Apontamentos sobre os impactos socioambientais e econômicos da soja nas comunidades do Parque Indígena do Xingu e da Terra Indígena Paresi

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1 Apontamentos sobre os impactos socioambientais e econômicos da soja nas comunidades do Parque Indígena do Xingu e da Terra Indígena Paresi ONG Repórter Brasil Centro de Monitoramento de Agrocombustíveis Novembro de 2011 Autores: Marcel Gomes (coordenador) Verena Glass Antonio Biondi

2 1) Aspectos gerais A vida das populações indígenas brasileiras, formadas por 818 mil indivíduos segundo o Censo de 2010, é regulada por uma série de marcos legais. O mais importante é a Constituição Brasileira de 1988, promulgada após o final da Ditadura Militar ( ). A constituição rompe com a tradição marcante da política indigenista do país de considerar os indígenas como seres apenas "relativamente capazes"[1], o que serviria de justificativa para a tutela estatal dessas populações. O texto constitucional determina a igualdade e a não discriminação, como pode ser visto nos trechos a seguir: "Art. 3.º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Art. 5.º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindose aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade..." Fundada na igualdade entre os brasileiros, a constituição também reserva um capítulo particular para os índios, em que reconhece seus direitos específicos, inclusive a respeito da demarcação de terras, como disposto no trecho a seguir: "CAPÍTULO VIII Dos Índios Art São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus

3 bens. 1.º São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições. 2.º As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se a sua posse permanente, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes. 3.º O aproveitamento dos recursos hídricos, incluídos os potenciais energéticos, a pesquisa e a lavra das riquezas minerais em terras indígenas só podem ser efetivados com autorização do Congresso Nacional, ouvidas as comunidades afetadas, ficandolhes assegurada participação nos resultados da lavra, na forma da lei. 4.º As terras de que trata este artigo são inalienáveis e indisponíveis, e os direitos sobre elas, imprescritíveis. 5.º É vedada a remoção dos grupos indígenas de suas terras, salvo, ad referendum do Congresso Nacional, em caso de catástrofe ou epidemia que ponha em risco sua população, ou no interesse da soberania do País, após deliberação do Congresso Nacional, garantido, em qualquer hipótese, o retorno imediato logo que cesse o risco. 6.º São nulos e extintos, não produzindo efeitos jurídicos, os atos que tenham por objeto a ocupação, o domínio e a posse das terras a que se refere este artigo, ou a exploração das riquezas naturais do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes, ressalvado relevante interesse público da União, segundo o que dispuser lei complementar, não gerando a nulidade e a extinção direito a indenização ou a ações contra a União, salvo, na forma da lei, quanto às benfeitorias derivadas da ocupação de boa-fé. 7.º Não se aplica às terras indígenas o disposto no art. 174, 3.º e 4.º. Art Os índios, suas comunidades e organizações são partes legítimas para

4 ingressar em juízo em defesa de seus direitos e interesses, intervindo o Ministério Público em todos os atos do processo." O que guia o texto constitucional neste trecho sobre a demarcação das terras é o reconhecimento de que a sobrevivência física e cultural dos indígenas depende da ocupação de seu território original. É lá que esses indivíduos obtêm água, comida e medicamentos para suas comunidades, e encontram o espaço para o exercício de suas tradições culturais e religiosas. Segundo a constituição, as comunidades possuem a posse inalienável da área e o usufruto de suas riquezas naturais. Ainda que regularização das terras indígenas não tenha começado em 1988 o Parque Indígena do Xingu, um dos objetos analisados no presente estudo, foi a primeira terra indígena homologada na história do país, em 1961, a Constituição tem o mérito de dar o impulso ao reconhecimento de que o elemento indígena não sobreviveria à ausência de seu território. Atualmente, as bases legais do processo administrativo de demarcação das terras indígenas estão definidas na Lei nº 6.001, de 19/12/1973, que é conhecida como Estatuto do Índio, e no Decreto nº 1.775, de 08/01/1996. Esta legislação atribui à Funai o papel de tomar a iniciativa, orientar e executar a demarcação dessas terras, atividade que é executada pela Diretoria de Assuntos Fundiários (DAF). Há anos o Parlamento brasileiro discute o projeto de um novo Estatuto do Índio, mas sem avanços recentes. A conquista da terra por uma população indígena depende de um longo processo administrativo. O procedimento prevê etapas de identificação e delimitação, demarcação física, homologação e registro de terras. Após o registro, a Funai torna-se responsável pela proteção da área, com poder para pleitear a extrusão dos possíveis nãoíndios ocupantes das terras administrativamente reconhecidas como indígenas. Os dois territórios indígenas analisados no presente estudo o Xingu, já citado, e o Paresi estão localizados no Estado do Mato Grosso e sofrem a pressão dos vetores econômicos que incidem da região, em especial aqueles ligados ao agronegócio.

5 1.1) Caracterização do Estado de Mato Grosso O Mato Grosso, terceiro maior Estado do Brasil com km2 (10,59% do território nacional), situa-se na região Centro-oeste do país, fazendo fronteira a oeste com a Bolívia. Um dos estados brasileiros onde a agropecuária e a agroindústria expandem-se com mais intensidade, o Mato Grosso também abriga o maior número de etnias indígenas do país. O Estado possui um conjunto de três ecossistemas principais, que o diferenciam de todos os demais Estados do país: o Pantanal (10% da área), a maior planície inundável do mundo, a sul; o cerrado (40% da área), a chamada savana brasileira; e as florestas (50% da área, que inclui a floresta amazônica e a vegetação de transição entre cerrado e

6 Amazônia), no centro-norte. E é no cerrado e na zona de transição com a Amazônia que se expandiu, vertiginosamente e de forma desordenada, o grosso da atividade agropecuária estadual. Majoritariamente constituído por bosques abertos, com árvores contorcidas de pouca estatura (entre oito e doze metros), extensões de grama natural e nascentes d'águas circundadas por campos ralos e palmeiras (as chamadas veredas), o Cerrado detém uma biodiversidade extremamente rica, estimada em cerca de doze mil espécies vegetais, 70 espécies de mamíferos, 840 tipos de aves, 120 de répteis e 150 de anfíbios. Apesar de considerado a savana mais rica em biodiversidade do mundo, o Cerrado é o bioma com menor proteção legal do país segundo a lei, os agricultores podem desmatar 80% de sua área e preservar apenas 20%; na Amazônia é o inverso: 80% devem ser protegidos e 20%, explorados. Em função de sua geografia plana e regime de chuvas rígido, o cerrado do Mato Grosso passou a ser extremamente valorizado pela pecuária e pela agricultura extensiva e mecanizada, principalmente a partir da década de 1970, quando houve uma maior intervenção da União na região. Ainda sob a ditadura militar, o governo federal incentivou a migração de agricultores do sul do país para o Centro-oeste, dando início a uma história de invejável desenvolvimento econômico e catastrófica degradação ambiental. De acordo com dados da Secretaria de Meio Ambiente do Mato Grosso divulgados no final de 2009, até meados de 2007 cerca de 175 mil km² de floresta amazônica e 150 mil km2 de cerrado foram desmatados no Estado, o que representa aproximadamente 35% e 42% das respectivas áreas originais. No mesmo ritmo do desmatamento, o Estado dobrou a sua produção agropecuária nos últimos dez anos. Atualmente a cultura de maior destaque no Mato Grosso, a soja cresceu, em produção, 8% ao ano em média, saltando de 8,8 milhões de toneladas no início da década para 18,2 milhões de toneladas em 2010, segundo a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT).

7 1.2) Expansão da soja e impactos em territórios indígenas O aumento da produção de soja no Mato Grosso foi acompanhado de perto pelo aumento da área plantada. De acordo com o levantamento da produção nacional de grãos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a área de soja no Mato Grosso mais que dobrou entre os anos de 2000 e 2010, saltando de 2,9 milhões de hectares para 6,2 milhões. É o Estado com maior área plantada do país, com praticamente 25% de toda a área brasileira do grão. Dos 141 municípios do Mato Grosso, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010, apenas 44 (ou 31,2%) não cultivam soja ou não tinham registro da cultura. No mesmo ano, 58 cidades (ou 41,1%) tinham entre 10 mil e 608 mil hectares de soja. O avanço rápido do grão no Mato Grosso não deixou de afetar as populações indígenas. Das 78 Terras Indígenas (TIs) listadas pela Fundação Nacional do Índio (Funai), ao menos 30 ficam em municípios com mais de 10 mil hectares do grão. A expansão da soja nas cercanias das Terras Indígenas não necessariamente resulta em relações entre as partes ou impactos sobre os índios, mas reforça uma preocupação já manifestada pelo movimento indígena do cerrado. Em documento resultante de reunião realizada no final de 2008, a organização Mobilização dos Povos Indígenas do Cerrado (MOPIC) afirmou que "o Estado do Mato Grosso é o maior produtor de soja do Brasil, sendo esta atividade uma das principais causas do desmatamento no cerrado e da degradação ambiental nas cabeceiras dos rios que drenam as terras indígenas, colocando em risco a segurança alimentar, a cultura e a vida física e espiritual das comunidades indígenas". De modo geral, como é um dos maiores vetores de desmatamento do Cerrado, grande consumidora de agrotóxicos, consolidadora do modelo monocultor e introdutora da transgenia no Centro-oeste, a soja vem acompanhada de uma grande carga de impactos sobre o ambiente onde está inserida.

8 Degradação, erosão, empobrecimento e desertificação do solo, destruição das matas ciliares, contaminação de cursos d água disseminação das queimadas (que anualmente vitimam milhares de animais silvestres e causam graves doenças respiratórias principalmente em crianças), pulverização de venenos sobre pequenos agricultores, indígenas e suas plantações, introdução de um novo paradigma de consumo capitalista entre as populações tradicionais e aprofundamento do preconceito e do racismo contra os indígenas são alguns "efeitos colaterais" da sojicultura e de sua proposta de desenvolvimento. Particularmente em relação às Terras Indígenas, a soja tem impactado diversas comunidades de diferentes formas. No caso da Terra Indígena Paresi, a comunidade se engajou em parceria com fazendeiros para a produção de soja dentro da própria área demarcada, dividindo os indígenas entre pró e contra a soja. No caso do Parque Indígena do Xingu, as comunidades que o habitam procuram manter distância da produção de soja que circunda a área, mas é indiretamente afetada por ela, sobretudo pela poluição de agrotóxicos que chegam ao parque pelos rios. Não são os únicos casos no Mato Grosso. Há denúncia já investigadas pela Repórter Brasil como a da Terra Indígena Maraiwatsede, em Alto da Boa Vista e Bom Jesus do Araguaia, ocupada pelos Xavantes, onde a soja ocupa, como invasora, a terra dos índios e tem liderado os rankings de multas por desmatamento na região. Já no caso da Terra Indígena Sangradouro (também dos índios Xavante), no município de Poxoréo, as invasões da área indígena são de pequeno porte, mas constantes, de acordo com denúncia do Conselho Indigenista Missionário (Cimi). Segundo o padre Luis Silva Leal, que vive na região de Poxoréu, os sojicultores, além de incorporarem anualmente pequenas parcelas de 10 a 20 hectares de terras indígenas às suas áreas, fizeram várias tentativas de acordar arrendamentos de parcelas maiores de terra indígena. "A última tentativa de arrendamento ocorreu em 2009, mas no final os Xavantes recuaram. Eles não são grandes agricultores, e têm muito medo de serem explorados", explica Leal. Em relação à questão ambiental, o padre relata que a TI Sangradouro ainda tem extensões de mata preservada, o que possibilita minimamente a manutenção da cultura

9 de caça e pesca pelos Xavantes. "Mas os arredores da área já foram todos devastados. Nas primeiras chuvas do ano, o veneno utilizado pelos sojeiros tem contaminado rios como Sangradouro, Água Azul e Pindaíba, que chegam a ficar cobertos de peixes mortos", diz Leal. Por fim, segundo, ele a aldeia de Volta Grande ainda vive uma disputa de terras com fazendeiros de soja, e ocupa apenas 11 mil dos 33 mil hectares originalmente pertencentes aos índios. "Há uma área que está em litígio. Lá os fazendeiros plantam soja, e acabam pagando um dinheiro aos indígenas por isso, que aceitam para evitar maiores conflitos". Outras etnias, como os Paresi, Irantxe e Nambikwara, optaram por fazer parcerias com grandes fazendeiros, o que tem suscitado uma complexa discussão jurídica sobre a legalidade dos acordos e causado impactos diversos sobre grupos e etnias, como será apresentado à frente, em estudo de caso. A pressão do desmatamento sobre o ecossistema do cerrado, sua biodiversidade e seus rios tem levado as autoridades brasileiras a rediscutir critérios de proteção do bioma, mas ainda pouco foi feito para concretizar um marco legal efetivo de preservação. Um dos principais problemas a destruição de áreas de preservação, cursos e fontes d água e suas matas ciliares, no entanto, tem levado uma série de organizações ambientalistas a buscar soluções alternativas numa das regiões mais afetadas pela devastação: a cabeceira do Xingu, um dos mais importantes rios do Mato Grosso e do Pará, e de cuja preservação depende toda a população da maior Terra Indígena do Brasil: o Parque Indígena do Xingu. Em 2004, várias organizações ambientalistas, indígenas, de agricultores, empresariais e governamentais participaram do lançamento da campanha Y Ikatu Xingu palavras que significam "Salve a água boa do Xingu", na língua kamaiurá. A iniciativa, que é conduzida por entidades como o Instituto Socioambiental (ISA) e Instituto Centro de Vida (ICV), já conseguiu convencer sojicultores a recuperarem áreas degradadas, através de novas técnicas de reflorestamento que usam sementes, e não mudas.

10 Além disso, a campanha tenta ampliar seus impactos através de acordos com governos de municípios localizados na região do parque indígena. O objetivo é usar políticas públicas municipais para apoiar produtores rurais que desejem voluntariamente recuperar áreas degradadas em suas fazendas. 2) Descrição das transformações 2.1) Parque Indígena do Xingu (PIX) O Parque Indígena do Xingu (PIX), criado em 1961, é a mais importante Terra Indígena brasileira. Localizado na divisa entre os Estados do Mato Grosso e Pará, no centro do país, o PIX é um território de hectares, formado pelas áreas contíguas das terras indígenas Parque Indígena do Xingu (com hectares), Batovi (5.159 ha), Wawi ( ha) e Pequizal do Naruvôtu ( ha), que compartilham a mesma gestão político-administrativa. Atualmente, o parque abriga 16 povos distintos - Aweti, Ikpeng, Kalapalo, Kamaiurá, Kawaiweté (kaiabi), Kisédje (suyá), Kuikuro, Matipu, Mehinako, Nafukuá, Naruvôtu, Tapayuna, Trumai, Waurá, Yawalapiti, e Yudjá (juruna), totalizando uma população de cerca de pessoas. 1 A diversidade socioambiental na região do rio Xingu impressiona o Brasil e o mundo há décadas. Desde a expedição do etnólogo alemão Karl von den Steinen, em 1884, a região do Alto Xingu revelou ao mundo um conjunto de 10 povos de diferentes línguas e origens que conviviam pacificamente a partir de um complexo cultural que envolve trocas comerciais, casamentos e a realização de festas e rituais como o Kuarup. O PIX é uma espécie de ilha de preservação socioambiental e cultural em meio a uma das regiões mais pressionadas pelas atividades agropecuárias do país. Com a cobertura vegetal de transição entre os biomas Cerrado e Amazônia ainda preservada, o parque possibilitou a manutenção das atividades tradicionais, como caça, pesca e extrativismo, e das culturas e dos idiomas dos diversos grupos indígenas, mas não está imune ao 1 Almanaque Socioambiental Parque Indígena do Xingu 50 anos Instituto Socioambiental, 2011

11 cerco de superexploração dos recursos naturais, da terra e da água que se fecha em seu redor. De acordo com a ONG Instituto Socioambiental, que atual na região, a pesca e a agricultura representam o núcleo das atividades produtivas no PIX. O peixe, o beiju e mingaus (estes dois últimos feitos a partir do processamento da mandioca "brava") constituem os principais itens da alimentação dos povos do sul do Parque. As etnias das regiões norte e central comem carne vermelha e possuem uma agricultura mais variada. No Alto Xingu, a produção de mandioca é feita em roças cultivadas pelas famílias nucleares, mas que contam com o apoio de todo o grupo doméstico e são coordenadas por seu líder, o chamado "dono da casa". Os homens preparam a roça e as mulheres retiram a mandioca do solo. Na aldeia, a mandioca é processada pela mulher, que dela extrai a poupa e o polvilho, ambos ingredientes fundamentais para o preparo do beiju.

12 Entre os outros povos do Parque, os Kaiabi destacam-se por uma agricultura sofisticada, cultivando diversas espécies de amendoim, macaxeira, cará, batata-doce, mangarito e banana. Além de produzir outros tipos de beiju, os Kaiabi também fazem grande variedade de mingaus com produtos da roça e frutas. Os Yudjá, a seu turno, são conhecidos pela produção do caxiri (mingau de mandioca fermentada), que atualmente também é consumido pelos Kaiabi, Kisêdje e Trumai. Entre estes quatro povos e os Ikpeng há um maior consumo de caça, incluindo animais como o porco e a anta, que não são consumidos pelos alto-xinguanos 2. O artesanato feito com materiais nativos, como madeira, embira, fibra de buriti e algodão representa ainda uma importante alternativa econômica de comércio para fora do Xingu. Além das iniciativas familiares, a Associação Terra Indígena do Xingu (Atix), parceira do ISA, ajuda a definir estratégias para a venda dos produtos e a preservação das matérias-primas. Há ainda projetos de alternativas econômicas voltados para o mercado externo. Dois exemplos são os projetos de apicultura e de produção de óleo de pequi, ambos em parceria com o ISA. Um dos projetos trata-se da Cooperativa do Mel, em que participam as aldeias kisêdje, trumai, ikpeng, yudjá e kaiabi. Cada uma produz e colhe o mel, que é enviado para uma casa "Central do Mel", no posto Diauarum, onde é embalado e enviado para o município de Canarana, de onde é comercializado para o Rio de Janeiro e São Paulo. Em média, a produção resulta em duas toneladas de mel por ano. Outro projeto trata-se da produção de óleo de pequi, envolvendo as aldeias ikpeng, trumai, kamaiurá, yawalapiti, kalapalo, wauja, kisêdje, matipu, nahukuá, kuikuro e mehinako. A venda desse produto ainda é local, mas o objetivo dos indígenas e do ISA é aumentar a produção, sem perder o caráter artesanal, e vendê-la para a indústria de cosméticos. 22 Almanaque Socioambiental Parque Indígena do Xingu 50 anos Instituto Socioambiental, 2011

13 Apesar da proximidade geográfica, os indígenas procuram se manter distantes da economia externa. Canarana e outros municípios da região, como Paranatinga, São Félix do Araguaia, São José do Xingu, Gaúcha do Norte, Feliz Natal, Querência, União do Sul, Nova Ubiratã e Marcelândia, todos circundando o Parque do Xingu (e sobre os quais o PIX incide parcialmente), já foram grandes produtores de gado até a década de Com a ascensão da sojicultura no Estado, maior produtor do grão do Brasil, porém, a partir de 1994 a região começou a sofrer uma gradativa mudança do perfil econômico, e onde antes se estendiam enormes áreas de pasto, o boi foi cedendo à soja. Conforme o Almanaque Socioambiental Parque Indígena do Xingu 50 anos, publicado em 2011 pelo Instituto Socioambiental, na região das cabeceiras do Xingu, o bioma Amazônia representa 79,69% e o Cerrado 20,31% da bacia, cuja paisagem dominante é a Floresta de Transição. O tipo de solo, a topografia plana e o regime de chuvas são atributos muito favoráveis à expansão da soja, o que acelera o processo de ocupação na região. O perfil de ocupação regional é de concentração fundiária, predominando médias e grandes propriedades que respondem por aproximadamente 70% da sua extensão. Com o PIX, a região engloba 16 terras indígenas que abrigam 19 etnias, cuja extensão representa 24,09% da área das cabeceiras do Xingu. As unidades de conservação estaduais são pouco representativas, respondendo por apenas 1,13% do território. Quarenta e seis assentamentos rurais de reforma agrária, cujas áreas ocupam 3,55% de toda a bacia em Mato Grosso, também precisam ser levados em conta. De acordo com Nhokomberi Suyá, atual coordenador regional do Xingu, responsável pelo PIX na Funai, esta mudança trouxe três problemas graves: o aumento dos desmatamentos, principalmente das matas ciliares, o assoreamento das fontes, cabeceiras e do próprio curso dos rios que formam o rio Xingu, e a contaminação das águas e dos peixes com agrotóxicos usados nas lavouras. Em primeiro lugar, é importante apontar que, dos dez municípios que cercam o PIX, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) oito são grandes produtores de soja, como mostra a tabela abaixo.

14 Municípios com soja no entorno do PIX Nome do município TIs incidentes no município Área de soja em ha Canarana Feliz Natal - PIX - TI Pequizal do Naruvôtu - TI Pimentel Barbosa - PIX Gaúcha do Norte Nova Ubiratã - PIX - TI Batovi, - TI Ikpeng - TI Pequizal do Naruvôtu, - PIX Paranatinga Querência São Félix do Araguaia - PIX - TI Bakairi, - TI Hu uhi, - TI Marechal Rondon - PIX - TI Wawi - PIX - TI Cacique Fontoura - TI Maraiwatsede Grande parte destes municípios tem ou tiveram graves problemas de desmatamento. Na lista dos 41 municípios com maior índice de desmatamento no primeiro trimestre de 2011, oito Confresa, Feliz Natal, Gaúcha do Norte, Nova Ubiratã, Marcelândia, Peixoto de Azevedo, Vila Rica e São Félix do Araguaia estão na Bacia do Xingu. Destes, Feliz Natal, Gaúcha do Norte, Nova Ubiratã, Marcelândia e São Félix do Araguaia cercam o Parque Indígena do Xingu. Se tomarmos os municípios campeões de desmatamento dos anos passados, temos ainda Paranatinga, que ficou em quarto lugar na lista dos 20 maiores desmatadores do cerrado entre os anos de 2002 e 2008, e Nova Ubiratã, que ficou em 8 o lugar. Querência, que esteve no topo da lista dos desmatadores

15 até 2009, foi retirada da relação em 2011 por ter adotado medidas de controle dos crimes ambientais ) A soja que suja os rios A aldeia Mirassol, de Nhokomberi Suyá, é uma das mais próximas dos limites do parque no município de Canarana, e está localizada a apenas 4 km da soja, como explica o servidor da Funai. Segundo ele, já foi o tempo em que havia disputas entre indígenas e fazendeiros pelo território. Atualmente, a relação é estável, deste ponto de vista, e inexistente nos demais aspectos. Ou seja, não há trabalhadores indígenas nas lavouras de soja nem algum tipo de relação econômica, mas a expansão do grão continua sendo uma ameaça à vida dos habitantes do PIX na medida em que afetam os rios que correm para dentro do parque e formam o grande rio Xingu. De acordo com as últimas estimativas do governo, cerca de 33% das nascentes do rio Xingu perderam a cobertura vegetal original. Entre os rios mais importantes na formação do Xingu, que afluem no interior do PIX e que são a base das atividades de pesca das populações indígenas do parque, grande parte passa por mais de um dos municípios com graves problemas de desmatamento e grandes áreas de soja. Deste, é importante listarmos: Rio Suiá Miçu - nasce em Canarana e atravessa Querência Rio Sete de Setembro Canarana Rio Coluene nasce em Paranatinga e atravessa Gaúcha do Norte Rio Curisevo nasce em Paranatinga e atravessa Gaúcha do Norte Rio Arraias nasce em Feliz Natal e passa por Santa Carmen, União do Sul e Marcelandia Rio Von den Steinen nasce em Sta. Rita do Trivelato, passa por Nova Ubiratã e Feliz Natal Rio Ronuro nasce em Sta. Rita do Trivelato, passa por Nova Ubiratã e Feliz natal Rio Manitsauá-miçu nasce em Nova Ubiratã, passa por Vera, Santa Carmen, Claudiae Marcelandia

16 Segundo Nhokumbere, os impactos nos rios se dão de diversas formas, a começar pela crescente pressão do desmatamento sobre as matas ciliares, uma vez que são poucas as propriedades que respeitam as Áreas de Preservação Permanete (APPs, que, pela

17 legislação ambiental brasileira, incluem a manutenção de no mínimo 30 a 500 metros de vegetação nativa nas margens dos rios, a depender da sua largura). 3 Há uma grande diferença entre o tempo em que havia pecuária nessa região, e hoje, com a soja. Na época do gado, não havia essa necessidade de derrubar qualquer pé de árvore. Quando a soja chegou, começaram a limpar tudo. Ano após ano, a soja vai crescendo e a floresta vai diminuindo, afirma Nhokumbere. Segundo ele, outra diferença entre as duas atividades se refere ao uso do solo. No tempo das pastagens, a grama ainda segurava minimamente o solo. Com a soja, ele é revolvido anualmente, e a planta não protege a terra. Assim, quando chove forte, tudo é levado para os rios, que estão cada vez mais assoreados. Nossos rios já mudaram de cor, estão correndo mais lentamente e isso tem um enorme impacto sobre os peixes, explica o líder indígena. Segundo ele, as mudanças químicas, de temperatura, de velocidade e de nutrientes têm afetado a reprodução e a sobrevivência dos peixes, vitais na dieta das comunidades do PIX. O impacto mais nocivo advindo da expansão da soja, no entanto, é a contaminação dos rios e cursos d água pelos agrotóxicos, cujo uso na soja tem aumentado anualmente. De acordo com uma das lideranças mais jovens do PIX, Ianuculá Kaiabi, as aplicações de veneno por terra já são potencialmente contaminantes, mas quando são utilizados os aviões para o despejo dos agrotóxicos sobre a lavoura, a ação do vento duplica a velocidade da contaminação. De acordo com as lideranças indígenas, ainda não foi feito nenhum levantamento científico sobre a extensão dos efeitos nocivos da crescente infiltração de agrotóxicos nos cursos d água, mas entre os moradores do PIX tem aumentado relatos de alergias, dores de cabeça, enjôos e até câncer. Não temos como fazer a relação direta entre as doenças e o peixe que comemos ou a água que tomamos, saber se estão contaminados com agrotóxicos, mas sabemos que isso acontece e que está ficando pior, diz Ianuculá. 3 De acordo com a legislação brasileira, as APPs, ao longo dos rios ou de qualquer curso d'água deverão ser compostas de: 30 metros para os cursos d'água de menos de 10 metros de largura; 50 metros para os cursos d'água que tenham de 10 a 50 metros de largura; 100 metros para os ursos d'água que tenham de 50 a 200 metros de largura; 200 metros para os cursos d'água que tenham de 200 a 600 metros de largura; 500 metros para os cursos d'água que tenham largura superior a 600 metros.

18 2.1.2) Y Ikatu Xingu: a luta contra a corrente Em 2004, um grupo de organizações não governamentais, como Instituto Socioambiental (ISA) e Instituto Centro de Vida (ICV), lideranças indígenas, empresas privadas, organizações de agricultores e representantes do poder público criaram uma campanha de conscientização contra o desmatamento, e de reflorestamento, das matas ciliares da Bacia do Xingu. A campanha Y Ikatu Xingu palavras que significam Salve a água boa do Xingu, na língua kamaiurá defende que a recuperação da qualidade da água beneficiará não apenas os indígenas que vivem no PIX, mas toda a população da bacia do rio Xingu, estimada em 500 mil pessoas. A questão da água era um fator que permitia que todos caminhassem juntos na campanha, indígenas e produtores rurais, porque todos dependem dela para viver, explica Rodrigo Junqueira, coordenador do ISA no município de Canarana. Desmatamento próximo a nascentes no Mato Grosso. Foto: André Villas Boas/ISA Os projetos de recuperação de matas ciliares, que contam com apoio de produtores

19 locais, foram iniciados em 2006 e já atingem mais de dois mil hectares. É pouco diante dos 300 mil hectares que precisam ser recuperados, mas os coordenadores da Y Ikatu Xingu lançaram novas estratégias para acelerar o processo. A primeira delas foi chamada de Rede de Sementes do Xingu. Através do desenvolvimento de um novo modelo de recuperação de áreas degradadas através de sementes nativas, e não mais de mudas, foi possível reduzir o custo de R$ 6 mil para R$ 2 mil por hectare, em média. A nova técnica ajudou a enfraquecer um dos principais discursos dos fazendeiros da região o de que, por mais que quisessem, jamais teriam recursos financeiros para recolocar a mata de onde ela jamais deveria ter sido retirada. Além disso, permite que pequenos produtores, menos capitalizados, também possam bancar, ainda que com mais dificuldade, a recuperação das áreas degradadas em suas fazendas. O ISA avalia que existam na bacia do Xingu pelo menos quatro mil propriedades rurais, entre pequenos, médios e grandes produtores, a maioria destinada à soja e à pecuária. Além de apoiar fazendeiros com a nova técnica, a Rede de Sementes mobiliza 300 coletores, seis comunidades indígenas, como os Ikpeng e os Kĩsédje, e dez assentamentos rurais de 16 municípios da região. Eles são responsáveis por coletarem na mata as sementes que mais tarde formarão a vegetação das áreas recuperadas. Com esse trabalho de coleta, geram renda para si e para suas comunidades, uma vez que se criou um sistema de venda de sementes para os fazendeiros participantes do projeto. Um desses fazendeiros é Luiz Carlos Castelo, grande pecuarista e ainda pequeno produtor de soja no município de São José do Xingu. Sua propriedade, com cerca de 10 mil cabeças de gado, faz fronteira com o PIX e possui 13,5 mil hectares, dos quais 340 entraram em recuperação. Castelo compra sementes da rede e tornou-se um exemplo de que é possível recuperar as matas do Xingu. "O diálogo com os índios é difícil, muitas vezes há desacordo quanto ao tipo de sementes e quantidades", admite Castelo. "Mas com apoio dos coordenadores da campanha as coisas ficam mais fáceis", conclui ele. Uma outra estratégia para acelerar os resultados da campanha Y Ikatu Xingu é o engajamento do poder público dos municípios que ficam ao redor do parque. O objetivo é que Prefeitura, Câmara de Vereadores, organizações de fazendeiros e instituições ambientalistas locais assinem acordos para difundir a cultura agroflorestal e estipular

20 metas de recuperação de áreas degradadas. Querência e São José do Xingu, em 2009, e Santa Cruz do Xingu, em 2010, já firmaram compromisso de recuperar 100% de suas matas ciliares em uma década. Canarana, ainda que não tenha assinado um documento específico, já tem uma série de iniciativas e firmou parcerias para fortalecer a campanha. Projeto de reflorestamento em Canarana. Foto: Fernanda Bellei/ISA De acordo com a secretária de Agricultura e Meio Ambiente de Canarana, Eliane Felten, a Prefeitura possui um viveiro de mudas e é capaz de fornecer 50 mil delas a cada ano para quem deseje reflorestar trechos desmatados. O produtor voluntário recebe assistência técnica gratuita, mas tem de arcar com o custo do isolamento da área e da mão-de-obra necessária para o plantio. Canarana possui 50% de sua cobertura vegetal preservada, seja no PIX ou em reservas particulares obrigatórias. Segundo a Prefeitura, o município possui 1,087 milhões de hectares, com 140 mil sob exploração agrícola e 30 mil de matas ciliares a serem recuperados.

21 2.2) Os índios sojeiros do Mato Grosso A Terra Indígena em que vivem os paresi é um território de matas, campos e cerrados no município de Tangará da Serra, região do médio-norte do Mato Grosso. Sua população está estimada em mil e trezentas pessoas. Tanto os Paresi quanto os Nambikwara e Irantxe têm uma história antiga de contato com os brancos, mas são os paresis que mais se adaptaram à cultura não índia. Sua relação com o modelo civilizatório capitalista data do século XVII, quando parte dos indígenas foi escravizada pelos bandeirantes. Ainda no século XIX, segundo a Funai, os Paresi serviram de guias nos seringais e da Comissão Rondon o projeto conduzido pelo militar e sertanista Candido Mariano da Silva Rondon, que, entre o final do século XIX e início do XX, mapeou a Amazônia e levou as linhas de telégrafo à região. Entre 1950 e 1960, os Paresi tiveram contato com missões católicas e protestantes. Mas foi a expansão da fronteira agrícola no Mato Grosso que marcaria seu destino. Esses índios sofreram com a abertura da rodovia BR-364, que atravessava o território dos indígenas. Além de perderem parte de suas terras, passaram a ser aliciados para trabalharem como peões nas fazendas. Em 1970, essa tendência se acentuou. Agricultores incentivados por programas federais de expansão agropecuária fixaram-se em definitivo nas terras Paresi, usando o cerrado para grandes plantios e pastagem, fazendo surgir cidades como Tangará da Serra, Sapezal, Campo Novo do Pareci e outros, todas em suas áreas. A criação da Terra Indígena Paresi, na década seguinte, evitou que a comunidade se dizimasse restavam apenas 200 pessoas. A política indigenista do governo federal ajudou a levar saúde e preservar parte das tradições dos paresi, mas não era capaz de desvincular a comunidade do trabalho na fronteira agrícola mato-grossense. Isso não ocorreria apenas com os paresi, mas com outras etnias que vivem nos arredores.

22 Entre 2004 e 2006, três povos indígenas da região sudeste do Mato Grosso, um dos grandes pólos sojicultores do estado, implementaram um polêmico projeto de coprodução de soja em parceria com fazendeiros locais. Paresis, Manoki e Nambikwaras das Terras Indígenas Paresi, Rio Formoso, Utiariti (Paresis), Tirekatinga (Nambikwara) e Manoki (Irantxe) firmaram 19 contratos de parceria, envolvendo 41 aldeias, para a co-produção de soja em áreas de 50 a 1000 hectares no interior das TIs, com validade até a safra de 2011/2012. Os acordos, formalizados com diversos fazendeiros e empresas agropecuárias da região, prevêem que os indígenas forneçam a terra e a mão-de-obra, e os parceiros

23 empresariais, insumos (sementes, agrotóxicos, adubos etc), financiamentos e máquinas, sendo que o resultado da comercialização deve ser dividido igualitariamente entre as partes. O processo de parcerias tem sido criticado por instituições indigenistas, lideranças indígenas e pelo próprio Ministério Público Federal (MPF), que considera os acordos uma forma velada de arrendamento de terras indígenas. Segundo a Constituição brasileira, as Terras Indígenas são usufruto exclusivo das populações tradicionais, o que leva muitos a constataram a presença de sojicultores não-índios nas áreas, ainda que autorizados pelos indígenas. Além disso, o Estatuto do Índio (de 1973) não permite que elas sejam arrendadas, proibição reforçada pela Instrução Normativa número 3 de 2006 da Funai. O fato de que fazendeiros se beneficiam com 50% dos lucros advindos do plantio de soja em terras indígenas é um dos principais problemas nestas relações, avalia o MPF. Na mesma direção, o movimento indígena do Mato Grosso considera que os contratos de parceria representam uma forma de driblar a lei. "Eles são apenas outro nome do arrendamento. Os tratores são do branco, os lucros também", argumenta o coordenador da Mobilização dos Povos Indígenas do Cerrado (Mopic), Hiparidi-Xavante. Historicamente, o cotidiano da população paresi é moldado pelos ciclos econômicos que marcaram o sudeste mato-grossense: eles trabalharam na coleta da seringa e da poaia erva de cujas raízes se extrai a emetina, usada como princípio ativo em medicamentos, como guarda-fios e guias das comissões telegráficas no início do século XX, como vendedores de artesanato na beira da BR-364 construída em 1961, cortando o território paresi de leste a oeste e, a partir da década de 70, com a expansão da fronteira agrícola por colonos do sul do país, como mão-de-obra barata na implementação das fazendas. A relação próxima com os fazendeiros deu aos paresis um conhecimento dos processos produtivos e da economia ocidental que acabou reproduzindo uma certa divisão de classes no interior das comunidades, com poucos que se beneficiam de muito e muitos que se beneficiam de pouco, avalia André Lopes, indigenista da organização Operação Amazônia Nativa (Opan). A instituição abandonou os trabalhos com o grupo em 2004,

24 quando foram firmados os primeiros acordos com os fazendeiros. De acordo com Lopes, o mesmo não ocorreu com os Irantxe, cuja adoção do modelo capitalista de produção de soja é uma fonte de renda sim, mas, dentre outros motivos, se deu como um tipo de defesa contra a discriminação e o preconceito por parte da sociedade não indígena, cujo discurso "existe muita terra para pouco índio" ou "para que tanta terra aos índios, se eles não fazem nada com ela?" é recorrente. "Os Irantxe fizeram, para além de uma opção econômica, uma escolha política quando adotaram a soja. O significado desta alternativa passa também por um desejo de contradizer o estigma local de que são preguiçosos e improdutivos, maneira como são rotulados os indígenas da região. Eles sabem que é uma contradição com a luta pela terra tradicional, e que acabaram fazendo uma aliança com o inimigo. Mas este é um preço que resolveram pagar", explica o indigenista. De acordo com a OPAN, os Irantxe disponibilizaram cerca de mil hectares para o plantio de soja em parceria com uma fazenda vizinha. Uma pequena parte da renda fica para a associação do povo e o restante é distribuído igualitariamente entre os membros da comunidade, mecanismo que impede uma certa estratificação social, perceptível entre os paresis, por exemplo. "Para os paresis, a soja oferece uma perspectiva de geração de renda e status social. Na minha opinião, as lideranças paresis desejam se relacionar trocando "de igual para igual" com os fazendeiros da região, e com a sociedade não indígena em geral. No contexto rural, caracterizado pelo sistema produtivo da monocultura para exportação, existem basicamente duas camadas sociais: os fazendeiros e os peões de fazenda. Nessa perspectiva, os paresis se equiparam à elite local. Por outro lado, os Irantxe, por trabalharem como mão-de-obra mais braçal nas fazendas vizinhas, acabam sendo incorporados na relação com a sociedade envolvente como membros das camadas menos favorecidas da população", avalia Lopes. Com a chegada da energia elétrica nas aldeias, a renda da soja potencializou o consumo de bens duráveis, modificando certos padrões de sociabilidade dos Irantxe. Camas,

25 geladeiras, móveis, eletrodomésticos em geral, motocicletas e outros elementos da cultura ocidental foram rapidamente absorvidos de acordo com a lógica local. No entanto, o que causou maior impacto foram as antenas e televisores, que acabaram interferindo principalmente nas noites das aldeias, desvalorizando os espaços públicos. Agora, como cada família tem a sua televisão, os encontros e locais comuns perderam espaço. Sem contar o assédio e na sedução que a mídia traz para o cotidiano das aldeias, criando novas necessidades. "Não se pode negar que o dinheiro da soja traz melhorias do ponto de vista indígena, mas na verdade ele não seria necessário, do ponto de vista material. Toda a infraestrutura básica, bem como grande parte da renda dos indígenas, advém de recursos públicos, como aposentadorias, bolsa família e empregos na área de saúde e educação. O que passa a ocorrer nas aldeias é uma grande influência que a soja traz com o seu modelo de produção e consumo. Nessa relação assimétrica de poder com a sociedade da soja, como os jovens passam a construir suas perspectivas de futuro, seu projeto de povo? Há uma preocupação interna com o efeito que isto poderá trazer para as novas gerações. A obtenção de renda, se não estiver de acordo com os padrões locais de divisão social, pode agravar os conflitos internos de uma comunidade ou criar novas tensões sociais", pondera Lopes ) Caso Paresis No caso dos Paresi, apesar de algumas críticas internas na comunidade sobre a distorção na geração e distribuição de renda, a soja tem cumprido um papel importante no desenvolvimento econômico das três TIs que adotaram o grão. Aceita a contragosto pela Funai e pelo MPF, a lavoura mecanizada nas terras paresis não pode se expandir além dos hectares já ocupados, divididos em 17 lavouras não contínuas. A localização de cada lavoura levou em conta preocupações ambientais, como distância adequada de cursos d água e das aldeias. Ainda assim, o desmatamento nessas áreas não foi autorizado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que agora cobra da Funai a

26 regularização ambiental. A região onde vivem esses três povos indígenas é considerada um berço de águas: lá nascem os rios Paraguai e Guaporé, além dos principais afluentes do rio Juruena. Em 2011, os paresis colheram a sexta safra de soja desde que se iniciaram os contratos de parceria entre a sua Associação Waymaré e uma empresa da região. São os indígenas que trabalham na lavoura, inclusive na operação das máquinas, graças à experiência adquirida como funcionários das fazendas e aos cursos ministrados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). O pagamento dessa mão-de-obra, assim como o fornecimento de adubo, semente, veneno, combustível e aluguel das máquinas agrícolas, é bancado pelo parceiro não-indígena.

27 A receita líquida é dividida de forma igual entre o fazendeiro e a associação indígena, que até 2010 depositava metade da verba em uma conta no Banco do Brasil e destinava o restante a aquisições coletivas e à divisão entre as famílias de cada aldeia envolvida com a respectiva lavoura. Em 2010, a Funai chegou a conclusão de que não havia justificativa jurídica para a manutenção da conta e recomendou a distribuição total dos recursos entre os indígenas. As famílias receberam recursos suficientes para comprar trator, caminhonetes e cabeças de gado.

28 "Deu para eu construir minha casa", conta uma das moradoras, que possui uma casa de madeira avarandada estilo arquitetônico que domina a paisagem da aldeia, ao lado das malocas de palha usadas para rituais e, em menor escala, como moradia. "As pessoas falam que deixamos de fazer festas tradicionais. A gente não faz mesmo festa para a soja, porque não é da nossa cultura. Mas fazemos oferta para o milho, o arroz", afirmou o coordenador de lavoura da aldeia Bacaval, Arnaldo Zunizakae, mais conhecido como Branco. "Hoje já não vivemos só da caça e da pesca, e isso tem custo. Para fazer festa hoje, a gente precisa de dinheiro", argumentou, acrescentando que, graças à lavoura da soja, os 52 moradores de Bacaval voltaram a plantar milho (mas já de forma mecanizada, na chamada safrinha, cuja produção também é comercializada). Para Branco, "cultura que não muda é a que está no museu". "A gente estava passando fome, só comendo beiju, farinha, carne de caça e pesca. Hoje, no nosso prato tem carne de boi, café, pão, fruta, uma alimentação mais equilibrada", defende ele, que há menos de um ano também trabalhava como coordenador de saúde da Associação Indígena Halitinã conveniada com a Fundação Nacional de Saúde, a Funasa, para o atendimento dos paresis que vivem em nove terras indígenas no Mato Grosso, todas elas já demarcadas. Nos anos 60, segundo dados da Funai, os paresis eram apenas 360 pessoas. A taxa de crescimento atual desse povo é alta: 7,2% ao ano. Branco foi o primeiro paresi a trabalhar com agricultura mecanizada dentro do território indígena, ainda em 1997, após ser funcionário de uma fazenda durante nove anos. "Quando saí de lá, meu ex-patrão me doou uma plantadeira velha e me emprestou um trator. O combustível, eu conseguia com a prefeitura de Sapezal", revelou. De início, ele plantou 45 hectares de arroz. Na safra seguinte, foram 60 hectares. No terceiro ano, em 1999, quando a área da lavoura mecanizada atingiu 90 hectares, o arroz já dividia espaço com a soja. Em 2000, a soja já era a cultura principal dos 150 hectares plantados pela família Zunizakae.

29 Casas novas e bens de consumo vieram com dinheiro da soja foto Thais Brianezi Os benefícios da agricultura comercial, porém, não são unanimidade entre os paresis. As críticas mais contundentes, em geral, vêm dos mais velhos. "Para mim a soja trouxe divisão. No meu ponto de vista, o povo ficou muito individual, olhando só para o que é dele", afirmou Carmindo André Orezu, que também mora na TI Utiariti, na aldeia Salto da Mulher, comunidade responsável por uma área de 500 hectares de lavoura. A mulher dele, Emília Zolazokero, ainda faz "roça de toco", a agricultura familiar dos paresis, baseada em tubérculos (especialmente a mandioca). "Eu tenho cabaça de chicha [bebida tradicional], faço beiju e carne moqueada no centro da maloca. Quando era pequena, não tinha outra comida e eu não achava falta de nada. A gente comia isso de manhã, no almoço, à noite e estava satisfeito. Hoje a criança acorda para ir pra escola e se não tiver leite, bolacha e bolo, não come nada", contou ela. O sonho dos sojicultores paresis é que, em 2012, a comunidade tenha economizado dinheiro suficiente para conquistar a independência dos nove fazendeiros com quem mantêm contratos atualmente. Mas existem pendências ainda não solucionadas, explica o líder Branco.

30 Soja trouxe desenvolvimento para os pareci, defende Branco foto Thais Brianezi Atualmente, toda a comercialização da soja é feita pelos fazendeiros, porque os paresis não têm a documentação necessária para vender a produção. Também os financiamentos são tomados pelos parceiros, já que os indígenas não têm como fornecer garantias aos bancos. "Quando um banco financia um fazendeiro, geralmente toma a terra dele como garantia. Como nossa terra pertence à União, não temos como pegar financiamentos, e por isso o nosso lucro é pequeno", diz Branco. Por outro lado, o fato de que a soja Paresi vem de terras indígenas com pendências ambientais impede a ampliação de mercados. De acordo com Branco, 60% dos desmatamentos ocorridos nas áreas de soja foram feitos há cerca de 15 anos, sendo que os outros 40% de mata foram derrubados entre 2000 e "Eu adoraria dizer que estamos exportando nossa produção, mas não é verdade. O Blairo Maggi [ex-governador do Mato Grosso e dono de uma das maiores tradings brasileiras de soja, a Amaggi] é meu amigo pessoal e não compra um grão da nossa soja, porque sabe que pode dar problema. Nossa soja hoje vai para produção de

31 ração", explica Branco. O índio empreendedor reconhece, no entanto, que a maioria das comunidades envolvidas na agricultura mecanizada deve investir em fontes de renda mais familiares à sua cultura tradicional, como a produção e a venda de artesanato. A Associação Halitinã, inclusive, usou parte do lucro já disponível da soja como contrapartida para a criação de peixes em tanques-rede, com apoio da Secretaria Nacional de Aqüicultura e Pesca. Além disso, desenvolve o projeto Kani Sustentabilidade e Geração de Renda na Extração do Pequi, com financiamento do programa Petrobrás Fome Zero. "Estamos pensando em investir em outras culturas comerciais, como eucalipto, reflorestamento. Mas com o preço da soja, é ela que continuará sendo a cultura principal", diz Branco. Segundo Joelson Kinizokemaece, paresi que é coordenador técnico da Funai na região, nos últimos tempos as benfeitorias proporcionadas pela renda da soja têm feito o apoio ao grão aumentar. Minha opinião pessoal é que não haveria como ter acesso a essa renda de outra maneira, diz ele. Kinizokemaece diz que no final de novembro de 2011 haveria uma reunião entre membros da comunidade para discutir a renovação do contrato com os fazendeiros por mais cinco anos. Ele diz que parte da comunidade já seria capaz de produzir e comercializar o produto sem auxílio externo, mas parte ainda não. O gargalo é a comercialização, afirma. A área de produção seria mantida em 15,5 mil hectares. O coordenador da Funai diz ainda que, por conta das contradições da lei brasileira, os indígenas não conseguem vender seu produto ao mercado externo, o que o valorizaria. Dessa maneira, os fazendeiros ainda fazem o papel importante de auxiliar o escoamento do grão, destinado à fabricação de ração animal. 3) Análise comparada e tendências A relação das comunidades indígenas brasileiras com a economia exterior é bastante heterogênea e determinada por uma série de fatores, como pôde ser visto anteriormente. Passa pela antiguidade do contato com o elemento não-índio, que a que tipos de

32 atividades produtivas os indígenas tiveram contato, a questões subjetivas relacionadas ao status social do índio, à disponibilidade de ações de políticas públicas e projetos de organizações não-governamentais. No Parque Indígena do Xingu, milhares de indígenas mantêm-se à distância da economia sojeira que os circunda, certamente beneficiados pelo fato de seu território ter sido o primeiro a ser oficialmente criado na história do país, em Isso deu a essas comunidades um grau de proteção não experimentado por outros grupos. No entanto, mesmo no interior do parque, os indígenas não ficam imunes ao que se passa no exterior, sendo pressionados pela poluição levada pelos rios para o interior do território. As ações de organizações não-governamentais tentam dirimir esse drama. No extremo oposto está a comunidade Paresi. Com uma história centenária de contato com o elemento não-indígena e a economia do agronegócio, e território com demarcação mais recente, os paresi aprenderam técnicas modernas de cultivo e decidiram participar da sociedade mato-grossense buscando status social ao lado dos fazendeiros não-índios. O poder público continua atuando na comunidade com políticas públicas, mas respeita os projetos da comunidade com a soja, apesar de impasses jurídicos. Organizações nãogovernamentais, porém, abandonaram projetos com a comunidade, por acreditarem que eles decidiram abdicar da cultura tradicional paresi para adotar o modelo de vida dos não-índios, inclusive no que diz respeito à espoliação dos recursos naturais. No plano macropolítico, o assunto é mais grave. O Mato Grosso, onde vive grande parte dos indígenas brasileiros, receberá investimentos em infra-estrutura para explorar ainda mais seu potencial agrícola, com novas hidrovias, portos, asfaltamento de rodovias e construção de ferrovias. O Congresso brasileiro entrou, em 2011, na fase final de discussão de um Novo Código Florestal para o país, que, na prática, enfraquecerá a legislação ambiental para facilitar a expansão agropecuária. O atual código é de Desde 1991 portanto há 20 anos o Congresso também discute um Novo Estatuto do Índio para substituir o vigente, de Não há perspectiva que o projeto avance, por desinteresse do governo, pressão contrária dos parlamentares que representam o setor

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