,1 Dão Lafões II ,8 75,4 Dão Lafões III ,8 75,0 Pinhal Interior Norte I ,4 66,0 Pinhal Interior Norte I ,0 70,0 Pinhal Litoral I ,3 69,8 Pinhal Litoral I ,3 53,3 ULS Castelo Branco ,0 67,2 ULS Guarda ,8 72,6 Região de Saúde do Centro ,1 65,0 Fonte: INE e LPCC Notas: 1. Cobertura: número de mulheres rastreadas/número de mulheres residentes x Participação: número de mulheres rastreadas/número de mulheres convidadas x

111 Quadro 62 - Indicadores de rastreio do cancro da mama INDICADOR 1ª Vez Repetição Global Tempo médio rastreio - leitura # n.a. n.a. 4,8 dias úteis Tempo médio leitura positiva - aferição # n.a. n.a. 11,2 dias úteis Tempo médio aferição - consulta de cirurgia ## n.a. n.a. 10,6 dias úteis Taxa de discrepância inter-leitores # 13,0% 3,9% 5,3% Taxa de deteção * 3,8%o 2,4%o 2,8%o Razão in situ/invasivo * 17,9% 15,3% 16,3% Proporção lesões estádio 0 e I * 60,0% 64,4% 62,7% Proporção lesões sem metastização ganglionar * 72,9% 76,6% 75,2% Valor preditivo positivo da mamografia * 5,0% 11,3% 7,5% Valor preditivo positivo da aferição * 60,5% 75,4% 68,6% Fonte: LPCC Notas: # dados referentes ao ano de ; ## dados referentes ao ano de 2010; * dados referentes ao período ; n.a.: não se aplica 2.2. Programa de Rastreio do Cancro do Colo do Útero (RCCU) Enquadramento Em Portugal, a taxa de mortalidade padronizada (população padrão europeia) por cancro do colo uterino era, em 2010, de 2,9 por (quadro 63). Em 2008, a taxa de incidência padronizada (população padrão mundial) era de 12,2 por A redução da mortalidade por este tumor verificada entre 2009 e 2010 foi acompanhada de uma redução da taxa de mortalidade padronizada antes dos 65 anos (população europeia) de 2,7 por para 1,9 por A Região Centro apresenta uma taxa de mortalidade inferior à nacional (2,1 por ), observando-se igualmente uma redução da mortalidade antes dos 65 anos de idade (1,3 por ). Em relação à taxa de incidência padronizada por cancro do colo do útero, o aumento verificado, entre 2005 e 2010, deve-se ao número de casos não invasivos, não se 3 European Comission (EC). Eurostat: Cause of deaths statistics. Luxembourg: EC;. 107

112 verificando igual acréscimo no número de tumores invasivos (quadro 64). Esta evolução pode traduzir uma progressão no seu diagnóstico precoce, facto que pode estar relacionado com o alargamento do programa de rastreio do cancro do colo uterino a toda a região em Quadro 63 - Taxas de mortalidade padronizadas por tumor maligno do colo uterino por , (padronização pelo método direto, usando a população padrão europeia) TAXA Portugal 2,6 3,3 3,4 3,7 2,9 Centro 2,1 3,1 3,1 3,5 2,1 Fonte: INE Quadro 64 - Taxas de incidência padronizadas por tumor maligno do colo uterino por , Região Centro, (padronização pelo método direto, usando a população padrão europeia) INCIDÊNCIA Invasivos 9,0 8,1 9,4 10,5 8,5 9,0 Não invasivos 5,4 5,9 7,4 9,7 8,3 10,3 Total 14,4 14,0 16,8 20,2 16,8 19,3 Fonte: Registo Oncológico Regional do Centro Atualmente, o RCCU assenta na realização de colpocitologia de 3 em 3 anos, com encaminhamento de todos os casos positivos para a Unidade de Patologia Cervical da área de residência. Está em fase de implementação a informatização do programa de RCCU. Resultados Os resultados da última volta de rastreio (2010/12) estão resumidos no quadro 65, destacando-se os seguintes: foram rastreadas mulheres, correspondendo a uma cobertura de 58,2%; com base nos resultados citológicos foram detetadas lesões de baixo grau (21 por mil), 829 lesões de alto grau (3 por mil) e 36 cancros (0,15 por mil); 1,4% das citologias efetuadas foram insatisfatórias. 108

113 Quadro 65 - Cobertura e resultados do rastreio do cancro do colo uterino na volta de 2010/12 ACeS/ULS População elegível estimada Citologias Cobertura (%) Resultados (2010/12) ASCUS Neg Ins AGC LSIL Baixo Mondego I , Baixo Mondego II , Baixo Mondego III , Baixo Vouga I , Baixo Vouga II , Baixo Vouga III , Cova da Beira Dão Lafões I Dão Lafões II Dão Lafões III , Pinhal Interior Norte I Pinhal Interior Norte I , Pinhal Litoral I , Pinhal Litoral I , ULS Castelo Branco , ULS Guarda , Região de Saúde do Centro , Fonte: ARSC Notas: População elegível estimada: 88,5% das mulheres residentes com idades compreendidas entre os 25 e 64 anos (censos 2011); cobertura: número de mulheres rastreadas / número (estimado) de mulheres elegíveis x 100. O número de citologias apresentado é o número de citologias com resultado validado no período. Neg: negativo para lesão intraepitelial; Ins: insatisfatório; ASCUS: atípia de células escamosas de significado indeterminado; ASCH: atípia de células escamosas sem exclusão de lesão intraepitelial de alto grau; AGC: atípia de células glandulares; LSIL: lesão intraepitelial de baixo grau; HSIL: lesão intraepitelial de alto grau; Ca: cancro. HSIL ASCH Ca A redução do número de citologias efetuadas entre 2011 e não é indicador de um menor número de mulheres rastreadas, estando antes relacionado com a alteração introduzida ao protocolo do RCCU, tendo deixado de ter indicação a repetição da primeira citologia negativa ao final de um ano. Em relação à volta anterior, mantém-se o mesmo nível de execução do RCCU, salientando-se marcadas assimetrias regionais quanto à cobertura populacional do rastreio. 109

114 2.3. Programa de Rastreio do Cancro do Cólon e Recto (RCCR) Enquadramento Em Portugal, o cancro do cólon e recto é o tumor maligno com maior peso na mortalidade e morbilidade oncológica. Em 2008, a taxa de incidência padronizada (população padrão mundial) era de 31,4 por A taxa de mortalidade padronizada (população padrão europeia) por cancro colorrectal tem registado uma tendência crescente sendo em 2010 de 22,2 por (média europeia de 18,7 por ) 5. A Região Centro tem apresentado taxas de mortalidade próximas das nacionais (quadro 66), verificando-se ligeiras oscilações na incidência padronizada dos tumores do cólon e recto (quadro 67). Quadro 66 - Taxas de mortalidade padronizadas por tumor maligno do cólon e recto por habitantes, (padronização pelo método direto, população padrão europeia) TAXA Portugal 21,1 21,5 22,1 21,8 22,2 Centro 22,7 21,2 22,9 21,3 22,2 Fonte: INE Quadro 67 - Taxas de incidência padronizadas por tumor maligno do cólon e recto por habitantes, Região Centro, (padronização pelo método direto, população padrão europeia) INCIDÊNCIA Cólon 27, , ,4 26,2 Recto 13,6 12,7 14,3 12,7 13,5 13,2 Junção rectossigmoidea 1,8 1,9 1,7 1,8 1,7 2,2 Fonte: Registo Oncológico Regional do Centro O RCCR consiste na realização de pesquisa de sangue oculto nas fezes bianual aos utentes entre os 50 e 70 anos de idade, com encaminhamento dos casos positivos para realização de colonoscopia total num dos três hospitais de referência da região. 4 European Comission (EC). Eurostat: Cause of deaths statistics. Luxembourg: EC;. 5 International Agency for Research on Cancer (IARC). Globocan 2008: Fast Stats. Lyon: IARC;

115 Atualmente, o rastreio está implementado em 34 concelhos (44% da totalidade de concelhos da região). Todas as unidades envolvidas no RCCR estão informatizadas, estando em desenvolvimento os módulos de estatística. Resultados Na última volta de rastreio (2011/12): foram rastreados utentes registando-se uma cobertura de 10,2 % da população residente em idade elegível de rastreio; 5,8 % dos utentes rastreados teve um teste positivo; 2,6 % dos testes foram inconclusivos. Quadro 68 - Avaliação do rastreio do cancro do cólon e recto (2011/12) ACeS/ULS População residente Testes realizados Taxa de cobertura Positivos Testes Inconclusivos % N.º % N.º % Baixo Mondego I (USF Modelo B) ,3 96 5,8 53 3,2 Dão Lafões , , ,2 Pinhal Interior Norte , , ,8 Pinhal Litoral , , ,8 Região de Saúde do Centro , , ,6 Fonte: ARSC Notas: 1. População residente: com idade compreendida entre os 50 e 69 anos; Taxa de cobertura: número de testes PSOF / população x Na sequência da reorganização dos ACeS integrados na ARSC, em vigor desde 30 de novembro de, a ARSC passou a abranger 6 ACeS. A avaliação dos resultados relativa ao projeto RCCR uma vez elaborada no final do ano já contempla a atual estrutura organizativa. Em relação à última volta de rastreio, regista-se um aumento do número de utentes rastreados devido à inclusão de quatro concelhos em dezembro de 2011 e ao aumento do número de indivíduos rastreados em cada concelho. No entanto, a taxa de cobertura apresentada é mais baixa do que a da volta anterior, uma vez que foi considerada toda a população alvo e não apenas os grupos etários selecionados para rastreio durante a fase de implementação. De acordo com os resultados de dois dos hospitais de referência para colonoscopia, foram estimadas as seguintes taxas de deteção para o ano de : 23,0 adenomas por participantes; 0,7 cancros por participantes. 111

116 3. Programa para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares Enquadramento As doenças do aparelho circulatório são uma das principais causas de morte e de incapacidade nas sociedades ocidentais, nas quais Portugal se inclui. A Região Centro não é exceção neste aspeto, sendo de prever que o impacto nefasto destas doenças na região se venha a agravar com o crescente envelhecimento da população e com o aumento da prevalência dos vários fatores de risco a elas associadas, particularmente na população mais jovem. Dadas as alterações organizativas da ARSC e respetivos impactos durante o ano de, bem como os constrangimentos orçamentais e em recursos humanos (em especial médicos), que com maior acuidade se verificaram neste período, houve durante o referido ano um abrandar de novas iniciativas no âmbito das doenças cardiovasculares, tendose optado por, prioritariamente, manter uma atividade e apoio aos programas em curso, iniciados em anos anteriores Programa de Hipocoagulação O controlo do utente hipocoagulado nas Unidades de Saúde (USF e UCSP) é efetuado mediante dois processos: 1 - através do controlo analítico feito em laboratório de análises clínicas, mediante a respetiva requisição do médico; 2 - através do material fornecido pela ARS (hipocoagulómetros e tiras reagentes). Em termos globais, ou seja, considerando a percentagem de doentes hipocoagulados que são controlados com a regularidade adequada, independentemente do método aplicado, os valores atingidos em são de, pelo menos, 85%. No entanto, também é importante avaliar os resultados do programa desenvolvido pela ARSC desde Este programa consistiu, não só na distribuição de coagulómetros por todos os centros de saúde que se mostraram interessados em aderir ao programa, como também, na formação sobre a sua utilização. Foram ainda aperfeiçoadas as normas e vias para aquisição das tiras a utilizar, situação que não se encontra totalmente resolvida, havendo ainda a assinalar algumas situações de insuficiência e rutura de stocks, mas bastante menos do que em O trabalho de coordenação incidiu sobretudo no 112

117 acompanhamento das eventuais dificuldades e necessidades detetadas, que passaram sobretudo por problemas com o fornecimento atempado das tiras reagentes e sensibilização para que mais profissionais de saúde aderissem ao programa, provados que estão os ganhos em termos de custos e, sobretudo, rapidez de resposta nas situações carentes de controlo. Até agora, o programa está a funcionar em 68% das unidades de saúde, sendo objetivo alargar para 90% as unidades aderentes em Foram também levadas a cabo diversas ações de formação no âmbito da utilização do software de comunicação e controlo (TaoNet) dedicado a este programa Vias verdes Coronária e Acidente Vascular Cerebral (AVC) Na sequência do trabalho desenvolvido em anos anteriores, todos os hospitais, serviços de urgência, Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e demais prestadores de cuidados de saúde do âmbito territorial da ARSC foram instruídos e formalmente articulados para a correta implementação das vias verdes. Houve um avanço significativo no âmbito da Via Verde AVC, mas no que se refere à Via Verde Coronária, existem ainda alguns aspetos de articulação entre os diversos serviços a corrigir, sobretudo na comunicação entre Unidades de Cuidados Intensivos Coronários (UCIC), Centros de Hemodinâmica e INEM. Essa situação motivou a publicação de um novo documento do Programa Nacional para as Doenças Cardiovasculares, em novembro de Telemedicina aplicada às Doenças Cardiovasculares Até agora a ARSC tinha no terreno o programa PRECOCE para que, nos casos suspeitos de enfarte do miocárdio, os diversos centros de saúde (antigos SAP, e Serviços de Urgência Básica-SUB ou centros de saúde de grandes dimensões) e os diversos hospitais pudessem contactar, via telemedicina, com os serviços de UCIC de referência e ali ser efetuado online o diagnóstico à distância - com a avaliação em direto do Eletrocardiograma (ECG), exame clínico e outros julgados necessários, bem como dadas indicações terapêuticas imediatas e organização da referenciação do doente, de modo a que chegue com a maior brevidade de tempo e já pré-diagnosticado ao destino mais adequado (UCIC, hemodinâmica, etc). O sistema está formalmente implantado em 11 centros de saúde, entre os quais no SUB de Arganil, mas face aos condicionalismos de 113

118 pessoal médico e organizacional já mencionados, esteve nos últimos dois anos praticamente inativo e limitado pelos constrangimentos do equipamento utilizado (hardware exigindo salas próprias, contratos de manutenção caros, redes dedicadas com falhas frequentes, localização específica do material nem sempre acessível, software de utilização pouco intuitiva). Tendo em conta esta situação e as potencialidades da Plataforma de Dados da Saúde (PDS), durante o ano de foi desenvolvida, em conjunto com a ACSS e com a colaboração ativa da coordenação para as Doenças Cardiovasculares da ARSC, uma solução tecnológica, funcional e organizativa, radicalmente diferente, baseada na utilização de computadores normais usados pelos médicos e enfermeiros nos diversos serviços do SNS, que irá permitir poder efetuar telemedicina a partir de qualquer terminal ligado àquela plataforma. Para tal, bastará apenas uma pequena adaptação de uma webcam e um interface simples que permitirá conectar todo e qualquer aparelho que produza imagem e/ou som digital: Raio-X, ECG, ecógrafo, estetoscópio eletrónico, glucómetro, espirómetro, etc. Desse modo, tanto o programa PRECOCE, como outros de âmbito similar, poderão em breve ser ativados, praticamente a partir de qualquer local de trabalho ou mesmo via smartphone, pelo que é de prever uma radical mudança do panorama atual Cartão de Risco Cardiovascular Este projeto consistiu inicialmente em distribuir aos utentes dos centros de saúde um cartão que recolha, de forma consistente, os cinco principais fatores de risco das doenças cardiovasculares (cores verde, amarelo ou vermelho, consoante o risco), para assim motivar os utentes a se autocontrolarem. Fornece também explicações básicas sobre os fatores de risco, sendo replicado nos sistemas informáticos. No entanto, provavelmente devido às alterações nos modelos organizativos e de coordenação das unidades de saúde, o programa tem estado praticamente parado. Neste momento, face à implementação a nível nacional da PDS, de que é parte integrante o Portal do Utente, foi sugerido à Comissão para a Informatização Clínica, gestora da PDS junto do Ministério da Saúde, que fosse incluída naquele portal, uma versão digital do Cartão de Risco Cardiovascular que está já em fase avançada de desenvolvimento e que facilitará tanto a recolha de dados direta (através do sistema informático através da sua introdução por iniciativa do utente, acedendo ao portal ou com o apoio dos profissionais de saúde para que essa inclusão seja efetuada). 114

119 3.5. Programa SMILES Este programa consiste na monitorização no domicílio de doentes de risco cardiovascular, permitindo obter e transmitir de forma regular e permanente dados como peso, tensão, glicemia, colesterolemia, e frequência cardíaca, sendo ainda possível adicionar outros parâmetros. Esses dados são recolhidos de forma automática no domicílio dos pacientes e transmitidos para um servidor central que os trata, procede a uma análise automática dos valores e os transmite para os locais adequados e previamente acordados, como sejam o do médico, consultório, gabinete de enfermagem, ou outros devices de acesso à rede informática ou de Global System for Mobile. É inclusivamente possível parametrizar o sistema para que sejam definidos alertas automáticos personalizados por doente. A fase piloto preliminar decorreu em 2010 no Centro de Saúde de Celas (Coimbra), com um feedback extremamente positivo, pelo que foi solicitada em 2011 autorização para se iniciar a fase de validação do projeto, com doentes. Face às contingências orçamentais conhecidas, o programa não pôde avançar no âmbito em que foi inicialmente pensado (1.000 utentes em Celas e Arganil), mas foi possível, iniciar um programa dentro de moldes similares de telemonitorização em Penela, tendo a ARSC participado como consultor e patrocinador operacional Outras Ações No âmbito das Doenças Cardiovasculares a ARSC participou, colaborou e patrocinou diversos eventos, a saber: Estudo do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) e_cor - Prevalência de fatores de risco cardiovascular na população portuguesa, um estudo de âmbito nacional, tendo a ARSC organizado o apoio logístico em termos de instalações. Iniciativa Dá-nos cinco minutos e nós damos-te uma vida - Visou rastrear e esclarecer a população jovem, sobre a morte súbita cardíaca no jovem, as melhores formas de deteção das condições de risco e tratamentos para as mesmas, em que a ARSC participou na sua divulgação e apoio logístico nos locais onde decorreu. XII Jornadas da Fundação Portuguesa de Cardiologia, patrocínio do Prémio ARSC, para além da promoção, divulgação e participação nas mesas redondas. 115

120 4. Programa Regional para a Promoção da Alimentação Saudável (PRPAS) Enquadramento A alimentação é um dos determinantes ligados aos estilos de vida que mais condiciona a saúde da população, e, pela sua importância, a DGS considerou o PRPAS como um dos oito programas prioritários a nível nacional. A nível regional e numa lógica de continuidade ao que se tem vindo a desenvolver ao longo dos últimos anos, enquadra-se o PRPAS em quatro eixos de ação, ilustrado pelo organograma incluso: Figura 6 - Organograma PRPAS Fonte: ARSC 1 Organização de serviços: A - Formação e gestão de grupos de trabalho multidisciplinares B - Organização das consultas de nutrição C - Aplicação Informática SIG-SA 2 Formação interna: A - Aguarela alimentar B - 3 Pontos em movimento 3 Intervenção comunitária: A - Minorsal.saude (pão.come e sopa.come) B - Tãodoce.não C - Trans.fora 116

121 D - Oleovitae E - Programa 5 ao dia em parceria com o Mercador Abastecedor de Coimbra F - Monitorização da Obesidade Infantil (Childhood Obesity Surveillance Initiative Estudo do Padrão Alimentar e de Crescimento na Infância) G - Vending.saude 4 Comunicação, marketing e informação: A - Dona saúde - blog e partilha de informação dirigida ao grande público B - Newsletter informática dirigida aos profissionais de saúde C - Suportes de informação dirigidos à Industria Alimentar e Restauração Toda esta multiplicidade de variáveis e de áreas de intervenção exigiu da parte dos serviços uma definição de estratégias que se cruzam entre si, mas que sem as quais, seria impossível atingir os objetivos propostos. Obrigou igualmente a uma plêiade de profissionais de saúde com múltiplos saberes, como médicos, nutricionistas, técnicos de saúde ambiental, psicólogos, enfermeiros e técnicos de laboratório que deverão trabalhar em equipas multidisciplinares. Pela diversidade de projetos em causa, destacam-se apenas aqueles que pela sua abrangência, se considerou de maior relevo no ano de. Formação interna A - Aguarela alimentar - No ano de foi realizada a única ação aprovada pelo Programa Operacional Potencial Humano (POPH). Teve como objetivo capacitar os profissionais de saúde na área da nutrição humana e teve a frequência de 21 profissionais dos CSP, aumentando assim o número de médicos e enfermeiros abrangidos por este projeto, para 475. B - 3 Pontos em movimento - É o mais recente projeto de formação enquadrado no PRPAS. Tem como objetivo capacitar os médicos, enfermeiros e nutricionistas da ARSC, na prescrição de atividade física. Neste contexto, foram realizadas duas ações, sendo que uma foi incluída na formação Aguarela Alimentar. Estas ações foram frequentadas por 42 profissionais. 117

122 Intervenção comunitária A - Estratégia Minorsal.saude - Apresenta como objetivo de saúde a diminuição das taxas de mortalidade específica das doenças cérebro vasculares e a diminuição das neoplasias do estômago e naso faringe na Região Centro, através da redução dos teores de sal na alimentação. A.1. Projeto pão.come - Projeto de intervenção comunitária enquadrado na estratégia anteriormente referida, apresentando por isso os mesmos objetivos de saúde, nomeadamente, redução do teor de sal no pão da Região Centro, para valores de 0,8g de sal por 100g de pão. Este projeto com 6 anos de duração abrangia, a 31 de dezembro de, 91% da população da Região Centro. Figura 7 - Percentagem de população abrangida pelo projeto pão.come na Região Centro, em N.º de Padarias = 384 N.º de Amostras = % de padarias com adição de NaCL<1g/100g de pão 47% de padarias com adição de NaCL<0,8g/100g de pão Fonte: ARSC Indicadores de Atividade Gráfico 50 - Número de padarias intervencionadas no âmbito do projeto pão.come em Fonte: ARSC 118

123 Gráfico 51 - Evolução do número de padarias aderentes ao projeto pão.come Fonte: ARSC Total de padarias da Região Centro intervencionadas em 384 Total de padarias incluídas no projeto pão.come Gráfico 52 - Número de análises realizadas no âmbito do pão.come em Fonte: ARSC Total de análises de NaCl realizadas pela rede de laboratórios de saúde pública da Região Centro em

124 Indicadores de Resultados Embora haja 5 concelhos ao nível da Região Centro que ainda não iniciaram o projeto, é possível concluir que o pão.come teve uma boa adesão por parte da indústria da panificação e tem sido levado a cabo com êxito pelas equipas de saúde pública dos ACeS e das duas ULS. É de evidenciar os valores médios conseguidos ao longo dos anos. No ano de 2007, quando se realizou o diagnóstico em 150 amostras de pão da Região Centro a média era de 1,58g de NaCl/100g de pão e, atualmente, é na maioria das padarias inferior a 1g Nacl/100g de pão (o valor legal imposto pela Lei n.º 75/2009 de 12 de agosto, é de 1,4g de NaCl/100g de pão). Pode-se também verificar que em a percentagem de padarias da Região Centro com adição de sal < 0,8g por 100g de pão é de 47%. A.2. Projeto sopa.come - Um projeto de intervenção comunitária enquadrado na estratégia Minorsal.saúde com o objetivo específico de reduzir o teor de sal na sopa para valores de 0,2g/100g na restauração coletiva e não coletiva. Este projeto com 3 anos de duração está a ser desenvolvido em dois ACeS, Pinhal Interior Norte e Baixo Mondego, e na ULS da Guarda. Gráfico 53 - Número de cantinas incluídas no projeto pão.come, por fase do projeto Fonte: ARSC Nota: Na sequência da reorganização dos ACeS integrados na ARSC, em vigor desde 30 de novembro de, a ARSC passou a abranger 6 ACeS. A avaliação dos resultados relativa ao projeto sopa.come uma vez elaborada no final do ano já contempla a atual estrutura organizativa. 120

125 Gráfico 54 - Número de restaurantes incluídos no projeto sopa.come, por fase do projeto Fonte: ARSC Nota: Na sequência da reorganização dos ACeS integrados na ARSC, em vigor desde 30 de novembro de, a ARSC passou a abranger 6 ACeS. A avaliação dos resultados relativa ao projeto sopa.come uma vez elaborada no final do ano já contempla a atual estrutura organizativa. Indicadores de Atividade Este projeto tem-se demonstrado de todo o interesse, pela oportunidade de interação com as instituições aderentes, sendo de referir que, além do trabalho de monitorização do teor de sal nas sopas de todos os estabelecimentos nele incluídos, nomeadamente, refeitórios escolares, Instituições Particulares de Solidariedade Particular, hospitais e alguns restaurantes, existe um grande trabalho de sensibilização para o decréscimo da adição de sal na sopa, de uma forma faseada e controlada, de acordo com a sua metodologia e distribuída pelos serviços de saúde pública locais. Quadro 69 - Número de análises realizadas no âmbito do projeto sopa.come, em ACeS/ULS Análises realizadas Baixo Mondego 38 Pinhal Interior Norte 117 ULS Guarda 348 Região de Saúde do Centro 503 Fonte: ARSC Nota: Na sequência da reorganização dos ACeS integrados na ARSC, em vigor desde 30 de novembro de, a ARSC passou a abranger 6 ACeS. A avaliação das atividades desenvolvidas relativas ao projeto sopa.come uma vez elaborada no final do ano já contempla a atual estrutura organizativa. 121

126 Indicadores de Resultados Atendendo a que ainda não foi concluída a 1ª fase em todos os estabelecimentos incluídos no diagnóstico, não se apresentam de momento, as análises estatísticas de resultados. D - Projeto Oleovitae - Projeto de intervenção comunitária que visa a proteção dos consumidores da Região Centro da ingestão de compostos polares (CP) produzidos pelo aquecimento e utilização excessiva dos óleos de fritura. Este é um dos projetos prioritários do PRPAS, pelo facto dos CP, em percentagens superiores a 24, serem fatores potencialmente cancerígenos. O objetivo específico do projeto visa a monitorização do teor de compostos polares dos óleos de fritura nos estabelecimentos de restauração coletiva e não coletiva da Região Centro. Indicadores de Atividade e de Resultados Quadro 70 - Número total de determinações realizadas, em <17 17 a 23 > a 23 > 24 Baixo Mondego ,0 5,0 Baixo Vouga ,0 15,1 Dão Lafões ,1 0,0 Pinhal Interior Norte ,6 7,7 Pinhal Litoral ,8 7,5 ULS Guarda ,7 7,0 Região de Saúde do Centro ,5 7,8 Fonte: ARSC Notas: ACeS/ULS N.º de determinações Ano de % 1. No ACeS Baixo Mondego, houve durante o ano de mais 86 determinações realizadas, não tendo sido contempladas no quadro acima incluído, por haver suspeita de erro de leitura da sonda utilizada. 2. Na sequência da reorganização dos ACeS integrados na ARSC, em vigor desde 30 de novembro de, a ARSC passou a abranger 6 ACeS. A avaliação das atividades desenvolvidas e de resultados relativos ao projeto oleovitae uma vez elaborada no final do ano já contempla a atual estrutura organizativa. Face aos resultados encontrados nas avaliações realizadas, considera-se necessário o investimento na monitorização e sensibilização dos manipuladores de alimentos, para uma utilização adequada dos óleos de fritura e respetivo controlo da temperatura. 122

127 E - Programa 5 ao dia - Faz crescer com alegria - O Programa 5 ao dia iniciou a sua atividade na Região Centro, no ano de 2009, com a assinatura do protocolo entre o Mercado Abastecedor de Coimbra e a ARSC desde essa data, o DSP da ARSC tem participado no desenvolvimento deste programa, que tem como objetivos, promover o consumo diário de, pelo menos, 5 porções de fruta e hortícolas, para potenciar uma alimentação saudável e contribuir para a prevenção das doenças crónicas associadas aos maus hábitos alimentares e obesidade. Os destinatários do programa são as escolas em geral, professores e crianças/jovens em idade escolar entre os 7 e os 12 anos. No ano letivo foram desenvolvidas 15 sessões/atividades, envolvendo a participação de 445 alunos. Verificou-se um decréscimo no número de alunos envolvidos em relação ao ano letivo anterior, devido às atividades terem sido destinadas apenas ao grupo etário previsto no programa. A programação, desenvolvimento e avaliação deste tipo de atividades, resultam de um trabalho de cooperação e parceria entre todos os seus executores, quer tenham a sua génese na escola, saúde ou qualquer outro. 123

128 5. Programa Nacional de Prevenção e Controlo do Tabagismo (PNPCT) Enquadramento O tabagismo é um importante problema de saúde pública, não só pela magnitude do problema, mas também pelas consequências na saúde e nos elevados custos económicos e sociais. É o único produto de venda legal que mata metade dos seus consumidores regulares. Morrem cerca de 6 milhões de pessoas a cada ano, das quais são pessoas expostas ao fumo passivo, que é a 3ª maior causa de morte evitável no mundo. A cessação tabágica é fundamental nos fumadores para melhorar, não só a sua qualidade de vida, mas também a sua saúde e, nesse sentido, reduzir a mortalidade e morbilidade associadas ao consumo de tabaco. O PNPCT visa promover um futuro mais saudável, totalmente livre de tabaco e tem como finalidade aumentar a expectativa de vida saudável na população através da redução das doenças e da mortalidade prematura associadas ao consumo de tabaco. Indicadores de Atividade Apresentam-se as consultas de cessação tabágica realizadas nos ACeS Cova da Beira, Pinhal Interior Norte I, Pinhal Litoral II e Dão Lafões I. Quadro 71 - Consultas de cessação tabágica realizadas em Grupos etários N.º de fumadores com 1ª consulta Homens Mulheres Total anos anos anos anos anos anos anos > 75 anos Total Fonte: ARSC 124

129 Quadro 72 - Total das primeiras consultas realizadas em ACeS N.º de fumadores com 1ª consulta Homens Mulheres Total Cova da Beira Dão Lafões I Pinhal Interior Norte I Pinhal Litoral II Região de Saúde do Centro Fonte: ARSC Quadro 73 - Frequência e caraterização dos utentes em Frequência dos utentes Homens Mulheres Total 1 vez vezes vezes vezes vezes > 5 vezes Total Fonte: ARSC Podemos verificar, no quadro 73, que 72 utentes frequentaram a consulta de cessação tabágica em uma única vez, sendo 27 mulheres e 45 homens. Quadro 74 - Total de consultas seguintes realizadas em Consultas seguintes ACeS Total Homens Mulheres Cova da Beira Dão Lafões I Pinhal Interior Norte I Pinhal Litoral II Região de Saúde do Centro Fonte: ARSC 125

130 Quadro 75 - Número total de consultas de cessação tabágica efetuadas entre 2006 e ACeS/ULS Total Baixo Mondego I Baixo Mondego II Baixo Mondego III Baixo Vouga I 63 * 28 * 91 * Baixo Vouga II Baixo Vouga III Cova da Beira Dão Lafões I Pinhal Interior Norte I Pinhal Interior Norte II Pinhal Litoral I Pinhal Litoral II ULS Castelo Branco 48 * 48 * ULS Guarda * 587 * Região de Saúde do Centro * * Fonte: ARSC Nota: * = Não estão incluídas neste quadro o total de consultas seguintes dos ACeS Baixo Vouga I, ULS da Guarda e da ULS de Castelo Branco (só estão inseridas as primeiras consultas do ano) Grupo de trabalho prevenção e cessação tabágica da ARSC Este grupo é constituído pelos responsáveis do tabagismo dos vários ACeS, assim como, por alguns Presidentes do Conselho Clínico e por um elemento da Saúde Pública, reunindo-se periodicamente no DSP da ARSC, em Coimbra. Atividades Desenvolvidas Publicação de 2 newsletters que se encontram disponíveis no site da ARSC. Realização do IV Colóquio Conhecer, Decidir e Vencer O Tabaco e a Doença. Participação nas reuniões do Grupo Operacional Nacional do Programa Nacional para a Prevenção e Controlo do Tabagismo. Participação na reunião do Grupo Técnico Consultivo. Participação no VIII Congresso do EMASH O uso da nicotina seus efeitos, sinais e sintomas. Participação em reuniões com a Coordenação Regional de Saúde Escolar e com o Responsável do projeto In-Dependência para elaboração de um projeto único no âmbito do tabagismo. Publicação das entrevistas no jornal Público e na revista Saúde do Região de Leiria. 126

131 Participação em ação de formação para internos de especialidade de Medicina Geral e Familiar. Apresentação do PNPCT pela Diretora Nacional do Programa aos Diretores Executivos, Presidentes do Conselho Clínico e responsáveis da consulta de Cessação Tabágica dos ACeS. Resultados Embora o PNPCT seja um programa prioritário, por questões organizacionais não foi possível que algumas metas fossem atingidas. A formação necessária aos profissionais de saúde, para iniciarem consultas de cessação tabágica, foi deficitária. 127

132 6. Problemas Ligados ao Álcool (PLA) Enquadramento Os PLA têm vindo a assumir uma gravidade crescente, comprovada por estudos recentes que evidenciam um preocupante consumo global a nível mundial. Numerosos estudos demonstram que existe uma relação dose-resposta entre o consumo de álcool e a frequência e gravidade de várias doenças. Deste modo, a maiores níveis de consumo correspondem taxas de mortalidade e morbilidade mais elevadas, por cirrose hepática, neoplasias, acidentes nos locais de trabalho e sinistralidade rodoviária. Influenciam ainda outras situações, como o absentismo laboral, comportamentos sexuais de risco, gravidez na adolescência, agressividade e violência. O conhecimento científico daqueles fatores de risco, e suas consequências, justifica que a política atual em relação aos problemas ligados ao álcool deva apontar para a necessidade de uma sensibilização ao nível da população, no sentido da redução do consumo global e dos consumos de risco, sem perder de vista a necessidade de intervenção específica junto de utentes com consumos nocivos e dos dependentes alcoólicos. A identificação do consumidor de risco e nocivo em etapas precoces diminui o risco de complicações ligadas à saúde, possibilitando que as alterações comportamentais necessárias na abordagem e no tratamento sejam mais facilmente alcançadas e/ou mantidas. Os CSP ocupam uma posição privilegiada em termos da intervenção quanto aos problemas relacionados com o consumo de bebidas alcoólicas no que respeita a deteção e primeira linha de intervenção. Há que valorizar e destacar o desenvolvimento de projetos de abordagem precoce dos consumidores excessivos através do treino e preparação adequados dos técnicos de saúde, particularmente daqueles que trabalham na área dos CSP. Atividades Desenvolvidas Nomeados Assessores dos Conselhos Clínicos, para a área de Alcoologia, de cada um dos ACeS da área de influência da ARSC. 128

133 Efetuado o diagnóstico da situação regional no âmbito dos PLA e identificadas as equipas de Alcoologia a funcionar nos ACeS da área de influência da ARSC, assim como os Assessores para os Conselhos Clínicos, Consultas e respetiva carga horária. Elaboração da Rede de Referenciação/Articulação para os Comportamentos Aditivos e/ou Dependências da Região Centro, após reuniões com os parceiros envolvidos, a nível dos Cuidados de Saúde Primários, da Unidade de Alcoologia, e dos vários Serviços de Saúde Mental. Definidos, em colaboração com a Unidade de Alcoologia, indicadores para as consultas de alcoologia (durante o ano de 2013), para poder haver uma avaliação das consultas realizadas na área dos PLA na ARSC. São indicadores simples, tendo em conta a não existência de programa informático específico que permitiria uma colheita de dados muito mais sistematizada. Estes mesmos indicadores serão válidos até a ACSS definir indicadores a nível nacional nesta área, nomeadamente: Nº Total de Consultas; N.º de 1ªs Consultas; N.º de Consultas Seguintes N.º de Casos Novos N.º de Abstinentes aos 6 meses (ou mais) Participação na elaboração do Manual da Abordagem dos PLA nos CSP, preparado no âmbito do Projeto PHEPA, que se encontra traduzido e revisto para publicação, conforme proposta apresentada pelo Núcleo de Comportamentos Aditivos (NCA), assim como Manual de Bolso simplificado. Foram definidos em colaboração com o NCA, os conteúdos de duas brochuras para CSP, uma para utentes e outra para profissionais de saúde. Presença do Coordenador Distrital em Ação de Formação organizada pela Unidade de Patologia Dual do Serviço de Psiquiatria do CHUC. Resultados Devido ao tempo de mudança organizacional (formação das novas Unidades Funcionais e substituição do IDT pelo Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e Dependências, passando a parte operacional das respostas oferecidas à população, nas diversas áreas, nomeadamente no que diz respeito aos PLA, para a dependência das Administrações Regionais de Saúde ARS), levou a que não fosse possível atingir algumas metas previstas para o ano de, nomeadamente: Reuniões ao longo do ano com os Assessores dos Conselhos Clínicos dos ACeS para a área dos PLA; Uniformização de Indicadores de Avaliação (foram propostos pela ACSS, às UCSP/USF, indicadores a contratualizar nesta área); Promover a formação de profissionais de saúde que permitam a criação de novas equipas de Alcoologia. 129

134 7. Programas de Promoção da Saúde em Meio Escolar 7.1. Programa Nacional de Saúde Escolar (PNSE) Enquadramento O PNSE assenta na execução sistemática de um conjunto de atividades organizadas que contemplam uma intervenção integrada em quatro áreas: a saúde individual e coletiva, a inclusão escolar, o ambiente e os estilos de vida. Para estas áreas de intervenção prioritárias foram definidos indicadores, que permitiram evidenciar mudanças numa realidade que se pretende modificar. A avaliação quantitativa visa monitorizar a execução do PNSE e traduz-se em taxas de cobertura. Constataram-se dificuldades na recolha da informação e em tornar visíveis as atividades de saúde escolar desenvolvidas pelos profissionais, devido à inexistência de uma base informática que permita o registo sistematizado e posterior avaliação do programa. No entanto, existiu sempre um sistema de avaliação, que ao longo do tempo, tem permitido monitorizar as atividades. Assim, a avaliação é feita anualmente e os dados recolhidos são transcritos para suportes de informação normalizados, preenchidos ao nível local, remetidos à ARSC e por este instituto público compilados, tratados e analisados a fim de serem enviados à DGS. A intervenção da saúde em contexto escolar, incide frequentemente sobre problemas multifactoriais, decorrentes de uma população-alvo muito heterogénea com contextos e realidades muito variáveis. Os profissionais que trabalham em saúde escolar direcionam a sua intervenção dando resposta às necessidades, reais e sentidas, da comunidade educativa. Com a evolução e consolidação da reorganização dos CSP, apesar de alguns constrangimentos ainda existentes, verifica-se que as equipas de saúde escolar se encontram numa fase de maior estabilidade, com reflexos positivos na maioria dos indicadores do programa. Seja qual for a realidade vivenciada, torna-se cada vez mais necessário definir e sedimentar estratégias regionais de ação pertinentes neste domínio, com a cooperação e o envolvimento de todos os parceiros internos e externos, definindo 130

135 metodologias de trabalho e formas de articulação entre as diferentes unidades e os múltiplos parceiros. A afetação de recursos ao PNSE é indispensável para que se verifique uma consolidação e melhoria efetiva nos seus indicadores. Evolução dos indicadores de produção e taxas de execução Quadro 76 - Monitorização dos indicadores de execução em saúde escolar: 2009/2010, 2010/2011, 2011/ Atividade Indicador Ano letivo 2009/2010 (%) Ano letivo 2010/2011 (%) Ano letivo 2011/ (%) 1. ACeS a implementar o PNSE Escolas abrangidas por SE Alunos do pré-escolar abrangidos por SE Alunos do 1º ciclo do EB abrangidos por SE Alunos do 2º ciclo abrangidos por SE Alunos do 3º ciclo abrangidos por SE Alunos do Secundário abrangidos por SE Alunos do Jardim-de-Infância abrangidos pelo PBSO Alunos do 1º ciclo abrangidos pelo PBSO Alunos de 6 anos com ESG Alunos de 13 anos com ESG Alunos de 6 anos com PNV atualizado Alunos de 13 anos com PNV atualizado Educadores/Professores abrangidos por SE Auxiliares de ação educativa abrangidos por SE ACeS a implementar o projeto Regional + Contig@ Fonte: ARSC Siglas: EGS - Exames Saúde Global; PBSO - Programa Básico de Saúde Oral; PNSE - Programa Nacional de Saúde Escolar; PNV - Plano Nacional de Vacinação; SE - Saúde Escolar; No ano letivo de 2011/, todos os ACeS e ULS da Região Centro desenvolveram atividades de saúde escolar, à semelhança dos anos anteriores. A população alvo do PNSE são alunos, professores, educadores de infância, auxiliares de ação educativa e pais, genericamente designados por Comunidade Educativa. 131

136 Verificou-se que 92% das escolas foram abrangidas por atividades de saúde escolar, bem como 79% dos alunos do pré-escolar, 85% do 1º ciclo, 77% do 2º ciclo, 74% do 3º ciclo e 53% do Secundário. Das crianças com necessidades de saúde especiais detetadas no âmbito deste programa (nomeadamente casos de défice visual, auditivo, doença crónica ou outro), foi possível o encaminhamento de cerca de 92%, tendo ficado tratadas ou em tratamento cerca de 73%. Cerca de 46% das escolas, têm Programa de Prevenção de Acidentes, tendo sido monitorizados cerca de acidentes, dos quais 78% teve necessidade de recorrer aos serviços de saúde para tratamento. As equipas de saúde escolar apoiaram/desenvolveram projetos específicos de promoção da saúde, abrangendo alunos de todos os graus de ensino em áreas diversas como: vida ativa saudável (16.817), educação alimentar (64.080), educação sexual (30.083), relações interpessoais (8.602), cidadania (8.087), absentismo escolar (2.779), consumos nocivos (36.807), prevenção da violência (15.035) e outras temáticas (22.626), tendo sido realizadas parcerias com associações de pais e de alunos, Comissão de Proteção de Crianças e Jovens, RSI, autarquias, Instituto Português da Juventude, IDT, Associação Portuguesa de Fertilidade e outras. No âmbito das Orientações n.º 9 e n.º 10 de 14/10/2010, da DGS Educação Sexual e Reprodutiva, as Unidades de Saúde Pública acompanharam e apoiaram escolas. Das atividades de execução corrente, a realização dos exames de saúde global mantiveram-se em 73% aos 6 anos, e em 50% aos 13 anos. O Programa Básico de Saúde Oral foi desenvolvido por 40% dos alunos do pré-escolar e por 50% do 1º ciclo. Também os educadores/professores foram abrangidos (60%), bem como os auxiliares de ação educativa (58%). A avaliação das condições de segurança, higiene e saúde das escolas é um aspeto a melhorar, referindo as equipas grande dificuldade na introdução/registo no formulário eletrónico da DGS de Avaliação das Condições de Segurança, Higiene e Saúde dos Estabelecimentos de Educação e Ensino. Talvez por estas dificuldades, a consulta resulta muitas vezes na obtenção de dados que não correspondem minimamente ao trabalho desenvolvido. 132

137 Projeto Regional + Contig - Prevenção do Suicídio em contexto escolar O Plano Nacional de Saúde Mental (2008) elegeu como um dos seus quatro objetivos, um programa de prevenção da depressão e suicídio. A nível da Região Centro, as taxas de suicídio têm sido ligeiramente mais baixas que os dados nacionais (7,8/ , em 2006). Contudo, da análise dos dados disponíveis para os comportamentos para-suicidários verifica-se que, comparativamente com os dados do estudo multicêntrico do para - suicídio da Organização Mundial de Saúde (OMS), Coimbra ocupa os lugares cimeiros, particularmente em jovens do género feminino (Schmidtke et al, 1994; Saraiva, 1996). Dados que se mantêm atuais, a crer no atendimento em serviços de urgência, como é o caso da consulta de Prevenção do Suicídio do CHUC, com a média de dois casos por dia. O PNSE ( ) apresenta a Saúde Mental como área prioritária de intervenção para a promoção de estilos de vida saudáveis, salientando projetos que promovam o desenvolvimento de competências pessoais e sociais, aumento da resiliência, promoção da auto-estima e prevenção de comportamentos de risco. A escola aparece como centro promotor de saúde mental, quando associada à sua função educacional, uma educação para as emoções sociais e habilidades para a vida. A inclusão de toda a escola (pessoal docente e não docente) nas estratégias definidas e com duração superior a seis meses, otimizam os resultados alcançados a curto e médio prazo, nomeadamente aprendizagem ou melhoria de habilidades sociais, atitudes positivas em relação a si e aos outros, redução de comportamento antissocial, prevenção ou identificação precoce de doença mental e melhoria dos resultados escolares. População-alvo: Jovens estudantes do 3º ciclo básico e ensino secundário que frequentam os estabelecimentos de ensino da Região Centro. Objetivos Promover a saúde mental e bem-estar nos jovens do 3º ciclo e secundário; Prevenir comportamentos autodestrutivos; Prevenir suicídio; Combater o estigma em saúde mental; Criar uma rede de atendimento de saúde mental. 133

138 Durante o ano letivo a implementação do projeto teve por base as etapas anteriormente delineadas. Para uma melhor compreensão de todo o processo, descrevese o que de mais relevante aconteceu em cada uma delas. Assim: Etapa I - Foram realizadas três ações de formação, de 21 horas cada, destinadas a profissionais de saúde, promovidas pelo Gabinete de Formação da ARSC em estreita articulação com a equipa coordenadora regional do projeto, com a participação de 66 profissionais das equipas de saúde escolar de 10 ACeS (Baixo Mondego I, Baixo Mondego II, Baixo Mondego III, Baixo Vouga I, Baixo Vouga III, Dão-Lafões II, Dão- Lafões III, Pinhal Interior Norte I, Pinhal Interior Norte II e Pinhal Litoral II) da ARSC. As ações estão organizadas em torno de três eixos temáticos: adolescência, depressão e comportamentos suicidários. No decorrer das mesmas, além de conceitos e disponibilização da evidência existente sobre a temática, fomentou-se o debate e discussão sobre mitos, práticas e operacionalização do projeto junto da comunidade educativa, particularmente em contexto escolar. No seguimento destas ações as equipas de saúde escolar, apresentaram candidaturas para adesão ao projeto. Foram analisadas e aceites os projetos de adesão de 7 Agrupamentos de Escolas (Mealhada, Tocha, Figueira da Foz, Estarreja, Ovar, Alhadas e Anadia) pertencentes a 4 ACeS (Baixo Mondego II, Baixo Mondego III, Baixo Vouga I e Baixo Vouga III), incluindo 741 alunos. Etapas II e III - Foram realizadas 7 reuniões de sensibilização da comunidade educativa, numa primeira abordagem para professores e assistentes operacionais e posteriormente para pais e/ou encarregados de educação. No total, participaram nas mesmas, 228 professores e/ou assistentes operacionais e 153 encarregados de educação. Todas as reuniões foram dinamizadas pela equipa coordenadora do projeto. Etapa IV - Nesta fase todos os agrupamentos de escola foram alvo da intervenção estruturada (1 - avaliação; 2, 3 e 4 - intervenção em sala de aula). Os quadros posteriores dão conta da avaliação diagnóstica e dos resultados da intervenção. Etapa V - A avaliação de impacto da intervenção foi feita em todos os agrupamentos, com exceção da Tocha, devido a dificuldades de planeamento e de disponibilidade de tempos letivos, verificadas após a admissão da candidatura. Contudo, apresentam-se os resultados para as etapas I e II. 134

139 Relativamente às metas que foram definidas para o projeto, foram atingidas na sua globalidade, atendendo a que foi realizada a formação dos profissionais de saúde que era essencial para a implementação do projeto; foram criados todos os suportes e fluxogramas de informação necessários à sua implementação; foram estabelecidas parcerias com serviços especializados envolvidos, foi feita e apresentado a todas as entidades envolvidas, nomeadamente a equipas de saúde escolar de toda a Região Centro. Por outro lado o número de ACeS onde o projeto foi implementado superou o inicialmente previsto, e todos os envolvidos continuam em projeto no ano letivo que agora decorre De salientar que durante todo o ano letivo, o envolvimento das escolas esteve presente nas várias atividades propostas e realizadas, nomeadamente na criação do logotipo do projeto. A realização do I Encontro Regional + Contig@ que aconteceu no dia 3 de outubro de, foi um momento marcante enquanto partilha de experiencias, não só entre as várias equipas do projeto (regional e local) como com os profissionais de educação presentes no encontro, resultando esta partilha na melhoria da saúde mental das nossas crianças e jovens. Durante o ano letivo e no âmbito do projeto, foram realizadas comunicações, editadas publicações e concretizada a participação em eventos. Em síntese, o projeto + Contigo demonstrou ser capaz de envolver diversas individualidades e instituições. Produziu resultados ao nível de indicadores importantes para a saúde mental. Demonstrou ainda, ser consistente e ter capacidade de desenvolvimento. Como boa prática de prevenção de comportamentos de risco em ambiente escolar, a continuidade do projeto + Contigo será importante, não só nos locais onde foi implementado mas em outros ACeS da Região Centro. 135

140 7.2. Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral (PNPSO) Enquadramento O PNPSO corresponde a uma estratégia global de intervenção assente na promoção da saúde e prevenção primária e secundária da cárie dentária. A promoção da saúde e prevenção da doença são assegurados pelas equipas de saúde escolar com o suporte da intervenção curativa, operacionalizada maioritariamente através da contratualização. O PNPSO inclui os seguintes 5 projetos: Saúde Oral em Saúde Infantil (SOSI) destinado a crianças com idade até aos 6 anos que apresentam situações de cárie dentária de considerável gravidade avaliadas pelo médico de família; Saúde Oral Crianças e Jovens (SOCJ) que permite prestar cuidados médico dentários a coortes (7, 10 e 13 anos) de crianças escolarizadas integradas em programa de saúde oral e que desenvolvem cárie dentária. Na continuidade deste projeto surgiu o SOCJi (idades intermédias); Saúde Oral na Gravidez (SOG) destinado a grávidas seguidas no SNS; Saúde Oral nas pessoas idosas (SOPI) destinados a beneficiários do complemento solidário para idosos; Saúde Oral em utentes com VIH destinados a utentes com o vírus VIH e portadores da SIDA. Quadro 77 - Número de profissionais aderentes em ADERENTES Centro Nacional Médicos Locais Total Fonte: ARSC Os dados que se apresentam foram colhidos diretamente na aplicação informática SISO, que monitoriza os 5 projetos. 136

141 Gráfico 55 - Saúde Oral na Saúde Infantil - SOSI Gráfico 56 - Saúde Oral Crianças e Jovens - SOCJ Gráfico 57 - Saúde Oral Crianças e Jovens, por coortes 137

142 Gráfico 58 - Referenciação Higienista Oral Gráfico 59 - Saúde Oral Crianças e Jovens (idades intermédias) - SOCJi Gráfico 60 - Saúde Oral na Gravidez - SOG 138

143 Gráfico 61 - Saúde Oral nas Pessoas Idosas - SOPI Gráfico 62 - Saúde Oral em utentes com VIH Resultados Aderiram ao programa 587 prestadores de cuidados médico dentários, distribuídos por toda a área da Região Centro. No SOSI foram abrangidas crianças com emissão de cheque dentista pelos médicos de família. No SOCJ foram abrangidas crianças com emissão do respetivo cheque dentista pelas equipas de saúde escolar. Foram abrangidas mais crianças por consultas de saúde oral prestadas pelos Higienistas Orais dos centros de saúde. Na continuidade deste projeto surgiu o SOCJi (idades intermédias) tendo sido abrangidas crianças, com emissão de cheque dentista pelos médicos de família. No SOG foram abrangidas grávidas que frequentam o SNS com emissão de cheque dentista pelos médicos de família. No SOPI foram abrangidos 887 idosos beneficiários do complemento solidário para idosos, com emissão de cheques dentistas pelos médicos de família. No VIH / SIDA foram abrangidos 13 utentes portadores do vírus VIH com emissão de cheques dentistas pelos médicos de família. Verificou-se que em as taxas de execução subiram em todos os projetos, excepto nas grávidas (SOG baixou 1%). 139

144 8. Programa de Saúde Ocupacional Enquadramento A saúde ocupacional tem como finalidades a prevenção dos riscos profissionais e a promoção da saúde dos trabalhadores. A qualidade de vida no trabalho, conducente à realização pessoal e profissional, tem de se inserir numa matriz de desenvolvimento que integra, as adequadas condições de segurança e saúde nos locais de trabalho. As atividades deste programa englobam uma dupla vertente: - Interna, de prestação de cuidados com o objetivo de proteção e promoção da saúde dos trabalhadores que desempenham funções nos estabelecimentos da área de influência da ARSC, independentemente do vínculo e contrato laboral; bem como, de apoio técnico em conformidade, às Unidades de Saúde Pública. - Externa, de representação da DGS no processo de licenciamento e auditoria de Serviços Externos de Segurança, e Saúde no Trabalho, de acordo com a legislação aplicável. Atividades Desenvolvidas Vigilância e Promoção da Saúde dos trabalhadores que desempenham funções nos estabelecimentos da área de influência da ARSC: Quadro 78 - Atividades realizadas de Saúde no Trabalho, em ATIVIDADES N.º 1 Exames médicos de Saúde no Trabalho: 48 - Iniciais e Periódicos 2 - Ocasionais (a pedido do trabalhador e do serviço) 46 2 Avaliações de Enfermagem 48 3 Ações de sensibilização, informação e formação sobre riscos profissionais e medidas preventivas 48 4 Exames Complementares: 84 - Eletrocardiogramas 26 - Rastreios da Visão (Titmus) 26 - Análises Clínicas 32 5 Vacinação contra a gripe sazonal 43 Fonte: ARSC 140

145 Processos de licenciamento de empresas prestadoras de Serviços Externos de Saúde no Trabalho, na área de influência da ARSC, nomeadamente, foram realizadas 22 vistorias a empresas prestadoras de Serviços Externos de Saúde no Trabalho. Resultados No âmbito da vigilância e promoção da saúde dos trabalhadores da ARSC, pese embora a carência de recursos humanos na área médica do trabalho, poderia ter sido efetuada a vigilância a um maior número de trabalhadores, se não se tivessem verificado constrangimentos logísticos - disponibilização de maior número de trabalhadores para exame médico e aquisição de software em conformidade. 141

146 9. Programa de Gestão Ambiental Enquadramento Mantendo como principal objetivo a sustentabilidade e a salvaguarda da saúde humana e da qualidade ambiental, em conformidade com o enquadramento legal e as guidelines da OMS, foram desenvolvidas as atividades programadas. A gestão sustentável de instalações e serviços contempla, por um lado, a avaliação do seu funcionamento através de um diagnóstico que permita a identificação dos pontos críticos de intervenção e, por outro lado, a definição de um plano de intervenção que otimize recursos, minimize ineficiências de funcionamento e de utilização de recursos, estabelecendo estratégias e o seu enquadramento nas exigências legalmente aplicáveis. Complementarmente, a integração no Plano Estratégico do Baixo Carbono (PEBC) tem vindo a estabelecer uma abordagem sustentável, decorrente da sua implementação. A Resolução do Conselho de Ministros n.º 67/, de 9 de agosto, veio dar sequência ao Programa de Eficiência Energética na Administração Pública (ECO.AP), aprovado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 2/2011, de 12 de janeiro, que constitui um instrumento de execução do Plano Nacional de Ação para a Eficiência Energética o qual visa alterar comportamentos de consumo energético e promover uma gestão racional do mesmo, nomeadamente através da contratação de empresas de serviços energéticos para implementar e gerir medidas de melhoria da eficiência energética nos edifícios e equipamentos públicos. O Despacho n.º 8662/, de 21 de junho, do Secretário de Estado da Saúde, teve como principal objetivo dar continuidade aos trabalhos no âmbito do PEBC e do ECO.AP. A coordenação do programa é feita pelo Gabinete do Ministro da Saúde, pela ACSS e pelas ARS, através do Gestor Local de Energia (GLEC) de cada ARS. A operacionalização do plano permitiu a recolha e tratamento de dados fundamentais para a caraterização de consumos (eletricidade, água e gás) e avaliação de eficiência, conducente à obtenção de alguns indicadores, em especial no que concerne aos hospitais. 142

147 Outro objetivo estabelecido reporta-se à gestão da qualidade do ar e às emissões das fontes fixas existentes, tendo sido concluída a base de dados que constitui uma ferramenta de trabalho fundamental para a sua efetivação. A gestão de resíduos tem sido mais uma das áreas de intervenção, correspondendo a um objetivo crítico no que concerne à prevenção de riscos, estando já estabelecida a declaração anual no Sistema Integrado de Registo da Agência Portuguesa do Ambiente (SIRAPA) de todos os estabelecimentos da organização ARSC, correspondente à intervenção efetiva na gestão de resíduos, cuja necessidade de atualização é permanente. A prossecução do Projeto Data Dose Med2, (DDM2) avaliação da exposição da população portuguesa a radiações ionizantes devido a exames médicos de radiodiagnóstico e medicina nuclear, coordenado pelo Instituto Tecnológico e Nuclear (ITN) e promovido pela Comissão Europeia (Radiation Protection 154), tem sido igualmente considerada como um objetivo fundamental na perspetiva da proteção da saúde, tendo permitido a determinação da dose média de exposição da população portuguesa. Atividades Desenvolvidas De um modo global foram atingidos os objetivos propostos, tendo sido concluídas as etapas previstas, em que foi fundamental a realização de reuniões periódicas direcionadas de acordo com o âmbito de intervenção: Coordenação, acompanhamento e avaliação da implementação dos programas. Reuniões com os GLEC dos ACeS e/ou dos Hospitais. Reuniões do grupo de trabalho do projeto DDM2 com a coordenação do ITN. Reuniões conjuntas realizadas no DSP com todos os ACeS (com periodicidade trimestral), para acompanhamento dos programas e avaliação da implementação. Formação nas áreas de intervenção a nível do DSP ou nos ACeS. Planeamento de 3 ações de formação de 35h para todos os GLEC s da ARSC, realizada pela Agência para a Energia (ADENE). Efetivação do plano de formação previsto para os ACeS e hospitais da ARSC, transitando para o próximo ano a formação que irá abranger o ACeS da Cova da Beira, o Centro Hospitalar da Cova da Beira EPE, e as ULS da Guarda e de Castelo Branco. 143

148 Preparação de documentos técnicos de fundamentação e divulgação de resultados. Indicadores A avaliação específica de cada programa decorre da especificidade da sua aplicação, de acordo com seguintes os indicadores: Gestão da qualidade do ar - Conclusão da base de dados das fontes fixas de emissão da ARSC, permitindo a consulta das caldeiras instaladas, valores da monitorização dos efluentes gasosos, de acordo com o estabelecido no Decreto- Lei nº 78/2004 de 3 de abril, disponível na página de internet da ARSC Foi igualmente dada sequência ao cumprimento do procedimento para a realização da monitorização, atendendo à periodicidade estabelecida pela entidade competente, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional, a concluir em Na gestão da qualidade o ar, a qualidade do ar interior constitui uma parte essencial, tanto mais que é uma das áreas de intervenção da eficiência energética e da sustentabilidade, contemplada neste contexto. Quadro 79 - Avaliação do indicador Gestão da Qualidade do Ar GESTÃO DA QUALIDADE DO AR Metas Realização Base de dados das fontes fixas de emissão da ARSC 100% 100% Preparação do procedimento para a monitorização das emissões por entidade creditada 100% 100% Reposição das condições de monitorização dos equipamentos e definição de nova equipa 100% 100% Fonte: ARSC PEBC e ECO.AP - O programa de intervenção iniciou-se após a publicação do Despacho n.º 8662/, de 21 de junho, com a nomeação do GLEC da ARSC, pelo que as medidas foram sendo implementadas mediante os timings estabelecidos pelo grupo de coordenação, tendo sido concretizadas: 144

149 Quadro 80 - Avaliação do Plano Estratégico do Baixo Carbono e ECO.AP nos Hospitais e ACeS PLANO ESTRATÉGICO DO BAIXO CARBONO E EcoAP Hospitais ACeS Nomeação dos GLEC pelo CA dos hospitais, ou pelo Diretor Executivo dos ACeS 98% 98% Diagnóstico para caraterização de consumos de energia 98% 95% Avaliação consumos anuais de eletricidade, água e gás (2011) 98% 95% Faturas referentes ao consumo em Novembro de % 50% Número de edifícios 98% 98% Indicação da área útil / edifício 90% 40% Fonte: ARSC Nota: Os dados apresentados referem-se aos ACeS, Hospitais e ULS de Castelo Branco Após este primeiro diagnóstico, em especial na vertente dos ACeS, foram detetadas algumas dificuldades na obtenção de dados decorrentes do elevado número, tipologia e uso, de instalações reportadas a unidades de prestação de cuidados de saúde, que conduziu a uma segunda avaliação posterior. Relativamente aos hospitais foram conseguidos os objetivos inicialmente propostos, tendo sido aplicados indicadores de eficiência a nível nacional para obtenção de um ranking, onde nas primeiras unidades com menor eficiência não consta nenhuma pertencente à ARSC, a serem divulgados no âmbito do PEBC. Outro ponto fundamental do PEBC é a formação dos gestores locais de energia e carbono, que é da responsabilidade da ADENE, e que se destinou a todos os GLEC e GLEC auxiliares da ARSC, nomeadamente dos Hospitais, ACeS e ARSC (edifícios da sede e departamentos): Quadro 81 - Número de GLEC na ARSC e respetivo número de formações GLEC E FORMAÇÕES Hospitais ACeS ARSC Total Total de GLEC nomeados Formação em Viseu (19 a 23 de Novembro) Formação em Coimbra (03 a 07 de Dezembro) Fonte: ARSC Nota: Os dados apresentados referem-se aos ACeS e Hospitais. Transita para a formação referente ao ACeS Cova da Beira e às ULS da Guarda e de Castelo Branco 145

150 Gestão de Resíduos - Foi dada continuidade à gestão de resíduos, com particular relevância à gestão do registo do SIRAPA da organização ARSC e dos seus 71 estabelecimentos registados, tendo as atualizações necessárias resultado de correções de dados de encaminhamento, destino final e informações dos responsáveis dos estabelecimentos (em termos de SIRAPA). 100% dos estabelecimentos dos ACeS da ARSC estão inscritos no SIRAPA 100% dos registos estão regularizados 100% dos pagamentos dos Documentos Únicos de Cobrança (DCUC's) efetuados 90%dos Mapas Integrados de Registo de Residuos (MIRR) corretamente preenchidos DDM2 - Foi concluída a avaliação da exposição da população portuguesa a radiações ionizantes devido a exames médicos de radiodiagnóstico e medicina nuclear, nos termos da metodologia estabelecida pela Comissão Europeia European Guidelines on Estimating Population Doses from Medical X-Ray Procedures. O trabalho havia sido concluído no prazo previsto e remetido à Comissão Europeia, Projeto DDM2, em novembro de 2011, que efetivou a sua validação, seguindo-se a apresentação pública nacional em, cujos passos essenciais foram: DIVULGAÇÃO DE DADOS DATA Workshop do projeto Dose Datamed, Instituto Tecnológico e Nuclear 15 de Março de - Sacavém Estimation of the collective dose in the portuguese population due to medical procedures in 3 - Oxford Journals - Mathematics & Phisical Sciences Radiat Prot Dosimetry - First published online: October 8, - Oxfor-UK Avaliação da exposição da população a radiações ionizantes resultantes de exames médicos - Promoção da Saúde na Região Centro 17 de Maio - Coimbra Estimativa das doses coletivas - Avaliação da exposição da população a radiações ionizantes resultantes de exames médicos - III Congresso Nacional de Saúde Pública 25 e 26 de Outubro de - Coimbra 146

151 Tendo sido determinado o valor da dose individual média da população, o procedimento e fundamentação do cálculo permitiram a obtenção de conclusões. As principais conclusões do trabalho foram: 1. A dose individual média total devido aos exames médicos de radiodiagnóstico e medicina nuclear realizados em Portugal no ano de 2010 estimada foi de aproximadamente 1mSv/caput, o que coloca Portugal no grupo de países com exposições médias-elevadas. 2. A dose coletiva na população portuguesa devido a exames de medicina nuclear é de 0,08 msv/caput. 3. Os exames de medicina nuclear mais frequentes e que mais contribuem para a dose coletiva na população portuguesa são os exames cardíacos. 4. Existe uma elevada incidência de exames cardíacos em comparação com restantes países europeus; 5.Os exames mais frequentes dos exames TOP 20 são os exames de radiografia do tórax, e os que mais contribuem para a dose coletiva total são os exames de tomografia computorizada. 6. Os exames PET aparecem apenas em 4º lugar, contribuindo com aproximadamente 11% para a dose coletiva total. 7. O sucesso do estudo resultou de um trabalho colaborativo entre 40 instituições ligadas à Saúde. 8. É fundamental dar continuidade ao trabalho, optimizando os métodos utilizados para a estimativa, e sensibilizando os profissionais e a população para a problemática da utilização das radiações ionizantes em medicina Programa de Águas Balneares Enquadramento A frequência pela população, de zonas balneares marítimas e interiores, constitui uma atividade recreativa muito popular, representando um importante fator na saúde e bemestar da população, bem como no desenvolvimento local ou regional. No entanto, a prática balnear poderá estar na origem de vários problemas de saúde relacionados com situações indesejáveis de exposição (água imprópria, areia contaminada, sol em excesso) ou com a falta de segurança (afogamento, acidentes). O Decreto-Lei n.º 135/2009, de 3 de junho estabelece o regime jurídico de identificação, gestão, monitorização e classificação da qualidade das águas balneares e de prestação 147

152 de informação ao público, explicitando igualmente as competências dos serviços de saúde no âmbito da vigilância sanitária, um papel fundamental na avaliação, gestão e comunicação do risco para a saúde da população utilizadora das zonas balneares. Atividades Desenvolvidas Participação em reuniões com os serviços desconcentrados da Agência Portuguesa do Ambiente (ex-administrações de região hidrográfica), para definição de procedimentos e de canais de comunicação entre entidades. Articulação com a DGS para preparação da época balnear. Reunião com as USP da Região Centro para divulgação e análise de informação, preparação da época balnear e implementação de medidas de gestão de risco. Recolha de dados analíticos e análise contínua/diária, durante a época balnear. Avaliação de risco com base nos dados de monitorização ambiental e de saúde. Implementação de medidas de gestão de risco e instrução de um processo de interdição de uma água balnear. Colaboração com as 5 USP na gestão de ocorrências ambientais. Coordenação da recolha de informação sobre zonas envolventes. Análise e emissão de parecer sobre identificação de 10 águas balneares. Quadro 82 - Análise e Parecer de Águas Balneares e Zona Envolvente ÁGUAS BALNEARES Marítimas % Interiores % Total % Identificadas Bandeira azul Com avaliação da ZE Com ocorrências Interdições ZONA ENVOLVENTE (ZE) Marítimas % Interiores % Total % Excelente Bom Satisfatória Mau Total Fonte: ARSC 148

153 10. Rede de Laboratórios de Saúde Pública (LSP) Enquadramento Os LSP prestam apoio à investigação epidemiológica, à implementação de programas de saúde e ao planeamento em saúde, sobretudo no âmbito da prevenção da doença e da proteção e promoção da saúde. São também fundamentais para gerar evidência e conhecimento necessários à avaliação e gestão de riscos para a saúde e à fundamentação da tomada de decisão no âmbito da intervenção das autoridades de saúde. A exigência, cada vez maior, de qualidade técnica e científica no desempenho dos profissionais de saúde, implica necessariamente o crescente recurso ao apoio laboratorial, exigindo uma maior capacitação e qualidade dos serviços prestados. A atual conjuntura económica e as dificuldades crescentes no âmbito dos recursos humanos, são fatores que conduzem à necessidade de reestruturação dos serviços laboratoriais com base numa maior eficiência e potencialização das infraestruturas existentes (Despacho n.º 11322/, de 21 de agosto de ). Atividades Desenvolvidas Coordenação da atualização e caraterização da lista de reagentes e materiais de consumo laboratorial. Apoio ao processo de aquisição de reagentes e materiais. Reuniões com LSP e Unidade de Apoio à Gestão (UAG) para definição de circuitos e procedimentos de aquisições. Reuniões com AMBIDATA para acompanhamento do projeto de preparação para a acreditação e implementação de software de gestão e qualidade analítica. Análise/avaliação do contrato de manutenção e apoio técnico do sistema de informação dos LSP. Organização e realização de formação no âmbito da qualidade e acreditação dirigida aos 4 LSP. 149

154 Atualização dos dados de caraterização dos 6 LSP. Participação nas 4 reuniões do grupo de trabalho nacional coordenado pelo INSA para a restruturação dos LSP. Elaboração de documento com definição da forma de articulação e referenciação dos LSP entre si e destes com laboratórios externos, avaliando vários fatores, nomeadamente localização geográfica e qualidade das infraestruturas existentes, sua adequação e o número e tipo de parâmetros a realizar. 150

155 11. Programa de Prevenção e Controlo de Doenças Transmissíveis Sistemas de vigilância das doenças transmissíveis Sistema de Alerta e Resposta Apropriada Em apenas foi declarado 1 caso de meningite meningocócica, por este sistema, na Região de Saúde do Centro. Recorrendo ao sistema de vigilância das doenças de declaração obrigatória (DDO), relativamente a esta doença registaram-se 9 casos, o que demonstra a ineficácia do Sistema de Alerta e Resposta Apropriada na notificação e monitorização das doenças transmissíveis. Já em 2011 tinham sido declarados apenas 2 casos Doenças de Declaração Obrigatória A DGS publica anualmente os resultados consolidados do sistema de vigilância das DDO. A última publicação encontrada no site refere-se aos dados históricos de 2004 a Nesta série de 5 anos a proporção dos casos declarados pela Região Centro, em relação ao total de casos residentes no país, variou entre os 20% (1.040) em 2005 e os 13% (438) em A tuberculose de declaração obrigatória (TBDO) foi sempre a doença mais declarada nesta série temporal, quer no país, quer na região, seguida à distância, independentemente da ordem, da parotidite epidémica, da febre escaro-nodular e da sífilis precoce. Na região, em, a TBDO continua a ser a doença mais declarada, com 35% do total de doenças de declaração obrigatória, mostrando um decréscimo de 14 p. p. em relação a Foram declaradas, 165 TBDO em o que corresponde a uma taxa de incidência de 9,49 %oooo residentes, contra 11,17%oooo em 2011 e 9,47%oooo em Assim, em, observa-se um decréscimo da taxa de incidência da TBDO na região em relação a 2011, aproximando-a aos valores de Estes valores podem estar 6 Doenças de Declaração Obrigatória 2004/2008, Direcção de Serviços de Epidemiologia e Estatísticas de Saúde, Divisão de Epidemiologia, Direcção-Geral da Saúde, Lisboa,

156 afetados quer pela variação dos denominadores, calculados por estimativa, quer pela reconfiguração da região (âmbito jurisdicional territorial) pelo que importa olhar para os números absolutos que, também eles, mostram a mesma tendência - ou seja menos 29 casos em relação a Tendo em consideração que o sistema de vigilância das DDO não inclui todas as formas de tuberculose, é normal que o número de doenças declaradas por este sistema seja inferior ao número declarado pelo Sistema de Vigilância do Programa de Tuberculose (SVIG-TB). Esta diferença vem diminuindo de 2010 a aproximando-se dos valores do SVIG-TB. Este sistema revelou taxas de incidência de 12,4, 12,8 e 10,7 por habitantes, respectivamente em 2010, 2011 e. Esta aproximação de valores pode dever-se à maior notificação de tuberculoses de declaração obrigatória. A seguir à tuberculose, as 2 doenças mais declaradas - com percentagens iguais ou superiores a 5% do total de doenças declaradas em - são, por ordem decrescente, a parotidite epidémica e a febre escaro-nodular. A febre escaro-nodular foi a segunda doença mais declarada em 2010 e 2011, sendo substituída em pela parotidite epidémica. O aumento do número de casos desta doença deveu-se a um surto com início em que se prolongou por 2013 tendo sido contabilizados 90 casos em. A tosse convulsa apresenta um elevado número de casos relativamente a 2011, que se justifica por estarmos num dos anos de surto que vem acontecendo regularmente com a periodicidade aproximada de 4 anos. A sífilis precoce mostra valores absolutos crescentes respetivamente de 15, 21 e 34 casos, o que poderá dever-se a um aumento real ou a um aumento da frequência da declaração. Já a sífilis congénita passa de 2 em 2010 e 2011, para 7 casos em (quadro 83). 152

157 Quadro 83 - Doenças de Declaração Obrigatória, na Região de Saúde do Centro, de 2010 a DOENÇAS DE DECLARAÇÃO OBRIGATÓRIA N.º % Taxa a N.º % Taxa a N.º % Taxa a Todas as tuberculoses (A15 a A19) ,1% 9, ,9% 11, ,6% 9,49 Tuberculose respiratória (A15 ea16) ,8% 9, ,8% 10, ,1% 9,09 Tuberculose respiratória (A15) ,5% 8, ,8% 10, ,8% 8,46 Tuberculose respiratória (A16) 11 3,3% 0,62 8 2,0% 0, ,3% 0,63 Tubercul. sistema nervoso (A17) 2 0,6% 0,11 9 2,3% 0,52 2 0,4% 0,11 Tuberculose miliar (A19) 6 1,8% 0,34 3 0,8% 0,17 5 1,0% 0,28 Febre escaro nodular 45 13,4% 2, ,4% 3, ,3% 2,82 Outras salmoneloses 17 5,0% 0, ,8% 1, ,4% 0,92 Parotidite epidémica 16 4,7% 0,9 13 3,3% 0, ,9% 5,18 Tosse convulsa 1 0,3% 0,06 5 1,3% 0, ,3% 1,72 Hepatite aguda C 5 1,5% 0,28 3 0,8% 0,17 7 1,5% 0,4 Febres Tifóide e paratifóide 7 2,1% 0,39 1 0,3% 0,06 1 0,2% 0,05 Sífilis precoce 15 4,5% 0, ,3% 1, ,1% 1,95 Hepatite aguda B 6 1,8% 0,34 8 2,0% 0,46 9 1,9% 0,51 Leptospirose 6 1,8% 0,34 2 0,5% 0,12 5 1,0% 0,28 Hepatite aguda A 1 0,3% 0,06 0 0,0% 0 1 0,2% 0,05 Brucelose 7 2,1% 0, ,1% 2,3 10 2,1% 0,57 Febre Q 6 1,8% 0,34 3 0,8% 0, ,1% 0,57 Meningite meningocócica 6 1,8% 0,39 8 2,0% 0,46 9 1,9% 0,51 Leishmaníase visceral 2 0,6% 0,11 1 0,3% 0,06 4 0,8% 0,23 Doença dos legionários 6 1,8% 0,34 8 2,0% 0,46 9 1,9% 0,51 Malaria 6 1,8% 0,34 6 1,5% 0,35 5 1,0% 0,28 Rubéola 1 0,3% 0,06 3 0,8% 0,17 0 0,0% 0 Sarampo 7 2,1% 0,39 0 0,0% 0 2 0,4% 0,11 Sífilis congénita 2 0,6% 0,11 2 0,5% 0,12 7 1,5% 0,4 Infecção meningocócica 1 0,3% 0,06 2 0,5% 0,12 6 1,3% 0,34 Doença de Creutzfeldt Jacob 1 0,3% 0,06 1 0,3% 0,06 0 0,0% 0 Doença de Hansen 1 0,3% 0,06 1 0,3% 0,06 0 0,0% 0 Tétano 1 0,3% 0,06 0 0,0% 0 2 0,4% 0,11 Infecção gonocócica 2 0,6% 0,11 2 0,5% 0,12 0 0,0% 0 Doença de Lyme 0 0,0% 0 0 0,0% 0 1 0,2% 0,05 Leptospirose 0 0,0% 0 0 0,0% 0 5 1,0% 0,28 Outras Hepatites Virais Agudas 0 0,0% 0 1 0,3% 0,06 0 0,0% 0 Total % 18, % 22, % 27,28 Fonte: ARSC Nota: a) = Taxa por habitantes Não houve notificação de DDO em 25% (19) dos concelhos, situação que se assemelha ao ano anterior (figura 8). Estes resultados podem dever-se à ausência de DDO ou a subnotificação extrema. 153

158 Figura 8 - Concelhos com e sem declaração obrigatória de doença na Região de Saúde do Centro, em Fonte: Sistema Nacional de Vigilância das Doenças de Declaração Obrigatória (dados preliminares) Relativamente à incidência da tuberculose, destacam-se os ACeS Baixo Vouga III e Baixo Vouga II com taxas, respetivamente de 19,4%0000 e de 16,4%0000 e a ULS de Castelo Branco com uma taxa de incidência de 15,7%0000 habitantes (figura 9). Figura 9 - Taxa de incidência de tuberculose de declaração obrigatória na Região de Saúde do Centro por residentes, por ACeS e ULS em Fonte: Sistema Nacional de Vigilância das Doenças de Declaração Obrigatória (dados preliminares); INE, Censos de 2011 (dados provisórios) 154

159 O número de casos de tuberculose respiratória (A15+A16) representa 96% (158) do número de total de casos de tuberculose de declaração obrigatória. O número total (165) de casos de tuberculose de declaração obrigatória declarados em é inferior em 20 ao número de novos casos declarados pelo SVIG TB, o que é expectável, já que para este sistema são declarados todos os casos de tuberculose e não apenas os de declaração obrigatória. Foram declarados em, um total de 10 óbitos por tuberculose respiratória com confirmação laboratorial (A15 e A16), sendo 8 do sexo masculino e 2 do sexo feminino, com idades dos 37 aos 91 anos. Foram notificados 9 casos de meningite meningocócica; 2 do sexo masculino e 7 do sexo feminino, com idades de 1 a 45 anos. Foram ainda notificados 6 casos de infecção meningocócica; 1 do sexo feminino e 5 do sexo masculino, com idades dos 9 meses aos 18 anos. Em não houve qualquer registo de óbitos por esta doença. Investigação de surtos Entre 21 de outubro e 31 de dezembro de deram entrada no DSP 90 notificações de parotidite epidémica, correspondentes a um surto localizado maioritariamente nos concelhos de Anadia, Mealhada e Coimbra Plano Regional de Prevenção e Controlo da Infeção VIH / SIDA Enquadramento O Programa Nacional para a Infeção VIH / SIDA é um dos programas prioritários da DGS, dado ser um problema de saúde pública à escala mundial, apresentando Portugal a terceira maior taxa de incidência de infeção da Europa. A prevenção, rastreio precoce e tratamento adequado são as únicas estratégias eficazes, comprovadamente reconhecidas para o combate desta infeção e tem fundamentado todas as intervenções nesta área, por parte da ARSC. Todas as atividades realizadas em pela ARSC foram desenvolvidas de acordo com as orientações do Programa Nacional para a Infeção VIH / SIDA da DGS e as previstas no Plano Regional de Prevenção e Controlo da Infeção VIH / SIDA para. 155

160 Em todo o mundo tem-se vindo a assistir à diminuição das novas infeções VIH / SIDA, bem como dos óbitos relacionados, tendo a Região Centro acompanhado esta tendência em ( = 125; 2011 = 133) e dos óbitos declarados por esta infeção (=14; 2011 = 22). Foram notificados na Região Centro casos acumulados, com 801 óbitos, sendo casos e 533 óbitos, respetivamente, na área geográfica abrangida pela ARSC. Coimbra é o distrito com o maior número de casos acumulados (873) e o distrito da Guarda, a menor, com 140 casos notificados. Quadro 84 - Casos acumulados e óbitos por infeção VIH na área geográfica da ARSC, por distrito DISTRITOS Casos Óbitos Óbitos (%) Guarda ,4 Castelo Branco ,4 Coimbra ,1 Viseu ,7 Aveiro ,4 Leiria ,0 Região de Saúde do Centro ,3 Fonte: DDI-URVE do INSA Casos notificados até 31/12/; ARSC A Região Centro teve uma taxa de 5,58 novos casos declarados em de Infeção VIH / SIDA por 100 mil habitantes, tendo o distrito de Aveiro apresentado a maior taxa de novos casos e Viseu a menor, com 9,72 e 1,9 por 100 mil habitantes, respetivamente. 156

161 Gráfico 63 - Taxa de novos casos de infetados notificados durante o ano de, por distrito A Tuberculose (TB), doença indicadora de sida, continua a ser a infeção oportunista mais frequente (32,6%), tendo sido identificados 185 novos casos de TB (dados preliminares do SVIG) na população em geral da área geográfica da ARSC, em. As Infeções Sexualmente Transmissíveis, indicadores indiretos da infeção VIH, continuam a subir (notificadas em = 56; 2011 = 34), sendo 40 casos de Sífilis (34 Sífilis precoce e 6 Sífilis congénita); 9 de Hepatite aguda B e 7 de Hepatite C (aguda). A maior parte (52,8%) dos casos notificados são Portadores Assintomáticos em todos os distritos da área geográfica da ARSC, com exceção da Guarda que apresenta o mesmo número de casos em fase de Sida (44,3%) o que provavelmente explica o facto de ser o distrito com a maior percentagem de óbitos, relativamente aos casos declarados (26,4%). A transmissão heterossexual é a principal via de transmissão (51,3%) em todos os distritos, excepto em Castelo Branco onde a infeção ainda predomina nos utilizadores de drogas injetáveis (44,6%). A transmissão vertical (mãe-filho) ocorreu em 33 casos acumulados na Região Centro, tendo 1 sido notificado em. Os infetados são predominantemente do sexo masculino (75,1%), estão em idade fértil (79,9% entre os anos) e em 95,9% dos casos a infeção foi provocada pelo VIH1. Atividades Desenvolvidas Atividades no âmbito da Comemoração do Dia Mundial da Sida, nomeadamente, workshops e rastreios do VIH pelos vários Centros de Aconselhamento e Deteção Precoce do VIH (CAD) utilizando unidades móveis, em articulação com os ACeS, 157

162 IPJ e escolas, bem como publicação de artigos no site da ARSC e comunicação social. Distribuição de material informativo e preventivo em Centros de Atendimento de Jovens, USF, UCSP e outras instituições públicas ou privadas. Atividades de formação sobre a infeção VIH / Sida, dinamizadas pelos CAD, ACeS e ULS, nomeadamente no âmbito da Saúde Escolar. Rastreados toxicodependentes nas Equipas de tratamento dos Centros de Resposta Integrada da ARSC (31% do total), tendo sido detetados 2 novos casos positivos (Taxa de incidência = 131,83 por utentes). Realizados atendimentos nos CAD durante o ano de, com aconselhamento pré-teste e rastreios do VIH com testes rápidos, sempre com aconselhamento pós-teste, anónima e gratuitamente e referenciação hospitalar dos casos positivos, pelos cinco CAD da Região Centro (Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Leiria e Viseu). Quadro 85 - Teste de rastreio do VIH realizados pelos CAD da Região Centro em CAD Testes de Rastreio do VIH Coimbra 912 Castelo Branco 396 Viseu 370 Leiria 302 Aveiro 189 Região de Saúde do Centro Fonte: ARSC/CAD A taxa de seropositivos para o VIH nos utentes dos CAD, durante o ano de, foi de 8,8 por mil rastreados (19 positivos), muito superior à taxa de novos casos de infeção VIH/sida verificada na população em geral, embora tenha descido ligeiramente comparativamente à verificada nos CAD, no ano anterior (2011 = 9,5; 2010 = 5,2 por mil rastreios). O CAD de Leiria teve a maior taxa de seropositivos para o VIH (16,6 por rastreados) e foi nula no CAD de Castelo Branco. 158

163 Gráfico 64 - Taxa de seropositivos para o VIH, por CAD, por rastreados, em Resultados Quadro 86 - Avaliação das metas de METAS PARA Atingidas em 1 - N.º casos e óbitos por infeção VIH/sida declarados, durante o ano 97 casos; 21 óbitos 2 - % doentes com tuberculose sujeitos a rastreio de VIH pelos CDP 64,60% 3 - N.º casos VIH positivos detetados pelos CDP % ACeS/ULS que desenvolvem projetos de Saúde Escolar em parceria com escolas do Ensino Básico e Secundário nesta área 100% 5 - N.º testes de pesquisa de AC-VIH efetuados pelos hospitais N.º testes de pesquisa de AC-VIH efetuados pelos ACeS/ULS N.º casos VIH positivos detetados pelos ACeS/ULS % testes confirmatórios para VIH no total de testes de rastreio do VIH 1 e 2, efetuados pelos hospitais 0,66% 9 - % ET dos CRI com ADR* implementado para infeção VIH 100% 10 - % Inscritos nos ACeS/ULS com abuso de drogas, com resultado positivo para VIH, após rastreio efetuado em não disponível 11 - N.º testes de pesquisa de AC-VIH efetuados pelos CAD N.º casos VIH positivos detetados pelos CAD % testes confirmatórios efetuados pelos CAD, relativamente aos casos reativos ao teste VIH detetados 95,20% 14 - % atendimentos/rastreios efetuados pelos CAD a trabalhadores e/ou utilizadores de sexo pago/ migrantes/hsh 24,30% 15 - % maternidades públicas que possuem testes rápidos de rastreio do VIH 25% Fonte: SVIG; INSA; CAD; Hospitais, ACeS e ULS (referente aos dados enviados pelos respondentes) Nota: * ADR = Aconselhamento, Deteção e Referenciação 159

164 11.3. Programa de Prevenção e Luta contra a Tuberculose Enquadramento Quase um terço da população mundial está infetado com o Mycobacterium tuberculosis e em risco de desenvolver a doença. Apesar dos progressos recentes, esta doença continua a ser um importante problema de saúde pública (segunda principal causa de morte por doenças infeciosas) em todos os países do mundo e, embora seja uma doença evitável e curável, constitui uma ameaça grave, na medida em que está fortemente associada à pobreza e à infeção VIH / SIDA. A co-infeção com o VIH aumenta significativamente o risco de vir a desenvolver TB, duplicando o número de casos e de mortes. Simultaneamente, a multirresistência, que se deve a medidas de tratamento inadequado, representa um problema crescente e muito preocupante, ameaçando minar anos de progresso no controlo da tuberculose, já que o tratamento exige medicação diferente e mais onerosa. O Programa de Luta contra a Tuberculose, publicado no Diário da República, n.º 218 em 20 de setembro de 1995 é coordenado e avaliado pela DGS, em colaboração com a Comissão Nacional de Luta contra a Tuberculose e tem como finalidade a redução sustentada do impacto da tuberculose na saúde da comunidade, traduzindo-se numa diminuição anual da taxa de incidência, a qual será atingida através do aumento da taxa de deteção de casos novos de tuberculose bacilífera e da melhoria do sucesso terapêutico. Assim, um diagnóstico precoce da TB, associado a sistemas de saúde aperfeiçoados e a uma maior informação da população, com forte investimento na estratégia DOTS (toma de observação direta), é fundamental para o combate a esta doença que deve ser encarada como uma pandemia a controlar. Atividades Desenvolvidas Reuniões parcelares com coordenadores das unidades funcionais e coordenadores das USP. Análise dos ficheiros, com respetivo feedback. 160

165 Resultados Foram notificados 195 casos (dados preliminares) dos quais 185 foram casos novos, 5 foram retratamentos e 5 pós interrupção. Aveiro continua a ser o distrito com maior número de casos novos com 61 casos (33%), seguido por Coimbra com 48 casos (26%) e Viseu com 24 casos (13%) (quadro 87). Quadro 87 - Casos novos de tuberculose na Região Centro, por distrito em DISTRITO Masculino (M) Feminino (F) Novos Casos (M+F) Novos Casos (%) Aveiro ,0 Coimbra ,0 Viseu ,0 Leiria ,3 Castelo Branco ,2 Guarda ,7 Região de Saúde do Centro Fonte: SVIG TB Na distribuição por ACeS, o Baixo Vouga III é aquele que apresenta a maior incidência, seguido pelo Baixo Vouga II e Pinhal Interior Norte I (quadro 88). Quadro 88 - Casos novos de tuberculose na Região Centro, por ACeS em ACeS/ULS Casos Novos Taxa (%) Baixo Vouga III 19 20,4 Baixo Vouga II 28 16,95 Pinhal Interior Norte I 14 15,26 Dão Lafões III Baixo Mondego I 21 11,95 ULS Guarda 15 10,1 Baixo Vouga I 11 9,8 Baixo Mondego II 10 9,3 Cova da Beira 8 9,1 Dão Lafões I 9 9,06 ULS Castelo Branco 9 8,3 Baixo Mondego III 6 7,58 Pinhal Interior Norte II 3 7,56 Pinhal Litoral II 15 7,29 Dão Lafões II 4 5,25 Pinhal Litoral I 1 1,8 Região de Saúde do Centro ,7 Fonte: SVIG TB 161

166 A incidência de TB na Região Centro em centra-se em 10,7%0000 (à data de 28/02/2013) o que parece indicar uma descida relativamente a 2011 (12,8%0000), mantendo assim a tendência decrescente que se tem verificado ao longo dos últimos anos e após a reconfiguração dos centros de saúde (gráfico 65). Relativamente à TB multirresistente verificou-se a notificação de um único caso no distrito de Leiria. Continuam em tratamento os dois casos de 2011 com sucesso terapêutico. Gráfico 65 - Evolução da taxa de incidência da tuberculose na Região Centro, 2009 a (dados preliminares) Figura 10 - Incidência de Tuberculose por ACeS, Fonte: SVIG TB Dos casos novos notificados, 87,59% foram detetados por rastreio passivo após sintomas e 3,65 % através do rastreio de contactos. O teste VIH foi realizado em 66,49% (123) dos casos novos diagnosticados e em 5,9% (11) a TB foi indicativa de SIDA. 162

167 A toma observada direta (TOD) regista-se em 56,2% dos doentes, havendo ainda uma percentagem de 9,7% em que não houve registo desse indicador, desconhecendo-se se estão ou não em TOD (quadro 89). Quadro 89 - Cobertura de TOD, em TOD N.º % Com TOD ,2 Sem TOD 63 34,1 Sem Registo 18 9,7 Total Fonte: SVIG TB Dos 185 casos notificados, 93% (172) eram de nacionalidade portuguesa e apenas 7% (13) foram diagnosticados em estrangeiros (quadro 90). Quadro 90 - Casos novos de TB, por nacionalidade, NACIONALIDADE N.º % Portugueses Estrangeiros 13 7 Total Fonte: SVIG TB Relativamente aos imigrantes dominam os ucranianos e brasileiros com 4 casos cada (quadro 91). Quadro 91 - Casos novos de TB notificados em, por país de origem NACIONALIDADE N.º % Portugal ,98 Ucrânia 4 2,16 Brasil 4 2,16 Angola 1 0,54 Cabo Verde 1 0,54 Gana 1 0,54 França 1 0,54 Guiné Bissau 1 0,54 Total Fonte: SVIG TB 163

168 Em 74,05% dos doentes a localização principal da doença foi nos pulmões e 25,41% apresentavam lesões a nível pulmonar e também em outros órgãos (gráfico 66). Gráfico 66 - Casos de tuberculose na Região Centro por localização, Programa Nacional de Controlo da Infeção (PNCI) Enquadramento A Infeção Associada aos Cuidados de Saúde (IACS) é adquirida pelos doentes em consequência dos cuidados e procedimentos de saúde prestados, podendo também afetar os profissionais de saúde durante o exercício da sua atividade. Sendo as IACS, é necessária uma comunicação e articulação entre os diversos cuidados de saúde, para a identificação destas infeções, a fim de reduzir o risco de infeção cruzada. As IACS são uma causa importante de morbilidade e mortalidade, assim como de consumo acrescido de recursos, quer hospitalar quer da comunidade. Atividades Desenvolvidas As estratégias e metodologias utilizadas para a concretização dos objetivos propostos no Plano Operacional de Prevenção e Controlo da Infeção concretizaram-se por projetos: Projeto 1 - Rede de notificação de Microorganismos Multirresistentes. 164

169 Objetivos: Cumprir o PNCI; Garantir as boas práticas nos cuidados de saúde na Região Centro. Estratégias: Implementar e monitorizar a Campanha de Higiene das Mãos (CHM) (esta atividade só foi parcialmente realizada): Fez-se a divulgação de suportes informativos de sensibilização para a higiene das mãos, nas unidades aderentes à CHM. Fez-se o acompanhamento da CHM, nas Comissões de Controlo das Infeções (CCI) dos ACeS que aderiram. Projeto 2 - Recomendações/orientações de boas práticas para a uniformização da utilização de antissépticos e desinfetantes nas UCSP, UCCI e USF. Objetivos: Identificar e selecionar produtos de utilização livre e de utilização restrita nas unidades de saúde da Região Centro; Divulgar recomendações/orientações sobre a utilização uniforme de antissépticos e desinfetantes nas unidades de CSP, UCCI e USF. Estratégias: Seleção de produtos de utilização livre ou restrita na Região Centro; Realização de três reuniões com a UAG para seleção de produtos, e duas reuniões com o Gabinete de Farmácia e do Medicamento. Projeto 3 - Formação. Objetivo: Realizar uma ação de formação para profissionais das CCI das diferentes unidades de saúde. Estratégia: Colaborar nas formações realizadas pelas CCI nos ACeS. 165

170 11.5. Programa Nacional de Vacinação (PNV) Enquadramento Com a finalidade de proporcionar à população da Região Centro serviços de melhor qualidade na área da vacinação, tem vindo a ser implementado e consolidado o projeto Excelência na Vacinação, que tem por finalidade proporcionar, à população da Região Centro, serviços de melhor qualidade na área da vacinação, utilizando normas de procedimento, materiais e avaliação comuns, de forma a permitir adotar, introduzir ou alterar medidas corretoras. O PNV inclui as seguintes vacinas, contra: Tuberculose (BCG); Hepatite B (VHB); Difteria; Tétano; Tosse convulsa (DTP e Td); Poliomielite (VIP); Doença invasiva por Haemophilus influenzae do serotipo b (Hib); Sarampo; Parotidite epidémica e a rubéola (VASPR); Doença invasiva por Neisseria meningitidis do serogrupo C (MenC); Infeções por vírus do papiloma humano (HPV). Atividades Desenvolvidas As atividades desenvolvidas em (aos diferentes níveis - regional, ACeS, ULS e unidades funcionais), permitiram alcançar resultados que só foram possíveis com a sensibilização e o envolvimento continuado de todos os profissionais de saúde que trabalham nesta área. Passam-se a descrever: 166

171 ATIVIDADES Monitorização e avaliação das taxas de cobertura vacinal coortes de nascidos no ano da avaliação, 1, 2, 7, 13, 14, 15, 16, 17, 25 e 65 anos de idade Monitorização e avaliação das taxas de cobertura vacinal coortes de raparigas de 17, 18 e 19 anos abrangidas pela campanha de vacinação contra as infecções por vírus do papiloma humano (vacina HPV) Monitorização e avaliação das taxas de cobertura vacinal indicadores de desempenho contratualização - coortes de nascidos no ano da avaliação, 2, 7 e 14 anos de idade Monitorização e avaliação das taxas de cobertura vacinal vacinação atempada vacinados até aos 3 meses de idade - coorte de nascidos no ano da avaliação OBSERVAÇÕES Foram realizadas 2 avaliações: final do 1.º semestre (unidade de saúde, ACeS, ULS e região); final do ano (unidade de saúde, ACeS, ULS e região) Foram realizadas 2 avaliações: final do 1.º semestre (unidade de saúde, ACeS, ULS e região); final do ano (unidade de saúde, ACeS, ULS e região) Foram realizadas 2 avaliações: final do 1.º semestre (unidade de saúde, ACeS, ULS e região); final do ano (unidade de saúde, ACeS, ULS e região) Foram realizadas 2 avaliações: final do 1.º semestre (unidade de saúde, ACeS, ULS e região); final do ano (unidade de saúde, ACeS, ULS e região) Determinação do número de doses administradas e registadas no módulo de vacinação do SINUS Realizada avaliação: final do ano (unidade de saúde, ACeS, ULS e região) Determinação de taxas de cobertura vacinal relativa à Gripe Sazonal 2011/ Aplicação de suportes de informação relativos a: profissionais de saúde ACeS, ULS e hospitais; idosos e população em geral; instituições de apoio social e/ou privada de saúde Elaboração do plano de atividades programa de Vacinação da Região Centro ano 2013 Elaborado o plano de atividades anual tendo em vista a sua integração no plano de atividades da ARSC,IP Elaboração do relatório de atividades programa de Vacinação da Região Centro ano Elaborado o relatório anual tendo em vista a sua integração no relatório de atividades da ARSC,IP Divulgação de informação relativa ao PNV Foram divulgadas informações de apoio à implementação do PNV (apoio técnico associado a rede de frio, administração de vacinas, ) Reuniões com os responsáveis do Programa de Vacinação (ACeS e ULS) Foi realizada 1 reunião no ano de Reunião com Departamento de Contratualização da ARSC,IP Foi realizada 1 reunião no ano de Reuniões do Grupo Coordenador Regional Foram realizadas reuniões semanais Apoio técnico na área da vacinação a dúvidas e questões levantadas por profissionais das unidades de saúde e utentes da Região. Análise e resposta às dúvidas e questões que foram colocadas por profissionais e utentes da Região. Reuniões com os responsáveis regionais e nacionais do Programa de Vacinação Foi realizada 1 reunião no ano de 167

172 COBERTURA VACINAL BCG VHB I BCG DTPa III/DTPa Hib III/Hib VIP III/VIP VHB III/VHB MenC II/MenC DTPa IV/DTPa Hib IV/Hib VASPR I MenC III/MenC DTPa V/DTPa VIP IV/VIP VASPR II HPV I HPV III Foram momentos marcantes para o Programa de Vacinação Regional em, com a implementação do novo PNV, o processo de reorganização em curso dos serviços de saúde (criação de novas unidades funcionais e colaboração com os responsáveis e interlocutores do programa); as campanhas de vacinação contra a gripe sazonal 2011/ e /2013 e respetiva disponibilização de vacina gratuita para determinados grupos alvo; a elaboração de diagnóstico de situação referente ao equipamento e medicamentos necessários para o tratamento da anafilaxia e o estabelecimento de protocolo de vacinação para entidades externas Cobertura vacinal (PNV) Destaca-se a evolução positiva das coberturas vacinais, que de um modo geral se mantiveram ou aumentaram em algumas coortes. As metas regionais foram de um modo geral atingidas. Mantém-se boas coberturas vacinais em todas as coortes em avaliação, reflexo do envolvimento e empenhamento dos nossos profissionais, tanto no nível local, como regional (e nacional). A coorte dos 17 anos de idade passou a integrar a avaliação regional (ao invés da coorte dos 18 anos), em virtude da alteração introduzida pelo PNV. Quadro 92 - Cobertura vacinal Vacinas do PNV coortes de nascidos no ano da avaliação (1, 2, 7 e 13 anos de idade) Nascidos ano de avaliação 1 ano 2 anos 7 anos Raparigas com 13 anos Avaliação 2010 (%) Avaliação 2011 (%) Avaliação (%) Fonte: ARSC 168

173 COBERTURA VACINAL HPV III HPV III COBERTURA VACINAL VASPR II VHB III/VHB Td HPV III (raparigas) HPV III (raparigas) HPV III (raparigas) HPV III (raparigas) VASPR II VIP VHB III Td Td Td Quadro 93 - Cobertura vacinal Vacinas do PNV coortes de nascidos de 14, 15, 16, 17, 18, 25 e 65 anos de idade 14 anos 18 anos (2010 e 2011) 15 anos 16 anos 17 anos 25 anos 65 anos 17 anos () Avaliação 2010 (%) Avaliação 2011 (%) Avaliação (%) Fonte: ARSC Campanha de vacinação contra as infeções por vírus do papiloma humano Durante o ano de, e tendo acabado a campanha de vacinação dirigida às raparigas de 17 anos, foi dada continuidade à vacinação das raparigas de mais de 17 anos de idade que iniciaram em anos anteriores a vacinação contra o vírus do papiloma humano. Quadro 94 - Cobertura vacinal Campanha de vacinação contra infeções por vírus do papiloma humano coortes de raparigas de 18 e 19 anos de idade Raparigas com 18 anos Raparigas com 19 anos Avaliação 2010 (%) 86 Avaliação 2011 (%) Avaliação (%) Fonte: ARSC Para as raparigas que entraram na campanha em 2009 e 2010 (19 e 18 anos de idade), foram atingidas as coberturas de 91% e 88%, respetivamente. 169

174 BCG * VHB ** Td VIP Hib VASPR DTPaHib DTPaVIP DTPaHibVIP DTPa MenC HPV *** TOTAL Contratualização da cobertura do PNV No ano de, manteve-se incluída na contratualização, a avaliação dos indicadores de desempenho no âmbito do PNV. Da totalidade dos ACeS e ULS da região, atingiram-se as seguintes coberturas: Quadro 95 - Avaliação cumprimento do PNV aos 2, 7 e 14 anos ANO Coorte 2009 Coorte 2004 Coorte 1997 Avaliação 2010 (%) Avaliação 2011 (%) Avaliação (%) Fonte: ARSC Vacinação atempada No ano de, foi também incluída a avaliação de utentes nascidos em e que foram vacinados com a 1.ª dose de DTPaHibVIP e 2.ª dose de VHB até 1 mês após a data recomendada (2 meses), nos indicadores de desempenho. Quadro 96 - Avaliação da vacinação atempada a crianças vacinadas com 3 meses nascidas no ano de VACINAÇÃO Coorte VHB 2 (%) 97 DTPaHibVIP 1 (%) 98 Fonte: ARSC Inoculações de vacinas do Programa Nacional de Vacinação Quadro 97 - Mapa de inoculações da Região Centro em Total de doses por vacina VACINAS Região de Saúde do Centro Fonte: SIARS Notas: 1. * Só estão registadas as vacinas administradas nas unidades de saúde dos ACeS e ULS, em virtude do não registo no SINUS de vacinas administradas em muitas maternidades (n.º de inscritos em ); 2. ** Haverá subnotificação referente à vacina VHB 1, emvirtude do não registo no SINUS de vacinas administradas em muitas maternidades (n.º de inscritos em ); 3. *** Este n.º inclui o registo das vacinas HPV Cervarix (vacina HPV não disponível nas unidades de saúde). 170

175 ACeS ULS Hospitais ACeS ULS Hospitais ACeS ULS Hospitais ACeS ULS Hospitais ACeS ULS Hospitais No ano de e no âmbito das vacinas do PNV (com a exceção acima mencionada), foram administradas vacinas, nos ACeS e ULS da Região Centro Vacinação contra a gripe sazonal 2011/ Com a disponibilização de vacina FluarixSNS de forma gratuita para determinados grupos alvo, a avaliação da vacinação contra a gripe sazonal, contemplou os profissionais de saúde, os lares de idosos, as unidades e equipas da RNCCI. Quadro 98 - Vacinação contra a gripe sazonal 2011/ Profissionais de saúde Médicos Enfermeiros Administrativos Serviços Gerais Outros profissionais /2011 Avaliação (%) Fonte: ARSC Em relação aos profissionais de saúde, houve de um modo geral, uma ligeira diminuição (2010/2011) da cobertura vacinal (quadro 98), devendo ser aplicadas estratégias que possam permitir uma maior adesão à vacinação antigripal. Quadro 99 - Vacinação contra a gripe sazonal /2011 Lares de idosos Lares respondentes VACINAÇÃO Instituições abrangidos pela vacina gratuita Instituições lucrativas Total de utentes (N.º) Total de vacinados (N.º) % Total de utentes (N.º) Total de vacinados (N.º) % Residentes Trabalhadores Fonte: ARSC Em relação aos lares verificou-se uma boa adesão (96% responderam à avaliação), observando-se no entanto a necessidade de melhorar a cobertura vacinal relativamente aos profissionais. Das 121 instituições lucrativas existentes, só 56 (46%) é que responderam. 171

176 Quadro Vacinação contra a gripe sazonal 2011/ - RNCCI Unidades respondentes GRUPO ALVO Total de utentes (N.º) Total de vacinados (N.º) % Doentes internados Doentes em cuidados domiciliários Profissionais das Unidades Profissionais das ECCI Fonte: ARSC Em relação à RNCCI, verificou-se que responderam 36 das 44 unidades existentes (82%), tendo 24 das 26 ECCI respondido à avaliação (92%). De um modo geral e em relação a 2010/2011, houve uma melhoria na cobertura vacinal, tanto nos utentes como nos profissionais. 172

177 12. Outras Áreas Específicas Projeto SICO (Sistemas de Informação de Certificados de Óbito) Enquadramento O SICO é o Sistema de Informação dos Certificados de Óbito, instituído pela Lei n.º 15/ de 3 de abril, permite a articulação das entidades envolvidas no processo de certificação dos óbitos, com vista a promover uma adequada utilização dos recursos, melhoria da qualidade e do rigor da informação e a rapidez de acesso aos dados em condições de segurança e no respeito pela privacidade dos cidadãos. De acordo com o Despacho n.º 14240/, de 23 de outubro, do Ministério da Saúde, o seu início verificou-se no dia 15 de novembro de, nos Hospitais da Universidade de Coimbra (integrados no CHUC) e na Delegação do Centro do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses, I.P. Após o seu início e de acordo com o Despacho nº 15858/, de 12 de dezembro, foi também alargado ao ACeS Baixo Mondego, a partir de 15 de dezembro de. Para a sua implementação, foi fundamental a ação dos coordenadores locais do SICO e a coordenação e acompanhamento da DGS, estando assim envolvidos cerca de médicos, 3 instituições médicas (em período experimental) e tendo sido realizadas 7 reuniões de formação. Atividades Desenvolvidas Atualização dos coordenadores locais e regional do SICO na Região Centro. Estabelecimento de canais de comunicação a nível nacional, regional e local. Divulgação periódica de informação. Formação/informação: o Formação de coordenadores locais. o Formação de elementos do Departamento de Investigação e Ação Penal, do Instituto Nacional de Medicina Legal e do Instituto de Registos e Notariado. 173

178 o Formação de autoridades policiais (GNR e PSP). o Reunião com associações de agentes funerários. Acompanhamento e coordenação juntamente com a DGS e os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde da implementação do período experimental do SICO no CHUC, Instituto de Medicina Legal e ACeS Baixo Mondego. Planeamento da extensão do período experimental para 2013 na Região Centro Consultas de Medicina do Viajante (CV) Enquadramento A frequência e facilidade com que os indivíduos se deslocam para diferentes partes do mundo condicionam e potencializam o contato com múltiplos fatores de risco. Daí a necessidade de serem tomadas em consideração algumas medidas preventivas a adotar antes, durante e depois da viagem. Essas medidas são aconselhadas nas CV e incluem entre outras; a vacinação, a quimioprofilaxia e a informação sobre higiene individual e coletiva bem como, cuidados a ter com novos ambientes. Na Região de Saúde do Centro, as CV são efetuadas nos Centros de Vacinação Internacional (CVI) que são os seguintes: Coimbra, no Centro de Saúde de Santa Clara Leiria, no Centro de Saúde Dr. Arnaldo Sampaio Aveiro, no Centro de Saúde de Aveiro Castelo Branco, nos Centros de Saúde de S. Tiago e de S. Miguel. Vacinas Administradas A CV é desenvolvida em duas etapas: I Etapa - Os utentes são atendidos em consulta médica com avaliação do risco clínico, educação e informação para a saúde, prescrição de medicamentos e vacinas. 174

179 II Etapa - Os utentes são atendidos em consulta de enfermagem, numa perspetiva de educação para a saúde e de administração de vacinas. São aceites todas as prescrições de vacinas independentemente do local e tipo de exercício clínico do médico. O Regulamento Sanitário Internacional em vigor estipula que a única vacina que poderá ser exigida aos viajantes na travessia das fronteiras é a da febre amarela. No entanto alguns países não autorizam a entrada no seu território sem o comprovativo de vacinação contra outras doenças. Durante o ano de, foram administradas nos 4 CVI da Região de Saúde do Centro, vacinas, das quais a vacina anti-febre amarela representa 27,7% (4.303 vacinas), seguida da vacina anti-febre tifóide com 15,9% (2.474 vacinas), da vacina antimeningocócica com 9,1% (1.420 vacinas) e da vacina contra a encefalite japonesa com 0,9% (140 vacinas). As restantes vacinas representam 46,3% (7.198 vacinas) do total e incluem as vacinas anti-poliomielite, hepatite e cólera, que não foram administradas em todos os CVI. O CVI de Coimbra foi o que administrou maior número de vacinas com 42,4%, seguido de Leiria com 37,2%, de Aveiro com 15,7% e de Castelo Branco com 4,8% (quadro 101). Quadro Vacinas administradas nos quatro CVI da Região de Saúde do Centro, em CVI Febre amarela Febre Tifóide Encefalite Japonesa Meningocócita Outras Total N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % Coimbra ,4 Leiria ,2 Aveiro , ,9 24 0, , , ,7 Castelo Branco ,8 Total Fonte: ARSC Consultas Durante o ano de foram realizadas nos 4 CVI da Região de Saúde do Centro, consultas, tendo-se verificado o maior número em Coimbra, com 40,9% (2.816 consultas), seguido de Leiria com 29,7% (2.043 consultas), de Aveiro com 20,2% (1.391 consultas) e de Castelo Branco com 9,2% (634 consultas) (quadro 102). 175

180 Quadro Consultas do viajante efetuadas nos CVI, por local de atendimento e distrito de proveniência do viajante, na Região de Saúde do Centro, em CVI Distrito de Proveniência N.º de Consultas % Coimbra ,2 Coimbra Outro ,8 Sub-Total (1) ,9 Leiria ,7 Leiria Outro ,3 Sub-Total (2) ,7 Aveiro ,6 Aveiro Outro ,4 Sub-Total (3) ,2 Castelo Branco Sub-Total (4) 634 9,2 Total ,0 Fonte: ARSC Destino Das consultas realizadas nos 4 CVI da Região de Saúde do Centro, verificou-se que o continente para onde os viajantes se deslocaram com maior frequência foi a África, com 76,77% (5.285 casos); registando a Europa o valor mais baixo, com 0,09% (6 casos) (quadro 103). Quadro Continente de destino dos viajantes por Centro de Vacinação Internacional da Região de Saúde do Centro, em CVI Europa Africa América Ásia Oceânia Não Especificado N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % Total Coimbra ,91 Leiria ,68 Aveiro 2 0,09% ,77% ,41% 129 7,13% 2 0,26% 36 3,34% ,21 Castelo Branco ,20 Total Fonte: ARSC 176

181 Prescrição De acordo com o quadro 104, foram prescritas nos 4 CVI da região, embalagens de antimaláricos, variando entre os valores mínimos de 8,2% (304), em Castelo Branco e o máximo de 47,2% (1 750) em Coimbra. Relativamente aos antifúngicos foram prescritas 386 embalagens, com a variação de 1,8% (7), em Castelo Branco a 75,4% (291), em Coimbra. Quadro Prescrições de embalagens de antimaláricos e de antifúngicos efetuadas nas consultas do viajante da Região de Saúde do Centro, em CVI Antimaláricos Antifúngicos Total N.º % N.º % N.º % Coimbra , , ,9 Leiria ,8 25 6, ,7 Aveiro , , ,8 Castelo Branco 304 8,2 7 1, ,6 Total , , ,0 Fonte: ARSC Juntas Médicas Enquadramento O Serviço de Juntas Médicas da ARSC dispõe de duas áreas de intervenção a considerar: A avaliação e recurso da avaliação da aptidão para a condução de veículos a motor. As Juntas Médicas de condução estavam enquadradas pelo n.º1 e n.º 2 do artigo 14.º, do Decreto-Lei n.º 209/98, de 15 de julho, pela alínea a) do n.º 1 e o n.º 2 do artigo 19.º, bem como pelo Anexo I - Normas mínimas relativas à aptidão física para a condução de um veículo a motor - do Decreto-Lei n.º 313/2009, de 27 de outubro e ainda pelo Decreto-Lei n.º 45/2005, de 23 de fevereiro (alterado pelo Decreto-Lei n.º 103/2005, de 24 de junho e, ainda, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 177

182 174/2009, de 3 de agosto), artigo 6.º -, Anexo I Secção B Tabela de códigos comunitários de restrições e adaptações. A verificação e recurso da avaliação da incapacidade. O enquadramento legal das Juntas Médicas de Recurso e de Verificação da Avaliação da Incapacidade é o Decreto-Lei n.º 202/96, de 23 de outubro, com a redação dada pelo Decreto-Lei n.º 291/2009, de 12 de outubro. Tem ainda por suporte a Tabela Nacional de Incapacidades (TNI) - Anexo 1 do Decreto-Lei n.º 352/2007, de 23 de outubro, bem como a Lei n.º 22-A/2007 de 29 de junho e o Decreto-Lei n.º 307/2003 de 10 de dezembro. Atividades Desenvolvidas Em termos de procedimentos da decisão da Junta Médica, nas de Recurso e de Verificação, é dado conhecimento da decisão à entidade que o solicita, habitualmente a DGS, ou através dela. Relativamente às Juntas Médicas de Condução é dado conhecimento ao utente, nos termos do Código de Procedimento Administrativo (CPA), bem como ao Delegado de Saúde da área de residência do utente e ao Instituto de Mobilidade e dos Transportes Terrestres (IMTT). O Serviço de Juntas Médicas da ARSC dispõe de um conjunto de profissionais, com uma larga experiência, tendo mantido ao longo do tempo uma linha de continuidade que de um modo geral se traduziu numa prestação adequada, assente no rigor, na uniformidade de critérios e numa perspetiva de atuação diligente, humana e pedagógica. Resultados No ano de foram instruídos 275 processos para submissão a Junta Médica, 256 para avaliação da aptidão para a condução, 15 por recurso de avaliação de incapacidade, 1 por recurso de avaliação de aptidão para a condução e 1 para verificação de incapacidade. Acresce que dos 275 convocados para Junta Médica, faltaram 36, sendo que destes, 15 compareceram posteriormente. 178

183 No que concerne à caraterização destes utentes, apenas 15 % eram do sexo feminino e relativamente à idade, a média foi aos 55 anos, sendo a mínima de 18 e a máxima de 89 anos. Relativamente à proveniência dos utentes (gráfico 67), as maiores frequências relativas corresponderam, por ordem decrescente, à USP do ACeS Baixo Mondego I (18,9%), seguindo-se-lhe a USP do ACeS Dão-Lafões I (13,5%), a USP da ULS Guarda (12%) e a USP do ACeS Pinhal Interior Norte I (10,5%). No extremo oposto estavam as USP do ACeS Baixo Vouga III e do ACeS Dão-Lafões III (com uma referência cada). Gráfico 67 - Proveniência dos utentes em Fonte: ARSC No que se refere à caraterização das patologias (gráfico 68), segundo a nomenclatura adotada no Anexo I, a que se refere o n.º 1 do art.º 1.º, do Decreto-Lei n.º 313/2009, de 27 de outubro, verifica-se que quase metade (43,4%) das situações nosológicas estava relacionada com os membros/aparelho de locomoção. Seguem-se, por ordem decrescente, os problemas de visão (10,9%), as perturbações mentais (10,9%), as doenças neurológicas (8,2%) e as patologias múltiplas (5,5%). 179

184 Gráfico 68 - Patologias dos utentes em Fonte: ARSC A fim de melhor caraterizar as patologias agrupadas no item membros/aparelho de locomoção (quadro 105), procede-se à sua desagregação, tendo-se verificado a maior frequência (30,6%) no grupo das paralisias/paresias, seguindo-se-lhe por ordem decrescente as doenças osteoarticulares (20,4%), as amputações (18,4%) e as malformações/deformidades (16,3%). Quadro Caraterização das situações nosológicas constantes do grupo membros/aparelho de locomoção PATOLOGIAS N.º % Paralisias / Paresias 15 30,6 Doenças osteoarticulares 10 20,4 Amputações 9 18,4 Malformações / Deformidades 8 16,3 Sequelas de AVC 4 8,2 Outras 3 6,1 Total ,0 Fonte: ARSC Quanto à caraterização do resultado das deliberações da Junta Médica (quadro 106), verificou-se que a maior percentagem correspondeu a aptidões (52,8%), mas destas, apenas 8 utentes foram considerados aptos sem restrições. Registaram-se 9% de 180

185 inaptidões para todas as categorias e 13% de inaptidões para o Grupo 2. Acresce que foram arquivados 20 processos, por faltas sucessivas à Junta Médica ou por desistência. Quadro Caraterização do resultado das deliberações da Junta Médica DELIBERAÇÃO/DESPACHO N.º % Aptos ,9 Com restrições Sem restrições 8 - Inaptos 22 8,9 Inaptos só para o Grupo ,0 Arquivados 20 8,1 Pendentes 42 17,1 Total ,0 Fonte: ARSC O serviço tem funcionado em contínuo, desde há alguns anos. Durante esse percurso têm estabelecidos contactos e de certo modo parcerias, nomeadamente com o IMTT, no sentido de se melhorarem procedimentos. Acresce que se tem recorrido também ao Laboratório de Psicologia do IMTT, pois os exames psicotécnicos lá efetuados, além da caraterização do perfil psicológico dos condutores, também dão informações úteis e em muitos casos imprescindíveis relativamente aos condicionamentos e às adaptações nos veículos. Também ao longo deste tempo tem sido útil a interação com as unidades hospitalares. 181

186 13. Programa Regional de Capacitação e Literacia Enquadramento O programa regional de capacitação e literacia em saúde Informação para uma correta decisão [em saúde] sucedeu ao programa de comunicação em saúde pública, criado em setembro de 2004 no âmbito do então Centro Regional de Saúde Pública do Centro (serviço de saúde pública de âmbito regional). A literacia em saúde é definida como o grau de capacidade individual em obter, processar e interpretar informação básica em saúde e em serviços de saúde incluindo a chamada navegabilidade no sistema de serviços de saúde. Atento o papel fundamental da comunicação em saúde nos ganhos em saúde, o programa regional de capacitação e literacia em saúde é transversal a todos os programas de saúde da ARSC. A finalidade do programa consiste em promover a literacia e capacitação em saúde do público utente da ARSC e, consequentemente, contribuir para os ganhos em saúde da Região Centro. Assenta no pressuposto fundamental do cidadão como centro do sistema de saúde e como seu recurso primordial (autogestão apropriada da saúde e da doença e exercício da cidadania em saúde). Os instrumentos comunicacionais de que o programa regional de capacitação e literacia em saúde dispõe incluem a página institucional da ARSC e o microsítio do delegado de saúde regional do Centro. Por deliberação de 02/02/, o Conselho Diretivo da ARSC constituiu a equipa de gestão de conteúdos, estrutura operativa sob a sua dependência direta, dotada das seguintes atribuições e competências: Edição de conteúdos para publicação na página institucional da ARSC, incluindo o seu refrescamento - assente em critérios de qualidade comunicacional e, quando aplicável, científica; Promoção da divulgação institucional de iniciativas em saúde relevantes ao público em geral e públicos setoriais (incluindo parceiros internos e externos do setor da saúde); Assessoria ao Conselho Diretivo na edição de conteúdos a disponibilizar na intranet. 182

187 Esta equipa é integrada, entre outros, por elementos dos gabinetes Sistemas de Informação e Comunicações ( assessoria informática ), de Relações Públicas e Comunicação ( assessoria de imprensa ) e da área da documentação, estando sob a coordenação operacional de um médico especialista em Saúde Pública. Atividades Desenvolvidas Colaboração na revisão gráfica do lay-out da página web da ARSC. Edição, atualização e refrescamento diário de conteúdos da página institucional da ARSC. Gestão, com todos os níveis de privilégio (desde a edição à publicação) do microsítio do delegado de saúde regional do Centro, alojado na página da DGS ( Participação, sempre que solicitado, em iniciativas promovidas por outros programas/dsp, visando a promoção da saúde (e.g. programas regionais de saúde) ou a sua proteção (e.g. plano de contingência para as temperaturas extremas adversas) ou a divulgação de congressos ou encontros científicos promovidos pelos departamentos competentes da ARSC. Incluiu-se, em relação a estes últimos, a colaboração na organização local do III Congresso Nacional de Saúde Pública, decorrido em Coimbra, nos dias 25 e 26 de outubro (coorganizado com a DGS, INSA, Escola Nacional de Saúde Pública/Universidade Nova de Lisboa (UNL), Instituto de Higiene e Medicina Tropical/UNL e Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto). O programa regional de capacitação e literacia em saúde integra, ainda e em corepresentação da ARSC, a equipa nacional de conteúdos do Portal da Saúde desde a criação deste portal do Ministério da Saúde em A sua participação consiste na edição e submissão de conteúdos institucionais e outros para publicação. 183

188 14. Comissão Regional da Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Enquadramento A Comissão Regional da Saúde, da Mulher, da Criança e do Adolescente, adiante designado por CRSMCA, tem como objetivo principal dar cumprimento ao Despacho n.º 4359/98 de 17 de fevereiro e ao Despacho n.º 12917/98 de 26 junho, no campo da defesa da saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente. A ARSC, atendendo à efetividade conseguida com o Programa Nacional de Saúde Materna e Infantil reconhece o importante papel que a CRSMCA e as Unidades Coordenadoras Funcionais (UCF) têm tido na obtenção dos excelentes resultados nesta área. Atividades Desenvolvidas Consolidação das Redes de Referência Em, os pontos fracos da estrutura regional continuavam a ser a ineficiência dos 3 Serviços de Pediatria e Obstetrícia da Beira Interior e a existência de 2 Maternidades Centrais em Coimbra. A degradação estrutural do antigo Hospital Pediátrico foi finalmente superada com o início do funcionamento do novo Hospital em janeiro. O Hospital Pediátrico de Coimbra passou a servir toda a Região Centro do país funcionando como hospital de primeira linha para o distrito de Coimbra, sendo no entanto também atendidos utentes provenientes de outras regiões do país, concentrando assim a assistência regional em 25 áreas diferenciadas. Para garantir a continuidade desta concentração foi fundamental implementar, aperfeiçoar e consolidar os processos de referenciação inter-hospitalares, através das UCFih (Unidades Coordenadoras Funcionais Inter-Hospitalares) previstas no Despacho n.º 9872/2010 de 11 de junho, uma para a vertente Materna e Neonatal e outra para a Pediátrica e Adolescente. Foi elaborado o documento que as regulamenta, foram nomeados os coordenadores de cada UCFih e de cada área diferenciada e nomeados os interlocutores dos hospitais que referenciam. Em realizaram-se 4 reuniões plenárias das UCF e múltiplas nas várias áreas diferenciadas. Foi constituído um site para armazenamento da informação e normas de 184

189 orientação para cada UCFih e para cada área diferenciada e foram elaborados os protocolos de referência e vias de comunicação para a maioria. Em relação às 2 Maternidades, face à diminuição da natalidade, foi possível projetar um Plano que visasse concentrar toda a Patologia Obstétrica e Neonatal Diferenciada da Região numa única Maternidade com o apoio do CHUC. Em foram também consolidadas as Redes de Referência entre os Cuidados Primários e os Hospitais satisfazendo a nova reestruturação dos ACeS. Coordenação das Unidades Coordenadoras Funcionais A CRSMCA tem garantido o apoio logístico e a presença em todas as reuniões (Guarda, Viseu, Leiria e Coimbra). Na vertente pediátrica foram efetuados os balanços das atividades em todas as áreas diferenciadas. Aos coordenadores das UCFih foi solicitada a análise de todas as referências in útero e pós natais em reuniões nos vários hospitais. Com todas as UCF constituídas em 2011, foi organizado um Plenário em Março de. Também durante o ano de foram executadas em algumas UCF (Coimbra, Aveiro, Figueira da Foz, Leiria ) ações de formação dirigidas a todos os profissionais com os temas selecionados como prioritários e de interesse coletivo. Foi constituído e atualizado o site das UCF para que cada uma armazene a sua informação e todas disponham da informação respeitante à organização materna e infantil. Implementação / Consolidação dos Circuitos Assistenciais Em, a vigilância da Grávida, da Criança, do Adolescente, os circuitos da Intervenção precoce e das Crianças e Jovens em Risco foram os mais protegidos: Vigilância Materno-Fetal - Tem por objetivo facilitar o acesso à consulta em tempo útil a todas as grávidas. A vigilância da gravidez deve ser iniciada o mais precocemente possível. Pressupõe uma vigilância partilhada entre os CSP e os Hospitais/Maternidades de Apoio Perinatal e Apoio Perinatal Diferenciados com cooperação eficaz entre os especialistas de Medicina Geral e Familiar e os Obstetras, através das consultas de referência. 185

190 Saúde Infantil e Adolescentes - Este circuito assistencial pretende facilitar o acesso às consultas de Saúde Infantil e Adolescentes e garantir a vigilância a todos os recém-nascidos desde a saída da maternidade, incluindo os que não frequentam os centros de saúde. A vigilância universal, contínua até aos 18 anos, com qualidade e de forma eficiente, pressupõe garantir uma vigilância partilhada entre Pediatras e os especialistas de Medicina Geral e Familiar e evitar duplicações assistenciais de modo a colmatar o número excessivo de utentes sem médico e a providenciar os cuidados domiciliários sempre que as situações de risco o exigirem. Este circuito pressupõe a comunicação e a partilha de informação entre instituições através dos protocolos de referência, uma avaliação contínua da qualidade e o cumprimento das normas e protocolos. Adolescentes - Deu-se particular realce às consultas entre os anos para concretização da vigilância longitudinal. Realizaram-se 2 cursos de Formação de Prestadores de Cuidados aos Adolescentes no Hospital Pediátrico de Coimbra e iniciou-se a formação a todos os profissionais dos ACeS das respetivas UCF. Está em curso a implementação do circuito assistencial dos adolescentes que pretende melhorar a acessibilidade dos jovens aos serviços e a organização da Comunicação e Referenciação entre Serviços de Saúde e Escolas para atividades assistenciais e sinalização para integração dos jovens identificados como de risco ou integrados em famílias desestruturadas. Núcleo de Apoio a Crianças e Jovens em Risco - Foram reconstituídos os núcleos e foi dada sequência ao trabalho desenvolvido junto das equipas a nível de formação, de estruturação e de dinamização e melhoramento dos processos de referenciação para as Equipas de Intervenção Precoce. Armazenamento e Circulação da Informação com os objetivos de: Facilitar o acesso à informação através da construção e atualização do site da CRSMCA; Aceder, disponibilizar e divulgar as normas de orientação clínicas veiculadas pela DGS, pelas sociedades científicas nacionais e internacionais, por hospitais e por responsáveis pelas áreas diferenciadas e hospitais; Disponibilizar a todas UCF um site para armazenar a sua atividade e de todas as áreas diferenciadas; 186

191 Divulgar toda a informação aos interlocutores dos centros de saúde para garantir a circulação de informação a todos os profissionais locais; Fomentar o preenchimento uso e solicitação do Boletim de Saúde da grávida e infantil aos utentes no ato da consulta; Informar os pediatras consultores de todas as atualizações. Monitorização de Indicadores A todas as UCF foi solicitada a quantificação dos utentes sem médico de família, as lacunas assistenciais, necessidades em formação e problemas de comunicação. Foram sugeridos como programas de intervenção, a análise e auditoria dos óbitos e gravidezes mal vigiadas e assistência às crianças e jovens de risco Propôs-se como programas de intervenção, a análise e auditoria dos óbitos e gravidezes mal vigiadas e a assistência às crianças e jovens de risco através da análise dos indicadores (indicadores mínimos a monitorizar em cada UCF) que se encontram no quadro seguinte. Quadro Indicadores propostos para as UCF Perinatais 1. Gravidez não vigiada 2. Gravidez na adolescência 3. Gravidez com duração > 42 semanas 4. N.º de grávidas de risco social 5. Taxa de vigilância de Saúde Materna (por ACeS) 6. N.º médio de consultas por grávida (por ACeS) 7. Taxa de revisão do puérpero (por ACeS) 8. N.º de grávidas referenciadas à consulta (por ACeS) 8.1. Risco 8.2. Para integrar protocolo 9. N.º de partos 10. Tipo de partos 11. Mortalidade perinatal 12. Registo de óbitos neonatais precoces, neonatais tardios Neonatais 13. N.º de nascimentos e sua distribuição por sexo, idade gestacional e peso de nascimento 14. Recém-Nascidos de muito baixo peso (< 1.500gr) 15. RCIU (restrição do crescimento intra-uterino) 16. Malformações 17. Recém-Nascidos de peso de nascimento > 4.500gr 18. Convulsões neonatais 19. Encefalopatias hipoxico-isquémica com: Indice Apgar < 3-1.º minuto Indice Apgar < 5-5.º minuto 187

192 Capítulo V Autoavaliação 188

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