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1 Assistente estagiário da FDUAN, pesquisador convidado no ILPI. O Processo de Concessão de Direito de Asilo: Uma Perspectiva Comparativa entre Angola e Noruega Riveraldo Adolfo

2 SUMÁRIO i. Parte introdutória ii. Generalidades iii. O Processo de concessão de direito de asilo (comparação entre o sistema angolano e norueguês) iv. Conclusão v. Bibliografia

3 Introdução Os direitos humanos são uma realidade que reclama protecção por parte de todos os Estados, de tal modo que, em caso de violação ou fortes ameaças de violação de direitos humanos dos indivíduos, estes poderão procurar protecção em outros países. Estes indivíduos que sendo forçados a fugir dos seus países por aí não encontrarem protecção ou segurança contra a perseguição ou violência, denominam-se refugiados.

4 Ora, a protecção internacional efectiva-se mediante um procedimento destinado a determinar se, em determinadas circunstâncias, o requerente de asilo deve beneficiar de protecção, em atenção aos fundamentos estabelecidos na legislação interna, que é diferente de país para país. Este facto constitui, pois, o objecto do presente artigo, isto é, saber quais são os pontos de diferenciação entre os sistemas angolano e norueguês de concessão de direito de asilo, à luz da Lei n.º 10/15 de 17 de Junho, Lei sobre o Direito de Asilo e o Estatuto do Refugiado de Angola, e a Lei da Imigração Norueguesa (Norwegian Immigration Act) de 15 de Maio de 2008.

5 Objectivo e Método O presente artigo tem como objectivo compreender as diferenças entre os sistemas angolano e norueguês de concessão de direito de asilo, empregando, para tal, o método descritivo comparativo.

6 Generalidades O direito ao asilo é um direito humano, cuja fundamentação está intrinsecamente ligada à ideia de segurança do indivíduo em relação a situações de violação ou fortes possibilidades de violação dos seus direitos humanos. Nesta perspectiva, os indivíduos cuja segurança esteja em risco, não querendo ou não dispondo da possibilidade de encontrar protecção nos respectivos países de origem ou residência, são forçados a abandoná-lo e procurar protecção noutros países.

7 Moreira, Vital e outros, a convenção de Genebra relativa ao estatuto dos refugiados define o refugiado como a pessoa que, se encontrando fora do país da sua nacionalidade ou da sua residência habitual, tem o receio fundado de ser perseguido em razão da sua etnia, religião, nacionalidade, filiação em determinado grupo social ou das suas opiniões políticas, e que não pode ou não quer a protecção deste país, assim como aí regressar, devido ao medo de perseguição.

8 Os principais instrumentos de regulação no panorama internacional são, entre outros, a Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948, a Convenção de Genebra Relativa ao Estatuto dos Refugiados de 1951, o Protocolo Relativo ao Estatuto dos Refugiados de 1967, e a Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos Humanos dos Indivíduos que Não São Nacionais dos países em que vivem, de Os instrumentos internacionais são na generalidade, a base para a construção dos regimes jurídicos internos dos Estados, em matéria de refugiados, que têm como função a criação de normas jurídicas procedimentais que assegurem a efectiva aplicação daqueles diplomas internacionais, assim como reafirmar as disposições materiais estabelecidas nos instrumentos internacionais de que sejam partes, podendo, por isso, resultar em sistemas diferentes.

9 Comparação entre os Sistemas Angolano e Norueguês Critério Sistema Angolano Sistema Norueguês Fundamento para concessão do direito de asilo (perseguição ou receio de perseguição em função de) 1. Actividade em prol da democracia, paz, liberdade ou direitos humanos; 2. Raça, nacionalidade, religião, opinião política ou filiação em certo grupo social; 3. Ocorrência de agressões ou ocupações externas; 4. Violência indiscriminada e violações generalizadas de direitos humanos; 5. Calamidades naturais. 1. Sujeição à pena de morte ou outros tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes; Razões humanitárias ou fortes ligações com a sociedade norueguesa; Protecção contra violações de direitos humanos perpetrados por autores não estatais.

10 Critério Sistema Angolano Sistema Norueguês Direitos dos requerentes de asilo 1. Permanência temporária; 2. Informação (prestada pela entidade migratória) 3. Intérprete e assistência jurídica (limitada ao processo); 4. Preservação da unidade familiar; 5. Saúde, alojamento e alimentação e educação Informação (prestada por um ente independente); 3. Intérprete e assistência jurídica (limitada a 5 horas);

11 Critério Sistema Angolano Sistema Norueguês Limitações impostas aos requerentes de asilo 1. Proibição de se ausentar do Centro de Acolhimento sem autorização; 2. Obrigação de informar sobre a residência caso não queiram morar nos centros de acolhimento; 3. Proibição do exercício de actividade laboral remunerada Restrições ao direito ao trabalho.

12 Critério Sistema Angolano Sistema Norueguês Entidades intervenientes na instância administrativa do processo de concessão de direito de asilo 1. Autoridade migratória Ministério do Interior (instrutório e decisório); 2. Conselho Nacional para os Refugiados (consultivo). 1. Unidade de Polícia de Imigração (instrução); 2. Autoridade Migratória UDI (instrução e decisão); 3. Instância de Recurso em Matéria de Imigração (UNE)

13 Critério Sistema Angolano Sistema Norueguês Procedimento administrativo de concessão de direito de asilo 1. Adopta procedimentos generalistas; 2. Não atende à origem nem às especificidades dos requerentes de asilo na determinação do procedimento aplicável. 1. Adopta procedimentos generalistas e especifistas; 2. Atende à origem e às especificidades dos requerentes de asilo na determinação do procedimento aplicável.

14 Conclusão As construções normativas dos Estados variam de acordo com os seus valores, a vontade política dos governos, bem como os contextos sociais vividos em cada um dos países. Os aspectos citados originam a que sistemas com uma mesma base ou origem comum, tenham desenvolvimentos diferenciados na aplicação interna dos Estados. Tal é o caso dos sistemas angolano e norueguês de concessão de direito de asilo que, apesar de partirem de uma base comum, isto é, a Convenção de Genebra, tiveram um desenvolvimento diferenciado, apesar de apresentarem pontos comuns.

15 Nesta perspectiva, da análise efectuada aos principais diplomas reguladores dos processos de concessão de direito de asilo, resulta que os sistemas angolano e norueguês diferem em vários aspectos, nomeadamente, quanto aos fundamentos para a concessão do direito de asilo, quanto aos direitos reconhecidos aos requerentes de asilo, bem como em relação às entidades intervenientes no processo decisório. Os dois sistemas diferem, igualmente, quanto aos procedimentos adoptados para a concessão do direito de asilo, sendo que um é mais generalista e outro mais específico.

16 Bibliografia 1. Angola, Constituição da República, 2010; 2. Angola, Lei N.º 10/15 de 17 de Junho; 3. Noruega, Constituição de 17 de Maio de 1814; 4. Noruega, Lei de Imigração de 15 de Maio de 2008; 5. Moreira, Vital e Outros, Compreender os Direitos Humanos Manual dos Direitos Humanos, Coimbra Editora, 2014; 6. Hostmælingen, Njål, Direitos Humanos Num Relance, Edições Sílabo, 2016; 7. Mekonen, Daniel R., Refugees and IDP, apresentação feita em sede do ODC,

17 OBRIGADO

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