UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS PROJETO A VEZ DO MESTRE

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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS PROJETO A VEZ DO MESTRE BOLSA DE VALORES, ORIGEM, FUNCIONAMENTO E PERSPECTIVAS Por: Francisco Fiusa Sampaio Fernandes Orientador Prof. Ms. Marco Antônio Larosa Rio de Janeiro, RJ, Dezembro/2003

2 2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS PROJETO A VEZ DO MESTRE BOLSA DE VALORES, ORIGEM, FUNCIONAMENTO E PERSPECTIVAS Apresentação de monografia ao Conjunto Universitário Cândido Mendes como condição prévia para a conclusão do Curso de Pós- Graduação em Finanças e Gestão Corporativa. Por: Francisco Fiusa Sampaio Fernandes

3 3 AGRADECIMENTOS Aos colegas da pós graduação, especialmente os que comigo formaram grupo de estudo, pela amizade, cooperação e incentivo. À minha esposa Nininha, pela compreensão, apoio e companheirismo em todos os momentos difíceis. Aos meus pais, pelo apoio e incentivo em todos os momentos da minha vida. A DEUS, pois sem ele nada seria possível.

4 4 RESUMO O objeto desse trabalho é o estudo do sistema nacional de bolsas de valores, centrado no mercado de capitais e representado pela Bovespa, descrevendo sua importância para a economia nacional. Nesse sentido procurou-se abordar a sua estrutura, objetivos e funcionamento, tendo em vista considerar-se que essa instituição tem sido o foco central das atenções da sociedade em relação ao que acontece no mercado de renda variável em geral, além de se constituir num dos centros nevrálgicos dos investidores, cujos interesses têm convergido para a especulação com papéis, e desse modo sustentando praticamente todo o mercado secundário de ações no Brasil. Os resultados obtidos em decorrência da pesquisa bibliográfica realizada permitiu concluir que a Bovespa vêm funcionando eficientemente como instrumento de aperfeiçoamento e ampliação do mercado de capitais.

5 5 METODOLOGIA O presente trabalho foi elaborado a partir de uma pesquisa bibliográfica em livros, artigos e trabalhos publicados em revistas e periódicos referentes ao assunto abordado.

6 6 SUMÁRIO INTRODUÇÃO CAPÍTULO I EVOLUÇÃO HISTÓRICA CAPÍTULO II O PREGÃO CAPÍTULO III O MEGA BOLSA: UM NOVO SISTEMA PARA UM NOVO CONTEXTO CAPÍTULO IV MERCADOS CAPÍTULO V COMPRA E VENDA DE AÇÕES CAPÍTULO VI. A PARTICIPAÇÃO DA BOLSA NA ECONOMIA NACIONAL CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ÍNDICE FOLHA DE APROVAÇÃO ANEXOS... 65

7 7 INTRODUÇÃO Atualmente, o mercado de capitais, em meio ao fenômeno da globalização, se encontra internacionalizado graças às tecnologias de comunicação e informação que evoluíram a ponto de transformar tal meio em um ambiente altamente informatizado. O acesso do capital às alternativas mais atraentes de investimentos nos diversos mercados se tornou possível graças a tais avanços. As novas ferramentas da informação fizeram com que os custos de intermediação reduzissem, viabilizando negócios antes demasiadamente onerosos se realizados intermercados. Parte desta evolução foi realizada pela internet que reduziu consideravelmente o processo de intermediação. Por ação dos fatores expostos nunca se percebeu na história do mercado de capitais competitividade intermercados tão acirrada como a verificada hoje. Competitividade que condiciona aos mercados uma atividade cada vez mais eficiente sob pena de exclusão da rota de capitais. Eficiência esta que, por sua vez, impõe às bolsas um crescente grau de liquidez e baixos custos de negócios. É neste ambiente de competitividade e globalização que estão inseridas as bolsas de valores brasileiras. Bolsas essas que formam um mercado de capitais tímido se comparado com o mercado mundial mobiliário, mas que ainda ocupa a posição de maior pólo financeiro. Em função do exposto acima, surge uma questão: Até que ponto a bolsa de valores desempenha um papel regulador para o desenvolvimento da economia nacional? Partindo dessa questão norteadora, foram definidos como objetivos da pesquisa os seguintes: identificar a vulnerabilidade da economia do País, mediante as oscilações na bolsas de valores do estado de São Paulo; verificar as oscilações

8 8 na bolsa de valores; analisar perfil dos investidores; analisar o papel do investidor; levantar o tipo de análise para investimento; identificar os fatores internos e externos que influenciam nas oscilações; analisar o perfil e o papel do especulador; analisar a legislação vigente; levantar a evolução do mercado de ações brasileiro. Dessa forma, o presente estudo propõe-se a investigar a origem da bolsa, sua influência na economia, sua importância para a vida econômica do País, bem como a relação dos pregões e leilões de ações e outros títulos que nela se verifica e está restrita a bolsa de valores do estado de São Paulo. O estudo torna-se relevante pelo fato do desenvolvimento econômico sustentável de uma nação, bem como o alcance do bem estar de sua população, depender da capacidade de produção (renda total) desta sociedade. É percebido também que a expansão dessa renda só se dá por meio de investimento em capital, na medida em que este é um insumo necessário para um processo produtivo eficiente, capaz de produzir bens em quantidade acessível à maioria da população. Ademais, o atual desafio do mercado de capitais brasileiro consiste no desenvolvimento de sua capacidade ociosa e seu firmamento como opção atrativa para o investimento de poupança interna e externa. Objetivo que, se alcançado, inevitavelmente acarretará na alavancagem de um novo ciclo de crescimento no qual o setor privado desempenhará papel por ele nunca realizado no Brasil. Desta maneira, dada a grandeza do desafio que se tem pela frente, outro aspecto deve ser considerado: o tempo. É imprescindível que além de eficazes, as medidas tomadas pelas instituições de nosso mercado acionário sejam ágeis, sob pena de exclusão do mercado. Isto porque já é difundida a prática de associações e fusões entre bolsas de valores (em sua maioria de países desenvolvidos), originando mercados cada vez mais competitivos, com alto grau de liquidez que são atrativos tanto para investidores quanto para empresas de todo o mundo. Como agravante, a recente evolução tecnológica também permite que novas empresas e profissionais não institucionalizados se insiram no mercado, via rede eletrônica, de forma independente e desregulamentada.

9 9 CAPÍTULO I EVOLUÇÃO HISTÓRICA A origem das Bolsas de Valores é bastante remota. Alguns escritores a localizam nos emporium dos gregos, outros nos collegium mercatorum dos romanos, ou nos funduks (bazares) dos palestinos. Segundo relata Cavalcante Filho e Misumi (2002) não há uma definição histórica clara sobre isto. Sabe-se apenas que elas surgiram, em épocas distantes, com atribuições que não as vinculavam especificamente a valores mobiliários. Mas, o comportamento dos mercadores sintetizava o procedimento comercial que daria vida às Bolsas: a negociação de viva voz, superando barreiras geográficas, lingüísticas e ideológicas. A palavra Bolsa, no seu sentido comercial e financeiro, nasceu em Bruges, cidade lacustre da Bélgica, capital de Flandres, pertencente à Liga Hanseática, onde se realizavam assembléias de comerciantes na casa de um senhor chamado Van der Burse, em cuja fachada havia um escudo com três bolsas, brasão d'armas do proprietário (Sá, 1997). Joseph de La Vega, o primeiro narrador a contar a história das Bolsas em 1688, conta que a Bolsa é uma pequena praça rodeada de pilares, e chama-se assim já por encerrarem-se nela os mercadores como em uma Bolsa, já pelas diligências que cada um faz de aí encher a sua" (Cavalcante Filho e Misumi, 2002, p. 67). Em 1698 foi fundada a Bolsa de Fundos Públicos de Londres, de acesso vedado ao publico em geral, orientada por um delegado, e com associados brokers (corretores intermediários) e jobbers (que negociavam por conta própria).

10 10 Pouco tempo antes, os ingleses haviam instalado o Banco da Inglaterra, enquanto Sir lsaac Newton, administrando a Casa da Moeda, fixava para sempre o padrão de purificação de ouro e cunhagem de moedas de ouro. Esses fatos criavam, por assim dizer, o primeiro sistema financeiro integrado do mundo moderno. Embora as operações com valores já estivessem legalizadas, o enorme crescimento das negociações naquele ano exigiu a organização da Bolsa em caráter oficial. Mas, só no século XVIII estas instituições atingiram grande desenvolvimento, quando as exigências de crédito público obrigaram os banqueiros a fracionar os empréstimos em títulos de participação. Coma expansão das sociedades por ações, permitindo grandes agrupamentos de recursos, elas assumiram um papel preponderante na oferta e procura de capitais. 1.1 Evolução das Bolsas de Valores no Brasil Desde os mercados medievais até hoje, as Bolsas de Valores vêm sofrendo profundas transformações em sua estrutura. No Brasil, seu desenvolvimento está intrinsecamente ligado ao desenvolvimento da estrutura financeira do País, que se assentou basicamente sobre dois tipos de instituições: os bancos comerciais e as Bolsas de Valores. A reestruturação econômica do País, na primeira metade do século XIX, exigiu a reorganização do sistema financeiro, abrangendo também a figura do corretor, contemporânea ao período colonial. As disposições sobre o ofício já apareciam na legislação, a partir do século XVIII, mas a regulamentação da atividade só viria a acontecer em 1845, através do Decreto nº 417, com o objetivo principal de evitar a interferência, nessas operações, de um número irrestrito de pessoas.

11 11 Desde então, os Corretores Oficiais de Fundos Públicos passaram a ter cargos vitalícios, mediante nomeação do Ministro da Fazenda, tendo em vista que representavam o Governo em seus atos. A Rua Direita, hoje Rua 12 de Março, no Rio de Janeiro, era o seu ponto de encontro. Ali ficavam a Alfândega e o Paço Imperial, enclaves político e econômico do maior porto exportador do País. A reunião espontânea promoveu um sistema de liquidez mais eficiente, para onde convergiam compradores e vendedores, agindo em nome de comerciantes e produtores dos mais diversos pontos do Brasil e da Europa. O Estado tinha interesses na organização dos corretores. Em 1876, era decretada a cotação de títulos em pregão e, no ano seguinte, aconteceu a regulamentação do pregão, considerada o marco inicial do funcionamento do pregão da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. Este decreto organizava a Corporação de Corretores de Fundos Públicos e dispunha sobre as operações por eles realizadas em Bolsa (Mellagi Filho, 1995). Preceituava, em um de seus artigos, que caberia ao Poder Executivo expedir decreto regulamentando a investidura e o exercício dos corretores e as respectivas operações. Em 13 de março de 1897 foi expedido o Decreto nº 2.475, que veio a se constituir na espinha dorsal da legislação sobre Bolsas e Corretoras. Entretanto, todos esses diplomas legais levaram em consideração somente a Bolsa e os Corretores do Distrito Federal, omitindo-se quanto a esta atividade em outros estados. Em São Paulo, em dezembro de 1894, foi aprovada uma tabela de corretagem para a embrionária Bolsa Livre de Valores, por ato do governo estadual. Esse fato representou o passo inicial para a criação dos primeiros cargos de corretores de fundos públicos. Em 1897, o governo estadual instituía a Bolsa Oficial de Títulos de São Paulo.

12 12 As atividades das Bolsas e Corretoras dos demais Estados (além do então Distrito Federal) foram regulamentadas pelo Governo Federal somente em 1934, através do Decreto nº Mas a legislação tornou-se mais afirmativa, passando a reger todas as bolsas do País, a partir do decreto-lei nº de No entanto, mesmo depois dele, elas continuaram sendo entidades públicas com ingerência dos governos estaduais em suas administrações (Castro, 1999). Foi a partir das reformas que institucionalizaram o sistema financeiro nacional, iniciadas em 1964, que as Bolsas de Valores assumiram as características que hoje possuem A BOVESPA Fundada em 23 de agosto de 1890, a Bolsa de Valores de São Paulo - BOVESPA tem uma longa história de serviços prestados ao mercado de capitais e à economia brasileira (BOVESPA, 2003). Até meados da década de 60, a BOVESPA e as demais bolsas brasileiras eram entidades oficiais corporativas, vinculadas às secretarias de finanças dos governos estaduais e compostas por corretores nomeados pelo poder público. Com as reformas do sistema financeiro nacional e do mercado de capitais implementadas em 1965/66, as bolsas assumiram a característica institucional que mantêm até hoje, transformando-se em associações civis sem fins lucrativos, com autonomia administrativa, financeira e patrimonial. A antiga figura individual do corretor de fundos públicos foi substituída pela da sociedade corretora, empresa constituída sob a forma de sociedade por ações nominativas ou por cotas de responsabilidade limitada (BOVESPA, 2003). A Bolsa de Valores de São Paulo é uma entidade auto-reguladora que opera sob a supervisão da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

13 13 Desde a década de 60, tem sido constante o desenvolvimento da BOVESPA, seja no campo tecnológico, seja no plano da qualidade dos serviços prestados aos investidores, aos intermediários do mercado e às companhias abertas. Em 1972, a BOVESPA foi a primeira bolsa brasileira a implantar o pregão automatizado com a disseminação de informações on-line e em real time, através de uma ampla rede de terminais de computador. No final da década de 70, a BOVESPA foi também pioneira na introdução de operações com opções sobre ações no Brasil; nos anos 80 implantou o Sistema Privado de Operações por Telefone (SPOT). Na mesma época, a BOVESPA desenvolveu um sistema de custódia fungível de títulos e implantou uma rede de serviços on-line para as corretoras. Em 1990, foram iniciadas as negociações através do Sistema de Negociação Eletrônica CATS (Computer Assisted Trading Sistem) que atualmente opera simultaneamente com o sistema tradicional de Pregão Viva Voz. Atualmente, a BOVESPA é uma instituição que se destaca no mercado acionário brasileiro por abrigar o maior centro de negociações com ações entre as 9 bolsas de valores existentes no País A Bolsa de Valores do Rio de Janeiro Fundada em 1845 por decreto imperial, a Bolsa de Valores do Rio de Janeiro BVRJ é a mais antiga bolsa do país. Com 155 anos de existência, a BVRJ faz parte da história dos mercados financeiros e de capitais do Brasil (Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, 2003). Em abril de 2000, após um longo processo de negociação, foi anunciada a fusão entre as Bolsas de Valores do Rio de Janeiro e de São Paulo. No

14 14 entanto, a BVRJ continua funcionando, operando apenas títulos públicos. Com essa mudança, o mercado de ações fica totalmente concentrado na Bovespa, enquanto o mercado de títulos da dívida pública fica concentrado no Rio de Janeiro, na BVRJ. Apesar da integração (como os especialistas preferem classificar, em vez de fusão), as bolsas mantêm uma estrutura administrativa autônoma. O processo de negociação que culminou com a integração das Bolsas do Rio de Janeiro e São Paulo não foi único. O mesmo processo foi conduzido com as demais Bolsas regionais brasileiras em um processo que culminou com a concentração dos negócios com ações na Bovespa. A finalidade foi fortalecer o mercado acionário brasileiro e prepará-lo para competir com as demais Bolsas de Valores da América Latina e mundiais (Cavalcante Filho & Misumi, 2002). A BVRJ, após a integração com a Bovespa, passou a negociar exclusivamente títulos públicos de emissão dos governos federal, estadual e municipal. Alguns exemplos de títulos negociados são: LTN Letras do Tesouro Nacional, as LFT Letras Financeiras do Tesouro e as NTN Notas do Tesouro Nacional, assim como as Letras Financeiras dos Tesouros dos Estados e dos Municípios. A BVRJ se encarrega de avaliar as condições de cada título com a finalidade de garantir transparência e segurança ao mercado Bolsas de Valores Regionais Brasileiras Complementando as atividades da Bolsa de Valores de São Paulo e da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, há de ser destacada a existência de bolsas de valores em diversas unidades da Federação. Tais entidades vêm atuando, há várias décadas, no sentido de consolidar o mercado de capitais no Brasil, quer viabilizando formas mais modernas de financiamento empresarial, por meio da criação de um ambiente propício a negociação de valores mobiliários emitidos pelas empresas sediadas em suas regiões, quer popularizando os instrumentos e os conceitos

15 15 próprios do mercado ele ações através de publicações próprias e de promoções de debates e treinamentos, dentre outras iniciativas. São as seguintes as bolsas de valores regionais: - Bolsa de Valores Regional - BVRG - com sede em Fortaleza, sua atuação abrange, além do Estado do Ceará, os Estados do Rio Grande do Norte, Piauí, Maranhão, Pará e Amazonas; - Bolsa de Valores de Pernambuco e Paraíba - BVPP - com sede em Recife e atuação estendendo-se ao Estado da Paraíba; - Bolsa de Valores da Bahia - Sergipe-Alagoas - BVBSA - sediada na cidade de Salvador, abrangendo, também, os Estados de Sergipe e Alagoas; - Bolsa de Valores-Minas-Espírito Santos Brasília BOVMESB - com sede e m Belo Horizonte. A BOVMESB resultou da fusão das bolsas de valores dos estados de Minas Gerais, Espírito Santo e Distrito Federal e, corno este último tinha jurisdição sobre os estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Tocantins, a sua área de atuação passou também a englobar estes estados; - Bolsa de Valores do Paraná - BVPR - sediada em Curitiba; - Bolsa de Valores do Extremo Sul - BVES - com sede em Porto Alegre, resultou da fusão entre a Bolsa de Valores do Rio Grande do Sul e a Bolsa de valores ele Santa Catarina, tendo como âmbito de atuação os estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Diante dos novos requisitos de competitividade decorrentes do processo ele inserção ela economia brasileira nos fluxos financeiros internacionais e dado o estreitamento ele liquidez no mercado de ações brasileiro, característico da segunda metade da década de 1990, as bolsas de valores brasileiras, lideradas pela Bovespa, iniciaram entendimentos no final de 1999 visando à unificação de suas

16 16 operações. O resultado foi a criação de um único centro de liquidez para o mercado ele ações nacionais, a chamada Bolsa Brasil. Como benefícios, a integração operacional dessas bolsas ele valores poderá trazer a modernização imediata para diversas sociedades corretoras e a redução de custos operacionais para corretoras e investidores, além ele mais rapidez nas transações. De acordo com os termos do protocolo de integração, as bolsas regionais renunciaram à realização de operações envolvendo valores mobiliários em seus pregões, excetuadas algumas situações específicas, concentrando-se, doravante, em atitudes voltadas para o fomento e expansão do mercado de ações em suas respectivas áreas ele atuação. Às Bolsas de Valores com atuação em Estados situados na jurisdição das extintas, SUDENE e SUDAM (BVRG, BVPP, BVBSA e BOVMESB), competirá, ainda, operacionalizar os leilões de títulos emitidos por empresas receptoras de recursos dos Fundos de Investimento do Nordeste - FINOR - e de Investimentos da Amazônia - FINAM - atividade de grande importância econômica para as empresas sediadas nessas regiões. No tocante às atividades de fomento ao mercado de capitais, Cavalcante Filho e Misumi (2002) citam duas linhas básicas de atuação: - A promoção de novos negócios através do estímulo à abertura do capital de empresas ainda não participantes do mercado e pela atração de novos investidores para os negócios com valores mobiliários. - Estimular a qualificação técnica dos diversos envolvidos com o mercado ele valores mobiliários (corretoras, profissionais, investidores e empresas). Nessa segunda linha de atuação, merece destaque a atuação específica de algumas bolsas no sentido de expandir e aperfeiçoar a base de participantes do mercado, sendo exemplo ilustrativo dessa atuação a iniciativa pioneira da Bolsa de Valores Regional ao criar um centro de estudos de alto nível (Centro de Excelência Empresarial - CENEX),

17 17 sediado em Fortaleza, dedicado à formação de profissionais especializados no mercado de trabalho. As bolsas de valores regionais, ao disseminarem os conceitos e as modernas práticas relacionadas ao mercado de capitais nas diversas regiões do país, contribuem efetivamente para o fortalecimento desse mercado, condição necessária a consolidação de um processo de desenvolvimento econômico auto-sustentável no Brasil. 1.2 Objetivos sociais das Bolsas A Bolsa de Valores é uma associação civil, sem fins lucrativos ou pode se constituir como sociedade anônima. Seu patrimônio é representado por títulos que pertencem às sociedades corretoras membros. Possui autonomia financeira, patrimonial e administrativa, mas está sujeita à supervisão da Comissão de Valores Mobiliários e obedece às diretrizes e políticas emanadas do Conselho Monetário Nacional. De acordo com Sá (1997), seus objetivos e atividades são: - Manter local adequado à realização, entre corretores, de transações de compra e venda de títulos e valores mobiliários, em mercado livre, organizado e fiscalizado pelos próprios membros, pela autoridade monetária e pela CVM. - Criar e organizar os meios materiais, os recursos técnicos e as dependências administrativas necessárias à pronta, segura e eficiente realização e liquidação das operações efetuadas no recinto de negociação (pregão). - Organizar, administrar, controlar e aperfeiçoar o sistema e o mecanismo de registro e liquidação das operações realizadas.

18 18 - Estabelecer sistema de negociação que propicie e assegure a continuidade das cotações e a plena liquidez do mercado de títulos e valores mobiliários. - Fiscalizar o cumprimento, pelos seus membros e pelas sociedades emissoras de títulos e valores mobiliários, das disposições legais e regulamentares, estatutárias e regimentais, que disciplinam as operações de Bolsa, aplicando aos infratores as penalidades cabíveis. - Dar ampla e rápida divulgação às operações efetuadas em seu pregão. - Assegurar aos investidores completa garantia pelos títulos e valores negociados. - Exercer outras atividades conexas e correlatas que lhe sejam permitidas por lei. Desde que autorizada pelo Banco Central e pela Comissão de Valores Mobiliários, qualquer sociedade pode adquirir um título patrimonial da Bolsa. Ao título patrimonial corresponde um assento na Bolsa. 1.3 Regulamentação das Bolsas O órgão do Governo Federal encarregado pela Lei de conceder tal autorização é uma autarquia denominada Comissão de Valores Mobiliários CVM. Essa autarquia foi criada pela Lei n , de 1976, e juntamente com o Banco Central exerce a supervisão e o controle do mercado de capitais, de acordo com as diretrizes traçadas pelo Conselho Monetário Nacional CMN. O interesse do Governo Federal no acompanhamento das sociedades anônimas abertas que justifica o regime de controle específico a que estas se encontram submetidos está relacionado com a proteção ao investidor popular em especial, e com o papel que tais entidades desempenham na economia em geral. Em virtude desse interesse é que a legislação do anonimato prevê determinadas regras de aplicação restrita a uma ou a outra categoria de sociedade anônima.

19 19 A companhia aberta pode estar registrada na CVM para ter seus valores mobiliários negociados somente no mercado de balcão ou neste e na Bolsa. A Bolsa só opera com o mercado secundário, ou seja, para venda e aquisição de valores mobiliários, ao passo que o mercado de balcão opera com o mercado primário também, ou seja, para a subscrição de valores mobiliários. A emissão de novas ações, por exemplo, não poderá ser feita na Bolsa, mas poderá ser feita no mercado de balcão. A Lei n , de 1989, reconhece legitimidade ativa ao Ministério Público para propor, de ofício ou a pedido da CVM, a ação civil pública para evitar prejuízos ou obter ressarcimento de danos causados aos titulares de valores mobiliários e aos investidores do mercado, decorrentes principalmente de práticas irregulares. Embora a disposição seja bastante oportuna, a verdade é que o legislador não adotou a solução mais feliz, confundindo interesse difuso, cuja proteção deve ser feita mesmo através de ação civil pública, com interesses individuais passíveis de proteção coletiva, que é o caso dos investidores do mercado de capitais lesados por práticas irregulares Funções do Conselho de Administração das Bolsas O Conselho de Administração é integrado por conselheiros efetivos. Compõe-se de um presidente e um vice-presidente, escolhidos entre os membros efetivos representantes das sociedades corretoras. Geralmente, é constituído de titulares e respectivos suplentes, reelegíveis, sendo: - Titulares de sociedades corretoras membros da Bolsa. - Representante das companhias abertas escolhido entre as registradas na Bolsa. - Superintendente escolhido pelo Conselho de Administração.

20 20 - Representante dos investidores (pessoas físicas). - Representante dos investidores institucionais. Compete ao Conselho de Administração: - Traçar a política geral da Bolsa de Valores e autorizar as medidas e providências necessárias para regular o funcionamento da entidade. - Autorizar, proibir ou suspender a negociação e a cotação de quaisquer títulos ou valores mobiliários, exceto os da dívida pública federal. - Suspender, total ou parcialmente, as atividades da Bolsa de Valores em casos de grave emergência, comunicando de imediato a decisão, devidamente justificada, à Comissão de Valores Mobiliários. - Admitir ou recusar a admissão de novos membros ao quadro social da entidade e obedecendo ao estatuto. - Impor sanções aos membros da entidade. - Escolher e autorizar a contratação do Superintendente, bem como decidir sobre a sua demissão. - Deliberar sobre a contratação de superintendentes executivos. - Propor orçamentos e programas de aplicação de recursos, apresentar relatórios de atividades e balanços gerais e propor atualização do capital social à assembléia geral, entre outras atribuições.

21 Funções do Superintendente Geral Ao Superintendente cabe dar execução à política e às determinações do Conselho de Administração, bem como, dirigir todos os trabalhos da Bolsa, e assegurar que a formação de preços dos títulos negociados se faça da forma mais transparente possível. Suas principais funções são: - Apresentar ao Conselho de Administração os orçamentos, relatórios e balanço geral relativos a cada exercício. - Representara entidade, ativa e passivamente, em juízo ou fora dele, nos termos do mandato especial que lhe é outorgado. Antes de assumir suas funções, os integrantes do conselho de administração, o superintendente e os superintendentes executivos têm seus nomes submetidos à aprovação da Comissão de Valores Mobiliários, que apreciará a indicação de acordo core os padrões exigidos para a aceitação dos dirigentes de instituições financeiras. Estão, pois, sujeitos às penalidades previstas por lei para aqueles dirigentes, com os quais se equiparam. 1.4 Comissão de Valores Mobiliários CVM A Lei n 6.385/76, ao criar a CVM, conferiu-lhe ampla competência para o exercício do poder de polícia no âmbito do mercado de valores mobiliários, incumbindo-a de: a) Administrar registros de emissão e distribuição de valores mobiliários no mercado; b) Disciplinar a organização, o funcionamento e as operações das bolsas de valores, promovendo o acompanhamento diário e simultâneo das operações que se realizam no mercado;

22 22 c) Autorizar ou conceder registros para a execução de operações especiais com ações de companhias abertas; d) Regular, autorizar e fiscalizar a administração de carteiras de custódia de valores mobiliários, a auditoria das companhias abertas; e) Fiscalizar permanentemente as pessoas integrantes do sistema de distribuição, as companhias abertas, as sociedades beneficiárias de recursos oriundos de incentivos fiscais, os fundos e sociedades de investimento, as carteiras de depósito de valores mobiliários, os auditores independentes. No âmbito da fiscalização interna, isto é, de acompanhamento das atividades do mercado e das companhias abertas e beneficiárias de incentivos fiscais, a CVM procede à requisição e ao exame de demonstrações financeiras e de outras informações relevantes, as quais devem ser periodicamente enviadas pelos administrados. Compete à CVM analisar tais documentos, com vistas à correção de possíveis desvios ou irregularidades Atribuições A CVM tem poderes para disciplinar, normatizar e fiscalizar a atuação dos diversos integrantes do mercado. Seu poder normatizador abrange todas as matérias referentes ao mercado de valores mobiliários. O sistema de registro gera, na verdade, um fluxo permanente de informações ao investidor. Essas informações, fornecidas periodicamente por todas as companhias abertas, podem ser financeiras e, portanto, condicionadas a normas de natureza contábil, ou apenas referirem-se a fatos relevantes da vida das empresas. Entende-se como fato relevante, aquele evento que possa influir na decisão do investidor, quanto a negociar com valores emitidos pela companhia.

23 23 A CVM não exerce julgamento de valor em relação à qualquer informação divulgada pelas companhias. Zela, entretanto, pela sua regularidade e confiabilidade e, para tanto, normatiza e persegue a sua padronização. A atividade de credenciamento da CVM é realizada com base em padrões pré-estabelecidos pela Autarquia que permitem avaliar a capacidade de projetos a serem implantados. A Lei atribui à CVM competência para apurar, julgar e punir irregularidades eventualmente cometidas no mercado. Diante de qualquer suspeita a CVM pode iniciar um inquérito administrativo, através do qual, recolhe informações, toma depoimentos e reúne provas com vistas a identificar claramente o responsável por práticas ilegais, oferecendo-lhe, a partir da acusação, amplo direito de defesa. O Colegiado tem poderes para julgar e punir o faltoso. As penalidades que a CVM pode atribuir vão desde a simples advertência até a inabilitação para o exercício de atividades no mercado, passando pelas multas pecuniárias. A CVM mantém, ainda, uma estrutura especificamente destinada a prestar orientação aos investidores ou acolher denúncias e sugestões por eles formuladas. Quando solicitada, a CVM pode atuar em qualquer processo judicial que envolva o mercado de valores mobiliários, oferecendo provas ou juntando pareceres. Em termos de política de atuação, a Comissão persegue seus objetivos através da indução de comportamento, da auto-regulação e da auto-disciplina, intervindo efetivamente, nas atividades de mercado, quando este tipo de procedimento não se mostrar eficaz. No que diz respeito à definição de políticas ou normas voltadas para o desenvolvimento dos negócios com valores mobiliários, a CVM procura junto a instituições de mercado, do governo ou entidades de classe, suscitar a discussão de problemas, promover o estudo de alternativas e adotar iniciativas, de forma que qualquer alteração das práticas vigentes seja feita com suficiente embasamento

24 24 técnico e, institucionalmente, possa ser assimilada com facilidade, como expressão de um desejo comum. A atividade de fiscalização da CVM realiza-se pelo acompanhamento da veiculação de informações relativas ao mercado, às pessoas que dele participam e aos valores mobiliários negociados. Dessa forma, podem ser efetuadas inspeções destinadas à apuração de fatos específicos sobre o desempenho das empresas e dos negócios com valores mobiliários Objetivos De acordo com a lei que a criou, a Comissão de Valores Mobiliários exercerá suas funções, a fim de alcançar os seguintes objetivos: - assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados de bolsa e de balcão; - proteger os titulares de valores mobiliários contra emissões irregulares e atos ilegais de administradores e acionistas controladores de companhias ou de administradores de carteira de valores mobiliários; - evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipulação destinadas a criar condições artificiais de demanda, oferta ou preço de valores mobiliários negociados no mercado; - assegurar o acesso do público a informações sobre valores mobiliários negociados e as companhias que os tenham emitido; - assegurar a observância de práticas comerciais equitativas no mercado de valores mobiliários; - estimular a formação de poupança e sua aplicação em valores mobiliários; - promover a expansão e o funcionamento eficiente e regular do mercado de ações e estimular as aplicações permanentes em ações do capital social das companhias abertas.

25 25 CAPÍTULO II O PREGÃO O pregão é o local mantido pelas Bolsas de Valores para a realização de negócios de compra e venda de títulos, principalmente ações, em mercado livre e aberto. O pregão é o principal recinto de uma Bolsa de Valores, e onde se realiza todo o seu processo operacional. Apesar de realizar-se dentro de uma sala de dimensões normais, o pregão é um mercado onde se efetuam milhares ele negócios em um só dia, de forma segura, ágil e livre. Atualmente, o conceito de pregão transcende o aspecto físico, uma vez que parte dos negócios são executados eletronicamente. No pregão encontram-se os fluxos de oferta e de procura do mercado de ações. Milhares de pessoas que desejam comprar e vender ações estão aí representadas pelos operadores de Bolsa (os próprios corretores ou seus prepostos). De certa forma, é como se toda essa gente estivesse ali presente, anunciando, cada um, a viva voz, os seus desejos de comprar e vender ações de companhias. O pregão deve funcionar como um mercado transparente: todos devem ter conhecimento, ao mesmo tempo, de todos os fatores importantes que possam afetar o preço atual ou futuro do objeto das transações. O sistema de informações instantâneas do pregão visa a criar as práticas eqüitativas, no que se refere ao conhecimento das condições gerais do mercado e dos papéis negociados. A Bolsa só alcança seus fins quando quem compra sabe o que está comprando e quem vende sabe exatamente o que está vendendo. O negócio se realiza quando o vendedor obtém o maior preço, e o comprador o menor preço.

26 26 O sistema de informações liga, através de terminais, o pregão de uma Bolsa aos pregões das demais Bolsas do país, às sociedades corretoras dos diversos estados, a bancos de investimento e investidores individuais. Um negócio fechado em qualquer uma das bolsas de valores é o melhor não só considerando a oferta e a demanda apregoadas naquela Bolsa, mas também considerando um ajuste de preços de acordo com a variação da oferta e demanda no país inteiro. Esse sistema dá ao mercado da Bolsa uma dimensão de mercado nacional de ações. 2.1 Identificação dos Operadores de Pregão O pregão físico pode ser organizado segundo um dos dois tipos de sistema de negociação existentes: a) Call System Os operadores distribuem-se me lugares prefixados, em torno de um balcão circular conhecido como corbeille (balcão circular), de onde anunciam oralmente suas ofertas de compra e venda. O diretor do pregão delimita um pequeno intervalo de tempo para a negociação de cada título. Uma vez esgotado o tempo, o mesmo título só pode ser transacionado novamente no final do pregão, quanto for feita nova rodada, ou no dia seguinte. Este sistema é inadequado para bolsas que operem grandes volumes. O sistema pode acarretar enganos devido à precipitação no fechamento. Nas bolsas de menor porte, o call system é usado com sucesso. b) Tranding post Os negócios podem ser realizados, para qualquer título simultaneamente, durante todo o período do pregão. Para maior facilidade nas transações, os títulos são agrupados em postos de negociações. O critério adotado para a formação desses postos obedece, normalmente, a dois fatores: reunião de empresas que operam em ramos afins de atividades econômicas como, por exemplo, bancos,

27 27 comércio, petróleo, alimentação e bebidas, siderurgia, metalurgia etc. e, homogeneidade quanto aos volumes de transações. Nesse sistema, que já foi consagrado nas maiores bolsas do país, bem como nas grandes bolsas estrangeiras, permite efetuar grandes volumes de negócios. c) Pregões eletrônicos O pregão on-line é um sistema que registra e controla os negócios efetuados, divulgando as informações em tempo real, o que favorece a continuidade dos preços e liquidez do mercado. Mantém e fornece, através de relatórios e consulta a terminais, dados históricos e informações do pregão do dia. Possibilita o acompanhamento e análise dos negócios efetuados, da evolução dos papéis negociados ou do mercado como um todo. Extrapõe as informações aos limites da sala de negociações mediante a sua difusão através da rede de terminais da Bolsa de Valores. 2.2 Processos de negociação Os negócios são realizados segundo quatro processos: a) Negociação comum É a que se realiza entre dois representantes (em público pregão). Sua apregoação é feita de viva voz, mencionando-se o título, suas características, a quantidade e o preço unitário, além da intenção de comprar e vender. Havendo interesse por parte de um dos demais operadores, a transação é concluída mediante a declaração da palavra fechado. Após deve ser preenchida a boleta (contrato simplificado de compra/venda) pelo vendedor que colhe a assinatura do comprador e a entrega para registro no posto de negociação (Castro, 1999). meios eletrônicos. Com o nível de tecnologia atual todo este ritual pode ser ajustado aos

28 28 b) Negociação direta É aquela na qual o mesmo operador é, simultaneamente, comprador e vendedor: comprador para um dos clientes de sua corretora e vendedor para outro. Nesse caso, a apregoação é feita por um represente da bolsa, que aguardará o tempo suficiente para que outros operadores, se estiverem dispostos, apresentem propostas de melhor preço para compra ou para venda, quer da quantidade anunciada, quer de parcelas. Não se pronunciando os demais, é anunciado o fechamento do negócio. Se houver melhor oferta, para compra ou para venda, o negócio será fechado com o outro operador interveniente, a menos que seja contraposto um novo preço pelo primeiro. Se houver melhor proposta de compra e de venda, a venda será feita para quem oferecer maior preço e a compra de quem propôs menor preço. Isso que dizer que, direta ou não, qualquer operação só será fechada pelo melhor preço, tanto de compra quanto de venda (Cavalcante Filho & Misumi, 2000). c) Negociação por leilão O procedimento é semelhante à negociação direta. Ao ocorrer apregoação de compra e venda de grande quantidade, representante da Bolsa interfere colocando em leilão, seguindo-se procedimento semelhante ao da negociação direta (Cavalcante Filho & Misumi, 2000). d) Negociação por oferta É a realizada entre dois operadores, sendo um deles representado pólo posto de negociação que recebeu sua oferta. Isso significa que um operador pode, simplesmente, registrar num posto sua oferta de compra ou venda de uma ação qualquer e ela será fechada, mesmo sem sua presença, desde que haja algum interessado. Se for possível, as ofertas são fechadas entre si, isto é, se há uma oferta de compra que feche com uma de venda, a operação será executada pelo funcionário da bolsa que representa, no caso, o comprador e o vendedor. No caso de estar presente um dos interessados, este fechará o negócio com o funcionário da bolsa que representa a parte ausente. Se houver uma oferta registrada, nenhuma negociação com aquele papel poderá ocorrer em condições iguais de preço para o mesmo lote de ações ou parte dele (a oferta tem prioridade). É claro que também

29 29 não poderão ser fechados outros negócios com o mesmo papel por um preço mais baixo, se a oferta for de compra, ou por um preço mais alto, se for de venda (Mellagi Filho, 1995). A perfeita integração de todos os agentes envolvidos nesse mercado aparentemente tão complexo, mas cujo funcionamento busca ser regido por uma das mais básicas máximas da teoria econômica, a lei da oferta e da procura, garante ao sistema a necessária transparência no cumprimento de sua missão de facilitador das transações.

30 30 CAPÍTULO III O MEGA BOLSA: UM NOVO SISTEMA PARA UM NOVO CONTEXTO Implantado em 1977, o Mega Bolsa é o sistema de negociação eletrônico utilizado pela Bolsa de Valores de São Paulo. Gerencia as negociações realizadas pelas intermediárias atuantes na Bovespa, no Pregão de Viva Voz e através dos terminais remotos, operados diretamente de seus escritórios. Pelo sistema eletrônico de negociação, a oferta de compra ou de venda é feita por terminais de computador. O encontro das ofertas e o fechamento dos negócios são realizados automaticamente pelos computadores da Bovespa. O Mega Bolsa foi preparado para atender ao crescimento do mercado acionário brasileiro, e às exigências da globalização. Esses equipamentos são utilizados pelas maiores bolsas do mundo, sendo responsáveis pelo controle de cerca de 60% do volume mundial negociado. 3.1 Principais características do Mega Bolsa O Megabolsa representa uma ampliação dos limites espaciais do pregão da bolsa e nele as ações cotadas são negociadas em dois grupos: ações de alta liquidez e de baixa liquidez. Serão consideradas de alta liquidez aquelas constantes de relação elaborada com base na negociação da ação nos seis meses anteriores, sendo as demais consideradas de baixa liquidez. As ações de alta liquidez poderão ser negociadas no sistema telepregão mediante ofertas, registro de negócios ou, em casos especiais, por meio da sistemática de leilão.

31 31 da sistemática de leilão. As ações de baixa liquidez somente poderão se negociadas por meio Pelos terminais eletrônicos do Mega Bolsa, as Corretoras podem enviar suas ordens de compra ou venda diretamente de seus escritórios, em qualquer parte do território nacional. O sistema reproduz na tela o ambiente de negócios, exibindo os registros de ofertas e propiciando o fechamento automático das operações. No MEGA BOLSA, as ofertas introduzidas pelos participantes são ordenadas com base na seqüência cronológica do registro, dando-se prioridade ao melhor preço. Além da negociação, o Sistema oferece uma série de recursos para a realização de consultas e acompanhamento do mercado de ações.veja alguns deles: - Anuncia, em tempo real, o registro de cada negócio realizado - preço, volume, horário e Corretoras participantes; - Possibilita o acesso ao histórico das operações, permitindo a conversão dessas informações em planilhas de cálculo; - Permite ao usuário configurar as diversas janelas do sistema de acordo com as suas necessidades, acompanhando, por exemplo, a evolução de uma relação específica de ações ou de índices.

32 32 CAPÍTULO IV MERCADOS São diversos os tipos de mercado, assim classificados de acordo com a forma de negociação, sua natureza, o prazo de liquidação das operações, etc, distinguindo-se também nos objetivos de seus atores e nas exigências requeridas. 4.1 Mercado à vista É a compra ou a venda de uma determinada quantidade de ações, a um preço estabelecido em pregão. Na realização de um negócio, o comprador paga o valor financeiro envolvido na operação e o vendedor entrega os títulos-objeto da transação, nos prazos estabelecidos pela BOVESPA (Fortuna, 1999). Os preços são formados em pregão, reflexo da oferta e demanda de cada papel. A maior ou menor oferta e procura por determinado papel está diretamente relacionada ao comportamento histórico dos preços e, sobretudo às perspectivas futuras da empresa emissora, incluindo-se aí sua política de dividendos, prognósticos de expansão de seu mercado e dos seus lucros, influência da política econômica sobre as atividades da empresa, etc. A realização de negócios no mercado à vista requer a intermediação de uma sociedade corretora que está credenciada a executar, em pregão, a ordem de compra ou venda de seu cliente, através de um de seus representantes (operadores) (Sanvicente & Mellagi Filho, 1992). O investidor negocia o título com base em seu preço corrente, praticado no pregão de viva voz ou no Sistema de Negociação Eletrônica. Uma vez que a operação é fechada e registrada, o vendedor deve disponibilizar os títulos

33 33 para liquidação até o segundo dia útil (D+2), recebendo o valor da venda no terceiro dia útil (D+3). O comprador paga e recebe os títulos no terceiro dia útil após a negociação (D+3). Segundo Castro (1999), dentre os tipos de ordem de compra ou venda no mercado à vista, pode-se citar os seguintes: - Ordem a Mercado - o investidor especifica somente a quantidade e as características dos valores mobiliários ou direitos que deseja comprar ou vender. A corretora deverá executar a ordem a partir do momento que recebê-la. - Ordem Administrada - o investidor especifica somente a quantidade e as características dos valores mobiliários ou direitos que deseja comprar ou vender. A execução da ordem ficará a critério da corretora. - Ordem Discricionária - pessoa física ou jurídica que administra carteira de títulos e valores mobiliários ou um representante de mais de um cliente estabelecem as condições de execução da ordem. Depois de executada, o ordenante irá indicar: o nome do investidor (ou investidores); a quantidade de títulos e/ou valores mobiliários a ser atribuída a cada um deles; o preço. - Ordem Limitada - a operação será executada por um preço igual, ou melhor, que o indicado pelo investidor. - Ordem Casada - o investidor define a ordem de venda de um valor mobiliário ou direito de compra de outro, escolhendo qual operação deseja ver executada em primeiro lugar. Os negócios somente serão efetivados se executadas as duas ordens. - Ordem de Financiamento - o investidor determina uma ordem de compra ou venda de um valor mobiliário ou direito em determinado mercado e, simultaneamente, a venda ou compra do mesmo valor mobiliário ou direito no mesmo ou em outro mercado, com prazo de vencimento distinto.

34 34 - Ordem On-Stop - o investidor determina o preço mínimo pelo qual a ordem deve ser executada: a) ordem on-stop de compra - será executada quando, em uma alta de preços, ocorrer um negócio a preço igual ou maior que o preço determinado; b) ordem on-stop de venda - será executada quando, em uma baixa de preços, ocorrer um negócio a um preço igual ou menor que o preço determinado. A transferência da propriedade dos títulos e o pagamento/recebimento do montante financeiro envolvido ocorrem da seguinte forma: - Liquidação física: entrega dos títulos à BOVESPA, pela sociedade corretora intermediária do vendedor, no segundo dia útil (D2) após a realização do negócio em pregão (D0). As ações ficam disponíveis ao comprador após a liquidação financeira (Lameira, 1998); - Liquidação financeira: pagamento do valor total da operação, pela corretora intermediária do comprador, e o respectivo recebimento pelo vendedor, no terceiro dia útil (D3) após a realização do negócio em pregão (D0) (Lameira, 1998). No mercado à vista negociam-se ações em lotes padrão (e seus múltiplos) e lotes fracionários (em quantidades inferiores a esse lote). A Bolsa analisa periodicamente o perfil de negociação (quantidade de ações por negócio) apresentado pelas ações mais líquidas das empresas nelas registradas, e as enquadra nos diferentes lotes padrão. Sobre as operações realizadas no mercado à vista incidem: - taxa de corretagem pela intermediação, calculada por faixas sobre o movimento financeiro total, compras mais vendas, das ordens realizadas em nome do investidor, por uma mesma corretora e em um mesmo pregão; - emolumentos; - Aviso de Negociações com Ações (ANA), cobrado por pregão em que tenham ocorrido negócios por ordem do investidor, independentemente do número de transações em seu nome.

35 35 O ganho líquido obtido pelo investidor no mercado à vista é tributado à alíquota de 10%, como ganho de renda variável. O ganho de renda variável é calculado tomando-se o preço de venda menos o preço de compra, menos custos de transação (corretagem, taxa ANA e emolumentos). Pode também ser compensado prejuízo obtido em outros mercados, como no mercado de Opções, no mesmo período, exceto operações iniciadas e encerradas no mesmo dia (day-trade), que somente poderão ser compensadas com ganhos em operações da mesma espécie (day-trade). 4.2 Mercado a termo Operação a termo é a compra ou venda de ações, a um preço fixado, com liquidação diferida. A operação consiste na compra ou venda para liquidação em data futura. O comprador e o vendedor acertam a cotação e o prazo, e na data combinada o comprador entregará o dinheiro e receberá as ações. Geralmente a liquidação ocorre entre 30 e 180 dias, em múltiplos de 30, a partir da data da negociação, daí resultando um contrato entre as partes. A operação pode ser feita em pregão ou através do sistema eletrônico de negociação (Cavalcante Filho & Misumi, 2002). O termo é uma operação de financiamento: o vendido no termo se assegura de uma renda sobre a compra que financiou, e o comprado no termo garante a lucratividade do vendido com o depósito da margem. As taxas de financiamento acompanham, normalmente, as demais taxas do mercado financeiro. Os financiadores sentem-se atraídos pelo termo em face da possibilidade de liquidação antecipada, caso em que terão o um ganho marginal potencialmente elevado; os financiados, em casos de altas ou baixas pronunciadas, se interessarão em antecipar a liquidação, para reciclar seu capital ou parar de perder na ponta de baixa.

36 36 O comprador deve entregar à Caixa de Registro e Liquidação (CBLC) margem para garantia da operação. Essa margem pode ser em dinheiro ou em títulos que constem da relação específica publicada, periodicamente, pela Bolsa de Valores. A margem em dinheiro não deve ser inferior a 20% do valor da operação. A margem independente do prazo de liquidação da operação. A Bolsa pode chamar reforço de margem, caso as garantias depositadas se revelem insuficientes para a liquidação da operação (Lameira, 1998). O preço a termo de uma ação resulta da adição, ao valor cotado no mercado à vista, de uma parcela correspondente aos juros que são fixados livremente em mercado, em função do prazo do contrato. Toda transação a termo requer um depósito de garantia junto à corretora, e desta junto à BOVESPA. Qualquer corretora pode pedir a seus clientes garantias adicionais àquelas exigidas pela BOVESPA. Essas garantias são prestadas em duas formas: - Cobertura - um vendedor a termo que possua títulos-objeto pode depositá-los junto à BOVESPA como garantia de sua obrigação. Esse depósito, denominado cobertura, dispensa o vendedor de prestar outras garantias; - Margem - o valor da margem inicial é um percentual do valor do contrato. Para sua fixação, a BOVESPA avalia a volatilidade e a liquidez das ações e condições gerais das empresas emissoras, classificando os papéis em grupos, com níveis de margem diferenciados. Em geral, papéis com maior liquidez enquadram-se nos grupos de menor margem inicial de garantia. Periodicamente, há uma reavaliação dos indicadores da ação e da empresa, o que pode significar sua re-alocação em um grupo de margem mais adequado a sua nova situação no mercado. Segundo Sanvicente e Mellagi Filho (1992), sempre que ocorrer redução no valor de garantia do contrato, decorrente de oscilação na cotação dos títulos depositados como margem e/ou dos títulos-objeto da negociação, será necessário o reforço da garantia inicial, que poderá ser efetuado mediante o depósito de dinheiro ou de títulos/valores mobiliários autorizados pela BOVESPA.

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