REFUGIADOS E DIREITOS HUMANOS: DESAFIOS INTRÍNSECOS AO ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL

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1 REFUGIADOS E DIREITOS HUMANOS: DESAFIOS INTRÍNSECOS AO ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL Tathiana Costa dos Santos 1 RESUMO: Este artigo consiste na abordagem de alguns fatores que embaraçam e ou impedem o acesso e a permanência dos refugiados nos equipamentos públicos de proteção social especial de alta complexidade, na modalidade de abrigo institucional. Para tanto utilizamos a experiência vivida em um equipamento público municipal do Rio de Janeiro- a URS Plínio Marcos. Tais fatores sinalizam as fragilidades deste serviço tipificado na Politica Nacional de Assistência Social- PNAS, no que diz respeito ao atendimento e resolutividade das questões específicas deste segmento populacional. Sinalizamos também as políticas públicas e o papel do Estado no sentido da proteção e garantia dos direitos do segmento refugiado que, infelizmente, ainda enfrenta discriminações e preconceitos na sociedade brasileira. Palavras-chave: refugiados, acolhimento institucional, direitos humanos. 1 INTRODUÇÃO O presente artigo traz apontamentos sobre os desafios intrínsecos ao acolhimento institucional, enquanto serviço de proteção social especial de alta complexidade destinado à população em situação de rua, com destaque para os refugiados vivendo no município do Rio de Janeiro. Para a construção deste artigo foi feito breve levantamento bibliográfico sobre a temática ainda pouco explorada por profissionais do Serviço Social e pelas demais categorias atuantes da política de assistência social. Também foi considerada a experiência profissional vivida na URS Plinio Marcos, que é uma instituição pública de acolhimento 1 - Assistente Social, Mestranda em Política Social (UFF). Especialista em Gestão Pública Municipal (UFF) e Atenção Psicossocial na Infância e Adolescência (IPUB-UFRJ). tathicosta@hotmail.com

2 2 institucional componente da estrutura da SMASDH- Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos do Rio de Janeiro. A Unidade de Reinserção Social Plinio Marcos está ligada à 1ª. CASDH (Coordenadoria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos) e, tem sua localização estratégica por estar situada no bairro de São Cristóvão, bem próximo ao centro da cidade do Rio de Janeiro. Esta instituição atualmente acolhe indivíduos adultos do sexo masculino, na faixa etária de 18 a 59 anos de idade, que estão em situação de rua por diferentes motivos, tais como: em decorrência do desemprego, rompimento de vínculo familiar, perda ou ausência de moradia, dependência química, comprometimento mental, migrantes de outros estados e municípios, com longo histórico de acolhimento, egressos e refugiados. É importante mencionar que no município do Rio de Janeiro não há equipamentos públicos específicos para acolhimento de estrangeiros e ou refugiados. Neste caso, o mesmo atendimento ofertado ao público brasileiro é dado ao indivíduo oriundo de outro país em busca de segurança e acolhida, por motivo de perseguição política, racial ou social em seu país de origem. Sendo assim, o nosso objetivo neste artigo, é dar visibilidade ao segmento refugiado como público da assistência social, bem como, apontar alguns obstáculos presentes no cotidiano de trabalho profissional que, consequentemente, interferem na garantia dos direitos dos indivíduos refugiados em situação de vulnerabilidade. 2 REFUGIADOS E DIREITOS HUMANOS 2.1 O REFÚGIO NO BRASIL É sabido que o Brasil é signatário dos principais tratados internacionais de direitos humanos, e como consequência disto, se consolida como destino de imigrantes em busca de sobrevivência. Isto significa dizer que o país assumiu um compromisso internacional de

3 3 fornecer proteção aos refugiados, pautando-se nos princípios das Nações Unidas, desde o pós-guerra, quando assinou a Convenção de 1951 e o Protocolo de Estudos apontam que a partir do século XX as migrações internacionais motivadas por conflitos bélicos passaram a atrair grande atenção no plano internacional. O cenário estabelecido durante e após a guerra que dizimou cinquenta milhões de pessoas de diferentes nacionalidades causou várias migrações, especialmente de refugiados, que buscavam paz e novas oportunidades em diferentes locais do mundo, abandonando suas origens, residências e bens em busca de paz em outros países. De acordo com Bógus e Rodrigues (2011, p.102) neste início de século XXI, o Estado brasileiro tem se mostrado cada vez mais receptivo às vítimas de violência generalizada, aceitando refugiados de toda parte do mundo. Uma vez que o Estado brasileiro assumiu o compromisso internacional de recebê-los em seu território. A temática do refúgio no Brasil passa a ser, desde a entrada em vigência da Lei 9.474/97, revestida de um aparato normativo caracterizado por ser um dos mais modernos do mundo. Pois, além de abarcar a totalidade dos princípios previstos pela Convenção de 1951 e do Protocolo de 1967 das Nações Unidas sobre Refugiados, incorpora o que há de mais contemporâneo da discussão acerca do direito internacional dos refugiados. (LEÃO, 2004, p.201) Um importante avanço no direito internacional para os refugiados é o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) que foi criado pela Assembleia Geral da ONU em 14 de dezembro de 1950 para proteger e assistir às vítimas de perseguição, da violência e da intolerância. Desde então, já ajudou mais de 50 milhões de pessoas, ganhou duas vezes o Prêmio Nobel da Paz (1954 e 1981). Hoje, é uma das principais agências humanitárias do mundo. No Brasil, o ACNUR atua em cooperação com o Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE), ligado ao Ministério da Justiça. Além da proteção física e legal, os refugiados no país têm direito à documentação e aos benefícios das políticas públicas de educação, saúde e habitação, entre outras. Para garantir a assistência humanitária e a integração dessa população, o ACNUR também trabalha com diversas ONGs no país. 2 A Convenção e o Protocolo são os principais instrumentos internacionais estabelecidos para a proteção dos refugiados e seu conteúdo é altamente reconhecido internacionalmente. São os meios através dos quais é assegurado que qualquer pessoa, em caso de necessidade, possa exercer o direito de procurar e de gozar de refúgio em outro país.

4 4 Conforme o balanço feito pelo ACNUR 3, até o final de 2016, o Brasil reconheceu um total de refugiados de 82 nacionalidades. Desses, foram reconhecidos por vias tradicionais de elegibilidade, 713 chegaram ao Brasil por meio de reassentamento e a 317 foram estendidos os efeitos da condição de refugiado de algum familiar. Os países com maior número de refugiados reconhecidos no Brasil em 2016 foram Síria (326), República Democrática do Congo (189), Paquistão (98), Palestina (57) e Angola (26). Fonte: Ministério da Justiça e Segurança Pública, Governo Federal do Brasil. Estes dados apontam um aumento 127% no período de 2010 a Contudo, atualmente existem pessoas esperando a decisão do Conare (Comitê Nacional para os Refugiados), que analisa os pedidos com base na Lei nº 9474/97. Dentre este quantitativo, foram registrados refugiados, sendo que aproximadamente vivem atualmente na cidade do Rio de Janeiro, conforme dados divulgados pela Caritas-RJ 4. 3 O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), conhecido como a Agência da ONU para Refugiados, tem o mandato de dirigir e coordenar a ação internacional para proteger e ajudar as pessoas deslocadas em todo o mundo e encontrar soluções duradouras para elas. 4 A Cáritas Arquidiocesana do Rio de Janeiro (Cáritas/RJ) é um organismo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e está inserida nos trabalhos da Arquidiocese do Rio de Janeiro.

5 5 Fonte: Ministério da Justiça e Segurança Pública, Governo Federal do Brasil. De acordo com as orientações do Ministério das Relações Exteriores, para solicitar refúgio no Brasil, é preciso estar presente no território nacional. A qualquer momento após a sua chegada no Brasil, o estrangeiro que se considera vítima de perseguição em seu país de origem deve procurar uma Delegacia da Polícia Federal ou autoridade migratória na fronteira e solicitar expressamente o refúgio para adquirir a proteção do governo brasileiro. O estrangeiro que solicita refúgio no Brasil não pode ser deportado para fronteira de território onde sua vida ou liberdade estejam ameaçadas. É importante destacar que conforme a legislação adotada pelo Brasil, o refugiado só poderá ser expulso em casos de risco à segurança nacional e à ordem pública, tendo garantia à defesa e a um tempo razoável que lhe permita buscar asilo em outro Estado. Há ainda vedações à devolução ou expulsão para países em que a vida ou liberdade dos refugiados estejam ameaçadas por motivo de religião, raça, nacionalidade, grupos sociais e/ou opinião política. A Lei 9.474/97, de 22 de julho de 1997, é a lei nacional que garante aos refugiados o mesmo direito de outro estrangeiro no país. Deste modo, muitos a consideram uma das mais avançadas leis de proteção aos refugiados. Conforme Art. 1º da Lei Nº 9.474/1997, será reconhecido como refugiado todo indivíduo que:

6 6 I - devido a fundados temores de perseguição por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas encontre-se fora de seu país de nacionalidade e não possa ou não queira acolher-se à proteção de tal país; II - não tendo nacionalidade e estando fora do país onde antes teve sua residência habitual, não possa ou não queira regressar a ele, em função das circunstâncias descritas no inciso anterior; III - devido a grave e generalizada violação de direitos humanos, é obrigado a deixar seu país de nacionalidade para buscar refúgio em outro país. Entretanto, apesar do Brasil adotar lei específica considerada progredida, na prática, ainda carece de muitos avanços para sua implementação, isto porque os refugiados até hoje enfrentam uma série de dificuldades para adaptação cultural e permanência segura após adentrar ao território brasileiro. Atrelado a este fator, podemos sinalizar questões relativas tanto à possibilidade de viver dignamente, quanto ao enfrentamento de restrições ao mercado de trabalho, dificuldades para conseguirem moradias, problemas no acesso à saúde e à educação, além da discriminação. 2.2 OS DIREITOS HUMANOS DOS REFUGIADOS Entendemos que os direitos humanos são os direitos e liberdades básicas de todos os seres humanos e este conceito está relacionado à noção de liberdade de pensamento, de expressão, e a igualdade perante a lei. A ONU 5 (Organização das Nações Unidas) foi a responsável por proclamar a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que deve ser respeitada por todas as nações do mundo. Podemos dizer que os direitos humanos consistem em direitos naturais garantidos a todo e qualquer indivíduo, e que devem ser universais, isto é, se estender a pessoas de todos os povos e nações, independentemente de sua classe social, etnia, gênero, nacionalidade ou posicionamento político. Entretanto, alguns estudiosos acreditam que o desafio para a eficácia dos direitos humanos está relacionado principalmente à falta de vontade política, muitas vezes sob a justificativa dos altos custos dos investimentos sociais. 5 A ONU é uma organização internacional dotada de personalidade jurídica internacional e capaz de celebrar tratados e acordos.

7 7 A proteção ao refugiado é uma função do Estado brasileiro, respaldado pelo direito internacional e no conceito do non-refoulement (ou não devolução), base de todo o direito de refugiados, significa simplesmente que o indivíduo perseguido não pode ser devolvido. O tema do Direito Internacional dos Direitos Humanos adquiriu relevância na ordem internacional a partir da catástrofe humanitária que se verificou durante a Segunda Guerra Mundial, uma vez que várias normas de Direito Internacional foram adotadas para evitar que as atrocidades aí cometidas se repetissem. Sob a égide da recém-criada ONU, passou-se ao estabelecimento de regras mínimas de proteção aos direitos mais fundamentais do ser humano, sendo eles a vida, a liberdade, a igualdade e a segurança. (JUBILUT, 2007, p. 31) Uma questão a ser destacada é o fato da maioria dos países ocidentais distinguir os refugiados políticos dos denominados refugiados econômicos. Estes últimos fogem, acima de tudo, da pobreza e da miséria, mais do que de perseguições políticas, principalmente quando são provenientes dos países da periferia capitalista. A principal diferença entre refugiado e migrante econômico e que estes últimos escolhem se deslocar não devido a uma ameaça direta de perseguição ou morte, mas principalmente para melhorar sua vida em busca de trabalho ou educação, por reunião familiar ou por outras razões. Sendo assim, os migrantes continuam recebendo a proteção do seu governo, o que não ocorre com os refugiados que tem respaldo do direito internacional, onde países como o Brasil têm responsabilidades específicas frente a qualquer pessoa que solicite refúgio em seu território ou em suas fronteiras. Ou seja, se incubem de responsabilidades específicas. A efetivação da proteção internacional aos refugiados apresenta dois aspectos: (1) o relacionado ao próprio reconhecimento do status de refugiado, ou seja, a verificação da implementação dos dispositivos mínimos de proteção adotados pela Convenção de 51 por parte dos Estados signatários; e (2) o relativo ao gozo de direitos após o reconhecimento do status de refugiado. (JUBILUT, 2007, p. 161) Como destacamos, o Brasil é considerado um dos países que mais acolhem refugiados. Atualmente, o país possui cerca de cinco mil refugiados, de mais de oitenta nacionalidades diferentes, vivendo principalmente em centros urbanos. Devido à forma quase sempre inesperada como deixam os seus países de origem, muitos refugiados chegam ao país de refúgio sem dinheiro, documentação e recursos para

8 8 sua sobrevivência. Desta forma, boa parte destes ficam sujeitos a riscos e condições de vulnerabilidade social 6, o que infere a necessidade de proteção social especial. As condições de fragilidade denotam a necessidade de medidas protetivas voltadas para a garantia dos direitos fundamentais e humanos dos refugiados no Brasil. A própria Constituição Federal brasileira assegura a dignidade da pessoa humana por meio do seu Artigo 1, instituindo dessa forma, fundamento legal para a aplicação do Estatuto de Refúgio. Deste modo, o sistema brasileiro deve zelar por um conjunto de direitos civis, dentre estes, o respeito aos direitos humanos, a concessão de asilo aos refugiados e a igualdade de direitos entre brasileiros e estrangeiros. Todavia, a discriminação tem se mostrado um fator relevante que dificulta o acesso a direito e a aplicação da progressiva lei. De acordo com a perspectiva de Freitas (2013) muitos refugiados sentem-se discriminados por serem estrangeiros ou devido à sua condição de refugiado e de solicitante de refúgio. Esta discriminação, que pode ter como causa a desinformação sobre o tema do refúgio, reduzindo dessa forma, as oportunidades de trabalho e comprometendo a geração de renda e dificultando a integração sociocultural do refugiado no Brasil. Segundo a ACNUR, a discriminação e a xenofobia estão entre os maiores desafios de proteção aos solicitantes de refúgio e refugiados, principalmente em áreas urbanas. Obstáculos iniciais estão geralmente relacionados ao aprendizado do idioma do país de abrigo e às questões culturais. Em entrevista ao Jornal do advogado e publicado no Jornal Nexo, Flávia Piovesanatual secretária de Direitos Humanos do Ministério da Justiça destaca que Cada refugiado é reflexo de uma grave violação aos direitos humanos. Eles só existem porque os direitos humanos foram afrontados. Então, cada um deles carrega essa dor. 7 A temática dos direitos humanos nos remete a garantia e acesso aos direitos por indivíduos de diferentes países. Segundo Piovesan (2006, p.18), o conceito de direitos humanos é dotado de universalidade, pois possui extensão universal, pois basta possuir 6 O conceito de vulnerabilidade social está relacionado com os lugares e indivíduos que estão expostos à exclusão social, ou seja, que vivem à margem da sociedade. 7 Ver

9 9 condição de pessoa para ser titular de direitos. Portanto, o ser humano é visto como um ser essencialmente moral com unicidade existencial e dignidade. Para Piovesan (2004, p. 57) a concepção contemporânea de direitos humanos caracteriza-se pelos processos de universalização e internacionalização destes direitos, compreendidos sob o prisma de sua indivisibilidade. Neste sentido, entendemos a questão do refúgio como uma questão de direitos humanos que precisa ser garantida, uma vez que há respaldo pela própria Declaração Universal dos Direitos Humanos, que no Artigo 14, afirma o direito de toda e qualquer pessoa procurar e se beneficiar de refúgio. 1.Toda a pessoa sujeita a perseguição tem o direito de procurar e de beneficiar de asilo em outros países. 2. Este direito não pode, porém, ser invocado no caso de processo realmente existente por crime de direito comum ou por atividades contrárias aos fins e aos princípios das Nações Unidas. Conforme Moura (2016) a questão do refúgio tem se mostrado uma crise humanitária, onde as políticas necessitam ser revistas para que de fato a acolhida em outro país seja efetivada. No caso, do Brasil a autora traz uma importante reflexão que é tratar este segmento a partir de suas especificidades. A proteção brasileira em acolher estes refugiados deve ser refletida também no compromisso do Estado em promover o desenvolvimento social, não somente na inclusão dos refugiados em programas como o Bolsa Família, mas também em oferecer políticas sociais específicas a este grupo. Dado que, políticas específicas não significam uma diferenciação entre refugiados e brasileiros; mas sim a necessidade e a receptividade em tratar de casos, situações e realidades específicas que necessitam de urgência e que exigem uma atuação particularizada. (MOURA, 2016, p.12) A partir dessa reflexão podemos mencionar que avanços são necessários, embora a o Direito Internacional do Refugiado e o Estatuto do Refugiado garanta a entrada destes no pais, são necessárias outras medidas e garantias de permanência digna. Acreditamos que somente através da criação e implementação de outras politicas seja viável, Contudo o fortalecimento das políticas públicas já existentes possa contribuir em grande medida para essa permanência, como é o caso da política de assistência social que possibilita garantia proteção aos vulneráveis, como destacaremos a seguir.

10 10 REFUGIADOS E ASSISTÊNCIA SOCIAL A PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL DE ALTA COMPLEXIDADE Como sabemos, no Brasil, a política de assistência social é integrante do sistema de seguridade social, juntamente com as políticas de previdência social e de saúde. A Seguridade Social está definida na Constituição Federal, no artigo 194, como um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. A constituição Federal em seu artigo 203 estabelece que: A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos: I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; II - o amparo às crianças e adolescentes carentes; III - a promoção da integração ao mercado de trabalho; IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária; V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei. A Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) dispõe sobre a organização da assistência social. Esta lei institui benefícios, serviços, programas e projetos destinados ao enfrentamento da exclusão social dos segmentos mais vulnerabilizados. De acordo com a Politica Nacional de Assistência Social (PNAS), a proteção social especial de alta complexidade tem por objetivo ofertar serviços especializados, em diferentes modalidades e equipamentos, com vistas a afiançar segurança de acolhida. Deve primar pela preservação, fortalecimento ou resgate da convivência familiar e comunitária - ou construção de novas referências, quando for o caso - adotando metodologias de atendimento e acompanhamento condizente com esta finalidade. Os serviços de proteção social especial de alta complexidade são aqueles que garantem proteção integral moradia, alimentação, higienização e trabalho protegido para famílias e indivíduos que se encontram sem referência e, ou, em situação de ameaça, necessitando ser retirados de seu núcleo familiar e, ou, comunitário. (PNAS, 2004, p. 38)

11 11 A condição de vulnerável leva muitos indivíduos a situação de rua, que buscam normalmente os centros urbanos para permanência. Devido o crescimento deste contingente vivendo nas ruas ao longo dos anos, foi criada em 23 de dezembro de 2009, através do Decreto a Política Nacional para a População em Situação de Rua. Esta política reafirma os princípios e diretrizes da Constituição Federal de 1988 e se apresenta como um instrumento que visa garantir a proteção, através do Estado brasileiro, daqueles que historicamente foram invisíveis sob a ótica dos direitos. De acordo com a Política Nacional para a População em Situação de Rua, no parágrafo único, do artigo 1º, considera-se população em situação de rua: O grupo populacional heterogêneo que possui em comum a pobreza extrema, os vínculos familiares interrompidos ou fragilizados e a inexistência de moradia convencional regular, e que utiliza os logradouros públicos e as áreas degradadas como espaço de moradia e de sustento, de forma temporária ou permanente, bem como as unidades de acolhimento para pernoite temporário ou como moradia provisória (BRASIL, 2009, p.7). O trato a população em situação de rua adulta, está previsto na PNAS e se insere na proteção social especial de alta complexidade, através dos serviços de acolhimento. Conforme o Sistema Único de Assistência Social (SUAS) 8 a oferta do Serviço de Acolhimento para Adultos e Famílias deverá ter caráter provisório, com estrutura para atender com privacidade pessoas do mesmo sexo ou grupo familiar. Está voltado para pessoas em situação de rua e desabrigo por abandono, migração e ausência de residência ou pessoas em trânsito e sem condições de autossustento. O atendimento prestado deve ser personalizado e em pequenos grupos e favorecer o convívio familiar e comunitário, bem como a utilização dos equipamentos e serviços disponíveis na comunidade local. As regras de gestão e de convivência deverão ser construídas de forma participativa e coletiva, a fim de assegurar a autonomia dos usuários, conforme perfis. (BRASIL, 2009, p.31) No que diz respeito ao atendimento aos refugiados, a Tipificação Nacional para os Serviços Socioassistenciais (2014, p.45) aponta que o atendimento a indivíduos 8 O Sistema Único da Assistência Social é um sistema não contributivo, descentralizado e participativo que tem por função a gestão do conteúdo específico da Assistência Social no campo da proteção social brasileira. Configura-se como o novo reordenamento da Política de Assistência Social na perspectiva de promover maior efetividade de suas ações.

12 12 refugiados ou em situação de tráfico de pessoas (sem ameaça de morte) poderá ser desenvolvido em local específico, a depender da incidência da demanda. O atendimento na modalidade Abrigo Institucional deve ser ofertado em unidade institucional semelhante a uma residência com o limite máximo de 50 pessoas por unidade e de quatro pessoas por quarto. Todas as ações desenvolvidas neste Serviço devem ser orientadas, de acordo com a Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais, pelos objetivos gerais e específicos abaixo relacionados: Objetivos Gerais: Acolher e garantir proteção integral; Contribuir para a prevenção do agravamento de situações de negligência, violência e ruptura de vínculos; Restabelecer vínculos familiares e/ou sociais; Possibilitar a convivência comunitária; Promover acesso à rede socioassistencial, aos demais órgãos do Sistema de Garantia de Direitos e às demais políticas públicas setoriais; Favorecer o surgimento e o desenvolvimento de aptidões, capacidades e oportunidades para que os indivíduos façam escolhas com autonomia; Promover o acesso a programações culturais, de lazer, de esporte e ocupacionais internas e externas, relacionando-as a interesses, vivências, desejos e possibilidades do público. Objetivos Específicos: Desenvolver condições para a independência e o auto-cuidado; Promover o acesso à rede de qualificação e requalificação profissional com vistas à inclusão produtiva. A partir desses objetivos, a PNAS buscar causar determinados impactos sociais, tais como contribuir com os fatores abaixo relacionados: Impacto Social Esperado: Redução das violações dos direitos socioassistenciais, seus agravamentos ou reincidência; Redução da presença de pessoas em situação de rua e de abandono; Indivíduos e famílias protegidas; Construção da autonomia; Indivíduos e famílias incluídas em serviços e com acesso a oportunidades; Rompimento do ciclo da violência doméstica e familiar.

13 DESAFIOS INTRÍNSECOS AO ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL Segundo o ACNUR, os principais problemas enfrentados pelos refugiados que chegam ao Brasil estão relacionados à moradia e ao trabalho. Em relação ao trabalho, as dificuldades enfrentadas são os baixos salários, a falta de qualificação profissional, carteira de trabalho não assinada, demora na emissão dos documentos e a própria dificuldade em encontrar emprego. Na área de moradia, os maiores problemas são os altos preços dos aluguéis e as exigências burocráticas das imobiliárias, como fiador e comprovação de renda. A questão da moradia corresponde um grande problema para os refugiados que chegam aos centros urbanos no Brasil, pois não existe uma política de moradia para refugiados no país. Todavia, percebemos que a habitação, dentre outras, é uma questão relevante para a autonomia e estabilidade dos refugiados no país, isso se dá como consequência da não existência de política pública específica para estes indivíduos. Diante destes fatores, a questão da vulnerabilidade aumenta, o queal leva este segmento a compor o público da política de assistência social no Brasil. Diante da situação de rua, os refugiados chegam aos equipamentos da assistência social de alta complexidade, onde então enfrentam alguns obstáculos para seu acesso e permanência. Por isso, neste artigo, dizemos que estes são fatores intrínsecos ao acolhimento institucional que é uma modalidade de serviço socioassistencial pertencente a proteção social especial. Como já apontamos aqui, consideramos a experiência vivenciada no equipamento público do município do Rio de Janeiro, onde não dispõe de locais de acolhimento institucional específicos para os refugiados em situação de extrema vulnerabilidade. Por isto, estes são encaminhados para os equipamentos públicos do município e acolhidos nas mesmas instituições que os brasileiros, e por vezes, não conseguem se adequar às normas estabelecidas. De acordo com a realidade da URS Plínio Marcos, destacamos fatores intervenientes para a garantia dos direitos dos refugiados tais como: ausência de normativa que regulamenta a metodologia/diretriz de trabalho específico, a falta de qualificação dos profissionais que atuam na política de assistência social e demais políticas sociais, a

14 14 estigmatização sofrida, os diferentes idiomas, comprovação de escolaridade, dificuldades de inserção no mercado de trabalho, dentre outros. Deste modo, separamos os mais evidentes no cotidiano de trabalho: Ausência de metodologia específica de trabalho No município do Rio de Janeiro, o acolhimento do refugiado se dá conforme os procedimentos adotados para os demais usuários previsto na Tipificação dos Serviços Socioassistenciais da PNAS, não havendo uma metodologia específica para este segmento. Também não há normativa que estabelece critérios que indicam a criação de unidades especializadas para atendimento ao segmento refugiado, embora a Tipificação aponte que o acolhimento poderá ser desenvolvido em local específico. Como consequência disto, não se tem uma metodologia específica de trabalho voltado para o público estrangeiro em situação de refúgio. Necessidade de qualificação dos profissionais Infelizmente, o que observamos na prática, é um corpo de profissionais que não possui capacitação permanente para atuação na política de assistência social. Isto ocorre para profissionais de todos os níveis, desde o motorista até o profissional de nível superior que digere a unidade. Tal fator pode interferir na garantia dos direitos dos usuários destes serviços, dada a desqualificação e, muitas vezes, despreparo para atuar em situações específicas no cotidiano do trabalho social que requer um olhar mais atento e qualificado sobre as questões apresentadas pelo segmento refugiado. O idioma De imediato, a barreira com o idioma se revela como um grande obstáculo, pois como já apontamos, não há profissionais com competência para compreender outros idiomas, além da língua materna. Assim como, por parte dos refugiados, também não notamos a presença daqueles que se comunicam em português. Nestas situações, o serviço se vê refém daquele profissional que consegue minimamente compreender e se expressar em outra língua.

15 15 O tratamento de saúde Outro fator que é consequente deste é o acesso e permanência aos equipamentos públicos de saúde para tratamento de saúde física ou mental. Devido suas histórias de vida, muitos chegam doentes, com depressão e em processo de sofrimento psíquico com sérios prejuízos a saúde. A saudade de familiares e ou perda destes, são as principais causas deste sofrimento. Há por parte da grande maioria, dificuldade para abordar sobre suas histórias em virtude dass violências sofridas, além do fato de se expressarem em outro idioma, onde muitos profissionais de saúde se sentem inseguros nos procedimentos, como, por exemplo, na prescrição de medicamentos e elaboração de diagnósticos. A escolarização e a profissionalização A escolarização e profissionalização ainda são grandes desafios que se apresentam, pois como muitos abandonam seus países de origem de forma súbita, nem sempre dispõem de documentação comprobatória de suas escolaridades. Em outros casos, quando possuem documento, a validação deste no Brasil nem sempre se dá de forma acessível a todos, pois há custos financeiros. O interesse pela aprendizagem do nosso idioma também nem sempre é bem aceito pelos refugiados. Logo, a escolarização se torna uma tarefa difícil, tendo em vista que demanda tempo razoável e dedicação dos mesmos. Além do fato de serem poucas as instituições que oferecem gratuitamente aprendizagem do português para estrangeiros na área de abrangência/território, sobretudo oferecendo certificação válida no país. A empregabilidade Sobre o acesso ao mercado de trabalho, podemos informar que fatores como: não reconhecimento do ofício exercido no país de origem, ausência de experiências em trabalhos anteriores, receio sobre o tempo de permanência do refugiado no Brasil, e, principalmente o idioma, são obstáculos encontrados pelos refugiados para ingressar no mercado formal de trabalho. É importante destacar que algumas empresas possuem parceria com o Ministério do Trabalho e Renda para admissão de refugiados, desde que os mesmos consigam se comunicar bem em nossa língua e estejam regulares no país (sai da condição de solicitante de refugio e torna-se refugiado).

16 16 A questão cultural Em alguns casos, por conta da religião e costumes agregados à sua história de vida, muitos destes usuários acabam não se adaptando às normas da instituição, e por este motivo são desligados do equipamento. Costumes, tais como hábitos alimentares, ritos religiosos, medos e o consumo de substâncias psicoativas são exemplos de impasses no atendimento pela equipe. O estigma Ainda que tenhamos avançada lei de proteção aos refugiados, o desconhecimento sobre os direitos dos solicitantes de refúgio e refugiados produz preconceito com este segmento. Infelizmente, é comum pensar nos refugiados como pessoas que cometeram atos ilícitos em seu país de origem e, por este motivo, são perseguidos e não podem mais retornar. Logo, na visão do senso comum, merecem ser tratados com desprezo e pode ocorrer novamente a violação de seus direitos humanos. Ou, em outras situações, são visto como pessoas que retiram empregos dos brasileiros, diante de uma realidade atual de forte instabilidade econômica, cujo acesso ao mercado de trabalho formal tem se mostrado bastante restritiva. Aliados a isto, a xenofobia e o racismo marcam a historia da sociedade brasileira, traduzindo-se num fator negativo para a integração dos refugiados no país. Estes apontamentos revelam que a política de assistência social, precisa ser revista e melhor adequar às questões, como as apresentados aqui. 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante do que foi exposto neste artigo foi possível observar que a implementação efetiva da lei 9.474/1997, implica na articulação e adequação de outras políticas, como por exemplo, a PNAS. Assim, esse fenômeno representa um desafio novo na agenda governamental, gerando demandas específicas para os serviços socioassistenciais do Sistema Único da Assistência Social, sobretudo a necessidade de uma política especifica devido situação de intensa vulnerabilidade apresentada apor este segmento.

17 17 Apesar da realização de alguns programas sociais, poucas políticas são desenvolvidas para solucionar o problema da situação de rua, como é o caso dos abrigos temporários e os albergues que, de um modo geral, são considerados insuficientes para suprir a demanda dessa população. Podemos notar que por parte do Estado não há devida preocupação com o reconhecimento desta população como alvo de ações efetivas. Logo, percebemos que políticas públicas precisam ser criadas e implementadas com a perspectiva de garantir condições de exercício da dignidade destes sujeitos. A formulação e implantação de políticas públicas voltadas para esse segmento é de extrema importância para diminuir os problemas sociais, de saúde e de segurança sofridos pelos refugiados e também diminuir os problemas advindos da própria situação e que afetam todo o resto da sociedade. No entanto, sabemos que política de assistência social sozinha não será capaz de superar esta questão. Isto porque, se apresenta como fruto das desigualdades sociais existentes em nosso país, marcada violência estrutural e simbólica presente nas sociedades capitalistas, fortemente marcadas pelas relações desiguais, que tende a invisibilizar sujeitos. 4 REFRÊNCIAS BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Senado Federal, Brasília, Lei 8.742/1993, Lei Orgânica da Assistência Social. Brasília, MPAS/SAS, Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Secretaria Nacional de Assistência Social. Resolução CNAS nº 109 de 11 de novembro de 2009 Tipificação nacional de Serviços Socioassistenciais - Brasília, Reimpressão Ministério da Justiça e Segurança Pública. Disponível em < Acesso em 19 ago de Política Nacional de Assistência Social PNAS/2004; Norma Operacional Básica NOB/Suas. Brasília: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Secretaria Nacional de Assistência Social, 2005.

18 18. Política Nacional para a População em Situação de Rua, instituída pelo Decreto n de 23 de dezembro de Brasília: Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. LEI Nº 9.474, DE 22 DE JULHO DE Define mecanismos para a implementação do Estatuto dos Refugiados de 1951, e determina outras providências. Brasília, DF. Disponível em: < >. Acesso em 28 jul BÓGUS, Lúcia Maria Machado e RODRIGUES, Viviane Mozine. Os refugiados e as políticas de proteção e acolhimento no Brasil: História e Perspectivas. In: Dimensões, vol. 27, 2011, p ISSN: FREITAS, Jeane Silva de. Os desafios na proteção dos direitos humanos dos refugiados no sistema brasileiro. In Boletim Mundorama No. 67 Março/2013. Disponível em: Acesso em: Acesso em: 09 ago JUBILUT, Liliana Lyra. O Direito internacional dos refugiados e sua aplicação no orçamento jurídico brasileiro. São Paulo: Método, LEÃO, Renato Zerbini Ribeiro. O Brasil e o instituto do refúgio: uma análise após a criação do comitê nacional para os refugiados CONARE. Revista do Instituto Brasileiro de Direitos Humanos, v.5, n.5, p MOURA, Camila Santos Barros. Crise humanitária de refugiados: obstáculos e desafios existentes no Brasil Disponível em: < Acesso em: Acesso em: 09 ago PIOVESAN, Flávia. A universalidade e a indivisibilidade dos direitos humanos: desafios e perspectivas. In: BALDI, César Augusto (org.). Direitos Humanos na sociedade cosmopolita. Rio de Janeiro: Renovar, 2004.

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