Esquema. a. Getúlio Vargas b. Juscelino Kubitschek Consequências da política do Kubistchek:



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Transcrição:

Página 1 de Industrialização do Brasil Esquema sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014 09:32 1. Anterior a 1930 Economia cafeeira: Mão de obra assalariada (imigrante) Infra estrutura de transporte, notavelmente as ferrovias, criadas pelos cafeeiros. Mercado de consumo surge devido ao assalariamento da mão de obra. Desenvolvimento da energia Capital do café. Crescimento da indústria, relacionado ao café. A política era dominada pelos barões do café, ou seja, os estados em que se produzia café, SP e RJ, detinham quase todo o poder político. Com o tempo, mesmo passando por crises do café, o governo segurou bastante o preço do café e, por dominarem a política, os barões do café impediu que a indústria crescesse muito e, quando crescia, possuía tecnologia atrasada e produzia apenas produtos básicos. 1. De 1930 à década de 1980-> "Substituição de Importação" Início do processo de industrialização Mudança política, provocada pela queda dos barões do café e entrada de Vargas Diferentemente da Europa, no qual os Estados se tornaram omissos para que a burguesia se desenvolvesse, no Brasil a industrialização foi guiada pelo Estado (Estado Desenvolvimento) "Substituição de Importação" a. Getúlio Vargas b. Juscelino Kubitschek Consequências da política do Kubistchek: 1. Inflação 2. Endividamento Construção da infraestrutura Empresas estatais Crescimento das multinacionais maior do que possibilidade de produzir pelas estatais dos bens e serviços-> impossibilidade de produzir pelas estatais dos bens e serviços-> importação-> manutenção de bens de exportação de menor valor agregado-> déficit na balança comercial-> endividamento para fechar a balança comercial Construção de Brasília Fim do mandato-> diminuição da entrada de empresas (diminuição do crescimento), junto com a inflação-> manifestações-> criação de ambiente "pouco favorável às multinacionais-> golpe militar 2. a. Ditadura militar b. Crise-> "década perdida" (1980) Pós 1990-> Brasil na globalização a. Collor e FHC b. Lula e Dilma

Página 2 de Industrialização do Brasil Pré 1930 quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014 12:35 O Brasil produz matéria-prima, vendida exclusivamente para a metrópole (Portugal), que vendia produzia e vendia a manufatura. Pau-brasil-> Cana de açúcar-> Metais preciosos-> Café-> Borracha Com vinda da corte e a elevação do país a Reino Unido, a oportunidade de desenvolvimento industrial era boa, mas os houve a abertura dos portos para "nações amigas", em especial a Inglaterra, cujos produtos frearam a indústria brasileira. Mesmo após a independência, o investimento sempre foi dado para a exportação, e o país se organizava em "economia de arquipélago": o litoral nordestino produzia cana-de-açúcar, voltada para o exterior, o interior nordestino investia no setor agropecuário, voltado para o exterior, no Norte, a borracha, voltada para o exterior, o Sudeste investia na mineração e no café, também voltados para exportação. Economia cafeeira: Mão de obra assalariada (imigrante) Infra estrutura de transporte, notavelmente as ferrovias, criadas pelos cafeeiros. Mercado de consumo surge devido ao assalariamento da mão de obra. Desenvolvimento da energia Capital do café. Crescimento da indústria, relacionado ao café. A política era dominada pelos barões do café, ou seja, os estados em que se produzia café, SP e RJ, detinham quase todo o poder político. Com o tempo, mesmo passando por crises do café, o governo segurou bastante o preço do café e, por dominarem a política, os barões do café impediu que a indústria crescesse muito e, quando crescia, possuía tecnologia atrasada e produzia apenas produtos básicos. A primeira política industrial brasileira foi adotada na década 1930. Antes disso, havia indústrias, mas a política adotada era a do Cafécom-Leite.

Página 3 de Industrialização do Brasil 1930->1989 sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014 09:31 Início do processo de industrialização Mudança política, provocada pela queda dos barões do café e entrada de Vargas Diferentemente da Europa, no qual os Estados se tornaram omissos para que a burguesia se desenvolvesse, no Brasil a industrialização foi guiada pelo Estado (Estado Desenvolvimento) "Substituição de Importação" Getúlio Vargas Nacionalista (nacional desenvolvimentismo)-> baseado no empréstimo Estado: Organizador: sem a burguesia, cabia ao Estado criar os projetos de industrialização Agente regulatório: para levar o projeto de industrialização pra frente, cabia ao Estado criar regulamentos, fiscalizando-os Agente produtivo: o governo desenvolve, para possibilitar a industrialização, serviços de transporte e de energia. Além disso, cria empresas estatais, para controlar melhor as indústrias. Mudança da estrutura nacional, concentrando-se em SP (economia de aglomeração). Nova organização espacial: Centro-Periferia sudeste répa Governo Dutra Dutra, na contramão de Vargas, reabre o mercado de importações. Na década de 50, já depois da guerra, com o fordismo em alta, ao redor do globo, e começam discussões sobre a internacionalização do mercado. JK-> Internacionalização da economia (1956-1961) Desenvolvimentista; Substituição de Importação Abertura o capital estrangeiro Capital de empréstimo Investimento direto (multinacionais) TRIPÉ Estado (estatais) Organizador Agente regulatório Agent produtivo Capital multinacional Empresas Bens de consumo duráveis Capital nacional Bens de consumo não duráveis Política beneficiava capital estrangeiro Plano de metas Transporte: rodoviário Energia: hidrelétrica Agricultura Grande crescimento-> modernização-> multinacionais O modelo é diferente, mas continua sendo substituição de importação. JK não abre o mercado para o produto estrangeiro, mas permite que multinacionais se instalem no país, produzindo e vendendo pro Brasil. Permite entrada de capital produtivo (investimento direto, através da instalação de empresas.). O foco de sua política são essas empresas. Essas empresas vem devido a benefícios fiscais/econômicos, e o Brasil se moderniza, através dessas empresas. Elas se juntam/comem as nacionais.

Página 4 de Industrialização do Brasil empresas. Elas se juntam/comem as nacionais. Estatais, responsáveis por gerenciamento e commodities, se mantêm fortes. Plano de metas de JK leva a melhorias agrícolas, mas passa a se voltar também na exportação de produtos agrícolas. Além disso, cria uma infraestrutura rodoviária, que apoia a indústria automobilística, a mais forte do país. Essa malha centrava-se em Brasília (a capital foi construída em seu governo) e ligava-se, por rodovias, aos centros do país. Consequências da política do Kubistchek: 1. Inflação 2. Endividamento Construção da infraestrutura Empresas estatais Crescimento das multinacionais maior do que possibilidade de produzir pelas estatais dos bens e serviços-> impossibilidade de produzir pelas estatais dos bens e serviços-> importação-> manutenção de bens de exportação de menor valor agregado-> déficit na balança comercial-> endividamento para fechar a balança comercial Construção de Brasília Pagamentos de empréstimos Fim do mandato-> diminuição da entrada de empresas (diminuição do crescimento), junto com a inflação-> manifestações-> criação de ambiente "pouco favorável às multinacionais-> golpe militar (1964) A inflação gerada pelo governo Kubistchek foi real, mas controlada. O real problema foi o endividamento, gerado pela construção da infra estrutura, pela criação de empresas estatais (financiadas por $$ externo), além do fato de que as empresas no território brasileiro eram, em sua maioria, empresas estrangeiras. Com o crescimento dessas, descompassado com o crescimento das estatais (fornecedoras de commodities), o país importa parte da demanda. Além disso, as exportações do Brasil constituíam-se de, basicamente, produtos de baixo valor agregado, desfavorecendo a balança comercial. Com tudo isso, essa balança fica em déficit, e endivida-se para fechá-la. Governos Militares "organizar" o país-> atração das multinacionais Desmantelamento dos sindicatos, perseguiram manifestações públicas Alteração substancial da educação, com vestibular classificatório e reduzindo cargas horárias de História e de Geografia, além da criação da disciplina obrigatória "Moral Cívica". Criação do "Tripé" Arrocho salarial nas classes baixas com a consolidação da classe média como principal mercado consumidor. Antes, a legislação condecorava trabalhadores "fiéis" ao eu emprego, evitando demissões de empregados que fizeram carreira (recebem alto $$). Cria-se, então, o fundo de garantia, que funciona como uma poupança do salário do empregado, que seria devolvido após a demissão ou semelhante. Com o $$ do fundo de garantia (dinheiro parado), o Estado financiou obras públicas. Para evitar a inflação, o Estado pega dinheiro estrangeiro, ao invés de emitir papel-moeda. Superfaturamento das obras. Assim, até 1967 o objetivo era "arrumar a casa". Após 1967, até ± 1972, o Brasil cresce a taxas muito maiores que a média mundial - Milagre Brasileiro - com crescimento de cerca de 11%. De 1973 pra frente, há queda neste crescimento, devido, principalmente, às duas crises do petróleo, que endividaram o país. No contexto da crise do petróleo, os EUA estavam endividados e, para fechar a balança comercial, aumentaram os juros dos títulos, atraindo capital externo. Isso leva ao aumento dos juros no Brasil a taxas maiores que as dos EUA, pois trata-se de um país que oferece mais risco. * O aumento dos juros leva à paralização do $$ Com a quebra do México, no início da década de 1980, os investimentos param de chegar no Brasil. Com necessidade de dólar, há necessidade de aumentar as exportações. Para tal, o barateamento do produto brasileiro era necessário, e este ocorreu através da desvalorização da moeda. A desvalorização da moeda gera inflação e enfraquecimento do mercado interno. Em 1987, ocorre a moratória da dívida externa brasileira, e as medidas do consenso de Washington (neoliberalismo, etc.) passam a ser implantadas no país.

Página 5 de Industrialização do Brasil

Página 6 de Industrialização do Brasil Pós 1990 sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014 Itamar Franco e Fernando Henrique atingem o poder com o objetivo de estabilizar a moeda e, para isso, tomam uma série de medidas que constituíam o Plano Real, a partir de ideias neoliberais: objetivando a manutenção do superávit primário, ocorrem cortes nos gastos públicos e aumentos na taxa tributária, criando uma reputação internacional que atrai investimentos. Desde JK havia entrada de empresas estrangeiras no país, com gradativa extinção do modelo de Substituição de Importações. Porém, é só com FHC que há incentivo para entrada de produtos estrangeiros, para a competição destes com os produtos nacionais, mantendo o preço destes constante. Assim, a inflação é eliminada, mas a balança comercial vai pro saco. A priori, era esperado que houvesse motivação para desenvolvimento tecnológico da indústria nacional, mantendo a paridade com o produto estrangeiro. Mas isso não aconteceu, e o produto estrangeiro se tornou, muitas vezes, mais barato que o nacional, levando à falência de várias empresas brasileiras. Há, também, entrada de capital. Esperava-se que o este $$ fosse usado no desenvolvimento nacional, mas a maior parte do capital investido foi financeiro e investido nas bolsas de valores, e o pouco capital produtivo investido era utilizado apenas para comprar de indústrias já existentes. Com a quebra geral das empresas e a privatização de algumas, há um processo de maciço crescimento do desemprego. Com a moeda desvalorizada e a paridade entre real e dólar, há um brusco aumento nas exportações acompanhado da diminuição das importações, gerando um rombo na balança comercial. Durante o governo FHC, nossa dívida externa triplicou. Lula veio com uma proposta de mudança mas, assim que assumiu, afirmou que ia continuar o processo iniciado no governo FHC. Mescla medidas liberais e medidas intervencionistas, sempre procurando manter a inflação baixa e tal. Dilma manteve a linha lulista, mesclando decisões heterodoxas e ortodoxas, mas mantém firme a ênfase no superávit primário. Foi por isso que nossa economia pouco se abalou com a crise mundial. O Brasil enfrenta um grande problema, que é a reprimarização da economia. Na maioria das economias desenvolvidas, há uma migração do mercado de consumo do setor secundário para o terciário, mas isso pode ocorrer pois a indústrias e etc. já estão bem desenvolvidas. No Brasil, ocorre quase que o inverso, isto é, há migração da economia do setor secundário para o primário. Isso ocorre devido à falta de investimentos estatais.

Organização Territorial vendredi 9 mai 2014 10:30 Até 1930, as poucas indústrias se distribuíam em "ilhas" (economia de arquipélago). Hoje, vê-se uma polarização industrial que aponta fortemente para o Sudeste, decorrente dos históricos que precedem. Desde a economia cafeeira, que foi por décadas o carro-chefe da economia e baseada na produção no eixo Rio-SP. Com Vargas, as estatais iniciam o processo prático de industrialização, concentrando-se, novamente, no Sudeste. Essa tendência geográfica continuou com as multinacionais, que se instalaram no eixo Sul-Sudeste. A industrialização levou a um grande desenvolvimento interno das regiões afetadas, através da criação de malhas rodoviárias e rodoviárias, serviços de energia desenvolvidos, etc., que implicaram na marginalização das outras regiões, dando origem à disposição denominada Centro-Periferia. Deste modo, a industrialização das outras áreas, incentivada especialmente entre as décadas de 1940 e 1960, se dá de modo peculiar. No Sul e no Nordeste, formaram-se regiões industriais periféricas bastante distintas uma da outra, enquanto, na Amazônia e no Centro Oeste, as indústrias estabeleceram-se como enclaves isolados; assim, a tendência foi de que ocorressem aglomerações industriais nas metrópoles. Nesses processos, vários órgãos regionais se estabeleceram, visando potencializar a diminuição da disparidade regional. Pressões multipolares geraram efeitos diversos. No Centro-Oeste, "japoneses incentivaram o que acarretou no desenvolvimento da soja". Em Manaus, foi estabelecida a Zona Franca, área em que as indústrias, majoritariamente montadoras multinacionais, se instalam sem taxas alfandegárias (mas limitam sua venda para o mercado interno brasileiro). A região que mais se favoreceu, industrialmente, foi a do Vale Paraíba do Sul (a mesma dos antigos tempos cafeeiros), que, devido a N motivos geográficos, políticos, econômicos, etc., abandonou o café e passou a adotar indústrias. A partir Página 7 de Industrialização do Brasil

Página 8 de Industrialização do Brasil que, devido a N motivos geográficos, políticos, econômicos, etc., abandonou o café e passou a adotar indústrias. A partir da década de 1970, o interior de São Paulo vem crescendo mais que a capital, nos eixos entre a metrópole e cidades de porte médio do interior, como Campinas, Santos, Sorocaba e Cubatão, devido à tendência de "deseconomia de aglomeração" da São Paulo Capital, pois a metrópole se superlotava. Se configura também um processo de desconcentração, com crescimento da participação industrial de Minas e do Sul (Descentralização na concentração) Das empresas que possuem indústrias no Brasil, grande parte é multinacional, caracterizadas por presença de brasileiros em seu alto escalão. Ainda assim, o governo brasileiro perde poder de decisão sobre essas empresas, o que impede a industrialização homogênea do país (os interesses das empresas se sobrepõem). Três tipos de indústrias: Indústrias extrativas e de beneficiamento Seus produtos são integralmente naturais, sendo extraídos e transportados. Para tal, podem ser submetidos a processos técnicos, como a britagem do minério de ferro para facilitar o transporte. Indústrias mineradoras: buscam locais onde a extração pode ser feita em grande quantidade com alta qualidade de minério, possibilitando o lucro. Indústrias de transformação Seus produtos são feitos a partir da matéria prima. Podem ser: De bens de produção: podem produzir matérias primas e commodities do processo industrial (bens intermediários), como o aço e o alumínio, ou maquinário industrial (bens de capital). De bens de consumo: podem produzir bens duráveis, como eletrodomésticos, automóveis, etc., ou bens não-duráveis, como alimentos, tecidos, etc. Indústrias siderúrgicas: tendem a se localizar ou próximas ao local de extração da matéria prima (aço perto do ferro, alumínio perto da bauxita), ou próximas ao mercado consumidor da commodity produzida. São consideradas indústrias de produção de bens intermediários Agroindústria: os produtos dessas indústrias se deteriora, de modo geral, muito rapidamente, então a proximidade às zonas produtoras de matéria prima é inevitável. De modo geral, os estabelecimentos agroindustriais são constituídos por empresas nacionais, mas não excluindo a presença de multinacionais, como a Nestlé e a Citrobrasil e associações de entre grupos nacionais e estrangeiros, como a Cargil (soja, que se associa à Unilever (óleos e gorduras. Os produtos possuem baixo valor agregado. Área urbana: nela, se localizam indústrias de bens de consumo duráveis, bens de produlção e bens intermediários. Esse deslocamento à cidade ocorre, basicamente, devido à necessidade de mão de obra mais qualificada. Setor automobilístico: foi, e é, o carro-chefe da indústria brasileira, concentrando investimentos das multinacionais que instalaram suas fábricas de peças aqui.