Número 102 13 de novembro de 2009 Esquizofrenia Onde buscar ajuda Parte 8 Instituto São José As necessidades do paciente Quinta das Palmeiras O ingrediente mais importante no tratamento e reabilitação de pessoas com esquizofrenia é a medicação adequada. No entanto, elas precisam de muitos outros cuidados além desse. Quando voltam para casa após a internação, precisam dos mesmos cuidados que tinham no hospital. Esperar que cuidem de si mesmos é quase sempre uma ilusão. Os pacientes com esquizofrenia não são apenas receptáculos de remédios e injeções. São seres humanos com as mesmas necessidades e desejos que as outras pessoas. Para saber quais são as necessidades de uma pessoa com esquizofrenia além da medicação, basta pensar nas suas próprias necessidades e você terá uma resposta bastante acertada. Em seguida vamos enumerar algumas delas: MORADIA E ALIMENTAÇÃO No Brasil a maioria dos esquizofrênicos mora com sua familia. É muito importante que possam ter privacidade e um lar estruturado. As pessoas com esquizofrenia precisam, quando possível, de um quarto só. para elas, ou de um lugar tranqüilo onde possam se recolher. Também precisam que a vida familiar tenha alguma estrutura ou Rua Antônio Ferreira, 113 São José - SC Fones (48) 3247-1188 3247-4224 e- mail:institutosaojose@brturbo.com.br quintadaspalmeiras@brturbo.com.br www.saojosecentrodepsiquiatria.com.br
seja, que as refeições tenham um horário certo, que as tarefas sejam determinadas, e que haja uma rotina diária e semanal previsível onde se sintam seguras. Mesmo que às vezes quebrem as regras sem nenhum motivo aparente, esse tipo de ambiente ajuda muito a combater delírios e alucinações. Muitas vezes a melhor solução é um hospital-dia. Em alguns casos, quando o paciente está estabilizado, morar sozinho pode ser bom, ajudando o esquizofrênico a se desenvolver e viver melhor, como acontece com a maioria das pessoas quando elas crescem e moram sozinhas. RENDA Algumas pessoas com esquizofrenia podem trabalhar meio período ou período integral e assim se sustentar. A maioria, entretanto, depende da família ou de programas sociais ou aposentadoria. TRABALHO As pessoas com esquizofrenia em geral têm problemas para trabalhar. De um lado existem pessoas com maior facilidade e interesse em trabalhar, e de outro lado, existem aquelas com pouco ou nenhum interesse para o trabalho. Além disso, elas às vezes não conseguem manter o emprego, por dificuldades no convívio com outras pessoas, que tornam o trabalho ainda mais difícil e estressante. Muitas pessoas com esquizofrenia têm Convênios Assefaz / Agemed / Cassi / Capesaúde/ ECT (Correios) / Eletrosul / Elos Saúde / Fassincra / Fusex / Geap / Renner / Saúde Caixa / Servmed / Tractebel / Unimed / Vonpar Nossos Programas Ambulatoriais PADEQs: Programas de Atenção à Dependência Química Padeq para Alcoolistas Padeq para Alcoolistas e Dependentes de Outras Drogas Padeq para Prevenção de Recaída Padeq para a Mulher Padeq para Famílias PROTTA: Programa de Tratamento para Transtorno Bipolar
sintomas residuais, como distúrbios de pensamento ou alucinações auditivas, que tornam impossível o trabalho. Uma pessoa que chegou a trabalhar antes da doença tem mais possibilidade de encontrar outro trabalho depois de uma crise psicótica do que alguém que nunca trabalhou. O trabalho pode trazer muitos outros benefícios para o esquizofrênico além do dinheiro. É importante para sua auto-estima pois trabalhando se sente como as outras pessoas. Também se esforçam mais para controlar seus sintomas em situações de trabalho. Além disso, dá ritmo a suas vidas, um motivo para se levantarem de manhã, uma identidade, e possibilidade de se relacionarem com outras pessoas. Um dos maiores impedimentos às oportunidades de trabalho é o estigma. Os empregadores, assim. como a maioria das pessoas não sabe o que é a esquizofrenia e reagem negativamente quando são perguntadas se empregariam uma pessoa com esquizofrenia. Acreditamos que é muito importante a divulgação de informações para quebrar, aos poucos, esse tabu. Instituto São José Diretor Técnico Dr. Aristeu Stadler CRM 2352 Corpo Clínico Dr. Geraldo Swiech Dr. Aristeu Stadler Dra. Akemy de Souza Tanaka Dr. Carlos Alberto D Ávila Dr. Diógenes Lemos Porto Dr. Robson Chaves Câmara Dr. João Carlos Tussi Dr. Júlio César Gonçalves Dr. Luiz Henrique Wisniewsky Dra. Maria Helena Brunetti Dr. Ricardo Amâncio dos Santos Dr. Marcelo Vitor Andrade Dr. Thiago L. Ribeiro da Silva Dr. Marcelo Libório Schwarzbold Dra. Patrícia Helena Alves Dra. Caroline Camozzato Becker AMIZADE, AMOR E SEXO Amizade é importante para pessoas com esquizofrenia assim como para todo mundo. Para o esquizofrênico entretanto, às vezes, existem barreiras para fazer amigos. Essas barreiras tem a ver com os sintomas e distúrbios da doença. Muitas vezes têm dificuldade em manter as amizades porque não conseguem acompanhar conversas ou programas sociais e acabam preferindo o isolamento. Poucos esquizofrênicos têm uma vida social ativa, e mais da metade prefere se ocupar assistindo televisão. O estigma também dificulta muito a amizade. Muitas famílias procuram esconder a pessoa doente. Por causa dessas dificuldades os esquizofrênicos acabam dependendo de suas famílias e de outros pacientes para ter amizades. As amizades formadas nos grupos de auto-ajuda podem ser valiosas. Outra fonte de troca afetiva pode ser
animais de estimação, como cachorros ou gatos. Em geral os esquizofrênicos gostam de animais e um gato ou cachorro pode ser uma companhia e trazer bastante alegria para eles. Corno a maioria das pessoas, alguns esquizofrênicos têm interesse em estender amizade para amor e sexo. Existe uma crença que a maioria dos esquizofrênicos não se interessa por sexo. Na verdade isso acontece com aproximadamente 20% dos pacientes, e é possível que estes já não tivessem interesse sexual antes de adoecerem. É também verdade que alguns pacientes ficam com a energia sexual diminuída ou impotentes por causa da medicação anti-psicótica. Isso acontece com mais frequência nos homens do que nas mulheres. O fato é que muitas pessoas com esquizofrenia desejam uma vida sexual ativa e perseguem esse objetivo. Também é verdade que atingir o objetivo de ter um relacionamento sexual satisfatório é difícil para as pessoas em geral e é ainda mais difícil para os esquizofrênicos. Quando o paciente resolve ter uma vida sexual ou um relacionamento afetivo, recomendamos que procure um médico que lhe oriente para a contracepção e no caso de uma gravidez, para um aconselhamento genético.
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