NR-10 Curso Básico de Segurança em Instalações e Serviços com Eletricidade

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1 NR-10 Curso Básico de Segurança em Instalações e Serviços com Eletricidade

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3 NR-10 Curso Básico de Segurança em Instalações e Serviços com Eletricidade Macaé, RJ

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5 ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO À SEGURANÇA COM ELETRICIDADE NORMAS REGULAMENTADORAS (NR S) PENALIDADES HISTÓRIA DA ELETRICIDADE CONCEITOS DE ELETRICIDADE ELETRICIDADE INTENSIDADE DE CORRENTE CORRENTE ALTERNADA CORRENTE CONTÍNUA CORRENTES DE CURTO-CIRCUITO FREQUÊNCIA TENSÃO TENSÃO DE TOQUE TENSÃO DE PASSO RESISTÊNCIA RESISTÊNCIA DO CORPO HUMANO CONDUTORES O CORPO HUMANO COMO CONDUTOR ISOLANTES SEMICONDUTORES ª LEI DE OHM POTÊNCIA ELÉTRICA EFEITO JOULE EFEITO CORONA GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA ENERGIA HIDRÁULICA (OU HÍDRICA) USINA HIDRELÉTRICA DE ITAIPU USINA NUCLEAR USINA TERMELÉTRICA ENERGIA BIOMASSA USINA BICOMBUSTÍVEL ENERGIA ELÉTRICA GERADA POR ESGOTO ENERGIA GEOTÉRMICA ENERGIA EÓLICA ENERGIA SOLAR ENERGIA DAS MARÉS INDÚSTRIA OFFSHORE RISCOS EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE O CHOQUE ELÉTRICO, MECANISMO E EFEITOS CHOQUE ESTÁTICO CHOQUE DINÂMICO CHOQUE POR DESCARGA ATMOSFÉRICA ELETROCUSSÃO CADEIRA ELÉTRICA... 82

6 ELETROPLESSÃO ARCO ELÉTRICO, QUEIMADURAS E QUEDAS FATORES QUE INFLUENCIAM A FORMAÇÃO DO ARCO ELÉTRICO CAUSAS DO ARCO ELÉTRICO QUEIMADURAS PROVOCADAS POR ARCO ELÉTRICO QUEDAS CAMPOS ELETROMAGNÉTICOS CAMPOS ELÉTRICOS LEI DE COULOMB CAMPOS MAGNÉTICOS ELETROÍMÃ SOLENÓIDES TÉCNICAS DE ANÁLISE DE RISCOS AVALIAÇÃO DE RISCOS CONCEITOS RISCOS DE ACIDENTES GERENCIAMENTO DE RISCOS NÍVEIS DE RISCO: CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS QUANTO À SEVERIDADE DAS CONSEQUÊNCIAS PRINCIPAIS TÉCNICAS PARA A IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS/PERIGOS MEDIDAS DE CONTROLE DO RISCO ELÉTRICO DESENERGIZAÇÃO ZONA DE RISCO ZONA CONTROLADA PROCEDIMENTOS DE REENERGIZAÇÃO ATERRAMENTO E EQUIPOTENCIALIZAÇÃO TERMOS E DEFINIÇÕES ATERRAMENTO FUNCIONAL (TN, TT, IT) ESQUEMAS IT MÉDICO ATERRAMENTO DE PROTEÇÃO ATERRAMENTO TEMPORÁRIO CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS E FUNCIONAIS ESPECIFICAÇÃO DO CONJUNTO DE ATERRAMENTO E CURTO- CIRCUITAMENTO TEMPORÁRIO LIGAÇÃO EQUIPOTENCIAL EQUIPOTENCIALIZAÇÃO EM LINHAS VIVAS CHAVES FUSÍVEIS CHAVES FACAS DISPOSITIVO DIFERENCIAL RESIDUAL (DR) EXTRA-BAIXA TENSÃO BARREIRAS E INVÓLUCROS BLOQUEIOS E IMPEDIMENTOS OBSTÁCULOS E ANTEPAROS ISOLAMENTO DAS PARTES VIVAS

7 ISOLAÇÃO DUPLA OU REFORÇADA COLOCAÇÃO FORA DE ALCANCE SEPARAÇÃO ELÉTRICA NORMAS TÉCNICAS BRASILEIRAS E REGULAMENTAÇÕES DO MTE NBR 5410: NBR 14039: NBR 5419: NBR 13534: NBR 13570: NBR 13418: CLASSIFICAÇÃO DE TENSÃO REGULAMENTAÇÕES DO MTE NORMAS REGULAMENTADORAS NR 10 SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA VARAS DE MANOBRA BASTÕES DE RESGATE TAPETES ISOLANTES MANTA ISOLANTE DE BORRACHA INSTRUMENTOS DE DETECÇÃO DE TENSÃO E VERIFICAÇÃO DE AUSÊNCIA DE TENSÃO ATERRAMENTO TEMPORÁRIO BANQUETA ISOLANTE FITAS DE DEMARCAÇÃO REFLETIVAS CONES DE SINALIZAÇÃO GRADE METÁLICA DOBRÁVEL SINALIZADOR STROBO EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL NR 6 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL CALÇADO DE PROTEÇÃO SOLADO ISOLANTE CALÇADO DE PROTEÇÃO SOLADO CONDUTIVO MACACÃO CONDUTIVO LUVAS E MEIAS CONDUTIVAS LUVAS ISOLANTES DE BORRACHA VESTIMENTAS DE PROTEÇÃO CONTRA ARCOS ELÉTRICOS PROTETOR FACIAL CONTRA ARCOS ELÉTRICOS CAPUZ DE ELETRICISTA CAPACETE PARA ELETRICISTA ABA TOTAL CINTO DE SEGURANÇA TIPO PARAQUEDISTA ADORNOS ROTINAS DE TRABALHO PROCEDIMENTOS INSTALAÇÕES DESENERGIZADAS LIBERAÇÃO PARA SERVIÇOS SINALIZAÇÃO PLACAS DE SINALIZAÇÃO

8 3.4. INSPEÇÕES DE ÁREAS, SERVIÇOS, FERRAMENTAL E EQUIPAMENTO DOCUMENTAÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RISCOS ADICIONAIS TRABALHO EM ALTURA AMBIENTES CONFINADOS ÁREAS CLASSIFICADAS SUBSTÂNCIAS COMBUSTÍVEIS GÁS INFLAMÁVEL LÍQUIDO INFLAMÁVEL POEIRA OU FIBRA COMBUSTÍVEL PONTO DE FULGOR PONTO DE COMBUSTÃO TEMPERATURA DE AUTO IGNIÇÃO IGNIÇÃO GERENCIAMENTO DE RISCOS CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS CLASSE DE TEMPERATURA GRUPO DE EXPLOSIVIDADE DEFINIÇÃO DE ZONAS TIPOS DE PROTEÇÃO ÍNDICE DE PROTEÇÃO UMIDADE CONDIÇÕES ATMOSFÉRICAS PÁRA-RAIOS SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS ANIMAIS PEÇONHENTOS RESPONSABILIDADES SESMT SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E EM MEDICINA DO TRABALHO ATRIBUIÇÕES DO SESMT CIPA COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES PENALIDADES PREVISTAS NO CÓDIGO CIVIL CÓDIGO CIVIL CÓDIGO PENAL BRASILEIRO LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA LEGISLAÇÃO TRABALHISTA COMPETÊNCIA DAS PESSOAS SEGUNDO A NBR PROTEÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS QUÍMICA DO FOGO ELEMENTOS DA COMBUSTÃO TETRAEDRO DO FOGO TEMPERATURA DE IGNIÇÃO PONTO DE FULGOR PONTO DE COMBUSTÃO

9 PONTO DE AUTO-IGNIÇÃO COMBUSTÃO COMPLETA COMBUSTÃO INCOMPLETA MISTURA INFLAMÁVEL EXPLOSÃO ELETRICIDADE ESTÁTICA COMBUSTÃO ESPONTÂNEA PRODUÇÃO DE CALOR PRINCIPAIS CAUSAS DE INCÊNDIOS MÉTODOS DE PROPAGAÇÃO DO FOGO CONDUÇÃO RADIAÇÃO CONVECÇÃO NOÇÕES BÁSICAS DE COMBATE A INCÊNDIO CLASSES DE INCÊNDIO MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO REAÇÃO EM CADEIA EMPREGO DOS EXTINTORES DICAS DE SEGURANÇA INSTALAÇÕES ELÉTRICAS RISCOS DA ELETRICIDADE EM NOSSO ORGANISMO TRAJETO DA ELETRICIDADE EM NOSSO CORPO RESISTÊNCIA DO CORPO HUMANO TETANIZAÇÃO DISTRIBUIÇÃO DAS ETAPAS E PRIORIZAÇÃO DO ATENDIMENTO AVALIAÇÃO DA CENA E BIOSSEGURANÇA ABORDAGEM PRIMÁRIA ABORDAGEM SECUNDÁRIA SINAIS VITAIS E ESCALA DE TRAUMA AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA ABERTURA DE VIAS AÉREAS ESTABILIZAÇÃO DA COLUNA CERVICAL MEDIÇÃO E COLOCAÇÃO DO COLAR CERVICAL SISTEMAS RESPIRATÓRIO E CARDIOVASCULAR SISTEMA RESPIRATÓRIO SISTEMA CARDIOVASCULAR PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA PCR CHECAGEM DE PULSO REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR RCP C CIRCULACAO (CIRCULATION) A ABERTURA DAS VIAS AÉREAS (AIRWAYS) B BOA RESPIRAÇÃO (BREATHING) D DESFIBRILAÇÃO ESQUEMA PARA RCP CONFORME AHA DESOBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS NOÇÕES SOBRE LESÕES QUEIMADURA

10 HEMORRAGIAS LESÕES MÚSCULO ESQUELÉTICAS FRATURA LUXAÇÃO TORÇÃO NOÇÕES SOBRE RESGATE E TRANSPORTE

11 NR10 - Curso Básico de Segurança em Instalações e Serviços com Eletricidade Nome do Arquivo Manual NR-10 Curso Básico de Segurança em Instalações e Serviços com Eletricidade - PT - REV01

12 REGRAS REGRAS FALCK Respeite todos os sinais de advertência, avisos de segurança e instruções; Roupas soltas, jóias, piercings etc. não devem ser usados durante os exercícios práticos; Não é permitido o uso de camiseta sem manga, shorts ou mini-saias, sendo obrigatório o uso de calças compridas e de calçados fechados; Terão prioridade de acessar o refeitório instrutores e assistentes; Não transite pelas áreas de treinamento sem prévia autorização. Use o EPI nas áreas recomendadas; Os treinandos são responsáveis por seus valores. Armários com cadeado e chaves estão disponíveis e será avisado quando devem ser usados. A Falck Safety Services não se responsabiliza por quaisquer perdas ou danos; O fumo é prejudicial a saúde. Só é permitido fumar em áreas previamente demarcadas; Indivíduos considerados sob efeito do consumo de álcool ou drogas ilícitas serão desligados do treinamento e reencaminhados ao seu empregador; Durante as instruções telefones celulares devem ser desligados; Aconselha-se que as mulheres não façam o uso de sapato de salto fino; Não são permitidas brincadeiras inconvenientes, empurrões, discussões e discriminação de qualquer natureza; Os treinandos devem seguir instruções dos funcionários da Falck durante todo o tempo; É responsabilidade de todo treinando assegurar a segurança do treinamento dentro das melhores condições possíveis. Condições ou atos inseguros devem ser informados imediatamente aos instrutores; Fotografias, filmagens ou qualquer imagem de propriedade da empresa, somente poderá ser obtida com prévia autorização;

13 Gestantes não poderão realizar os treinamentos devido aos exercícios práticos; Se, por motivo de força maior, for necessário ausentar-se durante o período de treinamento, solicite o formulário específico para autorização de saída. Seu período de ausência será informado ao seu empregador e se extrapolar o limite de 10% da carga horária da Disciplina, será motivo para desligamento; A Falck Safety Services garante a segurança do transporte dos treinandos durante a permanência na Empresa em veículos por ela designados, não podendo ser responsabilizada em caso de transporte em veículo particular; Os Certificados/Carteiras serão entregues à Empresa contratante. A entrega ao portador somente mediante prévia autorização da Empresa contratante. Alunos particulares deverão aguardar o resultado das Avaliações e, quando aprovados, receberem a Carteira do Treinamento; Pessoas que agirem em desacordo com essas regras ou que intencionalmente subtraírem ou danificarem equipamentos serão responsabilizadas e tomadas as providências que o caso venha a exigir. DIRETRIZES GERAIS DO CURSO Quanto à estruturação do curso A estruturação deste curso está em acordo com a Norma Regulamentadora 10 (NR-10) aprovada através da portaria do Ministério do Trabalho, MTE n 598, de 07/12/2004 e publicada no Diário Oficial da União de 08/12/2004. Quanto à frequência às aulas A frequência às aulas e atividades práticas é obrigatória. O aluno deverá obter o mínimo de 90% de frequência no total das aulas ministradas no curso.

14 Para efeito das alíneas descritas acima, será considerada falta: o não comparecimento às aulas, o atraso superior a 10 minutos em relação ao início de qualquer atividade programada ou a saída não autorizada durante o seu desenvolvimento. Quanto à aprovação no curso Será considerado aprovado o aluno que: Obtiver nota igual ou superior a 6,0 (seis) em uma escala de 0 a 10 (zero a dez) na avaliação teórica e alcançar o conceito satisfatório nas atividades práticas; Tiver a frequência mínima exigida (90%). Caso o aluno não cumpra as condições descritas nas alíneas acima, será considerado reprovado. OBJETIVO DO CURSO NR Objetivo e Campo de Aplicação Esta Norma Regulamentadora NR estabelece os requisitos e condições mínimas objetivando a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam em instalações elétricas e serviços com eletricidade Esta NR se aplica às fases de geração, transmissão, distribuição e consumo, incluindo as etapas de projeto, construção, montagem, operação, manutenção das instalações elétricas e quaisquer trabalhos realizados nas suas proximidades, observando-se as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos competentes e, na ausência ou omissão destas, as normas internacionais cabíveis.

15 Medidas de Controle Em todas as intervenções em instalações elétricas devem ser adotadas medidas preventivas de controle do risco elétrico e de outros riscos adicionais, mediante técnicas de análise de risco, de forma a garantir a segurança e a saúde no trabalho As medidas de controle adotadas devem integrar-se às demais iniciativas da empresa, no âmbito da preservação da segurança, da saúde e do meio ambiente do trabalho As empresas estão obrigadas a manter esquemas unifilares atualizados das instalações elétricas dos seus estabelecimentos com as especificações do sistema de aterramento e demais equipamentos e dispositivos de proteção Os estabelecimentos com carga instalada superior a 75 kw devem constituir e manter o Prontuário de Instalações Elétricas, contendo, além do disposto no subitem , no mínimo: a) conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas de segurança e saúde, implantadas e relacionadas a esta NR e descrição das medidas de controle existentes; b) documentação das inspeções e medições do sistema de proteção contra descargas atmosféricas e aterramentos elétricos; c) especificação dos equipamentos de proteção coletiva e individual e o ferramental, aplicáveis conforme determina esta NR; d) documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação, autorização dos trabalhadores e dos treinamentos realizados; e) resultados dos testes de isolação elétrica realizados em equipamentos de proteção individual e coletiva; f) certificações dos equipamentos e materiais elétricos em áreas classificadas; g) relatório técnico das inspeções atualizadas com recomendações, cronogramas de adequações, contemplando as alíneas de a a f.

16 As empresas que operam em instalações ou equipamentos integrantes do sistema elétrico de potência devem constituir prontuário com o conteúdo do item e acrescentar ao prontuário os documentos a seguir listados: a) descrição dos procedimentos para emergências; b) certificações dos equipamentos de proteção coletiva e individual As empresas que realizam trabalhos em proximidade do Sistema Elétrico de Potência devem constituir prontuário contemplando as alíneas a, c, d e e, do item e alíneas a e b do item O Prontuário de Instalações Elétricas deve ser organizado e mantido atualizado pelo empregador ou pessoa 2 formalmente designada pela empresa, devendo permanecer à disposição dos trabalhadores envolvidos nas instalações e serviços em eletricidade Os documentos técnicos previstos no Prontuário de Instalações Elétricas devem ser elaborados por profissional legalmente habilitado Medidas de Proteção Coletiva Em todos os serviços executados em instalações elétricas devem ser previstas e adotadas, prioritariamente, medidas de proteção coletiva aplicáveis, mediante procedimentos, às atividades a serem desenvolvidas, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores As medidas de proteção coletiva compreendem, prioritariamente, a desenergização elétrica conforme estabelece esta NR e, na sua impossibilidade, o emprego de tensão de segurança Na impossibilidade de implementação do estabelecido no subitem , devem ser utilizadas outras medidas de proteção coletiva, tais como: isolação das partes vivas, obstáculos, barreiras, sinalização, sistema de seccionamento automático de alimentação, bloqueio do religamento automático.

17 O aterramento das instalações elétricas deve ser executado conforme regulamentação estabelecida pelos órgãos competentes e, na ausência desta, deve atender às Normas Internacionais vigentes Medidas de Proteção Individual Nos trabalhos em instalações elétricas, quando as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis ou insuficientes para controlar os riscos, devem ser adotados equipamentos de proteção individual específicos e adequados às atividades desenvolvidas, em atendimento ao disposto na NR As vestimentas de trabalho devem ser adequadas às atividades, devendo contemplar a condutibilidade, inflamabilidade e influências eletromagnéticas É vedado o uso de adornos pessoais nos trabalhos com instalações elétricas ou em suas proximidades Segurança em Projetos É obrigatório que os projetos de instalações elétricas especifiquem dispositivos de desligamento de circuitos que possuam recursos para impedimento de reenergização, para sinalização de advertência com indicação da condição operativa O projeto elétrico, na medida do possível, deve prever a instalação de dispositivo de seccionamento de ação simultânea, que permita a aplicação de impedimento de reenergização do circuito O projeto de instalações elétricas deve considerar o espaço seguro, quanto ao dimensionamento e a localização de seus componentes e as influências externas, quando da operação e da realização de serviços de construção e manutenção Os circuitos elétricos com finalidades diferentes, tais como: comunicação, sinalização, controle e tração elétrica devem ser identificados e

18 instalados separadamente, salvo quando o desenvolvimento tecnológico permitir compartilhamento, respeitadas as definições de projetos O projeto deve definir a configuração do esquema de aterramento, a obrigatoriedade ou não da interligação entre o condutor neutro e o de proteção e a conexão à terra das partes condutoras não destinadas à condução da eletricidade Sempre que for tecnicamente viável e necessário, devem ser projetados dispositivos de seccionamento que incorporem recursos fixos de equipotencialização e aterramento do circuito seccionado Todo projeto deve prever condições para a adoção de aterramento temporário O projeto das instalações elétricas deve ficar à disposição dos trabalhadores autorizados, das autoridades competentes e de outras pessoas autorizadas pela empresa e deve ser mantido atualizado O projeto elétrico deve atender ao que dispõem as Normas Regulamentadoras de Saúde e Segurança no Trabalho, as regulamentações técnicas oficiais estabelecidas, e ser assinado por profissional legalmente habilitado O memorial descritivo do projeto deve conter, no mínimo, os seguintes itens de segurança: a) especificação das características relativas à proteção contra choques elétricos, queimaduras e outros riscos adicionais; b) indicação de posição dos dispositivos de manobra dos circuitos elétricos: (Verde D, desligado e Vermelho - L, ligado); c) descrição do sistema de identificação de circuitos elétricos e equipamentos, incluindo dispositivos de manobra, de controle, de proteção, de intertravamento, dos condutores e os próprios equipamentos e estruturas, definindo como tais indicações devem ser aplicadas fisicamente nos componentes das instalações;

19 d) recomendações de restrições e advertências quanto ao acesso de pessoas aos componentes das instalações; e) precauções aplicáveis em face das influências externas; f) o princípio funcional dos dispositivos de proteção, constantes do projeto, destinados à segurança das pessoas; g) descrição da compatibilidade dos dispositivos de proteção com a instalação elétrica Os projetos devem assegurar que as instalações proporcionem aos trabalhadores iluminação adequada e uma posição de trabalho segura, de acordo com a NR 17 Ergonomia Segurança na Construção, Montagem, Operação e Manutenção As instalações elétricas devem ser construídas, montadas, operadas, reformadas, ampliadas, reparadas e inspecionadas de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores e dos usuários, e serem supervisionadas por profissional autorizado, conforme dispõe esta NR Nos trabalhos e nas atividades referidas devem ser adotadas medidas preventivas destinadas ao controle dos riscos adicionais, especialmente quanto a altura, confinamento, campos elétricos e magnéticos, explosividade, umidade, poeira, fauna e flora e outros agravantes, adotando-se a sinalização de segurança Nos locais de trabalho só podem ser utilizados equipamentos, dispositivos e ferramentas elétricas compatíveis com a instalação elétrica existente, preservando-se as características de proteção, respeitadas as recomendações do fabricante e as influências externas Os equipamentos, dispositivos e ferramentas que possuam isolamento elétrico devem estar adequados às tensões envolvidas, e serem inspecionados e testados de acordo com as regulamentações existentes ou recomendações dos fabricantes.

20 As instalações elétricas devem ser mantidas em condições seguras de funcionamento e seus sistemas de proteção devem ser inspecionados e controlados periodicamente, de acordo com as regulamentações existentes e definições de projetos Os locais de serviços elétricos, compartimentos e invólucros de equipamentos e instalações elétricas são exclusivos para essa finalidade, sendo expressamente proibido utilizá-los para armazenamento ou guarda de quaisquer objetos Para atividades em instalações elétricas deve ser garantida ao trabalhador iluminação adequada e uma posição de trabalho segura, de acordo com a NR 17 Ergonomia, de forma a permitir que ele disponha dos membros superiores livres para a realização das tarefas Os ensaios e testes elétricos laboratoriais e de campo ou comissionamento de instalações elétricas devem atender à regulamentação estabelecida nos itens 10.6 e 10.7, e somente podem ser realizados por trabalhadores que atendam às condições de qualificação, habilitação, capacitação e autorização estabelecidas nesta NR Segurança em Instalações Elétricas Desenergizadas Somente serão consideradas desenergizadas as instalações elétricas liberadas para trabalho, mediante os procedimentos apropriados, obedecida a seqüência abaixo: a) seccionamento; b) impedimento de reenergização; c) constatação da ausência de tensão; d) instalação de aterramento temporário com equipotencialização dos condutores dos circuitos; e) proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada (Anexo I); f) instalação da sinalização de impedimento de reenergização.

21 O estado de instalação desenergizada deve ser mantido até a autorização para reenergização, devendo ser reenergizada respeitando a seqüência de procedimentos abaixo: a) retirada das ferramentas, utensílios e equipamentos; b) retirada da zona controlada de todos os trabalhadores não envolvidos no processo de reenergização; c) remoção do aterramento temporário, da equipotencialização e das proteções adicionais; d) remoção da sinalização de impedimento de reenergização; e) destravamento, se houver, e religação dos dispositivos de seccionamento As medidas constantes das alíneas apresentadas nos itens e podem ser alteradas, substituídas, ampliadas ou eliminadas, em função das peculiaridades de cada situação, por profissional legalmente habilitado, autorizado e mediante justificativa técnica previamente formalizada, desde que seja mantido o mesmo nível de segurança originalmente preconizado Os serviços a serem executados em instalações elétricas desligadas, mas com possibilidade de energização, por qualquer meio ou razão, devem atender ao que estabelece o disposto no item Segurança em Instalações Elétricas Energizadas As intervenções em instalações elétricas com tensão igual ou superior a 50 Volts em corrente alternada ou superior a 120 Volts em corrente contínua somente podem ser realizadas por trabalhadores que atendam ao que estabelece o item 10.8 desta Norma Os trabalhadores de que trata o item anterior devem receber treinamento de segurança para trabalhos com instalações elétricas energizadas, com currículo mínimo, carga horária e demais determinações estabelecidas no Anexo II desta NR.

22 As operações elementares como ligar e desligar circuitos elétricos, realizadas em baixa tensão, com materiais e equipamentos elétricos em perfeito estado de conservação, adequados para operação, podem ser realizadas por qualquer pessoa não advertida Os trabalhos que exigem o ingresso na zona controlada devem ser realizados mediante procedimentos específicos respeitando as distâncias previstas no Anexo I Os serviços em instalações energizadas, ou em suas proximidades devem ser suspensos de imediato naiminência de ocorrência que possa colocar os trabalhadores em perigo Sempre que inovações tecnológicas forem implementadas ou para a entrada em operações de novas instalações ou equipamentos elétricos devem ser previamente elaboradas análises de risco, desenvolvidas com circuitos desenergizados, e respectivos procedimentos de trabalho O responsável pela execução do serviço deve suspender as atividades quando verificar situação ou condição de risco não prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não seja possível Trabalhos Envolvendo Alta Tensão (At) Os trabalhadores que intervenham em instalações elétricas energizadas com alta tensão, que exerçam suas atividades dentro dos limites estabelecidos como zonas controladas e de risco, conforme Anexo I, devem atender ao disposto no item 10.8 desta NR Os trabalhadores de que trata o item devem receber treinamento de segurança, específico em segurança no Sistema Elétrico de Potência (SEP) e em suas proximidades, com currículo mínimo, carga horária e demais determinações estabelecidas no Anexo II desta NR Os serviços em instalações elétricas energizadas em AT, bem como aqueles executados no Sistema Elétrico de Potência SEP, não podem ser realizados individualmente.

23 Todo trabalho em instalações elétricas energizadas em AT, bem como aquelas que interajam com o SEP, somente pode ser realizado mediante ordem de serviço específica para data e local, assinada por superior responsável pela área Antes de iniciar trabalhos em circuitos energizados em AT, o superior imediato e a equipe, responsáveis pela execução do serviço, devem realizar uma avaliação prévia, estudar e planejar as atividades e ações a serem desenvolvidas de forma a atender os princípios técnicos básicos e as melhores técnicas de segurança em eletricidade aplicáveis ao serviço Os serviços em instalações elétricas energizadas em AT somente podem ser realizados quando houver procedimentos específicos, detalhados e assinados por profissional autorizado A intervenção em instalações elétricas energizadas em AT dentro dos limites estabelecidos como zona de risco, conforme Anexo I desta NR, somente pode ser realizada mediante a desativação, também conhecida como bloqueio, dos conjuntos e dispositivos de religamento automático do circuito, sistema ou equipamento Os equipamentos e dispositivos desativados devem ser sinalizados com identificação da condição de desativação, conforme procedimento de trabalho específico padronizado Os equipamentos, ferramentas e dispositivos isolantes ou equipados com materiais isolantes, destinados ao trabalho em alta tensão, devem ser submetidos a testes elétricos ou ensaios de laboratório periódicos, obedecendo-se as especificações do fabricante, os procedimentos da empresa e na ausência desses, anualmente Todo trabalhador em instalações elétricas energizadas em AT, bem como aqueles envolvidos em atividades no SEP devem dispor de equipamento que permita a comunicação permanente com os demais membros da equipe ou com o centro de operação durante a realização do serviço.

24 Habilitação, Qualificação, Capacitação e Autorização dos Trabalhadores É considerado trabalhador qualificado aquele que comprovar conclusão de curso específico na área elétrica reconhecido pelo Sistema Oficial de Ensino É considerado profissional legalmente habilitado o trabalhador previamente qualificado e com registro no competente conselho de classe É considerado trabalhador capacitado aquele que atenda às seguintes condições, simultaneamente: a) receba capacitação sob orientação e responsabilidade de profissional habilitado e autorizado; e b) trabalhe sob a responsabilidade de profissional habilitado e autorizado A capacitação só terá validade para a empresa que o capacitou e nas condições estabelecidas pelo profissional habilitado e autorizado responsável pela capacitação São considerados autorizados os trabalhadores qualificados ou capacitados e os profissionais habilitados, com anuência formal da empresa A empresa deve estabelecer sistema de identificação que permita a qualquer tempo conhecer a abrangência da autorização de cada trabalhador, conforme o item Os trabalhadores autorizados a trabalhar em instalações elétricas devem ter essa condição consignada no sistema de registro de empregado da empresa Os trabalhadores autorizados a intervir em instalações elétricas devem ser submetidos a exame de saúde compatível com as atividades a serem desenvolvidas, realizado em conformidade com a NR 7 e registrado em seu prontuário médico Os trabalhadores autorizados a intervir em instalações elétricas devem possuir treinamento específico sobre os riscos decorrentes do emprego da

25 energia elétrica e as principais medidas de prevenção de acidentes em instalações elétricas, de acordo com o estabelecido no Anexo II desta NR A empresa concederá autorização na forma desta NR aos trabalhadores capacitados ou qualificados e aos profissionais habilitados que tenham participado com avaliação e aproveitamento satisfatórios dos cursos constantes do ANEXO II desta NR Deve ser realizado um treinamento de reciclagem bienal e sempre que ocorrer alguma das situações a seguir: a) troca de função ou mudança de empresa; b) retorno de afastamento ao trabalho ou inatividade, por período superior a três meses; c) modificações significativas nas instalações elétricas ou troca de métodos, processos e organização do trabalho A carga horária e o conteúdo programático dos treinamentos de reciclagem destinados ao atendimento das alíneas a, b e c do item devem atender as necessidades da situação que o motivou Os trabalhos em áreas classificadas devem ser precedidos de treinamento especifico de acordo com risco envolvido Os trabalhadores com atividades não relacionadas às instalações elétricas desenvolvidas em zona livre e na vizinhança da zona controlada, conforme define esta NR, devem ser instruídos formalmente com conhecimentos que permitam identificar e avaliar seus possíveis riscos e adotar as precauções cabíveis Proteção Contra Incêndio e Explosão As áreas onde houver instalações ou equipamentos elétricos devem ser dotadas de proteção contra incêndio e explosão, conforme dispõe a NR 23 Proteção Contra Incêndios.

26 Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas de ambientes com atmosferas potencialmente explosivas devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certificação Os processos ou equipamentos susceptíveis de gerar ou acumular eletricidade estática devem dispor de proteção específica e dispositivos de descarga elétrica Nas instalações elétricas de áreas classificadas ou sujeitas a risco acentuado de incêndio ou explosões, devem ser adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação Os serviços em instalações elétricas nas áreas classificadas somente poderão ser realizados mediante permissão para o trabalho com liberação formalizada, conforme estabelece o item 10.5 ou supressão do agente de risco que determina a classificação da área Sinalização de Segurança Nas instalações e serviços em eletricidade deve ser adotada sinalização adequada de segurança, destinada à advertência e à identificação, obedecendo ao disposto na NR-26 Sinalização de Segurança, de forma a atender, dentre outras, as situações a seguir: a) identificação de circuitos elétricos; b) travamentos e bloqueios de dispositivos e sistemas de manobra e comandos; c) restrições e impedimentos de acesso; d) delimitações de áreas; e) sinalização de áreas de circulação, de vias públicas, de veículos e de movimentação de cargas; f) sinalização de impedimento de energização;

27 g) identificação de equipamento ou circuito impedido Procedimentos de Trabalho Os serviços em instalações elétricas devem ser planejados e realizados em conformidade com procedimentos de trabalho específicos, padronizados, com descrição detalhada de cada tarefa, passo a passo, assinados por profissional que atenda ao que estabelece o item 10.8 desta NR Os serviços em instalações elétricas devem ser precedidos de ordens de serviço especificas, aprovadas por trabalhador autorizado, contendo, no mínimo, o tipo, a data, o local e as referências aos procedimentos de trabalho a serem adotados Os procedimentos de trabalho devem conter, no mínimo, objetivo, campo de aplicação, base técnica, competências e responsabilidades, disposições gerais, medidas de controle e orientações finais Os procedimentos de trabalho, o treinamento de segurança e saúde e a autorização de que trata o item 10.8 devem ter a participação em todo processo de desenvolvimento do Serviço Especializado de Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT, quando houver A autorização referida no item 10.8 deve estar em conformidade com o treinamento ministrado, previsto no Anexo II desta NR Toda equipe deverá ter um de seus trabalhadores indicado e em condições de exercer a supervisão e condução dos trabalhos Antes de iniciar trabalhos em equipe os seus membros, em conjunto com o responsável pela execução do serviço, devem realizar uma avaliação prévia, estudar e planejar as atividades e ações a serem desenvolvidas no local, de forma a atender os princípios técnicos básicos e as melhores técnicas de segurança aplicáveis ao serviço A alternância de atividades deve considerar a análise de riscos das tarefas e a competência dos trabalhadores envolvidos, de forma a garantir a segurança e a saúde no trabalho.

28 Situação de Emergência As ações de emergência que envolvam as instalações ou serviços com eletricidade devem constar do plano de emergência da empresa Os trabalhadores autorizados devem estar aptos a executar o resgate e prestar primeiros socorros a acidentados, especialmente por meio de reanimação cardio-respiratória A empresa deve possuir métodos de resgate padronizados e adequados às suas atividades, disponibilizando os meios para a sua aplicação Os trabalhadores autorizados devem estar aptos a manusear e operar equipamentos de prevenção e combate a incêndio existentes nas instalações elétricas Responsabilidades As responsabilidades quanto ao cumprimento desta NR são solidárias aos contratantes e contratados envolvidos É de responsabilidade dos contratantes manter os trabalhadores informados sobre os riscos a que estão expostos, instruindo-os quanto aos procedimentos e medidas de controle contra os riscos elétricos a serem adotados Cabe à empresa, na ocorrência de acidentes de trabalho envolvendo instalações e serviços em eletricidade, propor e adotar medidas preventivas e corretivas Cabe aos trabalhadores: a) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por suas ações ou omissões no trabalho; b) responsabilizar-se junto com a empresa pelo cumprimento das disposições legais e regulamentares, inclusive quanto aos procedimentos internos de segurança e saúde; e

29 c) comunicar, de imediato, ao responsável pela execução do serviço as situações que considerar de risco para sua segurança e saúde e a de outras pessoas Disposições Finais Os trabalhadores devem interromper suas tarefas exercendo o direito de recusa, sempre que constatarem evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou a de outras pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que diligenciará as medidas cabíveis As empresas devem promover ações de controle de riscos originados por outrem em suas instalações elétricas e oferecer, de imediato, quando cabível, denúncia aos órgãos competentes Na ocorrência do não cumprimento das normas constantes nesta NR, o MTE adotará as providências estabelecidas na NR A documentação prevista nesta NR deve estar permanentemente à disposição dos trabalhadores que atuam em serviços e instalações elétricas, respeitadas as abrangências, limitações e interferências nas tarefas A documentação prevista nesta NR deve estar, permanentemente, à disposição das autoridades competentes Esta NR não é aplicável a instalações elétricas alimentadas por extra-baixa tensão.

30 ANEXO I ZONA DE RISCO E ZONA CONTROLADA Tabela de raios de delimitação de zonas de risco, controlada e livre.

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32 ANEXO II TREINAMENTO Curso Básico Segurança em Instalações e Serviços com Eletricidade I - Para os trabalhadores autorizados: carga horária mínima 40h: Programação Mínima: 1. introdução à segurança com eletricidade. 2. riscos em instalações e serviços com eletricidade: a) o choque elétrico, mecanismos e efeitos; b) arcos elétricos; queimaduras e quedas; c) campos eletromagnéticos. 3. Técnicas de Análise de Risco. 4. Medidas de Controle do Risco Elétrico: a) desenergização. b) aterramento funcional (TN / TT / IT); de proteção; temporário; c) equipotencialização; d) seccionamento automático da alimentação; e) dispositivos a corrente de fuga; f) extra baixa tensão; g) barreiras e invólucros; h) bloqueios e impedimentos; i) obstáculos e anteparos; j) isolamento das partes vivas; k) isolação dupla ou reforçada; l) colocação fora de alcance; m) separação elétrica.

33 5. Normas Técnicas Brasileiras NBR da ABNT: NBR-5410, NBR e outras; 6. Regulamentações do MTE: a) NRs; b) NR-10 (Segurança em Instalações e Serviços com Eletricidade); c) qualificação; habilitação; capacitação e autorização. 7. Equipamentos de proteção coletiva. 8. Equipamentos de proteção individual. 9. Rotinas de trabalho Procedimentos. a) instalações desenergizadas; b) liberação para serviços; c) sinalização; d) inspeções de áreas, serviços, ferramental e equipamento; 10. Documentação de instalações elétricas. 11. Riscos adicionais: a) altura; b) ambientes confinados; c) áreas classificadas; d) umidade; e) condições atmosféricas. 12. Proteção e combate a incêndios: a) noções básicas; b) medidas preventivas; c) métodos de extinção; d) prática; Acidentes de origem elétrica: a) causas diretas e indiretas;

34 b) discussão de casos. 14. Primeiros socorros: a) noções sobre lesões; b) priorização do atendimento; c) aplicação de respiração artificial; d) massagem cardíaca; e) técnicas para remoção e transporte de acidentados; f) práticas. 15. Responsabilidades. Curso Complementar Segurança no Sistema Elétrico de Potência (Sep) e em Suas Proximidades. É pré-requisito para freqüentar este curso complementar, ter participado, com aproveitamento satisfatório, do curso básico definido anteriormente. Carga horária mínima 40h (*) Estes tópicos deverão ser desenvolvidos e dirigidos especificamente para as condições de trabalho características de cada ramo, padrão de operação, de nível de tensão e de outras peculiaridades específicas ao tipo ou condição especial de atividade, sendo obedecida a hierarquia no aperfeiçoamento técnico do trabalhador. I - Programação Mínima: 1. Organização do Sistema Elétrico de Potencia SEP. 2. Organização do trabalho: a) programação e planejamento dos serviços; b) trabalho em equipe; c) prontuário e cadastro das instalações; d) métodos de trabalho; e e) comunicação.

35 3. Aspectos comportamentais. 4. Condições impeditivas para serviços. 5. Riscos típicos no SEP e sua prevenção (*): a) proximidade e contatos com partes energizadas; b) indução; c) descargas atmosféricas; d) estática; e) campos elétricos e magnéticos; f) comunicação e identificação; e g) trabalhos em altura, máquinas e equipamentos especiais. 6. Técnicas de análise de Risco no S E P (*) 7. Procedimentos de trabalho análise e discussão. (*) 8. Técnicas de trabalho sob tensão: (*) a) em linha viva; b) ao potencial; c) em áreas internas; d) trabalho a distância; e) trabalhos noturnos; e f) ambientes subterrâneos. 9. Equipamentos e ferramentas de trabalho (escolha, uso, conservação, verificação, ensaios) (*). 10. Sistemas de proteção coletiva (*). 11. Equipamentos de proteção individual (*). 12. Posturas e vestuários de trabalho (*). 13. Segurança com veículos e transporte de pessoas, materiais e equipamentos(*). 14. Sinalização e isolamento de áreas de trabalho(*).

36 15. Liberação de instalação para serviço e para operação e uso (*). 16. Treinamento em técnicas de remoção, atendimento, transporte de acidentados (*). 17. Acidentes típicos (*) Análise, discussão, medidas de proteção. 18. Responsabilidades (*)

37 1.INTRODUÇÃO À SEGURANÇA COM ELETRICIDADE A NR-10 trata em seus 14 itens (99 subitens), 3 anexos e 1 glossário das condições mínimas para garantir a segurança daqueles que trabalham em instalações elétricas, em suas diversas etapas, incluindo projeto, execução, operação, manutenção, reforma e ampliação, inclusive terceiros e usuários. A NR 10 foi aprovada através da portaria do Ministério do Trabalho, MTE n 598, de 07/12/2004 e publicada no Diário Oficial da União de 08/12/2004. Esta portaria também institui a Comissão Nacional Permanente sobre segurança e Energia Elétrica (CPNSEE), tripartite e paritária com representantes do governo, das empresas e dos trabalhadores, no âmbito do Ministério do Trabalho e Emprego com a interveniência (com intervenção) da Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP), com o objetivo de acompanhar a implementação da NR 10, de forma a assumir as demandas impostas pela sociedade e de propor as adequações necessárias ao seu contínuo aperfeiçoamento. Objetivo maior é substanciar de elementos guias de entendimento e implementação não somente da NR 10, mas de medidas integras e prover um ambiente seguro e saudável de trabalho. A NR 10 no item afirma que esta norma visa fornecer apenas os requisitos e condições mínimas objetivando a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam em instalações elétricas e serviços com eletricidade. A Norma Regulamentadora 10 (NR 10) estabelece os requisitos e condições mínimas objetivando a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam em instalações elétricas e serviços com eletricidade. Sua aplicação estende-se as fases de geração, transmissão, distribuição e consumo, incluindo as etapas de projeto, construção, montagem, operação, manutenção das instalações elétricas e quaisquer trabalhos realizados nas suas proximidades. Como exemplo de trabalhos nas vizinhanças de P á g i n a 37

38 instalações elétricas e sujeitas aos riscos destas instalações podem se citar as seguintes atividades: Trabalhadores que atuam na instalação da rede de telefonia, quando exercem suas atividades em postes comuns a telefonia e a rede elétrica; Trabalhadores que atuam na instalação de TV s a cabo, nas mesmas condições dos trabalhadores de telefonia; Trabalhadores atuando na capina de áreas rurais próximas as subestações e linhas de transmissão; Trabalhadores em pintura de estruturas de linhas de transmissão ou na pintura de uma subestação, quando o trabalho é realizado nas proximidades da entrada de energia. Para garantia da segurança dos trabalhadores nos serviços envolvendo eletricidade, devem-se observar as normas técnicas oficiais (ABNT, NR, etc) estabelecidas pelos órgãos competentes e, na ausência ou omissão destas, as normas internacionais cabíveis (IEC, NFPA,, NEC etc). NORMAS TÉCNICAS BRASILEIRAS MAIS UTILIZADAS PARA INSTALAÇÕES ELÉTRICAS: NBR 5410:2004 Instalações elétricas de baixa tensão; NBR 5419:2005 Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas; NBR 14039:2005 Instalações elétricas de média tensão de 1,0 KV a 36,2 KV; NBR 5363:1998 (cancelada) foi substituída pela NBR IEC :2009 Atmosferas explosivas; NBR 6533:1981 Estabelecimento de segurança aos efeitos da corrente elétrica percorrendo o corpo humano (cancelada); P á g i n a 38

39 NBR 5418:1995. Instalações Elétricas em Atmosferas Explosivas (cancelada), foi substituída pela NBR IEC :2006 Equipamentos elétricos para atmosfera explosiva; NBR 9518:1997 (cancelada) foi substituída pela NBR IEC :2006 Equipamentos elétricos para atmosferas explosivas; NBR 13418:1995 Cabos resistentes ao fogo para instalações de segurança Especificação; NBR 13534:2008 Instalações elétricas de baixa tensão Requisitos específicos para instalação em estabelecimentos assistenciais de saúde; NBR 13570:1996 Instalações elétricas em locais de afluência de público - Requisitos específicos; NBR 14787:2001 Espaço confinado - Prevenção de acidentes, procedimentos e medidas de proteção. E demais normas aplicáveis; ficando a critério do engenheiro a definição em função das particularidades dos serviços a serem executados ou em execução NORMAS REGULAMENTADORAS (NR S) Uma Norma Regulamentadora (NR) objetiva explicitar a implantação das determinações contidas nos artigos 154 a 201, capítulo V da CLT, para que sirvam de balizamento, de parâmetro técnico, às pessoas/empresas que devem atender aos ditames legais e que, também, devem observar o pactuado nas Convenções/Acordos Coletivos de Trabalho de cada categoria e nas Convenções Coletivas sobre Prevenção de Acidentes. Considerando-se que as normas existentes têm uma inter-relação entre si, o propósito é o de indicar efetivamente essa ocorrência, demonstrando na prática prevencionista, que muito pouco adianta atender uma Norma regulamentadora sem levar em consideração as outras. As questões de saúde e segurança no trabalho são objeto de atenção contínua nos diversos segmentos industriais, pois as conseqüências P á g i n a 39

40 apresentadas pelos acidentes e doenças afetam aos trabalhadores, as empresas, o governo e a sociedade como um todo PENALIDADES Vale destacar que as multas da NR 10 (nova versão ) foram estabelecidas pela portaria n 126 de 03 de junho de 2005 do Ministério do Trabalho e Emprego. As graduações de multa determinadas pela NR 10 variam de I1 a I4, sendo que o maior número de infrações são graduadas como I3 e I4, onde estes valores variam em função da quantidade de funcionários no estabelecimento ou frente de trabalho. A faixa de variação das multas está compreendida entre 378 UFIR e 6304 UFIR, sendo o valor da UFIR congelado em R$ 1,60. As multas são aplicadas e recolhidas por item da norma descumprindo que for evidenciado pela fiscalização do MTE. Vale destacar que diversas NR s possuem itens ligados a NR 10, como exemplo: NR 19 No item , alínea h) as áreas dos depósitos protegidos por pára-raios segundo a Norma Regulamentadora - NR10; ( /I4) No Item , alínea j) as instalações de todo equipamento elétrico da área dada obedecerão segundo as disposições da Norma Regulamentadora - NR- 10; ( /I4) NR 26 - SINALIZAÇÃO No item Vermelho. ( /I2) No item Laranja - faces internas de caixas protetoras de dispositivos elétricos. ( /I2) NR 30 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário. No item as embarcações classificadas de acordo com a Convenção Solas, cujas normas de segurança são auditadas pelas sociedades classificadoras, não se aplicarem as NR-10, 13 e 23. P á g i n a 40

41 Contudo, as embarcações não classificadas pela convenção Solas estão sujeitas a NR-10. A não observância da NR-10 reflete, duramente, em outras NR s o que pode agravar ainda mais a situação da instalação que está sendo vistoriada por ser enquadrada nas demais NR s que possuem itens referentes a instalações elétricas e que incidem multa. E quando não há adoção dos preceitos da norma o MTE e as condições de segurança atingiram uma situação de risco grave e iminente a fiscalização do trabalho pode chegar a aplicar o que determina a NR- 03 que é a interdição ou embargo do estabelecimento ou frente de trabalho. Onde interdição corresponde a: paralisação total ou parcial do estabelecimento, da frente de trabalho, do setor de serviço, da máquina ou equipamento. E o embargo é a paralisação total ou parcial da obra de instalação elétrica (construção, montagem, instalação, manutenção e reforma), sem que seja necessário interromper outras atividades que se desenvolvem no local HISTÓRIA DA ELETRICIDADE O estudo da eletricidade se iniciou na Antiguidade, por volta do século VI a.c., com o filósofo e matemático grego Tales de Mileto. Ele, dentre os maiores sábios da Grécia Antiga, foi quem observou o comportamento de uma resina vegetal denominada de âmbar. Ao atritar essa resina com tecido e/ou pele de animal, Tales percebeu que daquele processo surgia uma importante propriedade: o âmbar adquiria a capacidade de atrair pequenos pedaços de palha e/ou pequenas penas de ave. Em grego a palavra elektron significa âmbar, a partir desse vocábulo surgiram as palavras elétron e eletricidade. No século XVI, o médico da rainha Elizabeth I Rainha da Inglaterra, Willian Gilbert, descobriu que era possível realizar a mesma experiência de Tales com outros materiais. Nessa época, o método da experimentação, criado por Galileu Galilei, começou a ser utilizado. Gilbert realizou vários estudos e experiências, sendo uma delas as formas de atrito entre os P á g i n a 41

42 materiais. Já no século XVIII o cientista norte-americano Benjamin Franklin, o inventor do pára-raios, teorizou que as cargas elétricas era um fluido elétrico que podia ser transferido entre os corpos. Contudo, hoje já se sabe que os elétrons é que são transferidos. O corpo com excesso de elétrons está eletricamente negativo, ao contrário do corpo com falta de elétrons, que se encontra eletricamente positivo CONCEITOS DE ELETRICIDADE Estudaremos agora alguns conceitos /definições relacionados a eletricidade ELETRICIDADE É o fenômeno físico associado a cargas elétricas estáticas ou em movimento. Onde o átomo é eletricamente neutro, o número de prótons é igual ao número de elétrons, porém, os elétrons têm grande poder de se libertar dos átomos e eletrizar outras substâncias INTENSIDADE DE CORRENTE Pode ser definida como um fluxo de cargas elétricas em um determinado tempo. Intensidade de corrente é a razão entre a carga que passa pela seção de um condutor num determinado intervalo de tempo, observe fórmula abaixo. A unidade de medida da corrente elétrica é Ampère (A) em homenagem ao físico francês André Marie Ampère. O instrumento utilizado para medir a corrente elétrica é denominado Amperímetro. P á g i n a 42

43 Equação que expressa matematicamente intensidade de corrente: Onde, i= Corrente elétrica; ΔQ = Diferença de Carga elétrica ΔT = Diferença de tempo i = Q T CORRENTE ALTERNADA É a corrente elétrica na qual a intensidade e a direção são grandezas que variam ciclicamente com o tempo. A forma de onda mais comum em um circuito de potência CA é a senoidal por ser a forma de transmissão de energia elétrica mais eficiente. Em algumas aplicações, são utilizadas diferentes formas de ondas, tais como: triangular ou quadradas. A fonte de corrente alternada é composta por fases (e muitas vezes pelo condutor neutro). Quando J.Westinghouse contratou Nicola Tesla para construir uma linha de transmissão entre Niágara e Búfalo, em Nova York, surgiu então a corrente alternada. A Corrente Alternada é a forma de onda mais eficaz de se transmitir corrente elétrica por longas distâncias. Nesta forma de onda os elétrons invertem o seu sentido várias vezes por segundo. P á g i n a 43

44 CORRENTE ALTERNADA MONOFÁSICA CORRENTE TRIFÁSICA VISTA DE UM OSCILOSCÓPIO CORRENTE CONTÍNUA Corrente contínua, corrente direta, corrente galvânica ou corrente constante é o fluxo ordenado de elétrons cujo sentido permanece constante ao longo do tempo, ou seja, é sempre positiva ou sempre negativa. A corrente contínua é constituída pelos pólos positivos e negativos. A maior parte dos circuitos eletrônicos (entre 1,2V e 24V) e circuitos digitais de equipamento de informática (computadores, modems, etc.) trabalha com corrente contínua. Este tipo de corrente é gerada por baterias de automóveis e motos (6,12 ou 24V), pequenas baterias (geralmente de 9V), pilhas (1,2V e 1,5V), dínamos, células solares, e fontes de alimentação que retificam corrente alternada em corrente contínua. As primeiras linhas de transmissão transportavam energia elétrica em corrente contínua. Devido às dificuldades de conversão (elevação/diminuição) da tensão em corrente contínua, posteriormente adotou-se a forma de corrente alternada para a transmissão de energia elétrica. Com o avanço tecnológico e invenção dos inversores, voltou-se a utilizar a corrente contínua em linhas de transmissão. Atualmente Itaipu transporta energia elétrica em 600 KVcc. P á g i n a 44

45 CORRENTES DE CURTO-CIRCUITO Um curto-circuito é uma ligação de baixa impedância (ou resistência) entre dois pontos de potenciais diferentes. Essa ligação pode ser metálica quando se diz que há um curto-circuito franco ou por um arco elétrico, que é a situação mais comum, uma situação intermediária é a dos curtos causados por galhos de árvores, pássaros ou outros objetos que caem sobre as linhas de transmissão de energia elétrica. Normalmente os curto circuitos provocam uma grande dissipação instantânea de energia, tais como: explosões, dissipação de calor e produção de faíscas. É também uma das principais causas de incêndios em instalações elétricas mal conservadas e/ou dimensionadas, com falhas de isolação e/ou manutenção, etc. Quando dois pontos de um mesmo circuito são ligados por um fio de resistência desprezível, dizemos então que existe um curto-circuito. CIRCUITO LIGADO POR UM FIO DE RESISTÊNCIA DESPREZÍVEL FREQUÊNCIA É a grandeza que indica o número de vezes que a polaridade é invertida por segundo, no caso da corrente alternada, corresponde ao número de oscilações, ondas ou ciclos que ocorre por segundo na corrente elétrica. A unidade de medida da freqüência elétrica é o Hertz (Hz), em homenagem ao físico alemão Heinrich Rudolf Hertz. O instrumento utilizado para medir a freqüência de um sinal periódico chama-se Frequencímetro. No Brasil, Estados Unidos e na maioria dos países do continente Americano a freqüência da corrente elétrica é de 60 HZ. Na Europa e alguns países da America do Sul como Argentina, Paraguai, Bolívia e Chile a freqüência é de 50 P á g i n a 45

46 Hz. No norte dos Estados Unidos e Canadá (Ontário) na primeira metade do século XX havia sistemas de Corrente Alternada de 25 Hz. Alguns destes sistemas ainda existem até hoje por conveniência das fábricas industriais que não tinham interesse em trocar o equipamento para operar a 60 Hz. Em algumas ferrovias da Europa como Suíça e Suécia também há sistemas de 16,67 Hz TENSÃO Tensão elétrica ou diferencial de potencial (ddp) é a diferença de potencial entre dois pontos. A tensão elétrica é a quantidade de energia gerada para movimentar uma carga elétrica, ou seja, é a diferença entre a quantidade de elétrons nos dois pólos do gerador. Sendo assim, no condutor, por onde circula a carga de energia elétrica, a diferença entre o gerador (equipamento que gera a energia elétrica) e o consumidor (residências, indústrias, etc.) simboliza qual a tensão que existe nesse condutor. A unidade de medida da tensão elétrica é Volt (em homenagem ao físico italiano Alessandro Volta). O aparelho utilizado na medição da tensão elétrica denomina-se Voltímetro. P á g i n a 46

47 TENSÃO DE TOQUE É a diferença de potencial em que uma pessoa se encontra ao tocar em uma estrutura metálica no instante em que esteja passando uma corrente elétrica intensa, como um curto-circuito ou uma descarga elétrica. Se uma pessoa toca equipamentos com potenciais diferentes ou um condutor energizado, dependendo das condições de isolamento, pode-se estabelecer uma diferença de potencial entre as mãos e os pés. Consequentemente, teremos a passagem de uma corrente elétrica pelo braço, tronco e pernas; dependendo da duração e intensidade da corrente, pode haver fibrilação no coração, queimaduras entre outras lesões oferecendo graves riscos ao organismo. Esta é a tensão de toque, e é particularmente perigosa nas regiões externas das malhas de uma subestação, principalmente nos cantos TENSÃO DE PASSO É a diferença de potencial em que uma pessoa se encontra entre as duas pernas, no instante em que esteja passando pelo solo uma corrente elétrica intensa, como aquela proveniente de uma descarga atmosférica, curto-circuito, etc. Ocorrendo uma falta para a terra a corrente de curto-circuito fluirá através do aterramento atingindo o solo e gerando tensões. De acordo com a ABNT NBR 15751/2009 o projeto da malha de aterramento não deve permitir que as tensões de passo nas subestações e suas redondezas atinjam valores superiores aos permissíveis. P á g i n a 47

48 Mesmo não encostando em nada se a pessoa estiver colocada lateralmente ao gradiente de potencial estará sujeita a um diferencial de tensão de uma corrente passando através das duas pernas que, geralmente, é de menor valor e não é tão perigosa quanto a tensão de toque, porém ainda pode causar problemas, dependendo do local e da intensidade. A corrente de choque devido à tensão de passo contrai os músculos da perna e coxa, fazendo a pessoa cair e, ao tocar no solo com as mãos, a tensão se transforma em tensão de toque. Sendo assim, o risco se torna maior, pois o coração está contido no sentido da corrente de choque. No gado a tensão entre patas é maior que a tensão de passo do homem, e a corrente de choque passa pelo coração RESISTÊNCIA É a dificuldade que o condutor oferece á passagem da corrente elétrica. São peças utilizadas em circuitos elétricos que tem como principal função converter energia elétrica em energia térmica, ou seja, são usados como aquecedores ou como dissipadores de eletricidade. A resistência é medida em ohms (em homenagem ao físico alemão G.S. Ohms). Representamos a resistência pela letra grega (Ω) e também conhecida como resistividade elétrica. P á g i n a 48

49 RESISTÊNCIA DO CORPO HUMANO A resistência oferecida pelo corpo humano à passagem da corrente elétrica depende das condições da camada externa da pele, a qual é constituída basicamente de células mortas. Quando a pele está seca e sem cortes esta apresenta um valor de resistência entre e ohms. Quando a pele está úmida e/ou com cortes a resistência do corpo humano diminui. Ambientes de trabalho muito úmidos e o suor do corpo durante a execução das atividades com eletricidade diminuem a resistência do corpo humano à passagem da corrente elétrica. A resistência oferecida pela parte interna do corpo, como sangue, músculos e demais órgãos do corpo varia entre 300 e 500 ohms. O valor da resistência ôhmica do corpo humano varia de um indivíduo para o outro. Geralmente os homens também apresentam maior resistência à passagem da corrente elétrica em relação as mulheres CONDUTORES Os condutores de eletricidade são materiais que permitem facilmente a passagem de cargas elétricas. A condutividade elétrica baseia-se no fato de os elétrons da última camada de cada átomo (camada de valência) terem facilidade de deslocarem-se de um átomo para outro, sendo chamados de elétrons livres. P á g i n a 49

50 O que caracteriza o material bom condutor é o fato de os elétrons de valência (por exemplo, o cobre possui um elétron na última camada) estarem fracamente ligados com o núcleo, podendo abandonar o átomo em virtude das forças que ocorrem no interior dos átomos. Outros materiais que possuem uma constituição semelhante à do cobre, com um único elétron na camada de valência, são o ouro e a prata, dois outros excelentes condutores de eletricidade O CORPO HUMANO COMO CONDUTOR O corpo humano se comporta como um condutor de energia elétrica, permitindo a passagem da corrente elétrica através do corpo e oferecendo, inclusive, resistência a esta passagem. Além disso, o corpo humano é constituído por, aproximadamente, 75% de líquidos ISOLANTES Os materiais isolantes também conhecidos como dielétricos, equivalem ao contrário dos condutores, pois são materiais nos quais não há facilidade de movimentação de cargas elétricas. Materiais isolantes são materiais que apresentam movimentação de cargas elétricas. Materiais isolantes são materiais que apresentam os elétrons de valência rigidamente ligados aos seus átomos. Entre os próprios elementos simples, existem vários que apresentam os elétrons de valência rigidamente ligados aos átomos. Entretanto, verifica-se a obtenção de uma resistividade bem maior com substâncias compostas, como a borracha, mica, teflon, baquelite, etc. Na eletricidade, os materiais isolantes são utilizados em cabos condutores de energia a fim de isolar e proteger o circuito e/ou instalação elétrica de possíveis curtos-circuitos e as pessoas que nelas atuam de choques elétricos. Para a proteção dos profissionais de elétrica durante a execução de suas atividades, a sola do calçado dos eletricistas é constituída de material isolante. As luvas de borracha também são utilizadas para proteger as mãos do eletricista do P á g i n a 50

51 contato direto com a rede energizada, bem como outros equipamentos de proteção individual e coletivo tais como: manta isolante, tapete isolante, mangas isolantes, etc. são fabricados em material isolante. Alguns equipamentos elétricos como os isoladores utilizados nas redes de distribuição de energia nos centros consumidores e em linhas de transmissão, cuja finalidade é isolar os cabos energizados em alta tensão das estruturas metálicas (torres de transmissão) e postes, protegendo assim a integridade física e a saúde dos profissionais que nelas atuam, e também da própria população ao circularem pelas calçadas. Estes e outros equipamentos elétricos também são fabricados de material isolante SEMICONDUTORES A principal característica de um material semicondutor é ter uma condutividade elétrica intermediária entre um material condutor e um material isolante. O silício e o germânio são os semicondutores mais utilizados no mercado. Por exemplo, o silício em estado sólido é sempre ligado a quatro outros átomos de silício. Em cada ligação são compartilhados dois elétrons. Esse estado pode ser modificado com o aumento da temperatura do silício. Isso faz com que alguns elétrons consigam escapar dessas ligações, tendo como conseqüência uma diminuição da resistividade. Quanto maior a temperatura, maior a quantidade de elétrons livres e, consequentemente, menor a resistividade. Sendo assim, a condutividade dos semicondutores puros aumenta consideravelmente com a temperatura. P á g i n a 51

52 Esses materiais normalmente apresentam baixa condutividade à temperatura ambiente. Muitos componentes eletrônicos são fabricados de materiais semicondutores tais como: microprocessadores e nanocircuitos usados em nanotecnologia, transistores, células solares, vários tipos de diodos inclusive o diodo emissor de luz (LED), retificador controlado de silício, foto diodos, digitais e analógicos de circuitos integrados. O germânio praticamente não está mais sendo utilizado na fabricação de dispositivos semicondutores devido a sensibilidade à temperatura. Portanto, atualmente os dispositivos semicondutores são fabricados de silício. O silício se comporta como isolante perfeito a temperatura de -273 C ª LEI DE OHM Assim designada em homenagem ao físico alemão Georg Simon Ohm. Indica que a corrente elétrica (I) ao percorrer um resistor (R) esta é diretamente proporcional à tensão (V). P á g i n a 52

53 Equação I - Expressão matemática da Lei de Ohm Onde, V = Diferença de potêncial; R = Resistência elétrica do circuito; I = Intensidade da corrente elétrica V = R I POTÊNCIA ELÉTRICA Potência elétrica é a quantidade de energia elétrica transformada em outra modalidade de energia, por unidade de tempo. Também pode ser definida como o Trabalho realizado pela corrente elétrica em um determinado intervalo de tempo. A potência elétrica dissipada por um condutor é a quantidade de energia térmica que passa por ele durante um intervalo de tempo. A unidade de medida é o Watt (W), em homenagem ao físico escocês James Watt, que significa Joule por segundo (J/s). Equação II - Expressão matemática do conceito de Potência Elétrica Onde, Pot = Potência elétrica; E = Energia térmica; ΔT = Intervalo de tempo Pot = E T A potência elétrica de um aparelho elétrico pode ser calculada através dos valores de tensão e corrente elétrica, pois o produto da tensão elétrica no aparelho pela intensidade de corrente elétrica que o atravessa é igual à potência elétrica desse aparelho. Portanto: Equação III - Expressão matemática para potência elétrica Onde P= Potência Elétrica; U= Tensão elétrica; I = Corrente elétrica P = U I P á g i n a 53

54 EFEITO JOULE É uma lei que expressa a relação entre o calor gerado e a corrente elétrica que percorre um condutor num determinado intervalo de tempo, ou seja, corresponde a transformação de energia elétrica em energia térmica. A corrente elétrica é constituída por elétrons livres em movimento ao longo de um material condutor. O efeito Joule também conhecido como efeito térmico, é causado pelo choque dos elétrons livres contra os átomos dos condutores, ocorrendo a vibração destes átomos. Quanto maior for a vibração dos átomos maior será a temperatura do material condutor, ou seja, maior será a dissipação de calor ou perda por efeito Joule. O físico que estudou este fenômeno foi James Prescott Joule em Devido à perda por efeito Joule a corrente elétrica é transportada em valores cada vez mais elevados (138 KV; 230 KV; 500 KV, 750 KV), pois quanto maior a tensão menor será a intensidade da corrente elétrica. Sendo assim, menor será a dissipação de calor ou perda por efeito Joule e conseqüentemente, menor será a secção reta dos cabos, diminuindo assim o custo com material condutor e estruturas de sustentação. Em projetos de linhas de transmissão o custo com material condutor (cabos) corresponde a 70% do custo total com material. O aquecimento no condutor pode ser medido pela lei de joule, que é expressa por: Equação IV - Expressão matemática para efeito Joule Onde, Q = Energia dissipada; I = Corrente elétrica; R = Resistência do condutor; t = Tempo pelo qual a corrente percorre o condutor Q = i 2 R t P á g i n a 54

55 Principais exemplos onde o efeito Joule pode ser aplicado e observado: lâmpada incandescente, chuveiro elétrico, secador de cabelos, torradeira, ferro elétrico, etc EFEITO CORONA O efeito corona nos cabos e isoladores é um fenômeno relativamente comum em linhas de transmissão com sobrecarga, devido ao campo elétrico muito intenso ao redor dos condutores, as partículas de ar, de poeira e a alta umidade que os envolvem tornam-se ionizadas e, como conseqüência, emitem luz quando da recombinação dos íons e dos elétrons. Este fenômeno ocorre quando o campo elétrico excede certo valor, porém, as condições não são suficientes para formar um arco elétrico. O efeito Corona também é conhecido como fogo de Santelmo, padroeiro dos marinheiros, e surgiu quando antigos marinheiros observavam as pontas dos mastros dos navios envolvidos por uma tênue luz. Tal luz ocorria em regiões tropicais em situações que antecediam as tempestades. As nuvens eletrizadas induziam as cargas nas pontas dos mastros, produzindo o efeito corona. Existem dois tipos de ruídos de linhas de transmissão: descarga de corona e intervalo de centelha. O ar ionizado pode se tornar azul e audível em forma de estalos. O efeito corona também libera O2 e produz oxigênio tri atômico O3, ozônio (um gás corrosivo que destrói equipamentos de linhas de transmissão e P á g i n a 55

56 coloca em perigo a saúde humana). O efeito corona também gera ruído eletromagnético. Normalmente, quanto maior a tensão, maior o efeito corona. Este efeito aumenta com a umidade e chuva, pois tornam o ar mais condutivo. O ruído de corona induzido é normalmente pior durante o período de chuva quando a precipitação cai em forma de gotas nas bordas inferiores das linhas de transmissão GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA No Brasil a maior quantidade de energia elétrica produzida provém de usinas hidrelétricas (cerca de 76%). Em regiões rurais e mais distantes das hidrelétricas centrais, têm-se utilizado energia produzida em usinas termoelétricas e em pequena escala, a energia elétrica gerada da energia eólica. A energia elétrica pode ser obtida de diversas fontes designadas por: Fontes convencionais Fontes alternativas P á g i n a 56

57 ENERGIA HIDRÁULICA (OU HÍDRICA) A companhia Hidroelétrica de São Francisco, inaugurada no governo Vargas em 1945, foi a primeira do Brasil. Em janeiro de 1955 o Presidente Café Filho (que assumiu após o suicídio de Vargas) inaugura a primeira grande usina brasileira, a Hidrelétrica de Paulo Afonso, cujo objetivo era substituir as termoelétricas que forneciam energia elétrica à região Nordeste. Até a década de 1980, as usinas hidrelétricas brasileiras forneciam mais de 90% da energia elétrica consumida no país, mas devido à construção de termoelétricas movidas a gás natural e biomassa, além de outras fontes alternativas, em 2008 essa participação reduziu para pouco mais de 70%. Conforme dados estatísticos, o Brasil em 2010 possuía usinas para geração/produção de energia elétrica e desse total, 852 eram hidrelétricas de diversos tamanhos, 1341 termoelétricas movidas a gás natural, biomassa e óleo diesel; 02 usinas nucleares e 45 usinas eólicas. A energia hidráulica ou hídrica é obtida a partir da força da água, ou seja, a partir do desnível natural ou queda d água dos rios. Nas Usinas Hidrelétricas a energia potencial que a água tem na parte alta da represa é transformada em energia cinética, que faz com que as pás da turbina girem, acionando o eixo do gerador, produzindo energia elétrica. As centrais hidrelétricas geram alguns impactos ambientais tais como: Aumento no nível dos rios, e em alguns casos ocorre a mudança do curso do rio represado, prejudicando principalmente a fauna e a flora da área inundada para a formação do reservatório. Boa parte das florestas inundadas se decompõe produzindo metano, um gás que contribui para o efeito estufa; O represamento do rio diminui o nível da água à jusante (abaixo) da represa; desabriga pessoas e animais; provoca a salinização da água (no semi-árido); A inundação também danifica sítios arqueológicos; indisponibiliza terras férteis; provoca pequenos tremores de terra devido ao peso da água e às acomodações do terreno; P á g i n a 57

58 A represa interfere na piracema (período em que os peixes sobem o rio para se reproduzir); Provoca alterações climáticas que irão comprometer a fauna e a flora que não se adaptarão a essas mudanças USINA HIDRELÉTRICA DE ITAIPU Durante décadas a Usina Hidrelétrica de Itaipu era a maior Usina Hidrelétrica do mundo, hoje ela é a segunda maior do mundo, perdendo apenas para a Usina Hidrelétrica de Três Gargantas na China, com 32 turbinas instaladas sendo 06 subterrâneas, a capacidade instalada de geração é de 18,2 GW. A capacidade instalada de geração da Usina Hidrelétrica de Itaipu é de 14 GW, com 20 unidades geradoras fornecendo 700 MW cada. No ano de 2013, a usina geradora atingiu o seu recorde de produção, com 98,63 bilhões de quilowatts-hora, (KWh), fornecendo 75% da energia consumida pelo Paraguai e 17% da energia consumida pelo Brasil. A Usina Hidrelétrica de Itaipu é considerada uma das sete maravilhas do Mundo Moderno. A pesquisa foi elaborada pela revista Popular Mechanics, dos Estados Unidos, com base em uma pesquisa realizada pela Associação Norte- Americana de Engenheiros Civis (Asce), e por engenheiros de diversos países. P á g i n a 58

59 USINA NUCLEAR A energia nuclear se caracteriza pelo uso de materiais radioativos que através de uma reação nuclear produzem calor. O calor é utilizado através de um ciclo termodinâmico convencional para mover um alternador e gerar assim a energia elétrica. As centrais termonucleares possuem um ou mais reatores que são compartimentos impermeáveis à radiação, cujo interior se encontram as barras ou outras estruturas geométricas de minerais com algum elemento radioativo (geralmente o urânio). No reator, ocorre a seqüência multiplicadora, conhecida como a Reação em Cadeia Há duas maneiras de aproveitar a energia nuclear: através da Fusão nuclear, quando dois núcleos atômicos se unem para produzir um único, e a Fissão Nuclear, quando o núcleo atômico se subdivide em duas ou mais partículas. Investir em usinas nucleares no Brasil é uma alternativa válida de complementação da matriz energética nacional. Um dos motivos para o desenvolvimento da energia nuclear no Brasil é a disponibilidade da reserva de urânio, combustível para a geração dessa fonte. De acordo com dados da Eletronuclear, o país possui 309 mil toneladas do mineral, volume que coloca o Brasil na sexta posição dentre os maiores detentores de reserva do mundo, e isso, ressalta a empresa, com apenas 30% do território nacional pesquisado. Esse volume, segundo informações da empresa responsável pelo enriquecimento do urânio em Resende (RJ), as Indústrias Nucleares do Brasil (INB), é o suficiente para alimentar 32 usinas nucleares como Angra 3 por toda a sua vida útil: 40 anos. As duas usinas nucleares em funcionamento no Brasil, Angra1 e Angra 2, geram aproximadamente 30% da energia elétrica consumida no estado do Rio de Janeiro. Com a conclusão das obras de Angra 3, em 2016, o consumo de 60% de energia do estado do Rio de Janeiro poderá ser abastecido pelas Usinas Nucleares. P á g i n a 59

60 Vantagens da usina nuclear: Não contribui para o efeito estufa; Não polui o ar com gases de enxofre, nitrogênio, etc; Não utiliza grandes áreas de terreno; É a fonte mais concentrada de geração de energia; Não depende de uma época do ano específica; Grande disponibilidade de combustível; Pouco, ou quase nenhum impacto sob a biosfera; Não há alagamento de áreas nem perda de solo.desvantagens da usina nuclear Os resíduos nucleares devem ser armazenados em locais bem isolados e protegidos; A radiotividade; Grandes riscos de acidentes na Central Nuclear; Dificuldade no armazenamento de resíduos; Maior custo de produção em comparação com outras fontes; Funcionários não estão protegidos Quem está exposto a este tipo de trabalho pode, se não estiver adequado às normas de segurança da usina, ficar exposto à radiação. P á g i n a 60

61 USINA TERMELÉTRICA Na matriz energética nacional as usinas termelétricas representam cerca de 25% da capacidade de geração de energia elétrica, conforme dados estatísticos, possui 1341 termoelétricas movidas a gás natural, biomassa e óleo diesel. Os dados oficiais revelam ainda que na região Sudeste concentra-se 43% das usinas termelétricas brasileiras, e na região Norte 26%, sendo que a maioria delas utiliza combustíveis fósseis (70%), com destaque para o óleo diesel e em seguida o gás natural. No estado de São Paulo concentram-se 54% das operações que utilizam a energia biomassa proveniente do bagaço da cana. De acordo com dados da ANEEL, das 10 maiores usinas termelétricas brasileiras, 08 utilizam o gás natural. O estado do Rio de Janeiro também confirma sua vocação atrelada ao uso do gás natural, sendo detentor das 04 maiores usinas termelétricas do Brasil em capacidade de geração. A Central Termoelétrica ou Usina Termelétrica é uma instalação industrial com capacidade de transformar energia térmica / calórica em energia elétrica a partir da queima de óleo combustível, óleo diesel, gás natural ou carvão mineral; bagaços de diversos tipos de plantas, restos de madeira, entre outros. A primeira Termelétrica construída no Brasil foi inaugurada em 1883 na cidade de Campos (RJ), com potência instalada de 52 KW. Após ser utilizado para acionar o gerador, o vapor d água é resfriado através de um condensador. A água volta para a caldeira, onde se transforma novamente em vapor, dando continuidade ao ciclo. Alguns cuidados devem ser tomados tais como: os gases provenientes da queima do combustível devem ser filtrados, evitando a poluição da atmosfera local; a água aquecida precisa ser resfriada ao ser devolvida para os rios porque várias espécies aquáticas não resistem a altas temperaturas. De acordo com a P á g i n a 61

62 Organização das Nações Unidas, o Brasil é o 6 maior emissor de gases de efeito estufa mundial. A vantagem das usinas termelétricas é que elas podem ser construídas próximas aos centros urbanos reduzindo assim, o custo com linhas de transmissão e suas perdas. As principais desvantagens das Usinas Termelétricas são: Contribuinte significante para as chuvas ácidas; Contribuem com o Efeito Estufa; O gás natural é um recurso esgotável; Combustível caro para a geração de energia elétrica. A Usina Termelétrica da TermoRio (UTE-TermoRio) localizada no município de Duque de Caxias (RJ), é a maior termelétrica à gás natural instalada no Brasil, com potência instalada de MW. A usina é composta por 03 termelétricas e a capacidade de geração de energia da UTE corresponde a 22% de energia elétrica gerada no estado do Rio de Janeiro ENERGIA BIOMASSA A biomassa é a quantidade total de matéria viva existente num ecossistema ou numa população animal ou vegetal. Para a geração de energia abrange os derivados recentes de organismos vivos utilizados como ou para a produção de combustíveis. A biomassa pode ser considerada um recurso natural renovável, enquanto que os combustíveis fósseis não se renovam a curto prazo. A biomassa é utilizada na produção de energia a partir de processos como a combustão de material orgânico produzido e acumulado num ecossistema. A energia pode ser obtida através da combustão da lenha, bagaço da cana-de-açúcar, resíduos florestais, resíduos agrícolas, cascas de arroz, excrementos de animais, embalagens de papelão descartadas após a P á g i n a 62

63 aquisição de diversos eletrodomésticos ou outros produtos, papelão já utilizado, entre outras matérias orgânicas. Esta fonte energética é renovável, pois a sua decomposição libera CO 2 na atmosfera que, durante seu ciclo, é transformado em hidratos de carbono através da fotossíntese realizada pelas plantas. A utilização da biomassa, desde que controlada, não agride o meio ambiente, visto que a composição da atmosfera não é alterada de forma significativa. As principais vantagens da biomassa são: Baixo custo de operação; Facilidade de armazenamento e transporte; Proporciona o reaproveitamento dos resíduos; Alta eficiência energética; É uma fonte energética renovável e limpa; Emite menos gases poluentes. Porém, o seu uso sem um planejamento adequado, pode contribuir com o desmatamento descontrolado de árvores (florestas), perdas dos nutrientes do solo, erosões e emissão excessiva de gases USINA BICOMBUSTÍVEL Primeira termelétrica do mundo a utilizar o combustível renovável para geração de energia elétrica, a UTE Juiz de Fora inaugurada no dia 19 de janeiro de 2010 é na verdade uma usina flex (bicombustível). Ela está operando em fase de testes com o etanol desde 31 de dezembro de A usina é movida tanto a gás como a etanol. A unidade, instalada no Distrito Industrial de Benfica, em Juiz de Fora (MG), tem capacidade instalada de 87 MW. A turbina adaptada da usina flex tem capacidade instalada de 43,5 MW. Para que a conversão fosse possível, foi realizada a troca da câmara de P á g i n a 63

64 combustão, de dois bicos injetores, além da instalação de equipamentos periféricos (sistema de recebimento, tanques, bombas, filtros) que permitem o recebimento, o armazenamento e a movimentação do etanol para a turbina. Durante o período de testes serão avaliados o desempenho da turbina consumindo etanol, a vida útil dos equipamentos e os níveis de emissões atmosféricas, como o óxido de nitrogênio (NOx). Os resultados poderão confirmar a utilização do etanol como mais uma fonte de geração de energia elétrica no Brasil e no exterior. A General Electric (GE) desenvolveu a nova câmara de combustão especialmente para o uso de etanol e gás natural. A instalação dos equipamentos na turbina foi realizada na Oficina de Turbo Máquinas da Petrobrás na cidade de Macaé (RJ). A UTE de Juiz de Fora faz parte do parque gerador da Petrobrás que é a oitava maior empresa geradora de energia elétrica do Brasil, possuindo 14 usinas termelétricas a gás natural, 12 a óleo e 15 pequenas centrais hidrelétricas. A UTE de Juiz de Fora também está conectada no Sistema Interligado Nacional (SIN) ENERGIA ELÉTRICA GERADA POR ESGOTO A primeira empresa de saneamento do Brasil a utilizar o biogás para a geração de energia elétrica foi a Sanepar (Companhia de Saneamento do Paraná) na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Ouro Verde, em Foz de Iguaçu. A unidade Piloto de Energia Renovável da ETE Ouro Verde já foi visitada por missões internacionais e pesquisadores de universidades brasileiras. O excedente da energia elétrica gerada pela ETE Ouro Verde é disponibilizado em rede de baixa tensão na Companhia Paranaense de Energia (Copel), uma vez que a energia gerada pelo sistema é maior do que a demanda energética da estação. A autorização do uso desse excedente está na Resolução da Aneel nº 1.482, de 29 de julho de P á g i n a 64

65 O estado de Minas Gerais também deu um passo importante em direção ao desenvolvimento sustentável. O projeto pioneiro de cogeração de energia desenvolvido no estado pode ser o primeiro do Brasil a tornar uma ETE (Estação de Tratamento e Esgoto) praticamente auto suficiente em produção elétrica. Elaborado pela companhia de Saneamento de Minas Gerais o sistema de reaproveitamento de biogás já está em fase de teste e deve entrar em operação em outubro de 2011 na ETE Arrudas, no bairro Caetano Furquim, região leste de Belo Horizonte. De acordo com o planejamento, será gerada quantidade de energia (KW) suficiente para suprir 90% da energia usada na estação de tratamento de esgoto da capital. A carga que será gerada pela nova usina termelétrica é equivalente ao gasto de uma cidade de aproximadamente de 15 mil habitantes. O tratamento de esgoto resulta na formação de um biogás, que tem em sua formação 68% de gás metano (CH4), altamente tóxico e prejudicial à camada de ozônio. O gás metano era queimado, transformado em gás carbono (CO2), que é 22 vezes menos prejudicial. Mas, ainda assim, o CO2 era lançado na atmosfera. Com a cogeração, em vez de os gases serem emitidos na natureza, eles passam por um processo de limpeza e depois são direcionados para as microturbinas, onde servirão de combustível para produzir energia. Nada é desperdiçado durante a operação. Além da utilização dos gases, há o aproveitamento do calor resultante da queima. O vapor é capturado e enviado aos trocadores de calor, que por sua vez, aperfeiçoam a geração de energia. E é exatamente esta especificidade que dá nome ao projeto de cogeração, pois, no mesmo processo são transformados o biogás e o calor em combustíveis. P á g i n a 65

66 ENERGIA GEOTÉRMICA A energia Geotérmica pode ser definida como o calor proveniente do interior da terra. A Terra é formada por grandes placas, que nos mantém isolados de seu interior, no qual encontramos o magma, que consiste basicamente em rochas derretidas a grandes temperaturas (podendo chegar a 6000 C) que aquecem a água no subsolo. A palavra geo significa terra e térmica corresponde a calor, portanto, a energia calorífica proveniente do interior da terra chama-se geotérmica. O magma é resultante das altas pressões abaixo da superfície terrestre e do calor gerado pela decomposição de substâncias radioativas como o urânio e o tório. Quando encontra fissuras na crosta terrestre, o magma explode em erupções vulcânicas, ou os gases liberados com o seu resfriamento aquecem águas subterrâneas que afloram na forma de gêiseres. Quando o gêiser apresenta alta pressão e alta temperatura, pode ser aproveitado à geração de eletricidade, praticamente do mesmo modo que numa Central Termelétrica. Nela, a água é aquecida de forma a transformar-se em vapor e movimentar uma turbina, que por sua vez, converte energia mecânica em energia elétrica. Só que no caso de uma Central Geotérmica que aproveita o gêiser, o aquecimento da água é feito naturalmente. A forma de energia geotérmica presente nos gêiseres é chamada tecnicamente de vapor úmido misto, pois junto com o vapor de água encontram-se vários minerais e metais, que acabam por tornar a geração de eletricidade nessas fontes um tanto caras, já que os metais e minerais acabam por corroer as turbinas. Para evitar este processo de corrosão se faz necessário um tratamento adequado dos metais, entretanto deve-se antes ser feito um estudo para avaliar a possível contaminação, por parte destes vapores e metais, nas fontes de água utilizadas pelo homem. A relação custo/benefício deve ser sempre levada em conta. P á g i n a 66

67 As usinas a vapor de Lardarello, na Itália, produzem dois bilhões de quilowatts-hora de força por ano, o suficiente para a maioria do sistema ferroviário italiano. A Suíça é uma recordista em usinas geotérmicas, ficando atrás somente da Itália, que é pioneira no ramo. Na Califórnia a geração de energia chegou a 500 MW de eletricidade. No Japão, atualmente, há 17 usinas geotérmicas no país, mas desde 1974 a construção de novas usinas está suspensa devido a preocupações ambientais. Em El Salvador, 30% da energia elétrica consumida no país provém da energia geotérmica. México, Filipinas, Kênia e Islândia também têm expandido a produção de energia elétrica através de usinas geotérmicas. Vantagens da energia geotérmica: A emissão de gases poluentes (CO 2 e SO 2 ) é praticamente nula, não contribuindo com o efeito estufa; A área necessária para a instalação da usina é pequena; Pode abastecer comunidades isoladas. Desvantagens da energia geotérmica: O calor perdido aumenta a temperatura do ambiente; Ocorre a emissão de ácido sulfídrico (H 2 S), extremamente corrosivo e nocivo à saúde; É uma energia muito cara e pouco rentável, pois necessita de altos investimentos estruturais e sua eficiência é baixa; Pode ocasionar o esgotamento do campo geotérmico. P á g i n a 67

68 ENERGIA EÓLICA A geração de energia eólica vem aumentando a sua participação na matriz energética brasileira através de leilões de compra e venda deste tipo de energia. Atualmente, são 45 parques eólicos em operação. Em 2009, a capacidade mundial de geração de energia elétrica proveniente da energia eólica foi aproximadamente 158 Gigawatts (GW), o suficiente para abastecer o Brasil (em janeiro de 2010 o Brasil gastou em média 70 Gigawatts). No início da década de 70, com a crise mundial do petróleo, houve um grande interesse de países europeus e dos Estados Unidos em desenvolver equipamentos para produção de eletricidade que ajudassem a diminuir a dependência do petróleo e carvão. O alto preço dos combustíveis fósseis, a possibilidade de esgotamento das reservas de petróleo previstas para as próximas décadas, os grandes períodos de estiagens que afetam principalmente as usinas hidrelétricas e a emissão de CO2 para a atmosfera contribuindo com o aumento da camada de ozônio da terra e o efeito estufa, fez com que muitos cientistas pesquisassem fontes alternativas e limpas de geração de eletricidade. A energia eólica é a energia proveniente dos ventos. O termo eólico origina-se do latim aeolicus, relativo a Éolo, deus dos ventos na mitologia grega. Na antiguidade a energia eólica era utilizada para mover os barcos impulsionados por velas ou para fazer funcionar a engrenagem de moinhos. Nos moinhos de vento a energia eólica era transformada em energia mecânica, utilizada para moer grãos, bombear água e ainda para drenagem de canais. Para a geração de energia elétrica a energia eólica que é uma fonte natural de energia, renovável (pois não se esgota) e limpa, evita a emissão de CO2 e gases poluentes provenientes da queima de combustíveis fósseis, não contribuindo desta forma para o efeito estufa. A usina eólica ou parque eólico consiste na utilização de aerogeradores, os quais são grandes turbinas colocadas P á g i n a 68

69 em lugares com muito vento. Essas turbinas têm a forma de um catavento ou moinho. A hélice pode ser vista como um motor a vento, cujo único combustível é o vento. As turbinas são em princípio, instrumentos razoavelmente simples. O gerador é ligado através de um conjunto acionado a um rotor constituído de um cubo e duas ou três pás. O vento aciona o rotor que faz girar o gerador e produz eletricidade. A quantidade de eletricidade que pode ser gerada pelo vento depende de quatro fatores: da quantidade de vento que passa pela hélice, do diâmetro da hélice, a dimensão do gerador e o rendimento de todo o sistema. Para que a produção/geração de energia elétrica se torne rentável é necessário uma grande concentração de aerogeradores em uma grande extensão territorial. A quantidade de energia disponível no vento varia de acordo com as estações e as horas do dia. A topografia e a rugosidade do solo também têm grande influência na distribuição de freqüência de ocorrência de velocidade do vento em um local. O Parque de Praia Formosa é atualmente o de maior capacidade do nordeste. Com aproximadamente 135 km de extensão, pode abastecer até 350 mil casas. A energia gerada é de 416,678 GWh. O Parque Eólico Alegria I evita a emissão de cerca de 40 mil toneladas de CO2 por ano. Terá a sua potência triplicada com a construção de Alegria II em A energia gerada é de 134 GWh. O Parque Eólico de Osório incluindo os Parques de Índio e Sangradouro, é o maior do Brasil. Contribuiu para o abastecimento de eletricidade no Sul durante o blecaute de A energia gerada é de 447 GWh por ano. A baixa adesão se deve ao alto custo de instalação e manutenção. Nesta forma de energia, o cálculo de investimento e custo leva em consideração os custos de construção, de manutenção, de localização e os riscos de queda dos geradores. Os parques eólicos produzem poluição visual e sonora e também podem interferir na rota migratória de pássaros. Porém, os parques eólicos são compatíveis com os outros usos do solo como a agricultura ou a pecuária, uma vez que os aerogeradores têm dezenas de metros de altura. P á g i n a 69

70 ENERGIA SOLAR A energia solar consiste numa fonte renovável (pois não se esgota) e limpa (não emite poluente). A sua obtenção ocorre de duas formas, direta ou indireta. A forma direta de obtenção de energia solar ocorre através de células fotovoltaicas, geralmente fabricadas de silício. O efeito fotovoltaico ocorre quando fótons (energia que o sol carrega) incidem sobre os átomos, proporcionando a emissão de elétrons, que produzem desta forma corrente elétrica. Para obter energia solar de forma indireta, é necessária a construção de usinas em áreas de grande insolação, pois a energia solar atinge a Terra de forma tão difusa que requer captação em grandes áreas. Nesses locais são espalhadas centenas de coletores solares. USINA DE TAUÁ - CE A energia solar é normalmente utilizada em locais mais isolados, secos e ensolarados. Os custos financeiros para a obtenção de energia solar são muito elevados, não sendo economicamente viável. Também possui elevados custos de instalação e baixa eficiência. A radiação solar depende também das condições climáticas (nebulosidade, umidade relativa do ar, etc.) e atmosféricas. Somente parte da radiação solar atinge a superfície terrestre, devido à reflexão e absorção dos raios solares pela atmosfera. Em março de 2011 foi inaugurada a primeira Usina de Energia Solar do Brasil e da América Latina. A Usina de Tauá, no Ceará, é composta por 4680 painéis solares, o suficiente para gerar energia para 1500 famílias de baixa renda. Como o Ceará situa-se próximo à linha do Equador, o potencial para geração de energia solar é muito alto, e o Estado possui legislação própria regulamentando o tema. A Prefeitura de Curitiba em 2009 instalou postes capazes de iluminar através da energia de painéis solares no parque Barigui. Cada poste possui um P á g i n a 70

71 painel solar capaz de gerar energia o suficiente para garantir a iluminação durante todo o período da noite ENERGIA DAS MARÉS A energia das marés também é conhecida como energia maremotriz, é obtida através do aproveitamento da energia proveniente do desnível das marés, que deve ser no mínimo 7 metros. A força gravitacional do Sol e da Lua também interferem nas marés. A cada 12h e 25m a superfície do oceano em qualquer local oscila entre pontos altos e baixos. As massas de água que cobrem dois terços do planeta constituem o maior coletor de energia solar. A temperatura dos oceanos, as ondas e as marés poderiam proporcionar muito mais energia do que a humanidade seria capaz de consumir. Essa é uma fonte de energia limpa e renovável. Para que essa energia seja transformada em eletricidade é necessária a construção de barragens, eclusas (permitindo a entrada e saída de água) e unidades geradoras de energia. As barragens são construídas formando-se um reservatório próximo ao mar, e os diques são responsáveis pela captação de água durante a alta da maré. A água é armazenada no reservatório passando pela turbina hidráulica e produzindo energia elétrica, em seguida, durante a baixa da maré, o reservatório é esvaziado liberando a água que passa novamente pela turbina hidráulica, porém em sentido contrário, gerando assim a energia elétrica. Atualmente há quatro maneiras de converter a energia marítima em eletricidade limpa: Energia do movimento das ondas; Energia das correntes marítimas e das marés; Energia da temperatura da água quente e fria; Energia da diferença de pressão entre água doce e salgada. A instalação de estações de captação de energia das marés necessita de altos investimentos, e possui baixa eficiência (aproximadamente 20%). Também oferecem impactos ambientais relacionados à flora e fauna. Porém, se P á g i n a 71

72 comparados aos causados por hidrelétricas instaladas em rios, esses impactos são bem inferiores. Japão e Inglaterra também utilizam este tipo de energia. Em 1967 foi realizado o primeiro grande projeto para a geração de eletricidade através das marés. Os franceses construíram uma barragem de 710 metros de comprimento com 24 turbinas, que fecha a foz do rio rance, aproveitando o potencial energético das marés. Situada na Bretanha, noroeste da França, a usina possui capacidade instalada de 240 megawatts (MW), o suficiente para suprir a demanda de uma cidade com 200 mil habitantes. É importante destacar que poucas localidades apresentam características propícias para a obtenção desse tipo de energia, uma vez que o desnível das marés deve ser superior a 7 metros. Entre os locais com potencial para a geração de energia das marés, destacamos: Baía de Fundy no Canadá - com mais de 15 metros de desnível; Baía Mont-Saint-Michel na França - com mais de 15 metros de desnível; Estuário do Rio Bacanga em São Luís (MA) - com marés até 7 metros; Ilha de Macapá - com marés até 11 metros INDÚSTRIA OFFSHORE Existe várias formas de gerar/produzir energia elétrica, porém nem todas as formas são aplicadas à indústria de petróleo e gás em alto mar. Na indústria Offshore, cada vez mais, existe a necessidade de gerar energia por outras fontes que, tornem esses ambientes auto-suficientes e permanentemente servidos por P á g i n a 72

73 uma estrutura capaz de atender a demanda necessária para manter a estrutura de bordo devidamente energizada. Havendo geração de energia, instalação, transmissão, distribuição, medição e manutenção há também a necessidade de possuir profissionais qualificados para operar esses sistemas com segurança. Para isso se faz necessário qualificar a mão-de-obra de acordo com as Normas Regulamentadoras (NR s). No caso da eletricidade, responsável por um número significativo de acidentes; existe a necessidade de treinar e qualificar os profissionais visando diminuir o número de acidentes, ou se possível, evitá-los. 2.RISCOS EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE Existem vários riscos que a energia elétrica pode provocar à saúde, integridade física e segurança dos trabalhadores que atuam direta ou indiretamente com a eletricidade; seja em instalações dimensionadas inadequadamente, com manutenção precária, falhas de isolação em um condutor ou equipamento, erros de manobra, tensões induzidas, contato entre um condutor vivo e a massa de um elemento metálico não aterrado, corrente de fuga, etc. Podemos citar estes riscos como: o choque elétrico (contato direto e indireto), choque estático, choque dinâmico, choque por descargas atmosféricas, queimaduras, eletrocussão, curto-circuito, arcos elétricos, incêndios, explosões por arco elétrico e explosões em geral. O choque elétrico ocorre quando a pessoa (ou animal) faz contato com a parte energizada de um circuito, instalação, equipamento ou sistema elétrico possibilitando assim a passagem da corrente elétrica pelo corpo humano (ou do animal). Ao fazer contato direto com a parte energizada da instalação o corpo humano sofre um conjunto de pertubações decorrente do choque elétrico. Neste caso, a corrente elétrica percorre o corpo humano causando vários danos ou lesões, dependendo da intensidade e gravidade da lesão as conseqüências poderão ser irreversíveis ou até mesmo a morte. A duração do choque elétrico depende do tempo em que a pessoa permanecer em contato com a parte energizada e enquanto a fonte de alimentação permanecer energizada. P á g i n a 73

74 Os efeitos diretos do choque elétrico são: contrações musculares, tetania ou tetanização, queimaduras (internas e externas), parada respiratória, parada cardíaca, fibrilação cardíaca, eletrólise no sangue, danos renais, danos no cérebro, comprometimento de vasos sanguíneo, órgãos genitais e reprodutores e ÓBITO. Os efeitos indiretos do choque elétrico são: quedas, batidas e queimaduras indiretas (externas). O risco de choque elétrico está presente em praticamente todas as atividades executadas nos setores elétrico e telefônico como: construção, montagem, manutenção, reparo, inspeção, medição em Sistema Elétrico de Potência (SEP). Também encontramos riscos de choque elétrico em atividades realizadas no nosso cotidiano, tais como: podas de árvores próximas às redes de distribuição e transmissão de energia elétrica, crianças soltando pipas, manutenção em chuveiros e troca de lâmpadas nas residências, manutenção em antenas de TV, tocar em eletrodomésticos energizados com as mãos ou o corpo molhados, incêndios provocados por balões em linhas de transmissão e distribuição de energia elétrica, construção de moradias e obras na construção civil próximas à rede de energia elétrica, carrocerias de caminhões que tocam a rede elétrica rompendo os cabos energizados em alta tensão, cabos de alta tensão que se rompem e caem no chão e em calçadas transitadas por pedestres, etc O CHOQUE ELÉTRICO, MECANISMO E EFEITOS Os riscos e efeitos do choque elétrico estão diretamente ligados aos valores de intensidade da corrente elétrica e tensões. Sabemos que a sensibilidade do corpo humano à passagem da corrente elétrica é muito pequena, pois valores de corrente a partir de 15 a 20 ma são suficientes para provocar fibrilação cardíaca e parada cardíaca. Também sabemos que valores elevados de tensões são suficientes para provocar queimaduras de 2 e 3 graus além da carbonização, devido à alta dissipação de energia calorífica. Portanto, concluímos assim, que tanto valores elevados de corrente elétrica como valores elevados de tensão P á g i n a 74

75 podem provocar danos e lesões gravíssimas à saúde e integridade física do trabalhador, podendo levar inclusive a morte. Como existem mais pessoas expostas a baixas tensões do que a altas tensões, pois a maior parte dos serviços executados em instalações elétricas está em baixa tensão e instalações residenciais também estão em baixa tensão, a maioria dos acidentes por choque elétrico ocorrem em baixa tensão. Sendo assim, a baixa tensão torna-se mais perigosa do que a alta tensão. De acordo com dados estatísticos, os riscos e a gravidade do choque elétrico são qualificados da seguinte maneira: 43% dos acidentes ocorrem nas residências; 30% nas empresas; 27% não foram especificados. Podemos observar que de acordo com a estatística a maioria dos acidentes por choque elétrico ocorre nas residências, isto acontece devido ao fato dos usuários serem leigos no assunto referente aos riscos oferecidos pela eletricidade. A falta ou pouco conhecimento dos conceitos de eletricidade e procedimentos de trabalho e segurança para atuar em instalações e eletrodomésticos energizados, possibilita a ocorrência de vários acidentes domésticos envolvendo a eletricidade. Infelizmente as crianças também fazem parte desta estatística, tocando e inserindo objetos em tomadas energizadas, soltando pipas próximas de redes aéreas de transmissão ou distribuição de energia elétrica, etc. Outro fator que contribui bastante para que acidentes domésticos com eletricidade ocorram, é o fato de que a maioria das residências em nosso país é construída sem projeto de instalação elétrica residencial. Com isto, o mau dimensionamento dos circuitos e disjuntores residenciais, má qualidade da isolação de cabos, sobrecarga provocada pela instalação de vários aparelhos eletrodomésticos num único ponto de energia, entre outros,contribuem para a P á g i n a 75

76 formação de curto-circuito nas residências. A maioria dos incêndios domésticos é provocada por curto-circuito. Nas últimas décadas o aumento de aparelhos e equipamentos eletrodomésticos tem aumentado consideravelmente. Há um século, as famílias possuíam no máximo lâmpadas incandescentes em suas residências e dispunham de iluminação pública nas ruas em que moravam. Com o avanço tecnológico, as donas de casa começaram a usufruir da tecnologia doméstica, surgiram então as primeiras invenções de aparelhos domésticos, tais como: ferros de passar roupa, aparelhos de TV, rádios, geladeiras, fogões, máquinas de lavar roupa, liquidificadores, batedeiras de bolo, cafeteiras, espremedores de frutas, multiprocessadores, sanduicheiras, torradeiras, freezers, fornos elétricos, forno microondas, máquinas de lavar louças, secadoras de roupas, vídeo cassetes, aparelhos de DVD, ventiladores, ar condicionados, aquecedores, chuveiros elétricos, home theaters, etc. Sendo assim, com uma infinidade de aparelhos eletrodomésticos em nossas residências, a humanidade se tornou cada vez mais dependente da energia elétrica e o consumo desta vem aumentando bastante nas últimas décadas. A eletricidade faz parte do nosso cotidiano há pelo menos um século, mas, infelizmente as famílias pouco conhecem dos riscos oferecidos pela energia elétrica. Isto também justifica o fato da maioria dos acidentes por choque elétrico ocorrerem nas residências. Existem três tipos de choque elétrico: Choque estático; Choque dinâmico; Choque por descarga atmosférica. P á g i n a 76

77 CHOQUE ESTÁTICO A eletricidade estática é o acúmulo de cargas elétricas na superfície dos objetos, e até mesmo dos seres humanos. Toda matéria é constituída por átomos, os quais são as menores partículas existentes na natureza. O átomo é constituído por: Elétrons (cargas negativas); Prótons (cargas positivas); Nêutrons (cargas neutras). Os prótons e nêutrons encontram-se no núcleo do átomo, e os elétrons encontram-se nas camadas externas do núcleo. São justamente os elétrons que possuem a facilidade de tornarem-se livres, principalmente os elétrons situados na camada de valência. Ao atritarmos a palma da mão numa blusa de lã, por exemplo, elétrons são transferidos de um corpo para o outro, tornando-os carregados de eletricidade estática. O choque por eletricidade estática possui curta duração, e é o suficiente para descarregar a eletricidade estática acumulada no elemento energizado, podendo não causar efeitos danosos ao corpo devido a curta duração. O choque estático gerado através do atrito entre dois corpos pode provocar o surgimento de faíscas e centelhas, quando isto ocorre em ambientes com a presença de atmosferas explosivas, temos assim a formação do triângulo do fogo: Combustível (podendo ser líquido ou gasoso); Comburente (oxigênio); Fonte de ignição (faíscas, centelhas, etc.). Nestes casos ocorrem riscos de explosões e incêndios. Ao abastecermos o nosso carro nos postos de gasolina devemos tomar bastante cuidado com o acúmulo de eletricidade estática, pois faíscas e centelhas provocados pelo atrito P á g i n a 77

78 entre dois corpos na presença de combustíveis e oxigênio formam uma mistura inflamável. Podemos observar este fato na ilustração seguinte. Ao caminhar sobre um carpete uma pessoa pode acumular uma carga de eletricidade estática de até Volts (em dias secos) ou Volts (em dias úmidos). Quando o piso é de vinil os valores podem variar de Volts (em dias secos) a 400 Volts (em dias úmidos). Uma descarga de 30 Volts é o suficiente para danificar os componentes eletrônicos mais sensíveis do computador, tais como: processadores, chip, HD, etc. Os microcircuitos dos computadores trabalham com uma quantidade mínima de energia, pois são altamente sensíveis à variação de tensão. Portanto, a eletricidade estática acumulada no corpo de uma pessoa, ao se transferir para esses circuitos pode provocar vários danos, mesmo que a pessoa não toque neles. A proximidade do corpo humano com o chip de um computador pode provocar pequenas faíscas elétricas, ou até mesmo a formação de um campo elétrico contrário na placa eletrônica (chamada de indução elétrica). Durante a montagem de um computador, o técnico em eletrônica (ou eletrotécnico) antes de por a mão nos elementos com circuitos impressos, tais como: placa-mãe, placa de vídeo, memória,cpu, etc., deve descarregar a eletricidade estática tocando na massa de um cabo terra ou no radiador de calefação central, ou ainda em qualquer parte metálica condutora e ligada ao solo. Como medida de proteção contra a eletricidade estática existe a pulseira antiestática. Esta pulseira é conectada a um cabo aterrado que permite que as cargas elétricas acumuladas no corpo do operador do equipamento eletrônico seja desfeita P á g i n a 78

79 retornando assim ao equilíbrio. A pulseira também possui um resistor de 1MΩ acoplado em série, cuja finalidade é limitar a corrente de curto-circuito, protegendo desta forma o usuário caso o mesmo toque em um componente energizado CHOQUE DINÂMICO É o choque tradicional, ou seja, surge pelo contato direto da pessoa com a parte energizada da instalação, durando enquanto permanecer o contato e se a fonte de alimentação permanecer energizada. As conseqüências podem ser pequenas contrações musculares, lesões irreversíveis ou até mesmo a morte. O choque dinâmico pode ocorrer por: Toque acidental na parte viva do condutor; Toque em equipamentos e instalações, que se tornaram energizadas acidentalmente por defeito, fissura ou rachadura na isolação. A energização acidental pode ocorrer por: Erros de manobras; Tensões induzidas; Falhas na isolação CHOQUE POR DESCARGA ATMOSFÉRICA Quando ocorre uma descarga atmosférica e esta entra em contato direto ou indireto com uma pessoa, tem-se o choque por raio. Neste caso as conseqüências podem ser queimaduras graves ou a morte imediata. P á g i n a 79

80 O raio ou relâmpago é uma descarga elétrica de grande intensidade que se forma quando a rigidez dielétrica do ar é quebrada, e ocorre entre nuvens ou entre a nuvem e a terra. A descarga é visível com ramificações irregulares, e ocorre uma onda sonora chamada trovão. O raio é capaz de aquecer o ar até a temperatura de C. Denominam-se relâmpagos aquelas descargas elétricas que ocorrem entre as nuvens, e de raios aquelas que ocorrem entre as nuvens e o solo. Existem três tipos de raios: Entre nuvens; Da nuvem para o solo; Do solo para a nuvem. O Brasil é o país com a maior incidência de raios no mundo. No estado do Paraná grande parte das interrupções no fornecimento da energia elétrica ocorre por descargas atmosféricas. Durante as tempestades com raios, devemos observar algumas regras de segurança: Evite ficar ao relento, procure uma edificação/instalação segura; Permaneça dentro de casa; Não recolha roupas estendidas no varal; Não procure abrigo sob árvores; Caso não encontre abrigo, procure não se movimentar, permaneça agachado evitando desta forma o efeito das pontas; P á g i n a 80

81 Não use o telefone; Mantenha-se afastado de portas e janelas abertas, fogões, aquecedores centrais, ferramentas, tubos metálicos, pias e objetos metálicos de grande massa; Não trabalhe em cercas, telefones, linhas de força, tubulações metálicas ou em estruturas de aço durante a tempestade; Não trabalhe com material inflamável, contido em recipiente aberto; Interromper imediatamente o trabalho com tratores, especialmente se estiver puxando equipamentos metálicos; Não permaneça na água, rios, lagos e mares ou em barcos pequenos. Seguem algumas crenças populares sem comprovação científica: Espelhos atraem raios; Um raio não cai duas vezes no mesmo lugar; O pára-raios do meu vizinho está protegendo a minha casa/edificação; A instalação do pára-raios vai atrair raios para as edificações. Contudo, a gravidade do choque elétrico dependerá dos seguintes fatores: O percurso da corrente no corpo humano; Intensidade da corrente; O tempo de duração do choque elétrico; Área de contato (ponta dos dedos, palma das mãos, etc.); Freqüência da corrente (Hz); Intensidade da tensão (V); Características físicas do acidentado. P á g i n a 81

82 ELETROCUSSÃO É a morte provocada pela passagem da corrente elétrica pelo corpo, principalmente pelo coração ou cérebro. Trata-se da execução (morte) do ser humano por cadeira elétrica (eletricidade) CADEIRA ELÉTRICA O condenado é colocado sentado e imobilizado numa cadeira sendo submetido a uma tensão de 2000 Volts. O método consiste em fixar eletrodos no corpo do condenado, uma parte dos eletrodos é colocada na cabeça raspando-se os cabelos, e o restante dos eletrodos são colocados na parte inferior do corpo. Para aumentar a condutividade são colocadas esponjas molhadas de uma solução condutora (eletrólitos) nos eletrodos. Normalmente, o condenado recebe a primeira descarga de 2300 V por 08 segundos, a segunda descarga de 1000 V por 22 segundos e finalmente a terceira descarga de 2300 V por mais 08 segundos. A cadeira é de madeira para não conduzir eletricidade e firmemente presa ao chão, em torno da cadeira o chão é revestido de borracha também para não conduzir eletricidade. Durante a execução a pessoa perde o controle das funções fisiológicas podendo urinar e defecar involuntariamente, por este motivo reveste-se o condenado com uma fralda sob as calças. Um capuz cobre a cabeça do condenado, pois com o choque os músculos do rosto se contraem e os olhos podem saltar das órbitas. Também é comum ocorrer sangramento dos olhos, ouvidos e narinas. Sendo assim, o condenado morre por falência múltipla dos órgãos. Como a corrente entra pela cabeça, o primeiro órgão afetado é o cérebro. A descarga de alta tensão paralisa o órgão, apagando o condenado. O coração paralisa ou, no mínimo, ocorre intensa arritmia. Nas descargas seguintes, ocorre a parada cardíaca. P á g i n a 82

83 O calor gerado pela passagem da corrente elétrica aquece os órgãos vitais internos como os pulmões, estômago e intestinos. Em alguns casos os corpos dos condenados pegaram fogo ELETROPLESSÃO É a morte acidental provocada pela passagem de uma carga letal da corrente elétrica pelo corpo humano. Pode ocorrer por descargas atmosféricas, por contato com cabos ou equipamentos de alta tensão, corpo ou roupa molhada, etc. A palavra eletro+plessão origina-se do grego, elektron = eletricidade e plessein = ferir. Pesquisadores definiram três (03) tipos de efeitos manifestados pelo corpo humano durante a passagem da corrente elétrica, eles serão descritos a seguir. Limiar de Sensação O corpo humano começa a perceber a passagem da corrente elétrica a partir de 01 ma em corrente alternada e 05 ma em corrente contínua. A sensação causada no organismo humano pela passagem da corrente contínua é de aquecimento, e a sensação causada pela passagem da corrente alternada é de formigamento. Limiar de não largar Está associado às contrações musculares provocadas pela corrente elétrica no corpo humano, a corrente alternada a partir de determinado valor, excita os nervos provocando contrações musculares permanentes, com isso cria-se o efeito de agarramento que impede a vítima de soltar-se do circuito, a intensidade da corrente para esse limiar varia entre 09 e 23 ma para os homens e 06 a 14 ma para as mulheres em corrente alternada. Em corrente contínua 51 ma para mulheres e 76 ma para homens. P á g i n a 83

84 Limiar de Fibrilação Ventricular O corpo humano conduz a corrente elétrica, onde cada pessoa oferece uma resistência diferente (varia de acordo com a constituição física de cada um). O coração é afetado pela passagem da corrente elétrica ocasionando alterações no seu ritmo e até mesmo a morte. O músculo cardíaco contrai-se 60 a 100 vezes por minuto devido aos impulsos elétricos gerados no nódulo seno-atrial do coração. Quando ocorre o choque elétrico somam-se e sobrepõem-se impulsos externos, dependendo da intensidade da corrente e da duração do choque, a freqüência do batimento cardíaco poderá ser alterada, produzindo arritmia, e o coração não é mais capaz de exercer sua função vital. Os efeitos provocados pelo choque elétrico no organismo podem variar de acordo com alguns fatores, tais como: Percurso da corrente elétrica pelo corpo humano; Tipo da corrente elétrica; Intensidade da corrente elétrica; Tensão nominal; Duração do choque elétrico; Freqüência da corrente, Resistência do circuito; Características físicas do acidentado. P á g i n a 84

85 A eletricidade pode causar diversos tipos de lesões, podendo agir sobre o Sistema Nervoso Central (SNC) ou coração, causando perda reversível da consciência ou a morte. O choque elétrico também pode causar Prolapso ou Heterotopia (deslocamento dos músculos ou órgãos internos da sua devida posição na cavidade abdominal). O calor produzido pela passagem da corrente elétrica pelo corpo também pode provocar queimaduras na epiderme, derme, tecidos, vasos sanguíneos e órgãos internos. Local de entrada Trajeto Porcentagem da corrente Cabeça Da cabeça para o pé direto 9.7% Cabeça Da cabeça para a mão esquerda 1.8% Mão direita Da mão direita para o pé esquerdo 7.9% Mão direita Da mão direita para mão esquerda 1.8% Pé direito Do pé direito para o pé esquerdo 0.0% P á g i n a 85

86 Observe na tabela 2, abaixo, os efeitos estimados no corpo humano devido a intensidade da corrente elétrica 2.2. ARCO ELÉTRICO, QUEIMADURAS E QUEDAS O arco elétrico, geralmente, ocorre devido à formação de curto-circuito liberando uma grande quantidade de energia calorífica. O arco elétrico é gerado pela ionização do ar devido à conexão elétrica entre dois eletrodos de diferentes potenciais, de diferentes fases ou entre um eletrodo e um circuito de terra. O arco elétrico provocado pelo seccionamento de chaves e disjuntores nas subestações possui energia suficiente para queimar roupas e provocar incêndios, além de emitir vapores e raios ultravioleta. A temperatura do arco elétrico pode chegar até C, equivalente a quatro vezes a temperatura do sol, nenhum material na Terra é capaz de suportar esta temperatura sem que ocorra o seu derretimento e vaporização. P á g i n a 86

87 A energia incidente devido ao arco elétrico pode ser estimada utilizando-se os seguintes parâmetros: Diagrama unifilar da instalação elétrica; Tensão de alimentação; Correntes de curto-circuito; Características dos sistemas de proteção das instalações elétricas (tempo de atuação da proteção); Posição do trabalhador, etc FATORES QUE INFLUENCIAM A FORMAÇÃO DO ARCO ELÉTRICO. São cinco os fatores que influenciam a formação do arco elétrico que serão detalhados a seguir. Corrente Elétrica Quanto menor a corrente, menor o arco e, portanto, menor a temperatura e suas conseqüências. P á g i n a 87

88 Tensão Elétrica Quanto maior a tensão, para uma mesma corrente, maior será o arco e mais dificilmente será extinto. Velocidade de Abertura Quanto menor a velocidade de abertura, maior é o tempo em que os contatos ficam expostos a elevadas temperaturas podendo ser danificados. Meio Ambiente Ambiente úmido com elevada temperatura contribui para a formação de arco elétrico e aumenta sua intensidade. Fator de Potência do Circuito Circuitos puramente resistivos possuem menores riscos de formação do arco elétrico do que circuitos que apresentam bobinas em sua composição CAUSAS DO ARCO ELÉTRICO As causas mais comuns do arco elétrico são: Mau contato ocasionado por aperto insuficiente em conexões de aperto; Depreciação da isolação (sobretensão, sobrecarga e dielétrico comprometido); Defeito de fabricação de componentes ou equipamentos; Projetos de instalação inadequados ou mal dimensionados; Manutenção inadequada; Contatos acidentais de ferramentas ou peças (erro humano). P á g i n a 88

89 QUEIMADURAS PROVOCADAS POR ARCO ELÉTRICO O arco elétrico possui energia suficiente para queimar as roupas e provocar incêndios, emitindo vapores de material ionizado e raios ultravioletas QUEDAS Os acidentes com eletricidade ocorrem de diversas maneiras. Os riscos oferecidos pela eletricidade dependem de diversos fatores: falhas de isolação, falta de aterramento em equipamentos e circuitos elétricos, corrosão dos contatos, rompimento das linhas de transmissão e distribuição, etc. Os riscos de quedas em serviços com eletricidade existem devido à realização de trabalhos em altura, como instalação e manutenção de linhas de transmissão e distribuição, manutenção de equipamentos em plantas industriais, manutenção em antenas de TV, podas de árvores próximas às redes de distribuição, obras na construção civil próxima às redes de distribuição, etc. As quedas são causadas em decorrência de descargas elétricas que ao percorrerem um corpo fazem com que o reflexo da vítima, involuntariamente a faça ser lançada em direção a partes rígidas do sistema, causando seqüelas em diversos membros ou até mesmo a morte. P á g i n a 89

90 Também ocorrem em conseqüência da inadequação de equipamentos de elevação (escadas, cestos, plataformas), de Equipamentos de Proteção Individual, falta de treinamento (capacitação) dos trabalhadores quanto a realização de Trabalhos em Altura, falta de delimitação e sinalização do canteiro ou local do serviço em espaços reservados de plataformas e embarcações CAMPOS ELETROMAGNÉTICOS CAMPOS ELÉTRICOS Um campo elétrico é o campo de força provocado pela ação de cargas elétricas (elétrons, prótons ou íons), ou por sistemas delas, que estão sujeitas a força elétrica. Os campos elétricos interagem entre si quando colocados próximos uns dos outros, produzindo forças. Estas forças são as que produzem a atração entre um corpo carregado com carga positiva e outro com carga negativa, e quando dois corpos possuem cargas iguais ocorre a força de repulsão. P á g i n a 90

91 O campo elétrico é um vetor. Quando o campo elétrico é criado numa carga positiva, por convenção, dizemos que ele terá um sentido de afastamento. Quando o campo elétrico é criado numa carga negativa, por convenção, dizemos que ele terá um sentido de aproximação. A figura a seguir mostra a interação entre dois campos elétricos LEI DE COULOMB Um campo elétrico uniforme apresenta igualdade nas suas linhas de força, ou seja, o campo se mantém igual entre as placas e, por conseqüência, uma carga elétrica posicionada entre elas estará sujeita a uma força cuja intensidade e sentido são constantes ao longo do campo. O cientista francês Charles Coulomb descobriu que a força elétrica que atua sobre dois corpos eletricamente carregados é diretamente proporcional às suas cargas e inversamente proporcional ao quadrado da distância. P á g i n a 91

92 Onde, F = Força medida em Newton (N); K = Constante eletrostática (Nm2/C2); Q = Carga elétrica medida em Coulomb (C); R = Distância medida em metros (m). F = K Q 1 Q 2 R 2 Os campos elétricos nas residências estão entre 1-20 V/m, intensidades altas de campos elétricos da ordem de 1-10 KV/m, estão presentes apenas sob linhas de transmissão de alta tensão, e decrescem a valores menores que 10 V/m a uma distância de 100 m do centro da linha de transmissão (LT). Em subestações de energia elétrica são comuns valores de 1 a 10 KV/m CAMPOS MAGNÉTICOS Campo magnético é a região em volta de um ímã onde ocorrem interações magnéticas. Na figura a seguir temos um ímã em forma de barra. Limalhas de ferro colocadas à sua volta dão uma noção de como é o campo magnético em torno desse ímã. Podemos observar na figura acima que o campo magnético é mais intenso nas extremidades do ímã. P á g i n a 92

93 A representação do campo magnético de um ímã pode ser feita através das linhas de indução magnética. Por convenção adotou-se que as linhas de indução magnética saem do pólo norte do ímã e chega ao pólo sul, como podemos observar na figura abaixo: Campo Magnético Uniforme Um campo magnético uniforme é definido como o campo magnético ou parte dele onde o vetor indução magnética é igual em todos os pontos, ou seja, tem mesmo módulo, direção e sentido. A representação por meio de linha de indução é feita por linhas paralelas e igualmente espaçadas. Um campo magnético estacionário não interage com cargas que tem velocidade não nula na mesma direção do campo magnético. Sempre que uma carga se movimenta na mesma direção do campo magnético, sendo no seu sentido ou contrário, não há aparecimento de forma eletromagnética que atue sobre ela. Quando uma carga é abandonada nas proximidades de um campo magnético estacionário com velocidade em direção diferente do campo, este interage com ela. Ao imaginarmos um fio condutor percorrido por corrente, haverá elétrons livre se movimentando por sua secção transversal com uma velocidade. No entanto, o sentido adotado para o vetor velocidade, neste caso, é o sentido real da corrente. P á g i n a 93

94 Como todos os elétrons livres têm carga (que pela suposição adotada se comporta como se esta fosse positiva), quando o fio condutor é exposto a um campo magnético uniforme, cada elétron sofrerá ação de uma força magnética ELETROÍMÃ Eletroímã é um dispositivo composto por um condutor espiralado por onde circula corrente elétrica em um núcleo, normalmente de ferro, aço, níquel ou cobalto ou algum material ferromagnético. A passagem da corrente elétrica pelo condutor cria um campo magnético no núcleo; ao cessar a passagem da corrente cessa também a existência do campo magnético. A intensidade deste campo magnético depende de alguns fatores, tais como: números de espiras da bobina, intensidade da corrente elétrica e a existência ou não de um núcleo no seu interior. O cientista dinamarquês Hans Oersted em 1820 descobriu que uma agulha magnética podia ser desviada de sua posição de repouso, se um fio condutor fosse colocado perto da bússola. Esta deflexão da bússola só ocorreu quando a corrente elétrica fluía pelo fio de metal. Quando a corrente elétrica era interrompida, a agulha da bússola voltava à posição de repouso. P á g i n a 94

95 Conclusão do experimento: Todo condutor percorrido por corrente elétrica, cria em torno de si um campo eletromagnético. Enrolando um condutor de corrente em torno de um material de núcleo metálico este produz campos magnéticos e cria um fluxo magnético no material ferromagnético do núcleo, formando assim um eletroímã. O campo magnético será concentrado no núcleo. Esta composição é chamada de solenóide. Quanto maior o número de voltas do fio condutor em torno do núcleo, maior será a quantidade de linhas de força magnéticas. Podemos encontrar eletroímãs em diversos equipamentos, tais como: motores, faróis de carro, campainhas, discos rígidos, rádios, geradores, guindastes, solenóides, auto-falantes, telefones, aparelhos de telégrafo, relés, relógios elétricos, ventiladores, geladeiras, lavadoras, batedeiras, chaves automáticas, disjuntores, transformadores, etc. P á g i n a 95

96 SOLENÓIDES Solenóide é uma bobina cilíndrica que ao ser percorrido por uma corrente elétrica cria um campo magnético que é mais intenso em seu interior. Se colocarmos dois núcleos de ferro próximos as extremidades deste solenóide poderemos observar que a força do campo magnético formado puxará os núcleos para o interior do solenóide. Portanto, solenóides são dispositivos capazes de produzir força mecânica ao puxarem o núcleo para o seu interior. Existem vários modelos e aplicações de solenóides, como ilustram as figuras a seguir: P á g i n a 96

97 2.4. TÉCNICAS DE ANÁLISE DE RISCOS Os acidentes são materializações associados a atividades, procedimentos, projetos e instalações, máquinas e equipamentos. Para reduzir a freqüência de acidentes, é preciso avaliar e controlar os riscos. O que pode acontecer de errado? Quais são as causas básicas dos eventos não desejados? Quais são as conseqüências? A análise de riscos é a atividade dirigida à elaboração de uma estimativa (qualitativa ou quantitativa) dos riscos, baseada na engenharia de avaliação e técnicas estruturadas para promover a combinação das freqüências e conseqüências de cenários acidentais. Trata-se de um conjunto de métodos e técnicas que aplicado a uma atividade, identifica e avalia qualitativa e quantitativamente os riscos que essa atividade representa para a população exposta, para o meio ambiente e para a empresa, de uma forma geral. Os principais resultados de uma análise de riscos são a identificação de cenários de acidentes, suas freqüências esperadas de ocorrência e a magnitude das possíveis conseqüências. A análise de riscos deve incluir as medidas de prevenção de acidentes e as medidas para controle das conseqüências de acidentes para os trabalhadores e para as pessoas que vivem ou trabalham próximo à instalação ou para o meio ambiente. As metodologias representam os tipos de processos ou de técnicas de execução dessas análises de riscos da instalação ou da tarefa AVALIAÇÃO DE RISCOS É o processo que utiliza os resultados de análise de riscos e os compara com os critérios de tolerabilidade previamente estabelecidos. P á g i n a 97

98 CONCEITOS A seguir serão detalhados alguns conceitos importantes Risco Capacidade de uma grandeza com potencial para causar lesões ou danos à saúde das pessoas e aos bens patrimoniais. Os riscos podem ser eliminados ou controlados. Perigo Situação ou condição de risco com probabilidade causar lesão física ou dano à saúde das pessoas por ausência de medidas de controle. Dano Perda funcional, material ou econômico decorrente de acidente. Falha Mau desempenho, que pode resultar em risco de acidente. Lesão Pessoal Qualquer dano que o organismo humano sofreu decorrente do acidente do trabalho. Lesão Imediata Lesão manifestada no momento do acidente. Lesão Mediata(Lesão Tardia) Lesão manifestada após a circunstância acidental da qual resultou. P á g i n a 98

99 RISCOS DE ACIDENTES Antes da execução das atividades, deverão ser analisados os riscos inerentes em cada etapa da atividade, observando os principais agentes que causam acidentes. Posicionamento Trabalhos em máquinas cujo ponto de operação permite a introdução de dedos ou da mão. Choque Elétrico Falhas na isolação de cabos e/ou equipamentos, falta de aterramento, curto-circuito, arcos elétricos, etc. Produtos Químicos Contato permanente ou não com qualquer produto químico. Fogo Formação de curto-circuito, arcos elétricos; solda em locais impróprios, riscos de derramamentos ou vazamentos de produtos inflamáveis que possibilitem fogo pela natureza da atividade ou do ambiente GERENCIAMENTO DE RISCOS É a formulação e a execução de medidas e procedimentos técnicos e administrativos que têm o objetivo de prever, controlar ou reduzir os riscos existentes na instalação industrial, objetivando mantê-la operando dentro dos requerimentos de segurança considerados toleráveis. P á g i n a 99

100 NÍVEIS DE RISCO: Catastrófico; Moderado; Desprezível; Crítico; Não Crítico CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS QUANTO À SEVERIDADE DAS CONSEQUÊNCIAS Categoria I (Desprezível) Quando as conseqüências/danos estão restritas à área industrial da ocorrência do evento com controle imediato. Categoria II (Marginal) Quando as conseqüências/danos atingem outras subunidades e/ou áreas não industriais com controle e sem contaminação do solo, ar ou recursos hídricos. Categoria III (Crítica) Quando as conseqüências/danos provocam contaminação temporária do solo, ar ou de recursos hídricos, com possibilidade de ações de recuperação imediatas. Categoria IV (Catastrófica) Quando as conseqüências/danos atingem áreas externas, comunidade circunvizinha e/ou meio ambiente. P á g i n a 100

101 PRINCIPAIS TÉCNICAS PARA A IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS/PERIGOS Análise de Falha Humana Método que identifica as causas e os efeitos dos erros humanos observados em potencial. O método também identifica as condições dos equipamentos e dos processos que possam contribuir para esses erros. Método de Análise de Falhas e de Efeitos Método específico de análise de riscos, concebido para ser utilizado em equipamentos mecânicos, com o objetivo de identificar as falhas potenciais que possam provocar acontecimentos ou eventos adversos e também efeitos desfavoráveis desses eventos. É um método de análise de riscos tecnológicos que consiste: Na tabulação de todos os sistemas e equipamentos existentes numa instituição ou plante industrial. Na identificação das modalidades de falhas possíveis em cada um deles. Na especificação dos efeitos desfavoráveis destas falhas sobre o sistema e sobre o conjunto das instalações. Análise de Segurança de Sistemas Têm por finalidade avaliar e aumentar o grau de confiabilidade e o nível de segurança intrínseca de um sistema determinado, para os riscos previsíveis. Segurança intrínseca é o inverso da insegurança ou nível de vulnerabilidade, todos os projetos de redução de riscos e de preparação para desastres concorrem para incrementar o nível de segurança. P á g i n a 101

102 Análise Preliminar De Riscos (Pha/Apr) É uma técnica qualitativa cujo objetivo consiste na identificação dos riscos/perigos potenciais decorrentes de novas instalações ou de operação das já existentes. Em dada para cada evento perigoso identificado em conjunto com as respectivas conseqüências, um conjunto de causas é levantado, possibilitando a classificação qualitativa do risco associado, com categorias preestabelecidas de freqüência de ocorrência do cenário de acidente e de severidade das conseqüências. A APR/APP permite uma ordenação qualitativa dos cenários de acidentes encontrados, facilitando a proposição e a priorização de medidas para redução dos riscos da instalação, quando julgadas necessárias, além da avaliação da necessidade de aplicação de técnicas complementares de análise. A metodologia adotada nas Análises Preliminares de Riscos ou Perigos compreende a execução das seguintes tarefas: Definição dos objetivos e do escopo da análise; Definição das fronteiras das instalações analisadas; Coleta de informações sobre a região, as instalações, as substâncias perigosas envolvidas e os processos; Subdivisão da instalação em módulos de análise; Realização da APR/APP propriamente dita (preenchimento da planilha; Elaboração das estatísticas dos cenários identificados por categorias da freqüência e de severidade; Análise dos resultados, elaboração de recomendações e preparação do relatório. P á g i n a 102

103 As principais informações requeridas para a realização de uma APR/APP são as seguintes: Sobre as instalações: especificações técnicas de projeto, especificações de equipamentos, lay out das instalações e descrição dos principais sistemas de proteção e segurança; Sobre os processos: descrição dos processos envolvidos; Sobre as substâncias: características e propriedades físicas e químicas. Para simplificar a realização da análise, as instalações estudadas são divididas em módulos de análise, os quais podem ser: unidades completas, locais de serviço elétrico ou partes específicas das instalações. A divisão das instalações é feita com base em critérios de funcionalidade, complexidade e proximidade física. Checklist É um documento que tem como objetivo criar o hábito de verificar os itens de segurança antes da fase de execução de cada atividade, contribuindo na prevenção e detecção dos riscos de acidente, no planejamento das tarefas e visando sempre a segurança. São comumente usados para identificar os riscos associados a um processo e para assegurar a concordância entre as atividades desenvolvidas e os procedimentos operacionais padronizados. Normalmente, os checklists são utilizados para embasar ou fortalecer os resultados obtidos por outras técnicas de Análise de Riscos. P á g i n a 103

104 Operação: Desativar subestação aérea ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS E PERIGOS (APRP) Referência Revisão ETAPA RISCO OU PERIGO EFEITO POSSÍVEL RECOMENDAÇÕES E CONTROLE Subida de eletricista no poste 1 - Choque elétrico 2 - Queda Fratura Queimaduras; Parada Cardíaca; Parada Respiratória; Queda 1 - Confrontar as informações da OS com a realidade; 2 -Solicitar o desligamento do alimentador; 3 - Aguardar a confirmação do desligamento; 4 - Fazer o teste de ausência de tensão; 5 - Retirada dos fusíveis (sinalização, decidir); 6 - Ligar o aterramento provisório; 7 - Fazer novo teste de ausência de tensão 1 - Posicionar a escada corretamente; 2 - O eletricista se postar de maneira segura; 3 - Uso de EPI s adequados Desconecção dos circuitos primários e secundários do transformador Retirada do transformador 1 -Queda Fratura 2 - Queda de materiais e ferramentas 1 - Queda do transformador Ferimentos 1 - Posicionamento correto do eletricista; 2 - Uso de EPI s adequados 1 - Treinamento do trabalhador em subir escadas; 2 - Isolamento da área com sinalização; 3 - Içar as ferramentas em cestas adequadas 1 - Isolamento e sinalização da área; 2 - Utilização correta dos equipamentos (içamento); 3 - Inspeção minuciosa dos itens de fixação; 4 - Cuidado na descida do transformador; 5- Não se postar abaixo do transformador; 6 - Retirar o aterramento provisório; 7 - Autorizar o religamento do alimentador P á g i n a 104

105 2.5. MEDIDAS DE CONTROLE DO RISCO ELÉTRICO É o conjunto de ações adotadas para controlar, minimizar ou eliminar os riscos que uma atividade possa oferecer à saúde, integridade física e segurança dos trabalhadores que atuam direta ou indiretamente com eletricidade. De acordo com a NR-10 em seu item Em todas as intervenções em instalações elétricas devem ser adotadas medidas preventivas de controle do risco elétrico e de outros riscos adicionais, mediante técnicas de análise de risco, de forma a garantir a segurança e a saúde no trabalho DESENERGIZAÇÃO É o conjunto de procedimentos seqüenciados e controlados visando garantir a ausência de tensão durante a realização de atividades de manutenção, instalação, inspeção, medição, geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. Este procedimento é geralmente realizado por dois profissionais eletricistas devidamente qualificados, capacitados e autorizados. A NR-10 estabelece em seu item Somente serão consideradas desenergizadas as instalações elétricas liberadas para trabalho, mediante os procedimentos apropriados, sendo obedecida a seqüência abaixo. a) Seccionamento; b) Impedimento de reenergização; c) Constatação da ausência de tensão; d) Instalação de aterramento temporário com equipotencialização dos condutores dos circuitos; e) Proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada (Anexo I); f) Instalação da sinalização de impedimento de reenergização. P á g i n a 105

106 Seccionamento É a ação de interrupção da alimentação elétrica em um equipamento ou circuito, ou seja, interrompendo a passagem ou circulação da corrente elétrica sobre os mesmos. A interrupção é executada com a manobra local ou remota do respectivo dispositivo de manobra, geralmente o disjuntor alimentador do equipamento, chaves seccionadoras, chaves fusíveis, chaves facas ou circuito a ser isolado. Para garantir que o seccionamento do equipamento ou circuito ocorreu de forma segura, deve-se realizar a constatação visual da separação dos contatos dos respectivos dispositivos de manobra, tais como: chaves seccionadoras, chaves facas, chaves fusíveis, disjuntores, etc, evitando assim que o equipamento ou circuito a ser isolado permaneça sob tensão. Para evitar a formação de arco, recomenda-se que a abertura dos contatos da seccionadora a ser manobrada somente seja efetuada após o desligamento do equipamento ou circuito a ser seccionado. P á g i n a 106

107 Bloqueio e Impedimento de Reenergização O objetivo deste processo é impedir o religamento ou reenergização do equipamento e/ou circuito seccionado ou desenergizado. Este procedimento pode ser realizado por meio de bloqueio mecânico, por exemplo: Em chaves seccionadoras de alta tensão, utilizando cadeados que impeçam a manobra de religamento pelo travamento da haste de manobra; Retirada dos fusíveis de alimentação do local; Travamento da manopla dos disjuntores por cadeado ou lacre; Extração do disjuntor quando possível. P á g i n a 107

108 Constatação da Ausência de Tensão É o ato de verificar/constatar a ausência de tensão nos condutores do circuito, equipamento ou sistema que será realizada a manutenção. Para constatar a ausência de tensão são utilizados equipamentos de detecção de tensão, tais como: detector de tensão por aproximação, detector de tensão por contato ou o próprio voltímetro (para equipamentos que operam em baixa tensão). Dependendo do fabricante e/ou modelo do detector de tensão, este emitirá um sinal sonoro e luminoso indicando a presença ou ausência de tensão. A utilização do detector de tensão ou voltímetro dependerá do nível de tensão a ser testado e até mesmo dos dados construtivos da instalação, circuito, equipamento ou sistema. Esta medida de controle preventiva contra riscos elétricos permite detectar se o circuito, equipamento ou sistema seccionado está sofrendo a ação de tensões induzidas devido à aproximação a outros circuitos energizados, evitando desta forma que o trabalhador sofra o risco de um choque elétrico. Aterramento Temporário O aterramento temporário é uma ligação elétrica confiável e intencional à terra, com a finalidade de garantir a equipotencialidade continuamente durante a intervenção na instalação elétrica. Para garantir a segurança pessoal de quem executa trabalhos de manutenção e construção em instalações elétricas desenergizadas, o aterramento temporário deve apresentar alguns preceitos mínimos quanto à especificação, utilização e conservação do conjunto de aterramento temporário. P á g i n a 108

109 Para a execução do aterramento, devemos seguir às seguintes etapas: Solicitar e obter autorização formal; Afastar as pessoas não envolvidas na execução do aterramento e verificar a desenergização; Delimitar a área de trabalho, sinalizando-a; Confirmar a desenergização do circuito a ser aterrado temporariamente; Inspecionar todos os dispositivos utilizados no aterramento temporário antes de sua utilização; Ligar o grampo de terra do conjunto de aterramento temporário com firmeza à malha de terra e em seguida a outra extremidade aos condutores ou equipamentos que serão ligados à terra, utilizando equipamentos de isolação e proteção apropriados à execução da tarefa (varas ou bastões de manobras por exemplo); Obedecer aos procedimentos específicos de cada empresa; Na rede de distribuição deve-se trabalhar, no mínimo, entre dois aterramentos. Para a especificação do Aterramento Temporário é necessário o conhecimento das características técnicas de seus componentes e alguns dados construtivos de projetos da instalação elétrica, tais como: Nível de tensão; Corrente máxima de curto-circuito; Bitola máxima dos condutores; Tipo de altura máxima das estruturas. P á g i n a 109

110 Proteção dos Elementos Energizados Existentes na Zona Controlada (Anexo I) Consiste na isolação dos elementos energizados existentes na Zona Controlada. Os equipamentos utilizados para realizar a proteção das partes vivas são fabricados em materiais isolantes, possuem propriedades dielétricas adequadas e tensão máxima de operação definida e são considerados EPC s, tais como: obstáculos, barreiras, invólucros, mantas isolantes, etc. Para manter as propriedades ao longo do tempo destes equipamentos isolantes, deve-se submetê-los periodicamente a um processo de limpeza de acordo com as instruções do fabricante. Também precisam ser certificados e quando danificados devem ser substituídos imediatamente ZONA DE RISCO É a área em torno do ponto da instalação energizado, cuja dimensão é estabelecida de acordo com o nível de tensão do ponto energizado e conforme a tabela do Anexo I da NR-10. A aproximação só é permitida a profissionais autorizados mediante a adoção de técnicas e instrumentos de trabalhos específicos ZONA CONTROLADA É a área em torno do ponto da instalação energizado, situada logo após a Zona de Risco, cuja dimensão é estabelecida de acordo com o nível de tensão do ponto energizado e conforme a tabela do Anexo I da NR-10 A aproximação às Zonas de Risco e Controlada só é permitida a profissionais autorizados conforme estabelece os seguintes itens da norma NR- 10: P á g i n a 110

111 As intervenções elétricas com tensão igual ou superior a 50 Volts em corrente alternada ou superior a 120 Volts em corrente contínua somente podem ser realizadas por trabalhadores que atendam ao que estabelece o item 10.8 desta Norma Os trabalhadores de que trata o item anterior devem receber treinamento de segurança para trabalhos com instalações elétricas energizadas, com currículo mínimo, carga horária e demais determinações estabelecidas no Anexo II desta NR Os trabalhos que exigem o ingresso na Zona Controlada devem ser realizados mediante procedimentos específicos respeitando as distâncias previstas no Anexo I Os trabalhadores com atividades não relacionadas às instalações elétricas desenvolvidas em Zona Livre e na vizinhança da Zona Controlada, conforme define esta NR, devem ser instruídos formalmente com conhecimentos que permitam identificar e avaliar seus possíveis riscos e adotar as precauções cabíveis. Quando se faz a sinalização no piso, nas proximidades de um painel elétrico, estes limites referem-se à situação em que o painel está aberto, e as suas partes vivas tornam-se acessíveis. Uma vez fechado com a chave, e acesso controlado, restrito a pessoas autorizadas, a zona livre vai até a barreira, representada pela porta do painel. P á g i n a 111

112 DISTÂNCIAS NO AR QUE DELIMITAM RADIALMENTE AS ZONAS DE RISCO, CONTROLADA E LIVRE, COM INTERPOSIÇÃO DE SUPERFÍCIE DE SEPARAÇÃO FÍSICA ADEQUADA. DISTÂNCIAS NO AR QUE DELIMITAM RADIALMENTE AS ZONAS DE RISCO, CONTROLADA E LIVRE. Faixa de tensão Nominal da instalação elétrica em kv Rr - Raio de delimitação entre zona de risco e controlada em metros Rc - Raio de delimitação entre zona controlada e livre em metros <1 0,20 0,70 e <3 0,22 1,22 e <6 0,25 1,25 e <10 0,35 1,35 e <15 0,38 1,38 e <20 0,40 1,40 e <30 0,56 1,56 e <36 0,58 1,58 e <45 0,63 1,63 e <60 0,83 1,83 e <70 0,90 1,90 e <110 1,00 2,00 e <132 1,10 3,10 e <150 1,20 3,20 e <220 1,60 3,60 e <275 1,80 3,80 e <380 2,50 4,50 e <480 3,20 5,20 e <700 5,20 7,20 TABELA DE RAIOS DE DELIMITAÇÃO DE ZONAS DE RISCO, CONTROLADA E LIVRE P á g i n a 112

113 Instalação da Sinalização de Impedimento de Energização O objetivo deste procedimento é adotar uma sinalização adequada de segurança destinada à advertência e à identificação da condição de desenergização e informações do responsável ou dos responsáveis (quando mais de um trabalhador ou equipe atuam no mesmo equipamento, circuito e/ou sistema). As etiquetas, placas, ou cartões de sinalização do travamento ou bloqueio devem ser adequadamente fixados nos cadeados ou bloqueadores dos equipamentos ou circuitos desenergizados. A remoção da sinalização de impedimento de energização somente poderá ser realizada após a verificação da ausência de anormalidades ou conclusão da manutenção (preventiva, preditiva ou corretiva). O trabalhador deverá remover do local as ferramentas, utensílios e equipamentos, e por fim o dispositivo individual de travamento e a etiqueta correspondente. Após a inspeção geral e certificação da retirada de todos os travamentos, cartões, etiquetas e bloqueios, os responsáveis pelos serviços providenciarão a remoção dos conjuntos de aterramentos temporários (respeitando a ordem inversa à de sua instalação) e adotarão os procedimentos de liberação do sistema elétrico para operação PROCEDIMENTOS DE REENERGIZAÇÃO É o conjunto de procedimentos seqüenciados e controlados adotados ao término dos serviços de manutenção preventiva, preditiva ou corretiva, instalação, medição e/ou inspeção, com o objetivo de energizar (religar) o equipamento e/ou circuito desenergizado, permitindo que o mesmo retorne ao seu estado normal de operação. Segue abaixo o procedimento de reenergização de acordo com a NR-10. P á g i n a 113

114 O estado de instalação desenergizada deve ser mantido até a autorização para reenergização, devendo ser reenergizada respeitando a seqüência de procedimentos abaixo: a) Retirada das ferramentas, utensílios e equipamentos; b) Retirada da Zona Controlada de todos os trabalhadores não envolvidos no processo de reenergização; c) Remoção do aterramento temporário, da equipotencialização e das proteções adicionais; d) Remoção da sinalização de impedimento de reenergização, e; e) Destravamento, se houver, e religação dos dispositivos de seccionamento. Os procedimentos de desenergização e reenergização deverão ser obedecidos, respeitados e executados em todas as intervenções elétricas nas quais serão executadas as atividades de manutenção, instalação, medição e/ou inspeção; cuja finalidade é garantir a saúde, segurança e integridade física do trabalhador que atua direta ou indiretamente em instalações elétricas. Estes procedimentos somente poderão ser alterados ou substituídos de acordo com o item abaixo da NR As medidas constantes das alíneas apresentadas nos itens e podem ser alteradas, substituídas, ampliadas ou eliminadas, em função das peculiaridades de cada situação, por profissional legalmente habilitado, autorizado e mediante justificativa técnica previamente formalizada, desde que seja mantido o mesmo nível de segurança originalmente preconizado ATERRAMENTO E EQUIPOTENCIALIZAÇÃO O aterramento e a equipotencialização são fundamentais para a garantia do funcionamento adequado dos sistemas de proteção contra choques elétricos. A terra (solo) pode ser considerada um condutor por meio do qual a corrente elétrica pode fluir, dispersando-se. P á g i n a 114

115 O aterramento é a ligação elétrica intencional e de baixa impedância com a terra. Consiste em algum tipo de contato das massas e elementos condutores com o solo, de forma que todos os componentes do sistema de aterramento possam estar no potencial mais próximo possível do solo. O principal objetivo do aterramento em instalações elétricas é proteger os equipamentos, circuitos, sistemas e as pessoas contra uma falta (curto-circuito, sobrecargas, descargas atmosféricas, etc.) na instalação. O sistema de aterramento também oferece um caminho seguro, controlado e de baixa resistência em direção a terra para as correntes induzidas por descargas atmosféricas. Abordaremos agora conceitos associados a aterramento: Aterramento Direto É a ligação intencional da carcaça de um equipamento elétrico com a terra, utilizando apenas os condutores elétricos necessários. Aterramento Indireto Consiste na inserção intencional de um resistor ou reator, introduzindo uma impedância no caminho da corrente à terra. Cargas Estáticas As cargas estáticas acumuladas em estruturas, suportes e carcaças de equipamentos devem ser conduzidas à terra pelo sistema de aterramento. Desta forma, evita-se o choque por acúmulo de eletricidade estática. Nas instalações elétricas são considerados três tipos de aterramento: Aterramento Funcional Ligação à terra de um dos condutores (geralmente o neutro), para o funcionamento correto, seguro e confiável da instalação. Aterramento de Proteção Ligação à terra das massas e dos elementos condutores estranhos à instalação, para proteção contra choques elétricos por contatos indiretos. P á g i n a 115

116 Aterramento Temporário ou de Trabalho O objetivo é permitir ações seguras de manutenção em partes da instalação normalmente sob tensão, postas fora de serviço para esse fim. Tratase de um aterramento provisório. De acordo com a Norma Regulamentadora NR-10 capítulo Segurança em Projetos observam-se os seguintes itens abaixo: O projeto deve definir a configuração do esquema de aterramento, a obrigatoriedade ou não da interligação entre o condutor neutro e o de proteção e a conexão à terra das partes condutoras não destinadas à condução da eletricidade Sempre que for tecnicamente viável e necessário, devem ser projetados dispositivos de seccionamento que incorporem recursos fixos de eqüipotencialização e aterramento do circuito seccionado Todo projeto deve prever condições para a adoção de aterramento temporário TERMOS E DEFINIÇÕES Condutor de Aterramento Condutor ou elemento metálico que faz a ligação elétrica entre a instalação que deve ser aterrada e o eletrodo de aterramento. Eletrodos de Aterramento É o condutor ou o conjunto de condutores enterrados no solo, intimamente ligados à terra para fazer um aterramento. Podendo-se ter uma simples haste enterrada como várias hastes enterradas e interligadas, e diversos outros tipos de condutores em diversas configurações. Malha de Aterramento Conjunto de condutores, interligados e enterrados no solo. P á g i n a 116

117 Resistência de Aterramento (De Um Eletrodo) Resistência ôhmica entre o eletrodo de aterramento e o terra de referência. Sistema de Aterramento Conjunto de todos os condutores e eletrodos de aterramento interligados entre si, assim como partes metálicas que atuem com a mesma função, tais como: pés de torre, armadura de fundações, estacas metálicas e outros. O solo é um meio geralmente heterogêneo, o valor de sua resistividade varia de local para local em função do tipo, nível de umidade, profundidade das camadas, idade de formação geológica, temperatura, salinidade e outros fatores naturais, sendo também afetado por valores externos como contaminação e compactação. Os solos que contêm resíduos vegetais, os pantanosos e os situados no fundo de vales e nas margens de rios apresentam resistividade mais baixa. Os solos que apresentam maior resistividade são os arenosos, os rochosos e os situados em locais altos e desprovidos de vegetação. Natureza do solo Resistividade (Ωm) Solos alagadiços / Pantanosos 5 a 30 Lodo 20 a 100 Húmus 10 a 150 Argila plástica 50 Margas e argilas compactas 100 a 200 Areia argilosa 50 a 500 Areia silicosa 200 a 3000 solo pedregoso nú 1500 a 3000 Solo pedregoso com relva 300 a 500 Calcáreos moles 100 a 400 Calcáreos compactos 1000 a 5000 Calcáreos fissurados 500 a 1000 Xisto 50 a 300 Micaxisto 800 Granito / Arenito 100 a P á g i n a 117

118 ATERRAMENTO FUNCIONAL (TN, TT, IT) De acordo com a norma brasileira NBR 5410/2004 são considerados os seguintes esquemas de aterramento TN, TT, IT. Nas figuras abaixo observamos a simbologia dos condutores utilizados nos esquemas de aterramento: A simbologia utilizada na classificação dos esquemas de aterramento: PRIMEIRA LETRA Representa a situação da alimentação em relação à terra. T = um ponto diretamente aterrado; I = isolação de todas as partes vivas em relação à terra ou aterramento de um ponto através de uma impedância. SEGUNDA LETRA Representa a situação das massas em relação à terra. T = massas diretamente aterradas, independentemente do aterramento eventual de um ponto da alimentação; N = massas ligadas ao ponto da alimentação aterrado (em corrente alternada, o ponto aterrado é normalmente o neutro); Outras letras indicam a disposição do condutor neutro e do condutor de proteção S = funções de neutro e de proteção asseguradas por condutores distintos; C = funções de neutro e de proteção combinadas em um único condutor (condutor PEN). SIMBOLOGIA PARA ESQUEMAS DE ATERRAMENTO P á g i n a 118

119 Esquema TN Possui um ponto da alimentação diretamente aterrado, geralmente o neutro, sendo as massas ligadas a esse ponto através de condutores de proteção. Esquema TN-S Neste esquema o condutor neutro e o condutor de proteção são distintos. O condutor PE está sempre praticamente no mesmo potencial do aterramento da fonte, ou seja, com tensão zero ou quase zero em toda a sua extensão. Esquema TN-C Neste esquema as funções de neutro e de proteção estão combinadas em um único condutor, na totalidade do esquema. A tensão do condutor PEN junto da carga não é igual a zero, porque existem correntes de carga (incluindo harmônicas) e de desequilíbrio retornando pelo neutro, causando desta forma quedas de tensão ao longo do condutor PEN. Portanto, as massas dos equipamentos elétricos não estão no mesmo potencial do aterramento da fonte. Sendo assim, sempre há uma diferença de potencial entre a mão e o pé do operador que toca o equipamento elétrico. Outro perigo deste esquema é a perda (ruptura) do condutor neutro (N), quando, instantaneamente, o potencial do P á g i n a 119

120 condutor de fase passa para a massa da carga, colocando em risco a segurança humana. Esquema TN-C-S Neste esquema as funções de neutro e de proteção estão combinadas em um único condutor em uma parte da instalação, e na outra parte da instalação o condutor neutro e o condutor de proteção são distintos. P á g i n a 120

121 Esquema TT Este esquema possui um ponto da alimentação diretamente aterrado, estando as massas da instalação ligadas a eletrodo(s) de aterramento eletricamente distinto(s) do eletrodo de aterramento da alimentação. Neste esquema TT, a corrente de curto-circuito depende da qualidade do aterramento da fonte de alimentação e da massa da instalaçção. Se o aterramento não for de boa qualidade, a proteção pode não atuar ou demorar muito para atuar, colocando em risco a segurança humana. O esquema TT é geralmente utilizado quando a fonte de alimentação e a carga estão muito distantes uma da outra. P á g i n a 121

122 Esquemas IT Neste esquema todas as partes vivas são isoladas da terra ou um ponto da alimentação é aterrado através do uso de impedância (Z) de valor elevado, normalmente na ordem de 1000 Ω a 2000 Ω entre o neutro do enrolamento de baixa tensão (BT) do transformador e a terra. Muitas indústrias utilizam o esquema IT em alguns dos seus setores, no qual o valor da impedância (Z), é constituída por uma reatância projetada cuja finalidade é que a corrente de curto-circuito para a primeira falta fase-massa, seja limitada a um baixo valor (por exemplo 5 A). Neste caso não existe a necessidade de desligar o circuito, aciona-se apenas a equipe de manutenção; e esta por sua vez pode programar seu serviço para um horário mais adequado, e a produção do setor industrial (processos metalúrgicos, salas cirúrgicas, etc.) continua normalmente. As massas da instalação são aterradas, de acordo com as seguintes possibilidades: Massas aterradas no mesmo eletrodo de aterramento da alimentação, quando existente; Massas aterradas em eletrodo(s) de aterramento próprio(s), seja porque não há eletrodo de aterramento da alimentação, seja porque o eletrodo de aterramento das massas é independente do eletrodo de aterramento da alimentação. P á g i n a 122

123 P á g i n a 123

124 O neutro pode ser ou não distribuído ESQUEMAS IT MÉDICO Nos Estados Unidos por volta de 1973, foi proposta a adoção de um sistema isolado para fornecimento de energia elétrica em salas de cirurgia. Este sistema ficou conhecido como sistema IT e está normalizado pelo IEC Ed. 1.0 b Electrical Installations of Buildings Requirements for Special Installations or Locations Medical Locations, Part , A NBR13534 em sua 2 edição vigente a partir de 28/07/2008 especifica os equipamentos do esquema IT Médico. Os locais médicos do Grupo 2 (salas cirúrgicas, UTIs, salas de procedimentos invasivos como os intracardíacos, de emergência, de hematologia entre outras) devem ter esquema de aterramento IT. Este sistema tem como principal função impedir que a primeira falha interrompa o fornecimento de energia elétrica durante a cirurgia. O sistema IT também foi proposto para que a primeira falha não produzisse centelha elétrica, capaz de inflamar os gases produzidos pela evaporação de anestésicos, muito utilizados em P á g i n a 124

125 Cada conjunto de locais destinados à mesma função deve ser provido ao menos de um esquema IT Médico exclusivo. É recomendado que cada sala cirúrgica seja provida de um esquema IT Médico exclusivo. Em UTIs o limite de potência do transformador determina o número de leitos a serem alimentados e desta forma o número do esquema IT Médico para supervisão. No sistema IT em que os condutores de alimentação não possuem tensão elétrica referenciada ao terra, um contato acidental F1 com o Terra não provocaria nenhuma faísca. Mantido este contato acidental de F1 com o Terra, uma segunda falha, colocando F2 em contato com outro ponto aterrado, provocaria a faísca e o desligamento da alimentação, feito pelos disjuntores. Para aumentar a segurança deste sistema IT, foi adicionado ao transformador isolador um Dispositivo de Supervisão de Isolamento, DSI, capaz de avisar por alarme sonoro, quando a resistência elétrica entre F1, ou F2 e o aterramento diminui abaixo de um valor selecionado, normalmente 50 KΩ. Atualmente, vários países adotam o sistema IT de forma obrigatória. O esquema IT Médico é formado pelos seguintes equipamentos: Transformador de Separação (trafo isolador); Dispositivo Supervisor de Isolamento (DSI); Anunciador de alarme e teste; Equipamentos para localização de falhas. 10KVA. A potência de cada transformador de separação não deve ser maior que P á g i n a 125

126 ATERRAMENTO DE PROTEÇÃO Consiste na ligação à terra das massas e dos elementos condutores estranhos à instalação, e possui os seguintes objetivos: Limitar o potencial entre massas, entre massas e entre elementos condutores estranhos à instalação, e entre os dois e a terra, a um valor seguro sob condições normais e anormais de funcionamento. Proporcionar às correntes de falta um caminho de retorno para terra de baixa impedância, de modo que o dispositivo de proteção possa atuar adequadamente ATERRAMENTO TEMPORÁRIO O aterramento de trabalho (ou temporário) tem como objetivo permitir ações seguras de manutenção em partes da instalação normalmente sob tensão, postas fora de serviço para esse fim. Trata-se de um aterramento provisório. O emprego do aterramento temporário se deve também aos riscos existentes de uma energização acidental, onde os fatores mais comuns são: Erros de manobra, como a abertura da chave seccionadora errada por desorientação do eletricista ou responsável, etc.; Contato acidental com outro circuito energizado; Tensão induzida, como a indução eletromagnética por circuitos duplos e longos (circuitos próximos); Descargas atmosféricas; Falhas na isolação; Fontes de alimentação de terceiros, como a ligação de geradores particulares em paralelo com a rede desenergizada. P á g i n a 126

127 CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS E FUNCIONAIS Elementos do conjunto de aterramento e curto-circuitamento temporário: Vara ou Bastão de Manobra Destinado a garantir o isolamento necessário as operações de colocação e retirada do conjunto na rede de energia elétrica. Grampos de Condutores Estabelece a conexão dos demais itens do conjunto com os pontos a serem aterrados. Grampo de Terra Estabelece a conexão dos demais itens do conjunto com o ponto de terra, trado, estrutura metálica, etc. Trapézio de Suspensão Permite a elevação simultânea à linha a ser aterrada e estabelece a conexão dos cabos de interligação das fases. Cabos de Aterramento É através dele que fluem as eventuais correntes que possam surgir acidentalmente no sistema. Trado de Aterramento É utilizado para estabelecer a ligação dos demais elementos do conjunto com o solo visando a obtenção de uma baixa resistência de terra. Estojo de Acondicionamento Para manter o conjunto de aterramento e curto-circuitamento temporário em perfeitas condições, pronto para ser utilizado com segurança quando for necessário, exige-se o mínimo de cuidado com o seu manuseio e transporte. Hoje encontramos no mercado basicamente dois tipos de conjunto de aterramento e curto-circuitamento temporário os quais se diferem basicamente em ter ou não o grampo de conexão ao neutro, ou em seu lugar o trapézio tipo sela. P á g i n a 127

128 ESPECIFICAÇÃO DO CONJUNTO DE ATERRAMENTO E CURTO-CIRCUITAMENTO TEMPORÁRIO Para especificar o conjunto de aterramento e curto-circuitamento temporário, além da necessidade do conhecimento das características técnicas de seus componentes, também devemos conhecer alguns detalhes fundamentais da instalação elétrica onde o mesmo será utilizado: Nível de tensão; Corrente máxima de curto-circuito; Bitola máxima dos condutores; Tipo de altura máxima das estruturas; Distância máxima entre fases e fase central ao neutro LIGAÇÃO EQUIPOTENCIAL Um bom aterramento ainda não é capaz de impedir que a corrente elétrica circule por elementos condutores metálicos estranhos à ligação elétrica, tais como: peças metálicas da estrutura de construção, chassis de alumínio, vigas de aço, canalizações metálicas do edifício (água, gás, aquecimento central, ar condicionado, etc...). A ligação equipotencial liga entre eles e à terra todas as partes condutoras acessíveis da construção e todas as canalizações de gás, água e aquecimento. O objetivo da ligação equipotencial é evitar diferenças de potencial perigosas, ou seja, entre massas e entre massas e os elementos P á g i n a 128

129 condutivos estranhos à instalação, contribuindo assim com a segurança das pessoas e permitindo o correto funcionamento dos equipamentos elétricos. Para haver equipotencialização numa edificação, é necessário que todos os aterramentos (condutor de proteção, neutro, terra da instalação telefônica, capas metálicas de cabos, tubulações matálicas de água e eletrodutos, etc..) sejam interligados. A barra PE do quadro de distribuição principal da edificação pode acumular a função de BEP (Barramento de Equipotencialização principal), através do qual todos os elementos relacionados a um sistema de aterramento, possam ser conectados direta ou indiretamente. Também existem ligações equipontenciais suplementares, como à casa de banho (locais contendo banheiras ou chuveiros). A ligação equipotencial suplementar tem como finalidade a equipotencialização de todos os elementos condutores da casa de banho e a limitação da tensão de contato a um valor não perigoso. Esta ligação deve ser conectada ao condutor de proteção do circuito que alimenta a casa de banho. A equipotencialização de proteção, ou seja, a realização de ligações equipotenciais tem geralmente uma ligação referida como ligação equipotencial principal e as ligações equipotenciais adicionais são geralmente referidas como ligações equipotenciais locais. A ligação equipotencial principal é aquela associada ao terminal de aterramento principal (TAP), ao qual se conectam as tubulações metálicas de serviços e utilidades, o mais próximo possível do ponto em que ingressam na edificação, e das estruturas metálicas e outros elementos condutivos que integram a edificação. As ligações equipotenciais locais são aquelas destinadas a constituir um ponto de referência, de forma que a ocorrência de uma falta, seu potencial possa P á g i n a 129

130 ser considerado como praticamente equivalente ao da ligação equipotencial principal. O condutor para equipotencialização principal deve ter no mínimo a metade da secção do condutor de proteção de maior secção e no mínimo: 6 mm 2 (Cobre); 16 mm 2 (Alumínio); 50 mm 2 (Aço) EQUIPOTENCIALIZAÇÃO EM LINHAS VIVAS Método ao Potencial Método pelo qual o trabalhador faz contato direto com a tensão da linha de transmissão (69 KV a 750 KV), permanecendo no mesmo potencial da rede elétrica. Para garantir a segurança do trabalhador durante a execução da manutenção é importante o emprego de medidas de segurança que garantam o mesmo potencial elétrico no corpo inteiro do trabalhador, como a utilização de vestimentas condutivas (roupas, botas, luvas, capuzes), ligadas através de cabo condutor elétrico e cinto a rede objeto da atividade. É necessário treinamentos e capacitação específicos dos trabalhadores para tais atividades. MANUTENÇÃO DE ISOLADORES EM LINHA DE 500KV MANUTENÇÃO EM LINHA DE TRANSMISSÃO ENERGIZADA DE 500 KV P á g i n a 130

131 Seccionamento Automático da Alimentação Medidas de Proteção Coletiva Na impossibilidade de implementação do estabelecido no subitem , devem ser utilizadas outras medidas de proteção coletiva, tais como: isolação das partes vivas, obstáculos, barreiras, sinalização, sistema de seccionamento automático de alimentação, bloqueio do religamento automático Segurança em Projetos É obrigatório que os projetos de instalações elétricas especifiquem dispositivos de desligamento de circuitos que possuem recursos para impedimento de reenergização, para sinalização de advertência com indicação da condição operativa O projeto elétrico, na medida do possível, deve prever a instalação de dispositivo de seccionamento de ação simultânea, que permita a aplicação de impedimento de reenergização do circuito. O Seccionador automático é um equipamento destinado para a interrupção automática de circuitos, abrindo seus contatos quando o circuito é desenergizado por um equipamento de proteção situado à sua retaguarda e equipado com dispositivo para religamento automático. O seccionamento automático de alimentação é o princípio de proteção contra choques por contatos indiretos, que consiste em seccionar um circuito de forma automática pela ação de um dispositivo de proteção (disjuntores, fusíveis, chaves facas, chaves fusíveis, etc...). É um método utilizado como proteção para impedir contato entre parte viva e a massa ou parte viva e o condutor de proteção, se originem tensões entre massas e terra, superiores ao limite denominado máxima tensão de contato permissível com duração superior a tempos pré determinados. O uso deste princípio de proteção depende dos esquemas de aterramento (TN, TT, IT), das influências externas dominantes (umidade,...), da existência de proteções adicionais. (NBR 5410/2005 item ). P á g i n a 131

132 As proteções adicionais correspondem a equipotencialização suplementar ou o uso de dispositivos de proteção a corrente diferencial-residual (DR) com corrente diferencial residual igual ou inferior a 30mA. Estes dispositivos não constituem uma proteção completa e não dispensam o emprego de outra medida de proteção contra contatos diretos, porém são obrigatórios quando os circuitos alimentam equipamentos utilizados em locais externos às edificações ou locais sujeitos à umidade. Princípio de Funcionamento do Seccionador O seccionador é um equipamento construído basicamente de um elemento sensor de sobrecorrentes e de um mecanismo para contagem de desligamentos do equipamento de retaguarda, além de contatos e de dispositivos para travamento na posição aberto. Ocorrendo uma sobrecorrente no circuito passando através do seccionador, cujo valor seja igual ou maior à corrente de acionamento, o equipamento é armado e preparado para a contagem. Inicia-se a contagem quando a corrente que circula por ele é interrompida pelo equipamento de retaguarda ou cai abaixo de um determinado valor. Após certo número dessas ocorrências, que corresponde ao ajuste do equipamento, ele abre os contatos e permanece travado na posição aberto, isolando assim o trecho com falha CHAVES FUSÍVEIS São dispositivos automáticos de manobra (conexão e desconexão), que na ocorrência de uma sobrecorrente (corrente acima do valor projetado) promove a fusão do elo metálico fundível (fusível), e consequentemente a abertura elétrica do circuito. Sendo assim, quando o elo fusível se funde (queima) o trecho do circuito é desligado. P á g i n a 132

133 Normalmente em redes de distribuição elétrica estão instalados em cruzetas. Também permitem a abertura mecânica, devendo ser operadas por dispositivo de manobra, exemplo vara de manobra CHAVES FACAS São dispositivos que permitem a conexão e desconexão mecânica do circuito. A chave seccionadora ou chave faca (a lâmina de contato lembra uma faca) é um dispositivo destinado a isolar (seccionar) partes de circuitos elétricos. As lâminas são fabricadas em cobre eletrolítico, fixadas rigidamente uma em relação a outra e dimensionadas para resistir aos esforços eletromecânicos. Para sua abertura, seccionamento com carga, é obrigatório o uso do equipamento Load Buster e do equipamento de proteção individual (luvas isolantes, mangas isolantes) para evitar que ao surgir o arco elétrico este possa lesionar o eletricista. Para seu fechamento são utilizados a vara de manobra. Geralmente estão instaladas em cruzetas e são utilizadas em redes de distribuição e transmissão de energia elétrica. Observação: Load Buster é uma ferramenta portátil para abertura sob carga original, fácil de usar em seccionadores, corta-circuitos, chaves fusíveis e limitadores de fusíveis. Esta ferramenta reduz os custos de instalação e operação. Não há necessidade de interruptores de carga em cada dispositvo. Esta ferramenta robusta e confiável realiza a interrupção sem formar arco elétrico externo, e atende aos requisitos da OSHA para a abertura de circuitos sob carga. P á g i n a 133

134 DISPOSITIVO DIFERENCIAL RESIDUAL (DR) A Norma Brasileira de Instalações Elétricas ABNT NBR 5410 torna a instalação do Dispositivo Diferencial Residual (DR) obrigatória nos alimentadores de áreas perigosas tais como: banheiros, cozinhas, áreas externas de P á g i n a 134

135 residências, prédios públicos, shoppings, supermercados, hotéis e outras instalações públicas e privadas. Um fio (condutor) desencapado, uma tomada ou interruptor com defeito, mau isolamento em aparelhos ou eletrodomésticos, o registro do chuveiro, o painel da máquina de lavar ou a porta da geladeira, podem tornar-se causas de eletroplessão e colocar em risco a saúde e segurança de pessoas e bens patrimoniais. O dispositivo DR atua em qualquer uma destas situações, sempre que uma fuga de corrente à terra coloque em risco vidas humanas e bens patrimoniais. As correntes de fuga podem provocar aumento do consumo de energia, aquecimento da isolação, destruição da isolação e até mesmo incêndios nas instalações elétricas. O disjuntor diferencial DR é um dispositivo de proteção e seccionamento mecânico destinado a provocar a abertura dos próprios contatos quando ocorre uma corrente de fuga à terra. O circuito protegido por este dispositivo necessita de uma proteção contra sobrecarga e curto circuito que pode ser realizada pelo uso associado a um disjuntor ou fusível. Quando associado a um disjuntor termomagnético, adiciona a este a proteção diferencial residual, ou seja, esta associação permite a atuação do disjuntor quando ocorrer uma sobrecarga, curto circuito ou corrente de fuga à terra. A sua utilização é recomendada para instalações elétricas nas quais a corrente de curto circuito for elevada. Os Dispositivos DR, Módulos DR ou Disjuntores DR de corrente nominal residual até 30mA, são destinados à proteção de pessoas, enquanto os de correntes nominais residuais de 100mA, 300mA, 500mA, 1000mA ou superiores a estas, são destinados apenas a proteção patrimonial contra os efeitos causados pela corrente de fuga à terra, assim como consumo excessivo de energia elétrica ou incêndios. P á g i n a 135

136 Princípio de Funcionamento do Dispositivo Diferencial Residual (Dr) O interruptor DR tem como função medir permanentemente a soma vetorial das correntes que percorrem os condutores de um circuito elétrico. Quando um circuito elétrico funciona em perfeitas condições (sem problemas) a soma vetorial das correntes é praticamente nula. Ocorrendo falha de isolamento em um equipamento alimentado por este circuito, surgirá então uma corrente de falta à terra. Neste caso, a soma vetorial das correntes nos condutores monitorados pelo DR não será mais nula e o dispositivo detecta esta diferença de corrente. Quando uma pessoa faz contato com a parte energizada (viva) de um circuito, ocorre a circulação de corrente pelo corpo desta pessoa (corrente de fuga), neste caso, a soma vetorial das correntes do circuito protegido pelo DR não será nula. O dispositivo DR detecta esta diferença de correntes como se fosse uma corrente de falta à terra. O dispositivo diferencial residual (DR) possui internamente jogos de contato, mecanismo de acionamento manual, um transformador de corrente com núcleo toroidal, um enrolamento de detecção, um sistema mecânico de disparo e outro de teste de funcionamento do próprio DR. As correntes do circuito protegido pelo dispositivo DR estarão sempre circulando pelo transformador de corrente do DR, ocorrendo fuga de corrente à terra, o campo magnético resultante é diferente de Zero e é detectado pelo enrolamento de detecção que aciona o sistema de disparo responsável pela abertura dos contatos elétricos, interrompendo (seccionando) o circuito monitorado pelo DR. Instalação O disjuntor DR é facilmente instalado diretamente no quadro de distribuição de energia elétrica. O DR deve ser instalado em série, logo após o disjuntor principal e antes dos disjuntores de distribuição. P á g i n a 136

137 Para facilitar a detecção do defeito, aconselha-se proteger cada aparelho com dispositivo diferencial. Quando isto não for viável, deve-se separar por grupos que possuam características semelhantes. Exemplo: circuito de tomadas, circuito de iluminação, etc. Aplicações De acordo com a NBR 5410:2005, a utilização dos dispositivos diferenciais residuais é obrigatória nos circuitos elétricos: Que sirvam a pontos de utilização situados em locais contendo banheira ou chuveiro; Que alimentem tomadas de corrente situadas em áreas externas à edificação; De tomadas de corrente situadas em áreas internas que possam vir a alimentar equipamentos no exterior; Que, em locais de habitação, sirvam a pontos de utilização situados em cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias, áreas de serviço, garagens e demais dependências internas molhadas em uso normal ou sujeitas a lavagens; P á g i n a 137

138 Em edificações não-residenciais, sirvam a pontos de tomada situados em cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias, áreas de serviço, garagens, e, no geral, em áreas internas molhadas em uso normal ou sujeitas a lavagens EXTRA-BAIXA TENSÃO Tensão não superior a 50 V em corrente alternada ou 120 V em corrente contínua, entre fases ou entre fases e terra. Não apresentam maiores riscos a vida humana, caracterizam-se, por um risco menor de formação de arco elétrico no ar, mas ainda assim são passíveis de danificar equipamentos eletroeletrônicos, sendo assim, faz-se necessário o uso de equipamentos de proteção e aterramento adequados a instalação elétrica. De acordo com a NR-10 em seu item Esta norma não é aplicável a instalações elétricas por extra-baixa tensão BARREIRAS E INVÓLUCROS De acordo com NR-10 em seu item Na impossibilidade de implementação do estabelecido no subitem , devem ser utilizadas outras medidas de proteção coletiva, tais como: isolação das partes vivas, obstáculos, barreiras, sinalização, sistema de seccionamento automático de alimentação, bloqueio do religamento automático. Barreiras e invólucros são dispositivos que imopedem qualquer contato com partes energizadas das instalações elétricas, o objetivo é proteger e evitar que pessoas e animais toquem acidentalmente as partes energizadas (partes vivas). As barreiras devem ser resistentes, de boa durabilidade e seguramente fixadas, tendo como fator de referência o ambiente em que estão inseridas, só podendo ser retiradas com chaves e ferramentas apropriadas. Exemplo: Telas de proteção com parafusos de fixação, tampas de painéis, etc. P á g i n a 138

139 As partes vivas devem ser confinadas no inerior de invólucros ou atrás de barreiras que garantam grau de proteção. Quando o invólucro ou barreira compreender superfícies superiores, horizontais, que sejam diretamente acessíveis, elas devem garantir grau de proteção mínimo. As barreiras e invólucros devem satisfazer a NBR IEC 60529:2005, norma que define condições exigíveis aos graus de proteção providos por invólucros de equipamentos elétricos e especifica os ensaios de tipo para verificação das várias classes de invólucros. Quando for necessário remover as barreiras, abrir os invólucros ou remover partes dos invólucros, esta ação só deve ser possível: Com a ajuda de chave ou ferramenta, ou; Após desenergização das partes vivas protegidas pelas barreiras ou invólucros em questão, sendo que a tensão só poderá ser restabelecida após colocação das barreiras ou invólucros, ou; Se houver ou for imposta uma segunda barreira, entre a barreira ou parte a ser removida e a parte viva, exigindo-se ainda que esta segunda barreira apresente grau de proteção no mínimo IPXXB ou IP2X, impeça qualquer contato com as partes vivas e só possa ser removida com uso de chave ou ferramenta BLOQUEIOS E IMPEDIMENTOS Os dispositivos de bloqueio são aqueles que impedem o acionamento ou religamento de dispositivos de manobra (chaves, interruptores, disjuntores, etc.), mantendo-os por meios mecânicos fixos numa mesma posição. Geralmente são utilizados cadeados. Estes dispositivos devem possibilitar mais de um P á g i n a 139

140 bloqueio, ou seja, a inserção de mais de um cadeado, para trabalhos simultâneos de mais de uma equipe de manutenção. O bloqueio e impedimento de reenergiação deve ser sinalizada por um sistema de identificação que contenha no mínimo o nome do profissional responsável, data, setor de trabalho e a motivação do bloqueio. Em sistemas elétricos de potência (SEP) deve-se ter especial cuidado com um dispositivo conhecido como religador, pois este dispositvo tem a função de religar a energia de um determinado circuito (normalmente de distribuição de energia elétrica) na ocorrência de um seccionamento (desligamento) por qualquer motivo. Este tipo de religamento foi inserido em redes de distribuição de energia para que em situações de acidentes (galhos de árvores, animais, entre outros) não mantivesse o circuito seccionado até a chegada da equipe de manutenção. O religador realiza várias tentivas de reenergização do circuito (o número de vezes é programado por um profissional) até esgotarem as tentativas programadas. Portanto, em sistemas elétricos de potência (SEP) onde há religadores (normalmente em linha viva) é necessário realizar o bloqueio do religador para evitar acidentes devido a reenergização. Essa ação é também denominada bloqueio do sistema de religamento automático. P á g i n a 140

141 P á g i n a 141

142 OBSTÁCULOS E ANTEPAROS Os obstáculos e anteparos são destinados a impedir contatos acidentais com partes vivas, mas não o contato que pode resultar de uma ação voluntária de ignorar o obstáculo. Os obstáculos podem ser removidos sem o auxílio de ferramentas ou chaves, devem ser fixados de modo a impedir qualquer remoção involuntária. A NBR 5410/2004 admite uma proteção parcial contra choques elétricos, mediante o uso de obstáculos e/ou colocação fora de alcance, em locais acessíveis somente a pessoas advertidas (BA4 tabela 18) ou qualificadas (BA5 tabela 18) ISOLAMENTO DAS PARTES VIVAS São dispositivos construídos com materiais isolantes (não condutores de eletricidade) cuja função é isolar condutores ou partes da estrutura que estão energizadas (partes vivas), para que os serviços possam ser executados com efetivo controle dos riscos pelo trabalhador. O isolamento deve ser compatível com o nível de tensão da instalação elétrica. Estes dispositivos devem ser inspecionados a cada uso e bem acondicionados para evitar acumulo de sujeira e umidade, que possam comprometer a isolação e torná-los condutivos. Também devem ser submetidos a testes anualmente. P á g i n a 142

143 ISOLAÇÃO DUPLA OU REFORÇADA A isolação de equipamentos elétricos é realizada por meio de materiais dielétricos que isolam eletricamente o equipamento. A isolação é necessária devido a riscos de choques elétricos por contatos diretos e contatos indiretos. Os tipos de isolação utilizados em equipamentos/componentes elétricos são: Isolação Básica é a isolação aplicada a partes vivas para assegurar a proteção contra choques elétricos; Isolação Suplementar é a isolação adicional e independente da isolação Básica, destinada a assegurar a proteção contra choques elétricos no caso de falha da isolação Básica; Isolação Dupla é a isolação composta por uma isolação Básica e uma isolação Dupla; Isolação Reforçada é uma isolação única, mas não, necessariamente, homogênea aplicada sobre as partes vivas, que tem propriedades elétricas equivalente às de uma isolação dupla. A proteção por isolação dupla ou reforçada se faz por meio da utilização de uma segunda camada de isolação com a finalidade de suplementar aquela já normalmente utilizada, separando desta forma as partes vivas (partes energizadas) do aparelho de sua parte metálica. Normalmente, este tipo de proteção é utilizado em equipamentos portáteis tais como: furadeiras, lixadeiras, etc. Estes equipamentos por serem empregados em diversos locais e condições de trabalho, incluindo suas próprias características, requerem outro sistema de proteção, que permita uma confiabilidade maior do que aquela oferecida exclusivamente pelo aterramento elétrico. Os equipamentos que possuem este tipo de proteção são identificados através da seguinte simbologia: um quadrado dentro de outro quadrado. Este P á g i n a 143

144 símbolo normalmente é impresso de forma visível na superfície externa do equipamento. De acordo com a norma internacional IEC (Protection against electric shock Commom aspects for installation and equipament) os equipamentos são classificados quanto a proteção contra os choques elétricos, classes.abaixo. Equipamento Classe 0 É o equipamento na qual a proteção contra os choques elétricos depende exclusivamente da Isolação Básica, não sendo previstos meios para ligar as massas (partes metálicas) ao condutor de proteção da instalação, dependendo a proteção, em caso de falha da Isolação Básica, exclusivamente do meio ambiente. Exemplo: eletrodomésticos portáteis, tais como: liquidificadores, ventiladores, televisores, rádios portáteis, etc. Equipamento Classe I É o equipamento na qual a proteção contra choques elétricos não depende exclusivamente da Isolação Básica, mas inclui uma precaução adicional de segurança sob a forma de meios de ligação das massas ao Condutor de Proteção (PE) da instalação, de forma que essas massas não possam causar perigos em caso de falha na Isolação Básica. Os cabos de ligação destes equipamentos devem possuir um condutor de Proteção. Exemplo: fornos, máquinas de lavar roupas, geladeiras. Equipamento Classe II É o equipamento cuja proteção contra choques elétricos não depende exclusivamente da Isolação Básica, mas inclui precauções adicionais de segurança tais como Isolação Dupla ou Reforçada, não havendo meios de aterramento de proteção e não depende de condições de instalação. Equipamento De Classe III É o equipamento no qual a proteção contra choques elétricos é baseada na ligação do equipamento a uma instalação de extra-baixa tensão de segurança de segurança. Exemplo: Banheiras de Hidromassagem. P á g i n a 144

145 Os aparelhos elétricos utilizados em instalações elétricas de extra-baixa tensão de segurança podem ser alimentados por um transformador separador de segurança. A Norma Brasileira ABNT NBR 5410, estabelece que a extrabaixa tensão em Corrente Alternada (CA) deverá ser menor ou igual a 50 V. No entanto, podem ser exigidos valores inferiores, particularmente quando os equipamentos possam ser utilizados sob condições de baixa resistência elétrica do corpo humano. Em banheiros, esta tensão não deve ultrapassar a 12 Volts. Os plugs e tomadas devem ser exclusivos para esta extra baixa-baixa tensão COLOCAÇÃO FORA DE ALCANCE A colocação fora de alcance é somente destinada a impedir os contatos involuntários com as partes vivas. Quando houver espaçamento este deve ser suficiente para evitar que pessoas circulando nas proximidades das partes vivas possam entrar em contato com essas partes, seja diretamente ou por intermédio de objetos que elas manipulem ou transportem. Trata-se das distâncias mínimas para serem obedecidas nas passagens destinadas a operação e/ou manutenção, quando FIGURA 2.72 COLOCAÇÃO FORA DO ALCANCE for assegurada a proteção parcial por meio de obstáculos. Partes simultaneamente acessíveis que apresentem potenciais diferentes devem se situar fora da zona de alcance normal. Considera-se que duas partes são simultaneamente acessíveis quando o afastamento entre elas não ultrapassa 2,50m. Caso haja obstáculo (por exemplo, tela) em espaços nos quais for prevista normalmente a presença ou circulação de pessoas, limitando a mobilidade no plano horizontal, a demarcação na zona de alcance normal deve ser feita a partir deste obstáculo. P á g i n a 145

146 No plano vertical, a delimitação da zona de alcance normal deve observar os 2,50m da superfície S (superfície onde postam ou circulam pessoas) independentemente da existência de qualquer obstáculo com grau de proteção das partes vivas. Horizontal Além do piso: 1,25m; Horizontal Sob o piso: 0,75m; Vertical Acima do piso: 2,5m Vertical Abaixo do piso: 1,25m SEPARAÇÃO ELÉTRICA Uma das medidas de proteção contra choques elétricos prevista na NBR 5410:2004 é a chamada separação elétrica, que se traduz pelo uso de um transformador de separação cujo circuito secundário é isolado (nenhum condutor vivo aterrado, inclusive neutro). Lembrando ainda que pelas disposições da norma a(s) massa(s) do(s) equipamento(s) alimentado(s) não deve(m) ser aterrada(s) e nem ligada(s) a massas de outros circuitos e/ou a elementos condutivos estranhos à instalação, embora o documento exija que as massas do circuito separado (portanto, quando a fonte de alimentação alimenta mais de um equipamento) sejam interligadas por mais de um condutor PE próprio de equipotencialização. As salas cirúrgicas de hospitais constituem um exemplo de instalações que possuem separação elétrica, em que o sistema também é isolado, usando-se igualmente um transformador de separação, mas todos os equipamentos por ele alimentados tem a sua massa aterrada. Existem diversos mecanismos de separação elétrica para evitar condução indevida, indução ou curto circuito em partes energizadas; quanto maior for a corrente, mais robusta deverá ser a capacidade de isolação do elemento separador. P á g i n a 146

147 2.6. MTE NORMAS TÉCNICAS BRASILEIRAS E REGULAMENTAÇÕES DO No Brasil as normas técnicas oficiais são aquelas desenvolvidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e registradas no Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial (INMETRO). Essas normas são um resultado de ampla discussão de profissionais e instituições, comissões e comitês. A sigla NBR que antecede o número de muitas normas significa Norma Brasileira Registrada. A ABNT é a representante brasileira no sistema internacional de normalização, composto de entidades nacionais, regionais e internacionais. Para atividades com eletricidade, há diversas normas, abrangendo quase todos os tipos de instalações e produtos NBR 5410:2004 A NBR 5410: Instalações Elétricas de Baixa Tensão fixa as condições a que devem satisfazer as instalações elétricas aqui estabelecidas, a fim de garantir seu funcionamento adequado, a segurança de pessoas e animais domésticos e a conservação dos bens. Esta norma aplica-se às instalações elétricas alimentadas sob uma tensão nominal igual ou inferior a 1000 V em corrente alternada, com frequência inferior a 400 Hz, ou a 1500 V em corrente contínua. Sua aplicação é considerada a partir da origem da instalação, observando-se que: a origem de instalações alimentadas diretamente por rede de distribuição pública em baixa tensão corresponde aos terminais de saída do dispositivo geral de comando e proteção; no caso excepcional em que tal dispositivo se encontre antes do medidor, as origens corresponde aos terminais de saída do medidor; A origem de instalações alimentadas por subestação de transformação corresponde aos terminais de saída do transformador se a subestação possuir vários não ligados em paralelo, a cada transformador corresponderá uma origem, havendo tantas instalações quantos forem os transformadores; P á g i n a 147

148 Nas instalações alimentadas por fonte própria de energia em baixa tensão, a origem é considerada a incluir a fonte como parte da instalação. Observação: Esta norma não se aplica a sistemas de distribuição em baixa tensão limitando-se assim as instalações após a medição da concessionária Esta norma aplica-se às instalações elétricas de: Edificações residenciais; Edificações comerciais; Estabelecimentos de uso público; Estabelecimentos industriais; Estabelecimentos agropecuários e hortigranjeiros; Edificações pré-fabricadas; Reboques de acampamento (trailers), locais de acampamento (campings), marinas e instalações análogas; Canteiro de obras, feiras, exposições e outras instalações temporárias. Esta norma aplica-se a instalações novas e a reformas em instalações já existentes alimentadas com tensão até 1000 V NBR 14039:2005 A NBR 14039:2005 Instalações Elétricas de Média Tensão fixa os métodos de projeto e execução de instalações elétricas de média tensão, com tensão nominal de 1,0 KV a 36,2 KV, à frequência industrial, de modo a garantir segurança e continuidade de serviço. Sua aplicação é considerada a partir de instalações alimentadas pela concessionária, o que corresponde ao ponto de entrega definido através da legislação vigente emanada da ANEEL. Esta norma também se aplica às instalações alimentadas por fonte própria de energia em média tensão. P á g i n a 148

149 Esta norma abrange as instalações de geração, distribuição e utilização de energia elétrica, sem prejuízos das disposições particulares relativas aos locais e condições especiais de utilização constantes das respectivas normas. As instalações especiais tais como, marítimas, de tração elétrica, de usinas, pedreiras, luminosas com gases (neônio e semelhantes), devem obedecer, além da presente Norma, às normas específicas aplicáveis em cada caso. Esta Norma não se aplica: As instalações elétricas de concessionárias do serviço de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica no exercício de suas funções em serviços de utilidades públicas; As instalações de cercas eletrificadas; A manutenção em linha viva. As prescrições desta Norma constituem as exigências mínimas a que devem obedecer as instalações vizinhas ou causar danos a pessoas e animais e a conservação dos bens e do meio ambiente. Esta Norma aplica-se às instalações novas, às reformas em instalações existentes e às instalações de caráter permanente ou temporário NBR 5419:2005 A NBR 5419: Proteção de Estruturas Contra Descargas Atmosféricas fixa as condições de projeto, instalação e manutenção de sistemas de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA), para proteger as edificações e estruturas definidas em 1.2 contra a incidência direta dos raios. A proteção se aplica também contra a incidência direta dos raios sobre os equipamentos e pessoas que se encontrem no interior destas edificações e estruturas ou no interior da proteção impostas pelo SPDA instalado. P á g i n a 149

150 NBR 13534:2008 Na NBR 13534:2008 Instalações Elétricas de Baixa Tensão Requisitos Específicos para Instalação em Estabelecimentos Assistenciais de Saúde aplica-se o disposto na ABNT NBR 5410, com as seguintes exceções: Adicionar: Os requisitos específicos desta Norma aplicam-se a instalações elétricas em estabelecimentos assistenciais de saúde, visando garantir a segurança dos pacientes e dos profissionais de saúde. Nota 1 Quando a utilização de um local médico for alterada, em particular com a introdução de procedimentos mais complexos, deve-se adequar a instalação elétrica existente à alteração promovida, de acordo com os requisitos desta Norma. Essa é uma questão ainda mais crítica se envolver procedimentos intracardíacos e de sustentação de vida de pacientes. Nota 2 Quando aplicável, esta Norma, pode ser utilizada em clínicas veterinárias. Nota 3 Esta Norma não se aplica a equipamentos eletromédicos. Para equipamentos eletromédicos, ver série de normas ABNT NBR IEC NBR 13570:1996 A NBR 13570:1996 Instalações Elétricas em locais de Afluência de Público Requisitos específicos fixa os requisitos específicos exigíveis às instalações elétricas em locais de afluência de público, a fim de garantir o seu funcionamento adequado, a segurança de pessoas e de animais domésticos e a conservação dos bens NBR 13418:1995 A NBR 13418:1995 Cabos Resistentes ao Fogo para Instalações de Segurança Especificação fixa as condições exigíveis para cabos unipolares ou multipolares para instalações fixas de segurança nos quais é requerida a manutenção de integridade das linhas elétricas em condições de incêndio, conforme a NBR P á g i n a 150

151 Quando a utilização de um produto pode comprometer a segurança ou a saúde do consumidor, o INMETRO ou outro órgão regulamentador pode tornar obrigatória a avaliação de conformidade desse produto. Isso aumenta a confiança de que o produto está de acordo com as normas e com os regulamentos técnicos aplicáveis. Já existem vários produtos cuja certificação é obrigatória, alguns produtos estão apenas aguardando o prazo limite para proibição de comercialização. Entre os produtos de certificação compulsória, por exemplo, estão os plugues, tomadas, interruptores, disjuntores, equipamentos para atmosferas explosivas, estabilizadores de tensão, entre outros CLASSIFICAÇÃO DE TENSÃO O Comitê Internacional de Eletrotécnica define: 2.8. REGULAMENTAÇÕES DO MTE Os instrumentos jurídicos de proteção ao trabalhador têm sua origem na Constituição Federal que, ao relacionar os direitos dos trabalhadores, inclui entre eles a proteção de sua saúde e segurança por meio de normas específicas. Coube ao Ministério do Trabalho estabelecer essas regulamentações (Normas Regulamentadoras NR) por intermédio da Portaria n 3.214/78. A partir de então, uma série de outras portarias foram editadas pelo Ministério do Trabalho P á g i n a 151

152 com o propósito de modificar ou acrescentar normas regulamentadoras de proteção ao trabalhador, conhecidas pelas suas iniciais NR. Sobre a segurança em instalações e serviços em eletricidade, a referência é a NR-10, que estabelece as condições mínimas exigíveis para garantir a segurança dos trabalhadores que atuam em instalações elétricas, em suas diversas etapas, incluindo elaboração de projetos, instalação, execução, operação, manutenção, medição, reforma e ampliação, em quaiquer das fases de geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica. A NR-10 exige também que sejam observadas as normas técnicas oficiais vigentes e, na falta destas, as normas técnicas internacionais. A fundamentação legal, que dá o embasamento jurídico à existência desta NR, está nos artigos 179 a 181 da Consolidação das Leis do Trabalho CLT NORMAS REGULAMENTADORAS As normas regulamentadoras NR, relativas à segurança e medicina do trabalho, são de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho CLT. NR 1 Disposições Gerais NR 2 Inspeção Prévia NR 3 Embargo ou Interdição NR 4 Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho NR 5 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes NR 6 Equipamento de Proteção Individual NR 7 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional NR 8 Edificações NR 9 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais P á g i n a 152

153 NR 10 Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade NR 11 Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais NR 12 Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos NR 13 Caldeiras e Vasos de Pressão NR 14 Fornos NR 15 Atividades e Operações Insalubres NR 16 Atividades e Operações Perigosas NR 17 Ergonomia NR 18 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção NR 19 Explosivos NR 20 Líquidos Combustíveis e Inflamáveis NR 21 Trabalho a Céu Aberto NR 22 Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração NR 23 Proteção Contra Incêndios NR 24 Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho NR 25 Resíduos Industriais NR 26 Sinalização de Segurança NR 27 Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no Ministério do Trabalho (Regovada) NR 28 Fiscalização e Penalidades NR 29 Segurança e Saúde no Trabalho Portuário NR 30 Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário NR 31 Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura NR 32 Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde NR 33 Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados P á g i n a 153

154 NR 34 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação Naval NR 35 Trabalho em Altura NR-36 - Segurança e saúde no trabalho em empresas de abate e processamento de carnes e derivados NR 10 SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE De acordo com a Portaria do MTE n 598 de 07/12/2004 a alteração da Norma Regulamentadora NR-10 Instalações e Serviços em Eletricidade, promove sua atualização frente às necessidades provocadas pelas mudanças introduzidas no setor elétrico e nas atividades com eletricidade, especialmente quanto à nova organização do trabalho, à introdução de novas tecnologias e materiais, à globalização e principalmente pela responsabilidade do Ministério do Trabalho e Emprego em promover a redução de acidentes envolvendo esse agente de elevado risco Energia Elétrica EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA São dispositivos fixos ou móveis destinados a segurança dos colaboradores diretamente envolvidos nas atividades, terceiros que estejam nas suas proximidades e visitantes em geral. A Norma Regulamentadora NR-10, no item Medidas de Proteção Coletiva, especifica algumas medidas de proteção a serem adotadas visando garantir a saúde e integridade física de todos os trabalhadores que interajam direta ou diretamente em uma instalação elétrica. Segue abaixo citação dos itens pertinentes Em todos os serviços executados em instalações elétricas devem ser previstas e adotadas, prioritariamente, medidas de proteção coletiva aplicáveis, mediante procedimentos, às atividades a serem desenvolvidas, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores. P á g i n a 154

155 As medidas de proteção coletiva compreendem, prioritariamente, a desenergização elétrica conforme estabelece esta NR e, na sua impossibilidade, o emprego de tensão de segurança Na impossibilidade de implementação do estabelecido no subitem , devem ser utilizadas outras medidas de proteção coletiva, tais como: isolação das partes vivas, obstáculos, barreiras, sinalização, sistema de seccionamento automático de alimentação, bloqueio do religamento automático O aterramento das instalações elétricas deve ser executado conforme regulamentação estabelecida pelos órgãos competentes e, na ausência desta, deve atender às Normas Internacionais vigentes. O aterramento temporário, barreira, invólucro, obstáculo, anteparo entre outros dispositivos de proteção coletiva são destinados a evitar o contato acidental de pessoas e animais com partes vivas (partes energizadas) de uma instalação elétrica. Existem diversos tipos de equipamentos de proteção coletiva, tais como: Varas de manobra; Bastões de resgate; Tapete isolante; Manta isolante; Instrumentos de detecção de tensão; Aterramento temporário; Banqueta isolante; Fitas de demarcação refletivas; Cones de sinalização; Grade metálica dobrável; Sinalizador Strobo; Coberturas isolantes; P á g i n a 155

156 VARAS DE MANOBRA São instrumentos isolantes utilizados para executar trabalhos em linha viva e operações em equipamentos e instalações energizadas ou desenergizadas onde existe possibilidade de energização acidental, tais como: Operações de instalação e retirada dos conjuntos de aterramento e curto-circuito temporário em linhas desenergizadas (transmissão e distribuição); Manobras de chave faca e chave fusível; Retirada e colocação de cartucho porta-fusível ou elo fusível; Operação de detecção de tensão; Em linhas aéreas de transmissão, distribuição e subestação, usinas e indústrias. As varas de manobra são fabricadas com materiais isolantes, normalmente em fibras de vidro e resina epóxi, seccionáveis, acopladas entre si através de encaixes com travamento de pino de engate e anel de proteção de aço inóx, em geral na cor laranja. P á g i n a 156

157 BASTÕES DE RESGATE São fabricados com o mesmo material das varas de manobra, possui peso reduzido, elevada resistência mecânica e excelente rigidez dielétrica. é utilizado no resgate de vítimas de acidentes de origem elétrica. A extremidade mais larga do bastão de resgate deve ser encaixado na cintura da vítima no momento do resgate. Já a parte mais estreita do bastão deve ser encaixado nos membros superiores ou inferiores da vítima, dependendo do posicionamento da mesma no momento do acidente. O resgate da vítima não deve ser realizado pelo pescoço. Deve-s afastar a vítima do ponto energizado o suficiente para realizar o atendimento de primeiros socorros com segurança. Testes em Bastões de Resgate O teste em bastões de resgate consiste em aplicar 50 KV a 60 Hz no bastão por 5 minutos, e o equipamento utilizado para este tipo de teste é o HI POT de 50 KV. É aplicado ao longo do bastão 50 KV a 60 Hz a cada 15 cm. Para garantir a segurança não deve haver qualquer sinal de descarga disruptiva, perfuração ou erosão sobre a superfície do bastão TAPETES ISOLANTES São utilizados no revestimento de pisos de cabines elétricas, subestações, em frente a painéis elétricos, quadros elétricos, centro de controle de motores entre outros lugares com a finalidade de proteger os trabalhadores contra choques elétricos. Normas utilizadas na fabricação do tapete de borracha isolante: NR-10, NBR 5410, NBR e ASTM D178 Standard Specification for Rubber Insulating Matting. Os tapetes de borracha isolante elétrico são fabricados em diversas classes de isolação de acordo com o nível de tensão: P á g i n a 157

158 Classe Tensão (V) CLASSES DE ISOLAMENTO FIGURA 3.4 TAPETE ISOLANTE ELÉTRICO FIGURA 3.5 ROLO DE TAPETE ISOLANTE Ensaio realizado: Tensão aplicada (com rastreabilidade). Critérios para aceitação o material deverá suportar a tensão nominal alternada de acordo com a sua classe de isolação durante um minuto MANTA ISOLANTE DE BORRACHA As mantas isolantes (lençol ou cobertor) são utilizadas nos trabalhos de manutenção, instalação, medição de linhas de transmissão e distribuição com a finalidade de isolar as partes vivas da instalação elétrica para proteger os eletricistas de contatos acidentais durante a execução de suas atividades. São fabricadas de borracha natural ou sintética ou combinação de ambas. Normas utilizadas na fabricação de mantas isolantes: ASTM D1049 Standard Specification for Rubber Insulating Covers, e ASTM F 478 Standard Specification for In-Service Care of Insulation Line Hose and Covers (reensaio). P á g i n a 158

159 Ensaio realizado: Tensão aplicada (com rastreabilidade). Critérios para aceitação o material deverá suportar a tensão de ensaio por três minutos sem a ocorrência de flashover ou rompimento INSTRUMENTOS DE DETECÇÃO DE TENSÃO E VERIFICAÇÃO DE AUSÊNCIA DE TENSÃO São pequenos aparelhos de medição ou detecção de tensão acoplados na ponta da vara de manobra para verificar se existe tensão no condutor, barramento, painel elétrico, cubículo, subestação, etc. De acordo com a NR-10 em seu item faz parte do procedimento de desenergização a constatação da ausência de tensão. Estes aparelhos emitem sinais sonoros e luminosos na presença ou ausência da tensão, dependendo do fabricante e modelo. Esses aparelhos devem ser regularmente aferidos e possuírem um certificado de aferição. Existem os seguintes tipos: Detector de tensão por contato; Detector de tensão por aproximação; Voltímetro. FIGURA 3.7 DETECTOR POR APROXIMAÇÃO FIGURA 3.8 DETECTOR POR CONTATO FIGURA 3.9 VOLTÍMETRO P á g i n a 159

160 ATERRAMENTO TEMPORÁRIO Todo projeto deve prever condições para a adoção de aterramento temporário. FIGURA 3.10 CONJUNTO PARA ATERRAMENTO TEMPORÁRIO FIGURA 3.11 ATERRAMENTO TEMPORÁRIO EM REDE DE DISTRIBUIÇÃO BANQUETA ISOLANTE A Banqueta Isolante é construída em fibra de vidro e auxilia o eletricista para o seu isolamento do potencial de terra, aumentando sua segurança nas intervenções em subestações, cubículos, painéis elétricos, entre outros, e também facilita o acesso à locais acima do seu limite de alcance. P á g i n a 160

161 FITAS DE DEMARCAÇÃO REFLETIVAS Utilizadas para delimitação e isolamento de áreas de trabalho CONES DE SINALIZAÇÃO Os cones são fabricados em PVC na cor laranja com faixas branca ou na cor preta com faixas amarelas. Possui fendas para a inserção de fitas zebradas. São utilizados para a sinalização de trânsito, obras, demarcação de áreas para manutenção de equipamentos, entre outras aplicações. P á g i n a 161

162 GRADE METÁLICA DOBRÁVEL São utilizadas para isolamento e sinalização de áreas de trabalho, poços de inspeção, entrada de galerias subterrâneas entre outras situações SINALIZADOR STROBO São utilizados na identificação de serviços, obras, acidentes e atendimentos em ruas e rodovias. Enfim, existe diversos tipos de equipamentos de proteção coletiva, todos com a finalidade de proteger os execuntes das atividades, terceiros e visitantes EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL O item Medidas de Proteção Individual da NR-10 traz orientação sobre medidas de proteção individual, segue abaixo citação dos itens pertinentes Nos trabalhos em instalações elétricas, quando as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis ou insuficientes para controlar os P á g i n a 162

163 riscos, devem ser adotados equipamentos de proteção individual específicos e adequados às atividades desenvolvidas, em atendimento ao disposto na NR As vestimentas de trabalho devem ser adequadas às atividades, devendo contemplar a condutibilidade, inflamabilidade e influências eletromagnéticas NR 6 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL Segundo a NR 6, no item 6.1encontramos a definição de Equipamento de Proteção Individual (EPI). Segundo texto da norma: Para os fins de aplicação desta Norma Regulamentadora NR, considera-se Equipamento de Proteção Individual EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou importado, só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação CA, expedido pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias: a) Sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho; b) Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e, c) Para atender a situações de emergência Responsabilidades do empregador Cabe ao empregador quanto ao EPI; a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade; P á g i n a 163

164 b) exigir seu uso; c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho; d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação; e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado; f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada; h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico Responsabilidades dos trabalhadores Cabe ao empregado quanto ao EPI: a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina; b) Responsabilizar-se pela guarda e conservação; c) Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e, d) Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado CALÇADO DE PROTEÇÃO SOLADO ISOLANTE De acordo com a Norma NBR Calçado de Proteção Determinação da resistência do solado à passagem da corrente elétrica, o calçado isolante elétrico deve ser projetado, construído, e fabricado com sola e salto não-condutivo, resistente ao choque elétrico, de forma que a sola externa do calçado pode fornecer uma fonte secundária de proteção de resistência ao choque elétrico, para o usuário, contra os perigos de um contato incidental com P á g i n a 164

165 circuitos elétricos energizados, condutores, peças, ou aparelhos eletricamente energizados, em condições secas. Tensão de uso: Tensão elétrica máxima sob a qual o calçado pode ser utilizado sem apresentar risco elétrico ao usuário (nesta norma é definida a tensão de 500 Volts em corrente contínua ou alternada). Tensão de ensaio: Tensão elétrica sob a qual o calçado é submetido para verificação de suas propriedades elétricas (verificação da corrente de fuga) (nessa norma é definida a tensão de Volts). Corrente de fuga: dispersão da corrente elétrica que ocorre durante o ensaio elétrico (corrente máxima permitida de 0,5mA quando se realiza o ensaio com Volts) CALÇADO DE PROTEÇÃO SOLADO CONDUTIVO Utilização Tipo 1 Proteção onde há acúmulo de eletricidade estática; e Tipo 2 Proteção contra choque elétrico devido a entrada e saída de linha energizada. Norma utilizada: ANSI Z-41: Protective Footwear. Ensaios realizados: De resitência ôhmica do salto e do solado (acreditado pelo INMETRO e credenciado pelo MTE). Critérios para aceitação: Calçado Tipo 1 resistência entre e ohms; e Calçado Tipo 2 resistência máxima de ohms. P á g i n a 165

166 MACACÃO CONDUTIVO É um sistema integrado de proteção térmica e condutibilidade composto por luvas, meias e botas condutivas, destinado a colocar o eletricista ao mesmo potencial de tensão elétrica do cabo energizado das redes aéreas de transmissão de energia elétrica durante a realização da manutenção. São fabricados em fibra de aramida e fios de aço inox de acordo com a Norma NBR IEC 60895/2002. Possui proteção testada e aprovada para até 500 KV de tensão. O macacão condutivo possui: Capuz acoplado e com cordão de ajuste no mesmo material da roupa; Tirantes de conexão dimensionados para garantir o mínimo de desequilíbrio entre o potencial eletromagnético destes e o do conjunto; Bolsos para acondicionamento de ferramentas e dos tirantes de conexão; Fechamento frontal e de bolsos com velcro RF; Costuras reforçadas com linhas de aramida. P á g i n a 166

167 LUVAS E MEIAS CONDUTIVAS As luvas condutivas são fabricadas em fios de Nomex, fios de fibra de aço inox e fios de borracha. As meias condutivas são fabricadas em fios de Nomex, fios de algodão, fios de fibra de aço inox e fios de borracha. O conjunto de vestimenta condutiva atende a Norma NBR IEC 60895/ LUVAS ISOLANTES DE BORRACHA As luvas isolantes de borracha são fabricadas em diversas classes e protegem o eletricista contra choques elétricos por diferentes níveis de tensão. Atendem a norma brasileira NBR 10622:1989 Luvas isolantes de borracha - Especificação. De acordo com o nível de tensão de trabalho seleciona-se a classe de luva isolante a ser utilizada. São geralmente fabricadas na cor preta e possuem identificação no punho, próximo da borda, e contém informações importantes, como a tensão de uso, nas cores correspondentes das classes existentes. Também podem ser fabricadas e encontradas no mercado nas cores das classes que protegem. Existem seis classes de luvas, que foram estabelecidas em função de ensaio, tensão de uso, tensão de perfuração e corrente de fuga máxima. As luvas isolantes de borracha devem ser inspecionadas visualmente no mínimo uma vez ao dia. P á g i n a 167

168 VESTIMENTAS DE PROTEÇÃO CONTRA ARCOS ELÉTRICOS As queimaduras causadas por arcos elétricos representam uma parcela muito grande entre os ferimentos causados por eletricidade. A energia calorífica liberada pelos arcos elétricos é extremamente alta e pode causar ferimentos graves, como queimaduras de 3 graus, carbonização e morte do trabalhador. De acordo com o NFPA 70 E, as fibras de algodão tratado retardante de chamas, meta-aramida, para-aramida, poli-benzimidazole (PBI) são materiais com características de proteção térmica. A fibra de para-aramida, além da proteção térmica, ainda tem uma característica que evita o break open, ou seja, rachadura do material carbonizado. Os materiais sintéticos como nylon, poliéster e mistura de algodão sintético não devem ser utilizados para a proteção contra arcos elétricos, pois elas P á g i n a 168

169 derretem sobre a pele quando exposto à alta temperatura e como consequencia agrava a queimadura. Atualmente, há três normas para testes de tecidos e roupas para proteção contra queimaduras por arcos elétricos, a ASTM F 1959/F1959M-1999, a IEC e a Cenelec ENV50354:2000 da comunidade européia PROTETOR FACIAL CONTRA ARCOS ELÉTRICOS O protetor facial permite a realização de trabalhos com segurança em locais de alta tensão elétrica, com riscos de formação de arcos elétricos. A principal norma internacional para ensaios dos protetores faciais e óculos de segurança é a ANSI/ISEA Z87.1 e a obtenção do CA no Brasil segue a exigência da NR 6. P á g i n a 169

170 CAPUZ DE ELETRICISTA Fabricado em tecido e velcro retardantes a chama. O capuz é adequado para proteção contra arcos elétricos. Protege a face e pescoço do eletricista contra chamas provenientes da formação de arco elétrico, evitando assim queimaduras graves para o eletricista. Ideal para uso em cabines primárias, subestações entre outros locais. Possui capacete interno acoplado e visor de policarbonato de alto impacto com ampla visibilidade CAPACETE PARA ELETRICISTA ABA TOTAL O capacete de segurança com aba total protege a cabeça do eletricista contra impactos, penetração e choques elétricos. Se o trabalhador sofre um acidente e o capacete for impactado, recomenda-se substituí-lo independente da intensidade do impacto. Não deve ser utilizado sujo ou molhado e descartar quando houver ressecamento do casco. É fabricado em conformidade com a norma NBR 8221:2003 Capacete de segurança para uso na indústria Especificação e métodos de ensaio CINTO DE SEGURANÇA TIPO PARAQUEDISTA O cinto de segurança tipo paraquedista é utilizado para segurança do trabalhador contra riscos de queda em trabalhos em altura. É fabricado em material sintético como o nylon e o poliéster em conformidade com a norma NBR 15836:2011 Equipamento de proteção individual contra queda de altura Cinturão de segurança tipo paraquedista. O uso do polipropileno está proibido. Quando fixado ao corpo do trabalhador distribui as forças de sustentação e de parada sobre as coxas, cintura, peito e ombros. P á g i n a 170

171 De acordo com a NR-35: Na aquisição e periodicamente devem ser efetuadas inspeções dos EPI, acessórios e sistemas de ancoragem, destinados à proteção de queda de altura, recusando-se os que apresentem defeitos ou deformações Antes do início dos trabalhos deve ser efetuada inspeção rotineira de todos os EPI, acessórios e sistemas de ancoragem O cinto de segurança deve ser do tipo paraquedista e dotado de dispositivo para conexão em sistema de ancoragem. P á g i n a 171

172 ADORNOS É vedado o uso de adornos pessoais nos trabalhos com instalações elétricas ou em suas proximidades. Além dos que já foram mencionados existem diversos outros tipos de equipamentos de Proteção individual. Assim como: Óculos, aventais, etc. 3.ROTINAS DE TRABALHO PROCEDIMENTOS Segundo a NR 10, temos as orientações de que: Os serviços em instalações elétricas devem ser planejados e realizados em conformidade com procedimentos de trabalho específicos, padronizados, com descrição detalhada de cada tarefa, passo a passo, assinados por um profissional que atenda ao que estabelece o item 10.8 desta NR Os procedimentos de trabalho devem conter, no mínimo, objetivo, campo de aplicação, base técnica, competências e responsabilidades, disposições gerais, medidas de controle e orientações finais Os procedimentos de trabalho, o treinamento de segurança e saúde e a autorização de que trata o item 10.8 devem ter a participação em todo processo de desenvolvimento do Serviço Especializado de Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho SESMT, quando houver Toda equipe deverá ter um de seus trabalhadores indicado e em condições de exercer a supervisão e condução dos trabalhos. Segundo o item , temos: Antes de iniciar trabalhos em equipes os seus membros, em conjunto com o responsável pela execução do serviço, devem realizar uma avaliação prévia, estudar e planejar as atividades e ações a serem desenvolvidas no local, de forma a atender os princípios técnicos básicos e as melhores técnicas de segurança aplicáveis ao serviço. P á g i n a 172

173 3.1. INSTALAÇÕES DESENERGIZADAS As atividades de manutenção preventiva, preditiva ou corretiva somente deverão ser realizadas adotando-se os procedimentos de segurança estabelecidos no capítulo 10.5 Segurança em instalações elétricas desenergizadas desta NR. Na impossibilidade de desenergizar o circuito elétrico, sistema operacional ou equipamento, deverão ser adotados medidas de controle e proteção de riscos, visando a segurança e integridade física dos trabalhadores respeitando-se o uso adequado de equipamentos de proteção coletiva (EPC) e individual (EPI), de acordo com o disposto neta NR Os serviços a serem executados em instalações elétricas desligadas, mas com possibilidade de energização, por qualquer meio ou razão, devem atender ao que estabelece o disposto no item LIBERAÇÃO PARA SERVIÇOS Os serviços em instalações elétricas devem ser precedidos de ordens de serviço específicas, aprovadas por trabalhador autorizado, contendo, no mínimo, o tipo, a data, o local e as referências aos procedimentos de trabalho a serem adotados A autorização referida no item 10.8 deve estar em conformidade com o treinamento ministrado, previsto no Anexo II desta NR A alternância de atividades deve considerar a análise de riscos das tarefas e a competência dos trabalhadores envolvidos, de forma a garantir a segurança e a saúde no trabalho. P á g i n a 173

174 3.3. SINALIZAÇÃO Sinalização de segurança Nas instalações e serviços em eletricidade deve ser adotada sinalização adequada de segurança, destinada à advertência e a identificação, obedecendo ao disposto na NR-26 Sinalização de Segurança, de forma a atender dentre outras, as situações a seguir: Identificação de circuitos elétricos; Travamentos e bloqueios de dispositivos e sistemas de manobra e comandos; Restrições e impedimentos de acesso; Delimitações de áreas; Sinalização de áreas de circulação, de vias públicas, de veículos e de movimentação de cargas; Sinalização de impedimento de energização; Identificação de equipamento ou circuito impedido PLACAS DE SINALIZAÇÃO P á g i n a 174

175 3.4. INSPEÇÕES DE ÁREAS, SERVIÇOS, FERRAMENTAL E EQUIPAMENTO Antes de iniciar qualquer atividade com eletricidade deverá ser observado as condições do local de trabalho, das ferramentas necessárias para sua execução com segurança, qualidade da isolação das mesmas e as condições dos equipamentos e instrumentos de trabalho e testes. O supervisor ou profissional responsável pela equipe de elétrica, profissional habilitado e autorizado, deverá inspecionar as condições da instalação elétrica periodicamente. Durante a inspeção o profissional responsável pela instalação elétrica deverá avaliar: As condições físicas dos equipamentos instalados, certificações, relatórios de manutenção, testes e ensaios; Qualidade da isolação das ferramentas manuais, instrumentos e equipamentos de trabalho; Verificar se os instrumentos de medição estão devidamente calibrados e com os certicados de calibração dentro do prazo de validade; Verificar se todos os equipamentos de proteção individual estão em perfeito estado de conservação e funcionamento; Verficar o certificado de aprovação de todos os equipamentos de proteção individual (CA); Verificar se a instalação elétrica possui todos os equipamentos de proteção coletiva necessários para a execução das atividades; Verificar se os equipamentos de proteção estão operando e atuando em condições normais; Verificar se o projeto, unifilares e Prontuário de Instalação Elétrica (P.I.E.) estão atualizados e disponibilizados para todos os trabalhadores que atuam na instalação elétrica; P á g i n a 175

176 Verificar se os serviços executados estão em conformidade com os procedimentos de trabalho estabelecido pelo Prontuário de Instalação Elétrica (P.I.E.); Inspecionar a área e local de trabalho, pois estes devem oferecer condições mínimas de segurança e saúde aos trabalhadores de acordo com o estabelecido nesta NR Nos locais de trabalho só podem ser utilizados equipamentos, dispositivos e ferramentas elétricas compatíveis com a instalação elétrica existente, preservando-se as características de proteção respeitadas as recomendações do fabricante e as influências externas Os equipamentos, dispositivos e ferramentas que possuam isolamento elétrico devem estar adequados às tensões envolvidas e serem inspecionados e testados de acordo com as regulamentações existentes ou recomendações dos fabricantes As instalações elétricas devem ser mantidas em condições seguras de funcionamento e seus sistemas de proteção devem ser inspecionados e controlados periodicamente, de acordo com as regulamentações existentes e definições de projetos Os locais de serviços elétricos, compartimentos e invólucros de equipamentos e instalações elétricas são exclusivos para essa finalidade, sendo expressamente proibido utilizá-los para armazenamento ou guarda de quaisquer objetos Os ensaios e testes elétricos laboratoriais e de campo ou comissionamento de instalações elétricas devem atender à regulamentação estabelecida nos itens 10.6 e 10.7, e somente podem ser realizados por trabalhadores que atendam às condições de qualificação, habilitação, capacitação e autorização estabelecidas nesta NR Os equipamentos, ferramentas e dispositivos isolantes ou equipados com materiais isolantes, destinados ao trabalho em alta tensão, P á g i n a 176

177 devem ser submetidos a testes elétricos ou ensaios de laboratório periódicos, obedecendo-se as especificações do fabricante, os procedimentos da empresa e na ausência desses, anualmente DOCUMENTAÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS Toda instalação elétrica deve possuir o projeto de instalações elétricas e diagramas unifilares atualizados, pois a disposição física e instalação dos equipamentos e dispositivos elétricos devem ser compatíveis com a representação disposta nos projetos e diagramas unifilares. Durante a realização de manobras ou intervenções elétricas, as informações contidas nos projetos e unifilares devem ser seguras e confiáveis, de modo a evitar energizações acidentais com trabalhadores e consequentemente acidentes fatais. Muitos acidentes de trabalho com eletricidade ocorreram no passado e infelizmente ainda ocorrem no presente devido a falta de atualização das adequações ocorridas nas instalações elétricas em seus respectivos projetos e diagramas unifilares. Quando a instalação elétrica possui carga instalada superior a 75 KW esta deve constituir o Prontuário de Instalações Elétricas (P.I.E.) conforme estabelece esta NR. O Prontuário de Instalações Elétricas é um conjunto de documentos e informações de toda a instalação elétrica. O Prontuário deve possuir o projeto e unifilar da instalação elétrica atualizado, relatório de medição do SPDA (Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas), projeto de Área Classificada (quando houver), especificação dos esquemas de aterramento, lista de todas as atividades realizadas na instalação elétrica, a APR (Análise Preliminar de Risco) geral informando todos os riscos que as zonas de risco e controlada podem oferecer aos trabalhadores, especificação de todos os equipamentos de proteção coletiva e individual adequados aos riscos identificados pelo Prontuário, certificados de aprovação (CA) dos equipamentos de proteção individual, lista de todos os equipamentos e dispositivos elétricos que constituem a instalação elétrica, certificados dos equipamentos, lista de todas as ferramentas manuais e instrumentos de medição, certificados de calibração dos instrumentos de P á g i n a 177

178 medição, documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação e autorização de todos os trabalhadores que interjam com a instalação elétrica, entre outras informações. Devido a quantidade de informações e documentos que constituem o Prontuário de Instalações Elétricas, este deve ser constantemente atualizado, pois certificados de calibração de instrumentos de medição e certicados de aprovação (CA) de equipamentos de proteção individual possuem prazos de validade. As fichas contendo as informações de qualificação e capacitação dos trabalhadores autorizados deverão ser constantemente atualizadas a medida que o trabalhador recebe novas capacitações. As Alterações e adequações realizadas nos projetos e unifilares das instalações elétricas deverão ser atualizados no Prontuário. Caso ocorra alteração no projeto de Área Classificada este também deverá ser atualizado no Prontuário. Sendo assim, todas as informações contidas no Prontuário de instalações elétricas deverão ser constantemente avaliadas, verificadas e inspecionadas pelo profissional legalmente habilitado e responsável pelo Prontuário da empresa. O Prontuário de Instalações Elétricas assim como toda a documentação da instalação elétrica deverão ser mantidos atualizados e disponibilizados a todos os trabalhadores que atuam na instalação elétrica. Estes documentos devem ser disponibilizados em meio físico através de impressão, e também podem ser disponibilizados através de sistemas informatizados de redes. Lembrem-se, os sistemas informatizados podem apresentar falhas, sendo assim, a disponibilização dos documentos através de meios físicos como a impressão é a mais forma mais segura e confiável de que todos os trabalhadores terão acesso as informações necessárias para a execução de suas atividades. Em casos de fiscalização por parte dos órgãos e autoridades competentes, a falta da disponibilização de tais documentos implicará por parte do MTE a adoção das providências estabelecidas na NR As empresas estão obrigadas a manter esquemas unifilares atualizados das instalações elétricas dos seus estabelecimentos com as P á g i n a 178

179 especificações do sistema de aterramento e demais equipamentos e dispositivos de proteção Os estabelecimentos com carga instalada superior a 75 KW devem constituir e manter o Prontuário de Instalações Elétricas, contendo além do disposto no subitem , no mínimo: a) conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas de segurança e saúde, implantadas e relacionadas a esta NR e descrição das medidas de controle existentes; b) documentação das inspenções e medições do sistema de mproteção contra descargas atmosféricas e aterramentos elétricos; c) especificação dos equipamentos de proteção coletiva e individual e o ferramental, aplicáveis conforme determina esta NR; d) documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação, autorização dos trabalhadores e dos treinamentos realizados; e) resultados dos testes de isolação elétrica realizados em equipamentos de proteção individual e coletiva; f) certificações dos equipamentos e materiais elétricos em áreas classificadas; e, g) relatório técnico das inspeções atualizadas com recomendações, cronogramas de adequações, comtemplando as alíneas de a a f As empresas que operam em instalações ou equipamentos integrantes dos sistema elétrico de potência devem constituir prontuário com o conteúdo do item e acrescentar ao prontuário os documentos a seguir listados: a) descrição dos procedimentos para emergência; e, b) certificações dos equipamentos de proteção coletiva e individual As empresas que realizam trabalhos em proximidade ao Sistema Elétrico de Potência devem constituir Prontuário contemplando as alíneas a, c, d e e, do item e alíneas a e b do item P á g i n a 179

180 O Prontuário de Instalações Elétricas deve ser organizado e mantido atualizado pelo empregador ou pessoa formalmente designada pela empresa, devendo permanecer à disposição dos trabalhadores envolvidos nas instalações e serviços em eletricidade Os documentos técnicos previstos no Prontuário de Instalações Elétricas devem ser elaborados por profissional legalmente habilitado O projeto de instalações elétricas deve ficar à disposição dos trabalhadores autorizados, das autoridades competentes e de outras pessoas autorizadas pela empresa e deve ser mantido atualizado O projeto elétrico deve atender ao que dispo~em as Normas Regulamentadoras de Saúde e Segurança no Trabalho, as regulamentações técnicas oficiais estabelecidas, e ser assinado por profissional legalmente habilitado A documentação prevista nesta NR deve estar permanentemente à disposição dos trabalhadores que atuam em serviços e instalações elétricas, respeitadas as abrangências, limitações e interferências nas tarefas A documentação prevista nesta NR deve estar permanentemente, à disposição das autoridades competentes RISCOS ADICIONAIS São considerados riscos adicionais aqueles que, são específicos de cada ambiente ou processo de trabalho que, direta ou indiretamente, possam afetar a segurança e a saúde dos que trabalham com eletricidade Em todas as intervenções em instalações elétricas devem ser adotadas medidas preventivas de controle do risco elétrico e de outros riscos adicionais, mediante técnicas de análise de risco, de forma a garantir a segurança e a saúde no trabalho Nos trabalhos e nas atividades referidas devem ser adotadas medidas preventivas destinadas ao controle dos riscos adicionais, especialmente quanto a altura, confinamento, campos elétricos e magnéticos, explosividade, P á g i n a 180

181 umidade, poeira, fauna e flora e outros agravantes, adotando-se a sinalização de segurança TRABALHO EM ALTURA De acordo com a NR-35 em seu item Considera-se trabalho em altura toda atividade executada acima de 2,00 m (dois metros) do nível inferior, onde haja risco de queda. Em uma instalação elétrica também podemos encontrar atividades de manutenção, reparos, montagem, desmontagem, inspeções, medições, limpeza, pintura, sendo realizadas em altura, como por exemplo, atividades em linhas de transmissão e distribuição de energia elétrica, entre outras atividades. Neste caso, devemos observar os requisitos de segurança e saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente nesta atividade que são estabelecidos pela NR-35. Para a realização de trabalhos em altura os trabalhadores deverão ser capacitados pela empresa de acordo com o disposto na NR Cabe ao empregador avaliar o estado de saúde dos trabalhadores que exercem atividades em altura, garantindo que: a) os exames e a sistemática de avaliação sejam partes integrantes do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional PCMSO, devendo estar nele consignados; b) a avaliação seja efetuada periodicamente, considerando os riscos envolvidos em cada situação; c) seja realizado exame médico voltado às patologias que poderão originar mal súbito e queda de altura, considerando também os fatores psicossociais A aptidão para trabalho em altura deve ser consignada no atestado de saúde ocupacional do trabalhador. P á g i n a 181

182 O estado de saúde do trabalhador, apesar de não ser o fator preponderante nas causas de acidentes com quedas nos trabalhos em alturas, deve ser levado em consideração e objeto de observação devidamente pesquisado por ocasião da realização dos exames ocupacionais. Condições como epilepsia, hipertensão, cardiopatia, vertigem, tonteira, distúrbios no equilíbrio e coordenação motora como a labirintite, obesidade, ansiedade, acrofobia, entre outras, podem ser apontadas como exemplo de condições que predispõem a queda dos trabalhadores, seja no próprio nível como também nos locais elevados. Outros problemas de ordem sociológica também devem ser examinados criteriosamente. Distúrbios no sono, alimentação inadequada, utilização de medicação controlada, alcoolismo e consumo de drogas, fatores que nem sempre são identificados na anamnese ocupacional, devem ser considerados. A NR-07 requer que os exames médicos estejam de acordo com a atividade específica da função Todo trabalho em altura deve ser realizado sob supervisão, cuja forma será definida pela análise de risco de acordo com as peculiaridades da atividade Todo trabalho em altura deve ser precedido de Análise de Risco Os Equipamentos de Proteção Individual EPI, acessórios e sistemas de ancoragem devem ser especificados e selecionados considerando-se a sua eficiência, o conforto, a carga aplicada aos mesmos e o respectivo fator de segurança, em caso de eventual queda. De acordo com a NR-34 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação Naval, para a realização de trabalhos em altura em embarcações ou navios, deve-se atender ao disposto no seguinte item desta Norma: Na execução do trabalho em altura devem ser tomadas as seguintes providências: P á g i n a 182

183 a) isolamento e sinalização de toda a área sob o serviço antes do início das atividades; b) adoção de medidas para evitar a queda de ferramentas e materiais, inclusive no caso de paralisação dos trabalhos; c) desenergização, bloqueio e etiquetagem de toda instalação elétrica aérea nas proximidades do serviço; d) instalação de proteção ou barreiras que evitem contato acidental com instalações elétricas aéreas, conforme procedimento da concessionária local, na inviabilidade técnica de sua desenergização; e) interrupção imediata do trabalho em altura em caso de iluminação insuficiente ou condições metereológicas adversas, como chuvas e ventos superiores a 40Km/h, dentre outras. Para a execução de trabalhos em altura próximo à rede de distribuição, deve-se verificar prioritariamente com a concessionária local a possibilidade de desenergização da rede. Na impossibilidade de desenergização, adota-se as medidas de proteção coletivas prevista na NR-10, tais como: isolação das partes vivas, uso de anteparos, obstáculos, barreiras, seccionamento automático da alimentação, bloqueio da religação automática, etc. Neste caso, os trabalhadores deverão utilizar equipamentos de proteção individual adequados ao risco de queda e ao risco de choque elétrico, de acordo com o nível de tensão. Quando houver a necessidade de montar andaimes próximos à rede de distribuição, deve-se respeitar as distâncias de segurança principalmente durante as operações de montagem e desmontagem, e preferencialmente aterrar a estrutura. Quanto aos procedimento de montagem, desmontagem, e trabalho com a utilização de andaimes, observar os procedimentos para trabalho estabelecidos pela NR-35. Em casos de trabalhos em altura com a utilização de escadas, estas deverão ser de fibras de vidro, pois não conduzem eletricidade. As escadas de alumínio são condutoras de eletricidade. Quanto aos procedimentos de utilização de escadas durante a execução das atividades, observar os procedimentos para trabalho estabelecidos pela NR-35. P á g i n a 183

184 AMBIENTES CONFINADOS De acordo com a NR-33 em seu item Espaço Confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação humana contínua, que possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio. São exemplos de espaços confinados: Caixas d água; Tanques; Caixas subterrâneas; Galerias; Dutos; Porão de navio; Reatores; Vasos de pressão; Asas de aeronaves; Silos; Tubulações; Trincheiras e túneis; Caldeiras; Decantadores; Torres e chaminés. Em ambientes classificados como espaço confinado pode haver a presença ou a probabilidade de formação de uma atmosfera explosiva. Havendo a presença de gases, vapores, névoas, poeiras ou fibras inflamáveis, oxigênio (que se encontra presente no ar atmosférico) e uma fonte de ignição (chamas, calor, centelhas, faíscas, acúmulo de eletricidade estática,etc.), ocorrerá a formação de P á g i n a 184

185 uma mistura inflamável ou triângulo do fogo. Neste caso, o ambiente se tornará uma Área Classificada devido a presença ou a probabilidade de formação de uma atmosfera explosiva Em áreas classificadas os equipamentos devem estar certificados ou possuir documento contemplado no âmbito do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade INMETRO A Permissão de Entrada e Trabalho é válida somente para cada entrada É vedada a entrada e a realização de qualquer trabalho em espaços confinados sem a emissão da Permissão de Entrada e Trabalho. Em instalações industriais e ambientes onde existe a presença de espaços confinados, devem-se adotar algumas medidas de segurança: Avaliar a atmosfera nos espaços confinados, antes da entrada de trabalhadores, para verificar se o seu interior é seguro; Monitorar continuamente a atmosfera nos espaços confinados nas áreas onde os trabalhadores autorizados estiverem desempenhando as suas tarefas para verificar se as condições de acesso e permanência são seguras; Testar os equipamentos de medição antes de cada utilização; Prever a implantação de travas, bloqueios, alívio, lacre e etiquetagem; Utilizar equipamento de leitura direta, intrisicamente seguro, provido de alarme, calibrado e protegido contra emissões eletromagnéticas ou interferências de radiofreqüência; Capacitar todos os trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com os espaços confinados, sobre seus direitos, deveres, riscos e medidas de controle; Não é permitida a realização de qualquer trabalho em espaços confinados de forma individual ou isolada; Proibir a ventilação com oxigênio puro. P á g i n a 185

186 como: Podemos encontrar atividades com eletricidade em espaços confinados, tais Instalação, manutenção, inspeção e medição de equipamentos elétricos em galerias subterrâneas de redes de distribuição; Serviços com soldas elétricas; Serviços em caixas subterrâneas; Atividades no interior de porões de navios, tanques, tubulações, entre outras. Em todas as atividades com eletricidade executadas em espaços confinados, devem ser adotadas medidas de proteção contra riscos elétricos, pois o acúmulo de eletricidade estática, níveis elevados de tensão, faíscas e centelhas provenientes de equipamentos elétricos, aquecimento de equipamentos e componentes elétricos podem contribuir com a formação de uma atmosfera explosiva. Sendo assim, a medida de segurança prioritária será a desenergização ou supressão do agente de risco que determina a classificação da área. A NR-34 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação Naval, também faz referência a ambientes com espaço em alguns de seus itens: Os quadros de alimentação elétricos devem ser instalados fora do espaço confinado com distância mínima de dois metros de sua entrada Somente deve ser utilizada alimentação elétrica em extra baixa tensão ÁREAS CLASSIFICADAS Área na qual existe a probabilidade de formação ou existência de uma atmosfera explosiva. A simbologia de área classificada é um triângulo na cor amarela com a especificação Ex no seu interior. P á g i n a 186

187 Atmosfera Explosiva Atmosfera Explosiva é a mistura com o ar de substâncias combustíveis na forma de gases, vapores, névoas, poeiras, ou fibras na qual após a ignição, a combustão se propaga através da mistura remanescente SUBSTÂNCIAS COMBUSTÍVEIS Substância combustível é o termo genérico usado para descrever substâncias que podem formar atmosferas explosivas, tais como, gases inflamáveis, líquidos inflamáveis ou combustíveis, poeiras e fibras combustíveis GÁS INFLAMÁVEL É aquele que, quando misturado com o ar em determinadas proporções, forma uma atmosfera explosiva LÍQUIDO INFLAMÁVEL É o líquido inflamável ou combustível que tem as seguintes características: Emana vapor, em determinada temperatura, capaz de quando misturado com o ar, em determinadas proporções, formar uma atmosfera explosiva, ou que, Quando pulverizado, suas gotículas, dispersas no ar em determinadas proporções, formam uma atmosfera explosiva POEIRA OU FIBRA COMBUSTÍVEL São pequenas partículas que tem como características: Dispersas no ar, em determinadas proporções, formam uma atmosfera explosiva, ou que; Quando se depositam, sob o efeito de seu próprio peso, podem queimar ou se incandescer no ar. P á g i n a 187

188 Conforme a NR-20: Líquido inflamável é qualquer líquido que tenha ponto de fulgor igual ou inferior a 60 C; Líquido combustível é qualquer líquido que tenha ponto de fulgor superior a 60 C e igual ou inferior a 93 C; PONTO DE FULGOR É a menor temperatura na qual um líquido libera vapores em quantidades suficientes para formar uma mistura inflamável e, na presença de uma fonte de ignição, os vapores não mantém a chama. Quanto mais baixo for o ponto de fulgor, maior pode ser a extensão da Área Classificada. O ponto de fulgor não é aplicável a gases inflamáveis PONTO DE COMBUSTÃO É a menor temperatura na qual a mistura de vapor com o ar inflamado por uma fonte externa de ignição continua a queimar constantemente acima da superfície do líquido TEMPERATURA DE AUTO IGNIÇÃO É a menor temperatura na qual a atmosfera explosiva formada por um determinado produto se inflama sem a necessidade de fagulha, chama, arco ou faísca, mas apenas entrando em contato com uma superfície aquecida a partir desse valor. P á g i n a 188

189 IGNIÇÃO É a energia mínima que deve ser fornecida por uma chama, centelha elétrica ou fonte de calor à uma mistura combustível para que esta possa iniciar a propagação da combustão. As fontes de ignição podem ser geradas por: Faíscas geradas por equipamentos elétricos, tais como, interruptores, botoeiras, tomadas, painéis elétricos, etc,; Superfícies quentes de equipamentos elétricos e eletrônicos, tais como, luminárias, motores, sensores, transmissores, etc.; Correntes parasitas; Aparelhos eletrônicos portáteis, tais como, telefones celulares e máquinas fotográficas; Chamas abertas; Descargas atmosféricas; Superfícies quentes, tais como aquecedores e tubulações de vapor ou fluido térmico; Calor radiante; Cigarros acesos; Corte e solda; Ignição espontânea; Calor de fricção ou faíscas; Eletricidade estática; Fornos, chaminés e equipamentos de aquecimento (fornalhas); P á g i n a 189

190 3.8. GERENCIAMENTO DE RISCOS O gerenciamento de riscos de explosões, conforme orienta a NBR deve considerar medidas preventivas para reduzir ou eliminar este risco e que devem ser aplicadas na seguinte ordem: Identificação do risco de explosão; Controle da atmosfera; Controle da ignição; Controle dos danos. A Classificação de Áreas, feita conforme normalização baseada na IEC envolve o conhecimento dos produtos e avaliação técnica do processo, resultando numa classificação real, de acordo com os riscos. A certificação para equipamentos Ex, hoje compulsória no Brasil, está baseada em ensaios de tipo com avaliação do sistema de qualidade ou em ensaios de lote, através de OCP (Organismos Certificadores de Produtos) acreditados pelo INMETRO. O profissional que atua em áreas classificadas deve, conforme NR-10/2004, ter qualificação adequada à sua atividade além de treinamentos específicos que informem sobre os riscos CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS É uma atividade multidisciplinar que depende de informações do produto, do processo, da operação e da segurança. Esta deve ser executada conforme as normas NBR IEC Atmosferas explosivas Parte 10-1: Classificação de áreas Atmosferas explosivas de gás. A classificação de áreas identifica os locais onde há o risco de explosão pela ignição de uma atmosfera explosiva e tem como grande objetivo evitar o contato de fontes de ignição com a atmosfera explosiva e servir como fonte de P á g i n a 190

191 informação para a escolha dos equipamentos elétricos, representados por motores, luminárias, tomadas, interruptores, painéis, auto-falantes, etc. Junto com o símbolo de equipamentos para áreas classificadas teremos informações do tipo de proteção, nível de proteção, grupo de explosividade, classe de temperatura, índice de proteção e número de certificação do equipamento. Temperatura Máxima de Superfície é a temperatura mais elevada que é atingida em serviço sob as condições mais adversas (porém dentro das tolerâncias especificadas pela norma do seu tipo de proteção por qualquer parte ou superfície de um equipamento em contato com uma atmosfera explosiva capaz de causar sua ignição CLASSE DE TEMPERATURA É o sistema de classificação de equipamentos, com base na sua temperatura máxima de superfície, relacionada com a atmosfera explosiva específica do local onde este será instalado e usado. A classe de temperatura é uma informação fornecida pelo fabricante por meio da qual ele garante que o equipamento fornecido não atingirá uma temperatura de superfície acima da classe em questão, mesmo em condição de falha. Esta temperatura não deverá exceder a temperatura de ignição do produto inflamável presente na área classificada. P á g i n a 191

192 GRUPO DE EXPLOSIVIDADE As substâncias inflamáveis na forma de gases e vapores são classificadas de acordo com a IEC em três grupos: IIA, IIB e IIC de acordo com a sua periculosidade. Esta classificação é de acordo com procedimentos experimentais e baseadas no MIC (corrente mínima de ignição) e no MESG (interstício máximo experimental seguro). GRUPO I IIA IIB IIC IIIA IIIB IIIC DESCRIÇÃO Grisu (mistura de gases com predominância de metano encontrada em minas subterrâneas) Propano, Butano, Gasolina, Acetona, Hexano, Gás Natural, Benzeno, etc. Eteno, Etanol, Formaldeído, Monóxido de carbono, Gás Sulfídrico, etc Acetileno, Hidrogênio e Dissulfeto de carbono. Fibras: Rayon, Algodão, Sisal, Juta, Fibras de madeira, etc Poeiras não condutivas: Açúcar, Farinha de trigo, Celulose, Vitamina C, etc Poeiras condutivas: Alumínio, Ferro - Manganês, Carvão, Coque, Grafite, etc DEFINIÇÃO DE ZONAS ABNT Zona 0 Zona 1 Zona 2 Descrição Local onde a ocorrência de mistura inflamável/explosiva é contínua, ou existe por longos períodos. Local onde a ocorrência de mistura inflamável/explosiva é provável de acontecer em condições normais de operação do equipamento de processo. Local onde a ocorrência de mistura inflamável/explosiva é pouco provável de acontecer e se acontecer é por curtos períodos, estando associado à operação anormal do equipamento de processo. P á g i n a 192

193 TIPOS DE PROTEÇÃO Tipo de proteção Equipamento à Prova de Explosão Equipamento Pressurizado Equipamento Imerso em Óleo Equipamento Imerso em Areia Equipamento Imerso em Resina Equipamento de Segurança Aumentada Equipamento Não Acendível Equipamento Hermético Equipamento de Segurança Intrínseca Equipamento Especial Simbologia Ex D Ex P Ex O Ex Q Ex M EX E Ex N Ex H Ex I Ex S ÍNDICE DE PROTEÇÃO O Índice de Proteção é expresso por dois algarismos, conforme figura abaixo P á g i n a 193

194 De acordo com a NR-10 em seus itens a seguir: Os trabalhos em áreas classificadas devem ser precedidos de treinamento específico de acordo com o risco envolvido Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas de ambientes com atmosferas potencialmente explosivas devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certificação. P á g i n a 194

195 Os processos ou equipamentos susceptíveis de gerar ou acumular eletricidade estática devem dispor de proteção específica e dispositivos de descarga elétrica Nas instalações elétricas de áreas classificadas ou sujeitas a risco acentuado de incêndio ou explosões, devem ser adotados dispositivos de proteção como alarme e seccionamento automático para prevenir sobre tensões, sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação Os serviços em instalações elétricas nas áreas classificadas somente poderão ser realizados mediante permissão para o trabalho com liberação formalizada, conforme estabelece o ítem 10.5 ou supressão do agente de risco que determina a classificação da área. A NR-33 também menciona áreas classificadas em seus itens: Em áreas classificadas os equipamentos devem estar certificados ou possuir documento contemplado no âmbito do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade INMETRO Adotar medidas para eliminar ou controlar os riscos de incêndio ou explosão em trabalhos a quente, tais como solda, aquecimento, esmerilhamento, corte ou outros que liberem chama aberta, fascas ou calor UMIDADE A água como condutora de eletricidade pode ser o caminho para correntes de fuga em instalações elétricas. Sendo assim, os profissionais qualificados em elétrica estão expostos aos riscos de eletroplessão quando utilizam roupas molhadas, inclusive em caso de suor. Durante a execução de trabalhos em locais úmidos ou encharcados, deve-se utilizar tensão inferior a 24 V ou transformador de segurança (isola eletricamente o circuito e impede correntes de fuga). P á g i n a 195

196 A exposição do trabalhador a umidade pode contribuir com o surgimento de doenças do aparelho respiratório, quedas, doenças de pele, doenças circulatórias entre outras. Todo trabalho em equipamentos energizados só deve ser iniciado com boas condições metereológicas, não sendo permitidos os trabalhos sob chuva, neblina densa ou ventos. Podemos determinar a condição de umidade favorável ou não com a utilização do termohigrômetro ou umedecendo levemente com um pano úmido a superfície de um bastão de manobra, e aguardar durante aproximadamente 5 minutos. Desaparecendo a película de umidade, há condições seguras para execução dos serviços. Sabemos que a existência de umidade no ar propicia a diminuição da capacidade disruptiva do ar, aumentando assim os riscos de acidentes elétricos. Devemos levar em consideração, também, que os equipamentos isolados a óleo não devem ser abertos para manutenção em condições de umidade relativa do ar elevada, pois o óleo isolante pode absorver a umidade do ar, comprometendo, assim, suas características isolantes. Exemplo: transformadores, disjuntores CONDIÇÕES ATMOSFÉRICAS Devido a longos períodos de estiagem, as chuvas que começam a cair são normalmente acompanhadas de tempestades, sendo estas originadas a partir do aquecimento do solo pelos raios solares, que fazem o ar quente subir, carregando com este as partículas de vapor, ou do encontro da massa de ar frio com uma massa de ar quente. O raio é uma descarga elétrica de grande intensidade, sendo produzido por nuvens do tipo cumulonimbus, que possui formato parecido com uma bigorna e pode atingir 12 quilômetros de altura e vários quilômetros de diâmetro. As tempestades com trovoadas se verificam quando P á g i n a 196

197 certas condições particulares (temperatura, pressão, umidade do ar, velocidade do vento, etc.) fazem com que determinado tipo de nuvem se torne eletricamente carregada internamente. As descargas atmosféricas podem ser ascendentes (da terra para a nuvem) ou descendentes (da nuvem para a terra), ou ainda entre nuvens. A principal diferença entre relâmpagos e raios consiste em: o termo relâmpago refere-se a qualquer descarga elétrica atmosférica, e raio é uma descarga que ocorre entre a nuvem e o solo. Pode-se dizer que todo raio é um relâmpago, mas nem todo relâmpago é um raio. Quando o raio atinge o solo ou outro corpo em contato com o solo, como árvores, as cargas se propagam próximo à superfície em vez de seguirem diretamente para as suas camadas mais profundas. Essas correntes são responsáveis por causar a morte de vários animais de uma só vez nas pastagens, pois a corrente que está se propagando na superfície passa por ele, uma vez que estão em contato com o solo. Se o raio atingir uma região arenosa, ocorre a formação de fulgurito (conhecido como pedra-de-corisco ou pedra-de-raio), que é o resultado do aumento súbito da temperatura e consequente fusão dos grãos de areia causada pela passagem da descarga elétrica. Essa estrutura conserva o formato do raio que a originou em sua passagem através do solo, com alguns centímetros de diâmetro, e podem ter alguns metros de comprimento. Para evitar falsas expectativas sobre os sistemas de proteção, faremos os seguintes esclarecimentos: O raio é um fenômeno da natureza absolutamente imprevisível tanto em relação às suas características elétricas como em relação aos efeitos destruidores decorrentes de sua incidência sobre as edificações, as pessoas ou animais; P á g i n a 197

198 Nada pode ser feito para impedir a queda de uma descarga em uma determinada região. Assim sendo, as soluções aplicadas buscam somente minimizar os efeitos destruidores a partir de instalações adequadas de captação e de condução segura da descarga para a terra; Um raio ao cair na terra pode provocar grande destruição, devido ao alto valor de sua corrente elétrica, que gera intensos campos eletromagnéticos, calor, etc. O raio também pode provocar sobretensões em redes de energia elétrica, em redes de telecomunicações, de TV a cabo, antenas parabólicas, redes de transmissão de dados, etc. Essa sobretensão é denomibnada Sobretensão Transitória. Por sua vez, as sobretensões transitórias podem chegar até as instalações elétricas internas ou de telefonia, de TV a cabo ou de qualquer unidade consumidora. Os seus efeitos, além de poderem causar danos a pessoas e animais podem: Provocar a queima total ou parcial de equipamentos elétricos ou danos a própria instalação elétrica interna e telefônica, entre outras; Reduzir a vida útil dos equipamentos; Provocar enormes perdas devido a danos gerados em equipamentos, etc. As sobrecorrentes transitórias originadas de descargas atmosféricas podem ocorrer de dois modos: Descarga Direta: o raio atinge diretamente uma rede elétrica ou telefônica. Nesse caso, o raio tem umefeito devastador, gerando elevados valores de sobretensões sobre os diversos circuitos; Descarga Indireta: o raio cai a uma distância de até 1 mquilômetro de uma rede elétrica. A sobretensão gerada é de menor intensidade do que a provocada pela discarga direta, mas pode causar sérios danos. P á g i n a 198

199 Essa sobretensão induzida acontece quando uma parte da energia do raio é transferida através de um acoplamento eletromagnético com uma rede elétrica. A grande maioria das sobretensões transitórias de origem atmosférica que causam danos a equipamentos é ocasionada pelas descargas indiretas PÁRA-RAIOS Um pára-raios é uma haste de metal, normalmente de cobre ou alumínio destinado a proteção das edificações atraindo as descargas elétricas atmosféricas, raios, para as suas pontas e desviando-as para o solo através de cabos de baixa resistência elétrica. Como o raio tende a atingir o ponto mais alto de uma edificação, o pára-raios é instalado no topo da edificação. Através do fenômeno eletrostático denominado poder das pontas, que é a grande concentração de cargas elétricas que se acumulam em regiões pontiagudas, quando o campo elétrico nas vizinhanças da ponta do pára-raios atinge determinado valor, o ar em sua volta se ioniza e se descarrega através de sua ponta para o solo através de um condutor de baixa resistividade que é enterrado no solo e rodeado de pó de carvão. Os pára-raios tradicionais protegem as estruturas, mas não podem evitar os efeitos negativos da indução eletromagnética causada pela grande energia que se transmite durante a descarga, de que todos os aparelhos existentes, tanto os elétricos quanto os telefônicos, informáticos, eletrônicos, etc. se ressentem em maior ou menor medida e que pode mesmo causar a sua completa destruição. Podemos definir o pára-raios como um conjunto de elementos compostos de um sistema de captação aérea (captores); sistema de descida, que liga o captor ao aterramento e sistema de aterramento, por onde a descarga dissipará. P á g i n a 199

200 A área de proteção de um pára-raios não é estática, é previamente definida dependendo dos fatores dinâmicos, tais como: A forma da estrutura a serem protegidas; As massas metálicas e objetos metálicos na parte externa da edificação; Variações térmicas; Intensidade do campo elétrico da região a ser protegida, etc. Os principais métodos de proteção são: Método Gaiola de Faraday Este método consiste em instalar um sistema de captores formados por condutores horizontais interligados em forma de malha, método muito utilizado na Europa. É baseado na teoria de Faraday, segundo a qual, o campo no interior de uma gaiola é nulo, mesmo quando passa pelos condutores uma corrente muito alta, ou seja, é necessário que a corrente se distribua uniformemente por toda a superfície. Quanto menor a distância entre os condutores da malha, mais eficaz será a proteção. P á g i n a 200

201 Método Franklin Segundo a norma vigente, os pára-raios tipo Franklin são instalados para proteger o volume de um cone, onde o captor fica no vértice e ângulo entre a geratriz e o centro do cone, variando de acordo com o nível de proteção e a altura da edificação. (NBR5419/2001) FIGURA 4.1 PARÁ RAIOS - TIPO FRANKLIN FIGURA 4.2 PROJEÇÃO DO CONE DE PROTEÇÃO SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS A instalação do sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) é uma exigência do Corpo de Bombeiros, regulamentada pela ABNT segundo a norma NBR 5419/2001, e tem como objetivo evitar e/ou eliminar o impacto dos efeitos das descargas atmosféricas, que podem ocasionar incêndios, explosões, danos materiais e, até mesmo, risco a vida de pessoas e animais. ABNT NBR 5419/ Esta Norma fixa as condições exigíveis ao projeto, instalação e manutenção de sistemas de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) de estruturas (definidas em 1.2), bem como de pessoas e instalações no seu aspécto físico dentro do volume protegido. P á g i n a 201

202 1.2 Esta Norma aplica-se às estruturas comuns, utilizadas para fins comerciais, industriais, agrícolas, administrativos ou residenciais, e as estruturas especiais previstas no anexo A. 1.4 Esta Norma não contempla a proteção de equipamentos elétricos e eletrônicos contra interferências eletromagnéticas causadas pelas descargas atmosféricas. Os SPDAs devem ser submetidos a inspeções visuais anualmente e inspeções completas (de acordo com o nível de proteção requerido). Nessas inspeções deverão ser identificadas eventuais irregularidades, e estas por sua vez quando identificadas devem ser corrigidas imediatamente para garantir a eficiência do sistema. O relatório de medição de SPDA da instalação elétrica deve ser anexado ao Prontuário de Instalações Elétricas (P.I.E.). A medição de SPDA deve ser realizada ao menos uma vez por ano. O SPDA é composto basicamente por três sub-sistemas: captor, condutor de descida e aterramento. Sistema de captores tem como finalidade receber os raios, reduzindo a probabilidade da estrutura receber diretamente o raio, deve ter a capacidade térmica e mecânica suficiente para suportar o calor gerado no ponto de impacto, assim como os esforços eletromecânicos resultantes. Sistema de descida tem como finalidade conduzir a corrente de descarga do raio recebido pelo captor até o sistema de aterramento, reduzindo a incidência de descargas laterais e de campos eletromagnéticos no interior do volume protegido, e deve ter também a capacidade térmica e mecânica suficiente para suportar o calor gerado pela passagem da corrente, e suportar a corrosão. Sistema de aterramento tem como finalidade dispersar no solo a corrente recebida pelos captores e conduzidas pelos condutores até o solo, reduzindo assim o risco de ocorrência de tensões de passo e de toque, deve resistir ao calor gerado e ao ataque corrosivo dos diversos tipos de solo. P á g i n a 202

203 FIGURA 4.3 INSTALAÇÃO GENÉRICA DE SPDA EXTERNO EM UM PRÉDIO ANIMAIS PEÇONHENTOS São animais que por meio de um mecanismo de caça e defesa, são capazes de injetar em suas presas uma substância tóxica produzida em seus corpos, diretamente de glândulas especializadas (dente, ferrão, agulhão) por onde passa o veneno. Eles são responsáveis por provocarem inúmeros acidentes domésticos, em várias regiões brasileiras. São exemplos de animais peçonhentos: cobras, aranhas, escorpiões, lacraias, taturanas, vespas, formigas, abelhas e marimbondos Os animais venenosos são aqueles que possuem um mecanismo que age passivamente, ou seja, é preciso a interferência do predador para que o seu veneno, na maioria dos casos presente na pele, seja ativado, como, por exemplo, sapos e borboletas. P á g i n a 203

204 O trabalhador pode encontrar animais peçonhentos durante a execução de atividades externas de construção, manutenção e supervisão em redes elétricas, torres de transmissão, postes, subestações, usinas geradoras, leitura de medidores, serviços de podas de árvores entre outros. FIGURA 4.14 ESCORPIÃO FIGURA 4.15 ARANHA FIGURA 4.16 SERPENTE 4.RESPONSABILIDADES As atividades e serviços executados em instalações elétricas implicam em responsabilidades: Civil; Criminal; Previdenciária; Trabalhista empresas: Conforme o ART.157 da CLT Consolidação das Leis Trabalhistas, cabe às Cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho; Instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às precauções a tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho e doenças ocupacionais; Adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelos órgãos competentes; P á g i n a 204

205 Facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente. Conforme o ART. 158 da CLT - Consolidação das Leis Trabalhistas, cabe aos empregados: Observar as normas de segurança e medicina do trabalho, bem como as instruções dadas pelo empregador; Colaborar com a empresa na aplicação das leis sobre segurança e medicina do trabalho; Usar corretamente o EPI quando necessário SESMT SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E EM MEDICINA DO TRABALHO Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho está regulamentado conforme dispositivo da Lei 6.514/77 Portaria 3.214/78, especificado na Norma Regulamentadora NR 4. A NR 4 estabelece a obrigatoriedade da existência do SESMT em todas as empresas privadas, públicas, órgãos públicos da administração direta e indireta dos poderes Legislativo Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis Trabalhistas CLT, com a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho. O dimensionamento do SESMT vincula-se à graduação do risco da atividade principal e ao número total de empregados do estabelecimento. Para que o dimensionamento do SESMT atinja seus objetivos, é necessário que a política visando a segurança e a saúde do trabalhador, seja bem definida e garantida pelo apoio da administração e pela conscientização de cada trabalhador da empresa em todos os níveis hierárquicos. P á g i n a 205

206 ATRIBUIÇÕES DO SESMT Aplicar os conhecimentos de Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho no ambiente de trabalho e a todos os seus componentes, inclusive máquinas e equipamentos, de modo a controlar e reduzir os riscos ali existentes à saúde do trabalhador; Determinar ao trabalhador a utilização de Equipamentos de Proteção Individual EPI, quando esgotados todos os meios conhecidos de proteção coletiva para a eliminação do risco como determina a NR 6 e se mesmo assim este persistir, adota-se o uso de equipamentos de proteção individual desde que a concentração, intensidade ou característica do agente assim o exija; Colaborar quando solicitado, nos projetos e na implantação de novas instalações físicas e tecnológicas da empresa; Responsabilizar-se tecnicamente, pela orientação quanto ao cumprimento do disposto nas NRs aplicáveis às atividades executadas pelos trabalhadores da empresa e/ou estabelecimentos; Manter permanente relacionamento com a CIPA, valendo-se ao máximo de suas observações, além de apoiá-la, treiná-la e atendê-la, conforme dispõe a NR 5; Promover a realização de atividades de conscientização, educação e orientação dos trabalhadores para a prevenção de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais, tanto através de campanhas quanto de programas de duração permanente (treinamentos); Analisar e registrar em documentos específicos todos os acidentes ocorridos na empresa ou estabelecimento, e todos os casos de doença ocupacional, descrevendo a história e as características do acidente e/ou da doença ocupacional, os fatores ambientais, as P á g i n a 206

207 características do agente e as condições dos indivíduos portadores de doença ocupacional ou acidentado; As atividades dos profissionais integrantes do SESMT são essencialmente prevencionistas, embora não seja vedado o atendimento de emergência, quando se tornar necessário. A elaboração de planos de controle de efeitos de catástrofes, disponibilidade de meios destinados ao combate a incêndios e salvamento, e de imediata atenção à vítima de qualquer outro tipo de acidente estão incluídos em suas atividades CIPA COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES Conforme determina a NR 5 as empresas privadas, públicas, sociedades de economia mista, órgãos da administração direta e indireta, instituições beneficentes, associações recreativas, cooperativas, bem como outras instituições que admitam trabalhadores como empregados devem constituir CIPA por estabelecimento e mantê-la em regular funcionamento. A CIPA tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador. A CIPA é composta por representantes do empregador (designados) e dos empregados (eleitos) PENALIDADES PREVISTAS NO CÓDIGO CIVIL Homicío culposo; Lesão corporal; Lesão corporal de natureza grave; Lesão corporal seguida de morte; Lesão corporal culposa; Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e eminente. P á g i n a 207

208 CÓDIGO CIVIL Art Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. Art Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. Parágrafo único: Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente da culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem CÓDIGO PENAL BRASILEIRO Art Diz-se o crime: I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo; II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia. Art. 121 Diz: 3º, se o homicídio é culposo: Pena - detenção, de um a três anos LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA Art Nos casos de negligência quanto às normas padrão de segurança e higiene do trabalho indicados para a proteção individual e coletiva, a Previdência Social proporá ação regressiva contra os responsáveis. P á g i n a 208

209 Art O pagamento, pela Previdência Social, das prestações por acidente do trabalho não exclui a responsabilidade civil da empresa ou de outrem LEGISLAÇÃO TRABALHISTA Acidentes de trabalho são aqueles que acontecem no exercício do trabalho prestado à empresa e que provocam lesões corporais ou perturbações funcionais que podem resultar em morte ou na perda ou em redução, permanente ou temporária, das capacidades do trabalhador. São considerados acidentes de trabalho: Doenças profissionais provocadas pelo trabalho. São exemplos, problemas de coluna, audição, visão, cardíacos, etc; Doenças causadas pelas condições de trabalho. São exemplos: dermatoses causadas por cal e cimento ou problemas de respiração causados pela inalação de poeira etc.; Acidentes que acontecem na prestação de serviços, por ordem da empresa, fora do local de trabalho; Acidentes que acontecem em viagens à serviço da empresa; Acidentes que ocorram no trajeto entre a casa e o trabalho ou do trabalho para casa. P á g i n a 209

210 COMPETÊNCIA DAS PESSOAS SEGUNDO A NBR Além das classificações anteriores, a NBR , em sua Tabela 12 - Competência das pessoas, classifica as pessoas em 3 classes: Comuns, Advertidas e Qualificadas. Código Classificação Características Aplicação e exemplos BA1 Comuns Pessoas inadvertidas BA4 Advertidas Pessoas suficientemente informadas ou supervisionadas por pessoas qualificadas de modo a lhes permitir evitar os perigos que a eletricidade pode apresentar Pessoas que tem conhecimentos técnicos BA5 Qualificadas ou experiência suficiente para lhes permitir evitar os perigos que a eletricidade pode apresentar Pessoal de manutenção e/ou operação trabalhando em locais de serviço elétrico Engenheiros e/ou técnicos trabalhando em locais de serviço elétrico fechados 5.PROTEÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS O fogo é um fenômeno natural. Antes de seu controle pelo homem somente ocorria espontaneamente através de manifestações da natureza como raios e erupções vulcânicas. Hoje o fogo é utilizado em uma variedade enorme de atividades caseiras e industriais. P á g i n a 210

211 5.1. QUÍMICA DO FOGO O fogo é a rápida oxidação de um material combustível liberando calor, luz e produtos de reação, tais como o dióxido de carbono e a água. O fogo é uma mistura de gases a altas temperaturas, formada em reação exotérmica de oxidação, que emite radiação eletromagnética nas faixas do infravermelho e visível. Desse modo, o fogo pode ser entendido como uma entidade gasosa emissora de radiação e decorrente da combustão. Se bastante quente, os gases podem se tornar ionizados para produzir plasma. Dependendo das substâncias presentes e de quaisquer impurezas, a cor da chama e a intensidade do fogo podem variar. O fogo em sua forma mais comum pode resultar em incêndio, que tem o potencial de causar dano físico através da queima. Chamamos de fogo o resultado de um processo termoquímico muito exotérmico de oxidação. Geralmente, um composto químico orgânico como o papel, a madeira, os plásticos, os gases de hidrocarbonetos, gasolina e outros, susceptíveis a oxidação, em contato com uma substância comburente (oxigênio da atmosfera, por exemplo) necessitam de uma energia de ativação, também conhecida como temperatura de ignição. Esta energia para inflamar o combustível pode ser fornecida através de uma faísca ou de uma chama. Iniciada a reação de oxidação, também denominada de combustão ou queima, o calor desprendido pela reação mantém o processo em marcha. Os produtos da combustão (principalmente vapor de água e dióxido de carbono), em altas temperaturas pelo calor desprendido pela reação química, emitem luz visível. O resultado é uma mistura de gases incandescentes emitindo energia, denominado chama ou fogo. P á g i n a 211

212 ELEMENTOS DA COMBUSTÃO A combustão é uma reação química exotérmica onde um material combustível reage na presença de um comburente, geralmente acompanhada de chamas e/ou brasas e/ou emissão de fumaça. Portanto é necessária a presença de três elementos: combustível, comburente e calor. Cada um dos elementos devem estar presentes no processo dentro das proporções ideais. Caso a união dos três elementos seja feita de forma indiscriminada poderemos não ter a produção do fogo. Combustível Qualquer substância sólida, líquida ou gasosa capaz de queimar. Quanto a sua capacidade de liberar vapores inflamáveis são classificados como voláteis e não voláteis. Comburente É a substância química oxidante capaz de alimentar a combustão. O mais conhecido deles é o oxigênio encontrado na atmosfera que respiramos na porcentagem de 21%. Calor Forma de energia que se transfere de um sistema para outro por uma diferença de temperatura entre os dois. É capaz de produzir vapores inflamáveis a partir dos corpos combustíveis. Também atua como fonte de ignição em meio a uma atmosfera inflamável ideal. O calor não é a única fonte de ignição de um incêndio. Podemos citar faíscas, descargas elétricas e energia estática como outros exemplos. P á g i n a 212

213 TETRAEDRO DO FOGO A doutrina da moderna teoria do fogo já não trabalha mais com o conhecido triângulo do fogo (combustível, comburente e calor). A ciência foi capaz de verificar que o fenômeno da combustão é uma reação que se processa em cadeia. Após o seu início, a combustão é sustentada pelo calor produzido durante o processo da própria reação. Essa oxidação auto-sustentável dá o lugar a um quarto elemento chamado de reação em cadeia. Reação em Cadeia Esta reação é sustentada pelo ciclo constante criado através do fenômeno de pirólise (decomposição química de uma substância mediante ação do calor). O calor irradiado agindo sobre o combustível provoca a sua decomposição em partículas menores que ao liberarem vapores inflamáveis e se misturarem ao oxigênio acabam se incendiando também e assim por diante criando um ciclo autossustentável. Ainda no estudo da teoria do fogo e sua evolução é importante também conhecermos alguns pontos notáveis da combustão TEMPERATURA DE IGNIÇÃO É a temperatura em que os combustíveis começam a emanar vapores que em contato com o ar, podem iniciar ou não uma combustão PONTO DE FULGOR É a menor temperatura na qual um combustível começa a emanar vapores em quantidade suficiente para formar com o oxigênio uma mistura capaz de se inflamar a exposição de uma fonte externa de ignição. Se afastada essa fonte o fogo cessa. P á g i n a 213

214 PONTO DE COMBUSTÃO É a menor temperatura na qual um combustível começa a emanar vapores em quantidade suficiente para formar com o oxigênio uma mistura ideal, capaz de se inflamar à exposição de uma fonte externa de ignição. Depois de afastada essa fonte a queima continua PONTO DE AUTO-IGNIÇÃO É a menor temperatura na qual os gases desprendidos de um corpo combustível entram em combustão pelo contato com o oxigênio existente no ar, independente da existência de fonte externa de calor COMBUSTÃO COMPLETA Acontece quando o combustível ao se queimar, combina-se com o oxigênio na proporção ideal (16% a 21%). Desta reação origina-se vários produtos como o gás carbônico, água na forma de vapor e cinzas COMBUSTÃO INCOMPLETA Neste caso a concentração de oxigênio é muito baixa (8% a 15%). O produto da reação agora é o monóxido de carbono. Nos combustíveis sólidos haverá formação de brasas sem chamas MISTURA INFLAMÁVEL A mistura inflamável é representada pela faixa de explosividade que mede a concentração mínima ou máxima de gases/vapores desprendidos de um determinado corpo combustível que se misturados com o oxigênio na proporção adequada pode criar uma atmosfera explosiva. Exemplos: GLP: A mistura deve ser de 2% a 10% de GLP para 98% a 90% de oxigênio.gás natural: A mistura deve ser de 3,8% a 13% de GN para 96,2% a 87% de oxigênio. P á g i n a 214

215 EXPLOSÃO É o fenômeno que ocorre devido a grande velocidade de propagação da reação de combustão em um ambiente que não suporte a pressão gerada (expansão de gases na combustão dentro de um local confinado). Seus principais efeitos são o desenvolvimento de uma onda de choque, ruído, fragmentos e se envolver produtos inflamáveis poderá liberar também calor e chamas ELETRICIDADE ESTÁTICA Em algumas operações nas atividades industriais pode ser gerado um acúmulo de cargas elétricas perigosas as quais podem ser liberadas em descargas eletrostáticas com energia suficiente para inflamar uma dada atmosfera inflamável. A energia estática é o acúmulo de energia de um corpo em relação a outro ou em relação à terra ao sofrerem um atrito. Para ser uma potencial fonte de ignição quatro fatores devem estar presentes: um meio efetivo de geração de eletricidade estática; um meio de acumulação dessa energia; uma descarga; uma atmosfera inflamável COMBUSTÃO ESPONTÂNEA Em alguns casos, materiais orgânicos entram em reações físico-químicas (fermentação) quando misturados, ocorrendo à emissão de gases e geração de calor que podem provocar a combustão sem que haja fonte externa de calor. P á g i n a 215

216 PRODUÇÃO DE CALOR Normalmente o calor é produzido na natureza ou pelo homem nos processos industriais da seguinte forma: PRINCIPAIS CAUSAS DE INCÊNDIOS A maioria das ocorrências de incêndios a bordo de plataformas é causada por falhas humanas ou nos equipamentos. São situações como o desconhecimento ou a não observância de procedimentos ou a não observância de procedimentos de trabalho ou a manutenção deficiente dos equipamentos. Também não podemos descartar as causas de origem da natureza. Portanto, uma atenção maior deve ser dada aos seguintes fatos: Descuido; Ignorância; Negligência; Acidentes. Exemplos de Causas de Incêndios: Serviços de solda, cortes, esmerilhamento, etc.; Superaquecimento ou curto circuito de equipamentos elétricos; Armazenamento de produtos perigosos em local de risco; Vazamento de produtos inflamáveis; Superaquecimento de materiais inflamáveis; Acúmulo de óleo de cozinha nos exaustores; P á g i n a 216

217 Cigarros; Trapos e estopas abandonados e embebidos de óleo ou graxa; Acúmulo de óleo ou de lixo; Mau tempo; Ações criminosas MÉTODOS DE PROPAGAÇÃO DO FOGO Uma vez permitido que o fogo queime sem controle, deveremos levar em conta o eu mecanismo de transmissão de energia, ou seja, como ele se propaga em meio ao ambiente. São três os métodos de propagação do fogo: a condução do calor, a convecção do calor e a radiação de energia. Cada modo de transmissão da energia irá influenciar na manutenção, no crescimento do fogo, no tempo de queima e no tamanho das chamas CONDUÇÃO É o método em que o calor (energia) é transmitido através de um corpo sólido. Ex.: Incêndios envolvendo anteparas ou tubulações RADIAÇÃO É o método em que o calor (energia) é transmitido por meio de ondas em todas as direções. Ex.: Incêndios com líquidos, sólidos e gases inflamáveis CONVECÇÃO É o método em que o calor (energia) é transmitido pela movimentação do próprio material aquecido envolvido no incêndio. Ex.: Incêndios em vãos de escadas, vãos de elevadores e dutos de ventilação. P á g i n a 217

218 FIGURA 6.10 RADIAÇÃO FIGURA 6.11 CONDUÇÃO FIGURA 6.12 CONVECÇÃO 5.3. NOÇÕES BÁSICAS DE COMBATE A INCÊNDIO Os materiais combustíveis têm características diferentes e, portanto, queimam de modos diferentes. Para melhor compreensão, são divididos em quatro classes de incêndio, conforme o tipo de material CLASSES DE INCÊNDIO Classe A - incêndio em materiais sólidos, como madeira, papel e tecido, etc. Esses materiais apresentam duas propriedades: deixam resíduos quando queimados (brasas, cinzas, carvão), e queimam em superfícies e em profundidade. Classe B - incêndio em líquidos inflamáveis, como óleo, gasolina, querosene, etc. Esses materiais apresentam duas propriedades: não deixam resíduos quando queimados, e queimam somente em superfície. P á g i n a 218

219 Classe C - incêndio em equipamentos elétricos energizados, como máquinas elétricas, quadros de força, etc. Ao ser desligado o circuito elétrico, o incêndio passa a ser de classe A. Importante: não jogue água em fogo de classe C (material elétrico energizado), porque a água é boa condutora de eletricidade. Classe D - incêndio em metais que inflamam facilmente, como alumínio em pó, magnésio, carbonato de potássio etc. Não jogue água neste incêndio, pois na presença da água esses metais reagem de forma violenta MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO A maioria dos incêndios começa com um pequeno foco, fácil de debelar. Agente extintor é todo material utilizado para combater incêndio. Conheça os métodos de extinção do fogo e evite que um incêndio se transforme numa catástrofe em sua atividade econômica. Em todo incêndio ocorre um reação de combustão, envolvendo quatro elementos: o combustível, o comburente, o calor e a reação em cadeia. Os métodos de extinção do fogo consistem em atacar cada um desses elementos. P á g i n a 219

220 Abafamento Trata-se em reduzirr o oxigênio (comburente) da reação, por meio do abafamento do fogo. Resfriamento Trata-se de diminuir a temperatura (calor) do material em chamas. Isolamento (Retirada do Material) Trata-se de retirar do local o material (combustível) que está pegando fogo e também outros materiais que estejam próximos às chamas REAÇÃO EM CADEIA A reação em cadeia torna a queima auto-sustentável. O calor irradiado das chamas atinge o combustível e este é decomposto em partículas menores, que se combinam com o oxigênio e queimam, irradiando outra vez calor para o combustível, formando um ciclo constante EMPREGO DOS EXTINTORES Os extintores são agentes de extinção de incêndio exigidos em todas as edificações (pequenas ou grandes), portanto, escolhemos estes equipamentos para detalhar sua utilização. Foram criados para combate de pequenos focos de incêndio. Os extintores portáteis, são aparelhos de pequena dimensão para estinguir princípios de incêndio. Atenção: há vários tipos de extintores de incêndio, cada um contendo uma substância diferente e servindo para diferentes classes de incêndio. Vamos conhecê-los. P á g i n a 220

221 Extintor com Água Pressurizada É indicado para incêndios de classe A (madeira, papel, tecido, materiais sólidos em geral). A água age por resfriamento e abafamento, dependendo da maneira como é aplicada. Extintor de Espuma Mecânica É indicado para incêndios de classe B - líquido Inflamáveis (gasolina, diesel, álcool). A espuma age por abafamento e resfriamento. Podendo ser aplicado na classe A. Extintor com Gás Carbônico Indicado para incêndios de classe C (equipamento elétrico energizado), por não ser condutor de eletricidade. Pode ser usado também em incêndios de classes A (no início) e B. Extintores Halogenados Para incêndios de classe B e C. Extintor com Pó Químico Seco Indicado para incêndio de classe B (líquido inflamáveis). Age por abafamento. Pode ser usado também em incêndio de classe C. Extintor de Pó para Classes ABC É o extintor mais moderno no mercado, que atende as classes de incêndio A, B e C. O pó especial é capaz de combater princípios de incêndios em materiais sólidos, líquidos inflamáveis e equipamentos energizados. É o extintor usado atualmente nos veículos automotivos. Extintor com Pó Químico Especial Indicado para incêndios de classe D (metais inflamáveis). Age por vários métodos. P á g i n a 221

222 DICAS DE SEGURANÇA Todos nós somos interessados e responsáveis por manter nossos lares e locais de trabalho em segurança. Para isso, precisamos descobrir os riscos e eliminá-los. É importante também conscientizar toda a família e os funcionários da empresa em que trabalhamos. Recomendações Preventivas Contra Incêndio e Acidentes. Não use cestos de lixo como cinzeiros; Não jogue pontas de cigarro pela janela, nem as deixem sobre armários, mesas e prateleiras; Não fume ao lidar com álcool, cera, parafina, solventes ou material de limpeza em geral; Respeite as proibições de fumar e acender fósforos em locais sinalizados; Evite o acúmulo de lixo em locais não apropriados; Coloque os materiais de limpeza em recipientes próprios e identificados; Não deixe os equipamentos elétricos ligados após sua utilização; Desconecte-os da tomada; P á g i n a 222

223 Ao utilizar materiais inflamáveis, faça-o em quantidades mínimas, armazenando-os sempre na posição vertical e na embalagem original; Não improvise instalações elétricas, nem efetue consertos em tomadas e interruptores sem que esteja familiarizado com isso; Não sobrecarregue as instalações elétricas com a utilização de plugues T ou extensões. Procure um profissional com conhecimento técnico; Verifique, antes de concluir seu trabalho, se os equipamentos elétricos estão desligados; Observe as normas de segurança ao manipular produtos inflamáveis ou explosivos; Mantenha os materiais inflamáveis em locais resguardados e à prova de fogo INSTALAÇÕES ELÉTRICAS Não ligue mais de um aparelho elétrico na mesma tomada. Se a corrente elétrica está acima do que a fiação suporta, ocorre um superaquecimento dos fios. Aí pode começar o incêndio. Não utilize fios elétricos descascados ou estragados. Quando encostam um no outro, provocam curtos-circuitos e faíscas, que podem ocasionar um incêndio. De tempos em tempos, faça uma revisão nos fios dos aparelhos elétricos e na instalação elétrica da sua casa. Se algum aparelho elétrico ou tomada apresentar defeito, não pense duas vezes para mandar consertá-los. Não faça ligações provisórias. A fiação deve estar sempre embutida em eletrodutos. Os quadros de distribuição devem ter disjuntores. Se os dispositivos de proteção ainda forem do tipo chave-faca, com fusíveis do tipo cartucho ou rolha, substitua-os por disjuntores. Caso note aquecimento dos fios, desarmamento de disjuntores, queima de fusíveis, chame um técnico qualificado para fazer uma revisão. Toda instalação elétrica tem de P á g i n a 223

224 estar de acordo com a NBR-5410 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Um simples curto-circuito pode causar uma grande tragédia. Obs: Com o tempo, o material isolante dos fios fica resecado e passam de isolantes a condutores. Primeiros Socorros São ações imediatas aplicadas às vítimas em situação de emergência (acidentes ou mal súbito), no local em que ocorreram ou se manifestaram, e que tem por finalidade manter a vida até a chegada do socorro qualificado. Considera-se trauma qualquer lesão caracterizada por uma alteração estrutural fisiológica resultante da ação de um agente externo, que causa a exposição a determinadas energias, como mecânicas, térmicas ou elétrica. Considera-se mal súbito a indisposição física que surge repentinamente como por exemplo o desmaio ou alguma indisposição relacionada a alterações do metabolismo humano. Chama-se socorrista a pessoa que está habilitada à prática dos primeiros socorros, utilizando-se dos conhecimentos básicos e treinamentos técnicos que o capacitaram para esse desempenho. As características básicas a um socorrista são: Ter bom senso, compreensão, tolerância e paciência; Saber planejar e executar suas ações; Ter iniciativa e atitudes firmes. A grande maioria dos acidentes pode ser evitada, porém, quando eles ocorrem, alguns conhecimentos simples podem diminuir o sofrimento, evitar complicações futuras e até mesmo salvar vidas. O fundamental é saber que, em situações de emergência, deve-se manter a calma e ter em mente que a prestação de primeiros socorros não exclui a importância de um atendimento especializado. Além disso, certifique-se de que há condições seguras o bastante para a prestação do socorro sem riscos para você. P á g i n a 224

225 Ao entender o que se passa com a vítima, o socorrista tem aptidão para diagnosticar os ferimentos ocultos e investigar todo o tipo de ferimento existente. De nada adianta ao socorrista identificar a lesão ou o trauma se não souber o que fazer após a identificação; por isso a necessidade de se ter pessoal qualificado para tais situações. Os princípios básicos do atendimento de emergência estão baseados em três ERRES: Rapidez no atendimento; Reconhecimento das lesões; Reparação das lesões. Em uma abordagem devemos nos preocupar com as seguintes situações que são bem complicadas, porém essenciais em primeiros socorros urgência e emergência. Emergência é quando há uma situação crítica ou algo iminente, com ocorrência de riscos. No âmbito da medicina, é uma circunstância que necessita de atendimento imediato, pois há risco de morte; Urgência é quando há uma situação que não pode ser adiada, onde o adiamento pode gerar o agravo dos riscos, contudo constitui uma situação menos imediatista, ou seja, não tem risco de morte RISCOS DA ELETRICIDADE EM NOSSO ORGANISMO Acidentes envolvendo eletricidade são bastante comuns, pois muitas vezes os perigos da energia elétrica são subestimados por não serem visíveis. Os riscos são inúmeros e vão desde a simples queimaduras até carbonização total dos tecidos e órgãos. Por isso é muito importante prevenir-se dos riscos antes de iniciar qualquer atividade que envolva eletricidade. Antes de expor os efeitos da eletricidade em nosso organismo, cabe descrever os fatores associados a ela, pois estes podem gerar diferentes lesões de um indivíduo para outro. Os efeitos mais expressivos são: trajeto e P á g i n a 225

226 intensidade que a eletricidade perfaz no corpo humano, tempo de exposição e o tipo de corrente elétrica aplicada; importante ressaltar que a resistência oferecida à passagem dessa corrente também é um fator muito importante TRAJETO DA ELETRICIDADE EM NOSSO CORPO A partir da avaliação do trajeto que a eletricidade fez no corpo da vítima podemos ter uma noção das prováveis lesões que a mesma poderá apresentar. O maior perigo é que esta corrente passe pelo coração em intensidade igual ou superior a 15mA por um período superior a ¼ de segundo, pois desta forma ocorrera a desordem dos impulsos elétricos cardíacos, ou arritmia cardiaca RESISTÊNCIA DO CORPO HUMANO A resistência varia de acordo com o conteúdo de eletrólitos e água dos tecidos do corpo pelo qual a eletricidade está sendo conduzida. A resistência dos tecidos aumenta progressivamente, partindo do nervo para o sangue, vasos, músculo, pele, tendões, tecido adiposo e ossos. Os vasos sanguíneos, músculos e nervos têm alto teor de eletrólitos e de água, apresentando assim uma baixa resistência à passagem da eletricidade; em contrapartida, o osso possui a maior resistência, o que gera, dessa forma, mais calor quando comparado a outros tecidos. A pele humana é um bom isolante e apresenta, quando seca, uma resistência de Ohms a Ohms à passagem da energia elétrica, ocorrendo variação em função das diferentes espessuras de pele. A resistência oferecida pela parte interna do corpo, constituída pelo sangue, músculo e demais tecidos comparativamente a resistência da pele é bem baixa, medindo em média 300 Ohms e apresentando um valor máximo de 500 Ohms. Quando úmida, condição facilmente encontrada nas atividades práticas, a resistência da pele é de em média, Ohms. A energia elétrica de alta voltagem, rapidamente rompe a pele, reduzindo a resistência do corpo para apenas 500 Ohms. P á g i n a 226

227 Abaixo seguem exemplos da resistência da pele sendo que os 2 primeiros casos referem-se à baixa voltagem (corrente de 120 volts) e o terceiro, à alta voltagem: Corpo seco: 120 volts/ ohms = 0,0012 A = 1,2 ma (o indivíduo leva apenas um leve choque); Corpo molhado: 120 volts/1000 ohms = 0,12 A = 120 ma (suficiente para provocar uma fibrilação ventricular); Pele rompida: 1000 volts/500 ohms = 2 A (parada cardíaca e sérios danos aos órgãos internos). Após conhecermos os efeitos associados a eletricidade, podemos descrever os principais riscos decorrentes da eletricidade em nosso organismo. Todas as atividades biológicas do corpo são estimuladas ou controladas por impulsos elétricos. Se essa energia elétrica interna (fisiológica) somar-se a uma outra energia elétrica de origem externa, ocorrerá no organismo uma alteração das funções vitais normais que pode levar o indivíduo à morte. Os principais efeitos que a energia elétrica externa produz no corpo humano são: tetanização, queimaduras e complicações cardiorrespiratórias, assuntos esses que serão detalhados mais adiante TETANIZAÇÃO É a paralisia muscular provocada pela circulação de corrente elétrica através dos nervos que controlam os músculos. As frequências usuais de 50 e 60 Hz são suficientes para causar uma tetanização completa. A energia elétrica externa supera os impulsos elétricos que são enviados pela mente e os anula, podendo bloquear um membro ou o corpo inteiro. De nada vale, nesses casos, a consciência do indivíduo e a sua vontade de interromper o contato. Estudos mostram que para uma grandeza, em corrente alternada de 50 a 60 Hz, o valor do limite de largar (valor máximo de corrente que uma pessoa, tendo à mão um objeto energizado, pode ainda largá-lo) em mulheres se situam entre 6 e 14 ma (média de 10 ma) e entre homens 9 e 23 ma (média de 16 ma). Em corrente P á g i n a 227

228 contínua, foram encontrados os valores médios de 51 ma em mulheres e 76 ma em homens. Correntes inferiores ao limite de largar, mesmo as mais baixas, embora não produzam alterações graves no organismo, podem dar origem a contrações musculares violentas e, indiretamente, causar acidentes como queda, gerando traumatismos múltiplos. Correntes superiores ao limite de largar, mas com pouca intensidade, podem causar uma parada respiratória se esta for de longa duração. Essas correntes produzem sinais de asfixia devido a contração dos músculos ligados à respiração e/ou à paralisia dos centros nervosos que comandam a função respiratoria. Se a corrente permanece, o indivíduo perde a consciência e evolui para óbito por asfixia. A tabela abaixo apresenta uma relação entre a quantidade de corrente recebida e a reação, quando uma corrente flui em uma pessoa de no mínimo 50 quilos, sendo o trajeto da mão ao pé por apenas um segundo. CORRENTE REAÇÃO Abaixo de 1 ma Geralmente não é perceptível 1 ma Leve formigamento Um pequeno choque é sentido, não dolorido, 5 ma mas incômodo. A maioria das pessoas consegue largar. Forte reação involuntária pode levar a lesões 6 a 25 ma (mulher) Choque doloroso. Perda de controle muscular. 9 a 30 ma (homem) 50 a 150 ma a ma ma Limite de largar. O indivíduo pode ser impulsionado para longe da fonte de energia, se o músculo extensor for estimulado. Dor extrema, parada respiratória, contração muscular grave. Pode levar a morte. Cessa o batimento cardíaco ritmado. Ocorre contração muscular e dano ao nervo. Morte provável. Parada cardiorrespiratória. Queimaduras graves. Morte presumível. P á g i n a 228

229 5.6. DISTRIBUIÇÃO DAS ETAPAS E PRIORIZAÇÃO DO ATENDIMENTO O atendimento inicial tem como objetivo principal em APH (Atendimento Pré Hospitalar) a identificação rápida da situação em que a vítima se encontra, devendo ser rápido na ação, organizado e eficiente. Para isso, dividimos o atendimento inicial em quatro etapas seqüenciais: AVALIAÇÃO DA CENA E BIOSSEGURANÇA É a primeira etapa e a mais importante no atendimento inicial à vítima, pois essa avaliação fornece informações muito úteis ao socorrista como: Segurança do local; Mecanismo da lesão; Número de vítimas; Prováveis lesões da vítima. Após ser feita a avaliação do local, o socorro especializado deve ser chamado e para este devem ser repassadas o maior número de informações pertinentes possíveis, tais como local do acidente, segurança do local, se há ou não necessidade de auxilio de outros setores (ex.: desligar a eletricidade do local), mecanismo da lesão, número de vítimas, estado geral dessas vítimas, entre outros. Na área de saúde, biossegurança é o conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar, diminuir ou eliminar riscos inerentes à exposição de microorganismos que possam vir a provocar algum tipo de infecção. São diversos os materiais/equipamentos de biossegurança, porém os fundamentais ao se prestar um primeiro atendimento em qualquer vítima são: luvas de procedimento, óculos de segurança e equipamentos para ventilação com válvulas anti-refluxo. P á g i n a 229

230 FIGURA 7.1 LUVAS FIGURA 7.2 ÓCULOS FIGURA 7.3 POCKET MASK FIGURA 7.4 AMBU ABORDAGEM PRIMÁRIA Nesta etapa serão identificadas as vítimas que terão prioridade de atendimento, avaliando-se o nível de consciência da(s) vítima(s), estabilização de cervical, obstrução de vias aéreas, respiração, circulação com controle de hemorragias e o estado neurológico/ desfibrilador, constituindo assim o ABCD. O atendimento deve ser priorizado em dois momentos: ao observar o número de vítimas que estão no local da emergência e ao observar as lesões de uma dessas vítimas. Quando observamos o número de vítimas, a prioridade do atendimento está voltada para a vítima inconsciente, pois esta apresenta relaxamento muscular e esta condição leva a obstrução da via aérea superior (devido a queda da língua), além do fato que a inconsciência é um dos sinais de parada cardiorresspiratória ABORDAGEM SECUNDÁRIA Nesta etapa será feita uma avaliação geral da vítima (da cabeça aos pés) em busca de lesões não-aparentes. Essa abordagem é feita pela equipe especializada. Todos os segmentos do corpo devem ser examinados sempre na mesma ordem: Crânio, Face, Pescoço, Tórax, Abdômen, Quadril, Membros Inferiores, Membros Superiores e Dorso. P á g i n a 230

231 SINAIS VITAIS E ESCALA DE TRAUMA Os sinais vitais da vítima devem ser monitorados por todo tempo, pois dependendo da situação que a vítima se encontra, seus sinais vitais podem alterar-se repentinamente. Os sinais vitais são: batimentos cardíacos (pulso), movimentos respiratórios, pressão arterial e temperatura corporal; por falta de material adequado, pode ser que os sinais vitais só sejam aferidos com precisão pelo socorro especializado. A escala de trauma é feita para observar o nível de gravidade das lesões nos diferentes sistemas do corpo, sendo a mesma realizada pela equipe de socorro especializado AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA Consciência é o entendimento e a pecepcao do que esta ao nosso redor. Inconsciência é o estado em que a pessoa não consegue pensar, observar ou interagir com o mundo exterior e pode ser uma situação que põe a vida em risco. É o resultado da interrupção da atividade normal do cérebro. O nível de consciência pode ser avaliado testando a resposta da vitima a estímulos verbais ou de dor. O rebaixamento do nível de consciência pode representar diminuição na oxigenação e/ou na perfusão cerebral ou um trauma direto ao cérebro. A alteração do nível de consciência implica em necessidade imediata de reavaliação da ventilação, da oxigenação e da perfusão. Álcool e/ou outras drogas também podem alterar o nível de consciência da vítima. No entanto, excluídas hipóxia (baixo teor de oxigênio nos tecidos orgânicos) e hipovolemia (diminuição dos fluidos corporais, geralmente ocasionada por perda de sangue), toda alteração do nível de consciência deve ser considerada como originaria de um lesão ao sistema nervoso central até que se prove ao contrário. P á g i n a 231

232 A avaliação do nível de consciência pode ser realizada utilizando o protocolo AVDI e sempre observando a reação da vítima ao realizar cada estímulo. ESTÍMULO RESPOSTA NÍVEL AÇÃO A - ALERTA V - VOZ Reação a som. Conversa normal. Resposta confusa. Normal Reduzido Alerta médico. Alerta médico. Impressão confusa. D - DOR Alguma reação a dor. Reduzido Sem reação a som. I - INCONSCIENTE Inconsciente Sem reação a dor. Checar abertura de vias aéreas e respiração. Posição para recuperação. Alerta médico. Checar abertura de vias aéreas e respiração. Posição para recuperação. Alerta médico ABERTURA DE VIAS AÉREAS É a manobra mais eficaz para evitar a queda de língua, uma das principais causas de parada respiratória nas vítimas em geral. Os indivíduos inconscientes têm relaxamento de toda musculatura, inclusive daquela que sustenta a língua. O socorrista pode reverter essa condição, através de manobras manuais. O simples posicionamento da cabeça e do pescoço para a posição anatômica desloca a língua da parede posterior da faringe. Sua técnica é bem simples, basta colocar uma de suas mãos na testa da vítima e a outra abaixo do queixo da mesma e inclinar a cabeça para trás. O ideal é que esta manobra só seja realizada em vítimas de mal súbito, nas vítimas de trauma só em último caso (ex.: vômito, afogamento), pois esse procedimento pode causar lesões ou agravar o estado da mesma. P á g i n a 232

233 ESTABILIZAÇÃO DA COLUNA CERVICAL A coluna vertebral é formada por 33 vértebras interligadas por ligamentos, os discos intervertebrais, que permitem a limitação dos movimentos. Tratando-se de lesões na coluna vertebral, consideram-se mais graves aquelas próximas ao crânio, como lesões na coluna cervical. A coluna cervical permite movimentos em três eixos e três planos de movimentos. São eles: Flexão/extensão, inclinações e rotações. A coluna cervical possui 7 vértebras, constituindo as 2 primeiras atlas e áxis (C1 e C2, respectivamente) e as 5 restantes (C3 a C7). Para estabilizar adequadamente a coluna cervical e dessa forma, diminuir os riscos de agravos da lesão é recomendado que utilize-se o colar cervical; o mesmo além de garantir a estabilização irá ajudar a manter as vias aéreas da vítima abertas. Para colocação do colar cervical em um ambiente pré-hospitalar, a equipe padrão deve conter no mínimo 2 socorristas. A denominação é socorrista 1, 2 ou 1º, 2º. O socorrista 1 deverá ser o mais experiente enquanto que pessoas menos experientes ficam nas demais posições para realizar as movimentações da vítima. Quanto ao tamanho dos colares cervicais, para adulto dividem-se em PP, P, M e G; podendo os mesmos ser diferenciados pela cor dos tirantes. TAMANHO PP P M G COR Lilas Azul Laranja Verde P á g i n a 233

234 MEDIÇÃO E COLOCAÇÃO DO COLAR CERVICAL É importante o uso do tamanho apropriado, o colar muito pequeno pode não prover a estabilização adequada e o colar muito grande poderá levar a hiperextensão cervical na vítima. A escolha do tamanho ideal é feita calculandose a distância entre o ombro, onde o colar ficará apoiado e a base do queixo, esse tamanho pode ser encontrado utilizando os dedos. Após medir o tamanho do pescoço da vítima, deve-se escolher o colar adequado e isto é feito medindo a distância entre o ponto de referência do colar e a borda inferior do plástico rígido e não até o acolchoado de espuma. Para colocação do colar, o socorrista 1 deve primeiramente estabilizar a cervical com as nãos, usando quatro pontos de apoio com os cotovelos apoiados na coxa ou no chão, colocando suas mãos na testa da vítima, fazendo uma leve tração e trazendo a cabeça para a posição neutra, realizando a estabilização da coluna cervical e nunca largar a cabeça da vítima. Com a cabeça em alinhamento neutro, o socorrista 2 começa a passar o colar do lado direito da vítima em direção ao lado esquerdo da mesma e ao fechar deve-se deixar o colar bem ajustado na vítima SISTEMAS RESPIRATÓRIO E CARDIOVASCULAR O sistema cardiovascular e o sistema respiratório estão intimamente ligados, uma vez que é o sangue que transporta o oxigênio a todas as partes do corpo humano onde ele é necessário SISTEMA RESPIRATÓRIO Na linguagem popular, respiração é o ato de inalar e exalar ar através das vias aéreas (boca e cavidades nasais) para se realizar as trocas gasosas ao nível dos pulmões. Do ponto de vista fisiológico, respiração é o processo pelo qual um organismo vivo troca oxigênio e dióxido de carbono com o seu meio ambiente para oxigenar as suas células e equilibrar o ph do sangue com a eliminação de P á g i n a 234

235 dióxido de carbono excedente; é através deste processo que as células conseguem a energia necessária para a manutenção da vida. O sistema respiratório é constituído pela cavidade nasal que filtra, aquece e umedece o ar; pela nasofaringe, por onde o ar passa para a garganta; pela glote, que impede a passagem de alimentos nos pulmões; pela laringe onde se dá a produção de sons; pela traquéia, pelos brônquios; pelos bronquíolos; pelos alvéolos, que são sacos aéreos onde se realizam as trocas gasosas; e pelo diafragma, músculo localizado abaixo dos pulmões e indiretamente responsável pelos movimentos pulmonares, pois a partir da contração e do relaxamento desse músculo, as costelas irão se expandir e contrair, realizando os movimentos pulmonares. Em situações normais a freqüência respiratória desejável varia de 12 a 20 movimentos respiratórios por minuto. Em caso de necessidade a ventilação pulmonar pode ser realizada por um dispositivos de biossegurança (Ambu ou Pocket mask) ou feita de forma natural, realizando-se o boca-boca, porém este ato não é recomendado devido ao risco de contaminação. Ao ventilar uma vítima devemos observar se as vias aéreas encontram-se permeáveis e durante a ventilação observar se o tórax da vítima está expandindo. Caso não haja expansão torácica, pode ser que a vítima esteja com obstrução de vias aéreas SISTEMA CARDIOVASCULAR O sistema cardiovascular é constituído por um órgão impulsionador - coração - e por vasos sanguíneos que transportam o sangue. Os vasos sanguíneos estão distribuídos de tal modo que, continuamente, levam o sangue do coração aos tecidos, voltando, em seguida, ao coração. P á g i n a 235

236 Os vasos sanguíneos dividem-se em artérias, veias e vasos capilares. As artérias são vasos que levam sangue do coração para o corpo; as veias são vasos que trazem o sangue de volta para o coração e os vasos capilares constituem o final das artérias e através desses as artérias e veias se ligam. O coração é um órgão musculoso com o tamanho aproximado de uma mão fechada. Está localizado entre os pulmões e tem a parte inferior virada para a esquerda. A maior parte do coração é constituída por tecido muscular cardíaco, o miocárdio. Para bombear todo o sangue necessário à circulação sanguínea, os músculos cardíacos têm de se contrair - sístole - e de se relaxar - diástole - ritmadamente. Estes batimentos do coração ocorrem, normalmente, de 60 a 100 vezes por minuto. O sangue é responsável por transportar oxigênio e outras substâncias para alimentar as células do organismo, levar hormônios de um lugar a outro do nosso corpo, além de transportar substâncias que devem ser eliminadas do organismo. Durante sua trajetória pelo corpo, o sangue é filtrado pelos rins, deixando neste órgão detritos das células. Ao regressar, ele carrega gás carbônico que absorveu das células, uma vez que, em seu lugar, deixou o oxigênio. Após este processo, o sangue retorna ao coração, através das veias, que o transportam sem oxigênio. Para melhorar a qualidade sanguínea, o coração envia o sangue aos pulmões, para que, desta forma, o gás carbônico seja trocado pelo oxigênio, e, em seguida, o impulsiona de volta ao corpo PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA PCR O coração é controlado por impulsos elétricos. No entanto, se à atividade elétrica fisiológica normal acrescenta-se uma corrente elétrica de origem externa (por exemplo na situacao de choque eletrico) e, muitas vezes, maior que a corrente biológica, é fácil imaginar o que ocorre com o equilíbrio elétrico do corpo. As fibras do coração passam a receber sinais elétricos excessivos e irregulares e as fibras ventriculares ficam super estimuladas de maneira caótica e P á g i n a 236

237 passam a contrair-se desordenadamente (uma independente da outra), de modo que o coração não possa mais exercer sua função de bombeamento do sangue. A fibrilação ventricular é a responsável por muitas mortes decorrentes de acidentes elétricos, na qual as fibras musculares do ventrículo vibram desordenadamente, estagnando o sangue dentro do coração. Dessa maneira, não há irrigação sanguínea pelo corpo, a pressão arterial cai a zero e o indivíduo fica inconsciente. A pulsação do coração faz com que o sangue circule por todo o corpo. Quando o coração não funciona corretamente ou para, o sangue que conduz oxigênio e nutrientes não chega aos tecidos e aos órgãos, fazendo com que órgãos vitais como coração, pulmão e cérebro parem de funcionar por falta de energia. Parada cardiorrespiratória ou PCR é a interrupção da circulação sanguínea que ocorre devido uma interrupção súbita e inesperada dos batimentos cardíacos ou da presença de batimentos cardíacos ineficazes e como consequencia desta interrupção, também ocorre a parada respiratória. A parada cardiorrespiratória pode acontecer na presença de três arritmias cardíacas diferentes: Fibrilação Ventricular (caracterizada por um ritmo cardíaco rápido, irregular e ineficaz); Assistolia (ausência de ritmo cardíaco, interrupção da atividade elétrica do músculo cardíaco); Atividade Elétrica sem pulso (presença de atividade elétrica no músculo cardíaco, não há circulação sanguínea e os batimentos cardíacos são ineficazes). A parada cardiorrespiratória pode ser de diferentes causas, como doenças coronarianas - infarto do miocárdio, miocardiopatia dilatada entre outros; podendo também ser ocasionada por choque elétrico. A fibrilação ventricular ou assistolia é a principal causa de óbito após a lesão elétrica. A fibrilação ventricular pode ocorrer como resultado direto do choque elétrico, principalmente a corrente alternada. A exposição à corrente contínua frequentemente irá gerar parada cardiorrespiratória causada por assistolia. P á g i n a 237

238 A parada cardiorrespiratória também pode ser conseqüência de uma parada respiratória, pois não conseguimos manter um ritmo cardíaco eficaz se não houver respiração (o oxigênio é o combustível das nossas células); essa parada respiratória pode ser causada devido a passagem da corrente elétrica pelo cérebro gerando desta forma a inibição da função do centro respiratório, contração tetânica (paralisia muscular provocada pela circulação de corrente através dos nervos que controlam os músculos) do diafragma e da musculatura torácica e paralisia prolongada dos músculos respiratórios. O diagnóstico da parada cardiorrespiratória pode ser obtido através da confirmação da ausência de pulso nas grandes artérias e dos movimentos respiratórios; além de inconsciência; cianose (cor arroxeada dos lábios e unhas); dilatação das pupilas estas nem sempre estão presentes. Os Sinais de PCR (Parada Cardiorrespiratória) são: Inconsciência; Ausência de pulso nas grandes artérias; Apnéia ou respiração ofegante; Midríase (dilatação das pupilas) CHECAGEM DE PULSO Os dedos devem se posicionados conforme a ilustração ao lado e devem pressionar a artéria carótida durante 5-10 segundos para verificar o pulso, porque ele pode estar presente, mas de difícil detecção. Caso você não sinta nenhuma pulsação, há uma parada cardíaca confirmada. Juntamente com a verificação dos batimentos cardíacos podem ser verificados os movimentos respiratórios da vítima observando-se se seu tórax se eleva. P á g i n a 238

239 Diante de uma vítima inconsciente, sem respiração e sem pulso, comece imediatamente as manobras para Reanimação Cardiopulmonar - RCP. As conseqüências da uma para cardiorrespiratória (PCR) podem ser enormes. A ausência de circulação do sangue interrompe a oxigenação dos órgãos. Após alguns minutos, as células mais sensíveis começam a morrer. Os órgãos mais sensíveis á falta de oxigênio são cérebro e coração. Lesão cerebral irreversível ocorre geralmente após quatro a seis minutos de hipóxia REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR RCP Após constatar que a vítima está em parada cardiorrespiratória, devemos iniciar imediatamente o protocolo de reanimação cardiopulmonar (RCP) No Brasil, atualmente seguimos o protocolo de RCP de acordo com as Diretrizes de 2015 da American Heart Association (AHA) para Reanimação Cardiopulmonar (RCP) e Atendimento Cardiovascular de Emergência (ACE). Esse protocolo foi desenvolvido para que os profissionais que executam a reanimação possam se concentrar na ciência da reanimação. As Diretrizes da AHA 2015 para RCP e ACE enfatizam, mais uma vez, a necessidade de uma RCP de alta qualidade que incluem: compressão torácica, abertura das vias aéreas e respiração. Nesse contexto seguimos as orientações abaixo. Frequência da compressão: De 100 a 120/minuto compressões cardíacas; Profundidade da compressão external: 2 polegadas (5 a 6 cm), em adultos, e de, no mínimo, um terço do diâmetro anteroposterior do tórax, em bebes e crianças (aproximadamente, 1,5 polegada [4 cm] em bebes e 2 polegadas [5 cm] em crianças); Retorno total do tórax após cada compressão; Minimização das interrupções nas compressões torácicas; Evitar excesso de ventilação. P á g i n a 239

240 Outro fator importante é o posicionamento apropriado da vítima e do socorrista. Para realizar uma RCP de alta qualidade, a vítima deve estar deitada sobre uma superfície firme e estável e com o tórax para cima. O socorrista deve localizar o ponto correto para iniciar as compressões (trace uma linha imaginária entre os mamilos da vítima e outra no meio do tórax, o ponto correto é no encontro das duas linhas; também pode-se verificar o ponto da compressão baseando-se no braço da vítima, leve o braço próximo ao corpo e trace uma linha imaginária no espaço entre o ombro e o cotovelo e outra no meio do tórax, o ponto correto é no encontro das duas linhas). O socorrista deve estar com as mãos sobrepostas; os dedos entrelaçados, para evitar o deslizamento das mesmas; os braços esticados; com o tórax em cima do tórax da vítima; de preferência com os quatro pontos de apoio no chão, mantendo sempre o corpo firme C CIRCULACAO (CIRCULATION) Caso o socorro especializado não tenha sido chamado, isto deve ser feito imediatamente, antes de iniciar a RCP. As compressões podem ser continuas ou alternadas por ventilações. Isso se dá de acordo com a disponibilidade dos recursos humanos e materiais. Caso o(s) socorrista(s) não tenha disponibilidade para ventilar a vítima, o(s) mesmo(s) realiza as compressões ininterruptas na frequência mencionada (mínimo de 100 por minuto) até a chegada do socorro especializado ou de outro socorrista com materiais específicos para realização da RCP. Quando o socorrista está com materiais adequados, as compressões são alternadas na relação de 2 (duas) ventilações assim que 30 (trinta) compressões forem realizadas, adotando um modelo de 30:2 e mantendo a mesma freqüência lembrando sempre de que a RCP deve ser iniciada pelas compressões e no momento em que as ventilações forem realizadas, as compressões devem ser interrompidas. P á g i n a 240

241 O socorrista deve realizar as compressões até a chegada e colocação do DEA (desfibrilador externo automático) para uso; ou até que a equipe especializada assuma o controle; ou até que a vítima demonstre alguma reação; ou até que o mesmo esteja exausto A ABERTURA DAS VIAS AÉREAS (AIRWAYS) Caso a vítima não apresente probabilidade de ter lesões na coluna, abra as vias aéreas da mesma colocando uma de suas mãos na testa da vitima e a outra mão posicione abaixo do queixo, empurre a cabeça da vítima para traz realizando uma leve hiperextensão do pescoço. Importante: Quando houver suspeita de trauma na coluna cervical, essa manobra não é recomendada B BOA RESPIRAÇÃO (BREATHING) Conforme já havíamos mencionado anteriormente, a ventilação será realizada quando o socorrista dispuser de equipamentos necessários para tal. São eles; Ambu (BMV bolsa-valva-máscara) e Pocket Mask (bocavalvula-máscara). Após as 30 compressões, realize 2 (duas) ventilações rápidas 1 (um) segundo para cada. A máscara deve ficar bem vedada na face da vítima evitando a perda de ar; se utilizar a pocket mask utilize as duas mãos para vedar e se utilizar o AMBU coloque uma das mãos sobre a máscara em forma de C e a pressione sobre a face da vítima, com a outra mão você irá apertar o balão. P á g i n a 241

242 A eficiência da ventilação é avaliada observando o movimento do tórax da vítima. A RCP (Reanimação Cardiopulmonar) tem como objetivos garantir uma oxigenação através da circulação do sangue até que seja iniciado o tratamento definitivo, além de retardar ao máximo uma lesão cerebral, isso tudo, garantido pelo fluxo sanguíneo restabelecido artificialmente. Garante também um prolongamento da duração da fibrilação ventricular impedindo que ela se transforme em assistolia e permitir que a desfibrilação tenha sucesso. P á g i n a 242

243 D DESFIBRILAÇÃO Ao chegar o socorro especializado, este trará consigo o aparelho desfibrilador a fim de detectar a presença de arritmias malignas que causaram a parada cardiorrespiratória. Ao utilizar um DEA, todos os socorristas devem seguir as instruções do aparelho. Após o choque, se houver reanimação da vitima,o socorrista não deve desconectar as pás do desfibrilador do tórax da vítima, pois estas servirão para monitora-la. Lembre-se de que o desfibrilador só indicará o choque caso o coração da vítima esteja em fibrilação ventricular e existem outras situações que podem levar a vítima a uma parada cardiorrespiratória, portanto caso o aparelho não indique o choque, cabe ao socorrista reavaliar a vítima em busca de sinais vitais, e se não encontrá-los reiniciar a RCP. Recomendação importante: Em vitimas com o tórax molhado, basta secar o tórax da mesma antes do uso do DEA; vítimas com o tórax muito peludo, remova o excesso de pêlo; e por medidas de segurança, não utilizar o equipamento em ambientes com concentrações elevadas de oxigênio ou ambientes com a atmosfera contaminada. P á g i n a 243

244 5.10. ESQUEMA PARA RCP CONFORME AHA DESOBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS A obstrução das vias aéreas é definida como a dificuldade da passagem do ar para os pulmões devido a algum obstáculo em qualquer região das vias aéreas. P á g i n a 244

245 A causa mais freqüente nas vítimas inconscientes ou com alteração do nível de consciência é a queda da própria língua. Isso ocorre devido ao relaxamento das estruturas musculares que sustentam a língua, resultando em sua queda em direção à faringe, impedindo a passagem de ar. As vias aéreas também podem ser obstruídas por corpos estranhos, que podem impedir a passagem de ar. Esta situação é definida, popularmente, como engasgamento e as causas mais comuns são: próteses dentárias mal posicionadas; ingestão de alimentos sólidos que não foram devidamente mastigados; vômito seguido de aspiração para as vias aéreas e sangramento intenso na cavidade oral. Os principais sinais e sintomas que podem ser apresentados por uma vítima com obstrução das vias aéreas incluem: Ruídos respiratórios anormais (roncos, chiados); Dificuldade para respirar; Dificuldade ou incapacidade de falar (de emitir som/ voz); Cianose de extremidades; Agitação ou inconsciência; Quando a tosse torna-se ineficaz e a vítima sinaliza que está asfixiada, geralmente leva as mãos ao pescoço como forma de tentar buscar o ar; esta situação indica a aplicação da manobra de Heimlich. Esta manobra consiste na compressão abdominal, aumentando a pressão intra-abdominal e, conseqüentemente, a pressão intratorácica. Por meio dessa manobra, empurrase o músculo diafragma para cima, fazendo com que o ar contido nos pulmões seja expelido sob pressão, auxiliando, assim, na expulsão do corpo estranho NOÇÕES SOBRE LESÕES QUEIMADURA A passagem da corrente elétrica pelo corpo humano é acompanhada do desenvolvimento de calor, por efeito Joule, podendo produzir queimaduras. P á g i n a 245

246 Quanto maior a intensidade da energia elétrica e mais longo o tempo que ela permanece, mais graves são as queimaduras produzidas. Além disso, as queimaduras são mais intensas nos pontos de entrada e saída da energia elétrica pelo corpo. Nas altas tensões, o calor produz a destruição de tecidos superficiais e profundos, bem como o rompimento de artérias com conseqüente hemorragia e destruição dos centros nervosos. As queimaduras produzidas por energia elétrica podem ser internas e profundas, sendo de difícil cura. Portanto, apesar da pele apresentar-se aparentemente normal, os músculos podem apresentar necrose profunda. Podemos diferenciar a queimadura elétrica, como de alta e baixa voltagem. As queimaduras que ocorrem com maior freqüência no ambiente de trabalho são geradas por alta voltagem, visto que é nesse setor que se concentram muitos equipamentos de alta tensão, maiores que 1000 volts. As queimaduras têm o potencial de desfigurar, causar incapacitação temporária ou permanente e ate mesmo a morte. A gravidade da queimadura irá depender de diversos fatores, tais como: tensão, que será determinada pela fonte elétrica; resistência, que irá variar de acordo com as características de cada indivíduo; duração do contato com a fonte; percurso do fluxo; tipo da corrente, ou seja, alternada ou direta; além do local e do grau da lesão. A corrente elétrica que passa através dos tecidos transforma a energia elétrica em calor, isso explicado pela Lei de Joule (ou efeito Joule), gerando as queimaduras. As queimaduras elétricas podem ser geradas tanto pelo contato direto com a energia elétrica, quanto pelo contato indireto com a mesma. Contato indireto - é gerada pelo arco elétrico, dependendo da tensão da eletricidade, esse contato pode gerar desde queimaduras locais até a carbonização parcial ou total da vítima; Contato direto é gerada pela baixa tensão, onde a energia elétrica irá atravessar o corpo, criando um ponto de queimadura no local de entrada e outro de saída no corpo da vitima. Neste P á g i n a 246

247 caso, a natureza alternada pode interferir com o ciclo cardíaco originando arritmias. A pele é o maior órgão do corpo e o mais pesado, constituindo 15% do peso corporal. Ela tem muitas funções importantes entre as quais se destacam: atuar como barreira mecânica de proteção para manter os líquidos no interior, eliminar toxinas, prevenir que bactérias e outros microorganismos penetrem no corpo; além de representar um órgão sensorial vital que envia ao cérebro dados gerais e específicos acerca do meio ambiente e desempenha um papel muito importante na regulação da temperatura corporal. Sua estrutura é dividida em três camadas, cada uma com características e funções diferentes. Epiderme - É a camada mais superficial da pele. Por estar em contato direto com o meio exterior sua espessura irá variar de acordo com a parte do corpo, sendo mais espessa na planta do pé e mais fina na região da axila; Derme Encontra-se logo abaixo da epiderme. É responsável por fornecer substâncias que conferem elasticidade à pele, como colágeno e elastina. Hipoderme Também conhecido como tecido celular subcutâneo, está localizada abaixo da derme unindo-se de maneira pouco firme aos órgãos adjacentes. Essa camada atua como isolante, amortecedor de impactos e armazém de energia. Agente Causal Neste caso, sua origem pode ser: térmica, elétrica, química ou radioativa. Térmicas: Causadas pela condução de calor através de líquidos, sólidos, gases quentes e do calor de chamas. Radiação - Resulta da exposição solar ou a fontes nucleares; Elétricas: Produzidas pelo contato com a eletricidade de alta ou baixa voltagem. Na realidade o dano maior é ocasionado pela P á g i n a 247

248 produção de calor que ocorre à medida que a energia elétrica atravessa o tecido. São difíceis de avaliar, e mesmo as lesões que parecem superficiais podem ter danos profundos aos níveis dos músculos, nervos e vasos; Químicas: Provocadas pelo contato de substâncias corrosivas, liquidas ou sólidas, com pele. Profundidade Com relação ao grau da lesão, essa depende da profundidade que a pele foi lesionada e estão divididas em três, são eles: 1º Grau, 2º Grau e 3º Grau. Extensão Há uma técnica para avaliar a extensão de superfície corporal queimada (SCQ) denominada Regra dos Nove, onde se atribui a cada área do corpo uma porcentagem aproximada, sobre a área total da pele. Dessa forma, é possível calcular a porcentagem do corpo atingida pela queimadura e, a partir disso, direcionar o tratamento da vítima; outro método é tomando como referência a palma da mão da vítima, onde 1 palmo de mão equivale a 1% da superfície corporal queimada; porém o mais utilizado é o da regra dos nove. P á g i n a 248

249 Localização Em razão dos riscos estéticos e funcionais, são mais desconfortáveis as queimaduras que comprometem face, pescoço, tórax e mãos. Além disso, as localizadas na face geralmente estão associadas à inalação de fumaça e queimadura de vias aéreas; queimaduras próximas a orifícios naturais, como boca e ouvido apresentam maior risco de contaminação; aquelas localizadas no tórax podem gerar desconforto respiratório devido à dor, gerando consequentemente uma depressão respiratória. Exemplificação das ocorrências e características das queimaduras. Queimadura 1º Grau 2º Grau 3º Grau Causa Radiação superficial Líquidos quentes, Química, elétrica, radiação ou chama chama, metais quentes Coloração da pele Vermelha Vermelha ou Branca, enegrecida ou amarelada carbonizada Superfície da pele Seca sem bolhas Bolhas com secreção Seca com vasos sanguíneos trobozados Sensibilidade Dolorosa Dolorosa Anestésica Cicatrização 3-6 dias 2-4 semanas (dependendo da profundidade) Requer enxerto de pele Cuidados Imediatos O atendimento inicial de queimados segue a mesma seqüência do atendimento a vítima de outras formas de trauma. Deve-se considerar o grande queimado como um politraumatizado, pois, freqüentemente, existem outras lesões associadas. P á g i n a 249

250 Primeiramente o socorrista deve certificar-se de que o local está seguro; Interromper, imediatamente, o contato da vítima com a fonte de energia, desligando-a na chave específica da área ou chave geral do local; Não encostar na vítima, se não conseguir desligar a fonte de energia; Caso consiga desligar a fonte de energia, avalie o nível de consciência, bem como os sinais vitais da vítima, se o socorro especializado ainda não foi acionado, faça-o imediatamente. Se houver necessidade inicie as manobras de RCP; Nos pontos com queimadura, resfriar com água ou soro fisiológico em temperatura ambiente, durante 3 a 5 minutos; Os adornos (relógios, colares e outros) devem ser removidos, com exceção dos que estiverem grudados á pele; A vítima deve ser coberta com a manta térmica para que ela não evolua para estado de hipotermia (isso deve ser realizado mesmo se o ambiente que a vítima se encontra não esteja frio, pois a pele lesionada perde a capacidade de regular a temperatura corporal, e nunca devemos transportar a vítima com lençóis úmidos, toalhas nem roupas úmidas e o gelo está completamente contraindicado); Bolhas não devem ser estouradas; Procurar sempre uma segunda área queimada e tratá-la; Roupas grudadas à pele não devem ser removidas HEMORRAGIAS O sistema cardiovascular humano é formado, pelos vasos sanguíneos, além de outras estruturas. Os vasos sanguíneos (artérias, veias e vasos capilares) têm uma extensão aproximada de quilômetros e por estes passam P á g i n a 250

251 diariamente cerca de litros de sangue. Quando alguma parte desses vasos se rompe, ocorre a hemorragia, extravasando sangue para fora dos vasos. As hemorragias podem classificadas de acordo com o tipo de vaso rompido e também podem ser classificadas como externas ou internas. Sua gravidade se dará de acordo com o local e tipo de vaso lesionado. Hemorragias arteriais - O sangue arterial é rico em oxigênio, de coloração vermelho vivo e, nos casos de hemorragias externas, sai em jato; Hemorragias venosas O sangue venoso é rico em dióxido de carbono, de coloração vermelho escuro e, nos casos de hemorragia externa, sai escorrendo; Hemorragias capilares Como estes vasos são superficiais, ou seja, longe da bomba (coração), nos casos de hemorragia externa, o sangue sai escorrendo. Técnicas de Contenção Dependendo do volume e da pressão que o sangue está saindo do ferimento, o uso de técnicas simples pode reverter imediatamente a situação, como: Pressão direta Utilizando EPI adequado, pressione diretamente o ferimento com uma gaze seca e estéril; Pressão indireta Caso não consiga conter a hemorragia com a pressão direta, utilize uma bandagem elástica (ou atadura) para envolver o membro afetado, e a medida que este for sendo envolvido, realize pressão. Após realizar essa técnica a extremidade do membro tem que ser monitorada, pois a pressão aplicada pode ter reduzido excessivamente o diâmetro do vaso, e em conseqüência, o fluxo de sangue neste local; Elevação do membro Esta técnica pode ser realizada em conjunto com as outras descritas acima. Eleve o membro afetado P á g i n a 251

252 acima do nível do coração, desta forma o fluxo de sangue será diminuído LESÕES MÚSCULO ESQUELÉTICAS O esqueleto humano é composto por 206 ossos, que representam aproximadamente 1/5 do peso de um corpo saudável. Eles têm importantes funções como proteção dos órgãos internos vitais e movimentação coordenada do corpo. O osso é um tecido ativo e embora se constitua de 22% de água, tem uma estrutura extremamente forte, embora leve e flexível. O esqueleto também tem a vantagem de ser capaz de reparar-se quando lesado. O local em que dois ossos se ligam é denominado articulação. O corpo tem mais de 300 articulações que nos permitem realizar os mais diferenciados movimentos. Os ligamentos são fortes faixas ou tiras de tecido fibroso que provêem sustentação a ossos e unem extremidades ósseas em articulações e em torno delas. Mas, apesar de o esqueleto ser uma estrutura forte, ele não é indestrutível. As lesões mais comuns que o envolvem são: fratura, luxação e torção FRATURA A fratura óssea é a interrupção da continuidade de um osso, independentemente de ser parcial ou completa, na maioria das vezes é provocada por uma queda ou traumatismo que gera um impacto violento. As fraturas podem ser classificadas como abertas (ou expostas) e fechadas (ou internas), os dois tipos têm riscos próprios, as fraturas abertas quando não são bem tratadas podem provocar infecção; em contra-partida, as fraturas internas são mais difíceis de serem diagnosticadas e possíveis hemorragias internas, serão mais difíceis de serem contidas. P á g i n a 252

253 Sintomas O principal sintoma é o aparecimento de dor, normalmente de forma intensa e imediata, na área afetada, aumentando de intensidade sempre que se movimenta a zona lesionada. Outras manifestações dependerão das características da lesão, do osso lesionado, da possível deslocação dos fragmentos e do tipo de alteração mecânica que provoca. A fratura provoca, na maioria dos casos, a inflamação local e uma hemorragia que pode provocar o aparecimento de hematoma. O deslocamento de fragmentos ósseos costuma proporcionar o desenvolvimento de uma deformação evidente, tendo em conta que, por vezes, os fragmentos ósseos encontram-se sobrepostos, originando um aparente encurtamento do membro, enquanto que em outros casos ficam separados, nos quais o membro parece mais longo, podendo igualmente ficar torcidos, sendo perceptível um volume por baixo da pele, rasgada em caso de fratura exposta. Por vezes, a fratura provoca uma completa impotência funcional, a qual impossibilita a realização de qualquer movimento, enquanto que em outros casos o segmento esquelético afetado possui uma mobilidade anormal. Cuidados Imediatos Nunca se deve tentar movimentar a parte afetada, antes que a situação seja avaliada, já que uma ação precipitada ou incorreta pode agravar o problema ou até mesmo originar complicações ainda mais graves do que as consequências do próprio traumatismo como, por exemplo, a ruptura de um vaso sanguíneo ou nervo pela deslocação de um fragmento ósseo. Nos casos de hemorragias associadas à fratura, será necessário fazer uma contenção próximo a lesão, não pressionando o local lesionado, esta pode ser realizada utilizando a técnica de pressão indireta. Dependendo da situação uma tala ou tipóia pode ser improvisada até a chegada do profissional especializado, neste caso será necessário imobilizar as duas articulações extremidades da fratura (ex.: caso a fratura seja em um osso P á g i n a 253

254 da perna, é preciso imobilizar o joelho e o tornozelo e, caso a fratura se localize num osso do antebraço, deve-se imobilizar o cotovelo e o pulso). Os materiais que podem ser utilizados para imobilização são as talas rígidas: feitas materiais flexíveis que, moldados ao corpo, conservam a estabilidade. Realizar compressa de gelo no local nas primeiras 24 horas também é uma forma eficaz de reduzir a dor e possíveis hemorragias LUXAÇÃO É o deslocamento (ou a desarticulação) repentino de um ou mais ossos de uma articulação. Este pode ocorrer em qualquer articulação do corpo, porém as áreas mais comuns são; ombros, punhos, cotovelos, tornozelos, joelhos e dedos. A principal causa de luxação consiste num traumatismo violento que provoca uma insuficiência nos elementos de sustentação da articulação (ligamentos, cápsula articular, tendões e músculos) e a deslocação do osso, que deixa de estar unido à articulação. Embora este traumatismo possa incidir diretamente no osso ou na articulação, também se pode tratar de um traumatismo indireto, como acontece, por exemplo, em caso de luxação do ombro provocada por uma queda sobre um cotovelo ou uma mão. No entanto, a luxação também pode ser originada por um movimento violento ou por uma tração súbita e intensa, em alguns casos, a luxação é originada pela deterioração dos elementos de sustentação da articulação, consequente de uma doença (artrite, tumores, paralisia, etc.), ou devido a uma malformação congênita, como é o caso da luxação congênita da anca, tratada no capítulo anterior. Sintomas O sintoma inicial é o aparecimento de dor, imediatamente após o acidente, que dificulta ou impede por completo qualquer tentativa de movimentar a articulação afetada. Ao fim de pouco tempo, a dor costuma diminuir de P á g i n a 254

255 intensidade, voltando a aumentar de intensidade à medida que a inflamação da zona se desenvolve. Caso a luxação afete uma articulação de um membro, por vezes a extremidade fica um pouco mais curta ou longa do que a saudável. Cuidados Imediatos Assim como nas fraturas, nunca se deve tentar recolocar os ossos deslocados na sua posição normal, já que a movimentacao incorreta pode agravar a situação ou até mesmo provocar complicações. Por essa razão, em caso de luxação, é necessária a atuação de um profissional especialista e o mais rápido possível, pois a redução da luxação é mais simples quando a lesão é recente, já que algumas horas após a reação inflamatória, podera ser necessária a realização de uma intervenção cirúrgica. Enquanto se aguarda a chegada do socorro especializado, convém manter a articulação na posição em que ficou, procedendo à sua imobilização, por exemplo, através de uma tala ou de uma faixa em caso de luxação do ombro ou ao segurar o membro afetado pela luxação sem forçá-lo. A aplicação de compressas de gelo no local afetado é recomendada, pois esse procedimento ajudará no alívio da dor e de possíveis hemorragias associadas TORÇÃO Os ossos do esqueleto humano estão unidos aos outros através dos músculos, mas as superfícies de contato são mantidas umas de encontro às outras por meio dos ligamentos. P á g i n a 255

256 É a distensão excessiva dos ligamentos articulares, podendo esta levar ao rompimento desses ligamentos. São provocadas por um movimento violento que ultrapassa os limites de flexibilidade dos ligamentos e das restantes estruturas que garantem a estabilidade da articulação. Podem ser geradas por quedas, um mal posicionamento do pé ou um simples tropeçar que force a articulação para um movimento que não estava habilitada. A torção pode ser parcial ou completa e apesar de poderem afetar qualquer articulação, ocorre mais frequentemente no tornozelo, visto que este é bastante instável e suporta a maioria do peso do corpo. Sintomas O sintoma inicial é o aparecimento de dor intensa, que surge imediatamente após o incidente, esta surge de tal forma que chega a impedir a movimentação da articulação afetada. A medida que a lesão vai ficando inflamada surge o edema, vermelhidão e calor no local. Além disso, é possível que surjam hematomas na área, estes provocados por rompimento de pequenos vasos sanguíneos. Cuidados Imediatos Os cuidados são os mesmos relacionados às outras lesões músculoesqueléticas. Imobilizar o local, utilizando a técnica adequada; colocar compressas de gelo na área afetada para diminuir possíveis hemorragias e aliviar a dor NOÇÕES SOBRE RESGATE E TRANSPORTE A movimentação ou o transporte de uma vítima deve ser feita com muito cuidado, a fim de não agravar as lesões já existentes. P á g i n a 256

257 ROLAMENTO 90 GRAUS ELEVACAO MANUAL COM SEIS SOCORRISTAS P á g i n a 257

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