2ª. Parte CASTRO DE SANTA TEGRA a LA CORUÑA

Transcrição

1 2ª. Parte CASTRO DE SANTA TEGRA a LA CORUÑA Já por terras de Espanha dirigimo-nos para o Monte Santa Tegra perto de A Guarda. para visitar o sítio arqueológico do Castro de Santa Tegra, o mais visitado dos castros galegos.

2 Desde 1913 data em que se descobriram as primeiras estruturas, tem sido objecto de vários estudos, mostrando que terá sido ocupado de forma permanente do sec. 1 A.C. até 1 D.C: Uma muralha de pedra ligada com barro, onde existem dois acessos, porta Norte e porta Sul, define um recinto a partir do qual se estende o castro, estando ainda por escavar grande parte da área que se estima ter sido a ocupação humana. Aqui viveram entre e pessoas. A maioria das habitações de plante circula e quadrada, não serviam apenas para habitação, aparecem vestígios que mostram terem servido de armazéns, oficinas e celeiros. A presença de restos de revestimento em azul, vermelho e branco juntamente com as lousas de entrada com buracos e as muitas gravações existentes em blocos cilíndricos, mostram que as casas possuíam portas,

3 paredes revestidas, e uma vivência que ia para além das necessidades básicas á sobrevivência. Aproveitando as vistas sobre o rio Minho, descemos o monte seguindo a direção de A Guarda. encontrando um parque de estacionamento, logo á entrada da localidade, junto ao Centro Comunitário. N 41º W 8º 52 00

4 Parque gratuito, dentro da zona urbana e possibilidade de nos deslocarmos a pé para o centro, reunia as condições para passar a noite e permitir uma visita descontraída. Localidade que se afirma como a capital da lagosta... é de facto um pequeno centro pesqueiro, com uma arquitetura muito característica destas vilas piscatórias. A visita agradável foi enriquecida com a presença do Festival da Lagosta, uma tenda gigante montada no porto de pesca, onde os vários restaurantes locais, mostravam as suas habilidades na preparação do marisco. A titulo de curiosidade aqui ficam os preços, uma unidade (lagosta média) 25, uma ½ lagosta 18.

5 Um crustáceo, algumas cervejas e uma cola, assim se passa um fim de tarde em Espanha. Um passeio pelo porto onde decorrida uma feira de artesanato, antecedeu o regresso á autocaravana para uma noite tranquila. Pela manhã foi fácil encontrar a panederia, é descer a rua que leva ao porto e lá estavam os croissants e o pão quente á nossa espera. Pequeno almoço tomado continuámos a viagem pela estrada PO552, que segue junto ao mar passando por Baiona até Vigo. As curiosidades vão se sucedendo estrada fora, algumas vezes são as paisagens marinhas, outras são uma banda de música, que passa a estrada em Baiona.

6 Muitos seriam os motivos para se parar a viagem mas o nosso destino da manhã era Pontevedra e cumprimos o objectivo com a chegada perto da hora do almoço. Estacionámos junto á estação de comboios e camionagem, mas viríamos a descobrir que teria sido melhor a zona de estacionamento perto do parque desportivo do outro lado do rio frente ao antigo mercado. O local de estacionamento não oferecia muitas comodidades, mas serviu para se fazer o almoço. Autocaravana arrumada e preparada para a jornada da tarde. Ao colocar a corrente nos puxadores das portas da frente, sistema de segurança usado habitualmente, tivemos de aturar o

7 arrumador de automóveis local, que ficou muito indignado... não confiávamos nele? Afirmou muito indignado num espanhol que denunciava a sua condição de emigrante. Se por vezes estes arrumadores são simpáticos e até prestáveis em informações, este era de uma agressividade que nos deixou incomodados. Com mais de almas a viver em Pontevedra e logo tínhamos que aturar este. Acabámos de fechar a autocaravana e ficámos ainda mais preocupados com a segurança do local, Pontevedra deve a sua origem á presença Romana que terá fundado uma povoação junto ao rio Lérez e que au aumentar de importância terá tido duas pontes, ficando a mais antiga a servir de referencia ao local de origem do estabelecimento da presença humana, Pontus Veten, Ponte Vedra. O acesso ao Casco Velho foi feito a pé, 30 m a andar em passo ligeiro e o Sol do meio do dia rapidamente nos fez procurar uma esplanada

8 Continuamos o nosso passeio pela cidade perdermo-nos pelas velhas cales, admirando a história presente na arquitetura urbana, é sempre um prazer em cada visita, e os dedos de uma mão já não chegam para se contar as nossas presenças em Pontevedra. A tarde já ia avançada e decidimos seguir viagem, mas antes fomos procurar uma loja para repor o nosso stock de Pipas... com o calor que se fazia sentir, não queríamos que a cerveza se sentisse sozinha..

9 Regressámos a autocaravana e tudo estava calmo mo local, o arrumador já devia ter acabado o turno porque veio logo outro pedir de novo a moeda. Seguimos viagem pelas Rias Bajas, sempre com as paisagens marítimas da Ria de Pontevedra, por companhia. Passámos por Sanxenxo, Grove e muitas praiss que convidavam a parar, mas o nosso destino era A Isla de La Toja. Passada a ponte que dá acesso á Ilha, viramos á direita e o estacionamento não oferece dificuldade, parques amplos com apoio de cafetaria e com bonitas vistas para a Ria de Arousa. Começámos a visita pela Ermida de San Sebastian, cuja maior curiosidade é estar totalmente revestida por conchas de vieira.

10 Enquadrada por um jardim agradável, especialmente em dias de calor, o revestimento ao refletir a luz do Sol parece ser de uma brancura imaculada, de mais perto podemos ver que todas as conchas têm grafites com o nome dos muitos turistas que por lá passam.

11 Campo de golfe e casino são outras atrações da Ilha mas a nós interessounos mais a visita á fábrica de produtos cosméticos que aproveita as águas termais existentes na Ilha. Se não cuidarmos de nós quem vai cuidar? Os preços em conta e a recordação de infância dos sabonetes La Toja, lá nos levou a comprar alguns produtos de higiene que nos iriam acompanhar na viagem. A lenda que conta o começo da exploração das águas termais da ilha, merece um esforço de pesquisa pela net, um frade, um burro velho e doente, uma poça de água, e algo que acontece ao dito burro... fica para os mais curiosos. Nós chegamos já de noite ao Parque de Campismo que serve a cidade de Santiago de Compostela. Camping As Cancelas, wi-fi livre no bar, piscina e área de serviço para mudança de águas era tudo o que queríamos e tivemos, Pela manhã piscina, compra do pão e pagamento 31,40. Partida para a cidade, o gabarito da autocaravana ou outra até 6m permitiu que o estacionamento fosse feito na Av. Castelon, a 1600m da Catedral. A procura nos sites espanhóis certamente que fornecerá alternativas de estacionamento. Santiago de Compostela, tem toda a sua vida centrada na Catedral construída em estilo românico entre os anos 1075 e 1128 em plena época das cruzadas é um centro de peregrinação cristã milenar. Milhares de peregrinos de todo o mundo, a pé ou usando os mais variados meios de transporte cumprem os caminhos de reencontro espiritual.

12 pelas ruas medievais, banhadas pela chuva que nos veio fazer companhia, fomos tendo encontros com peregrinos todos eles com um destino a Catedral e o encontro com as relíquias do Santo. Com o aproximar da hora de almoço e mais ligados aos problemas terrenos, procurámos a solução de um que nos preocupava, onde encontrar uma vieira que nos acompanhasse ao almoço. A escolha foi a do Restaurante Central, na C/Raiña, 15, perto da Catedral.

13 È curioso parece haver um Central em todas as localidades, e este cumpriu o que se esperava. Menus de 12,90 com tudo incluído, bom a vieira para entrada foi paga á parte, mas valeu o pagamento extraordinário. As doses bem servidas em quantidade e qualidade, estavam a contente de todos. Reconfortados os corpos, podemos então dedicarmo-nos aos aspetos mais etéreos, Todas as cales conduzem á esplanada da Catedral e foi o momento para a fotografia de recordação.

14 A Catedral e a sua história, aspetos arquiteturais, e curiosidades, está descrita pelos muitos guias que tratam estes temas, dai que não se justifiquem comentários sobre estes aspectos, mas não podemos deixar de referenciar o pórtico de entrada, onde cumprimos os nossos hábitos de

15 peregrinos, colocar os dedos da mão nos orifícios da caveira, procuremna no pilar principal, e o introduzir as mãos dentro da boca dos peixes, depois passamos por detrás do altar principal onde se toca no manto do Santo, há quem o beije...continuámos a nossa visita admirando o Bota Fumeiro, e os muitos pontos de interesse da Catedral,

16 Os guias da Michelin e da American Express foram uma preciosa ajuda na interpretação da Catedral, são estes momentos que nos ajudam a ultrapassar o incomodo de transportar nos sacos de viagem o peso dos guias, e como são pesados! As ruas de Santiago com a sua ambiência medieval, as lojas de recordações, os peregrinos com a sua concha de vieira nas mochilas, os restaurantes e as casas de tapas, o circular pelas ruas de muitos elementos do corpo eclesiástico, o cosmopolitismo que se vive nesta cidade, serão sempre factores de atração para novas visitas. Um passeio final pela esplanada da Catedral e seguimos viagem para a Corunha a

17 A estrada secundaria foi a opção de que não nos arrependemos, a monotonia de viagem que encontraríamos na autopista, foi substituída por uma condução um pouco mais cansativa mas que permite um contacto mais próximo com a vida local, ao ponto de termos encontrado uma estação de serviço com o gasóleo mais barato de toda a viagem por Espanha. A chegada A Coruña foi feita ao chegar da noite, mas já tínhamos destino para esta jornada, o poiso habitual junto á Coluna de Hércules Este parque de estacionamento é poiso habitual para autocaravanas o que permitiu uma noite tranquila. Pela manhã a compra do pão, foi feita na Calle Mauricio, situada no bairro habitacional que fica, do outro lado da avenida, que passa junto ao parque de estacionamento. Perto do parque existem paragens de elétricos e de autocarros para o centro da cidade, que dista 1600m desde o estacionamento. Os elétricos circulam apenas a partir das 12h, pelo que depois do pequeno almoço usamos o autocarro, pode ser o da carreira 3 ou 5. Circula pela Av. Marginal e convém usar a paragem junto ao mercado para termino da viagem. Bilhete 2 Começámos a visita á cidade pelo mercado que recordávamos de visita feita á alguns anos. Foi objecto de uma recuperação que consideramos exemplar.

18 No interior manteve a venda dos produtos tradicionais de mercado, hortícolas, legumes, peixe, etc., e os mariscos tão famosos por estas paragens

19 mas tem na zona virada para a rua, lojas de marcas internacionais, mesmo a FNAC está presente. E assim se mantém a atividade comercial da zona com o seu tipicismo, os seus restaurantes, bares e áreas comerciais para todos os gostos... e a satisfação dos novos hábitos de compra. Continuámos a visita. passando na Av. Marginal onde se podem ver as características varandas da Corunha as Crstalerias Blancas

20 pelas calles do bairro antigo Um café tomado nas agradáveis esplanadas junto as cristalerias serviu para o descanso antes do regresso, mas agora de elétrico, viagem muito agradável sempre junto ao mar oferecendo paisagens muito bonitas,

21 Chegados ao local onde estávamos estacionados, fomos visitar a Coluna de Hércules. Construído durante a ocupação romana, e reconstruído ao longo de várias épocas, é o único farol que se mantém em atividade desde a sua origem. Este aspecto só por si, seria motivo para a visita, mas o pequeno museu instalado na sua base, ocupando parte das escavações arqueológicas

22 permite uma interpretação histórica muito interessante e é refletindo sobre as histórias que este monumento nos poderia contar que valorosamente enfrentamos a subida para nos deslumbrarmos com a vista panorâmica da Corunha. A manhã passada na visita á Corunha deixou-nos a certeza que muito ficava por descobrir, mas temos por hábito nunca esgotar os motivos de interesse de cada sitio visitado e assim fica sempre a vontade de voltar. Regressámos a autocaravana para o almoço comprado no mercado e para aquele pão que tanta curiosidade nos tinha despertado na panederia. Parecia o pneu de substituição que nos falta na autocaravana, será que o Kit de reparação de furos funciona mesmo? Espero nunca ter de responder com a prática a esta duvida. Pneus á estrada Fim da 2ª. Parte A seguir de LA CORUÑA a RONCESVALLES

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