Dorso Claro Cinzento.



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Transcrição:

Nesta edição: VOLUME 3, NÚMERO 5 Como fazer uma gaiola fotográfica 1 Dorso Claro Cinzento 1 Porquê fazer a substituição dos ovos 2 O periquito de dorso vermelho 3 A genética dos POA s 4 Como fazer uma gaiola fotográfica Vamos construir uma gaiola fotográfica com as dimensões de: 30 x 30 x 40 cm. MATERIAL NECESSÁRIO: Serra circular ou serrote; Serra de recortes (eléctrica ou manual); Berbequim; 18 parafusos finos para madeira de 3 cm de comprimento; 2 parafusos finos para madeira de 1 cm de comprimento; 2 lâmpadas fluorescentes de 34 cm, 8 watts e luz de dia (fáceis de encontrar Dorso Claro Cinzento no Aki, Bricomarché e lojas similares); 1 vara redonda de madeira para os poleiros (ou outro material. Por exemplo, para um ar mais natural, utilizar um pequeno ramo de árvore com folhas pequenas) 2 peças laterais de madeira com 1,5 cm de espessura com 30 x 44 cm; 1 peça traseira de madeira com 1,5 cm de espessura com 27 x 35,5 cm; 1 peça frontal de madeira com 1,5 cm de espessura com 27 x 34 cm; 1 peça para a tampa de madeira com 1,5 cm de espessura com 27 x 28,5 cm; 1 peça para a base (madeira com 0,5 cm de espessura) com 27 x 30 cm; MAIO DE 2009 NOTA: As peças de madeira podem ser cortadas com a ajuda da serra circular, ou, para um trabalho de corte melhor executado, pedir o seu corte numa loja da especialidade. Cartolina, da cor que mais gostarmos, cortada com as dimensões de 26,5 cm de largura x 33,5 cm de altura; Cola de contacto. EXECUÇÃO: 1. Com o auxílio de um berbequim efectuar quadro furos de cada lado das placas laterais, junto ao lado mais alto (a broca utilizada deve ter o mesmo diâmetro que os parafusos); 2. Colocar cola de contacto na parte interior do lado onde se fizeram os furos e proceder do mesmo modo para a frente e traseira, nos locais onde irão encostar as laterais (também com cola); 3. Esperar 15 minutos, colar as partes e aparafusá las. (Continua no próximo número) A água de beber para as aves 5 Feira de Verão: inscrições 6 Anilhas comerciais: 2009 6 O que é o grit? 6 No seguimento do artigo O Diamante Mandarim Cinzento, do número 2 da OMNIA PRO AVIS, neste texto irei fazer uma descrição da mutação Dorso Claro Cinzento. Esta mutação apresenta uma redução das melaninas relativamente à mutação Cinzento Clássico. Em ambos os sexos, a cor base é o cinzento pérola; apresentam o bico em vermelho coral e olhos escuros; o traço da lágrima e o traço do bico é preto; a cabeça e a nuca têm a cor cinza e o dorso cinza pérola; o uropígio e o baixo ventre são brancos; as penas da parte superior da cauda são regularmente listadas de preto e branco; as pernas e patas apresentam um laranja avermelhado. Nos machos, as bochechas são de cor de ferrugem, o alto da cabeça é um pouco mais escuro que o dorso, notandose claramente a transição de cores; as asas e remiges são cinzentas pastel sem reflexos castanhos; o peito é constituí (CONTINUA NA PÁG. 2)

Página 2 O boletim informativo «Omnia Pro Avis» deve fazer-se com a participação activa dos associados e traduz, para o exterior, a imagem da AOA. Por isso nunca é demais referir a necessidade da participação efectiva de todos os associados na realização do mesmo. (CONTINUAÇÃO DA PÁG. 1) do por uma banda preta de 3 a 4 mm de altura; a garganta é branca com zebrados pretos e os flancos são de cor de ferrugem com pontos redondos brancos igualmente distribuídos. No caso das fêmeas, as asas e remiges são cinzento pastel; a garganta e o peito são cinzento claro. A criação e selecção desta mutação de Diamantes Mandarins, com o intuito de mostrar as aves em Exposições e Concursos, deverá ter em conta o que é mais apreciado pelos criadores e juízes do país em questão. Ou seja, no caso de Portugal valoriza se o Dorso Claro Cinzento portador de Diluído Cinzento, que provoca uma maior diluição do cinzento ao nível dorso dos machos. Nas fêmeas, tal não se verifica, pois sendo o Dorso Claro uma mutação ligada ao sexo, as fêmeas não podem OMNIA PRO AVIS ser portadoras de Diluído Cinzento. Em Espanha, é mais apreciado o Dorso Claro puro, resultante de um cruzamento de dois Dorso Claro, pelo que o dorso nos machos apresenta uma tonalidade mais escura em comparação com os machos Dorso Claro portadores de Diluído. Para o caso de se pretender efectuar o cruzamento de Dorso Claro com Diluído Cinzento, como existem duas variedades de Diluído, existem portanto duas hipóteses de cruzamento, isto é, Dorso Claro com Diluído linha Inglesa ou Dorso Claro com Diluído linha Continental. Em ambos os casos, os resultados serão os esperados. No entanto, haverá ainda outro tipo de cruzamento a considerar, que consiste em cruzar um Dorso Claro com um Diluído, filho de um Dorso Claro portador de Diluído. Esta ave apresentará a nuca cinzenta escura, pelo que não exibirá as características fenotípicas exigidas para a participação em Exposições ou Concursos. A mutação Dorso Claro poderá ser combinada com muitas outras mutações, dando origem a aves com cores espectaculares. Como exemplos tem se a mutação Peito Negro Dorso Claro Cinzento, a mutação Bochecha Negra Dorso Claro Cinzento, assim como, e uma das minhas preferidas, o Pastel Dorso Claro Cinzento. dos aliciantes da criação de Diamantes Mandarins é a possibilidade de poder efectuar todos estes cruzamento de forma bastante simples, sendo que por vezes nos poderemos surpreender ao obter aves de cores e desenhos admiráveis. Tal sucedeuse comigo nas criações de 2008, ao obter inesperadamente um macho Peito Negro Pastel Dorso Claro Cinzento, surgindo de um cruzamento de dois Dorso Claro, que por certo serão aves com ascendência de Pastel e Peito Negro, resultando na ave da fotografia ao lado. Gaspar Brogueira Porquê fazer a substituição dos ovos? A substituição dos ovos, na criação de aves de gaiola ou aviário é uma prática indispensável para conseguir a eclosão simultânea, ou com poucas horas de diferença, de modo a evitar que as aves nasçam com dias de intervalo. As fêmeas, durante o período de reprodução, colocam, em média, um ovo por dia durante vários dias e, geralmente, após a postura do terceiro ou do quarto ovo é que começam o choco, ainda que a postura não esteja totalmente terminada. O número de ovos postos depende de diversos factores e, sobretudo, varia de espécie para espécie. O início do choco não corresponde normalmente com a postura do primeiro ovo, isto implica que o primeiro ovo eclodirá antes do mais recente, pelo que a primeira cria nascida tende a crescer mais rapidamente e a ser melhor alimentada do que as restantes. Este comportamento resulta normalmente na morte da cria mais jovem, devido a uma alimentação inadequada por parte dos pais, que são levados, pelo instinto, a alimentar as crias mais fortes e que mais alto pedem por comida. Para evitar este problema, é recomendável o uso de ovo falsos, geralmente feitos de plástico e com a cor e o tamanho semelhantes aos reais, que durante a postura substituem os verdadeiros, à medida que estes são postos, e que deverão ser deixados no ninho até à postural do último ovo. Somente quando a fêmea pôs o último ovo, se voltam (CONTINUA NA PÁG. 3)

(CONTINUAÇÃO DA PÁG. 2) a recolocar os ovos no ninho. Assim, asseguramo nos que as crias nascerão em simultâneo, ou com poucas horas de intervalo, evitando se deste modo as diferenças de nascimento entre as várias crias, com todas as consequências negativas que isso traz. Os ovos verdadeiros devem ser armazenados em recipientes concebidos para o efeito e, dada a sua fragilidade, devem ser colocados sobre uma camada de algodão, esponja ou sementes. Os ovos devem ser mantidos em ambiente seco, a uma temperatura constante e devem ser rodados 180 o, pelo menos, uma vez por dia, de modo a garantir que o conteúdo do ovo não se cole às paredes deste. TRADUÇÃO (do italiano): Leote Paixão O Periquito de dorso vermelho DESCRIÇÃO: Comprimento: 270 mm. Peso: Macho 70g (»); Fêmea 60g (»). O macho normal do periquito de dorso vermelho tem uma cabeça verde brilhante, peito e pescoço em tons de azul. A parte inferior das costas é carmesim e o abdómen é amarelo, desmaiando para o branco com alguns tons de verde sob a cauda. As asas são verde azuladas com manchas amarelas nos ombros. As extremidades das rectrizes (penas de voo) são azuis e a cauda é verde com tons de azul. O macho possui ainda uma mancha vermelha no dorso. A fêmea normal é mais monótona, quando comparada com o macho. É maioritariamente verde oliva, com um amarelo baço no pescoço e no peito. Os ombros possuem algumas penas azuis. A parte inferior da cauda é branca com uma matiz de um azul muito pálido. A mancha vermelha do dorso está ausente. DIETA Sementes, incluindo alpista, girassol, sêmola e sementes de gramíneas. Verduras como a alface, sementes germinadas, folhas de dente de leão, sementes de brócolos, folhas de espinafre. Frutos incluindo maçãs e cenouras, etc. Deve dar se milho doce com papa de ovo e suplementos vitamínicos e minerais, durante a época de criação. REPRODUÇÃO Os periquitos de dorso vermelho criam bem em cativeiro. Contudo, para uma reprodução de sucesso, cada casal deve ser separado, isto é, manter somente um casal por gaiola/ aviário. Gostam de um ninho profundo com aproximadamente 17,8 a 20,3 cm de largura/ altura por 35,5 a 45,7 cm de comprimento, com uma entrada redonda ligeiramente maior do que a ave, de modo a ser uma entrada aconchegante. O ninho deve ser colocado na gaiola/ aviário, tão alto quanto possível, mas com espaço suficiente entre ele (cerca de 5 a 7 cm) e o tecto, para que o macho possa poisar enquanto a fêmea cuida dos ovos. Os ninhos devem estar orientados na direcção sudeste ou sudoeste. A base do ninho não deve ser excessivamente grande, pois os ovos podem rolar para as extremidades e gelarem, o que acarretará a morte das crias, quer no ovo quer posteriormente depois de nascidas. Não se deve igualmente colocar muito material para o ninho, pois as crias correm o risco de ficar soterradas. Deve se utilizar aparas de madeira sem pó para forrar o ninho. A fêmea põe geralmente entre 5 a 7 ovos, que são incubados a partir da postura do segundo ovo. A incubação dos ovos durante entre os 19 20 dias. Logo que as crias sejam capazes de se alimentar é aconselhável separá las dos progenitores, pois o macho pode atacar os juvenis, se estes permanecerem com os pais durante muito tempo. Pode mesmo acontecer, que o macho mate as próprias crias quando estas saem do ninho. A única maneira de evitar isto é apanhar os juvenis e colocálos numa caixa com uma frente de rede, pendurá la no aviário e deixar que o macho as alimente através da malha da rede, que deve ser suficientemente larga para isso. As aves encontram se prontas para procriar a partir de um ano de idade. ALIMENTAÇÃO E PREPARA ÇÃO PARA A REPRODUÇÃO À medida que a época da reprodução se aproxima o criador deve ter a certeza de que a ave está desparasitada, pois a presença de parasitas pode interferir com a capacidade da fêmea colocar ovos férteis. É também conveniente subir o nível de proteínas na comida. Na natureza as aves têm um tempo de pausa na postura durante o Inverno, quando a comida é mais difícil de encontrar. As aves não procriam nestas alturas, pois sabem que não haveria comida suficiente para dar às crias. Portanto, à medida que a chuva chega e o tempo mais quente de Primavera, a vegetação exuberante começa a despontar e este é o momento no qual as aves começam a se reproduzir, pois sabem instintivamente que já há comida para alimentar e criar as crias. (CONTINUA NO PRÓXIMO NÚMERO) Página 3 AOA: Educar Criar Preservar Proteger

Página 4 O boletim informativo «Omnia Pro Avis» deve fazer-se com a participação activa dos associados e traduz, para o exterior, a imagem da AOA. Por isso nunca é demais referir a necessidade da participação efectiva de todos os associados na realização do mesmo. A Genética dos POA s O MALHADO RECESSIVO Apesar de ser controlado por uma mutação recessiva, o malhado ou recessivo Dinamarquês como também é conhecido, é um fenótipo muito comum entre os periquitos ondulados criados em cativeiro. Caracteriza se por apresentar a cor do corpo e as marcas negras das asas irregularmente distribuídas. O resultado da mutação (quando em homozigotia) é a eliminação aleatória de melanina em algumas zonas do corpo e asas do periquito. Nas zonas do corpo onde não se forme este pigmento, não se torna visível a cor verde ou azul dando origem ao aspecto malhado. Em periquitos malhados recessivos diferentes o padrão formado pelas marcas das asas pode variar muito. Num extremo podem ser observados malhados recessivos com muitas manchas, assemelhando se a uma ave normal enquanto no outro extremo existem malhados recessivos sem uma única OMNIA PRO AVIS marca negra. O corpo tende a ser mais uniforme quanto à quantidade de cor apresentada. De modo geral, a manchas de cor no corpo encontram se distribuídas pela zona pélvica e nas costas por baixo das asas. Nos periquitos da série verde as marcas negras das asas e as manchas verdes do corpo encontram se distribuída sobre um fundo amarelo. Nas aves da série azul as marcas negras das asas e as manchas azuis do corpo são visíveis sobre um fundo branco. Outra característica típica do fenótipo malhado recessivo, em indivíduos adultos, é a ausência da íris, a circunferência branca em redor do centro negro do olho. O malhado recessivo pode surgir conjugado com qualquer outro fenótipo exceptuando aves albinas ou lutinas visto que o factor ino mascara as cores azul e verde essenciais ao aparecimento de um malhado. Uma vez que a mutação responsável por este fenótipo é recessiva, torna se necessário que o periquito herde duas cópias da mutação (uma de cada progenitor) para que se forme um malhado recessivo. Basta que a ave herde de um progenitor uma cópia do gene alelo do tipo selvagem para que o fenótipo da ave seja normal. Os indivíduos heterozigóticos apresentam um fenótipo normal não sendo visível o aspecto malhado. Curiosamente, estas aves apresentam geralmente uma pequena mancha despigmentada de melanina (amarela ou branca) na parte posterior da cabeça. A tabela seguinte ilustra alguns genótipos e fenótipos possíveis. O gene alelo do tipo selvagem (dominante) vem referenciado pelo símbolo M + enquanto o símbolo utilizado para a mutação (recessiva) será a letra m. Os genes existentes nos cinco loci apresentados na tabela seguinte são responsáveis pela produção de 4050 genótipos diferentes e cerca de 480 fenótipos distintos.

A água de beber para as aves Página 5 Embora as funções da água sejam diferentes das dos nutrientes propriamente ditos, esta deve ser considerada um alimento, enquanto necessária e insubstituível para o ciclo natural da vida e da conservação das espécies. De todos os alimentos, a água é também a de que é mais frequente e regular. Com efeito, enquanto para as outras reservas nutricionais o animal tem reservas mais ou menos relevantes no seu organismo, para a água as reservas directa e imediatamente disponíveis, são praticamente nulas. Somente como o principal componente do organismo, a água tem um papel de primordial importância para a regulação da temperatura corporal através da evaporação cutânea e pulmonar. O corpo dos animais de sangue quente conserva, de facto, uma temperatura constante qualquer que seja a temperatura externa. Portanto, a quantidade de água consumida está em relação directa com a temperatura externa e sobe muito rapidamente quando a temperatura externa atinge valores elevados, na ordem dos mais de 30 o C. Para manter se vivo e para assegurar uma produção normal, o animal tem necessidade de uma boa quantidade de água, pois a sua carência total leva, em breve, à morte do animal. Características qualitativas da água É necessário que a água seja potável e as normas a ter em conta são: Características exteriores: limpa, incolor e inodora; Características químicas: ausência de substâncias químicas tóxicas (amoníaco, nitritos, etc.); Características bacteriológicas: ausência de germes de doenças infecciosas e parasitárias. A dureza da água exprime se convencionalmente em gramas de carbonato (graus franceses o F), ou em gramas de óxido de cálcio (graus alemães o A) por 100 litros de água. A água pode ser classificada, de acordo com a sua dureza, da seguinte forma: Se a água disponível para a ave beber tem menos de 30 o F, pode usar se sem qualquer precaução. Nos restantes casos de dureza superior e 30 o F, pode ser útil recorrer a um tratamento que reduza a dureza da água. As necessidades de água em aves reprodutoras As necessidades são proporcionais ao seu peso, pode considera se aproximadamente quatro vezes maior do que para qualquer outro animal de estimação. Além disso, as aves, tendo dificuldades anatómicas na absorção da água, são obrigados a beber com muita frequência. A necessidade de água aumenta durante a postura e, como para qualquer outra espécie, com o aumento da temperatura exterior. As aves reagem com maior sensibilidade à falta de água, do que à falta de comida e as consequências far se ão sentir ao nível do desenvolvimento da postura. A desidratação é igualmente um dos principais problemas conhecidos que ocorre com o transporte de aves. Nestes casos, o criador deve cuidar numa disposição cuidada do número de bebedouros e com uma iluminação correcta, que possibilite que bebam rapidamente. As aves devem ter à disposição água suficiente, limpa, sem odores estranhos e potável. Quanto às características da água, esta deve ter um baixo índice de cloreto de sódio e uma temperatura ideal situada entre os 12 16 o C. No que diz respeito à pureza, deve ter se presente que a água é um dos mais frequentes veículos de transmissão de infecções, portanto os bebedouros devem ser constantemente limpos e desinfectados. Limpeza: manualmente, com a ajuda de uma escova e água corrente. Seguidamente, mergulhar os bebedouros numa solução de ácido fosfórico a 25%, com cerca de quatro tampas medida por cada litro de água, durante 10/ 15 minutos. Em seguida lavar cuidadosamente e sempre utilizando um pincel de forma a eliminar quaisquer resíduos, onde os germes possam permanecer. Desinfectante: Amuchina ou Stermina G diluídos em água durante, pelo menos, meia hora. Enxaguar e secar, de preferência, sob a luz directa do sol. ARTIGO ORIGINAL: B. Amore TRADUÇÃO (do italiano): Leote Paixão AOA: Educar Criar Preservar Proteger

Feira de Verão: Inscrições Informam se todos os associados interessados em participar nesta actividade, que as inscrições decorrem entre 20 e 31 de Maio, assim distribuídas: 20 a 31 de Maio: inscrições provisórias. 1 a 2 de Junho: verificação da conformidade das inscrições (momento reservado à Direcção). 3 a 5 de Junho: pagamento das inscrições. Chamamos a atenção aos associados, para as seguintes normas de excepção, que vigorarão nas inscrições referentes a esta actividade, tendo em consideração a limitação de espaço (18 m 2 ): A todos os associados participantes será atribuído um número igual de gaiolas, que poderá ser inferior ao número total de aves inscritas. Serão entregues aos associados, até à véspera de início da actividade, as identificações das gaiolas com todas as aves por si inscritas. Cada associado, somente pode utilizar o espaço que lhe está atribuído. Na eventualidade de existência de contingentação é da responsabilidade do associado, ou de alguém por ele designado, a reposição de aves para venda. Não são aceites, sob qualquer pretexto, inscrições de aves fora dos prazos atrás mencionados. No demais, vigoram as normas do RGAA. Quaisquer dúvidas sobre esta actividade, podem ser esclarecidas pelos meios habituais e nos horárias designados. Os associados interessados em participar neste evento deverão solicitar a respectiva ficha de inscrição. Anilhas comerciais 2009 Informam se os associados que utilizaram anilhas comerciais fechadas para marcação das aves de 2009, que deverão fazer entrega junto da Direcção associativa, até ao dia 30 de Maio, do relatório identificativo das mesmas. Após aquela data, as anilhas comerciais não constantes da base de dados associativa, serão taxadas de acordo com a respectiva tabela do RGAA. Os associados deverão informar se das soluções que foram adoptadas sobre as formas de anilhagem para 2009. O que é o grit? O grit, tal como o osso de choco, é talvez o alimento mais utilizado na criação de aves de gaiola e aviário, devido ao fornecimento rico em cálcio e pela função de mó que desempenha dentro do ventrículo das aves. O grit, que geralmente se encontra no comércio, é um composto formado essencialmente por cascas trituradas de ostras, pequenas quantidades de carvão vegetal e outros minerais. Existem dois tipos de GRIT: Grit solúvel: composto de carbonato de cálcio, é absorvido pelo aparelho digestivo e constitui uma importante fonte de cálcio, particularmente naqueles períodos particulares de stress fisiológico, como por exemplo o período da postura. O grit solúvel é composto de cascas trituradas de ostras e, comercialmente, é vendido com pequenas doses de carvão vegetal, que possui a função de regular o intestino absorvendo eventuais substâncias tóxicas presentes no intestino no animal. Grit insolúvel: composto por silicatos, não é absorvido pelo aparelho digestivo da ave e portanto permanece no organismo desempenhando a função de «mó» no interior do ventrículo, facilitando assim a digestão, particularmente nas aves granívoras, como as galinhas, pombos, etc., que engolem as sementes com casca. Exemplos de aves que vão passar a ter criação regulamentada por lei, após a revisão, em curso, do dec.-lei 565/99. CONTÍNUA NO PRÓXIMO NÚMERO