REGULAMENTO DO HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DOS ESTABELECIMENTOS DE VENDA AO PÚBLICO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DO CONCELHO DE FAFE
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- Luca Araújo Dreer
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1 REGULAMENTO DO HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DOS ESTABELECIMENTOS DE VENDA AO PÚBLICO E DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DO CONCELHO DE FAFE
2 ÍNDICE REMISSIVO. Artigo 1º - Lei Habilitante. Artigo 2º - Âmbito CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS CAPÍTULO II REGIME DE FUNCIONAMENTO. Artigo 3º - Classificação dos estabelecimentos. Artigo 4º - Regime geral de funcionamento. Artigo 5º - Regime de funcionamento permanente. Artigo 6º - Regime especial de funcionamento das grandes superfícies.artigo 7º - Regime especial de funcionamento. Artigo 8º - Alargamento do horário de funcionamento. Artigo 9º - Período de encerramento. Artigo 10º - Definição do horário de funcionamento e afixação do mapa. Artigo 11º - Medidas de Polícia CAPÍTULO III FISCALIZAÇÃO E REGIME SANCIONATÓRIO. Artigo 12º - Fiscalização. Artigo 13º - Contraordenações e coimas CAPÍTULO IV DISPOSIÇÕES FINAIS. Artigo 14º - Normas supletivas e interpretação. Artigo 15º - Norma revogatória. Artigo 16º - Entrada em vigor
3 Nota Justificativa Com a publicação do Decreto-Lei n.º 48/2011, de 1 de Abril, que instituiu o Licenciamento Zero e republicou o Decreto-Lei n.º 48/96, de 15 de Maio, o Governo redefiniu alguns dos princípios gerais, no sentido de simplificar a atribuição de horário de funcionamento aos estabelecimentos comerciais. Incluíram-se os horários das grandes superfícies comerciais, localizadas ou não em centros comerciais, no regime geral previsto no Decreto-Lei n.º 48/96, e, descentralizou-se a decisão de alargamento ou restrição dos limites horários dessas superfícies nos municípios. Por outro lado, o horário de funcionamento de cada estabelecimento, as suas alterações e o mapa de horário de funcionamento não estão sujeitos a licenciamento, a autorização, a autenticação, a validação, a certificação, a actos emitidos na sequência de comunicações prévias com prazo, a registo ou a qualquer outro ato permissivo. O titular da exploração do estabelecimento apenas deve proceder à mera comunicação prévia, no Balcão do Empreendedor, do horário de funcionamento bem como das suas alterações. Proíbe-se o licenciamento de horários de funcionamento e cria-se a figura de mera comunicação prévia de horário de funcionamento por via electrónica, desmaterializando-se procedimentos. Assim sendo, e nos termos do disposto no artigo 4º do Decreto-Lei nº 48/96, de 15 de maio, na redacção conferida pelo Decreto-Lei 48/2011, de 1 de abril, apresenta-se a presente proposta de.
4 CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Artigo 1º Lei habilitante O presente Regulamento é elaborado ao abrigo do disposto no artigo 241.º da Constituição da República Portuguesa, no uso das competências previstas na alínea a), do nº 2, do artigo 53º, na alínea a), do n.º 6, do artigo 64.º, ambas da Lei nº 169/99, de 18 de setembro, na redação da Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro e, ainda, em cumprimento do disposto no Decreto-Lei nº 48/96, de 15 de maio, alterado e republicado pelo Decreto-Lei nº 48/2011, de 1 de abril. Artigo 2º Âmbito O período de funcionamento dos estabelecimentos comerciais de venda ao público e de prestação de serviços, situados no Concelho de Fafe, incluindo os localizados em centros comerciais e as grandes superfícies comerciais, rege-se pelas disposições do presente Regulamento. CAPÍTULO II REGIME DE FUNCIONAMENTO Artigo 3º Classificação dos estabelecimentos Para efeitos de fixação dos respetivos períodos de funcionamento, os estabelecimentos classificam-se de acordo com a seguinte tipologia: 1- Designam-se por estabelecimentos do Tipo I: a) Supermercados, mini-mercados, mercearias e outras lojas especializadas em produtos alimentares; b) Estabelecimentos de frutas e legumes, talhos, peixarias e charcutarias; c) Depósito de pão; d) Estabelecimentos similares aos das alíneas anteriores.
5 2- Designam-se por estabelecimentos do Tipo II: a) Pronto-a-vestir, boutiques, sapatarias, perfumarias, retrosarias e marroquinarias; b) Estabelecimentos de venda de eletrodomésticos e de material fotográfico; c) Clubes de Vídeo; d) Agências de viagens e agências de aluguer de automóveis; e) Imobiliárias; f) Ourivesarias, joalharias e relojoarias; g) Estabelecimentos de venda de material ótico; h) Papelarias e livrarias; i) Estabelecimentos de venda de ferragens, ferramentas e drogarias; j) Estabelecimentos de venda de mobiliário e utilidades para o lar; k) Lavandarias e tinturarias; l) Floristas; m) Barbearias, cabeleireiros, esteticistas, institutos de beleza e manutenção física e estabelecimentos análogos; n) Estabelecimentos similares aos referidos nas alíneas anteriores. 3 - Designam-se por estabelecimentos do Tipo III: a) Oficinas de reparação de automóveis e de recauchutagem de pneus; b) Oficinas de reparação de calçado; c) Marcenarias e carpintarias; d) Oficinas de reparação de móveis; e) Oficinas de reparação de eletrodomésticos; f) Estabelecimentos de venda e transformação de materiais destinados à construção civil; g) Estabelecimentos similares aos referidos nas alíneas anteriores. 4 - Designam-se por estabelecimentos do Tipo IV: a) Restaurantes, marisqueiras, pizzarias, churrasqueiras, self-services, casas de pasto e snack-bares;
6 b) Bares, cafés, cafetarias, pastelarias, leitarias, casas de chá, gelatarias, cervejarias; c) Taberna; d) Salões de jogos; e) Cinemas, teatros e outras casas de espectáculos; f) Estabelecimentos designados de lojas de conveniência que reunam os requisitos definidos na Portaria nº 154/96, de 15 de maio; g) Estabelecimentos similares aos referidos nas alíneas anteriores. 5 - Designam-se por estabelecimentos do Tipo V: a) Discotecas; b) Clubes; c) Boites; d) Pubs; e) Casas de fado; f) Estabelecimentos similares aos referidos nas alíneas anteriores. Artigo 4 Regime geral de funcionamento 1 - Sem prejuízo do regime especial estabelecido para atividades não expressamente especificadas, os estabelecimentos abrangidos pelo presente Regulamento têm um horário de funcionamento estabelecido de acordo com os seguintes limites: a) Os estabelecimentos do tipo I podem funcionar entre as 08:00 e as 22:00 horas, todos os dias da semana; b) Os estabelecimentos do tipo II podem funcionar entre as 08:00 e as 22:00 horas, todos os dias da semana; c) Os estabelecimentos do tipo III podem funcionar entre as 08:00 e as 22:00 horas, todos os dias da semana. d) Os estabelecimentos do tipo IV podem funcionar entre as 07:00 e as 02:00 horas, todos os dias da semana.
7 e) Os estabelecimentos do tipo V podem funcionar entre as 10:00 e as 06:00 horas, todos os dias da semana. 2- Os estabelecimentos localizados em centros comerciais assim como as grandes superfícies comerciais podem praticar o horário de funcionamento correspondente ao grupo a que pertencem. 3- Os estabelecimentos situados em locais onde se realizem arraiais ou festas populares poderão manter-se em funcionamento enquanto durarem as festividades, de acordo com o programa das festas. 4- Os estabelecimentos situados no interior do mercado municipal ficam sujeitos aos limites dos horários de funcionamento fixados no respectivo Regulamento, sem prejuízo de, se tiverem entrada autónoma e independente, lhes ser permitido praticarem o horário de funcionamento correspondente ao grupo a que pertencem. 5- Por força da tutela do direito ao sossego e tranquilidade dos cidadãos as esplanadas anexas aos estabelecimentos de restauração e bebidas, só poderão estar em funcionamento até às dos dias úteis da semana e até à hora ao fim de semana. 6- Os estabelecimentos poderão adoptar quaisquer horários de funcionamento que se compreendam entre os limites mínimos e máximos previstos no presente artigo, sem prejuízo da possibilidade de procederem a alteração do respectivo horário, dentro dos limites acima referidos, estando, neste caso, sujeitos ao procedimento de mera comunicação prévia, a submeter através do balcão do empreendedor. Artigo 5 Regime de funcionamento permanente Poderão funcionar com carácter de permanência: a) As estações de serviço e os postos de venda de carburantes e lubrificantes; b) As farmácias, devidamente, escaladas, segundo legislação aplicável; c) Os estabelecimentos hoteleiros e meios complementares de alojamento turístico; d) Os consultórios/ clínicas médicas e de enfermagem; e) Clinicas veterinárias; f) Os parques de estacionamento e garagens de recolha; g) Agências funerárias.
8 Artigo 6 Estabelecimentos com atividades diferenciadas Os estabelecimentos com atividades diferenciadas adoptarão um período de funcionamento que cumpra os limites regulamentarmente fixados para o grupo em que se insira a sua atividade principal. Artigo 7º Regime especial de funcionamento 1 Na época de Natal, durante o mês de dezembro, os estabelecimentos mencionados nos Grupos I e II, podem estar abertos entre as horas e as 24:00 horas. 2 Na passagem de ano os estabelecimentos integrados no V Grupo podem funcionar ininterruptamente. 3 De igual forma, nos dez dias anteriores ao Carnaval, Páscoa, Feiras Francas e Festas da Cidade, os estabelecimentos mencionados no número 1 do presente artigo, podem estar abertos entre as horas e as 24:00 horas. 4 No período compreendido entre 1 de junho e 30 de setembro, os estabelecimentos a que reporta as alíneas a), b) e c) do Grupo IV poderão funcionar com uma hora acrescida. 5 A ocorrência de queixas e reclamações, desde que fundamentadas e procedentes, determina a prática do regime normal de funcionamento. Artigo 8º Alargamento do horário de funcionamento 1 Sem prejuízo do referido no artigo anterior, a requerimento do interessado ou por decisão da Câmara Municipal pode alargar-se os limites fixados no artigo 4º para os estabelecimentos do Tipo IV, alíneas a), b), c) e e), e Tipo V, desde que se verifiquem cumulativamente os seguintes requisitos: a) Se trate de estabelecimentos que se situem em locais em que os interesses de atividades comerciais ligadas ao turismo, à cultura e desporto ou outros devidamente fundamentados; b) Não constituam motivo perturbador da segurança, tranquilidade e repouso dos munícipes;
9 c) Sejam respeitadas as caraterísticas sócio-culturais e ambientais da zona em que os estabelecimentos estejam inseridos, bem como as condições de circulação e estacionamento. 2 O alargamento do horário não poderá ser concedido a estabelecimentos do tipo IV ou V que se encontrem instalados em zonas predominantemente residenciais ou em edifícios sujeitos a propriedade horizontal, geminados ou em banda contínua. 3 A alteração dos fundamentos que determinaram a autorização de alargamento do horário implica a revogação da autorização concedida, sendo o interessado notificado da proposta de decisão para se pronunciar sobre os fundamentos invocados no prazo de 8 dias. 4 Mantendo-se a decisão de revogação da autorização, deverá o estabelecimento em causa retomar o cumprimento do horário que lhe é aplicável nos termos do artigo 4. 5 A Junta de Freguesia, a autoridade policial local e as Associações de consumidores, sindicais e patronais com representação no município, deverão ser ouvidas antes da decisão de autorização de alargamento de horário. Artigo 9º Período de encerramento 1 Para efeitos do presente Regulamento considera-se que o estabelecimento está encerrado quando tenha a porta fechada e não se permita a entrada de clientes, cesse o fornecimento de qualquer bem ou a prestação de qualquer serviço no interior ou para o exterior do estabelecimento e não haja música audível do exterior. 2 Decorridos trinta minutos após o horário de encerramento, fixado no respectivo mapa, é proibida a permanência no interior do estabelecimento de quaisquer pessoas estranhas ao mesmo, com excepção daqueles que estejam a proceder a trabalhos de limpeza. 3 É permitida a abertura 1 hora antes do horário normal de funcionamento, para fins exclusivos e comprovados de abastecimento do estabelecimento. Artigo 10º Definição do horário de funcionamento e afixação do mapa 1- A fixação do horário de funcionamento do estabelecimento terá que ser objeto de comunicação prévia no Balcão do Empreendedor, simultaneamente à abertura do estabelecimento.
10 2 Os exploradores dos estabelecimentos podem alterar o respetivo horário de funcionamento, dentro dos limites fixados nos números anteriores, estando, contudo, sujeito ao procedimento de mera comunicação prévia, no Balcão do Empreendedor. 3 O mapa do horário de funcionamento deve ser afixado em local visível do exterior e deve especificar de forma legível as horas de abertura e o encerramento diário, bem como a referência aos períodos de encerramento e de descanso semanal. 4 O modelo do mapa de horário de funcionamento será disponibilizado no Balcão do Empreendedor. 5 Consideram-se nulos e de nenhum efeito os mapas de horários que não obedeçam ao modelo aprovado e que tenham sido objecto de rasuras, emendas ou alvo de qualquer adulteração. Artigo 11º Medidas de Polícia Sempre que o funcionamento de um estabelecimento afecte a ordem ou a tranquilidade pública e o repouso e a qualidade de vida dos cidadãos, deverão os interessados dirigirem as suas queixas à Câmara Municipal, entidade competente para adoptar a medida de polícia adequada, designadamente a redução do horário de funcionamento do estabelecimento em apreço. CAPÍTULO III FISCALIZAÇÃO E REGIME SANCIONATÓRIO Artigo 12º Fiscalização 1- Sem prejuízo das competências legalmente atribuídas a outras entidades compete a Câmara Municipal de Fafe a fiscalização do cumprimento das normas do presente Regulamento. Artigo 13º Contraordenações e coimas 1- Constitui contraordenação punível com coima: a) De 150,00 a 450,00 para pessoas singulares e de 450,00 a 1 500,00 para pessoas
11 colectivas, a falta de mera comunicação prévia do horário de funcionamento, bem como das suas alterações e a falta da afixação do horário de funcionamento em violação do disposto nos nºs 1e 2 artigo 10º. b) De 250,00 a 3 740,00 para pessoas singulares e de 2 500,00 a ,00 para pessoas colectivas, o funcionamento fora do horário estabelecido. 2- A instrução dos processos de contraordenação, bem como a aplicação das coimas e sanções acessórias, competem ao presidente da câmara municipal da área em que se situa o estabelecimento. 3- Em caso de reincidência e quando a culpa do agente e a gravidade da infração o justifiquem, para além das coimas previstas no nº 1, pode ser aplicada a sanção acessória de encerramento do estabelecimento durante um período não inferior a três meses e não superior a dois anos. CAPÍTULO IV DISPOSIÇÕES FINAIS Artigo 14.º Normas supletivas e interpretação 1 Em tudo o que não estiver previsto no presente Regulamento, aplicar-se-á o disposto no Decreto-Lei n.º 48/96 de 15 de maio, Portaria n.º 153/96 de 15 de maio e demais legislação aplicável, com as devidas adaptações. 2 As dúvidas e casos omissos suscitados na aplicação das disposições deste regulamento serão resolvidos pela Câmara Municipal. Artigo 15º Norma revogatória São revogadas as normas constantes do Regulamento do Horário de Funcionamento dos Estabelecimentos de Venda ao Público e de, aprovado pela Assembleia Municipal na sessão de
12 Artigo 16º Entrada em vigor O presente Regulamento entra em vigor 15 dias após a sua publicação.
Artigo 1.º. Alterações. Os artigos 1.º, 2.º, 3.º, 4.º, 5.º e 6.º passam a ter a seguinte redação: «Artigo 1.º [...]
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