MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL 2ª CÂMARA DE COORDENAÇÃO E REVISÃO - CRIMINAL ATA DA SEXCENTÉSIMA PRIMEIRA SESSÃO ORDINÁRIA DE JULHO DE 2014 Aos vinte e cinco dias do mês de julho do ano 2014, em sessão realizada na Sala de Reuniões, presentes o Coordenador, Dr. José Bonifácio Borges de Andrada, e a Titular, Dra. Raquel Elias Ferreira Dodge, a 2ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF julgou os seguintes procedimentos: ORIGEM JUDICIAL NÃO PADRÃO 001. Processo: JFCE/CTU-0000149-64.2014.4.05.8104-PIMP Voto: 4792/2014 Origem: JUSTIÇA FEDERAL DO CEARÁ - SUBSEÇÃO DE CRATEÚS INQUÉRITO POLICIAL. CPP, ART. 28 C/C LC 75/93, ART. 62, IV. RECEBIMENTO INDEVIDO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO APÓS O ÓBITO DO TITULAR. CRIME DE ESTELIONATO (CP, ART. 171 3º). EVIDENTE AUSÊNCIA DE DOLO. INSISTÊNCIA NO ARQUIVAMENTO. 1. Inquérito Policial instaurado para apurar a prática do crime de estelionato previdenciário, tipificado no art. 171 3º do Código Penal, consistente no recebimento indevido de benefício previdenciário após o óbito da titular, em 29/03/2005. 2. Os saques indevidos, referentes às competências de 03/2005 a 05/2005, causando prejuízo à autarquia federal no valor original de R$ 820,00. O último saque ocorreu em 09/06/2005. 3. O Procurador da República promoveu o arquivamento com base na evidente ausência de dolo. Discordância do Juiz Federal. Aplicação do art. 28 do CPP c/c art. 62-IV da LC n. 75/93. 4. Orientação nº 04, 2ª CCR/MPF: orienta aos membros do MPF que oficiam na área criminal a dispensar liminarmente a instauração de investigação criminal própria ou de inquérito policial e determinar, se assim o entender, o arquivamento das peças de informação i) relativas a fatos já abrangidos pela prescrição da pretensão punitiva, cujo termo inicial é a data do último saque efetuado após o óbito do beneficiário; e ii) quando não houver prova de dolo no saque de até três benefícios previdenciários. 5. Insistência no arquivamento. 002. Processo: JFCE/CTU-0000153-04.2014.4.05.8104-PIMP Voto: 4802/2014 Origem: JUSTIÇA FEDERAL DO CEARÁ - SUBSEÇÃO DE CRATEÚS INQUÉRITO POLICIAL. CPP, ART. 28 C/C LC 75/93, ART. 62, IV. RECEBIMENTO INDEVIDO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO APÓS O ÓBITO DO TITULAR. CRIME DE ESTELIONATO (CP, ART. 171 3º). AUSÊNCIA DE AUTORIA. INSISTÊNCIA NO ARQUIVAMENTO. 1. Inquérito Policial instaurado para apurar a prática do crime de estelionato previdenciário, tipificado no art.
171 3º do Código Penal, consistente no recebimento indevido de benefício previdenciário após o óbito da titular, em 16/07/2002. 2. Os saques indevidos, referentes às competências de 07/2002 a 09/2002, causaram prejuízo à autarquia federal no valor original de R$ 600,00. O último saque ocorreu em 03/10/2002. 3. O Procurador da República promoveu o arquivamento com base na ausência de autoria. Discordância do Juiz Federal. Aplicação do art. 28 do CPP c/c art. 62-IV da LC n. 75/93. 4. Orientação nº 04, 2ª CCR/MPF: orienta aos membros do MPF que oficiam na área criminal a dispensar liminarmente a instauração de investigação criminal própria ou de inquérito policial e determinar, se assim o entender, o arquivamento das peças de informação i) relativas a fatos já abrangidos pela prescrição da pretensão punitiva, cujo termo inicial é a data do último saque efetuado após o óbito do beneficiário; e ii) quando não houver prova de dolo no saque de até três benefícios previdenciários. 5. Além disso, no caso, as diligências realizadas pelo próprio INSS, não identificaram a autoria do crime, bem como não há diligências capazes de modificar o panorama probatório atual, especialmente se considerado o longo tempo decorrido do último saque fraudulento (mais de 11 anos). 6. Insistência no arquivamento. 003. Processo: JFCE/CTU-0000154-86.2014.4.05.8104-PIMP Voto: 4794/2014 Origem: JUSTIÇA FEDERAL DO CEARÁ - SUBSEÇÃO DE CRATEÚS INQUÉRITO POLICIAL. CPP, ART. 28 C/C LC 75/93, ART. 62, IV. RECEBIMENTO INDEVIDO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO APÓS O ÓBITO DO TITULAR. CRIME DE ESTELIONATO (CP, ART. 171 3º). AUSÊNCIA DE AUTORIA. INSISTÊNCIA NO ARQUIVAMENTO. 1. Inquérito Policial instaurado para apurar a prática do crime de estelionato previdenciário, tipificado no art. 171 3º do Código Penal, consistente no recebimento indevido de benefício previdenciário após o óbito do titular, em 07/10/2006. 2. Os saques indevidos, referentes às competências de 10/2006 a 12/2006, causaram prejuízo à autarquia federal no valor original de R$ 908,00. O último saque ocorreu em 03/01/2007. 3. O Procurador da República promoveu o arquivamento com base na ausência de autoria. Discordância do Juiz Federal. Aplicação do art. 28 do CPP c/c art. 62-IV da LC n. 75/93. 4. Orientação nº 04, 2ª CCR/MPF: orienta aos membros do MPF que oficiam na área criminal a dispensar liminarmente a instauração de investigação criminal própria ou de inquérito policial e determinar, se assim o entender, o arquivamento das peças de informação i) relativas a fatos já abrangidos pela prescrição da pretensão punitiva, cujo termo inicial é a data do último saque efetuado após o óbito do beneficiário; e ii) quando não houver prova de dolo no saque de até três benefícios previdenciários. 5. Além disso, no caso, as diligências realizadas pelo próprio INSS, não identificaram a autoria do crime, bem como não há diligências capazes de modificar o panorama probatório atual, especialmente se considerado o longo tempo decorrido do último saque fraudulento (mais de 7 anos). 6. Insistência no arquivamento. 004. Processo: JFCE/CTU-0000157-41.2014.4.05.8104-PIMP Voto: 4796/2014 Origem: JUSTIÇA FEDERAL DO CEARÁ - SUBSEÇÃO DE CRATEÚS INQUÉRITO POLICIAL. CPP, ART. 28 C/C LC 75/93, ART. 62, IV. RECEBIMENTO INDEVIDO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO APÓS O ÓBITO DO TITULAR. CRIME DE ESTELIONATO (CP, ART. 171 3º). AUSÊNCIA DE AUTORIA. INSISTÊNCIA NO ARQUIVAMENTO. 1. Inquérito Policial instaurado para apurar a prática do crime de estelionato previdenciário, tipificado no art. 171 3º do Código Penal, consistente no recebimento indevido de benefício previdenciário após o óbito do titular, em 23/10/2006. 2. Os saques indevidos, referentes às competências de 10/2006 e 11/2006, causaram prejuízo à autarquia federal no valor original de R$ 700,00. O último saque ocorreu em 04/12/2006. 3. O Procurador da República promoveu o arquivamento com base na ausência de autoria. Discordância do Juiz Federal. Aplicação do art. 28 do CPP c/c art. 62-IV da LC n. 75/93. 4. Orientação nº 04, 2ª CCR/MPF: orienta aos membros do MPF que oficiam na área criminal a dispensar liminarmente a instauração de investigação criminal própria ou de inquérito policial e determinar, se assim o entender, o arquivamento das peças de informação i) relativas a fatos já abrangidos pela prescrição da pretensão punitiva, cujo termo inicial é a data do último saque efetuado após o óbito do beneficiário; e ii) quando não houver prova de dolo no saque de até três benefícios previdenciários. 5. Além disso, no caso, as diligências realizadas pelo próprio
INSS, não identificaram a autoria do crime, bem como não há diligências capazes de modificar o panorama probatório atual, especialmente se considerado o longo tempo decorrido do último saque fraudulento (mais de 7 anos). 6. Insistência no arquivamento. 005. Processo: JFCE/CTU-0000158-26.2014.4.05.8104-PIMP Voto: 4801/2014 Origem: JUSTIÇA FEDERAL DO CEARÁ - SUBSEÇÃO DE CRATEÚS INQUÉRITO POLICIAL. CPP, ART. 28 C/C LC 75/93, ART. 62, IV. RECEBIMENTO INDEVIDO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO APÓS O ÓBITO DO TITULAR. CRIME DE ESTELIONATO (CP, ART. 171 3º). AUSÊNCIA DE AUTORIA. INSISTÊNCIA NO ARQUIVAMENTO. 1. Inquérito Policial instaurado para apurar a prática do crime de estelionato previdenciário, tipificado no art. 171 3º do Código Penal, consistente no recebimento indevido de benefício previdenciário após o óbito do titular, em 31/05/2002. 2. Os saques indevidos, referentes às competências de 05/2002 e 06/2002, causaram prejuízo à autarquia federal no valor original de R$ 392,00. O último saque ocorreu em 04/07/2002. 3. O Procurador da República promoveu o arquivamento com base na ausência de autoria. Discordância do Juiz Federal. Aplicação do art. 28 do CPP c/c art. 62-IV da LC n. 75/93. 4. Orientação nº 04, 2ª CCR/MPF: orienta aos membros do MPF que oficiam na área criminal a dispensar liminarmente a instauração de investigação criminal própria ou de inquérito policial e determinar, se assim o entender, o arquivamento das peças de informação i) relativas a fatos já abrangidos pela prescrição da pretensão punitiva, cujo termo inicial é a data do último saque efetuado após o óbito do beneficiário; e ii) quando não houver prova de dolo no saque de até três benefícios previdenciários. 5. Além disso, no caso, as diligências realizadas pelo próprio INSS, não identificaram a autoria do crime, bem como não há diligências capazes de modificar o panorama probatório atual, especialmente se considerado o longo tempo decorrido do último saque fraudulento (mais de 11 anos). 6. Insistência no arquivamento. 006. Processo: JFCE/CTU-0000163-48.2014.4.05.8104-PIMP Voto: 4804/2014 Origem: JUSTIÇA FEDERAL DO CEARÁ - SUBSEÇÃO DE CRATEÚS INQUÉRITO POLICIAL. CPP, ART. 28 C/C LC 75/93, ART. 62, IV. RECEBIMENTO INDEVIDO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO APÓS O ÓBITO DO TITULAR. CRIME DE ESTELIONATO (CP, ART. 171 3º). AUSÊNCIA DE AUTORIA. INSISTÊNCIA NO ARQUIVAMENTO. 1. Inquérito Policial instaurado para apurar a prática do crime de estelionato previdenciário, tipificado no art. 171 3º do Código Penal, consistente no recebimento indevido de benefício previdenciário após o óbito do titular, em 14/08/2003. 2. Os saques indevidos, referentes às competências de 08/2003 a 11/2003, causaram prejuízo à autarquia federal no valor original de R$ 1.200,00. O último saque ocorreu em 05/12/2003. 3. O Procurador da República promoveu o arquivamento com base na ausência de autoria. Discordância do Juiz Federal. Aplicação do art. 28 do CPP c/c art. 62-IV da LC n. 75/93. 4. Orientação nº 04, 2ª CCR/MPF: orienta aos membros do MPF que oficiam na área criminal a dispensar liminarmente a instauração de investigação criminal própria ou de inquérito policial e determinar, se assim o entender, o arquivamento das peças de informação i) relativas a fatos já abrangidos pela prescrição da pretensão punitiva, cujo termo inicial é a data do último saque efetuado após o óbito do beneficiário; e ii) quando não houver prova de dolo no saque de até três benefícios previdenciários. 5. Além disso, no caso, as diligências realizadas pelo próprio INSS, não identificaram a autoria do crime, bem como não há diligências capazes de modificar o panorama probatório atual, especialmente se considerado o longo tempo decorrido do último saque fraudulento (mais de 10 anos). 6. Insistência no arquivamento. 007. Processo: JFCE/CTU-0000167-85.2014.4.05.8104-PIMP Voto: 4798/2014 Origem: JUSTIÇA FEDERAL DO CEARÁ - SUBSEÇÃO DE CRATEÚS
INQUÉRITO POLICIAL. CPP, ART. 28 C/C LC 75/93, ART. 62, IV. RECEBIMENTO INDEVIDO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO APÓS O ÓBITO DO TITULAR. CRIME DE ESTELIONATO (CP, ART. 171 3º). AUSÊNCIA DE AUTORIA. INSISTÊNCIA NO ARQUIVAMENTO. 1. Inquérito Policial instaurado para apurar a prática do crime de estelionato previdenciário, tipificado no art. 171 3º do Código Penal, consistente no recebimento indevido de benefício previdenciário após o óbito do titular, em 17/03/2004. 2. Os 02 (dois) saques indevidos, referentes às competências de 03/2004 e 07/2004, causaram prejuízo à autarquia federal no valor original de R$ 500,00. O último saque ocorreu em 05/08/2004. 3. O Procurador da República promoveu o arquivamento com base na ausência de autoria. Discordância do Juiz Federal. Aplicação do art. 28 do CPP c/c art. 62-IV da LC n. 75/93. 4. Orientação nº 04, 2ª CCR/MPF: orienta aos membros do MPF que oficiam na área criminal a dispensar liminarmente a instauração de investigação criminal própria ou de inquérito policial e determinar, se assim o entender, o arquivamento das peças de informação i) relativas a fatos já abrangidos pela prescrição da pretensão punitiva, cujo termo inicial é a data do último saque efetuado após o óbito do beneficiário; e ii) quando não houver prova de dolo no saque de até três benefícios previdenciários. 5. Além disso, no caso, as diligências realizadas pelo próprio INSS, não identificaram a autoria do crime, bem como não há diligências capazes de modificar o panorama probatório atual, especialmente se considerado o longo tempo decorrido do último saque fraudulento (mais de 10 anos). 6. Insistência no arquivamento. 008. Processo: JFCE/CTU-0000169-55.2014.4.05.8104-PIMP Voto: 4806/2014 Origem: JUSTIÇA FEDERAL DO CEARÁ - SUBSEÇÃO DE CRATEÚS INQUÉRITO POLICIAL. CPP, ART. 28 C/C LC 75/93, ART. 62, IV. RECEBIMENTO INDEVIDO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO APÓS O ÓBITO DO TITULAR. CRIME DE ESTELIONATO (CP, ART. 171 3º). AUSÊNCIA DE AUTORIA. INSISTÊNCIA NO ARQUIVAMENTO. 1. Inquérito Policial instaurado para apurar a prática do crime de estelionato previdenciário, tipificado no art. 171 3º do Código Penal, consistente no recebimento indevido de benefício previdenciário após o óbito da titular, em 26/07/2003. 2. Os saques indevidos, referentes às competências de 07/2003 e 08/2003, causaram prejuízo à autarquia federal no valor original de R$ 480,00. O último saque ocorreu em 17/09/2003. 3. O Procurador da República promoveu o arquivamento com base na ausência de autoria. Discordância do Juiz Federal. Aplicação do art. 28 do CPP c/c art. 62-IV da LC n. 75/93. 4. Orientação nº 04, 2ª CCR/MPF: orienta aos membros do MPF que oficiam na área criminal a dispensar liminarmente a instauração de investigação criminal própria ou de inquérito policial e determinar, se assim o entender, o arquivamento das peças de informação i) relativas a fatos já abrangidos pela prescrição da pretensão punitiva, cujo termo inicial é a data do último saque efetuado após o óbito do beneficiário; e ii) quando não houver prova de dolo no saque de até três benefícios previdenciários. 5. Além disso, no caso, as diligências realizadas pelo próprio INSS, não identificaram a autoria do crime, bem como não há diligências capazes de modificar o panorama probatório atual, especialmente se considerado o longo tempo decorrido do último saque fraudulento (mais de 10 anos). 6. Insistência no arquivamento. 009. Processo: JFRJ/RSD-0000559-41.2012.4.02.5109-INQ Voto: 4762/2014 Origem: JUSTIÇA FEDERAL DE RESENDE INQUÉRITO POLICIAL. CPP, ART. 28 C/C LC 75/93, ART. 62, IV. CRIMES CONTRA A HONRA. OFENSAS IRROGADAS EM JUÍZO CONTRA O JUIZ DA CAUSA. IMPUTAÇÕES QUE EXTRAPOLAM O QUE SE ENTENDE POR NA DISCUSSÃO DA CAUSA. POSSIBILIDADE DE CONSTITUIR CRIMES CONTRA A HONRA. PROSSEGUIMENTO. 1. Inquérito Policial instaurado para apurar a prática de crimes contra a honra, tipificados nos artigos 138, 139 e 140 c/c artigo 141, II, todos do Código Penal, atribuídos ao juiz da causa, em petição protocolada nos autos do processo. 2. A Procuradora da República oficiante promoveu o arquivamento, com fundamento na ausência de dolo. Discordância da Juiz Federal. Aplicação do art. 28 do CPP c/c art. 62-IV da LC n. 75/93. 3. A simples leitura da petição em que teria havido as ofensas evidenciam que as imputações feitas ao Juiz Federal extrapolaram o que se entende por na discussão da causa, de modo que a conduta objeto dessa análise, certamente, pode constituir crimes contra a honra. 4. Presentes indícios de autoria e da materialidade, ainda que existam dúvidas, deve-se dar
prosseguimento à persecução penal, considerando que, nesta fase pré-processual, há primazia do princípio in dubio pro societate. 5. Designação de outro membro do Parquet Federal para prosseguir na persecução penal. O colegiado, à unanimidade, deliberou pela não homologação de Arquivamento. 010. Processo: JF-SE-INQ-0000753-98.2014.4.05.8500 ORIGEM INTERNA Voto: 4632/2014 Origem: JUSTIÇA FEDERAL EM SERGIPE INQUÉRITO POLICIAL. CPP, ART. 28 C/C LC 75/93, ART. 62, IV. RECEBIMENTO INDEVIDO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO APÓS O ÓBITO DO TITULAR. CRIME DE ESTELIONATO (CP, ART. 171 3º). PRESCRIÇÃO. ARQUIVAMENTO. 1. Inquérito Policial instaurado para apurar a prática do crime de estelionato previdenciário, tipificado no art. 171 3º do Código Penal, consistente no recebimento indevido de benefício previdenciário após o óbito da titular, em 20/01/2002. 2. No caso, o saques indevidos, referentes às competências de 01/2002 a 04/2002, causaram prejuízo à autarquia federal no valor original de R$ 740,00, sendo o último saque efetuado em 09/05/2002. 3. A Procuradora da República promoveu o arquivamento com fundamento na atipicidade da conduta pela aplicação da princípio da insignificância, bem como pela impossibilidade de identificação da autoria delitiva. Discordância do Juiz Federal. Aplicação do art. 28 do CPP c/c art. 62-IV da LC n. 75/93. 4. A pena máxima abstratamente cominada ao crime em questão art. 171, 3º, do CP é de seis anos e oito meses de reclusão. Assim, o prazo prescricional é de 12 (doze) anos, conforme a regra do artigo 109-III do Código Penal, já efetivamente atingido. 5. Extinção da punibilidade. Insistência no arquivamento. NÃO PADRÃO 011. Processo: 1.34.001.002993/2014-14 Voto: 4764/2014 Origem: PROCURADORIA DA GUARULHOS/MOGI NOTÍCIA DE FATO. CONFLITO NEGATIVO DE ATRIBUIÇÕES ENTRE MEMBROS DO MPF. APLICAÇÃO DO ARTIGO 62-VII DA LC Nº 75/93. RECEBIMENTO COMO PROMOÇÕES DE ARQUIVAMENTO. HOMOLOGAÇÃO. 1. Notícia de Fato foi instaurada para apurar a suposta prática do crime de estelionato qualificado contra o INSS (CP, artigo 171, 3º). 2. Conflito negativo de atribuições entre membros do MPF. Remessa à 2ª CCR/MPF nos termos do artigo 62, VII, da LC nº 75/93. 3. Recebimento das manifestações como promoções de arquivamento, convergentes no sentido de se evitar o indesejável bis in idem, em razão da instauração de inquérito policial com o mesmo objeto de investigação. 4. Homologação do arquivamento, com a devolução dos autos à Procuradoria da República em São Paulo/SP, considerando que lá tramita o inquérito policial correlato. O colegiado, à unanimidade, deliberou por outras deliberações. 012. Processo: 1.00.000.004049/2014-90 Voto: 4702/2014 Origem: PROCURADORIA GERAL DA REPUBLICA PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO. ART. 28 DO CPP C/C O ART. 62, IV, DA LC Nº 75/93. SUPOSTO CRIME DE ESTELIONATO PREVIDENCIÁRIO (ART. 171, 3º, DO CP). INDÍCIOS SUFICIENTES DA MATERIALIDADE E AUTORIA DELITIVAS. PROSSEGUIMENTO DA PERSECUÇÃO PENAL. 1. Inquérito policial instaurado para apuração da prática do delito previsto no art. 171, 3º, do Código Penal, diante da constatação de possível fraude no recebimento de benefício previdenciário após o falecimento da titular. 2. O il. Procurador da República promoveu o arquivamento com fundamento na ausência da potencial consciência da ilicitude, tendo em vista que os valores sacados foram utilizados pela investigada apenas para honrar despesas com medicamentos e com o funeral da beneficiária. Discordância da MM. Juíza Federal. 3. O arquivamento no atual estágio da persecução criminal é admitido quando demonstrada de forma inequívoca, segura e convincente causa extintiva da punibilidade ou excludente da tipicidade, da
ilicitude e da culpabilidade. 4. No caso, como bem observou a Juíza Federal, os motivos que influenciaram os saques dos valores custeio de despesas com hospital e funeral, embora nobres, são insuficientes para afirmar que a indiciada não tinha consciência da ilicitude de sua conduta. 5. A questão do erro sobre a ilicitude ou não do fato só poderá ser esclarecida com a devida apuração, com todos os elementos probatórios e sob o crivo do contraditório. 6. Não homologação do arquivamento e designação de outro membro do Parquet Federal para prosseguir na persecução penal. O colegiado, à unanimidade, deliberou pela não homologação de Arquivamento. 013. Processo: 1.00.000.005537/2014-14 Voto: 4703/2014 Origem: PROCURADORIA GERAL DA REPUBLICA PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO. ART. 28 DO CPP C/C O ART. 62, IV, DA LC Nº 75/93. SUPOSTO CRIME DE ESTELIONATO PREVIDENCIÁRIO (ART. 171, 3º, DO CP). INDÍCIOS SUFICIENTES DA MATERIALIDADE E AUTORIA DELITIVAS. PROSSEGUIMENTO DA PERSECUÇÃO PENAL. 1. Inquérito policial instaurado para apuração da prática do delito previsto no art. 171, 3º, do Código Penal, diante da constatação de possível fraude no recebimento de benefício previdenciário após o falecimento da titular. 2. O il. Procurador da República promoveu o arquivamento com fundamento na ausência da potencial consciência da ilicitude, tendo em vista que os valores sacados foram utilizados pelo investigado para cobrir as despesas com o funeral da beneficiária. 3. O arquivamento no atual estágio da persecução criminal é admitido quando demonstrada de forma inequívoca, segura e convincente causa extintiva da punibilidade ou excludente da tipicidade, da ilicitude e da culpabilidade. 4. No caso, como bem observou o Juiz Federal, o motivo que influenciou os saques dos valores custeio de despesas com funeral, embora nobre, é insuficiente para afirmar que o indiciado não tinha consciência da ilicitude de sua conduta. 5. A questão do erro sobre a ilicitude ou não do fato só poderá ser esclarecida com a devida apuração, com todos os elementos probatórios e sob o crivo do contraditório. 6. Não homologação do arquivamento e designação de outro membro do Parquet Federal para prosseguir na persecução penal. O colegiado, à unanimidade, deliberou pela não homologação de Arquivamento. 014. Processo: 1.34.001.002823/2014-30 Voto: 4731/2014 Origem: PROCURADORIA DA REPUBLICA - SAO PAULO PADRÃO NOTÍCIA DE FATO. REVISÃO DE ARQUIVAMENTO (LC Nº 75/1993, ART. 62-IV). CRIME DE DESOBEDIÊNCIA CP, ART. 330. SUJEITO ATIVO. FUNCIONÁRIO PÚBLICO. POSSIBILIDADE. ARQUIVAMENTO PREMATURO. PROSSEGUIMENTO DA PERSECUÇÃO PENAL. 1. Peça de Informação instaurada para apurar possível crime de desobediência (CP, art. 330), em tese, cometido por servidor público, funcionário da Caixa Econômica Federal que estaria descumprindo ordem judicial, reiteradamente. 2. Arquivamento fundado na tese de que o crime de desobediência somente pode ser praticado por particular. Remessa à 2ª CCR/MPF para fins do art. 62, IV, da LC nº 75/1993. 3. O funcionário público pode ser responsabilizado pelo crime de desobediência, desde que a ordem não seja dada por seu superior hierárquico, caso em que apenas seria aplicável uma sanção de natureza administrativa, e que tenha sido dirigida diretamente à autoridade do ente público responsável por seu atendimento. 4. Se a ordem for judicial, como no caso, o entendimento supramencionado ganha maior força, pois, admitir o contrário, somente por conta da localização topológica do delito, no corpo do Código Penal, é fazer tábula rasa da obrigação inescusável do servidor de cumprir ordem judicial, gerando, assim, descrédito e falta de efetividade às decisões judiciais. 5. Designação de outro membro do Ministério Público Federal para dar prosseguimento à persecução penal. O colegiado, à unanimidade, deliberou pela não homologação de Arquivamento. Homologação do Declínio de atribuição 015. Processo: DPF/MBA/PA-INQ-00161/2011 Voto: 4640/2014 Origem: SJUR/PRM-PA - SETOR JURIDICO DA PRM/MARABA
Inquérito Policial. Prestação de informações falsas ao Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais SISFLORA, operacionalizado por órgão estadual. Revisão de declínio de atribuições (Enunciado n 33-2a CCR). Ausência de elementos de informação capazes de justificar a atribuição do Ministério Público Federal para a persecução penal. Precedente: STJ, RHC 35.551/PA, Marco Aurélio Bellizze, Quinta Turma, DJe 19/06/2013. Homologação do declínio de atribuições ao Ministério Público Estadual. 016. Processo: SPF/BA-00345/2012-INQ Voto: 4679/2014 Origem: GABPRM001-SCNJ - SAMIR CABUS NACHEF JUNIOR Inquérito Policial. Suposto crime de estelionato previdenciário (CP, art. 171, 3º). Requerimentos previdenciários que não foram instruídos com os documentos supostamente falsos. Conduta que tipifica o crime de falsidade ideológica (CP, art. 299). Revisão de declínio de atribuições (Enunciado nº 32 da 2ª CCR). No caso, a União não foi ludibriada nem sofreu prejuízos diretos e específicos. Ausência de elementos de informação capazes de justificar a atribuição do Ministério Público Federal para a persecução penal. Precedente: CC 200200364333, Maria Thereza de Assis Moura, STJ - Terceira Seção, DJ: 26/03/2007 p. 00194. Homologação do declínio de atribuições ao Ministério Público Estadual. 017. Processo: 1.00.000.008353/2014-14 Voto: 4660/2014 Origem: PROCURADORIA GERAL DA REPUBLICA Notícia de Fato. Crime de ameaça (CP, art. 147) cometido entre particulares. Revisão de declínio de atribuições (Enunciado n 32-2a CCR). Ausência de elementos de informação capazes de justificar a atribuição do Ministério Público Federal para a persecução penal. Precedente: IDC 200901212626, Laurita Vaz, STJ Terceira Seção, DJE 22/11/2010. Homologação do declínio de atribuições ao Ministério Público Estadual. 018. Processo: 1.23.000.000342/2014-83 Voto: 4732/2014 Origem: PROCURADORIA DA REPUBLICA - PARA/CASTANHAL Notícia de Fato. Prestação de informações falsas ao Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais SISFLORA, operacionalizado por órgão estadual (SEMA/PA). Revisão de declínio de atribuições (Enunciado n 32-2a CCR). Ausência de elementos de informação capazes de justificar a atribuição do Ministério Público Federal para a persecução penal. Precedente: STJ, RHC 35.551/PA, Marco Aurélio Bellizze, Quinta Turma, DJe 19/06/2013. Homologação do declínio de atribuições ao Ministério Público Estadual. 019. Processo: 1.23.000.001820/2013-91 Voto: 4697/2014 Origem: PROCURADORIA DA REPUBLICA - PARA/CASTANHAL Procedimento Investigatório Criminal. Possível crime de pedofilia (Lei nº 8.069/90, art. 241-B). Notícia de que ex-agente da Polícia Federal possuía, em computadores, imagens com conteúdo de pornografia infantil. Revisão de declínio de atribuições (Enunciado n 32-2a CCR). Diligências. Ausência de indícios de transnacionalidade da conduta. Não há elementos de informação capazes de justificar a atribuição do Ministério Público Federal para a persecução penal. Precedente: STJ, CC 103.011/PR, Assusete Magalhães, Terceira Seção, DJe 22/03/2013. Homologação do declínio de atribuições ao Ministério Público Estadual.
020. Processo: 1.26.000.000467/2014-00 Voto: 4639/2014 Origem: PROCURADORIA DA REPUBLICA - PERNAMBUCO Notícia de Fato. Crime contra a economia popular (Lei nº 1.521/51, art. 2º, inc. IX). Revisão de declínio de atribuições (Enunciado n 32-2a CCR). Fraude conhecida como pirâmide financeira, que envolve a permuta de dinheiro pelo recrutamento de outras pessoas para o esquema, sem que qualquer produto ou serviço seja efetivamente entregue. Incidência do Enunciado n. 498 da Súmula do Supremo Tribunal Federal (Compete a justiça dos estados, em ambas as instâncias, o processo e o julgamento dos crimes contra a economia popular). Conduta que não caracteriza crime contra o Sistema Financeiro Nacional, situação que afasta a competência da Justiça Federal. Precedente: STJ - CC 121146/MA, Terceira Seção, DJe 25/06/2012). Ausência de elementos de informação capazes de justificar a atribuição do Ministério Público Federal para a persecução penal. Homologação do declínio de atribuições ao Ministério Público Estadual. 021. Processo: 1.28.000.000317/2013-32 Voto: 4694/2014 Origem: PROCURADORIA DA REPUBLICA - RIO GRANDE DO NORTE Notícia de Fato. Suposta comercialização irregular de medicamentos sem licença da autoridade sanitária competente. CP, art. 273, 1º-B, VI. Revisão de declínio de atribuições (Enunciado n 32-2a CCR). Ausência de indícios de transnacionalidade da conduta. Inexistência de elementos de informação capazes de justificar a atribuição do Ministério Público Federal para a persecução penal. Homologação do declínio de atribuições ao Ministério Público Estadual. 022. Processo: 1.29.000.001407/2014-94 Voto: 4692/2014 Origem: PROCURADORIA DA REPUBLICA - RIO GRANDE DO SUL Notícia de Fato. Suposta prática do crime de desobediência (CP, art. 330). Representante legal de empresa privada teria descumprido ordem da Justiça Estadual para que efetuasse desconto em folha de pagamento de empregado a título de pensão alimentícia. Revisão de declínio de atribuições (Enunciado n 32-2a CCR). Ausência de elementos de informação capazes de justificar a atribuição do Ministério Público Federal para a persecução penal. Homologação do declínio de atribuições ao Ministério Público Estadual. 023. Processo: 1.30.001.001945/2014-58 Voto: 4766/2014 Origem: PROCURADORIA DA REPUBLICA - RIO DE JANEIRO Notícia de Fato instaurada a partir de representação. Crimes de estupro, ameaça e supostas fraudes cometidas contra o noticiante e sua família atribuídos a pessoas de seu convívio e servidores públicos estaduais. Revisão de declínio de atribuições (Enunciado n 32-2a CCR). Ausência de elementos de informação capazes de justificar a atribuição do Ministério Público Federal para a persecução penal. Precedente: AGEDCC 201103109409, Jorge Mussi, STJ - Terceira Seção, DJE 19/12/2013. Homologação do declínio de atribuições ao Ministério Público Estadual. 024. Processo: 1.34.001.000023/2014-84 Voto: 4635/2014 Origem: PROCURADORIA DA REPUBLICA - SAO PAULO
Notícia de Fato. Crime de ameaça (CP, art. 147) cometido entre particulares, em site de relacionamento da internet. Revisão de declínio de atribuições (Enunciado n 32-2a CCR). Ausência de elementos de informação capazes de justificar a atribuição do Ministério Público Federal para a persecução penal. Precedente: AGEDCC 201103109409, Jorge Mussi, STJ - Terceira Seção, DJE 19/12/2013. Homologação do declínio de atribuições ao Ministério Público Estadual. 025. Processo: 1.34.001.002581/2014-84 Voto: 4696/2014 Origem: PROCURADORIA DA REPUBLICA - SAO PAULO Notícia de Fato. Representação formulada por particular comunicando a prática de vários crimes, entre os quais, estelionato, usurpação de propriedade industrial, cartel praticado entre empreiteiras e pelos representantes legais de subsidiária de sociedade de economia mista. Informação de que os supostos crimes ocorreram no Estado de São Paulo em detrimento de particulares. Revisão de declínio de atribuições (Enunciado n 32-2a CCR). Ausência de elementos de informação capazes de justificar a atribuição do Ministério Público Federal para a persecução penal. Precedente: STJ, AgRg no HC 269.029/DF, Marco Aurélio Bellizze, Quinta Turma, DJe 04/12/2013. Homologação do declínio de atribuições ao Ministério Público Estadual. 026. Processo: 1.34.001.003010/2014-67 Voto: 4701/2014 Origem: PROCURADORIA DA REPUBLICA - SAO PAULO Notícia de Fato instaurada para apurar eventual crime contra as relações de consumo, decorrente da utilização de produtos alimentícios fora do prazo de validade. Lei n. 8.137/90, art. 7º, IX. Revisão de declínio de atribuições (Enunciado n 32-2a CCR). Inexistência de elementos que denotem ofensa a bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas. Eventual caracterização de crime contra as relações de consumo, de competência da Justiça Estadual. Ausência de elementos de informação capazes de justificar a atribuição do Ministério Público Federal para a persecução penal. Homologação do declínio de atribuições ao Ministério Público Estadual. 027. Processo: 1.34.001.007210/2013-16 Voto: 4698/2014 Origem: PROCURADORIA DA REPUBLICA - SAO PAULO Notícia de Fato. Crime contra a economia popular (Lei nº 1.521/51, art. 2º, inc. IX). Revisão de declínio de atribuições (Enunciado n 32-2a CCR). Fraude conhecida como pirâmide financeira, que envolve a permuta de dinheiro pelo recrutamento de outras pessoas para o esquema, sem que qualquer produto ou serviço seja efetivamente entregue. Incidência do Enunciado n. 498 da Súmula do Supremo Tribunal Federal (Compete a justiça dos estados, em ambas as instâncias, o processo e o julgamento dos crimes contra a economia popular). Conduta que não caracteriza crime contra o Sistema Financeiro Nacional, situação que afasta a competência da Justiça Federal. Precedente: STJ - CC 121146/MA, Terceira Seção, DJe 25/06/2012. Ausência de elementos de informação capazes de justificar a atribuição do Ministério Público Federal para a persecução penal. Homologação do declínio de atribuições ao Ministério Público Estadual. 028. Processo: 1.34.001.007261/2013-30 Voto: 4691/2014 Origem: PROCURADORIA DA REPUBLICA - SAO PAULO Notícia de Fato. Denúncia anônima. Suposta prática de comercialização irregular de anabolizantes por meio de rede social. Revisão de declínio de atribuições (Enunciado n 32-2a CCR). Ausência de indícios de transnacionalidade da conduta. Inexistência de elementos de
informação capazes de justificar a atribuição do Ministério Público Federal para a persecução penal. Homologação do declínio de atribuições ao Ministério Público Estadual. 029. Processo: 1.34.001.007530/2013-68 Voto: 4699/2014 Origem: PROCURADORIA DA REPUBLICA - SAO PAULO Notícia de Fato. Crime contra a economia popular (Lei nº 1.521/51, art. 2º, inc. IX). Revisão de declínio de atribuições (Enunciado n 32-2a CCR). Fraude conhecida como pirâmide financeira, que envolve a permuta de dinheiro pelo recrutamento de outras pessoas para o esquema, sem que qualquer produto ou serviço seja efetivamente entregue. Incidência do Enunciado n. 498 da Súmula do Supremo Tribunal Federal (Compete a justiça dos estados, em ambas as instâncias, o processo e o julgamento dos crimes contra a economia popular). Conduta que não caracteriza crime contra o Sistema Financeiro Nacional, situação que afasta a competência da Justiça Federal. Precedente: STJ - CC 121146/MA, Terceira Seção, DJe 25/06/2012. Ausência de elementos de informação capazes de justificar a atribuição do Ministério Público Federal para a persecução penal. Homologação do declínio de atribuições ao Ministério Público Estadual. 030. Processo: 1.34.001.008128/2013-09 Voto: 4700/2014 Origem: PROCURADORIA DA REPUBLICA - SAO PAULO Notícia de Fato. Crime contra a economia popular (Lei nº 1.521/51, art. 2º, inc. IX). Revisão de declínio de atribuições (Enunciado n 32-2a CCR). Fraude conhecida como pirâmide financeira, que envolve a permuta de dinheiro pelo recrutamento de outras pessoas para o esquema, sem que qualquer produto ou serviço seja efetivamente entregue. Incidência do Enunciado n. 498 da Súmula do Supremo Tribunal Federal (Compete a justiça dos estados, em ambas as instâncias, o processo e o julgamento dos crimes contra a economia popular). Conduta que não caracteriza crime contra o Sistema Financeiro Nacional, situação que afasta a competência da Justiça Federal. Precedente: STJ - CC 121146/MA, Terceira Seção, DJe 25/06/2012. Ausência de elementos de informação capazes de justificar a atribuição do Ministério Público Federal para a persecução penal. Homologação do declínio de atribuições ao Ministério Público Estadual. Homologação de Arquivamento 031. Processo: 1.12.000.000621/2011-88 Voto: 4768/2014 Origem: PROCURADORIA DA REPÚBLICA - AMAPÁ Procedimento Investigatório Criminal. Crime contra a fauna (Lei nº 9.605/98, art. 29, 1º, III). Revisão de arquivamento (LC nº 75/93, art. 62, IV). Caça de animais silvestres, sem a devida permissão da autoridade competente. Fato ocorrido em 10/10/2009. Pena máxima cominada de 1 (um) ano de detenção. Extinção da punibilidade (CP, art. 107, IV). Prescrição da pretensão punitiva estatal (CP, art. 109, V). Homologação do arquivamento. 032. Processo: 1.13.000.000751/2014-26 Voto: 4685/2014 Origem: PROCURADORIA DA REPÚBLICA - AMAZONAS Notícia de Fato. Possíveis crimes de penetrar em unidade de conservação sem autorização (Lei 9.605/98, art. 52) e de transporte e caça de animais silvestres (Lei 9.605/98, art. 29, caput e 1º, III). Revisão de arquivamento (LC n 75/93, art. 62, IV). Penetração em unidade de conservação para fazer atividade turística, sem apreensão de instrumentos de caça ou de exploração. Ausência de elemento do tipo penal. Transporte e caça de animais silvestres que ocorreu nos meses 08/2009 e 09/2009. Pena máxima de 1 (um) ano e 6 (seis) meses de detenção (Lei 9.605/98, art.
29, 4º, V). Prazo prescricional de 4 (quatro) anos (CP, art. 109, inc. V). Prescrição da pretensão punitiva estatal. Extinção da punibilidade (CP, art. 107, inc. IV). Homologação do arquivamento. 033. Processo: 1.13.000.000909/2007-39 Voto: 4683/2014 Origem: PROCURADORIA DA REPÚBLICA - AMAZONAS Procedimento Investigatório Criminal. Suposta prática do crime de apropriação indébita previdenciária pelos representantes da Câmara Municipal de Parintins/AM. CP, art. 168-A. Revisão de arquivamento (LC 75/93, art. 62, IV). Diligências realizadas. Informação da Receita Federal do Brasil no sentido de que os débitos tributários consubstanciados nos autos de infração nº 55.731.685-5 e nº 55.731.687-1 foram devidamente quitados. Extinção da punibilidade pelo pagamento integral do débito (Lei nº 9.430/96, art. 83, 4º). Homologação do arquivamento. 034. Processo: 1.14.000.000937/2014-48 Voto: 4769/2014 Origem: PROCURADORIA DA REPÚBLICA - BAHIA Notícia de Fato. Crime de estelionato, em sua forma tentada (CP, art. 171 c/c art. 14, II). Revisão de arquivamento (LC nº 75/93, art. 62, IV). Recebimento de correio eletrônico (e-mail) falso. Destinatário que reconheceu prontamente a possível falsidade. Pesquisa realizada pelo Núcleo Técnico de Combate aos Crimes Cibernéticos NTCCC. Ausência de indícios de autoria. Homologação do arquivamento. 035. Processo: 1.14.010.000007/2012-11 Voto: 4681/2014 Origem: PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO MUNICIPIO DE T. DE FREITAS-BA Procedimento Investigatório Criminal. Suposto crime de apropriação indébita previdenciária (CP, art. 168-A). Revisão de arquivamento (LC 75/93, art. 62, IV). Diligências à Receita Federal do Brasil. Crédito tributário com exigibilidade suspensa em face da adesão do município ao Parcelamento Especial regido pela MP nº 589/2012 (convertida na Lei nº 12.810/2013). Parcelamento que se equipara ao pagamento para fins de extinção da punibilidade, já que as prestações não poderão ser inadimplidas. Isto porque a ausência de pagamento na data do respectivo vencimento autoriza a retenção e o repasse à Receita Federal de recurso do Fundo de Participação do Municípios, para sua quitação. Interpretação sistemática do art. 3º da Lei nº 12.810/2013 (conversão da MP nº 589/2012) c/c o inciso I do parágrafo único do art. 160 da Constituição Federal, sendo desnecessária a prévia constituição do crédito tributário da União como requisito para bloquear os repasses devidos aos Estados, Municípios e ao Distrito Federal. Precedente: STF - RE 589105 AgR, Relator: Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe- 232, 07/12/2011. Homologação do arquivamento. 036. Processo: 1.15.000.001507/2014-14 Voto: 5083/2014 Origem: PROCURADORIA DA REPUBLICA - CEARA Notícia de Fato. Possível crime de estelionato contra o INSS (CP, art. 171, 3º). Revisão de arquivamento (LC nº 75/93, art. 62, IV). Recebimento indevido de 04 (quatro) parcelas de benefício previdenciário após a morte da segurado em 12/10/2007, totalizando o montante de R$ 1.380,67. Benefício recebido mediante a utilização de cartão magnético. Segurado que não possuía procurador ou representante legal. Ausência de indícios de autoria. Inexistência de diligências capazes de modificar o panorama probatório atual. Homologação do arquivamento.
037. Processo: 1.15.002.000646/2013-11 Voto: 4684/2014 Origem: PROCURADORIA DA J. NORTE/IGUATÚ-CE Procedimento Investigatório Criminal. Denúncia anônima. Relato de que médico teria exercido ilegalmente a medicina, notadamente nos meses de outubro/2012 e março/2013, no município de Antonina do Norte/CE, tendo em vista que o mesmo não teria realizado o Exame Nacional de Revalidação de Diploma de Médicos. Revisão de arquivamento (LC nº 75/93, art. 62, IV). Diligências. Expedição de ofício ao INEP, aos conselhos regionais de medicina do Ceará e Bahia, e à Universidade Federal da Paraíba. Inexistência de irregularidades no processo de revalidação do diploma estrangeiro do investigado, que ocorreu em fevereiro/2013. Encaminhamento de cópia integral dos autos ao Ministério Público da Comarca de Antonina do Norte/CE para análise do exercício ilegal da medicina no período anterior a fevereiro/2013. Ausência de justa causa para o prosseguimento da persecução penal. Homologação do arquivamento. 038. Processo: 1.18.001.000219/2013-31 Voto: 4658/2014 Origem: PROCURADORIA DA ANÁPOLIS/URUAÇU-GO Notícia de Fato. Crime de desobediência (CP, art. 330). Revisão de arquivamento (LC nº 75/93, art. 62, IV). Existência de inquérito policial (IPL nº 0129/2013 DPF/ANS/GO) que apura os mesmos fatos. Aplicação do princípio do ne bis in idem. Homologação do arquivamento. 039. Processo: 1.20.000.000529/2014-99 Voto: 4661/2014 Origem: PROCURADORIA DA REPUBLICA - MATO GROSSO/DIAMANTINO Notícia de Fato. Crime de estelionato qualificado (CP, art. 171 3º). Revisão de arquivamento (LC nº 75/93, art. 62, IV). Existência de ação penal em curso (0016371-84.2013.4.01.3600) que apura os mesmos fatos. Aplicação do princípio do ne bis in idem. Homologação do arquivamento. 040. Processo: 1.20.000.000931/2008-25 Voto: 4680/2014 Origem: PROCURADORIA DA BARRA DO GARÇAS-MT Procedimento Administrativo. Infração de medida sanitária preventiva (CP, art. 268). Revisão de arquivamento (LC nº 75/93, art. 62, IV). Fato ocorrido no ano de 2007. Pena máxima cominada de 1 (um) ano de detenção. Extinção da punibilidade (CP, art. 107, IV). Prescrição da pretensão punitiva estatal (CP, art. 109, V). Homologação do arquivamento. 041. Processo: 1.22.000.001667/2014-11 Voto: 4765/2014 Origem: PROCURADORIA DA REPUBLICA - MINAS GERAIS Notícia de Fato. Possível crime de estelionato contra o INSS (CP, art. 171, 3º). Revisão de arquivamento (LC nº 75/93, art. 62, IV). Recebimento indevido de 01 (uma) parcela de benefício previdenciário após o óbito da titular, em 08/02/2005. Valor pago que era parcialmente devido. Evidente ausência de dolo específico de obter vantagem ilícita em prejuízo do INSS. Valores sacados indevidamente que são utilizados, em regra, para custear despesas com hospitalização e funeral do titular do benefício. Benefício recebido mediante a utilização de cartão magnético.
Segurada que não possuía procurador ou representante legal. Ausência de indícios de autoria. Cumprimento da Orientação nº 04 da 2ª CCR/MPF. Homologação do arquivamento. 042. Processo: 1.28.000.000807/2014-10 Voto: 4772/2014 Origem: PROCURADORIA DA REPUBLICA - RIO GRANDE DO NORTE Notícia de Fato. Suposto crime de moeda falsa (colocar em circulação CP, art. 289, 1º). Revisão de arquivamento (LC 75/93, art. 62, IV). Cédula falsa de US$ 100,00 (cem dólares norteamericanos) recebida no comércio. Posterior identificação da falsidade. Ausência de elementos suficientes da autoria delitiva. Inexistência de diligências capazes de modificar o panorama probatório atual. Necessidade de comunicação do fato e remessa da cédula falsa para o Departamento do Meio Circulante do Banco Central do Brasil (MECIR/BACEN), que mantém base de dados sobre moeda falsa. Homologação do arquivamento. 043. Processo: 1.28.100.000315/2012-34 Voto: 5082/2014 Origem: PROCURADORIA DA AÇU-RN Notícia de Fato. Crime de sonegação fiscal (Lei nº 8.137/90, art. 2º, I). Revisão de arquivamento (LC nº 75/93, art. 62, IV). Fatos ocorridos no máximo até 12/05/2005. Extinção da punibilidade (CP, art. 107, IV). Prescrição da pretensão punitiva estatal (CP, art. 109, V). Homologação do arquivamento. 044. Processo: 1.28.300.000153/2013-69 Voto: 5084/2014 Origem: PROCURADORIA DA PAU DOS FERROS-RN Procedimento Investigatório Criminal. Crime de falsidade ideológica (CP, art. 299). Revisão de arquivamento (LC nº 75/93, art. 62, IV). Fato ocorrido no ano 2000. Extinção de punibilidade (CP, art. 107, IV). Prescrição da pretensão punitiva estatal (CP, art. 109, III). Homologação do arquivamento. 045. Processo: 1.29.004.000297/2012-41 Voto: 5069/2014 Origem: PROCURADORIA DA P.FUNDO/CARAZINHO Procedimento Investigatório Criminal. Crime de redução a condição análoga à de escravo (CP, art. 149), frustração de direito assegurado por lei trabalhista (CP, art. 203) e de sonegação de contribuição previdenciária (CP, art. 337-A, I). Revisão de arquivamento (LC nº 75/93, art. 62, IV). Existência de inquérito policial nº 5003808-84.2012.404.7104/RS (IPL nº 303/2012), já arquivado, com idêntico objeto. Aplicação do princípio do ne bis in idem. Homologação do arquivamento. 046. Processo: 1.30.015.000125/2014-90 Voto: 5068/2014 Origem: PROCURADORIA DA MACAE-RJ Notícia de Fato. Crime de estelionato qualificado (CP, art. 171, 3º). Recebimento indevido de
benefício previdenciário após o óbito da titular. Revisão de arquivamento (LC nº 75/93, art. 62, IV). Fato ocorrido até 15/02/2001. Extinção de punibilidade (CP, art. 107, IV). Prescrição da pretensão punitiva estatal (CP, art. 109, III). Homologação do arquivamento. 047. Processo: 1.30.015.000126/2014-34 Voto: 4686/2014 Origem: PROCURADORIA DA MACAE-RJ Notícia de Fato. Possível crime de estelionato contra o INSS (CP, art. 171, 3º). Revisão de arquivamento (LC nº 75/93, art. 62, IV). Recebimento indevido de 02 (duas) parcelas de benefício previdenciário após o óbito do titular, em 22/03/2003. Valor pago referente à primeira parcela que era quase integralmente devido. Evidente ausência de dolo específico de obter vantagem ilícita em prejuízo do INSS. Valores sacados indevidamente que são utilizados, em regra, para custear despesas com hospitalização e funeral do titular do benefício. Último saque indevido realizado no dia 15/05/2003. Benefício recebido mediante a utilização de cartão magnético. Segurado que não possuía procurador ou representante legal. Ausência de indícios de autoria. Cumprimento da Orientação nº 04 da 2ª CCR/MPF. Homologação do arquivamento. 048. Processo: 1.30.015.000129/2014-78 Voto: 4767/2014 Origem: PROCURADORIA DA MACAE-RJ Notícia de Fato. Possível crime de estelionato contra o INSS (CP, art. 171, 3º). Revisão de arquivamento (LC nº 75/93, art. 62, IV). Recebimento indevido de 03 (três) parcelas de benefício previdenciário após o óbito da titular, em 30/10/2000. Valor pago referente à primeira parcela que era quase integralmente devido. Evidente ausência de dolo específico de obter vantagem ilícita em prejuízo do INSS. Valores sacados indevidamente que são utilizados, em regra, para custear despesas com hospitalização e funeral do titular do benefício. Último saque indevido realizado no dia 15/02/2001. Benefício recebido mediante a utilização de cartão magnético. Segurada que não possuía procurador ou representante legal. Ausência de indícios de autoria. Cumprimento da Orientação nº 04 da 2ª CCR/MPF. Homologação do arquivamento. 049. Processo: 1.33.000.001965/2012-65 Voto: 4673/2014 Origem: PROCURADORIA DA REPUBLICA - SANTA CATARINA Notícia de Fato. Crime de estelionato qualificado (CP, art. 171 3º). Revisão de arquivamento (LC nº 75/93, art. 62, IV). Existência de inquérito policial (IPL nº 5000609-86.2014.404.7200) que apura os mesmos fatos. Aplicação do princípio do ne bis in idem. Homologação do arquivamento. 050. Processo: 1.33.000.003185/2012-50 Voto: 4771/2014 Origem: PROCURADORIA DA REPUBLICA - SANTA CATARINA Peças de Informação instaurada a partir de representação. Suposta prática de sonegação de tributos (Lei 8.137/90). Revisão de arquivamento (LC 75/93, art. 62, IV). Suposto pagamento de mercadoria no comércio em valor superior ao da correspondente nota fiscal emitida. Noticiante que, cientificado, não apresentou qualquer prova dos fatos narrados. Diligências junto à Receita Federal. Ausência de crédito tributário definitivamente constituído em desfavor do contribuinte investigado. Crime de natureza material, cuja ocorrência depende da constituição definitiva do crédito tributário. Aplicação do Enunciado nº 24 da Súmula Vinculante da Suprema Corte. Precedentes do STJ: RHC 24.876/SC, Marco Aurélio Bellizze, Quinta Turma, DJe 19/03/2012; HC 114.051/SP, Jorge Mussi, Quinta Turma, DJe 25/04/2011. Ausência de elementos mínimos da
materialidade de outros crimes que justifique o prosseguimento da investigação. Homologação do arquivamento. 051. Processo: 1.33.009.000103/2012-35 Voto: 4634/2014 Origem: PROCURADORIA DA CAÇADOR-SC Notícia de Fato. Suposta extração irregular de recursos minerais (basalto/cascalho). Crime tipificado no art. 2º da Lei 8.176/91 (crime contra o patrimônio da União, na modalidade usurpação). Revisão de arquivamento (LC 75/93, art. 62, IV). Vistoria realizada. Não constatada a lavra de recursos minerais. Minério decorrente das obras de adequação do traçado da Rodovia SC-453, com a realização de terraplanagem e pavimentação, que foi utilizado exclusivamente no mesmo local, conforme assegurado pelo parágrafo único do art. 2º do Decreto-Lei nº 227/67 (Código de Mineração). DNPM que considerou válidas as justificativas apresentadas. Ausência de materialidade delitiva. Homologação do arquivamento. 052. Processo: 1.34.001.005555/2013-27 Voto: 4730/2014 Origem: PROCURADORIA DA REPUBLICA - SAO PAULO Notícia de Fato. Suposta falsidade documental (CP, artigos 296 a 305). Revisão de arquivamento (LC nº 75/93, art. 62, IV). Possíveis irregularidades existentes na tramitação de processos minerários, no âmbito do DNPM. Fatos narrados ocorridos no ano de 1999. Pena máxima cominada de 6 (seis) anos de reclusão. Extinção da punibilidade (CP, art. 107-IV). Prescrição da pretensão punitiva estatal (CP, art. 109-III). Homologação do arquivamento. 053. Processo: 1.34.006.000050/2014-15 Voto: 4688/2014 Origem: PROCURADORIA DA GUARULHOS/MOGI Notícia de fato. Suposta ocorrência dos crimes de descaminho (CP, art. 334), falsidade de documento público (CP, art. 297), inutilização de selo ou sinal (CP, art. 336), falsidade ideológica (CP, art. 299) e uso de documento público falso (CP, art. 304). Revisão de arquivamento (LC nº 75/93, art. 62, IV). Os fatos ocorreram em abril de 1996. Dos crimes citados, a pena máxima abstratamente cominada é de 6 (seis) anos de reclusão. Prazo prescricional de 12 (doze) anos (CP, art. 109, II). Prescrição da pretensão punitiva estatal, já que transcorreram mais de 18 (dezoito) anos da data dos fatos. Extinção da punibilidade (CP, art. 107, inc. IV). Homologação do arquivamento. 054. Processo: 1.34.010.001185/2013-40 Voto: 4690/2014 Origem: PROCURADORIA DA RIBEIRAO PRETO-SP Notícia de fato. Suposta prática do crime de sonegação de contribuição previdenciária (CP, art. 337-A). Revisão de arquivamento (LC 75/93, art. 62, IV). Diligências junto à Receita Federal. Ausência de crédito tributário definitivamente constituído em desfavor do contribuinte investigado. Crime de natureza material, cuja ocorrência depende da constituição definitiva do crédito tributário. Aplicação do Enunciado nº 24 da Súmula Vinculante da Suprema Corte. Precedentes do STJ: RHC 24.876/SC, Marco Aurélio Bellizze, Quinta Turma, DJe 19/03/2012; HC 114.051/SP, Jorge Mussi, Quinta Turma, DJe 25/04/2011. Ausência de justa causa para o prosseguimento da persecução penal. Homologação do arquivamento.
055. Processo: 1.34.016.000253/2013-01 Voto: 5085/2014 Origem: PROCURADORIA DA BAURU/AVARE/BOTUCA Peças de Informação instaurada para apurar o crime tipificado no art. 70 da Lei nº 4.117/62. Suposto serviço de comunicação multimídia sem a devida autorização. Revisão de arquivamento (LC nº 75/93, art. 62, IV). Existência de inquérito policial nº 0006344-58.2012.403.6110, já arquivado, com idêntico objeto. Aplicação do princípio do ne bis in idem. Homologação do arquivamento. 056. Processo: 1.35.000.001814/2013-13 Voto: 4687/2014 Origem: PROCURADORIA DA REPUBLICA - SERGIPE/ESTANCIA/ITABAIANA Procedimento investigatório criminal. Suposta prática do delito de falso testemunho no decorrer de audiência na Justiça Eleitoral (CP, art. 342). Revisão de arquivamento (LC nº 75/93, art. 62, IV). Ausência de potencialidade lesiva nas declarações das testemunhas. Sentença fundada em outros elementos de prova existentes nos autos. Inocorrência de conluio para iludir ou manter em erro o Juízo processante. Ausência de vontade livre e consciente de prestar declaração falsa. Dolo não evidenciado. Meras contradições não são elementos suficientes para que seja oferecida a denúncia. Falta de justa causa para a persecução penal. Homologação do arquivamento. 057. Processo: 1.36.000.000999/2013-10 Voto: 5070/2014 Origem: PROCURADORIA DA REPUBLICA - TOCANTINS Notícia de Fato. Crime de uso de documento falso (CP, art. 304). Revisão de arquivamento (LC nº 75/93, art. 62, IV). Existência de inquérito policial nº 492/2013 que apura os mesmos fatos. Aplicação do princípio do ne bis in idem. Homologação do arquivamento. ORIGEM JUDICIAL NÃO PADRÃO 058. Processo: JF/PR/MGA-5011513-14.2013.4.04.7003-IPL Voto: 5178/2014 Origem: JUSTIÇA FEDERAL - SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE MARINGÁ/PR INQUÉRITO POLICIAL. MOEDA FALSA. ARTIGO 289, 1º DO CÓDIGO PENAL. LAUDO PERICIAL. DECLÍNIO DE COMPETÊNCIA PARA A JUSTIÇA ESTADUAL (CPP, ARTIGO 28 C/C O ARTIGO 62-IV DA LEI COMPLEMENTAR Nº 75/93). FALSIFICAÇÃO NÃO GROSSEIRA. DESIGNAÇÃO DE OUTRO MEMBRO. 1. Inquérito policial instaurado para apurar possível prática do crime de moeda falsa, previsto no artigo 289, 1º do Código Penal. 2. O Procurador da República oficiante promoveu o declínio de competência ao Ministério Público Estadual, por entender que o crime cometido é do artigo 171 do Código Penal, uma vez que em nenhum momento da empreitada criminosa a cédula mostrou-se eficaz para iludir qualquer pessoa no meio em que foi colocada em circulação. 3. O Juiz Federal, no entanto, sustentou, com base no laudo pericial, que a cédula é apta a enganar o homem mediano, de modo que se configura o crime de moeda falsa (CP, art. 289, 1º). 4. O enunciado nº 73 da Súmula do Superior Tribunal de Justiça consigna que a utilização de papel moeda grosseiramente falsificado configura, em tese, o
crime de estelionato, da competência da Justiça Estadual. Considera-se grosseira a falsificação incapaz de ludibriar o homem mediano. Precedente STJ (CAt.175/ES, Rel. Ministra LAURITA VAZ, TERCEIRA SEÇÃO, DJ 24/10/2005, p. 167). 5. No caso dos autos, a cédula não pode ser considerada grosseira, já que, conforme laudo pericial, o exemplar apresenta aspecto pictórico, dimensões e coloração que se assemelha às das cédulas autênticas. Além disso, a impressão é de qualidade considerável e contém simulacros de elementos de segurança, o que leva o signatário a concluir que não é uma falsificação grosseira e que têm condições de aceitação como se autêntico fosse. Ademais, o agente obteve êxito em ludibriar o entregador. 6. Designação de outro membro do Parquet Federal para prosseguir na persecução penal. O colegiado, à unanimidade, deliberou pela não homologação do Declínio de atribuição. 059. Processo: JF-SOR-0002595-62.2014.4.03.6110- INQ Voto: 5228/2014 Origem: JUSTIÇA FEDERAL - 10ª SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA - SOROCABA/SP RÉU PRESO. INQUÉRITO POLICIAL. CRIME DE TRÁFICO INTERNACIONAL DE DROGAS. APREENSÃO DE 250,70KG DE MACONHA DENTRO DE UM CAMINHÃO EM SÃO PAULO. LEI Nº 11.343/06, ART. 33. APREENSÃO DE RÁDIO COMUNICADOR PX SEM LICENÇA DA ANATEL. CRIME DE DESENVOLVIMENTO CLANDESTINO DE ATIVIDADES DE TELECOMUNICAÇÃO (ART. 183 DA LEI 9.472/97) MPF: PROMOÇÃO DE DECLÍNIO DE ATRIBUIÇÕES QUANTO AO CRIME DE TRÁFICO. AUSÊNCIA DE INDÍCIOS MÍNIMOS DE TRANSNACIONALIDADE. ARQUIVAMENTO QUANTO AO CRIME DE DESENVOLVIMENTO CLANDESTINO DE ATIVIDADES DE TELECOMUNICAÇÃO (ART. 183 DA LEI 9.472/97) EM RAZÃO DO PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. DISCORDÂNCIA DO MAGISTRADO. CPP, ART. 28 C/C LC Nº 75/93, ART. 62, INC. IV. INDÍCIOS EVIDENTES DE TRANSNACIONALIDADE DO CRIME. AO CRIME DE DESENVOLVIMENTO CLANDESTINO DE ATIVIDADES DE TELECOMUNICAÇÃO. NECESSSIDADE DE APURAÇÃO SOBRE O FATO, JÁ QUE PRESENTES INDÍCIOS DE AUTORIA E MATERIALIDADE. MEDIDA QUE SE MOSTRA PREMATURA. DESIGNAÇÃO DE OUTRO MEMBRO DO MPF PARA PROSSEGUIR NA PERSECUÇÃO PENAL. 1. Trata-se de inquérito policial instaurado para apurar possível crime de tráfico internacional de drogas, previsto nos arts. 33 da Lei nº 11.343/06, em virtude da apreensão, pela Polícia Federal em São Paulo, de 250,70 kg de maconha, que estavam acondicionados dentro de um caminhão frigorífico, bem como para investigar o crime de desenvolvimento clandestino de atividades de telecomunicação (art. 183 da Lei 9.472/97), em razão da localização de um rádio comunicador PX sem licença da ANATEL no interior do caminhão, na mesma ocasião. 2. O Procurador da República oficiante promoveu o declínio de atribuições por entender ausentes indícios mínimos de transnacionalidade da conduta. Quanto ao rádio PX encontrado dentro do automóvel, entendeu tratar-se de conduta insignificante, já que a perícia concluiu que se trata de rádio que opera nos canais relativos à faixa de rádio do cidadão, não interferindo em frequências privativas de redes oficiais. 3. O Juízo da 1ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Sorocaba/SP, por sua vez, discordou da manifestação ministerial, consignando que o feito deve seguir seu trâmite regular na justiça federal por estarem sinalizados nos autos indícios evidentes de transnacionalidade da conduta. Ressaltou, ainda, que seria necessário o aprofundamento das investigações quanto à apreensão do rádio comunicador, em razão de indícios de seu uso para comunicação com outros pessoas ligadas ao tráfico. 4. Há indícios de conexão material e probatória entre os crimes de tráfico internacional e de comunicação clandestina, que também atrai a competência federal. O colegiado, à unanimidade, deliberou pela não homologação do Declínio de atribuição. 060. Processo: DPF/RO-INQ-0236/2014 Voto: 4951/2014 Origem: 2ª CÂMARA DE COORDENAÇÃO E REVISÃO DO MPF Inquérito Policial instaurado para apurar suposto homicídio cometido contra indígena. Promoção declínio que se recebe como arquivamento (LC n 75/93, art. 62, inc. IV). Diligências. Notícia de que na verdade teria ocorrido um acidente, causado por um galho que afetou uma viga de sustentação da residência que o indígena estava construindo no interior da aldeia a que pertencia. Laudo técnico e testemunhas da aldeia foram harmônicos no sentido de que a morte do indígena só ocorreu em razão do acidente. Não há, no caso concreto, elementos capazes de justificar a
atribuição do Ministério Público Federal para a persecução penal. Recebimento do declínio de atribuições como arquivamento. Homologação do arquivamento. 061. Processo: JF/CHP/SC-PIMP-5005346-29.2014.4.04.7202 Voto: 5210/2014 Origem: JUSTIÇA FEDERAL - SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE CHAPECÓ INQUÉRITO POLICIAL. CONTRABANDO DE CIGARROS (CP, ART. 334). REVISÃO DE ARQUIVAMENTO (CPP, ART. 28 C/C LC 75/93, ART. 62-IV). PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. INAPLICABILIDADE. EFEITO NOCIVO À SAÚDE HUMANA. INOBSERVÂNCIA ÀS REGRAS DA LEI n.º 9.532/97. PROSSEGUIMENTO DA PERSECUÇÃO PENAL. 1. A natureza do produto (cigarros) impõe maior rigor na adoção do princípio da insignificância, em razão do efeito nocivo à saúde e, consequentemente, do rígido controle em sua comercialização no território nacional. 2. A comercialização de 110 maços de cigarros de origem estrangeira, conhecendo o agente a origem ilícita do produto, não pode ser considerada insignificante. Desrespeitadas as normas da Lei nº 9.532/97, que restringem, com rigor, o comércio em questão. 3. Designação de outro membro do Ministério Público Federal para prosseguimento da persecução penal. O colegiado, à unanimidade, deliberou pela não homologação de Arquivamento. 062. Processo: JF/JFA-0007049-19.2013.4.01.3801- INQ Voto: 4988/2014 Origem: JUSTIÇA FEDERAL - SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE JUIZ DE FORA/MG PROCEDIMENTO INVESTIGATÓRIO. CPP, ART. 28 C/C LC Nº 75/93, ART. 62-IV. CRIME CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA (LEI 8.137/90, ART. 2º-II). TRIBUTOS NÃO RECOLHIDOS CALCULADOS EM R$ 12.976,85. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. NÃO APLICAÇÃO. 1. Mesmo que o crédito tributário constituído seja inferior a R$ 10.000,00, o Estado continua efetuando a cobrança dos valores, porém, na esfera administrativa, conforme reconhecido há muito pelos órgãos competentes. Assim, não há como preponderar o entendimento de que valores abaixo de R$ 10.000,00 são insignificantes penalmente porque não cobrados judicialmente, porquanto apenas momentaneamente não são cobrados. 2. Designação de outro membro do Ministério Público Federal para prosseguir na persecução penal. O colegiado, à unanimidade, deliberou pela não homologação de Arquivamento. 063. Processo: JF/MRE-0001180-78.2014.4.01.3821- INQ Voto: 5211/2014 Origem: JUSTIÇA FEDERAL - SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE MURIAÉ/MG INQUÉRITO POLICIAL. CONTRABANDO DE CIGARROS (CP, ART. 334). REVISÃO DE ARQUIVAMENTO (CPP, ART. 28 C/C LC 75/93, ART. 62-IV). PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. INAPLICABILIDADE. EFEITO NOCIVO À SAÚDE HUMANA. INOBSERVÂNCIA ÀS REGRAS DA LEI n.º 9.532/97. PROSSEGUIMENTO DA PERSECUÇÃO PENAL. 1. A natureza do produto (cigarros) impõe maior rigor na adoção do princípio da insignificância, em razão do efeito nocivo à saúde e, consequentemente, do rígido controle em sua comercialização no território nacional. 2. A comercialização de 85 maços de cigarros de origem estrangeira, conhecendo o agente a origem ilícita do produto, não pode ser considerada insignificante. Desrespeitadas as normas da Lei nº 9.532/97, que restringem, com rigor, o comércio em questão. 3. Designação de outro membro do Ministério Público Federal para prosseguimento da persecução penal. O colegiado, à unanimidade, deliberou pela não homologação de Arquivamento. 064. Processo: JF/PR/CUR-5009770-41.2014.4.04.7000-PRIMPPI Voto: 5001/2014 Origem: JUSTIÇA FEDERAL - SEÇÃO JUDICIÁRIA DE CURITIBA PROCESSO. DESCAMINHO. CP, ART. 334. TRIBUTOS NÃO-RECOLHIDOS ESTIMADOS EM
VALOR ABAIXO DO PREVISTO NO ART. 20, CAPUT, DA LEI Nº 10.522/2002. REITERAÇÃO DA CONDUTA DELITIVA. MPF: ARQUIVAMENTO COM ESTEIO NO PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. DISCORDÂNCIA DO MAGISTRADO. IMPOSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. DESIGNAÇÃO DE OUTRO MEMBRO DO MPF PARA PROSSEGUIR NA PERSECUÇÃO PENAL. 1. Representação Fiscal para Fins Penais instaurada para apurar a prática do crime de descaminho (art. 334 do Código Penal). Tributos não recolhidos estimados em R$ 1.044,73, valor abaixo do previsto no art. 20, caput, da Lei nº 10.522/2002. 2. O Procurador da República oficiante requereu o arquivamento do feito em juízo, ao argumento de que a conduta do investigado é atípica, em razão da aplicação do princípio da insignificância, porquanto inexpressiva a ofensa ao bem jurídico tutelado, considerando como parâmetro, para tal fim, o atual valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) definido pelas Portarias 75 e 130 do Ministério da Fazenda. 3. Discordância do magistrado. 4. Notícia da reiteração na prática do crime de descaminho. Impossibilidade de aplicação do princípio da insignificância. Fato que não se revela penalmente irrelevante. Precedentes do STJ. 5. Enunciado 49 desta 2ª CCR: Admite-se o valor fixado no art. 20, caput, da Lei nº 10.522/2002 (R$ 10.000,00) como parâmetro para a aplicação do princípio da insignificância ao crime de descaminho, desde que ausente reiteração da conduta. (61ª Sessão de Coordenação, de 04.03.2013). 3. Prosseguimento da persecução penal. O colegiado, à unanimidade, deliberou pela não homologação do Arquivamento. 065. Processo: JF/PR/LON-5021805-64.2013.4.04.7001-PRIMPPI Voto: 5002/2014 Origem: JUSTIÇA FEDERAL - SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE LONDRINA INQUÉRITO POLICIAL. CRIME DE DESCAMINHO (ART. 334 DO CP). REVISÃO DE ARQUIVAMENTO (CPP, ART. 28 C/C LC Nº 75/93, ART. 62-IV).TRIBUTOS NÃO RECOLHIDOS CALCULADOS EM VALOR INFERIOR AO PATAMAR PREVISTO NO ARTIGO 20, CAPUT, DA LEI Nº 10.522/2002. MPF: ARQUIVAMENTO COM ESTEIO NO PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. DISCORDÂNCIA DO MAGISTRADO. INSISTÊNCIA NO ARQUIVAMENTO. 1. 1. Inquérito Policial instaurado para apurar suposto crime de descaminho (CP, artigo 334), consistente na ilusão de tributos no valor de R$ 1.819,53. 2. O Procurador da República oficiante requereu o arquivamento do feito em juízo, ao argumento de que a conduta do investigado é atípica, em razão da aplicação do princípio da insignificância, porquanto inexpressiva a ofensa ao bem jurídico tutelado, considerando como parâmetro, para tal fim, o atual valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) definido pelas Portarias 75 e 130 do Ministério da Fazenda. 3. Discordância do magistrado. 4. Não há reincidência delitiva ou mercadorias proibidas (contrabando). 5. Enunciado 49 desta 2ª CCR: Admite-se o valor fixado no art. 20, caput, da Lei nº 10.522/2002 (R$ 10.000,00) como parâmetro para a aplicação do princípio da insignificância ao crime de descaminho, desde que ausente reiteração da conduta. (61ª Sessão de Coordenação, de 04.03.2013).. 6. Insistência no arquivamento. 066. Processo: JF-RIB-0000815-14.2014.4.03.6102- INQ Voto: 5005/2014 Origem: JUSTIÇA FEDERAL - 2ª SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA - RIBEIRÃO PRETO/SP PEÇAS DE INFORMAÇÃO. CRIME AMBIENTAL (LEI nº 9.605/98, ART. 29). PESCA COM PETRECHOS PROIBIDOS. REVISÃO DE ARQUIVAMENTO (LC nº 75/93, ART. 62-IV). MPF: PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. DISCORDÂNCIA DO JUIZ. INAPLICABILIDADE. DESIGNAÇÃO DE OUTRO MEMBRO DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. 1. Trata-se de peças de informação instauradas para apurar a ocorrência do crime ambiental consistente em manter em cativeiro ave pertencente à fauna brasileira ameaçada de extinção, sem autorização do órgão ambiental competente. 2. Não se pode ter por insignificante o dano ambiental, haja vista que a lei visa a concretizar o direito da coletividade ao meio ambiente equilibrado, considerando-o como um todo. Precedente do Supremo Tribunal Federal (Tribunal Pleno, ADI-MC 3540/DF, Relator Min. Celso de Mello, DJ 03-02-2006, p.14). 3. Não homologação do arquivamento e designação de outro membro do Ministério Público Federal para requisitar a instauração de inquérito policial. O colegiado, à unanimidade, deliberou pela não homologação de Arquivamento.
067. Processo: JF-RJ-0802845-46.2013.4.02.5101- INQ Voto: 4994/2014 Origem: JUSTIÇA FEDERAL - SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO INQUÉRITO POLICIAL. POSSÍVEL CRIME DE PEDOFILIA (LEI 8.069/90, ART. 241-A). DIVULGAÇÃO DE IMAGENS DE PORNOGRAFIA INFANTIL POR MEIO DA INTERNET. MPF: AUSÊNCIA DE MATERIALIDADE. ARQUIVAMENTO. DISCORDANCIA DO MAGISTRADO. MATERIALIDADE EVIDENCIADA NOS AUTOS. PROSSEGUIMENTO DA PERSECUÇÃO PENAL. DESIGNAÇÃO DE OUTRO MEMBRO DO MPF. 1. Inquérito policial instaurado para apurar a prática do crime previsto no artigo 241-A do Estatuto da Criança e do Adolescente ECA (Lei 8.069/90), em razão da divulgação de imagens com conteúdo pornográfico envolvendo crianças e/ou adolescentes através da rede mundial de computadores, na página do site de relacionamentos ORKUT. 2. O Procurador da República manifestou-se pelo declínio de competência à Justiça Estadual, ao argumento de que não restou demonstrada a materialidade delitiva, uma vez que o computador do acusado fora formatado. 3. Discordância do Magistrado, ao argumento de que há nos autos materialidade suficiente para embasar o oferecimento da respectiva denúncia, uma vez que as imagens de conteúdo pedo-pornográfico que foram publicadas no perfil do Orkut encontram-se impressas e juntadas aos autos da medida cautelar, bem como em mídia acostada. Remessa à 2ª CCR/MPF, nos termos do art. 28 do CPP c/c art. 62- IV da LC 75/93. 4. O arquivamento só seria admitido se, esgotadas as diligências possíveis, existente demonstração inequívoca, segura e convincente da absoluta ausência de materialidade e autoria, sem o que se impõe o prosseguimento da apuração, o que não é o caso dos autos. Em razão do forte lastro probatório acostado aos autos, justifica-se o prosseguimento das investigações. 6. Designação de outro membro do Ministério Público Federal para prosseguir na persecução penal. 068. Processo: JF-SE-INQ-0000449-02.2014.4.05.8500 O colegiado, à unanimidade, deliberou pela não homologação de Arquivamento. Voto: 5004/2014 Origem: JUSTIÇA FEDERAL EM SERGIPE INQUÉRITO POLICIAL. CPP, ART. 28 C/C LC Nº 75/93, ART. 62-IV. CRIME DE ESTELIONATO PREVIDENCIÁRIO (ART. 171 3º DO CP). ARQUIVAMENTO FUNDADO NO PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. IMPOSSIBILIDADE. PROSSEGUIMENTO DA PERSECUÇÃO PENAL. 1. Inquérito policial instaurado para apuração da prática do crime tipificado no art. 171 3º do Código Penal, diante da constatação de fraude no recebimento indevido de benefício previdenciário, após a morte do titular. 2. Promoção de arquivamento fundada no princípio da insignificância. Discordância do Juiz Federal. Remessa à 2ª Câmara. 3. Apesar da inexistência de previsão legal, a jurisprudência pátria tem admitido a descriminalização de conduta por aplicação do princípio da insignificância, consideradas as circunstâncias do caso concreto, exigindo, para tanto, o atendimento de determinados critérios, consoante bem delineado no julgado do Supremo Tribunal Federal, de relatoria do Ministro Celso de Melo, HC 101074/SP. 4. No caso, não se mostra razoável a aplicação do princípio da bagatela dada a relevância do bem jurídico protegido porquanto não se trata de patrimônio particular, mas sim, da coletividade de trabalhadores. A tutela jurídica não é apenas a integridade do erário, também se busca a proteção da confiabilidade das relações entre o Estado e a sociedade e sua subsistência. 5. Ademais, não foram empreendidas diligências para identificação da autoria delitiva, tal como a oitiva daqueles que à época conviviam com o beneficiário, situação que evidencia que o arquivamento dos autos, ao menos no presente estágio, mostra-se prematuro. 6. Presentes indícios de autoria e da materialidade, ainda que existam dúvidas, deve-se dar prosseguimento à persecução penal, considerando que, nesta fase pré-processual, há primazia do princípio do in dubio pro societate. 7. Designação de outro membro do Ministério Publico Federal para prosseguir na persecução penal. 069. Processo: JF/SP-INQ-0006906-77.2014.4.03.6181 O colegiado, à unanimidade, deliberou pela não homologação de Arquivamento. Voto: 5212/2014 Origem: JUSTIÇA FEDERAL - SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO/SP