INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA INMET 5º DISME BELO HORIZONTE. BOLETIM AGROMETEOROLÓGICO DECENDIAL 21 a 31 de Maio de 2011

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1 I. DIAGNÓSTICO Comportamento das Chuvas BOLETIM AGROMETEOROLÓGICO DECENDIAL 21 a 31 de Maio de 2011 O terceiro decêndio de maio foi de tempo seco e frio em Minas Gerais. Duas frentes frias avançaram pelo litoral da Região Sudeste, pouco interferindo nas condições de tempo do Estado, exceto pela passagem de uma massa de ar frio com intensidade moderada, que gerou a ocorrência de um episódio frio. As imagens do Quadro 1 ilustram a evolução do padrão sinótico durante o terceiro decêndio. 21/05/2011 ás 09:00 horas 24/05/2011 ás 09:00 horas 27/05/2011 às 15:00 horas (c) 30/05/2011 às 03:00 horas (d) Quadro 1 Imagens de satélite ilustrativas dos fenômenos que atuaram durante o decêndio. O horário abaixo de cada Figura corresponde ao horário local. Praticamente não choveu em Minas Gerais neste decêndio, como ilustra a Figura 1. Apenas

2 em Montes Claros foram registrados 09 mm de chuva, no dia 21, decorrentes de resquícios de um sistema frontal que atuou sobre o Estado no final do decêndio anterior. No Vale do Rio Mucuri, chuviscos decorrentes do transporte de umidade de origem oceânica totalizaram menos de 5 mm no final do decêndio. Portanto, a escassez de chuvas deixou praticamente todo o Estado, com exceção de Montes Claros, abaixo da climatologia decendial, Figura 1. Figura 1 Total acumulado e anomalia de chuvas no terceiro decêndio do mês de maio de No final do decêndio, na maioria das regiões mineiras eram contabilizados mais de 30 dias secos consecutivos, como se vê na Figura 2. Em grande parte da faixa Norte, onde a estação seca iniciou-se antecipadamente, verificavam-se mais de 40 dias sem registros de chuva. Figura 2 Número total de dias sem registro de chuva igual ou superior a 5 mm, após o registro da última chuva.

3 Umidade Relativa do Ar Como esperado climatologicamente, a umidade relativa do ar manteve o padrão de decréscimo, principalmente no Centro, faixas Oeste e Norte. Os valores diários variaram em média entre 70% e 90%, na Zona da Mata, entre 60% e 90%, no Sul, Leste e Nordeste, situando-se abaixo de 70% no restante do Estado, Figura 3. Os valores mínimos, observados à tarde, atingiram valores médios inferiores a 40% no Triângulo Mineiro, Centro e Norte, como ilustra a Figura 3. Figura 3 Média decendial da umidade relativa do ar em Minas Gerais: diária e às 15 horas local. Marcha Diária das Temperaturas As temperaturas amenas marcaram o terceiro decêndio de maio. Os gráficos da Figura 4 ilustram, no início do decêndio, pequena amplitude térmica nas localidades do Centro-norte e declínio de temperatura no Centro-sul e Leste, comportamento associado ao fraco episódio frio iniciado por volta do dia 17 em Minas Gerais. Um segundo sistema frontal avançou pelo litoral entre os dias 27 e 30, abrindo passagem para uma massa de ar frio com intensidade moderada, causando queda das temperaturas em todas as regiões mineiras. Monte Verde apresentou um declínio de 7 C na temperatura mínima do dia 28 (8,1 C) para o dia 29 (1,1 C), apresentando a primeira temperatura negativa do ano no dia 30 (-0,5 C). Houve também o primeiro registro de geada do ano no Sul de Minas, dia 30 em Caldas. Ao longo do decêndio, a formação de nevoeiros foi recorrente, principalmente em localidades da faixa Leste.

4 Itamarandiba- 3º Dec. Maio/2011 M. Claros - 3º Dec. Maio/2011 tm ax tmin tmed Unaí - 3º Dec. Maio/2011 Ituiutaba - 3º Dec. Maio/2011 B. Horizonte - 3 Dec. Maio/2011 Caratinga - 3º Dec. Maio/2011 Juiz de Fora - 3º Dec. Maio/2011 Monte Verde - 3º Dec. Maio/2011 Figura 4 Evolução diária da temperatura em algumas localidades do Estado. Condições Hídricas dos Solos Prevaleceram déficit hídrico e armazenamento de água no solo inferior a 40% no Centro-norte e em parte do Triângulo Mineiro, como ilustram as Figuras 5 e 5, respectivamente.

5 Condições de normalidade hídrica e armazenamento superior a 40% restringiam-se à parte do Triângulo Mineiro, Sul, Centro e Zona da Mata. Figura 5 Déficit e excesso hídrico e armazenamento de água no solo, no decêndio, considerando a capacidade de campo igual a 100 mm. A ausência de chuvas por mais um decêndio levou todo o Estado a apresentar condições de aridez, Figura 6, favoráveis para a ocorrência de incêndios e queimadas, como ilustra o índice de inflamabilidade da Figura 7. Figura 6 Índice de Aridez Agrometeorológico no final do decêndio.

6 Figura 7 Índice de inflamabilidade (risco de incêndios) no final do decêndio. PROGNÓSTICO Previsão do tempo para o período de 08 a 11/06/2011: Nesta quarta-feira, o avanço de uma frente fria sobre o Sudeste favorecerá ao aumento da nebulosidade e a ocorrência de chuva no centro-sul e oeste de Minas Gerais. Nas demais áreas mineiras, a previsão é de Sol entre algumas nuvens. As temperaturas máximas terão ligeiro declínio nas áreas de chuva, devido a maior quantidade de nuvens ao longo do dia, permanecendo estáveis no restante do Estado. 08/06/2011: Céu parcialmente nublado a nublado com possibilidade de chuva em áreas isoladas do Triãngulo Mineiro, Sul, Centro e Zona da Mata. Demais áreas, parcialmente nublado. 09/06/2011: Céu nublado com chuva no Triângulo Mineiro, Sul e Zona da Mata. Parcialmente nublado a nublado com chuva isolada no Centro, Noroeste e Leste. Demais áreas, parcialmente nublado. 10/06/2011: Céu parcialmente nublado a nublado com chuva no Norte, Nordeste, Leste e Zona da Mata. Demais áreas, parcialmente nublado. 11/06/2011: Céu parcialmente nublado com possibilidade de chuva em áreas isoladas do Nordeste e Leste de Minas Gerais. Demais áreas mineiras, parcialmente nublado a claro. Para maiores informações sobre a previsão do tempo, assim como, para acompanhar a atualização diária da previsão, sugerimos consultar o site do INMET: EQUIPE DE DESENVOLVIMENTO E ANÁLISE: Rubens Leite Vianello, Anete dos Santos Fernandes, Lizandro Gemiacki, Cléber Afonso de Souza, Claudemir de Azevedo Félix e Jorge Moreira.

7 OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: As análises contidas neste Boletim são baseadas nos dados meteorológicos diariamente coletados nas redes de estações de superfície, convencionais e automáticas, pertencentes ao Instituto Nacional de Meteorologia, INMET. Como a densidade das redes é limitada, a tomada de decisão, em nível de propriedade, deve ser também baseada em observações locais, onde o conhecimento do agricultor e do extensionista é muito importante. Portanto, o uso das informações aqui contidas é de inteira responsabilidade do usuário.