Artes visuais AULA 1 Noções elementares; Expressão artística na Grécia e Roma Antiga

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Maria das Dores Capistrano Cortês
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1 Artes visuais AULA 1 Noções elementares; Expressão artística na Grécia e Roma Antiga Prof. André de Freitas Barbosa Objetivos: - A Arte na História: refletir sobre a finalidade da produção artística em diferentes períodos; - Realizar contato com o universo artístico, de antigas civilizações à modernidade; - Observar e compreender diferentes obras de artes visuais, seus criadores e movimentos artísticos.

Sobre os papéis normalmente atribuídos à arte: -

compreensão geral, apresentando, ao mesmo tempo, um

entendemos hoje remonta ao século XIV; até então a

artesanato; - A expressão artística é amplamente

2 Sobre os papéis normalmente atribuídos à arte: - Converter abstrações (ideias) em algo passível de compreensão geral, apresentando, ao mesmo tempo, um aspecto estético; - A produção artística como a entendemos hoje remonta ao século XIV; até então a arte era funcional, idêntica ao que denominamos artesanato; - A expressão artística é amplamente variável e muitas vezes inexplicável; mesmo assim, ajuda a definir o homem como espécie.

3 O que você vê na seguinte imagem? Equipe de resgate em Ischia (Itália). No momento flagrado, homens resgatam um bebê que ficou 7 horas sob escombros de um terremoto (Folha de S. Paulo, 23 de agosto de p. A1).

4 Observe semelhanças formais e temáticas da imagem anterior com este detalhe da tela A Adoração dos Pastores ( ), de El Greco ( ):

Retomada pelos romanos durante toda a Antiguidade e nas eras mais recentes pelos artistas

5 Grécia e Roma Antiga Entende-se habitualmente por arte grega o conjunto de obras de arte produzidas entre 1100 a.c. e 30 a.c. pelos povos que falavam grego. Retomada pelos romanos durante toda a Antiguidade e nas eras mais recentes pelos artistas do Renascimento e do Neoclassicismo, a Arte Grega influencia vários estilos da moderna arquitetura, pintura e escultura.

6 Proto-história (séculos XXIX a XIII a.c.) é notável a arquitetura tumular cretense e micênica, também exemplificada em palácios e cidades fortificadas. Máscara mortuária (c.1500 a.c.) Porta dos Leões (Micenas)

Medievo helênico (séculos XIII a VIII a.c.) - após a derrocada do mundo micênico, as populações isoladas em território grego desenvolveram novos estilos artísticos, notadamente a cerâmica geométrica.

7 Medievo helênico (séculos XIII a VIII a.c.) - após a derrocada do mundo micênico, as populações isoladas em território grego desenvolveram novos estilos artísticos, notadamente a cerâmica geométrica. A escultura teve pouquíssima expressão, e praticamente nenhuma obra arquitetônica sobreviveu. Exemplo de cerâmica geométrica grega (c a.c.)

8 Arcaico (séculos VII a V a.c.) com a retomada do desenvolvimento econômico, o movimento de colonização e o consequente contato com outras civilizações do Mediterrâneo Oriental, a arte grega teve grande impulso. Surgiram, por exemplo, os primeiros templos de pedra. Detalhe da Acrópole de Atenas

9 Período clássico os séculos V e IV a.c. marcam o apogeu da arte grega: as estátuas anatomicamente perfeitas e a sobriedade dos templos e esculturas. Os critérios de beleza estabelecidos neste período são a base da Arte Ocidental posterior. O Discóbulo (c.450 a.c.) Partenon, Atenas projeto de Ictino (c a.c.)

Período helênico ou helenístico (séculos IV a I a.c.) em sua constante busca da perfeição, os gregos criam uma arte de elaboração intelectual, equilíbrio e harmonia ideais.

10 Período helênico ou helenístico (séculos IV a I a.c.) em sua constante busca da perfeição, os gregos criam uma arte de elaboração intelectual, equilíbrio e harmonia ideais. Ela tem como características: racionalismo, amor pela beleza e interesse pelo homem ( a medida de todas as coisas ). Detalhe do altar do Templo de Zeus, em Pérgamo (s. II a.c)

11 Laocoonte e seus filhos (oficina de Polidoro, Atenodoro e Hagesandro, c. 25 a.c.) Cariátide do Ereicton (Acrópole de Atenas, final do século 5 a.c.)

12 Tipos de colunas: dórica, jônica e coríntia Ordem dórica - era simples e maciça. Sendo a mais antiga das ordens arquitetônicas gregas, a dórica empresta à obra uma ideia de solidez e imponência.

13 Ordem jônica mais delgada e decorada, representava a graça e o feminino. Enquanto a ordem dórica traduz a forma do homem, a jônica se relaciona à da mulher.

14 Ordem coríntia - pode ser entendida como uma variação mais luxuosa e ostensiva da ordem jônica.

Arte romana Máscara de um gladiador perceba os traços indianos, fruto de influências culturais advindas dos povos conquistados. Os romanos preservavam uma notável influência de outras culturas.

15 Arte romana Máscara de um gladiador perceba os traços indianos, fruto de influências culturais advindas dos povos conquistados. Os romanos preservavam uma notável influência de outras culturas. Por que a influência estrangeira é notável? A razão mais óbvia é a grande admiração que os romanos tinham pela arte grega de todos os tipos e períodos. As criações romanas eram claramente baseadas em fontes gregas, sendo que muitos de seus artistas tinham essa origem. Porém, não devemos avaliar a arte romana somente segundo os padrões da arte grega, perto da qual poderia parecer, superficialmente, uma fase final de decadência.

A romanidade deve ser buscada nesse modelo complexo, e não numa única qualidade formal.

16 O Império Romano foi uma sociedade extraordinariamente aberta e cosmopolita, que absorveu traços regionais num modelo comum, homogêneo e diversificado ao mesmo tempo. A romanidade deve ser buscada nesse modelo complexo, e não numa única qualidade formal. A arte romana sofreu duas fortes influências: - A arte popular etrusca (expressão da realidade cotidiana); - A arte clássica grega (expressão formal do ideal de beleza). Pintura etrusca (c. 480 a.c.) Busto do imperador Antonino Pio ( d.c.)

Dos etruscos os romanos herdaram as técnicas que lhes permitiram a utilização do arco e da abóbada.

17 Arquitetura A arquitetura romana mesclou influências etruscas e gregas às característica de sua própria civilização, principalmente a partir do século II a.c., quando as conquistas romanas criaram condições para a existência de uma elite muito enriquecida. Dos etruscos os romanos herdaram as técnicas que lhes permitiram a utilização do arco e da abóbada. Dos gregos herdaram as concepções clássicas dos estilos dórico, jônico e coríntio. Anfiteatro Flávio (ou Coliseu) c. 80 a.c. Arco Triunfal de Tito 81 d.c.

Elementos de pintura A narração de fatos históricos e a reprodução de campanhas militares tomaram forma nos relevos que se desenvolveram nas fachadas de templos e dos arcos de triunfo.

18 Elementos de pintura A narração de fatos históricos e a reprodução de campanhas militares tomaram forma nos relevos que se desenvolveram nas fachadas de templos e dos arcos de triunfo. Com a invasão dos povos bárbaros, as preocupações com as artes diminuíram e poucos monumentos foram realizados pelo Estado. Era o começo da decadência do Império Romano que, no século V, perderia o domínio do seu vasto território ocidental para invasores germânicos. Detalhe de um afresco de Pompeia (séculos II a.c. - I d.c.)

Escultura Por serem realistas e práticos, os romanos buscam representar fielmente as pessoas, não tratá-las como ideais de beleza, com faziam os gregos.

19 Escultura Por serem realistas e práticos, os romanos buscam representar fielmente as pessoas, não tratá-las como ideais de beleza, com faziam os gregos. Por outro lado, a influência grega fez com que surgissem em Roma os copistas, que retratavam com extrema fidelidade as principais obras dos mestres. Augusto Pontifex Maximus (s. I d.c. Museo Nazionale Romano) O racionalismo e a fidelidade ao real orientaram a produção da estatuária romana e serviram para satisfazer o desejo de glorificação pessoal e de comemoração de conquistas e grandes feitos. Proliferaram, então, os bustos e estátuas equestres de imperadores e patrícios, que passaram à posteridade.

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