USO DE TÉCNCIAS DE SENSORIAMENTO REMOTO E SIG PARA MAPEAMENTO E CARACTERIZAÇÃO DA AGRICULTURA URBANA NO MUNICÍPIO DE GURUPI
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- Miguel Alves Clementino
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1 USO DE TÉCNCIAS DE SENSORIAMENTO REMOTO E SIG PARA MAPEAMENTO E CARACTERIZAÇÃO DA AGRICULTURA URBANA NO MUNICÍPIO DE GURUPI Gabriel Alves Primo¹; Jacinto Pereira Santos² ¹ Aluno do Curso de Agronomia; Campus de Gurupi; gapao@ymail.com PIBIC/UFT ² Orientador do Curso de Agronomia; Campus de Gurupi; jacinto@uft.edu.br RESUMO O objetivo deste trabalho foi de diagnosticar a agricultura urbana no município com auxílio das técnicas do sensoriamento remoto e SIG (Sistema de Coordenadas Geográficas). As atividades foram desenvolvidas na cidade de Gurupi-TO. No perímetro urbano de Gurupi, foram identificados 288 iniciativas de agricultura urbana, distribuídos em 35 bairros e setores. Foram realizadas 60 entrevistas resultando em 20% do total de unidades. Foram inseridos pontos na imagem através de coordenadas geográficas colhida com uso de GPS nos pontos estudados. Tais pontos serviram como base para a criação do banco de dados e por fim na criação do mapa da agricultura urbana no município, buscou-se ainda neste trabalho superar os diferentes tipos de alvos através da interpretação visual, utilizando o software SPRING. Conclui-se que a agricultura em Gurupi é importante e representa uma parcela significativa. Notou-se que tal prática faz parte da dinâmica do município, porém não há apoio de instituições governamentais e não governamentais, sendo o conhecimento técnico falho nesta parcela. Palavras Chave: SIG, sensoriamento remoto, agricultura urbana. INTRODUÇÃO Atualmente nota-se que as bases de sustentação econômicas de uma determinada cidade, região ou país são garantidas pela disponibilidade e conservação de seus recursos naturais e humanos. Para tanto, é necessário que se conheça o espaço geográfico e suas inter relações, a fim de gerir processos mais eficazes para a produtividade e menos impactantes ao ambiente. A agricultura urbana e periurbana mostram-se como uma atividade viável para a melhoria da qualidade de vida das populações urbanas, principalmente dos pobres urbanos. De acordo com a FAO (2011), um sétimo da produção mundial de alimentos é cultivado em terrenos baldios, telhados, coberturas, antigos lixões e em outros espaços urbanos. Em todo o mundo, há mais de 800 milhões de agricultores urbanos. Os sistemas de informação geográfica (SIG) e sensoriamento remoto são considerados como ferramentas potencialmente úteis para integrar a AUP ao planejamento urbano. Dentre as vantagens dessas ferramentas pode-se destacar no armazenamento e manipulação de dados sobre áreas de risco, áreas potenciais à exploração, tipos de uso da terra, evolução temporal do crescimento urbano e
2 monitoramento da ocupação do solo. Assim, a análise integrada de informações georreferenciadas gera parâmetros importantes para a análise espacial das atividades humanas, apoiando o processo de tomada de decisão..material E MÉTODOS Para realização deste trabalho foram utilizados os seguintes materiais e ferramentas computacionais: Plano Diretor da cidade de Gurupi -TO; Imagens de satélite World View II - Pancromática com 45 centímetros e canais multiespectral com 1,6 metros de resolução espacial, cedidas pela prefeitura municipal da cidade de Gurupi através do Conselho Municipal de Meio Ambiente; Softwares SPRING cedidos gratuitamente pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais INPE. Foram realizadas visitas a campo, sendo a primeira para levantamento prévio da realidade para auxiliar na seleção das diferentes áreas utilizadas na classificação das imagens. Durante a classificação, quando necessário foram realizadas visitas a campo. Após a classificação foram efetuadas visitas a locais pré-definidos na imagem por meio de amostragem aleatória simples, feições que serviram como verdade terrestre. Posteriormente foi realizada a acurácia temática, ou seja, comparar visualmente o que foi classificado com o que havia no local. Para NOVO (1995), técnicas de classificação digital resultam na implementação de processos de decisão em que determinado software atribuir certo conjunto de pontos da imagem (pixels) a uma determinada classe. Desses processos resultam mapas ou cartas temáticas correspondentes aos temas de interesse, de acordo com critérios bem definidos. A análise visual dos dados das imagens é auxiliada com técnicas quantitativas para identificação automática de feições na cena, para reconhecimento de padrões e objetos homogêneos. Cada pixel da imagem original é classificado em alguma das classes ou temas definidos e representado por símbolos gráficos ou cores. Segundo ESTEVAM (2006), essa técnica permite extrair atributos, quantificando-os pelos níveis radiométricos com a finalidade de agrupá-los, e classificá-los por suas características em classes de análise. Nesse sentido, o classificador orienta sua busca na definição de classes de cobertura a partir da segmentação feita anteriormente e das classes previamente definidas com seus respectivos atributos. Para a realização da Classificação Visual, fez-se uma edição vetorial do PI AU_GPI. As configurações utilizadas foram as seguintes: Linhas para Entidade; Contorno, Nós Ajustados e Nós Não Ajustados selecionados; Modo Passos em Edição de Linhas; Criar Linha Fechada; Topologia Automática; Fator Digital 0,1 e Tolerância 0,10. Terminada a Edição Vetorial e, dessa forma, a
3 marcação do polígono. A avaliação da classificação temática foi realizada através de trabalho de campo que terá por finalidade comparar a classificação com a verdade campo. Foram gerados e inseridos pontos na imagem, coordenadas geográficas colhidas com uso de GPS nas propriedades estudadas. Tais pontos serviram como base para a criação do banco de dados e por fim na criação do mapa da agricultura urbana presente em Gurupi. RESULTADOS E DISCUSSÃO Segundo dados coletados a idade variou de 17 a 78 anos de idade, com média de 53,8 anos de idade. A presença de homens na AU em Gurupi é maior, com 61,9%, e respectivamente, 38,09% de mulheres. A escolaridade dos agricultores situou-se em 54,7% com ensino fundamental, 23,8% com ensino médio, 21,4% de analfabetos. Houveram dois agricultores na pesquisa com ensino superior, porém não entraram nos resultados por estarem fora da imagem cedida. 66,6% das famílias entrevistas tem moradia própria, 11,9 mora de aluguel e 21,42% moram em casas ou lotes cedidos. O abastecimento de água foi de 50% para poço ou cisterna, 21,42% para poço artesiano e 28,57 usam o abastecimento da rede pública para o consumo da família e para o cultivo. 83,3% não possuem rede de esgoto, na presente pesquisa não foi notada nenhuma residência com esgoto a céu aberto. Figura 1: Imagem do satélite word view II de Gurupi-TO monocromatica, com mapa de pontos de Agricultura Urbana em Gurupi-TO. O numero de produtores variou de 1 a 4 com média de 2 trabalhadores por propriedade e a média de moradores na família situou-se em 4 membros. Apenas 4,7% tem alguma assistência técnica, sobre conhecimentos da melhor utilização do solo e das culturas, orientação essa, vinda do governo ou da iniciativa privada. A mão de obra é praticamente familiar, com apenas 7,1% de agricultores urbanos
4 que contratam mão de obra de terceiros e 9,5% periodicamente pagam diárias quando se necessita de ajuda. Dos insumos utilizados como fertilizantes, os naturais, como esterco bovino e palha de arroz são os mais utilizados, com 57,14%. Adubos químicos em 4,76%. 21,42% dos agricultores urbanos associavam ambas as praticas para obter melhores resultados, e 16,6% não utiliza nenhum fertilizante. Os defensivos agrícolas com expressividade de 57,14% não utilizarem de nenhum agro-defensivo. Em contra mão, 38,09% usam inseticida, sendo o mais popular entre os agricultores e 2,38% utilizam-se de fungicidas. Nesta pesquisa nenhum agricultor urbano utiliza herbicidas, no controle de plantas daninhas. 14,28% dos agricultores associam mais de um produto para o controle de fungos e insetos. A percentagem das rendas mensais das famílias entrevistadas margeou-se com 11,09% com até um salário mínimo, 61,9% com 1 à 2 salários mínimos, 26,19% de 3 à 4 salários mínimos. Esta renda remete-se a renda total mensal da familia, contendo então todos os salários juntos (aposentadoria, emprego em setor privado, federal, estadual, municipal, autonomo ou outro). O rendimento mensal dos produtos comercializados provindos da agricultura urbana, situou-se em 40,47% com até 300,00 R$, 30,95% de 300,00 R$ a 600,00 R$, 9,52% de 600,00 R$ a 1000,00 R$. A renda provinda da agricultura urbana é de extrema importancia na renda familiar dessa parte da população. Os meios de transporte dos agricultores urbanos são: Carro, moto e bicicleta (59,5%), mas 40,4% não utilizam de nenhum transporte. A feira é o principal destino das vendas dos produtos com 38,09%, mas os produtos são entregues também em supermercados (7,1%) e restaurantes (9,52%), como supracitado 32% vendem no próprio domicílio e 16% vendem para diversos estabelecimentos se tiverem a produção. Porém todos os agricultores produzem também para o consumo próprio. O cheiro verde (cebolinha e coentro) esteve em 85,7% das propriedades visitadas e a alface com 80,9%, ambas as culturas andam praticamente juntas e são o cargo chefe da agricultura urbana presente em Gurupi. Outras culturas também sobressaíram como: pimenta (69,04%); couve (69,04%); rúcula (64,28%) e almeirão (64,28%). Dos insumos utilizados como fertilizantes, os naturais, como esterco bovino e palha de arroz são os mais utilizados, com 57,14%. Adubos químicos como os granulados situaram-se em 4,76%. 21,42% dos agricultores urbanos associavam ambas as praticas para obter melhores resultados, e 16,6% não utiliza nenhum fertilizante. Em contra mão, 38,09% usam inseticida, sendo o mais popular entre os agricultores e 2,38% utilizam-se de fungicidas. Nesta pesquisa nenhum agricultor urbano utiliza herbicidas, no controle de plantas daninhas. 14,28% dos agricultores associam mais de um produto para o controle de fungos e insetos.
5 A percentagem das rendas mensais das famílias entrevistadas margeou-se com 11,09% com até um salário mínimo, 61,9% com 1 à 2 salários mínimos, 26,19% de 3 à 4 salários mínimos. Esta renda remete-se a renda total mensal da familia, contendo então todos os salários juntos (aposentadoria, emprego em setor privado, federal, estadual, municipal, autonomo ou outro). O rendimento mensal dos produtos comercializados provindos da agricultura urbana, situou-se em 40,47% com até 300,00 R$, 30,95% de 300,00 R$ a 600,00 R$, 9,52% de 600,00 R$ a 1000,00 R$. A renda provinda da agricultura urbana é de extrema importancia na renda familiar dessa parte da população. REFERÊNCIAS BISHR, Y. Semantic aspects of interoperable GIS. ITC publication n 56, Enschede ERNESTO SOBRINHO, F.; RESENDE, M.; MOURA, A. R. B.; SCHAUN, N. & RESENDE, S. B.Sistema do Pequeno agricultor do Seridó Norte Riograndense: A terra, o homem e o uso. Mossoró:Fundação Guimarães Duque, Estevam, E. A. Classificação de áreas de favelas a partir de imagens Ikonos: viabilidade de uso deuma abordagem orientada a objetos p. Dissertação (Mestrado em Ciências Cartográficas).Universidade Estadual Paulista, Presidente Prudente, SP FAO, Food and Agriculture Organization. Essential documents, statistics, maps and multimediaresources. Disponível em: Acesso: 23 de novembro de 2011, 16:31. NOVO, E. M. L. de M. Sensoriamento Remoto: Princípios e Aplicações. 2 ed. São Paulo, EdgarBlucher,1995. AGRADECIMENTOS "O presente trabalho foi realizado com o apoio da UFT
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